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A Base Para Circuitos Elétricos


Christian de Oliveira Cavalheiro
Centro Universitário Uninter
Merêncio da Fontoura. – CEP: 97590-000 – Rosário do Sul – Rio Grande do Sul - Brasil
E-mail: christian.o.c.eletrica@gmail.com

Resumo. O experimente tem por objetivo demonstrar as leis de Ohm e Kirchhoff das correntes,
assim como a utilização do divisor e corrente e tensão e pôr fim a equivalente de Thévenin,
utilizando como ferramentas o Laboratório Portátil Individual Thomas Edison e o simulador de
circuitos online Multisim.

Palavras chave: (Corrente, Tensão, Thévenin, Potência, Multímetro, Circuito, Fonte)

Introdução Procedimento Experimental


“André-Marie Ampére (1775-1836) Matemático e Para a realização dos experimentos propostos
físico francês. Lançou as bases da eletrodinâmica (hoje utilizaremos as ferramentas contidas no laboratório
conhecida como eletromagnetismo). Durante os anos Thomas Edison e o Multisim Online.
de 1820, ele definiu a corrente elétrica e desenvolveu As ferramentas utilizadas do Laboratório são:
um método para medi-la” [1], a teoria de circuitos  Resistores de valores diversos;
elétricos é a base de estudos para a compreensão do  Kit de cabos rígidos;
funcionamento de basicamente todos os componentes  Multímetro;
e equipamentos elétricos já criados.  Fonte simétrica;
“George Simon Ohm (1787-1854), físico alemão,  Protoboard;
em 1826 determinou experimentalmente a lei mais  Suporte para 4 pilhas AA.
básica relacionando tensão e corrente para um resistor.
Para homenageá-lo, a unidade da resistência é chamada
de ohm” [2], a lei de ohm nos possibilita calcularmos a Análise e Resultados
tensão, corrente e a resistência que são importantes
grandezas físicas presentes nos circuitos elétricos. Esta
lei determina que a diferença de potencial entre os dois Como primeiro experimento iremos mostrar os
pontos de um resistor é proporcional a corrente nele dados obtidos para provar a lei de ohm com um circuito
imposta (V=RI). simples constituído apenas da fonte e resistor(s).
“Gustavo Robert Kirchhoff (1824-1887) foi um Utilizaremos na fonte os valores de 0,5, 7, 10 e 12 volts
físico alemão que contribuiu para a compreensão dos respectivamente e uma associação série de 4 resistores
circuitos elétricos, ele elaborou duas leis básicas sobre de valores 10Ω, 47Ω, 330Ω e 560Ω somados formando
a relação entre corrente e tensões em um circuito 947Ω que é o valor proposto. O experimento é iniciado
elétrico” [3], as leis em questão são conhecidas como assim como mostrado nas figuras seguintes:
lei das malhas e lei dos nós que tem por objetivo provar
a conservação das cargas em uma malha ou nó.
Com base em todas as lei que podemos aplicar para
simplificar um circuito também temos o divisor de
tensão e corrente que tem por objetivo determinar a
tenção ou corrente em um componente sem que seja
necessário os cálculos das grandezas nos outros
componentes existentes no circuito.
Como em uma tomada pode ser conectado diversos
tipos de aparelhos elétricos, mudando assim a carga
conectada ao circuito, e assim sendo necessário
calcular novamente cada vez que um aparelho diferente
é conectado. Em 1883 o teorema de Thévenin foi
redescoberto e possibilitou criar um circuito
equivalente que simplifica até mesmo um circuito mais Fig. 1: Corrente presente no circuito utilizando 0V
complexo para facilitar assim a obtenção dos na fonte.
resultados.
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Fig. 2: Corrente presente no circuito utilizando 5V


na fonte. Fig.4: Corrente presente no circuito utilizando 10V
na fonte.

Fig.5: Corrente presente no circuito utilizando 12V


Fig.3: Corrente presente no circuito utilizando 7V
na fonte.
na fonte.

Na Tabela a seguir é mostrado todos os valores obtidos a partir dos cálculos, simulações e experimentos,
assim como o erro experimental.

Corrente $Erro
Corrente Experimental
Tensão Resistência Corrente Teórica Corrente Simulada Erro Experimental
Utilizado o Laboratório
(V) (Ω) Calculada (mA) no Multisim (mA) %Erro
(mA)
V1 0 947 0 0 0 0
V2 5 947 5,27 5,2798 5,28 -0,19
V3 7 947 7,39 7,3918 7,37 0,27
V4 10 947 10,55 10,56 10,57 -0,19
V5 12 947 12,67 12,672 12,68 -0,08
Tabela 1: Mostra os valores obtidos.
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Nos gráficos a seguir formam-se as linhas de tensão sobre a corrente do circuito calculado.

Gráfico 1: Valores teórico. Gráfico 2: Valores Experimentais.

