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Transformadores

Arthur dos Santos Mohn, Felipe Miranda Cardoso de Sá, Kéthlyn Campos Silva,
Rafael Nunes Santana
Laboratório de Física 4 (Prof. Rafael de Morais Gomes)

RESUMO

Neste relatório apresentamos os resultados referentes ao estudo de


transformadores, ao submeter uma fonte de corrente alternada, medindo os valores da
impedância e tensão eficaz assim como o cálculo da impedância e análise do rendimento
dos transformadores.

INTRODUÇÃO

A energia elétrica é transmitida até nossas casas através de redes de alta tensão,
essa forma de transmissão possui diversas vantagens, sendo a minimização do efeito Joule
uma delas. O experimento com transformadores nos ajuda a entender melhor essa
transmissão presente no nosso cotidiano. Nos aparelhos eletroeletrônicos muitas vezes
precisamos de baixas tensões, e para isso os transformadores são a ferramenta ideal para
converter tais tensões. Formado a partir de duas bobinas, a corrente alternada na primeira,
induz um campo magnético na segunda gerando corrente nesta.

OBJETIVO

O objetivo deste experimento é medir o rendimento de transformadores elevadores e


abaixadores e comparar rendimentos de transformadores supostos ideais com o de perdas
acentuadas.

METODOLOGIA

Os materiais utilizados neste experimento foram: 1 fonte de tensão 0 - 15 V PHYWE;


1 multiteste TEK DMM254; 1 osciloscópio analógico MO-1221S; 1 bobina de 600 voltas, 9
mH, 2,5 Ω; 1 bobina de 300 voltas, 2 mH, 0,8 Ω; 1 resistor de 120 Ω, 10 W; 1 núcleo de
transformador, com suportes (Phywe); 1 cabo coaxial com 2 plugs banana; 5 cabos médios;
2 lâminas de latão 3 x 3 cm.
O osciloscópio foi ajustado e o circuito foi montado de acordo com o esquema dado.
Na primeira parte, é configurado um transformador elevador, pois N2 > N1 sendo assim a
voltagem de V2 é maior que V1, enquanto que na parte 2 é configurado um transformador
abaixador, pois N2 é menor que N1. Foram medidas as tensões no secundário variando-se
as tensões no primário.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Atividade 1:

Tabela I: PRIMEIRA PARTE – Transformador elevador

V1 (V) V2 (V) i1 (mA) V2/V1 N2/N1 i2 (A) η

2,005 3,309 67 1,650 1,650 27,58 0,679


±0,023 ±0,036 ±4 ±0,026 ±0,026 ±2,77 ±0,080

3,013 5,010 100 1,693 1,693 42,50 0,694


±0,033 ±0,053 ±4 ±0,026 ±0,026 ±4,27 ±0,076

4,010 6,68 132 1,666 1,666 55,67 0,702


±0,043 ±0,097 ±5 ±0,030 ±0,030 ±5,63 ±0,077

Tabela II: SEGUNDA PARTE - Transformador abaixador

V1 (V) V2 (V) i1 (mA) V2/V1 N2/N1 i2 (mA) η

6,020 2,761 22 0,459 0,459 23,01 0,479


±0,090 ±0,031 ±3 ±0,009 ±0,009 ±2,32 ± 0,078

4,074 1,855 X 0,455 0,455 15,46 0,910


±0,044 ±0,032 ±0,007 ±0,007 ±1,56 ±0,014

2,050 0,921 X 0,449 0,449 7,68 0,898


± 0,023 ± 0,012 ±0,008 ±0,008 ±0,77 ±0,016
X: Não foi possível medir ou calcular.

𝑉2 δ𝑉2 2 𝑉2*δ𝑉1 2
δ( 𝑉1 ) = ( 𝑉1
) + (− 2 )
𝑉2

Cálculo de N2/N1:
𝑁2 𝑁2 𝑉2
𝑉2 = 𝑉1 * ( 𝑁1 ) → 𝑁1
= 𝑉1
, equação (1) da apostila.

