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MATEMÁTICA A
MANUAL DO
PROFESSOR
Daniela Raposo
Luzia Gomes
MANUAL CERTIFICADO
SOCIEDADE PORTUGUESA
DE MATEMÁTICA
DE ACORDO COM
NOVO PROGRAMA E
METAS CURRICULARES
VOL. 2
EXPOENTE 11
MATEMÁTICA A
Daniela Raposo
Luzia Gomes
VOL. 2
ÍNDICE
TEMA III
Sucessões
1. Propriedades elementares de sucessões reais .................................................................................. 6
VOL. 1
TEMA I – Trigonometria e Funções
Trigonométricas
TEMA II – Geometria Analítica
VOL. 3
TEMA IV – Funções Reais de Variável Real
TEMA V – Estatística
Desafio – Uma tartaruga sofista
4. Limites de sucessões
TEMA III Sucessões
TEMA I Trigonometria e Funções Trigonométricas
UNIDADE 1
Propriedades elementares
de sucessões reais
Neste tema vamos estudar funções de domínio N, isto é, funções de variável natural.
Resolução
PowerPoint: Todos os exercícios
Estas funções modelam muitos fenómenos naturais e sociais como, por exemplo, a evo-
de “Propriedades elementares lução de populações, o cálculo de juros de um depósito bancário sobre um capital cons-
de sucessões reais”
tante, o método de datação por carbono-14, … e daí a importância do seu estudo.
6
UNIDADE 1 Propriedades elementares de sucessões reais
Definição SUC11_2.1
Definição
7
TEMA III Sucessões
2. Considera as sucessões (un), (vn), (wn) e (tn) definidas, respetivamente, por un = 2n; vn =
1;
2 Escreve os cinco primeiros n
termos de cada uma das wn = n2 e tn = 2n.
sucessões de termo geral:
a) un = 2n – 1
Para determinar os cinco primeiros termos de cada uma delas, basta substituir n, respe-
1 tivamente, por 1, 2, 3, 4 e 5 no termo geral da sucessão.
b) vn = 1 + 2
n
c) wn = √∫n 1
(–1)n u1 = 2 ¥ 1 = 2 v1 = =1 w1 = 12 = 1 t1 = 21 = 2
d) tn = 1
n
e) sn = cos(np) 1
u2 = 2 ¥ 2 = 4 v2 = w2 = 22 = 4 t2 = 22 = 4
2
1
u3 = 2 ¥ 3 = 6 v3 = w3 = 32 = 9 t3 = 23 = 8
3
1
u4 = 2 ¥ 4 = 8 v4 = w4 = 42 = 16 t4 = 24 = 16
4
3 Escreve os cinco primeiros
1
termos e o termo de u5 = 2 ¥ 5 = 10 v5 = w5 = 52 = 25 t5 = 25 = 32
5
ordem 2018 das sucessões
definidas por:
0 se n ímpar 3. Tal como acontece com algumas funções reais de variável real, também uma sucessão
a) un =
1 se n par pode estar definida de modo diferente em certas partes do domínio.
n3+ 1 se n ímpar
b) vn = 1 Observa os seguintes exemplos:
– se n par
n –n + 1 se n par 2n se n ) 4
un = ; vn =
|n – 3| se n < 10
5 se n ímpar n2 se n > 4
c) wn = n
se n * 10
2 A sucessão (un) está definida de forma diferente consoante n é par ou ímpar:
8
UNIDADE 1 Propriedades elementares de sucessões reais
d) Determina, em função
de n, un – 1 e u2n.
Sugestão de resolução
e) Determina a ordem
a) Para indicar os quatro primeiros termos da sucessão (un), basta substituir n, a partir da qual todos
os termos da sucessão
respetivamente, por 1, 2, 3 e 4 no termo geral da sucessão. Assim:
são negativos.
u1 = 3 ¥ 1 + 2 = 5 u2 = 3 ¥ 2 + 2 = 4
1 2 Nota
u3 = 3 ¥ 3 + 2 = 11 u4 = 3 ¥ 4 + 2 = 14 = 7 A expressão “ordem a
3 3 4 4 2 partir da qual” significa o
primeiro número natural
b) De forma idêntica ao efetuado na alínea anterior, vem que o termo de ordem que satisfaz a condição
pedida.
