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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO MARANHÃO

DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE MECÂNICA E MATERIAIS


ENGENHARIA MECÂNICA
FÍSICA EXPERIMENTAL

CLEYBER MOURA DA SILVA


20201EM0002

TRATAMENTO MATEMÁTICO DE DADOS EXPERIMENTAIS


ERRO ALEATÓRIO

RELATÓRIO DE ATIVIDADE EXPERIMENTAL


PROF.: RAIMUNDO FILHO

SÃO LUIS, 27 DE SETEMBRO DE 2020


RELATÓRIO

1. Objetivo
Esse relatório visa demonstrar o embasamento teórico e os métodos de cálculos
para obtenção do erro aleatório de uma série de medidas adquiridas de uma atividade
experimental.

2. Fundamentação Teórica
Na execução de um experimento o controle e monitoramento quantitativo das
medidas obtidas são essenciais para a confiabilidade do estudo, porém uma extração
pontual pode não condizer com a realidade do experimento. Desta forma um conjunto
de medidas devem ser adquiridas oportunizando a realização de cálculos para melhor
exatidão do procedimento, minimizando assim os erros passiveis em uma medida.
Na mensuração podemos classificar três tipos de erros: erro de escala, erro
sistemático e erro aleatório. O erro de escala é associado ao operador, pois no
momento da leitura fica limitado a resolução da escala do instrumento utilizado,
corrigindo assim com a utilização de um instrumento mais adequado para aferição. Já
o erro sistemático é associado ao instrumento, devido principalmente a falta de
calibração do mesmo. E por último o erro aleatório, esse erro apresentam dispersões
aleatórias e imprevisíveis, sendo impossíveis de evitá-los. Contudo o erro aleatório
pode ser calculado é minimizar possíveis impactos que essa dispersão na medida
possa vim a causar, obtendo assim maior confiabilidade nas medidas tratadas.

3. Materiais utilizados
Para a realização do experimento do ANEXO I, na qual contém uma tabela
composta por três séries de medidas de tempo em segundos, cada uma para um
intervalo de espaço em metros, utilizamos o Excel para calcular os dados, obtendo
respostas rápidas e precisas de cálculos repetitivos das séries compostas por dez
medidas diferentes.

4. Procedimentos
Para calcular o erro aleatório das medidas nos três intervalos de espaço
(0,40m; 0,80m; 1,20m), iremos obter os seguintes paramentos relacionados para cada
coluna da tabela 01 do ANEXO I, aplicando as seguintes formulas:

a) O valor mais provável da medida (média aritmética 𝑇̅);


1
𝑇̅ = ∑ 𝑇𝑖
𝑛
b) O desvio ∆𝑇𝑖 de cada uma delas;
∆𝑇𝑖 = 𝑇𝑖 − 𝑇̅1
c) O valor de (∆𝑇𝑖 )2 para cada medida;
(∆𝑇𝑖 )2
d) O desvio padrão 𝜎;
∑(∆𝑇𝑖 )2
𝜎=√
𝑛−1

e) O desvio padrão da média 𝜎𝑚 ;


𝜎
𝜎𝑚 =
√𝑛
f) O erro aleatório provável 𝐸𝑎 ;
𝐸𝑎 = ±𝜎𝑚
5. Resultados

5.1 Valores obtidos (valores medidos)

Conforme tabela 01 foram obtidos os dados identificados de vermelho


para os resultados dos erros aleatórios para os três intervalos de espaço.

Tabela 01: Medidas do tempo.


