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F329 - Turma 4 - Grupo 3

Felipe Escórcio de Sousa 171043


Felipe Lopes de Mello 171119
Gabriel Basso Pereira 171872
Helder Betiol 174368

Relatório do Experimento 5
Resumo
Neste experimento, estuda-se o capacitor e suas propriedades através de circuitos
RC (capacitor e resistor em série). Através de três montagens de circuitos RC com
capacitores diferentes, analisa-se com um osciloscópio as relações entre corrente, tensão,
tempo e constante de tempo RC do circuito, buscando evidenciar as fórmulas teóricas. Na
montagem com capacitor com dielétrico, determina-se a constante dielétrica e o impacto de
sua variação.

Objetivos
Constatar que o carregamento e descarregamento do capacitor ocorrem de maneira
mais rápida para circuitos com constante RC menor e mais lentamente para constantes
menores. Também espera-se que aumentos na constante dielétrica resultem em aumento
da capacitância do capacitor.

Metodologia
Antes de começar, mede-se a resistência de todos os resistores para obter maior
certeza sobre seu verdadeiro valor. Na protoboard, montamos o circuito da Figura 1,
colocando o capacitor eletrolítico de 1 mF em série com um resistor de 1k ohm. Ligamos ao
circuito uma fonte DC e o osciloscópio em paralelo com o capacitor. No osciloscópio,
tomamos medidas e observamos o comportamento do capacitor com a fonte ligada e depois
desligada, descarregando o capacitor.
Para obter a constante de tempo do circuito, linearizando a equação (6) do roteiro:
−𝑡/𝑅𝐶
𝑉𝐶(𝑡) = 𝐸0𝑒 (6)
𝑡
𝑙𝑛(𝑉𝐶(𝑡)) = 𝑙𝑛(𝐸0) − 𝑅𝐶
(𝐼)

Que é uma equação linear (𝑦 = 𝑎𝑥 + 𝑏)com 𝑦 = 𝑙𝑛(𝑉𝐶(𝑡)), 𝑏 = 𝑙𝑛(𝐸0),


𝑎 =− 1/𝑅𝐶 e 𝑥 = 𝑡. Assim, basta aplicar o logaritmo natural das medidas de tensão obtidas
e fazer um gráfico destes valores em função do tempo. Como a constante de tempo (τ)é
igual ao produto RC, é possível obtê-la pelo coeficiente angular do gráfico:
τ =− 1/𝑎 (𝐼𝐼)
Na segunda parte do experimento, montamos o circuito da Figura 2, colocando o
capacitor cerâmico de 47 nF em série com um resistor de 10k ohm. Ligamos ao circuito um
gerador de funções programado para fornecer corrente alternada e o osciloscópio em
paralelo com o capacitor. No osciloscópio, tomamos medidas e observamos o
comportamento do capacitor ao longo do tempo, uma vez que o gerador de funções
funciona como fonte e chave neste caso. Por meio de um gráfico das medidas de tensão
em função do tempo, obtém-se uma função que é um decaimento exponencial. Por meio da
constante do expoente dessa função, é possível determinar a constante de tempo deste
circuito.
Na última parte do experimento, montamos novamente o circuito da Figura 2, porém,
desta vez, usando o capacitor de discos de alumínio e folhas de papel como dielétrico.
Medimos a espessura das folhas de papel com um paquímetro e variamos o número de
folhas colocadas entre os discos, medindo-se o tempo de descida (𝑡𝑑) do descarregamento
do capacitor. Pela equação (8) do roteiro, temos:
𝑅κε0𝐴
τ= 𝑑
+ τ0 (8)
Como 𝑡𝑑 = 2, 2 * τ(demonstração no anexo (1)), e os valores de R, ε0, A são
conhecidos, podemos determinar a constante dielétrica das folhas de papel pelo coeficiente
angular (a’) do gráfico τ 𝑥 1/𝑑. Assim:
𝑎'
κ= 𝑅ε0𝐴
(𝐼𝐼𝐼)
Além disso, o coeficiente linear deste mesmo gráfico resultará na capacitância
parasita do circuito (τ0).