30 é u30 = 3 ¥ 30 + 2 = 92 = 46
30 30 15
9
TEMA III Sucessões
SUC11_2.2
Exercícios resolvidos
(continuação)
2. Considera as sucessões (un) e (vn) definidas por un = (n – 8)2 e vn = n2 – 8.
Determina para que valores de p se tem up > vp.
Sugestão de resolução
6 Representa graficamente
os cinco primeiros termos
das sucessões (un) e (vn)
definidas por un = 3n + 1 1.1. Representação gráfica de uma sucessão
e vn = (–2)n.
O gráfico de qualquer sucessão é constituído pelo conjunto dos pontos de coordenadas
Recorda (n, un), com n ∈N, logo será sempre um conjunto de pontos isolados.
APRENDE FAZENDO
Págs. 44 e 48
1.2. Sucessões monótonas
Exercícios 1, 2, 4, 22, 23
e 24 Definição
PROFESSOR A sucessão (un) é crescente quando, para quaisquer p1, p2 ∈N, p2 > p1 ⇒ up2 > up1.
Solução
6. un vn Repara que, se considerarmos p1 = n e p2 = n + 1, e uma vez que n + 1 > n, então,
16 16
13
10 se a sucessão é crescente, temos que un + 1 > un, para todo o n ∈N.
7
4 4
–2
1 3 5
2 4 n
Consideremos agora que un + 1 > un, para todo o n ∈N. Se p1, p2 ∈N são tais que p2 > p1,
1 2 34 5 n
–8 então p2 = p1 + k e, tendo em conta a condição considerada, temos que up2 > up2 – 1 > …
> up2 – k = up1. Provamos desta forma que a sucessão é crescente.
Pelo princípio da dupla implicação, mostramos que uma sucessão (un) é crescente se e
–32
só se un + 1 > un, para todo o n ∈N, o que é equivalente a un + 1 – un > 0, para todo o n ∈N.
10
UNIDADE 1 Propriedades elementares de sucessões reais
Definição SUC11_2.2
SUC11_2.3
A sucessão (un) é crescente em sentido lato quando, para quaisquer p1, p2 ∈N,
Nota
p2 > p1 ⇒ up2 ≥ up1.
un + 1 é o termo seguinte
a un e un – 1 é o termo
anterior a un.
Da definição acima, vem que (un) é crescente em sentido lato se e só se un + 1 ≥ un, para
todo o n ∈N, o que é equivalente a un + 1 – un ≥ 0, para todo o n ∈N.
Recorda
11
TEMA III Sucessões
Nota
Exemplos
Observa que (un) é a restrição ao conjunto N da função real de variável real f definida
por f(x) = –2x.
O gráfico da sucessão é então constituído por pontos sobre uma reta de declive negativo.
un
y = 2x
O 1 2 3 4 5 n
–2
–4
–6
–8
–10
Observa que (vn) é a restrição ao conjunto N da função real de variável real g definida
por g(x) = x2.
O gráfico da sucessão é então constituído por pontos sobre uma parábola com a con-
cavidade voltada para cima e de vértice na origem.
vn
y = x2
16
4
1
O 1 2 3 4 n
12
UNIDADE 1 Propriedades elementares de sucessões reais
Observa que (wn) é a restrição ao conjunto N da função real de variável real h definida
por h(x) = (x – 3)2. À semelhança da função g do exemplo anterior, também a função h
é uma função quadrática, mas o seu gráfico é uma parábola com a concavidade voltada
para cima e de vértice no ponto de coordenadas (3, 0). Como sabemos, trata-se de uma
função decrescente em ]–', 3] e crescente em [3, +'[.
