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CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL
FÍSICA EXPERIMENTAL 2
RELATÓRIO – EXPERIMENTO 01
LEI DE OHM
JOÃO PESSOA
2021
Sumário
1. Introdução ........................................................................................... 2
2. Materiais ............................................................................................. 3
3. Métodos ............................................................................................... 3
4. Dados ................................................................................................... 6
5. Análise de dados .................................................................................. 8
5.1. Etapa 1 .......................................................................................... 8
5.2. Etapa 2 ........................................................................................ 11
6. Comparação de resultados ................................................................ 11
7. Conclusões ........................................................................................ 12
8. Referências ........................................................................................ 12
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1. Introdução
A resistência R de um componente é determinado pela fórmula que diz que R é
equivalente a divisão entre tensão V e corrente i, através da equação 1:
𝑉
𝑅= (eq.1)
𝑖
Podendo ser divididos em ôhmico (quando obedecem a lei de Ohm) e não ôhmico
(quando não obedecem a lei de Ohm). A lei de Ohm relaciona a tensão aplicada como
uma linearidade com a resistência e a corrente, pela equação 2:
𝑉 = 𝑅ⅈ (eq.2)
Valida para todos os valores de V, dentro de certos limites e independente da
polaridade. Os resistores podem ser associados em série e em paralelo, quando ligados
em série a corrente do sistema é única entre todos os resistores, quando em paralelo é
herdado a diferença de potencial entre os resistores, mas a corrente é diferente se as
resistências entre eles forem diferentes.
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Visto essa introdução teórica, o relatório atual tem como finalidade estudar o
comportamento de dois resistores ôhmicos e um não ôhmico, como também a medição
da resistência em série e em paralelo, por uma fonte de tensão continua.
2. Materiais
Dois multímetros
Dois resistores cerâmicos
Uma lâmpada de bicicleta
Gerador de tensão continua
3. Métodos
Com o circuito apresentado em laboratório são escolhidos dois resistores para
realização do relatório, nesse relatório foram escolhidos os resistores de 100𝛺 e 68 𝛺
ambos com 5% de tolerância, sendo definidos o de 100𝛺 como R1 e o de 68 𝛺 como R2,
a resistência da lâmpada é dita como RL.
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Figura 4: R1 utilizado no experimento. Fonte: acervo do aluno
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Figura 6: RL utilizado no experimento. Fonte: acervo do aluno
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Com o circuito montado, os fios do segundo multímetro, que mede a tensão, são
colocados em cima dos fios que estão conectados com o resistor, de modo que o terminal
negativo fique em cima do fio que está em contato com o primeiro multímetro e o positivo
em cima do fio que tá conectado com a chave do sistema, podendo ser observado na figura
6 ( a ordem das cores dos fios foi mantido tanto para o multímetro 1 como a para o 2,
assim basta se orientar pela figura 7 para saber qual origem dos fios do segundo
multímetro na figura 6).
Após a montagem completa do circuito, calibra-se o multímetro para o melhor
encaixe no sistema montado, no caso do multímetro que mede a corrente foi calibrado
para 200mA e para o que medi tensão foi calibrado para 20V, por fim são anotados para
10 tensões diferentes fornecidas pelo gerador a corrente e a tensão mostradas nos
multímetros.
Para a realização da medição da resistência pelo multímetro, usou-se a calibração
de 200 𝛺 em que os fios do multímetro são conectados diretamente nos terminais do
resistor, logo em seguida é anotado a resistência mostrada pelo multímetro. Para a
resistência em série é utilizado a mesma calibração em que um fio é utilizado ligando dois
terminais dos resistores 1 e 2 e o sistema é fechado pelos fios do multímetro. Para o
sistema paralelo dois fios interligam os dois resistores, com o multímetro é conectado um
fio em um dos fios de cada resistor.
4. Dados
Para as calibrações utilizados, o manual do multímetro fornece como precisão para
a corrente 1.2% +1 dgt. Para a tensão a precisão é de 0.5% + 1 dgt. Para a resistência
0,8% + 1dgt. Assim foram obtidas as tabelas a baixo:
R1 R1
Corrente (A) Tensão(V) Incerteza (A) Incerteza (V)
0,0203 2 0,0003 0,02
0,0282 2,79 0,0004 0,02
0,0356 3,51 0,0005 0,03
0,0457 4,52 0,0006 0,03
0,0522 5,18 0,0007 0,04
0,0635 6,28 0,0009 0,04
0,0736 7,29 0,001 0,05
0,0818 8,11 0,0011 0,05
0,092 9,12 0,0012 0,06
0,1058 10,51 0,0014 0,06
6
R2 R2
Corrente (A) Tensão(V) Incerteza (A) Incerteza (V)
0,0309 2,06 0,0005 0,02
0,0551 3,69 0,0008 0,03
0,0667 4,47 0,0009 0,03
0,079 5,3 0,001 0,04
0,0895 6 0,001 0,04
0,1 6,71 0,001 0,04
0,1111 7,46 0,001 0,05
0,1213 8,15 0,002 0,05
0,1378 9,27 0,002 0,06
0,1485 10,02 0,002 0,06
LÂMPADA LÂMPADA
Corrente (A) Tensão(V) Incerteza (A) Incerteza (V)
0,0233 1 0,0004 0,02
0,0352 2 0,0005 0,02
0,0449 3 0,0006 0,03
0,0527 4 0,0007 0,03
0,0608 5 0,0008 0,04
0,0683 6 0,0009 0,04
0,075 7 0,001 0,05
0,0806 8 0,0011 0,05
0,0865 9,01 0,0011 0,06
0,0923 10,05 0,0012 0,06
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5. Análise de dados
5.1. Etapa 1
Com os dados foram obtidos os seguintes gráficos:
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Gráfico 02: Resistência R2. Fonte: Acervo do aluno
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Gráfico 03: Resistência RL. Fonte: Acervo do aluno
Com os gráficos notamos uma tendência linear nos resistores R1 e R2, o que
possibilitou traçar uma reta entre os pontos estudados. No resistor RL observou que a
união entre os pontos não se deu por uma reta, mas sim por uma leve curva, o que sugere
que o resistor seja não ôhmico.