𝑁2 𝑉2
δ( 𝑁1 ) = δ( 𝑉1 )

Utilizando tolerância de 10% para o Resistor: δR = 0,1*R = 0,1*120 = 12 Ω:


𝑉2
𝑖2 = 𝑅
δ𝑉2 2 𝑉2*δ𝑅 2
δ𝑖2 = ( 𝑅
) + (− 2 )
𝑅

Cálculo de η para a primeira tabela e a primeira linha da segunda tabela:


𝑃2 𝑖2*𝑉2
η = 𝑃1 = 𝑖1*𝑉1
𝑉2*δ𝐼2 2 𝑖2*δ𝑉2 2 𝑖2*𝑉2*δ𝑖1 2 𝑖2*𝑉2*δ𝑉1 2
δη = ( 𝑖1*𝑉1
) + ( 𝑖1*𝑉1
) + (− 2 ) + (− 2 )
𝑉1*𝑖1 𝑖1*𝑉2

Para calcular η na segunda e terceira linha da segunda tabela, devido à falta de medição da
corrente i1:
𝑁1 𝑉2
η = 𝑁2 * 𝑉1 , 𝑁1 = 600 𝑒 𝑁2 = 300
𝑁1 𝑉2
δη = 𝑁2 * δ( 𝑉1 )

Atividade 2:

Não foi realizado o experimento com placas de latão.

Atividade 3:

Impedância de Entrada (Z):

𝑉1
𝑍 = 𝑖1
δ𝑉1 2 𝑉1*δ𝑖1 2
δ𝑍 = ( 𝑖1
) + (− 2 )
𝑖1

Impedância de Entrada (Z) para V1 = (2,005 ± 0,023) V:


𝑍 = (29, 93 ± 1, 82) Ω

Impedância de Entrada (Z) para V1 = (3,013 ± 0,033) V:


𝑍 = (30, 13 ± 1, 25) Ω

Impedância de Entrada (Z) para V1 = (4,010 ± 0,043) V:


𝑍 = (30, 379 ± 1, 196) Ω

Resistência equivalente para o transformador elevador:

𝑁1 𝑉1
𝑁2
= 𝑉2
, obtida através da equação (1) da apostila.

𝑁1 2
𝑅𝑒𝑞 = ( 𝑁2 ) * 𝑅
𝑅*δ𝑉1 2 𝑉1*δ𝑅 2 𝑉1*𝑅*δ𝑉2 2
δ𝑅𝑒𝑞 = ( 𝑉2
) +( 𝑉2
) + (− 2 ) , utilizando tolerância de 10%
𝑉2
para o Resistor: δR = 0,1*R = 0,1*120 = 12 Ω.

Resistência equivalente para o transformador elevador

V1 (V) V2 (V) Req (Ω)

2,005 3,309 44,06


±0,023 ±0,036 ± 7,36

3,013 5,010 43,4


±0,033 ±0,053 ± 7,3

4,010 6,68 43,24


±0,043 ±0,097 ± 7,32

Teste de Compatibilidade

| Req - Z | Compatibilidade

|44,06 - 29,93| = 14,13 < 3*δ𝑅 = 36 Compatível

|43,4 - 30,13| = 13,27 < 3*δ𝑅 = 36 Compatível

|43,24 - 30,379| = 12,861 < 3*δ𝑅 = 36 Compatível

Explicação do teste de compatibilidade: você faz o módulo da diferença dos valores


sendo comparados e compara o resultado com a maior incerteza entre eles. Caso o
resultado seja <= 3δ, os valores são compatíveis e > 3δ são incompatíveis.
A impedância de entrada para todas as tensões do transformador elevador medidas
são compatíveis com a resistência equivalente calculada.

CONCLUSÃO

Ao realizarmos o experimento, podemos concluir que ao aumentar a voltagem no


primário, não houve grande diferença no rendimento do transformador elevador, enquanto
que no transformador abaixador houve diferença significativa no rendimento. Além disso,
para todas as tensões medidas, a impedância de entrada é compatível com a resistência
equivalente calculada.

REFERÊNCIAS

HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. Fundamentos de física. 8. ed. Rio de
Janeiro, RJ: LTC, c2009 vol 4.

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