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Avaliando resistências elétricas por meio de gráficos

Mayara Emmanuelly Morais – 2020030314 – Turma 024


Resumo. O experimento realizado em um laboratório da Universidade Federal de
Itajubá (UNIFEI) tem como objetivo geral ensinar como obter dados de materiais que
medem voltagem e corrente e a partir destes calcular com auxílios de formulas a
resistência elétrica, além disso, foi visto também a leitura dos dados em gráficos e a
partir deles é analisado se a resistência fornecia esta de acordo com a Lei de Ohm.

1. INTRODUÇÃO

O conceito resistência elétrica foi definido a partir da Lei de Ohm, o postulado de


1827 leva o nome do físico alemão Georg Simon Ohm (1789 -1854) em homenagem ao
seu feito, além disso, a lei demostra que no condutor a corrente elétrica é diretamente
proporcional à diferença de potencial aplicada.

A Lei de Ohm afirma que para um condutor mantido à temperatura constante, a


razão entre a tensão entre dois pontos e a corrente elétrica é constante, e essa constante é
designada como resistência elétrica.

O experimento realizado na Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI) se trata da


aferição da voltagem, corrente elétrica e da resistência, de maneira direta e indireta, e a
realização de cálculos, além disso, foram computados os cálculos em tabelas e plotados
em gráficos.

2. Materiais e Métodos
Para a realização do experimento, os materiais foram utilizados com o objetivo
de expressar e efetuar medida digital, realizar medidas diretas de voltagem
elétrica e de correntes, aplicar os dados experimentais coletados em gráficos e
ver a relação com a resistência.

2.1 Materiais
Os materiais usados são: Fonte elétrica BK Precision 1550(figura 1); dois
multímetro digitais ICEL MD-6111(figura 2), um configurado durante o
experimento como voltímetro para funcionar nas escalas 20V e 200V, com
resolução de 10 e 100 mV respectivamente, o erro é de ±(0,5% + 3d) em ambas
a escala e o outro multímetro digitais ICEL MD-611 configurado como
amperímetro, nas escalas de 20 e 200 mA, com resolução de 10 e 100 μA e erros

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de ±(0,8% + 4d) e ±(1,2% + 4d); duas resistências, uma com valor nominal de
1KΩ e o outro com valor de 1MΩ; uma lâmpada de 40 W com contatos (figura
3), uma matriz de circuitos e fios (figura 4), calculadora cientifica e o programa
SciDAVis para realizar o gráfico do experimento.

Figura 1 –Fonte elétrica BK Precision 1550 Figura 2 – Multímetros digitais ICEL MD- 6111.

Figura 3 – Lâmpada de 40 W com contato. Figura4–matriz de circuitos e fios.

2.2 Modelo Metodológico


O Experimento foi montado inicialmente com a resistência de 1KΩ, o
amperímetro na escala de 200mA foi ligado em série e o voltímetro nas escalas
20 e 200V em paralelo a resistência foram conectadas a fonte e os valores de
corrente elétrica (i) e voltagem(v) foram dispostos na tabela-1 junto com seus
respectivos erros. Em seguida foi feito a troca da resistência para a de 1MΩ e a
do amperímetro para 20mA, depois foi conectado a fonte e os valores de
corrente elétrica (i) e voltagem(v) foram dispostos na tabela-2. Na terceira e
ultima etapa do experimento a lâmpada substituiu a resistência de 1MΩ, o
voltímetro foi fixado em 20V e o amperímetro em 200mA, esse sistema foi

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conectado a fonte e os valores foram anotados na tabela-3 junto com sua
resistência descoberta também através da Lei de Ohm.

Figura 5 – Todos os materiais usados no experimento.

Figura 6 – Montagem do experimento.

