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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

CENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTO

Física Experimental II
Prof. André Luiz Alves

EXPERIMENTO - CAPACITORES E CIRCUITOS RC

DAYANA FREITAS SANTOS


HILQUIAS TAVEIRA GOMES
MILLENA RODRIGUES ALBORGHETTI
REBEKA PESSANHA RITTER AZEVEDO
VIVIAN BRAGA DE OLIVEIRA

SÃO MATEUS
ABRIL 2023
1. DADOS EXPERIMENTAIS

Tabela 1 – Valores medidos de Resistência (R) e capacitâncias (C1 ou C2)

𝑅 ± ∆𝑅 𝐶1 ± ∆𝐶1 𝐶2 ± ∆𝐶2

462 93,5 µF 231 µF

Tabela 2 – Comparação dos valores medidos de Ceq e calculados pela fórmula, de


acordo com a associação paralela.

𝐶𝑒𝑞 ± ∆𝐶𝑒𝑞 𝐶 ± ∆𝐶 (𝑐𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑎)

325 µF 324,5 µF

Tabela 3 – Valores de corrente medidos no processo de descarga da associação em


paralelo de capacitores.

Tempo (s) 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50

Corrente
24,3 23,1 22,4 21,5 20,8 20,1 19,5 18,9 18,3 17,7 17,2
(µA)

Tempo (s) 55 60 65 70 75 85 95 105 115 125 135

Corrente
16,6 16,1 15,6 15,2 14,7 13,9 13 12,2 11,5 10,8 10,2
(µA)

Tabela 4 – Valores medidos de capacitância em função da distância entre as placas


do capacitor.

𝐷 (mm) 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4 1,6 1,8

𝐶 (µF) 446 222 183 162 132 121 101 81 63


2. RESULTADOS E DISCUSSÕES

● Capacitor de placas paralelas

Utilizando um capacitor de placas planas paralelas, foi medido a capacitância em


função da distância entre as placas do capacitor.

Por convenção, para calcular a incerteza do paquímetro, consideramos que a


incerteza é igual a metade da menor medida do instrumento. A menor medida do
paquímetro utilizado era de 0,1 mm, portanto, a incerteza é de 0,05 mm, como
demonstrado na tabela 5.

Para calcular a incerteza da capacitância, consideramos a escala de capacitância


com a respectiva incerteza demonstrada na imagem 1 e calculamos para cada valor
utilizando a equação A, os resultados estão demonstrados na tabela 5.

Imagem 1: Escala de capacitância com a respectiva incerteza.

∆𝐶 = (𝑒𝑥𝑎𝑡𝑖𝑑ã𝑜 × 𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎 ) + ( 𝑑 × 𝑟𝑒𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜) Equação A

Tabela 5 – Valores medidos de capacitância em função da distância entre as placas


do capacitor com as respectivas incertezas.

𝐷 ± ∆𝐷 (mm) 𝐶 ± ∆𝐶 (µF)
0, 2 ± 0, 05 446 ± 13, 92
0, 4 ± 0, 05 222 ± 9, 44
0, 6 ± 0, 05 183 ± 1, 42
0, 8 ± 0, 05 162 ± 1, 31
1 ± 0, 05 132 ± 1, 16
1, 2 ± 0, 05 121 ± 1, 11
1, 4 ± 0, 05 101 ± 1, 01
1, 6 ± 0, 05 81 ± 0, 91
1, 8 ± 0, 05 63 ± 0, 82

Utilizando o Excel, foi construído o gráfico 1, em que demonstra a capacitância (C)


em função do inverso da distância (1/d) entre as placas do capacitor, de acordo com
os valores demonstrado na tabela 6.

Tabela 6 – Valores de capacitância em função do inverso da distância entre as placas


do capacitor.

1/D (mm-1) C (µF)


5,00 446
2,50 222
1,67 183
1,25 162
1,00 132
0,83 121
0,71 101
0,63 81
0,56 63
Gráfico 1 – Valores de capacitância em função do inverso da distância entre as
placas do capacitor.