wn
y = (x – 3)2
O 1 2 3 4 5 6 n
= 2n + 3 – 2n + 1 =
n+2 n+1
= (2n + 3) ¥ (n + 1) – (2n + 1) ¥ (n + 2) =
(n + 2)(n + 1)
2 2
= 2n + 2n + 3n + 3 – (2n + 4n + n + 2) =
(n + 2)(n + 1)
2 2
= 2n + 5n + 3 – 2n – 5n – 2 =
(n + 2)(n + 1)
= 1
(n + 2)(n + 1)
13
TEMA III Sucessões
9 Considera as sucessões = 1– 5n – 5 – 1 – 5n =
n+4 n+3
(un) e (vn) definidas por:
n2 se n ≤ 4 = (–5n – 4) ¥ (n + 3) – (1 – 5n) ¥ (n + 4) =
un = (n + 4)(n + 3)
2n se n > 4 2 2
= –5n – 15n – 4n – 12 – (n + 4 – 5n – 20n) =
2n se n ≤ 4 (n + 4)(n + 3)
vn =
2 2
= –5n – 19n – 12 + 19n – 4 + 5n =
3n se n > 4
(n + 4)(n + 3)
Uma destas sucessões é
crescente e a outra não é = –16
monótona. Identifica cada (n + 4)(n + 3)
uma delas.
Tem-se que –16 < 0 e (n + 4)(n + 3) > 0, ∀ n ∈N.
Sugestão de resolução
APRENDE FAZENDO
Págs. 45, 48 e 51 Verifica-se que un + 1 – un não tem sempre o mesmo sinal, para qualquer número
Exercícios 8, 25 e 36 natural.
Analisemos, por exemplo, os três primeiros termos desta sucessão:
PROFESSOR • u1 = (–1)1 + 1 = –1 + 1 = 0
Soluções • u2 = (–1)2 + 2 = 1 + 2 = 3
8. • u3 = (–1)3 + 3 = –1 + 3 = 2
a) Crescente.
Tem-se que u2 – u1 = 3 – 0 = 3 > 0 e u3 – u2 = 2 – 3 = –1 < 0, logo a sucessão
b) Decrescente.
c) Não monótona. (un) não é monótona.
d) Crescente.
Poderíamos também ter observado que u1 < u2 e u2 > u3, logo a sucessão (un)
e) Não monótona.
não é monótona.
9. (un) não é monótona e (vn) é
crescente.
14
UNIDADE 1 Propriedades elementares de sucessões reais
Um subconjunto A de R diz-se minorado quando existe um número real m tal que 12 O maior dos minorantes
∀ a ∈A, a ≥ m. O número m designa-se por minorante de A. de um conjunto chama-se
ínfimo e o menor dos
majorantes chama-se
supremo.
Exemplos Considera o conjunto
1. Considera o conjunto A = {–2, –1, 0, 1}. Por exemplo, –2 é um minorante de A, uma C = [3, 7[.
Indica o ínfimo e o
vez que qualquer elemento de A é maior ou igual a –2, isto é, ∀ a ∈A, a ≥ –2, e –2017 supremo deste conjunto.
é também um minorante de A, uma vez que ∀ a ∈A, a ≥ –2017. Repara que existe uma
infinidade de minorantes de A, ou seja, todos os elementos do conjunto ]–', –2].
PROFESSOR
2. Considera o conjunto dos números naturais, N. Este conjunto também admite mino-
rantes, ou seja, ]–', 1] é o conjunto dos minorantes de N. Soluções
10.
3. Considera o conjunto dos números inteiros, Z. Este conjunto não admite minorantes,
a) Majorantes: 13 e 100, por
pois para qualquer número real existe sempre um número inteiro inferior a ele. exemplo. Minorantes: –100 e –2,
por exemplo.
b) Conjunto dos majorantes:
Definição [12, +'[
Conjunto dos minorantes:
Um subconjunto A de R diz-se limitado se e somente se for majorado e minorado, ]–', –2]
15
TEMA III Sucessões
SUC11_1.4 Definição
SUC11_2.4
SUC11_2.5
Seja A um subconjunto de R. Um majorante de A pertencente a A designa-se por
Nota máximo de A e um minorante de A pertencente a A designa-se por mínimo de A.