O calculo de propagação do erro da voltagem e da corrente elétrica, foram realizados


com o auxilio das seguintes fórmulas:

 Pelo fato do Voltímetro ser igual a 20V ou 200V:


LED = ± (0,5% + 3d)
 Se o Amperímetro for igual a 200mA:
LED = ± (1,2% + 3d)
 Se o Amperímetro for igual a 20mA:
LED = ± (0,8% + 3d)

Com os dados das (tabelas 1 e 2) é possível calcular a Resistência elétrica (R) através da
lei de ohm e também é possível calcular a propagação dos erros da Resistência elétrica
pelas seguintes fórmulas:

 ∆V = R.i

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Onde:

∆V – Voltagem (V)
R – Resistência elétrica (Ω)
I – Corrente elétrica (mA)

 δR ÷ R = √(δV÷V)2 + (δI÷I)2

Pelo fato da lâmpada se esquentar na medida em que a voltagem é aumentada, é


necessário fazer o cálculo da temperatura do filamento e de seu erro, usando a seguinte
formula:

 R = Ramb [1+α(T-Tamb)]
Onde:
Ramb - é a resistência medida a temperatura ambiente
Tamb – (20 ± 0,5)ºC
α = 0,0045 Ω/K
T – deve ser representado por K

O erro do termômetro é a metade da menor medida, temos que δ Tamb = 0,5ºC e


como a temperatura é ∆T = T1 + Tamb, temos que o erro também será a menor
medida, que no caso é 0,5ºC, com isso:
 T = √(0,5)2 + (0,5)2

Por fim, para realização do ajuste do gráfico-4


 T = a + bVc

2.3 Obtenção dos Dados.

V(V) δv(v) I(mA) δI(mA) R(KΩ) δR(KΩ)


0,70 ±(0,03) 0,70 ±(0,41) 1,00 ±(0,41)
3,73 ±(0,05) 3,70 ±(0,44) 1,01 ±(0,45)
6,75 ±(0,06) 6,80 ±(0,48) 0,99 ±(0,49)
9,75 ±(0,08) 9,90 ±(0,52) 0,98 ±(0,52)
12,74 ±(0,09) 12,90 ±(0,55) 0,99 ±(0,56)
15,74 ±(0,11) 15,90 ±(0,59) 0,99 ±(0,60)
18,74 ±(0,12) 18,90 ±(0,63) 0,99 ±(0,64)
21,70 ±(0,41) 21,90 ±(0,66) 0,99 ±(0,78)

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24,70 ±(0,42) 24,80 ±(0,70) 1,00 ±(0,82)
27,70 ±(0,44) 27,80 ±(0,73) 1,00 ±(0,85)
30,70 ±(0,45) 30,70 ±(0,77) 1,00 ±(0,89)
33,70 ±(0,47) 33,50 ±(0,80) 1,01 ±(0,93)
36,70 ±(0,48) 36,50 ±(0,84) 1,01 ±(0,97)
Tabela 1- Tabela com os valores medidos utilizando a Resistência de 1KΩ e os cálculos dos seus
respectivos erros.

V(V) δv(v) I(mA) δI(mA) R(MΩ) δR(MΩ)


2,53 ±(0,04) - ±(0,04) - ±(0,06)
12,73 ±(0,09) 0,01 ±(0,04) 1.273,00 ±(0,10)
22,00 ±(0,41) 0,02 ±(0,04) 1.100,00 ±(0,41)
30,80 ±(0,45) 0,03 ±(0,04) 1.026,67 ±(0,46)
36,40 ±(0,48) 0,04 ±(0,04) 910,00 ±(0,48)
Tabela2- Tabela com os valores medidos utilizando a Resistência de 1MΩ e os cálculos dos seus
respectivos erros.

V(V) δv(v) I(mA) δI(mA) R(Ω) δR(Ω) T(K δT(K)