Resultados
Parte I:
(𝑙𝑛(𝑉) ± ∆𝑙𝑛(𝑉) [𝑉] (𝑡 ± ∆𝑡) [𝑠]

(0, 68 ± 0, 08) 𝑉 (0, 020 ± 0, 002)

(0, 66 ± 0, 08) 𝑉 (0, 040 ± 0, 002)

(0, 64 ± 0, 08) 𝑉 (0, 060 ± 0, 002)

(0, 60 ± 0, 09) 𝑉 (0, 100 ± 0, 002)

(0, 52 ± 0, 09) 𝑉 (0, 160 ± 0, 002)

(0, 44 ± 0, 09) 𝑉 (0, 240 ± 0, 002)

(0, 4 ± 0, 1) 𝑉 (0, 300 ± 0, 002)

(0, 3 ± 0, 1) 𝑉 (0, 360 ± 0, 002)

(0, 3 ± 0, 1) 𝑉 (0, 400 ± 0, 002)

(0, 2 ± 0, 1) 𝑉 (0, 500 ± 0, 002)


(0, 1 ± 0, 1) 𝑉 (0, 600 ± 0, 002)

(0, 0 ± 0, 1) 𝑉 (0, 700 ± 0, 002)

(− 0, 1 ± 0, 1) 𝑉 (0, 800 ± 0, 002)

(− 0, 2 ± 0, 2) 𝑉 (0, 900 ± 0, 002)

(− 0, 4 ± 0, 2) 𝑉 (1, 000 ± 0, 002)

(− 0, 5 ± 0, 2) 𝑉 (1, 100 ± 0, 002)

(− 0, 7 ± 0, 2) 𝑉 (1, 300 ± 0, 002)

(− 0, 8 ± 0, 2) 𝑉 (1, 400 ± 0, 002)

(− 0, 9 ± 0, 3) 𝑉 (1, 500 ± 0, 002)

(− 1, 0 ± 0, 3) 𝑉 (1, 600 ± 0, 002)

(− 1, 1 ± 0, 3) 𝑉 (1, 700 ± 0, 002)

(− 1, 2 ± 0, 4) 𝑉 (1, 800 ± 0, 002)

(− 1, 3 ± 0, 4) 𝑉 (1, 900 ± 0, 002)

(− 1, 4 ± 0, 5) 𝑉 (2, 000 ± 0, 002)

(− 1, 6 ± 0, 5) 𝑉 (2, 100 ± 0, 002)

(− 1, 7 ± 0, 6) 𝑉 (2, 200 ± 0, 002)

(− 2, 0 ± 0, 8) 𝑉 (2, 300 ± 0, 002)

(− 2, 0 ± 0, 8) 𝑉 (2, 400 ± 0, 002)

(− 2, 0 ± 0, 9) 𝑉 (2, 500 ± 0, 002)

(− 2 ± 1) 𝑉 (2, 700 ± 0, 002)

(− 3 ± 1) 𝑉 (3, 000 ± 0, 002)

(− 3 ± 2) 𝑉 (3, 200 ± 0, 002)


Tabela I: Valores do logaritmo natural da tensão em função do tempo para o
descarregamento do capacitor de 1 mF em série com um resistor de (975 ± 7) Ωcom a
escala de tempo em 0,5 segundos por divisão e a de tensão em 1 volt por divisão.
Figura I: Gráfico do logaritmo natural da tensão em função do tempo para o
descarregamento de um capacitor de 1 mF.