Podemos observar no gráfico 1 teve um comportamento exponencial devido aos erros


experimentais, no entanto, foi possível traçar uma reta linear, demonstrando que a
capacitância é indiretamente proporcional a distância entre as placas de um capacitor
de placas planas paralelas, ou seja, se a distância entre as placas diminui, a
capacitância aumenta.

Para uma melhor análise, selecionamos a região de linearidade, essas são


representadas pelos pontos 2, 3 e 4, como demonstrado na tabela 7.

Tabela 7 – Valores de capacitância em função do inverso da distância entre as placas


do capacitor.

Pontos 1/D (mm-1) C (µF)


2 2,50 222
3 1,67 183
4 1,25 162
Gráfico 2 – Valores de capacitância em função do inverso da distância entre as
placas do capacitor nos pontos de linearização do gráfico 1.

A partir do gráfico 2, observamos que o coeficiente angular da reta (m) é equivalente


a 47,8 µF x mm.

Para calcular a incerteza do coeficiente angular, é necessário primeiro calcular a


incerteza da capacitância e do inverso da distância.

Cálculo da incerteza da capacitância

∆𝐶 = 𝐶2 − 𝐶4 Equação B

Substituindo os valores na equação B, temos:

∆𝐶 = 222 − 162 = 60 µ𝐹
2 2 2
∆∆𝐶 = ∆𝐶2 − ∆𝐶4 Equação C

Substituindo os valores na equação C, temos:


2 2 2
∆∆𝐶 = 9, 34 − 1, 31 = 87, 39

∆∆𝐶 = 9, 35

Portanto, temos que ∆𝐶 ± ∆∆𝐶 = 60 ± 9, 35 µ𝐹


-

Para o cálculo da incerteza do inverso da distância, substituímos os valores na


equação B, assim:
1 −1
∆( 𝐷 ) = 2, 5 − 1, 25 = 1, 25 𝑚𝑚

Utilizamos a equação C para calcular a incerteza para cada ponto da extremidade.


1 1 ∆𝐷
∆( 𝐷 )𝑋 = 𝐷
× 𝐷
Equação C

Para o ponto 2, temos:


1 0,05 −1
∆( 𝐷 )2 = 2, 5 × 0,4
= 0, 3125 𝑚𝑚

Para o ponto 4, temos:


1 0,05 −1
∆( 𝐷 )4 = 1, 25 × 0,8
= 0, 0782 𝑚𝑚

1 2 1 2 1 2
∆∆( 𝐷 ) = ∆( 𝐷 )2 − ∆( 𝐷 )4

1 2 2 2
∆∆( 𝐷 ) = 0, 3125 − 0, 0782 = 0, 092

1
∆∆( 𝐷 ) = 0, 3025

1 1
Portanto, temos que ∆( 𝐷 ) ± ∆∆( 𝐷 ) = 0, 3125 ± 0, 3025 µ𝐹

Com os dados da incerteza da capacitância e do inverso da distância, podemos


calcular a incerteza do coeficiente angular utilizando a equação D.
1
∆∆𝐶 ∆∆( 𝐷 )
∆𝑚 = 𝑚 × [( ∆𝐶
) + ( 1
) Equação D
∆( 𝐷 )

Substituindo os valores na equação D, temos:

9,35 0,3025
∆𝑚 = 47, 8 × [( 60
) + ( 0,3125 ) = 5, 38

Portanto, temos que 𝑚 ± ∆𝑚 = 47, 8 ± 5, 38 µ𝐹 𝑥 𝑚𝑚

Para calcular a área do placa, foi utilizado a equação E e considerando o diâmetro (d)
da placa do capacitor como D = 180 mm.
𝐷 2
𝐴= Π × ( 2
) Equação E

Substituindo os valores na equação D, temos:


180 2 2
𝐴= Π × ( 2
) = 25. 447 𝑚𝑚

Por convenção, a incerteza do diâmetro é igual a metade da menor medida do


instrumento. A menor medida do paquímetro utilizado era de 1 mm, portanto, a
incerteza do diâmetro é de 0,5 mm.