Repara que, quando existe,
o máximo de um conjunto
é único. Se a e b forem Exemplo
ambos máximo de um
conjunto A, então, como Considera novamente o conjunto A = ]1, 3]. O número 3 é um majorante de A e pertence
a ∈A e b é majorante de A, a A, logo 3 é o máximo de A. Repara que o conjunto dos majorantes de A é [3, +'[ e 3 é
a ) b. Pelo mesmo motivo,
o único majorante pertencente a A. Já o conjunto dos minorantes é ]–', 1] e o número 1,
b ) a. Logo, a = b.
Da mesma forma se pode que é o maior dos minorantes, não pertence a A. Logo, o conjunto A não tem mínimo.
verificar que, quando
existe, o mínimo é único.
Exemplo
un
Seja un = –n2. Os primeiros termos desta sucessão são –1, –4,
14 Dos conjuntos 1 2 3 4
apresentados como –9, –16, … O n
–1
resposta ao exercício
anterior, indica, se existir,
Como se trata de uma sucessão decrescente, podemos con- –4
o máximo e o mínimo de cluir que o termo –1 é maior do que todos os outros termos, –9
cada um deles.
isto é, un ≤ –1, ∀ n ∈N, ou seja, (un) é majorada. –16 …
Definição
Uma sucessão (un) diz-se minorada se o conjunto {un: n ∈N} dos respetivos termos for
PROFESSOR minorado. Os minorantes do conjunto de termos chamam-se minorantes da sucessão.
Soluções
13. Por exemplo:
a) ]–', 1] Exemplo
b) ]2, +'[
Seja vn = 2n + 5. Os primeiros termos desta sucessão são 7, vn
c) [3, 4[
…
14. 9, 11, 13, … 13
a) Máximo 1 e não tem mínimo. 11
b) Não tem máximo nem Como se trata de uma sucessão crescente, podemos concluir 9
7
mínimo. que o termo 7 é menor do que todos os outros termos, isto é,
c) Mínimo 3 e não tem máximo.
vn ≥ 7, ∀ n ∈N, ou seja, (vn) é minorada. O 1 2 3 4 n
16
UNIDADE 1 Propriedades elementares de sucessões reais
Definição SUC11_2.6
2. Uma sucessão (wn) de termos positivos é tal que, para todo o número natural n,
PROFESSOR
3 ≥ 4. Justifica que a sucessão é limitada.
wn Soluções
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 11.º ano
15.
a) Conjunto dos minorantes:
Sugestão de resolução ]–', 2]; não tem majorantes.
Sabemos que (wn) é uma sucessão de termos positivos tal que 3 ≥ 4, para b) Conjunto dos majorantes:
wn [–3, +'[; não tem minorantes.
todo o número natural n. Assim: c) Conjunto dos minorantes:
3 ≥ 4 ⇔ 3 ≥ 4w (pois wn > 0, ∀ n ∈N) ]–', –1]; conjunto dos
n
wn majorantes: [1, +'[
⇔ wn ≤ 3 d) Não tem majorantes nem
4 minorantes.
Tem-se, então, que 0 < wn ≤ 3 , ∀ n ∈N, ou seja, a sucessão (wn) é limitada. 16. (un) é limitada, pois
4 (continua) u1 ≤ un < 2017, ∀ n ∈N.
17
TEMA III Sucessões
Exercícios resolvidos
Apresentação
“Propriedades elementares (continuação)
de sucessões reais” 5
Teste interativo 3. (*) Acerca de uma sucessão (vn), sabe-se que ∀ n ∈N, vn + 1 – vn = .
“Propriedades elementares (2n – 11)(2n + 3)
de sucessões reais” a) O que podes concluir acerca da monotonia da sucessão?
(*) grau de dificuldade elevado b) Indica o valor lógico da afirmação: “v6 é um dos minorantes da sucessão”.