Tempo (s) Espaço (m)

0,40 0,80 1,20


Medidas

1ª Medida 2,64 5,06 7,56

2ª Medida 2,55 5,12 7,60

3ª Medida 2,62 5,08 7,63

4ª Medida 2,49 5,11 7,59

5ª Medida 2,61 5,05 7,55

6ª Medida 2,57 5,09 7,61

7ª Medida 2,53 5,13 7,62

8ª Medida 2,60 5,10 7,49

9ª Medida 2,52 5,14 7,66

10ª Medida 2,48 5,11 7,65


Erro Aleatório = ±0,02 ±0,01 ±0,02

Para chegar a esses valores utilizamos as fórmulas mencionadas no item 4


deste relatório, realizando o procedimento para cada intervalo de espaço.
Obs: Os dados apresentados na tabela já foram determinados inicialmente em
experimento já consolidado pelo professor da disciplinar, ficando designado ao aluno o
tratamento desses dados, conforme cálculos apresentados a seguir e também
demonstrados no ANEXO I.

5.2 Cálculos e resultados dos cálculos


5.2.1 Erro aleatório para o espaço de 0,40m

5.2.1.a) O valor mais provável da medida (média aritmética 𝑇̅)


1
𝑇̅ = ∑ 𝑇𝑖
𝑛
(2,64 + 2,55 + 2,62 + 2,49 + 2,61 + 2,57 + 2,53 + 2,60 + 2,52 + 2,48)
𝑇̅ =
10
(25,61)
𝑇̅ =
10

𝑇̅ = 2,561𝑠
5.2.1.b) O desvio ∆𝑇𝑖 de cada uma delas

∆𝑇𝑖 = 𝑇𝑖 − 𝑇̅1

∆𝑇1 = 2,64 - 2,561 = 0,079s


∆𝑇2 = 2,55 - 2,561= -0,011s
∆𝑇3 = 2,62 - 2,561 = 0,059s
∆𝑇4 = 2,49 - 2,561= -0,071s
∆𝑇5 = 2,61 - 2,561 = 0,049s
∆𝑇6 = 2,57 - 2,561 = 0,009s
∆𝑇7 = 2,53 - 2,561 = -0,031s
∆𝑇8 = 2,60 - 2,561 = 0,039s
∆𝑇9 = 2,52 - 2,561 = -0,041s
∆𝑇10= 2,48 - 2,561= -0,081s

5.2.1.c) O valor de (∆𝑇𝑖 )2 para cada medida

(∆𝑇1 )2 = (0,079)2 = 0,006241 = 6241 x 10−6 s2


(∆𝑇2 )2 = (−0,011)2 = 0,000121 = 121 x 10−6 s 2
(∆𝑇3 )2 = (0,059)2 = 0,003481 = 3481 x 10−6 s2
(∆𝑇4 )2 = (−0,071)2 = 0,005041 = 5041 x 10−6 s 2
(∆𝑇5 )2 = (0,049)2 = 0,002401 = 2401 x 10−6 s2
(∆𝑇6 )2 = (0,009)2 = 0,000081 = 81 x 10−6 s2
(∆𝑇7 )2 = (−0,031)2 = 0,000961 = 961 x 10−6 s 2
(∆𝑇8 )2 = (0,039)2 = 0,001521 = 1521 x 10−6 s2
(∆𝑇9 )2 = (−0,041)2 = 0,001681 = 1681 x 10−6 s2
(∆𝑇10 )2 = (−0,081)2 = 0,006561 = 6561 x 10−6 s2

5.2.1.d) O desvio padrão 𝜎


∑(∆𝑇𝑖 )2 28090𝑥10−6
𝜎=√ =√ = 0,055867s
𝑛−1 9

5.2.1.e) O desvio padrão da média 𝜎𝑚


𝜎 0,055867
𝜎𝑚 = = = 1,7667x10−2 s
√𝑛 √10
5.2.1.f) O erro aleatório provável 𝐸𝑎 (com o coeficiente de Student t=1)

𝐸𝑎 = ±𝜎𝑚 = 1̅ , 7667x10−2 s 𝑡 = (1,325 ± 0,02)s


𝐸𝑎 = ±0,02s
5.2.2 Erro aleatório para o espaço de 0,80m

5.2.2.a) O valor mais provável da medida (média aritmética 𝑇̅)