Para calcular a incerteza da área, utilizamos a equação F:


∆𝐷
∆𝐴 = 𝐴 × 2 × ( 𝐷
) Equação F

Substituindo os valores na equação F, temos:


0,5 2
∆𝐴 = 25. 447 × 2 × ( 180 ) = 141, 4 𝑚𝑚

2
Portanto, a área da placa é 𝐴 ± ∆𝐴 = 25. 447 ± 141, 4 𝑚𝑚

A partir da equação G, é possível calcular a permissividade no vácuo.


𝑚
ε0 = 𝐴
Equação G

Substituindo os valores, temos:

47,8 −3 µ𝐹
ε0 = 25.447
= 1, 88 × 10 𝑚𝑚

Para calcular a incerteza da permissividade no vácuo, utilizamos a equação H.


∆𝑚 ∆𝐴
∆ε0 = ε0 × [( 𝑚
) + ( 𝐴
) Equação H

Substituindo os valores, temos:


−3 5,38 141,4 −3 µ𝐹
∆ε0 = 1, 88 × 10 × [( 47,8 ) + ( 25.447 ) = 0, 01 × 10 𝑚𝑚

Portanto, o valor da permissividade no vácuo é


−3 µ𝐹
ε0 ± ∆ε0 = 1, 88 × 10 ± 0, 01 𝑚𝑚

Comparando com o valor teórico ε0= 8,85 pF/m o que equivale a ε0=0.00000885 µF/m

obtivemos um valor discrepante em relação ao teórico resultante em ε0= 1,88 µF/m.

Isso pode ter sido causado devido às instabilidades do clima e aparelhos dentro do
laboratório, bem como sua incerteza.

Gráfico 3 - ln(i) em função do tempo.

O gráfico 3 foi traçado em papel milimetrado e está anexado ao final do


relatório. A escala utilizada no eixo x foi 0,5 segundo por milímetro e no eixo y foi
0,0025 ln(A) por segundo.

Cálculo do coeficiente angular angular da reta:


∆𝑦 155 · 0,0025
𝑚= ∆𝑥
= 280 · 0,5
= 0, 00276786

Então o cálculo do produto 𝑅𝐶 fica:


1 1
𝑅𝐶 = 𝑚
= 0,00276786
= 361, 2903

O cálculo de incerteza aplicado à escala foi menos do que um milímetro e por isso
não foi desenhado.

A critério de comparação, foi calculado os valores da constante capacitiva:

τ = 𝑅𝑥𝐶1

τ = 0, 462𝑥93, 5 = 43, 26𝑠

τ = 𝑅𝑥𝐶2

τ = 0, 462𝑥231 = 106, 72𝑠

Calculando também para a resistência equivalente temos:

τ = 𝑅𝑥𝐶𝑒𝑞

τ = 0, 462𝑥325 = 150, 15𝑠

Comparando-se os valores calculados com o valor da constante a partir do gráfico,


observa-se que a variação é considerável, indicando possíveis erros de medição .
3. QUESTÕES

1. Com base no modelo teórico, mostre matematicamente que o tempo


característico (C = RC) corresponde a 63,2 % da fem fornecida, no caso do
processo de carga, e a 36,8% da carga acumulada no capacitor, no caso de
descarga.

O tempo característico, a constante RC de capacitores indica o tempo necessário


para carregar um capacitor em que esteja conectado em série com um resistor até
atingir 63% do valor da tensão contínua aplicada sobre ele, que corresponde a 63,2
% da fem fornecida, no caso do processo de carga, para um circuito formado por um
resistor e um capacitor, como demonstrado na imagem 2

Imagem 2: Circuito resistor-capacitor

Isso pode ser provado matematicamente ao considerarmos as seguintes equações ,


sendo que a equação PO representa que a tensão entre os dois terminais de um
resistor ôhmico é proporcional a voltagem que passa por ele:

𝑉 = 𝑅 * 𝑖 equação I

Considerando um capacitor, a situação é diferente, a voltagem não depende da


corrente e sim das cargas acumuladas entre as placas, como sugere a equação J
abaixo, sendo C o valor da capacitância medida em Farads:
𝑞
𝑉= 𝐶
equação J

Quando a chave representada por S na imagem 343 for ligada a A, temos que a
corrente i começará a circular pelo resistência R, fazendo com que o capacitor seja
carregado, com a fonte previamente ajustada a um valor de tensão nominal ε.
Considerando a Lei das malhas, é possível afirmar que, a soma VC +VR permanece
constante e igual a ε em qualquer instante de tempo, sendo Vr a tensão no resistor e
VC a tensão no capacitor, respectivamente, considerando que a tensão aplicada é
distribuída da mesma forma para os dois componentes, de acordo com a equação K:

𝑉𝑅(𝑡) + 𝑉𝐶(𝑡) = ε equação K

Podemos inserir as equações I e J na equação K e chegaremos numa equação


diferencial para a corrente do circuito, e ao resolver essa equação temos as funções
dependentes do tempo nos seguintes resultados abaixo, equações L, M, N e O.
−𝑡
ε
𝑞(𝑡) = 𝑅
* 𝑒 𝑅𝐶 equação L

−𝑡

𝑖(𝑡) = 𝐶 * ε(1 − 𝑒 ) 𝑅𝐶
equação M
−𝑡

𝑉𝑟(𝑡) = ε * 𝑒 𝑅𝐶 equação N
−𝑡

𝑉𝑐(𝑡) = ε * (1 − 𝑒 ) 𝑅𝐶
equação O

Sendo a equação L referente a Carga no capacitor, a equação M referente a Corrente


no circuito, a N referente a Voltagem no resistor e a O referente a voltagem no
capacitor.

Fazendo uma análise das duas últimas equações é possível perceber que no instante
inicial, em que o t=0, temos que a tensão inicial está concentrada no Resistor, visto
que:
0 0
𝑉𝑟 = ε * 𝑒 = ε 𝑉𝑐 = ε(1 − 𝑒 ) = 0

Se considerarmos t tendendo ao infinito, podemos dizer que a tensão tende a se


concentrar no capacitor, visto que:

𝑉𝑟 → 0 𝑉𝑐 → ε

E quando o t=RC temos que


−1 −1
𝑉𝑟 = ε * 𝑒 = 0, 37ε 𝑉𝑐 = ε(1 − 𝑒 ) = 0, 63ε

Sendo τ o tempo característico, representado pela equação abaixo:

τ = 𝑅𝐶 equação P

É possível identificar a constante do tempo no circuito RC através do gráfico abaixo:


2. Deduza as equações (3) e (5) a partir da análise do circuito RC.
−𝑡
ε 𝑅𝐶
Carga - Equação (3) : 𝑖(𝑡) = 𝑅
𝑒

O capacitor inicialmente está descarregado e em seguida a chave é fechada (t=0),


completando o circuito e permitindo que a bateria seja carregada pela corrente. Para
o instante t=0, pela lei das malhas de Kirchhoff, a voltagem do resistor R é igual à fem
da bateria E. A corrente inicial através do resistor, é dada pela lei de Ohm: I0=ε/R.

À medida que o capacitor se carrega, sua voltagem v(bc) aumenta e a diferença de


potencial V(ab) através do resistor diminui, o que corresponde à diminuição da
corrente. A soma dessas duas voltagens é constante e igual a E. Depois de um longo
tempo, o capacitor fica completamente carregado, a corrente torna-se igual a zero e a
diferença de potencial através do resistor se anula.