Coeficiente linear = (0, 70 ± 0, 03) 𝑉


Coeficiente angular = (− 1, 07 ± 0, 06) 𝑉/𝑠

Parte II:
(𝑉 ± ∆𝑉) [𝑉] (𝑡 ± ∆𝑡) [𝑠]

(3, 8 ± 0, 2) 𝑉 −5
(3, 0 ± 0, 1) * 10 𝑠

(3, 8 ± 0, 2) 𝑉 −5
(4, 0 ± 0, 1) * 10 𝑠

(3, 6 ± 0, 2) 𝑉 −5
(6, 0 ± 0, 1) * 10 𝑠

(3, 4 ± 0, 2) 𝑉 −5
(8, 0 ± 0, 1) * 10 𝑠

(3, 3 ± 0, 2) 𝑉 −5
(10, 0 ± 0, 1) * 10 𝑠

(3, 2 ± 0, 2) 𝑉 −5
(12, 0 ± 0, 1) * 10 𝑠

(3, 0 ± 0, 2) 𝑉 −5
(15, 0 ± 0, 1) * 10 𝑠

(2, 8 ± 0, 2) 𝑉 −5
(17, 0 ± 0, 1) * 10 𝑠

(2, 6 ± 0, 2) 𝑉 −5
(20, 0 ± 0, 1) * 10 𝑠

(2, 5 ± 0, 2) 𝑉 −5
(22, 0 ± 0, 1) * 10 𝑠

(2, 4 ± 0, 2) 𝑉 −5
(24, 0 ± 0, 1) * 10 𝑠
(2, 3 ± 0, 2) 𝑉 −5
(26, 0 ± 0, 1) * 10 𝑠

(2, 2 ± 0, 2) 𝑉 −5
(29, 0 ± 0, 1) * 10 𝑠

(2, 1 ± 0, 2) 𝑉 −5
(31, 0 ± 0, 1) * 10 𝑠

(1, 9 ± 0, 2) 𝑉 −5
(34, 0 ± 0, 1) * 10 𝑠

(1, 9 ± 0, 2) 𝑉 −5
(36, 0 ± 0, 1) * 10 𝑠

(1, 7 ± 0, 2) 𝑉 −5
(40, 0 ± 0, 1) * 10 𝑠

(1, 6 ± 0, 1) 𝑉 −5
(43, 0 ± 0, 1) * 10 𝑠

(1, 5 ± 0, 1) 𝑉 −5
(46, 0 ± 0, 1) * 10 𝑠

(1, 4 ± 0, 1) 𝑉 −5
(49, 0 ± 0, 1) * 10

(1, 3 ± 0, 1) 𝑉 −5
(53, 0 ± 0, 1) * 10 𝑠

(1, 2 ± 0, 1) 𝑉 −5
(58, 0 ± 0, 1) * 10 𝑠

(1, 0 ± 0, 1) 𝑉 −5
(61, 0 ± 0, 1) * 10 𝑠

(0, 9 ± 0, 1) 𝑉 −5
(72, 0 ± 0, 1) * 10 𝑠

(0, 8 ± 0, 1) 𝑉 −5
(76, 0 ± 0, 1) * 10 𝑠

(0, 8 ± 0, 1) 𝑉 −5
(84, 0 ± 0, 1) * 10 𝑠

(0, 6 ± 0, 1) 𝑉 −5
(91, 0 ± 0, 1) * 10 𝑠

(0, 5 ± 0, 1) 𝑉 −5
(102, 0 ± 0, 1) * 10 𝑠

(0, 4 ± 0, 1) 𝑉 −5
(107, 0 ± 0, 1) * 10 𝑠

(0, 4 ± 0, 1) 𝑉 −5
(110, 0 ± 0, 1) * 10 𝑠

(0, 3 ± 0, 1) 𝑉 −5
(114, 0 ± 0, 1) * 10 𝑠

(0, 3 ± 0, 1) 𝑉 −5
(123, 0 ± 0, 1) * 10 𝑠

(0, 2 ± 0, 1) 𝑉 −5
(129, 0 ± 0, 1) * 10 𝑠

(0, 2 ± 0, 1) 𝑉 −5
(139, 0 ± 0, 1) * 10 𝑠

(0, 2 ± 0, 1) 𝑉 −5
(145, 0 ± 0, 1) * 10 𝑠
(0, 1 ± 0, 1) 𝑉 −5
(152, 0 ± 0, 1) * 10 𝑠