1
𝑇̅ = ∑ 𝑇𝑖
𝑛
(5,06 + 5,12 + 5,08 + 5,11 + 5,05 + 5,09 + 5,13 + 5,10 + 5,14 + 5,11)
𝑇̅ =
10
(50,99)
𝑇̅ =
10

𝑇̅ = 5,099𝑠
5.2.2.b) O desvio ∆𝑇𝑖 de cada uma delas

∆𝑇𝑖 = 𝑇𝑖 − 𝑇̅1

∆𝑇1 = 5,06 - 5,099 = -0,079s


∆𝑇2 = 5,12 - 5,099= 0,021s
∆𝑇3 = 5,08 - 5,099 = -0,019s
∆𝑇4 = 5,11 - 5,099= 0,011s
∆𝑇5 = 5,05 - 5,099 = -0,049s
∆𝑇6 = 5,09 - 5,099 = -0,009s
∆𝑇7 = 5,13 - 5,099 = 0,031s
∆𝑇8 = 5,10 - 5,099 = 0,001s
∆𝑇9 = 5,14 - 5,099 = 0,041s
∆𝑇10= 5,11 - 5,099= 0,011s

5.2.2.c) O valor de (∆𝑇𝑖 )2 para cada medida

(∆𝑇1 )2 = (−0,079)2 = 0,001521 = 1521 x 10−6 s2


(∆𝑇2 )2 = (0,021)2 = 0,000441 = 441 x 10−6 s2
(∆𝑇3 )2 = (−0,019)2 = 0,000361 = 361 x 10−6 s 2
(∆𝑇4 )2 = (0,011)2 = 0,000121 = 121 x 10−6 s 2
(∆𝑇5 )2 = (−0,049)2 = 0,002401 = 2401 x 10−6 s2
(∆𝑇6 )2 = (−0,009)2 = 0,000081 = 81 x 10−6 s2
(∆𝑇7 )2 = (0,031)2 = 0,000961 = 961 x 10−6 s2
(∆𝑇8 )2 = (0,001)2 = 0,000001 = 1 x 10−6 s 2
(∆𝑇9 )2 = (0,041)2 = 0,001681 = 1681 x 10−6 s2
(∆𝑇10 )2 = (0,011)2 = 0,000121 = 121 x 10−6 s2

5.2.2.d) O desvio padrão 𝜎


∑(∆𝑇𝑖 )2 769𝑥10−6
𝜎=√ =√ = 0,029231s
𝑛−1 9

5.2.2.e) O desvio padrão da média 𝜎𝑚

𝜎 0,029231
𝜎𝑚 = = = 9,2436x10−3
√𝑛 √10
5.2.2.f) O erro aleatório provável 𝐸𝑎 (com o coeficiente de Student t=1)
𝐸𝑎 = ±𝜎𝑚 = 9̅ , 2436x10−3 s 𝑡 = (1,325 ± 0,01)s
𝐸𝑎 = ±0,01s
5.2.3 Erro aleatório para o espaço de 1,20m

5.2.3.a) O valor mais provável da medida (média aritmética 𝑇̅)


1
𝑇̅ = ∑ 𝑇𝑖
𝑛
(7,56 + 7,60 + 7,63 + 7,59 + 7,55 + 7,61 + 7,62 + 7,49 + 7,66 + 7,65)
𝑇̅ =
10
(75,96)
𝑇̅ =
10

𝑇̅ = 7,596𝑠
5.2.3.b) O desvio ∆𝑇𝑖 de cada uma delas

∆𝑇𝑖 = 𝑇𝑖 − 𝑇̅1

∆𝑇1 = 7,56 - 7,596 = -0,036s


∆𝑇2 = 7,60 - 7,596= 0,004s
∆𝑇3 = 7,63 - 7,596= 0,034s
∆𝑇4 = 7,59 - 7,596= -0,006s
∆𝑇5 = 7,55 - 7,596= -0,046s
∆𝑇6 = 7,61 - 7,596 = 0,014s
∆𝑇7 = 7,62 - 7,596= 0,024s
∆𝑇8 = 7,49 - 7,596= -0,106s
∆𝑇9 = 7,66 - 7,596= 0,064s
∆𝑇10= 7,65 - 7,596= 0,054s

