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Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - PUC - Campus - Poços de Caldas

Engenharia Civil – 3º Período

FÍSICA II – Laboratório

Aula Prática – 3: 1ª Lei de Ohm

Alunos:

Ana Carolina de Oliveira

Flávia Caixeta Silva

Tales Vilela

João Pedro Kitano

Lucas Flávio da Silva Assis

Professor:

João Sérgio Fossa

Poços de Caldas, 06 de Março de 2015.


1. Objetivo:
Montar um circuito, fazer as medições e através dos resultados obtidos, verificar a relação entre
tensão e corrente elétrica em resistores ôhmicos.

2. Introdução:
George Simon Ohm ao analisar as características dos materiais submetidos a tensões diferentes
e a correntes originais verificou que, para vários destes existia uma proporcionalidade entre a tensão e a
corrente elétrica, significava que se dobrasse o valor da tensão sobre tal material a intensidade da
corrente elétrica também dobraria, sendo assim notou-se que a razão entre a tensão e a corrente
resultava sempre em uma constante.
Para tais materiais em que a proporção se aplicava chamou-se de material ôhmico ou resistores
ôhmicos, e a constante a qual resultava a relação chamou-se de resistência elétrica, e assim nascia à
primeira lei de Ohm que afirma que, em um condutor ôhmico mantido em temperatura constante, a
intensidade de corrente elétrica é proporcional à tensão aplicada entre suas extremidades, ou seja, sua
resistência elétrica é constante.
A teoria descrita acima pode ser dada pela seguinte equação:
U
=R; equação (1).
i
Onde U é a tensão e tem como unidade de medida o volt (V), i representa a corrente elétrica e
sua unidade de medida é o ampère (A), a resistência elétrica é representada pela letra R maiúscula do
alfabeto e sua medida no sistema internacional (SI) é o ohm, simbolizado pela letra grega (Ω) ômega
maiúscula.

3. Materiais Utilizados:

1 - 2 Multímetros Minipa ET-1002.


2 - Fonte Minipa DC POWER SUPPLY MPL-3305M
3 - Cabos de ligação (Terminais).
4 - Placa Protoboard.
5 - Resistores de 10Ω, 100Ω e 1kΩ.
6 - Fios de cobre encapados (Descascados nas pontas).
Figura 1: Imagem Ilustrativa, [Multímetros1; Fonte2; Cabos3; Protoboard4; Resistores5; Fios de cobre6].
4. Procedimento Experimental:
Inicialmente verificou-se a resistência elétrica dos resistores ôhmicos com o auxílio do multímetro
em sua função ohmímetro, ao se confirmar os valores fornecidos no roteiro e gravados nos resistores
pelo código de cores separou-se em ordem crescente de valores de maneira que os mesmos não se
misturassem.
Montou-se um circuito conectando um cabo da saída negativa da fonte a uma das entradas da
placa protoboard, outro cabo da saída positiva da fonte ao multímetro na função amperímetro e outro do
amperímetro à placa. Dois fios de cobre, encapados e descascados nas pontas, foram introduzidos junto
aos cabos nas entradas da placa, os mesmos foram conectados aos furos da placa sendo um deles na
trilha de conexões da vertical e o outro na trilha horizontal, em sequencia inseriu-se o resistor de 10Ω
fazendo uma ponte entre a trilha vertical e horizontal da placa, nas hastes de metal do resistor utilizou-se
dos terminais com as extremidades em formas de garra que iam até os bornes de ligação de outro
multímetro que por sua vez operava em sua função voltímetro fechando assim o circuito, segue abaixo a
ilustração do circuito representada pela figura 2*.
Para realizar as medidas, no voltímetro girou-se a chave rotativa para a posição de vinte volts,
segundo quadrante da escala graduada, que conservou-se na mesma posição até o fim do experimento,
já no amperímetro , utilizando do terceiro quadrante da escala do aparelho, variou-se a posição da chave
rotativa de acordo com as necessidades de medição, tomando o cuidado de sempre começar do maior
valor para o menor para evitar danos ao aparelho.
Liberando-se o botão OUTPUT (saída) da fonte e observando os valores do ajuste sempre pelo
voltímetro, variou-se a tensão aplicada no resistor da medida zero à um, aumentando sempre 0,2V a
cada medida, a leitura de corrente fazia-se no amperímetro conectado ao circuito, ao todo foram feitas
cinco medidas, o mesmo processo se repetiu para os resistores de 100Ω e 1kΩ, os valores encontrados
foram anotados na tabela um para montagem dos gráficos e análise dos resultados.

Figura 2: Imagem Ilustrativa, circuito [Fonte; Amperímetro; Placa; Resistor, Voltímetro ].


5. Resultados e discussões:
Os valores encontrados com as leituras do amperímetro se encontravam nas unidades de
medida de miliampère (mA) e microampère (μA), por esta razão fez-se necessário transformar essas
unidades em ampère (A) para possibilitar plotar os gráficos corretamente, a tabela abaixo descreve os
valores em forma de notação científica

5.1. Tabela 1: Valores de tensão e corrente nos resistores:

Resistores
Tensão (V) R - 10Ω R - 100Ω R – 1kΩ
i1 (A) i2 (A) i3 (A)
0 0 0 0
-2 -3
0,2 2,24 x 10 2,28 x 10 2,25 x 10-4
0,6 4,32 x 10-2 4,37 x 10-3 4,32 x 10-4
0,4 6,33 x 10-2 6,54 x 10-3 6,42 x 10-4
0,8 8,46 x 10-2 8,63 x 10-3 8,55 x 10-4
1,0 1,05 x 10-1 1,07 x 10-2 1,06 x 10-3

5.2. Gráficos dos Resistores, 10Ω, 100Ω e 1kΩ:

 Resistor1 - 10Ω:
Figura 3: Gráfico, software Origin: Corrente (A) x Tensão (V), resistor 10Ω.