0,80 0,30 26,50 0,72 30,19 0,78 301,31 1,18
3,80 0,32 73,80 1,29 51,49 1,32 463,99 1,59
6,70 0,33 91,70 1,50 73,06 1,54 628,73 1,77
9,70 0,35 102,90 1,63 94,27 1,67 790,64 1,89
12,70 0,36 112,00 1,74 113,39 1,78 936,70 1,99
15,70 0,38 119,70 1,84 131,16 1,88 1.072,39 2,07
18,70 0,39 127,10 1,93 147,13 1,97 1.194,32 2,16
21,70 0,41 134,50 2,01 161,34 2,06 1.302,84 2,24
24,70 0,42 141,80 2,10 174,19 2,14 1.400,97 2,32
27,70 0,44 148,30 2,18 186,78 2,22 1.497,15 2,39
30,70 0,45 155,80 2,27 197,05 2,31 1.575,53 2,48
33,70 0,47 161,60 2,34 208,54 2,39 1.663,29 2,55
35,70 0,48 165,70 2,39 215,45 2,44 1.716,06 2,59
Tabela3- Tabela com os valores medidos utilizando a lâmpada e os cálculos dos seus respectivos erros.

Os gráficos foram plotados seguindo a ordem das tabelas, onde o erro da voltagem e
da corrente são muito pequenos e sua barra de erro não aparece em alguns pontos
dos gráficos:

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Gráfico 1 – Voltagem X Corrente Elétrica com seus respectivos erros da tabela 1.

Gráfico 2 – Voltagem X Corrente com seus respectivos erros, da tabela 2.

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Gráfico 3 – Voltagem X Corrente com seus respectivos erros, da tabela 3.

Após a construção destes gráficos, foi feito um quarto gráfico com a relação da
voltagem e da temperatura do filamento da lâmpada, dados retirados da tabela 3, para o
ajuste do gráfico foi usado a formula, na qual o valor de “a” é 153,17 ± 3,54 K, “b” é
137,76 ± 1,86 K/V0,68 e “c” é 0,68 ± 3,32, valores esses retirados do SciDAVis.

Gráfico 4 – Temperatura do Filamento X Corrente com seus respectivos erros, da tabela 3.

2.4 Análise dos Resultados

Com a conclusão dos cálculos e a construção dos gráficos, é possível observar as


relações entre voltagem e corrente para diferentes tipos de resistores, além de ser
possível observar também a relação da voltagem e da temperatura em uma lâmpada

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incandescente e neste caso ao realizar o ajuste do gráfico, foram encontrados
constantes que permitem definir uma equação dessa relação e com isso é possível à
descoberta de novos valores de temperatura do filamento.

3. DISCUSSÃO DO MÉTODO E DOS RESULTADOS

Ao realizar o ajuste no gráfico 4, vemos que com as constantes “a, b e c” a


temperatura do filamento da lâmpada é de 3247ºC para uma voltagem máxima de
110V, é visto também que a lâmpada não atingiria seu ponto de fusão por ela ser
de tungstênio e sua temperatura de fusão é de 3422ºC. A partir da analise dos
gráficos 1 e 2, da para perceber que as resistências 1KΩ e 1MΩ seguem a lei de
ohm, porem o gráfico 3 com a resistência sendo a lâmpada não segue, essa
diferença se da pelo fato da lâmpada emitir energia luminosa. Além disso, os
coeficientes “a”, “b” e “c” da formula de ajuste tem significados importantes sendo
respectivamente, temperatura que em condições ideais deveria ser medida quando
não te voltagem, a influência da voltagem na temperatura, por fim, é definido a
forma da curva do gráfico.

4. CONCLUSÕES
A partir da realização do experimento, é possível concluir que a Lei de Ohm não foi
respeitada nas medições com diferentes resistências, analisando os dados obtidos
dos cálculos, dos gráficos e da discussão dos resultados, esse desrespeito da lei se
da devido ao fato da lâmpada emitir energia luminosa.

5. REFERÊNCIAS

 https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/eletrodinamica.htm#:~:text=A
%20eletrodin%C3%A2mica%20estuda%20o%20comportamento,das%2
0cargas%20el%C3%A9tricas%20em%20movimento.
 https://www.todamateria.com.br/leis-de-
ohm/#:~:text=As%20Leis%20de%20Ohm%2C%20postuladas,%C3%A0
%20diferen%C3%A7a%20de%20potencial%20aplicada.

8
 https://classroom.google.com/u/2/w/MTQ3NTI5Njg1MDk5/tc/MTY0M
TM4NzQwNjU0

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