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Universidade Federal do Paraná

Centro Politécnico

CF063 D FÍSICA EXPERIMENTAL

Relatório do Experimento Pêndulo Simples

Grupo 1
Beatriz Kanda
Heitor Bortolanza
Vittoria Michelin

Curitiba, 2022
1. Oscilação Harmônica Simples
1.1. Precisão dos instrumentos e respectivas incertezas

Unidade Precisão do Incerteza (δ)


Instrumento

Comprimento l m 0,001 ±0,0005

Período T s 0,001 ±0,001

Período Médio T̄ s - ±0,0002

𝑇𝑚𝑎𝑥 − 𝑇𝑚í𝑛
𝐼𝑛𝑐𝑒𝑟𝑡𝑒𝑧𝑎 = 2

𝑇+0,001 𝑇−0,001
𝑇𝑚𝑎𝑥 = 5
; 𝑇𝑚í𝑛 = 5

𝑇+0,001 𝑇−0,001 0,002


𝑇𝑚𝑎𝑥 − 𝑇𝑚í𝑛 = 5
− 5
= 5

𝑇𝑚𝑎𝑥 − 𝑇𝑚í𝑛 0,002 1


𝐼𝑛𝑐𝑒𝑟𝑡𝑒𝑧𝑎 = 2
= 5
* 2
= 0, 0002
1.2. Tabela e gráfico T versus l

l (m) 5 T (s) T̄ (s)

1,402 11,899 2,3798

1,208 11,114 2,2228

1,02 10,223 2,0446

0,804 9,068 1,8136

0,584 7,833 1,5666

0,378 6,381 1,2762


1.3. Linearização das variáveis T e l
Dada a seguinte relação de T e l:
𝑙
𝑇 = 2π 𝑔
, a linearização pode ser realizada da seguinte forma:
2 2 𝑙 2 2
𝑇 = 4π 𝑔
, sendo 𝑇 = 𝑦', dado em segundos ao quadrado (𝑠 ) e

𝑙 = 𝑥', em metros (𝑚).


1.4. Tabela da aplicação do MMQ para a regressão linear

Sendo o x’ é a medida da haste pendular, que é variável, dado em metros (𝑚)


e o y’ o período elevado ao quadrado, que depende do tamanho da linha, dado em
𝑠²
segundo ao quadrado (𝑠²), o coeficiente angular da reta, dado em 𝑚
, é 3,9576 e o

coeficiente linear, dado em 𝑠², é 0,1336.

1.5. Obtenção do valor da aceleração gravitacional e de l


Calculando “g” a partir do valor do coeficiente angular (a):
2

𝑔 = 𝑎
2

𝑔 = 3,9576

𝑔 = 9, 975343 𝑚/𝑠²

A partir do g referência = 9,787604 m/s²

Cálculo do erro %:
𝑔𝑒𝑥𝑝−𝑔 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎
𝐸𝑅%= ( 𝑔 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎
) ×100 =
9,975343−9,787604
𝐸𝑅%= ( 9,787604
) ×100 = 1,91813%

Cálculo de lo, sendo este a medida do centro de massa do pêndulo até onde a
linha é amarrada, dado em metros (𝑚) e “b” o valor do coeficiente linear.
𝑏
𝑙₀ = 𝑎

0,1336
𝑙₀ = 3,9576

𝑙₀ = 0, 03346 𝑚

1.6. Conclusão
Diante dos cálculos apresentados, para assim, compararmos o valor da
gravidade de referência com o valor encontrado experimentalmente, conclui-se que
o método de extração e desenvolvimento de dados é vantajoso por ser fácil de
reproduzir e relativamente preciso, entretanto, apesar de ter uma precisão decente
para a maioria dos casos, ele não poderia ser utilizado para aplicações que requerem
um erro pequeno.
Dentre as possíveis fontes de erros, é importante considerar a precisão dos
instrumentos utilizados. Ao se considerar a incerteza dos equipamentos e arredondar
os valores das medidas para o mesmo número de casas decimais , é necessário
entender que, quanto mais preciso o equipamento, menor sua incerteza, logo, maior
a precisão da medida final. É necessário, também, considerar erros de execução
laboratorial por parte da equipe. Ao se manejar de forma equivocada algum
instrumento, é possível aumentar o erro dos dados aferidos. Para minimizar os
efeitos desses erros nos dados amostrais, é fundamental possuir uma série de
medidas da mesma situação.
Portanto, considerando o erro relativo da gravidade de referência em relação
ao valor experimental encontrado, 1,91813%, conclui-se que, levando em
consideração a inexperiência da equipe com os instrumentos utilizados e o
tratamento de dados, o valor encontrado foi coerente.