Figura 4: Erros, software Origin: Corrente (A) x Tensão (V), resistor 10Ω.

 Resistor 2 - 100Ω:

Figura 5: Gráfico, software Origin: Corrente (A) x Tensão (V), resistor 100Ω.
Figura 6: Erros, software Origin: Corrente (A) x Tensão (V), resistor 10Ω.

 Resistor 2 – 1kΩ:

Figura 7: Gráfico, software Origin: Corrente (A) x Tensão (V), resistor 1kΩ.
Figura 8: Erros, software Origin: Corrente (A) x Tensão (V), resistor 1kΩ.

5.3. Tabela 2: Resistências experimentais e limites de tolerância.

Resistência Faixa de Resistência Dentro da


Resistor
Nominal (Ω) Tolerância (%) Experimental (Ω) Tolerância?
R1 10 ± 5% (9,56±0,07)Ω Sim
R2 100 ± 5% (93,7±1,1)Ω Não
R3 1000 ± 5% (943,9±5,3)Ω Não

5.4. Comparação das equações:

Reorganizando a equação (1) especificada anteriormente, isolando-se a Tensão (U), faz-se


analogia com a equação da reta gerada pelo gráfico no Origin e considerando o valor do coeficiente
linear nulo tem-se:
U =R∗i
↕ ↕ ↕
Y = B*X

Tomando a equação gerada pelo gráfico um como exemplo é possível verificar o valor da
resistência do resistor ôhmico que é o valor do coeficiente angular da reta.
U =Y =9,5647∗X
Para os gráficos dois e três é feita a mesma analogia.
5.5. Discussões:
As figuras quatro (4), seis (6) e oito (8) mostram as equações de uma reta gerada pelo software
Origin para cada resistor, a relação da equação (1) da primeira lei de Ohm mencionada inicialmente
possibilita compara-la com a fornecida pelo programa.
Rearranjando essa equação, multiplicando-se os termos em cruz, tem-se que o valor da tensão é
igual ao valor da resistência multiplicado pela corrente elétrica, fazendo a comparação com a equação
do Origin observa-se que o coeficiente angular da reta corresponde ao parâmetro resistência da relação
da primeira lei de Ohm, por essa comparação dá-se então a analogia descrita no tópico acima.
A quarta coluna da tabela dois corresponde aos valores de resistência calculados pelo programa
que utiliza do método de regressão linear e da propagação de incertezas para os cálculos, observa-se
que dos valores de resistência encontrados somente a do primeiro resistor ficou dentro dos limites de
tolerância enquanto os demais, mesmo observando e utilizando os valores da margem de erro dados
pela propagação de incertezas não se encaixaram dentro dos limites fornecidos pelo código de cores,
porém vale lembrar que no início do experimento para a conferência do valor dos resistores utilizou-se o
ohmímetro e os números encontrados não ultrapassaram as faixas de tolerância, o que leva a concluir
que existe influência de fontes de erro no experimento, algumas delas podem ser, mau contato dos
cabos, perda de energia no circuito devido a extensão dos fios e erros humanos como a leitura incorreta
dos valores.

6. Conclusão:
Conclui-se então que a primeira lei de Ohm justifica o valor da corrente elétrica pela razão entre
a tensão e a resistência elétrica, observa-se que o experimento utilizou-se de três resistores de valores
distintos, porém a tensão aplicada nos três foram as mesmas e apesar das fontes de erro alterarem um
pouco os resultados os valores de resistência dados pelos coeficientes angulares das retas se
aproximarem muito do valor real dos resistores, portanto pela equação da lei de Ohm pode-se afirmar
que quanto maior a resistência mais intensa será a oposição à passagem da corrente fazendo com que
a corrente circulante seja menor, ou seja, a medida com que se aumenta o valor do resistor o valor da
corrente decresce na mesma proporção, em outras palavras, resumidamente, conclui-se que a
intensidade da corrente elétrica em um circuito e diretamente proporcional a tensão aplicada e
inversamente proporcional a sua resistência

7. Referências Bibliográficas:

Luz, Antônio Máximo Ribeiro da, Curso de Física, volume 3/ Antônio Máximo. – São Paulo: Scipione,
2005. – (Coleção Curso de Física)

Disponível em:
http://www.infoescola.com/fisica/primeira-lei-de-ohm/
Visto: 11/03/2015

Disponível em:
http://educacao.globo.com/fisica/assunto/eletromagnetismo/resistores-e-leis-de-ohm.html
Visto: 11/03/2015
Disponível em:
http://www.mundoeducacao.com/fisica/lei-ohm.htm
Visto: 12/03/2015

Disponível em:
http://www.brasilescola.com/fisica/a-lei-ohm.htm
Visto: 12/03/2015

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