No próximo passo a potência W(Watts) de cada


elemento do circuito em cada situação foi calculada. Assim
mostrado na tabela 2:

Potência $Erro
Potência Potência
Potência
Simulada Experimental Erro
Tensão Teórica
no Utilizado o Experimental
(V) Calculada
Multisim Laboratório %Erro
(mW)
(mW) (mW)
V1 0 0 0 0 0
V2 5 26,35 26,399 26,4 -0,19
V3 7 51,73 51,7426 51,59 0,27
V4 10 105,5 105,6 105,7 -0,19
V5 12 152,04 152,064 152,16 -0,08 Fig.7: Tensão no resistor de 100Ω sobre uma fonte de
Tabela 2: Valores das potências do circuito. 5V.

Os dois experimentos seguintes provaremos os


divisores de tensão e corrente respectivamente.
Nas seguintes figuras montaremos o circuito divisor de
tensão usando os valores de tensão 5,7,10 e 12 e resistores
de 560Ω, 100Ω e 1kΩ dispostos em série tendo assim o
mesmo valor de corrente em todos eles.

Fig.8: Tensão no resistor de 1kΩ sobre uma fonte de


5V.

Fig.6: Tensão no resistor de 560Ω sobre uma fonte de


5V.
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Fig.9: Tensão no resistor de 560Ω sobre uma fonte de Fig.11: Tensão no resistor de 560Ω sobre uma fonte de
7V. 10V.

Fig.9: Tensão no resistor de 100Ω sobre uma fonte de


7V. Fig.12: Tensão no resistor de 100Ω sobre uma fonte de
10V.

Fig.10: Tensão no resistor de 1kΩ sobre uma fonte de


7V. Fig.13: Tensão no resistor de 1kΩ sobre uma fonte de
10V.
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Valores Teóricos

Tensão
VR1 (V) VR2 (V) VR3 (V) I (mA)
(V)

V1 5 1,68 0,301 3,01 3,01


V2 7 2,35 0,421 4,21 4,21
V3 10 3,37 0,602 6,02 6,02
V4 12 4,04 0,722 7,22 7,22
Tabela 3: Valores das tensões e correntes do circuito de
divisor de tensão teóricas.
Fig.14: Tensão no resistor de 560Ω sobre uma fonte de
12V. Valores Simulados

Tensão
VR1 (V) VR2 (V) VR3 (V) I (mA)
(V)

V1 5 1,6867 0,3012 3,012 3,012


V2 7 2,3614 0,42169 4,2169 4,2169
V3 10 3,3735 0,60241 6,0241 6,0241
V4 12 4,0482 0,72289 7,2289 7,2289
Tabela 4: Valores das tensões e correntes do circuito de
divisor de tensão simulados.
Valores Experimentais

Fig.15: Tensão no resistor de 100Ω sobre uma fonte de


12V. Tensão
VR1 (V) VR2 (V) VR3 (V) I (mA)
(V)

v1 5 1,67 0,28 3,02 3,03


V2 7 2,34 0,4 4,23 4,19
V3 10 3,35 0,58 6,04 6,01
V4 12 4,03 0,7 7,25 7,2
Tabela 5: Valores das tensões e correntes do circuito de
divisor de tensão experimentais.

As divergências entre valores teóricos e experimentais


são dadas pois os valores dos resistores nem sempre são
exatos e os fios usados nas medições por menor que forem
tem uma resistência não nula como considerado da teoria.
Fig.16: Tensão no resistor de 1kΩ sobre uma fonte de O erro em porcentagem é mostrado a seguir:
12V.
Erro%
Como resultado dos cálculos realizados na teoria foi
possível obter os dados mostrados na tabela seguinte:
Tensão
Evr1 Evr2 Evr3 Ei
(V)

v1 5 0,60 6,98 -0,33 -0,66


V2 7 0,43 4,99 -0,48 0,48
V3 10 0,59 3,65 -0,33 0,17
V4 12 0,25 3,05 -0,42 0,28
Tabela 6: Erro experimental circuito divisor de tensão.
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O circuito divisor de corrente foi montado usando os


mesmos componentes anteriormente mas com a mudança
do resistor de 100Ω que passou a ser de 2.2kΩ.
A montagem deste experimento se dá dispondo os
resistores em paralelo mantendo em todos eles a mesma
tensão.

Fig.20: Corrente no resistor de 560Ω sobre uma fonte


de 7V.

Fig.17: Corrente no resistor de 560Ω sobre uma fonte


de 5V.

Fig.21: Corrente no resistor de 2.2kΩ sobre uma fonte


de 7V.

Fig.18: Corrente no resistor de 2.2kΩ sobre uma fonte


de 5V.

Fig.22: Corrente no resistor de 1kΩ sobre uma fonte


de 7V.