Aplicando o método dos mínimos quadrados para a resistência R1 com os dados
obtidos temos que a inclinação da reta no gráfico foi 99,424 ∗ 10−3 com um erro padrão
de 0,105, fazendo analogia a equação 2 e ajustando a ordem das correntes para A, temos
a resistência de R em Ω de 99,4 com incerteza de 0,1 Ω.
Aplicando o método dos mínimos quadrados para a resistência R2 com os dados
obtidos temos que a inclinação da reta no gráfico foi 67,563 ∗ 10−3 com um erro padrão
de 0,102, fazendo analogia a equação 2 e ajustando a ordem das correntes para A, temos
a resistência de R em Ω de 67,6 com incerteza de 0,1 Ω.
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Para a resistência da lâmpada foram escolhidos os pontos em que a corrente
corresponde a 23,3 mA, 60,8 mA e 92,3 mA para a verificação que o resistor é não
ôhmico, as tensões dessas correntes é respectivamente 1, 5 e 10,05 V. Para a corrente
mais baixa, usando a equação 1 a resistência vale 42,92 Ω, na corrente média o valor da
resistência é de 82,24 Ω e para a corrente mais alta a resistência é de 108,88 Ω. Observa-
-se a grande disparidade entre os valores encontrado para a resistência, o fato não ôhmico
do resistor se deve graças a atividade térmica da lâmpada, pois para emitir luz o filamento
da lâmpada aquece que por consequência faz com as partículas daquele elemento estejam
mais agitadas, essa agitação a circulação da corrente no sentido do circuito, esse
aquecimento é comum entre os resistores e é chamado de efeito joule.
O efeito joule não teve tanta influência nos resistores R1 e R2 porque esses
resistores possuem mecanismos para dissipar o calor gerado nessa interação, assim a
resistência não sofre grande alterações pois a temperatura também não sofre grandes
alterações.
5.2. Etapa 2
Utilizando a equação 5 para obter a incerteza do circuito em série e a equação 6
para obter a incerteza da resistência em paralelo, ambas descritas a baixo.
6. Comparação de resultados
Para todas as etapas foram encontrados valores próximos de resistência, com a
resistência variando entre 99 Ω para R1 e 67 Ω para R2, ambos dentro do valor da
incerteza no valor nominal dado. No método gráfico a incerteza encontrada foi menor que
a medida pelo multímetro, pois o gráfico analisa uma tendência para a tensão, assim tem
um resultado mais preciso, porém vale salientar, que o resultado pode ter sofrido
alterações pela precisão do multímetro, a qual não foi considerado na analise da regressão.
Os valores obtidos pelos multímetros fornecem uma incerteza maior, porém, um valor
mais confiável para se usar, já que é considerado as incertezas do aparelho e assim obter
uma analise melhor. Os valores nominais descritos nos resistores não foram obtidos em
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exatidão, embora tenhamos obtidos valores muito próximos, o que pode ser justificado
pela imprecisão do multímetro e pelo tempo de uso do resistor, além de que a valor da
resistência nominal quase nunca é alcançado por vários fatores, como a lei de joule, que
embora seja quase nula para esses resistores, ainda afeta minimamente sua resistência.
Para a associação em série e em paralelo, a medição em multímetro se mostrou
mais eficiente, visto que forneceu uma incerteza menor, além de que os valores nominais
podem ser afetados por outros fatores, então para uma medição mais precisa os valores
do multímetro se mostraram melhor. Embora isso, os valores ficaram muito próximo e
demostram que o experimento obteve resultados satisfatório.
7. Conclusões
Com os resultados foi possível ver que o experimento realizado teve resultados
ótimos, todas as medidas obtiveram resultados próximos, portanto podem ser usadas para
uma aviação de circuito precisa.
A aparição de algum erro pode ter aparecido por conta da temperatura, como visto
claramente na lâmpada, mas também pode ter afetado um pouco a precisão na medição
dos resistores ôhmicos, pois a dissipação de calor não é feita 100%, independente do
material utilizado. A falta de experiência do operador também pode ser um fator que possa
afetar a precisão do experimento, o que foi compensado pelo auxilio técnico na hora do
experimento.
Mesmo com isso, os resultados encontrados se mostraram satisfatórios, os
equipamentos também mostraram elevada precisão para auxilio da experiência, então os
resultados encontrados podem ser usados em campo.
8. Referências
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