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Curso de Engenharia Elétrica

Circuitos Elétrico I – Laboratório

Guilherme Correa de Andrade Santos


Liebesti Barros de Oliveira Leite
Maikon Henrique Ramos

Associação de resistores
29 DE OUTUBRO 2021

Orientador: Denes Martins de Morais

Várzea Grande – MT
Novembro/2021
1. Objetivo do Experimento
Verificar e comparar valores de corrente, tensão e resistência nos circuitos em
série, em paralelo e mistos, comparando os valores teóricos e práticos adquiridos.
1.2 Fundamentação Teórica
• Fontes de Tensão e Corrente
A tensão fornecida nas tomadas de nossas casas é o que chamamos de tensão
alternada, ou seja, sua polaridade é alternada continuamente no tempo.

Ao lado temos a diferença de potencial


(voltagem, ∆V) fornecida por uma fonte
de corrente alternada senoidal, com
período T.

A corrente alternada (i) é


referida na literatura como ca e o
símbolo de uma fonte de corrente

alternada em um circuito elétrico é

Quando as correntes e tensões não variam com o tempo temos as fontes de corrente
contínua. Para converter a fonte de corrente alternada ca em contínua cc, primeiramente faz-se
um abaixamento da ca para os níveis mais baixos necessários para o funcionamento de
equipamentos. Em seguida é feita a retificação por meio de diodos retificadores. Transforma-se
assim a corrente ca em cc pulsante, mostrada à direita da figura abaixo.

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Para se obter uma corrente aproximadamente constante, incluí-se após o retificador
(diodo) um filtro (no caso abaixo formado pelo capacitor (C)) que tem como efeito suavizar
(linha pontilhada indicada na figura) a corrente contínua pulsante.

O símbolo de fontes de corrente contínua nos circuitos elétricos é: Exemplos de fontes de


corrente (ou tensão) contínuas são as baterias e as pilhas. Nestes elementos, as tensões são
mantidas devido a reações químicas que ocorrem em seus interiores. Nas pilhas, por exemplo, a
força eletromotriz (fem) contínua de 1,5V (volts) independe de seu tamanho, pois este valor
depende apenas da natureza dos elementos químicos usados para construí-la. Em geral, utilizam-
se carvão e zinco na construção de pilhas comuns, sendo o polo positivo constituído pelo carvão e
o negativo, pelo zinco. As baterias fornecem uma fem maior que as das pilhas e são constituídas
por associações em série de várias pilhas.
• Galvômetro
Os galvanômetros são aparelhos muito sensíveis que indicam a passagem de correntes
elétricas em trechos de circuitos elétricos. Os galvanômetros são utilizados na construção de
outros medidores.
• Voltímetro
Por exemplo, os voltímetros são galvanômetros adaptados para medir a diferença de
potencial entre dois pontos de um circuito. Liga-se uma resistência elétrica cuja função é limitar o
valor da corrente elétrica no circuito em série com o galvanômetro como mostrado na figura.
Cumpre lembrar que o valor desta resistência elétrica deve ser alto, o que diminui os efeitos da
inclusão do voltímetro no circuito no qual se deseja medir a diferença de potencial ddp

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Para medirmos a diferença de potencial ddp entre dois pontos de um circuito, devemos
ligar os terminais do voltímetro aos dois pontos, sem que o circuito seja aberto, ou seja, o
voltímetro deve ser sempre ligado em paralelo ao elemento sobre o qual desejamos medir a ddp.
Na figura ao lado, o voltímetro é usado para medir a ddp no resistor R2. Para que um voltímetro
opere corretamente é necessário que a sua resistência interna seja muito maior da aquela que será
medida pelo aparelho. Um voltímetro ideal apresenta resistência interna infinita.

• Amperímetro

Na construção dos amperímetros o galvanômetro é ligado em


paralelo com um resistor. Os amperímetros são usados para medir a
intensidade da corrente elétrica em pontos escolhidos de um circuito.
Para medir-se a corrente em determinado ponto de um circuito,
o circuito deve ser aberto e o amperímetro deve ser introduzido em
série em tal ponto. Para que a interferência do amperímetro seja a menor possível, o mesmo deve
apresentar a menor resistência interna possível. Um amperímetro ideal apresenta resistência

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interna nula. Na figura ao lado, o amperímetro mede a corrente que circula nos resistores R1 e
R2.