(0, 1 ± 0, 1) 𝑉 −5
(154, 0 ± 0, 1) * 10 𝑠

(0, 1 ± 0, 1) 𝑉 −5
(161, 0 ± 0, 1) * 10 𝑠

(0, 0 ± 0, 1) 𝑉 −5
(175, 0 ± 0, 1) * 10 𝑠

(0, 0 ± 0, 1) 𝑉 −5
(186, 0 ± 0, 1) * 10 𝑠

(0, 0 ± 0, 1) 𝑉 −5
(197, 0 ± 0, 1) * 10 𝑠
Tabela II: Valores de tensão em função do tempo para o descarregamento do capacitor de
47 nF em série com um resistor de (9910 ± 50) Ωcom a escala de tempo em 0,00025
segundos por divisão e a de tensão em 1 volt por divisão.

Figura II: Gráfico da tensão em função do tempo para o descarregamento de um capacitor


de 47 nF. Barras de erro muito pequenas para serem visualizadas.
−𝑥/𝑡
Função de decaimento exponencial: 𝑦 = 𝑦0 + 𝐴𝑒
A (amplitude) = (4, 0615 ± 0, 0004) 𝑉
t (e-folding time) =(0, 000445 ± 0, 4) 𝑠
𝑦0 (offset) = (0, 0451 ± 0, 0004) 𝑉

Parte III:

(τ ± ∆τ) 𝑠 −1 −1 −1
(𝑑 ± ∆𝑑 ) 𝑚
− −1
(109 ± 2) * 10 (333 ± 60) 𝑚
−8 −1
(72 ± 2) * 10 (200 ± 20) 𝑚
−8 −1
(64 ± 2) * 10 (143 ± 10) 𝑚
−8 −1
(53 ± 2) * 10 (111 ± 6) 𝑚
−8 −1
(40 ± 2) * 10 (77 ± 3) 𝑚
−8 −1
(27 ± 2) * 10 (67 ± 2) 𝑚

Tabela III: Valores da constante de tempo do circuito com um resistor de(9910 ± 50) Ωem
função do inverso da distância entre as placas do capacitor. Os erros associados a estas
medidas são demonstradas no anexo (2).

Figura III: Gráfico das constantes de tempo do circuito em função do inverso da distância
entre as placas do capacitor.
−6
Coeficiente linear (b) = (3, 463 ± 0, 009) * 10 𝑠
−8
Coeficiente angular (a) = (1, 466 ± 0, 002) * 10 𝑠*𝑚

Análise dos dados


Parte I:
Substituindo o coeficiente angular da figura I na equação (II) da metodologia:
τ = (0, 93 ± 0, 05) 𝑠
Cujo erro é demonstrado no anexo (3).
Valor teórico a partir dos valores nominais:
τ = (1, 0 ± 0, 1) 𝑠
Cujo erro é demonstrado no anexo (4).
Parte II:
Como a variável t (e-folding time) já é a constante de tempo do circuito:
τ = (0, 445 ± 400) 𝑚𝑠
Onde o valor de τfoi mantido embora o erro seja muito maior, apenas para efeito de
comparação.
Valor teórico a partir dos valores nominais:
τ = (0, 470 ± 0, 001) 𝑚𝑠
Cujo erro é demonstrado no anexo (4).

Parte III:

−8
Como 𝑎 = (1, 466 ± 0, 002) * 10 𝑠 * 𝑚, 𝑅 = (9910 ± 50) Ω,
−12
𝐴 = (0, 022500 ± 0, 000002) 𝑚², ε0 = 8, 85 * 10 𝐶²/(𝑁 * 𝑚²), substituindo na
equação (III) da metodologia:
κ = 7, 43 ± 0, 04
Cujo erro é demonstrado no anexo (5).