5.2.3.c) O valor de (∆𝑇𝑖 )2 para cada medida

(∆𝑇1 )2 = (−0,036)2 = 0,0012961 = 1296 x 10−6 s2


(∆𝑇2 )2 = (0,004)2 = 0,000016 = 16 x 10−6 s2
(∆𝑇3 )2 = (0,034)2 = 0,001156 = 1156 x 10−6 s2
(∆𝑇4 )2 = (−0,006)2 = 0,000036 = 36 x 10−6 s2
(∆𝑇5 )2 = (−0,046)2 = 0,002116 = 2116 x 10−6 s2
(∆𝑇6 )2 = (0,014)2 = 0,000196 = 196 x 10−6 s2
(∆𝑇7 )2 = (0,024)2 = 0,000576 = 576 x 10−6 s2
(∆𝑇8 )2 = (−0,106)2 = 0,011236 = 11236 x 10−6 s2
(∆𝑇9 )2 = (0,064)2 = 0,004096 = 4096 x 10−6 s2
(∆𝑇10 )2 = (0,054)2 = 0,002916 = 2916 x 10−6 s 2

5.2.3.d) O desvio padrão 𝜎


∑(∆𝑇𝑖 )2 23640𝑥10−6
𝜎=√ =√ = 0,051251s
𝑛−1 9

5.2.3.e) O desvio padrão da média 𝜎𝑚

𝜎 0,051251
𝜎𝑚 = = = 1,6207x10−2
√𝑛 √10
5.2.3.f) O erro aleatório provável 𝐸𝑎 (com o coeficiente de Student t=1)
𝐸𝑎 = ±𝜎𝑚 = 1̅ , 6207x10−2 s 𝑡 = (1,325 ± 0,02)s
𝐸𝑎 = ±0,02s
5.3 Gráficos

Conforme tabela 01 simulamos em um gráfico de linha as medidas do tempo em


segundo para ilustrar a dispersão, como apresenta o gráfico 01.

Gráfico 01: Medidas do tempo

6. Análise dos resultados


Conforme resultados obtidos no item 5.2, apresentamos a tabela 02, com os
resultados calculados do erro aleatório provável nas medições.

Tabela 02: Resultados.


Espaço (m)
0,4 0,8 1,2
Erro Aleatório =
Tempo (s)

Em analise, podemos observar que o erro aleatório provável calculado segue um


padrão com uma pequena variação independente do intervalo de espaço. Com duas
casas decimais o erro aleatório vária entre ±0,01s e ± 0,02s. No espaço de 0,8m ficou
com um erro aleatório de ±0,01s, sendo explicado pela variação dos valores de
mínimo e máximo serem praticamente a metade que os outros dois espaços conforme
tabela 03.

Tabela 03: Variação de mínimo e máximo


Espaço (m)
Tempo (s) 0,4 0,8 1,2
mínimo 2,48 5,05 7,49
máximo 2,64 5,14 7,66
VARIAÇÃO 0,16 0,09 0,17
7. Conclusões
Nessa atividade experimental calculamos o erro aleatório utilizando métodos
matemáticos estatísticos, conhecendo assim os desvios que uma medida pode adotar.
Com isso passamos a conhecer as dispersões do erro aleatório e minimizamos o erro
de medida no momento de atribuir um valor final do que se pretende aferir.

8. Bibliografia

[1] João J. Piacentini, Introdução ao Laboratório de física, 2 ed. rev., Florianópolis:


Editora da UFSC, 2005.

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