2. Parte 2: Oscilação Não-Harmônica Simples


2.1. Precisão dos instrumentos e respectivas incertezas

Unidade Precisão do Incerteza (δ)


Instrumento

Ângulo θ graus 1 ±0,5

Período T s 0,001 ±0,001

2.2. Tabela de dados de T e θ e gráfico T versus θ

Ângulo (graus) T1(s) T2(s) T3(s) T̄(s) δ T̄

10,0° 1,274 1,275 1,274 1,274 ±0,001

20,0° 1,287 1,288 1,286 1,287 ±0,002

30,0° 1,299 1,297 1,299 1,298 ±0,002

40,0° 1,315 1,314 1,312 1,314 ±0,002

50,0° 1,342 1,337 1,343 1,341 ±0,003

60,0° 1,373 1,364 1,367 1,368 ±0,004

70,0° 1,404 1,403 1,400 1,402 ±0,002


𝑇𝑚𝑎𝑥 − 𝑇𝑚𝑖𝑛
𝐼𝑛𝑐𝑒𝑟𝑡𝑒𝑧𝑎 = 2
+ 𝐷𝑒𝑠𝑣𝑖𝑜 𝑃𝑎𝑑𝑟ã𝑜 (𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑚é𝑑𝑖𝑜)
𝑇+0,003
𝑇𝑚𝑎𝑥 = 3

𝑇−0,003
𝑇𝑚𝑖𝑛 = 3

𝑇+0,003 𝑇−0,003 0,006


𝑇𝑚𝑎𝑥 − 𝑇𝑚𝑖𝑛 = 3
− 3
= 3
= 0, 002

∑(𝑥ᵢ−𝑥̄)
𝐷𝑒𝑠𝑣𝑖𝑜 𝑃𝑎𝑑𝑟ã𝑜 (𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑚é𝑑𝑖𝑜) = 𝑛*(𝑛−1)

𝑇𝑚𝑎𝑥 − 𝑇𝑚í𝑛 ∑(𝑥ᵢ−𝑥̄) 0,006 1 ∑(𝑥ᵢ−𝑥̄) ∑(𝑥ᵢ−𝑥̄)


𝐼𝑛𝑐𝑒𝑟𝑡𝑒𝑧𝑎 = 2
+ 𝑛*(𝑛−1)
= 3
* 2
+ 𝑛*(𝑛−1)
= 0, 001 + 𝑛*(𝑛−1)

2.3. Explicação do comportamento à medida que ângulo aumenta


O gráfico tem um comportamento exponencial, à medida que aumentamos a
amplitude, o período também aumenta. Para ângulos menores do que 10,0°, o
comportamento fica linear e constante.
No gráfico, x representa a amplitude e é medido em graus (°), e y, medido em
segundos (𝑠), representa o período.
O período (T) é dado pela seguinte fórmula:
𝐿 1 θ 9 4 θ 75 6 θ 1225 8 θ
𝑇 = 2π 𝑔
[1 + 4
𝑠𝑒𝑛²( 2 ) + 64
𝑠𝑒𝑛 ( 2 ) + 768
𝑠𝑒𝑛 ( 2 ) + 16384
𝑠𝑒𝑛 ( 2 ) +...]
Como a variação de amplitude é muito grande após uma oscilação, o período é
dado pela média de 3 medições independentes de apenas uma oscilação, para que,
assim, haja a minimização da variação de amplitude.
2.4. Modificações
As modificações que poderiam ser feitas no experimento de modo a reduzir
erros de imprecisão é aumentar o comprimento do fio, uma vez que isso aumentaria
a precisão da medida da amplitude, aumentar o número de medidas independentes,
para assim diminuir a incerteza das medidas aferidas. Além disso, utilizar
equipamentos com maior precisão, como o cronômetro e um transferidor, para assim
diminuir os erros no tratamento de dados.
Entre as vantagens desse experimento, pode-se citar o fato de que ele é fácil de
ser reproduzido, podendo ser executado de forma relativamente simples. Como
desvantagem, destaca-se sua pequena precisão.

2.5. Discussões: Possíveis fontes de erros


Conclui-se que, por se tratar de um experimento em que seu período depende
da amplitude, o tratamento dos dados mostra-se mais complexo, sendo necessário
considerar o ângulo do sistema. Também é necessário considerar que os
equipamentos utilizados, como o transferidor, apresentam uma precisão menor, o
que torna as incertezas das medidas maiores. Este, mostra-se, portanto, uma fonte de
erro considerável, assim como os erros de execução laboratorial por parte da equipe.
Além das possíveis fontes de erros supracitados, é importante ressaltar que as
dificuldades encontradas pela equipe no manuseamento dos equipamentos, tanto
para medir o ângulo de forma precisa quanto para soltar o pêndulo de forma correta,
aumentaram as fontes de erro do experimento.
3. Referências

-“Fundamentos da Física”, Halliday, Resnick e Walker, 7° ed, Editora LTC;


-“Física”, Tipler P., 3ª ed., Editora LTC Ltda, Rio de Janeiro (1993), vol.1, Cap. 12;
-“Física- fundamentos e aplicações", Eisberg R. M. e Lerner L.S., vol. 1 , seção
10.2.

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