Seja “q” a carga do capacitor e “i” a corrente no circuito após um tempo t depois de a
chave ser fechada. O sentido positivo da corrente será aquele que corresponde ao
fluxo de carga positiva que entra na placa esquerda do capacitor. As voltagens
instantâneas vab e vbc são dadas por:

𝑣(𝑎𝑏) = 𝑖𝑅

𝑣(𝑏𝑐) = 𝑞/𝐶

Aplicando a lei das malhas de Kirchhoff, obtemos:

ε − 𝑖𝑅 − 𝑞/𝐶 = 0 equação Q

𝑖 = ε/𝑅 − 𝑞/𝑅𝐶 Equação R

Deduzindo a expressão para a corrente i em função do tempo:

Sendo i a taxa com a qual a carga positiva chega ao capacitor, então, i=dq/dt,
substituindo na equação F:

𝑑𝑞/𝑑𝑡 = ε/𝑅 − 𝑞/𝑅𝐶 =− 1/𝑅𝐶(𝑞 − 𝐶ε)


𝑑𝑞 −𝑑𝑡
𝑞−𝐶ε
= 𝑅𝐶

Integrando ambos os membros da equação:


𝑞 𝑡
𝑑𝑞' 𝑑𝑡'
∫= 𝑞'−𝐶ε
=∫ 𝑅𝐶
0 0

Tomando a função exponencial de ambos os membros da equação e explicitando q:


−𝑡
𝑞−𝐶ε 𝑅𝐶
𝑙𝑛( −𝐶ε
) =𝑒
−𝑡 −𝑡

𝑞 = 𝐶ε(1 − 𝑒 𝑅𝐶 ) = 𝑞(1 − 𝑒 𝑅𝐶 )

A corrente instantânea i nada mais é que a derivada da equação encontrada em


relação ao tempo, onde encontramos:
−𝑡
𝑑𝑞 ε 𝑅𝐶
𝑖= 𝑑𝑡
= 𝑅
𝑒

−𝑡
ε 𝑅𝐶
Descarga - Equação (5) : 𝑖(𝑡) =− 𝑅
𝑒

Ao descarregar um capacitor, antes de a chave ser fechada no instante t=0, a carga


do capacitor e a corrente é zero. No instante t depois de a chave ser fechada, a carga
do capacitor é q e a corrente é i. O sentido real da corrente é oposto ao indicado; a
corrente i é negativa. Depois de um longo tempo, tanto a carga q quanto a corrente i
tendem a zero. Assim, a lei das malhas de Kirchhoff fornece a Equação G, porém
com ε=0; ou seja:
𝑑𝑞 −𝑞
𝑖= 𝑑𝑡
= 𝑅𝐶

𝑑𝑞 −𝑑𝑡
𝑞
= 𝑅𝐶

A corrente i agora é negativa; isso ocorre porque uma carga positiva q está deixando
a placa do capacitor, de modo que a corrente possui o sentido oposto. Para
determinarmos q em função do tempo, integramos os dois lados da equação:
−𝑡
𝑙𝑛(𝑄) = 𝑅𝐶
+ 𝐴

Sendo A uma constante. Outra forma da equação acima é obtida elevando os dois
termos à argumento de uma exponencial:
−𝑡

𝑄(𝑡) = 𝐵 𝑒 𝑅𝐶

Sendo, B outra constante. Considerando como condição de contorno, o fato de que


em t = 0 o potencial entre as placas do capacitor é V = ε e que a carga inicial é Q0:

𝑄(0) = 𝐶ε −> 𝐵 = 𝐶ε −> 𝐵 = 𝑄0

Assim, a dependência da quantidade de carga acumulada nas placas do capacitor no


processo de descarga é:
−𝑡

𝑄 = 𝐶ε𝑒 𝑅𝐶
−𝑡
𝑄 𝑅𝐶
𝑉(𝑡) = 𝐶
= ε𝑒
−𝑡
𝑑𝑄
𝑖= 𝑑𝑡
= ε𝑒 𝑅𝐶

−𝑡
𝑑𝑄 ε 𝑅𝐶
𝑖= 𝑑𝑡
=− 𝑅
𝑒

A constante de tempo RC tem o mesmo significado observado no processo de carga.


Tanto Q quanto i decrescem exponencialmente com o início do processo de
descarga.

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