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Relatório de Laboratório 01
Medições em CC com Multímetro e Amperímetro
23 de março de 2023
1. Resumo
Nesta prática intitulada “Medições em CC com Multímetro e Amperímetro”, cujos objetivos
são conhecer e utilizar o multímetro, entender a corrente em um circuito variando-se a resistência,
e analisar a corrente em um circuito, variando-se a tensão para um mesmo valor de resistência. Para
isso, foram utilizados quatro resistores e dois multímetros (amperímetro e voltímetro).
Posteriormente, foi montado um circuito simples onde se fizeram medidas de corrente e tensão, e
observou-se um comportamento linear destas grandezas. Portanto, foram conhecidas as funções
do multímetro, bem como sua utilização, além de compreendidos os comportamentos de corrente
elétrica e tensão em elementos ôhmicos.
2. Objetivos
● Conhecer e utilizar as funções voltímetro e amperímetro do multímetro;
● Entender a corrente em um circuito variando-se a resistência;
● Entender a corrente em um circuito variando-se a tensão para um mesmo valor de
resistência.
3. Introdução
Um circuito elétrico fechado normalmente possui diversos componentes que regulam a
passagem de corrente elétrica, como por exemplo os resistores. Estes, por sua vez, atuam como
limitadores da passagem de corrente, de modo que o circuito atue perante a uma necessidade. Os
resistores funcionam dada a Primeira Lei de Ohm:
𝑉 = 𝑅×𝑖
em que V é a tensão elétrica exercida no circuito expressa em Volts (V); R é o valor da resistência
dada em Ohms (Ω); e i é a corrente elétrica em Amperes (A). É possível ainda calcular a potência
destes resistores pela equação da potência elétrica, a qual:
𝑃 = 𝑉×𝑖
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Um fator determinante, que virá afetar os dados a serem obtidos é a resistividade elétrica
dos fios condutores, propriedade essa que interfere na resistência elétrica assim como os aspectos
geométricos do condutor. Ela está relacionada com as características intrínsecas ao material. Assim,
esta é a Segunda Lei de Ohm:
𝜌×𝐿
𝑅=
𝐴
Voltímetro: Nesta função o multímetro mede a diferença de potencial, isto é, a tensão do circuito
em diferentes escalas. Este deve ser inserido em paralelo e possuir uma alta resistência, para que
não haja interferência nas medições.
Amperímetro: Aqui, o multímetro afere o valor da corrente elétrica que passa por determinada
região do circuito. Deve ter uma baixa resistência, para que a corrente possa fluir normalmente, e
ser inserido em série, pois este se comporta como um fio no circuito.
Adiante, em circuitos de maior potência e baixa corrente, não convém utilizar o multímetro,
haja visto a presença de elementos incompatíveis com o seu funcionamento, como fios de bitolas
maiores, impedindo o seccionamento direto, e elementos mais complexos. Deste modo, é indicado
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a utilização do Alicate Amperímetro, que, embora o nome seja sugestivo, não mede apenas
corrente elétrica.
Assim, conhecidas as funções dos aparatos a serem utilizados no experimento, objetivamos,
através deles, entender o comportamento da corrente elétrica no circuito, variando-se a resistência
e, analogamente, fixando-a, mas variando a tensão. Para isto ser feito, realizamos dois
experimentos, buscando-se medir valores de corrente e tensão, seguindo as duas formas
apresentadas.
4. Descrição Experimental
Para estes experimentos foram utilizados os seguintes materiais:
● 2 multímetros digitais;
● 1 fonte de tensão em CC regulável;
● 6 cabos tipo banana;
● 4 resistores de potência de valores distintos.
Caso não houvessem multímetros suficientes, foi liberada a utilização do alicate amperímetro para
exercer a respectiva função. Assim, foi montado o seguinte circuito:
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Figura 4: Circuito montado pela equipe.
Fonte: Fotografado pela própria equipe.
Para o primeiro experimento, buscamos estudar a função Voltímetro. Sendo assim,
regulamos a fonte no valor fixo de 12V, configuramos as escalas dos multímetros, estando o
amperímetro (azul na figura 4) em 10A e o voltímetro (amarelo na figura 4) em 20V.
Feito isso, medimos os valores de corrente, e também de tensão no resistor. Tal prática foi
realizada para resistências de 10, 25, 100 e 150 ohms. Os valores obtidos foram registrados em uma
tabela e em imagens.
Já no segundo experimento, foi procurado estudar a função Amperímetro. Dessa forma,
utilizamos somente o resistor de 25 ohms, configuramos as escalas dos multímetros, estando o
amperímetro em 10A e o voltímetro em 20V. Prosseguindo, fomos variando a tensão na fonte em
2, 7, 9 e 12 Volts, anotando os valores de corrente e tensão a cada variação de tensão e registrando
fotos.
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Durante ambos procedimentos, desligamos a fonte cada vez que mudávamos as escalas dos
multímetros. Foi uma precaução tomada para evitar possíveis danos aos dispositivos.
Cabe ressaltar que os valores medidos, como tensão, corrente e até mesmo a resistência,
estão sujeitos a erros de medição, imprecisão dos aparelhos, ou mesmo tênues diferenças dos
valores nominais.
5. Resultados e Análise
Seguem abaixo os resultados obtidos nos dois experimentos desta prática em laboratório,
bem como suas interpretações e análises:
No Experimento 1: Tivemos que fixar a tensão em 12V e variar os resistores em 10, 25, 100
e 150 Ohms. Na figura 6 logo abaixo, o multímetro azul é o amperímetro e o amarelo é o voltímetro.