Fig.19: Corrente no resistor de 1kΩ sobre uma fonte


de 5V.
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Fig.23: Corrente no resistor de 560Ω sobre uma fonte Fig.26: Corrente no resistor de 560Ω sobre uma fonte
de 10V.
de 12V.

Fig.24: Corrente no resistor de 2.2kΩ sobre uma fonte Fig.27: Corrente no resistor de 2.2kΩ sobre uma fonte
de 10V.
de 12V.

Fig.25: Corrente no resistor de 1kΩ sobre uma fonte Fig.28: Corrente no resistor de 1kΩ sobre uma fonte
de 10V. de 12V.

A seguir as tabelas mostram os dados coletados


teoricamente:
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Valores Teóricos Erro%

Tensão Tensão
Ir1 (mA) Ir2 (mA) Ir3 (mA) Eir1 % Eir2 % Eir3 %
(V) (V)

V1 5 8,93 2,27 4,99 V1 5 -2,35 -1,76 -1,20


V2 7 12,5 3,18 6,99 V2 7 -1,20 -1,89 -1,00
V3 10 17,86 4,55 9,99 V3 10 -1,68 -1,98 -1,70
V4 12 21,43 5,46 12 V4 12 0,61 -1,65 -1,58
Tabela 7: Valores das correntes do circuito de divisor Tabela 10: Erro experimental circuito divisor de
de corrente teóricos. corrente.

Valores Simulados O último experimento tem por objetivo provar o


teorema de Thévenin montando um circuito e calculando
seu equivalente.

Tensão
Ir1 (mA) Ir2 (mA) Ir3 (mA)
(V)

V1 5 8,9286 2,2727 5
V2 7 12,5 3,1818 7
V3 10 17,857 4,5455 10
Fig.29: Circuito proposto a ser calculado o equivalente
V4 12 21,429 5,4545 12 de Thévenin.
Tabela 8: Valores das correntes do circuito de divisor
de corrente simulados.

Valores Experimentais

Tensão
Ir1 (mA) Ir2 (mA) Ir3 (mA)
(V)

V1 5 9,14 2,31 5,05


V2 7 12,65 3,24 7,06
V3 10 18,16 4,64 10,16
Fig.30: Tensão sobre o resistor de 1kΩ (R1).
V4 12 21,3 5,55 12,19
Tabela 9: Valores das correntes do circuito de divisor
de corrente experimentais.
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Fig.31: Tensão sobre o resistor de 6.8kΩ (R2). Fig.35: Tensão sobre o resistor de 2.2kΩ (R6).

Fig.32: Tensão sobre o resistor de 2.2kΩ (R3). Fig.36: Corrente (I1).

Fig.33: Tensão sobre o resistor de 560Ω (R4). Fig.37: Corrente (I2).

Fig.34: Tensão sobre o resistor de 1kΩ (R5). Fig.38: Corrente (I3).


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Thévenin

Teórica Simulado Experimental Erro%

I1 (mA) 2,85 2,85,42 2,89 -1,40


I2 (mA) 1,34 1,345 1,36 -1,49
I3 (mA) 1,5 1,5092 1,52 -1,33
I4 (mA) 0,3156 0,31134 0,34 -7,73
I5 (mA) 1,83 1,8205 1,87 -2,19
V1 (V) 12 12 12 0,00
Fig.39: Corrente (I4). V2 (V) 6 6 6 0,00
VR1 (V) 2,85 2,8542 2,84 0,35
VR2 (V) 9,112 9,1485 9,14 -0,31
VR3 (V) 3,3 3,3202 3,28 0,61
VR4 (V) 0,18 0,17435 0,19 -5,56
VR5 (V) 1,83 1,8205 1,82 0,55
VR6 (V) 4,026 4,0051 4,02 0,15
VTh (V) 4,026 4,0051 4 0,65
Tabela 9: Valores do circuito de Thévenin.

Conclusão
Em suma os experimentos propostos foram de muita
Fig.40: Corrente (I5). importância para confirmar os valores obtidos
teoricamente ajudando assim a compreender como um
todo toda a base para o estudo e resolução dos circuitos
elétricos e seus diversos componentes.

Referências
Não esqueça de citar as referências empregadas durante a elaboração
do relatório conforme está exemplificado a seguir.
[1] SADIKU, Matthew N.Q.: ALEXANDRE, Charles
K.; MUSA, Sarthan, “Analise de Circuitos Elétricos com
Aplicações”(2014) pp36.
[2] SADIKU, Matthew N.Q.: ALEXANDRE, Charles
K.; MUSA, Sarthan, “Analise de Circuitos Elétricos com
Aplicações”(2014) pp98.
[] SADIKU, Matthew N.Q.: ALEXANDRE, Charles
K.; MUSA, Sarthan, “Analise de Circuitos Elétricos com
Fig.41: Tensão de Thévenin. Aplicações”(2014) pp206.

Após a obtenção dos valores teóricos, simulados e


experimentais obteve-se a seguinte tabela:

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