Discussão
Na primeira parte, a constante de tempo com o capacitor eletrolítico obtido
experimentalmente foi de τ = (0, 93 ± 0, 05) 𝑠, enquanto o teórico esperado é de
τ = (1, 0 ± 0, 1) 𝑠, ou seja, o teórico não está dentro da faixa de erro do experimental,
porém, os valores são suficientemente similares para comprovar o teórico. Este valor
corresponde, teoricamente, ao tempo necessário para o capacitor 100% carregado no
circuito em questão ser descarregado até 37,8% de carga. Logo, registrada uma tensão de
2,0 V quando carregado, a tensão medida neste capacitor passado 1 s deve ser,
aproximadamente, 0,756 V. Experimentalmente, obtemos um valor inferior a este em 1 s
(constante teórica), porém, considerando o valor da constante de tempo experimental,
registrou-se um valor de tensão dentro da faixa que contém a tensão teórica.
Na segunda parte, a constante de tempo com o capacitor cerâmico obtido
experimentalmente foi de (0, 445 ± 400) 𝑚𝑠, enquanto o teórico esperado é de
(0, 470 ± 0, 001) 𝑚𝑠. Essa diferença pode ser explicada pela ausência da contribuição da
resistência do gerador de funções (que é de 200 Ω). Como a resistência utilizada nos
cálculos fora menor do que a real, a constante de tempo encontrada também resultou em
menor do que a esperada. A constante de tempo esperada que, passados 470 ms após o
início da descarga, tendo o capacitor uma tensão registrada de 3,8 V quando carregado, o
valor de tensão medida deve ser de, aproximadamente, 1,44 V. Pela tabela II, observa-se
que, passados aproximadamente 470 ms, a tensão registrada encontra-se corretamente
nesta faixa.
Na terceira parte, obtivemos a constante dielétrica do papel no valor de
κ = 7, 43 ± 0, 04, sendo que o valor teórico obtido na literatura é de 3,5. Observa-se que o
valor teórico não encontra-se na faixa do valor experimental. Esta diferença encontrada
pode ser o resultado de vários fatores. Observa-se pelos pontos do gráfico que as medidas
se encontram bastante dispersas e as barras de erro são bem significativas, o que pode
comprometer o coeficiente angular encontrado , portanto, a constante dielétrica. Esta
constante é uma propriedade do material isolante colocado entre as duas placas paralelas
do capacitor e tem por efeito multiplicar o valor da capacitância quando há apenas vácuo
entre as placas paralelas. Logo, a introdução de papel entre as placas devem aumentar a
capacitância quando comparado à capacitância com vácuo. O valor obtido para a constante
condiz com este cenário, ou seja, observou-se experimentalmente que a presença de papel
como dielétrico efetivamente aumenta a capacitância.
Nota-se pelo gráfico da terceira parte que, conforme a distância entre as placas
aumenta, menor fica a constante de tempo. Dado que essa constante é produto da
resistência fixa pela capacitância, conclui-se que a capacitância diminui conforme
aumenta-se a distância. O coeficiente linear deste gráfico é obtido quando o inverso da
distância é igual a zero, o que seria compatível a uma distância infinita entre as placas, uma
vez que a capacitância seria teoricamente nula. Como este coeficiente não é nulo, indica-se
que ainda há capacitância no circuito, sendo esta proveniente do próprio cabo coaxial, cuja
capacitância é de 93pF/m, ou seja, um valor muito baixo, porém condizente com o valor
baixo do coeficiente linear obtido.