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A equação utilizada para calcular a corrente nos resistores foi a equação respectiva a
Primeira Lei de Ohm, V = R x I, sendo V a Tensão Elétrica, dada em Volts (V), R a Resistência, dada
em Ohms (Ω), e I a Corrente Elétrica, dada em Amperes (A). Já para o cálculo da potência foi utilizada
a equação P = V x I, sendo ela dada em Watts (W).
Com os dados obtidos, pôde-se verificar que no experimento 1 a potência diminuiu
conforme a diminuição da corrente. Já no experimento 2, para uma resistência fixa, a corrente
aumentou conforme o aumento da tensão. Isso se deve ao fato de que estas são grandezas
diretamente proporcionais.
Ademais, verificou-se que no primeiro experimento o resistor com maior valor de corrente
foi o resistor de 10 Ω, sendo essa corrente igual a 1,17 A. Ainda, o resistor que registrou maior
potência nos ensaios dos 2 experimentos também foi o de 10 Ω, sendo essa potência de 13,83 W.
Foi possível ainda verificar diferenças entre os valores calculados e os valores medidos. Tal
discrepância se dá em função de diversos fatores, tais como resistência diferente do valor nominal
(Ex.: 10 Ω na verdade são 10,8 Ω), bem como efeitos de ponta presentes nos cabos de prova para
medir tensão, onde as cargas tendem a se concentrar nas extremidades pontiagudas, distorcendo
alguns valores. Outro fator que pode ter contribuído foi a resistividade presente nos fios condutores
do experimento, a qual reduz levemente a corrente elétrica em alguns pontos.
5.1 Questionário
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Verificou-se que no primeiro experimento o resistor com maior valor de corrente foi o
resistor de 10 ohms, sendo essa corrente igual a 1.17 A.
4. Em qual resistor se registrou maior potência nos ensaios dos roteiros 01 e 02?
O resistor que registrou maior potência nos ensaios dos 2 experimentos foi o resistor de 10
ohms, sendo essa potência de 13,83W.
6. É possível perceber diferença entre os valores medidos e calculados nos Ensaios dos roteiros 01
e 02? Se sim, ao que é possível atribuir essa diferença?
Sim, foi possível ainda verificar diferenças entre os valores calculados e os valores medidos.
Tal discrepância se dá em função de diversos fatores, tais como a resistência diferente do valor
nominal, bem como efeitos de ponta presentes nos cabos de prova para medir a tensão, a
resistividade presente nos fios condutores do experimento, a qual reduz levemente a corrente
elétrica em alguns pontos. Por fim, erros de medição da tensão elétrica, visto que os valores
medidos no experimento 02 eram maiores que os valores fornecidos pela fonte.
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9. Quais cuidados devem ser tomados ao se utilizar o amperímetro?
É importante frisar que é preciso ter certos cuidados na utilização do amperímetro,
tais como, verificar qual escala será utilizada para a medição da corrente, e garantir que
este esteja sempre ligado em série no circuito, visto que este dispositivo tem resistência
interna praticamente nula, logo ao ser ligado em paralelo, a corrente ao chegar no nó optará
pelo caminho de menor resistência, neste caso o do amperímetro, deixando-o em curto-
circuito já que a d.d.p nas suas extremidades será praticamente nula, podendo ocasionar a
queima do dispositivo.
10. Com base nos resultados do ensaio 02, esboce o gráfico da corrente medida no amperímetro
versus a tensão da fonte de tensão. Existe uma relação linear entre esse par de grandezas?
Explique sua resposta.
Sim, existe uma relação linear entre a corrente (I) e a tensão (V). Podemos visualizar
que à medida que aumentamos a corrente, a tensão também aumenta proporcionalmente,
logo, ao esboçar o gráfico, obtemos uma linha reta, obedecendo a primeira Lei de Ohm
V=R.I, e consequentemente, caracterizando o dispositivo como um dispositivo ôhmico.
11. O que ocorre quando invertemos as ponteiras vermelha e preta na medição em corrente
contínua?
Quando invertemos as ponteiras vermelha e preta na medição em corrente contínua
aparecerá um sinal negativo no visor do amperímetro, indicando que o sentido da corrente
está invertido.
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6. Conclusão
Portanto, referente ao experimento feito, e ao que foi realizado neste relatório, conclui-se
que componentes elétricos em um circuito, tendem a se comportar conforme é projetado, havendo
leves divergências entre os valores experimentais e teóricos.
No presente relatório foi possível entender as dinâmicas de funcionamento do multímetro,
mediante à função a qual ele era regulado. O amperímetro deve funcionar como um fio no circuito,
já que possui baixa resistência, desse modo, deve ser conectado em série, permitindo que a corrente
flua normalmente e seja medida. Por outro lado, o voltímetro deve estar nos terminais do
componente, já que possui alta resistência, logo, posicionado em paralelo, para que a corrente
tenda seguir o caminho de menor resistência. Assim, é possível registrar o valor da tensão.
Foi possível ainda, entender que à medida que se varia a resistência de um circuito elétrico,
a corrente também é afetada, de modo que se comportem como grandezas inversamente
proporcionais.
Mais à frente, conclui-se que a corrente e a tensão são grandezas diretamente proporcionais
para uma dada resistência, pois à medida que se aumentava uma grandeza, a outra também
aumentava. Vimos também que o fio pode dissipar parte da corrente elétrica, pois este possui um
comportamento semelhante a um resistor. Desse modo, comprovam-se as equações das Leis de
Ohm.
7. Participações
- Augusto Brener Silva Brandão: O discente realizou os cálculos de corrente, tensão e
potência que eram esperados que houvesse no experimento; bem como auxiliou na montagem do
circuito.
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Referências
HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos da Física: Eletromagnetismo,
v. 3, 9 ed., 2013.
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