Os multímetros são aparelhos que podem operar nas funções voltímetro, amperímetro,
ohmímetro (medição de resistências elétricas) e capacímetro (medição de capacitâncias). As
funções e escalas podem ser escolhidas por meio de chaves seletoras presentes nos multímetros.
• Resistores
Os resistores são usados como limitadores de corrente em circuitos elétricos. Comercialmente
os resistores mais comuns são os resistores de fio (por exemplo, o resistor de um chuveiro
elétrico) ou os resistores de carvão. Os resistores de carvão apresentam em seu revestimento
faixas coloridas que fornecem o valor do resistor segundo um código universal.

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Quando os resistores são todos ligados em série uma única corrente circula, mas a tensão
vai caindo a cada resistor atravessado. Portanto, o somatório das quedas de tensão em cada
resistor é a tensão fornecida pela fonte:

A lei de Ohm estabelece que a relação entre a corrente (i) , a tensão (ou ddp, V) e a
resistência (R) para um elemento de circuito é dada por V = R.i.Logo,

Num circuito ligado em série a corrente é a mesma para todos os componentes do

circuito:
Portanto, a resistência equivalente será:

No caso de o circuito estar ligado em paralelo, cada resistor terá seu próprio valor de
corrente. A ddp (V) em todos os ramos ligados em paralelo entre si é constante, mas i varia.
Logo:

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1.3 Parte Experimental e Discussão.
MATERIAIS UTILIZADOS
01 MULTIMETRO (ponteiras com garra)
01 FONTE CC
05 RESISTORES
01 PROTBOARD
JAMPERS
PARTE ESPERIMENTAL

A) Realizar a montagem na protoboard da bancada, com R1=13ohm, R2=100ohm,


R3=35ohme V1=9V

B) Energize o circuito com a tensão de 9Vcc e, conforme aprendido na prática, meça a queda
de tensão nos resistores R1, R2 e R3.
C) Calcule o resistor equivalente desse circuito e a corrente que circula por ele. Desligue o
circuito, interrompa-o e posicione dois fios para a medição da corrente. Posicione o
multímetro para a escala de corrente, conecte os terminais das pontas de prova da forma
correta para a medição de corrente, energize o circuito e meça a corrente.
D) Faça a medição da corrente entre dois outros pontos do circuito. Solução: As resistências
submetidas ao experimento em laboratório foram de valores R1: 100, R2: 10 e R3:25,
sendo a resistência equivalente Req 135 ohms
ER1: 0,6[V] ----→ IR1 = 59[mA].
ER2: 5,9[V] ----→ IR2 = 58,7[mA].
ER3: 1,98[V] ----→ IR3 = 59,7[mA]

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E) Realize a montagem do circuito, com R1 = 1KΩ, R2 = 100Ω, R3 = 1KΩ e V1 = 9V.

F) Faça a medição da corrente em cada ramo do circuito montado. Para isso, interrompa o
circuito apenas no lugar onde se deseja fazer a medição (não se esqueça que a medição de
corrente é feita em série com o circuito).
Solução: As resistências submetidas ao experimento em laboratório foram de valores R1: 1K,
R2: 100 e R3:1K, sendo a resistência equivalente Req 84,3 ohms por se tratar de um circuito
paralelo a diferencia de potencial (ddp) é 9V sobre todos os resistores
IR1 = 0,09[A].
IR2 =0,90[A].

1.4 Conclusão
O experimento me trouxe na prática o que aprendemos nos exercícios teóricos,
entendemos como é a execução dos procedimentos, efetuar as medições e notar que nem todos os
valores na prática, são exatamente iguais aos que são calculados. As tolerâncias dos materiais, a
regulagem das tensões influenciou diretamente na prática. Foi bastante divertido manusear os
equipamentos, sentir um “frio na barriga” em não ter certeza que estaria fazendo o processo
corretamente e correr o risco de queimar algum equipamento. Em minha visão, os experimentos
foram bastante produtivos, trouxe conhecimento prático e é o primeiro passo para desenvolver
próximas atividades mais complexas.

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1.5 Referências Bibliográficas

BOYLESTAD, Robert L. Introdução à análise de circuitos. São Paulo: Pearson, 2004.

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