Conclusão
Através do estudo de circuitos RC, ou seja, capacitores em série com resistores, e
com o auxílio de um osciloscópio, pudemos observar o comportamento de três tipos de
capacitores: eletrolítico, de cerâmica e de placas paralelas com papéis na função de
dielétrico. No osciloscópio, obtivemos as curvas de carregamento e descarregamento de
cada capacitor, e destas extraímos dados da tensão em função do tempo, para assim
aferirmos as respectivas constantes τ. Como demonstrado na análise dos dados, para o
capacitor eletrolítico e para o capacitor de cerâmica, o resultado experimental se confirmou
muito próximo do teórico, logo as equações de carga e descarga apresentadas são válidas
para os mesmos. Já para a última parte, temos um capacitor de placas paralelas com papel
na divisão das placas. O papel, neste caso, faz a função de dielétrico, logo, segundo a
𝐾.𝐸𝑜.𝐴
fórmula 𝐶 = 𝑑
, a presença do mesmo aumenta a capacitância do dispositivo. Para
o papel, temos uma constante dielétrica teórica de aproximadamente 3,5. No experimento,
entretanto, a constante calculada conforme demonstrado na parte III da Análise de dados,
ficou em 7, 43 ± 0, 04, valor que não se aproxima suficientemente do teórico. Tal
divergência pode ser explicada por possíveis erros nas medidas extraídas em aula, e ainda
uma variação espontânea ao valor teórico, devido ao material do papel utilizado e
impurezas presentes em sua superfície.
Anexos
Erro de intervalos de tempo:
±(0,01% da leitura + 0,4% do tempo de uma divisão + 0,4 ns).
Erro na medida de voltagem:
±(3% da leitura + 0,1 * uma divisão + 1 mV).
Erro da resistência segundo o multímetro:
±(0,5% da leitura + 2ohms).

1) Demonstração da equação:
𝑡𝑑 = 2, 2 * τ
𝐼𝑠𝑜𝑙𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑡 𝑛𝑎 𝑒𝑞𝑢𝑎çã𝑜 (𝐼) 𝑑𝑎 𝑚𝑒𝑡𝑜𝑑𝑜𝑙𝑜𝑔𝑖𝑎:
𝑡
𝑙𝑛(𝑉𝐶(𝑡)) = 𝑙𝑛(𝐸0) − 𝑅𝐶
𝑡 = [ 𝑙𝑛(𝐸0) − 𝑙𝑛(𝑉𝐶(𝑡))]𝑅𝐶
𝑂 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑑𝑒𝑠𝑐𝑖𝑑𝑎 𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜 é 𝑑𝑎𝑑𝑜 𝑝𝑜𝑟:
𝑡𝑑 = 𝑡𝑖 − 𝑡𝑓
= [𝑙𝑛(0, 9𝐸0) − 𝑙𝑛(𝑉𝑐(𝑡 )) − 𝑙𝑛(0, 1𝐸0) + 𝑙𝑛(𝑉𝑐(𝑡 ))]τ
= [𝑙𝑛(0, 9) − 𝑙𝑛(0, 1)]τ
= 2, 2 * τ
2) Erro de τ:
τ = 0, 4545 * 𝑡𝑑
∆τ = 0, 4545 * ∆𝑡𝑑

Erro de 1/d:
𝑓 = 1/𝑑
∆²𝑑 ∆𝑑
∆²𝑓 = 4 −> ∆𝑓 = 𝑑²
𝑑
3) Erro da equação (I):
τ = − 1/𝑎
∆²𝑎 ∆𝑎
∆²τ = 4 → ∆τ = 𝑎²
𝑎

4) Erro de τ = 𝑅𝐶:
τ = 𝑅𝐶
∆²τ = 𝐶²∆²𝑅 + 𝑅²∆𝐶²
Para 𝑅 ± ∆𝑅 = (975 ± 7) Ωe𝐶 ± ∆𝐶 = (0, 001 ± 0, 0001) 𝐹
∆τ = 0, 1 𝑠
−9
Para 𝑅 ± ∆𝑅 = (9910 ± 52) Ωe𝐶 ± ∆𝐶 = (47 ± 1) * 10 𝐹
∆τ = 0, 001 𝑚𝑠
𝑎
5) Erro de κ = 𝑅ε0𝐴
𝑎
κ= 𝑅ε0𝐴
∆²𝑎 𝑎²∆²𝑅 𝑎²∆²𝐴
∆²κ = 𝑅²ε0²𝐴²
+ 4 + 4
𝑅 ε0²𝐴² 𝑅²ε0²𝐴
𝑅²𝐴²∆²𝑎+𝑎²𝐴²∆²𝑅+𝑎²𝑅²∆²𝐴
∆²κ = 4 4
𝑅 ε0²𝐴

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