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 11.º ano
18 Considera uma sucessão
(wn) de termos negativos tal Sugestão de resolução
6
que < –2, para todo o a) Verifica-se que vn + 1 – vn não tem sempre o mesmo sinal, para qualquer
wn
número natural n. número natural. Por exemplo:
Justifica que a sucessão é 5 5
limitada. v6 – v5 = = =– 5 <0
(2 ¥ 5 – 11)(2 ¥ 5 + 3) –1 ¥ 13 13
v7 – v6 = 5 = 5 = 1 >0
19 Considera a sucessão de
3n + 1 (2 ¥ 6 – 11)(2 ¥ 6 + 3) 1 ¥ 15 3
termo geral un = .
2n + 3 Conclui-se assim que a sucessão (vn) não é monótona.
Mostra que existe um
número real positivo L b) Estudemos o sinal do denominador para determinar quando é que a suces-
tal que ∀ n ∈N, |un| ≤ L. são é decrescente e quando é que é crescente:
Cálculos auxiliares
Como 5 > 0 e 2n + 3 > 0, para qualquer número 2n – 11 < 0 ⇔ n < 5,5
APRENDE FAZENDO 2n – 11 > 0 ⇔ n > 5,5
natural, então basta analisar o sinal de 2n – 11.
Págs. 45, 49, 51, 52 e 55
Exercícios 7, 26, 27, 37, Verifica-se, então, que vn + 1 – vn = 5 < 0, para qualquer número
38, 39, 53 e 54 (2n – 11)(2n + 3)
18
UNIDADE 2 Princípio de indução matemática
UNIDADE 2
Princípio de indução matemática
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
Imaginemos agora que fazemos cair a primeira peça. Dada a disposição das peças,
evidentemente que irão todas cair.
Podemos ainda imaginar um número infinito de peças de dominó, numeradas.
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
Dizer que, se uma peça cai a seguinte também cai, é igual a dizer que:
• se a peça 1 cai, então a peça 2 cai;
• se a peça 2 cai, então a peça 3 cai;
• se a peça 3 cai, então a peça 4 cai;
• se a peça 4 cai, então a peça 5 cai;
•…
• se a peça n cai, então a peça n + 1 cai;
•…
Ou seja, a queda da peça n implica a queda da peça n + 1. Garantimos assim a queda
de todas as peças.
19
TEMA III Sucessões
SUC11_3.3
Exercícios resolvidos
a) ∀ n ∈N, 3n ¥ 5n = (3 ¥ 5)n
b) Dado n ∈N, a soma Sn dos primeiros n termos da sucessão dos números ímpares
é igual a n2.
(*) grau de dificuldade elevado c) (*) ∀ n ∈N, (1 + h)n ≥ 1 + nh, com h > 0.
Adaptado de Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 11.º ano
20
UNIDADE 2 Princípio de indução matemática
Sugestão de resolução
2. Prova, pelo método de indução, que é verdade que ∀ n ∈N, 42n – 1 é um múltiplo 21 (**) Mostra que 9n – 1 é,
de 5. para todo o número natural
n, um múltiplo de 8.
(**) grau de dificuldade muito elevado
Sugestão de resolução
Caderno de Apoio às Metas
Curriculares, 11.º ano
Seja P(n): 42n – 1 é um múltiplo de 5.
(i) Comecemos por provar que P(1) é verdadeira: 42 ¥ 1 – 1 = 15 e 15 é um
múltiplo de 5 é uma proposição verdadeira.
(ii) Provemos que, para todo o n ∈N, P(n) ⇒ P(n + 1).
Hipótese de indução: P(n): 42n – 1 é um múltiplo de 5.
Tese de indução: P(n + 1): 42(n + 1) – 1 é um múltiplo de 5.
42(n + 1) – 1 = 42n + 2 – 1
= 42n ¥ 42 – 1
= 16 ¥ 42n – 1
PROFESSOR
= 16 ¥ 42n – 16 + 16 – 1
= 16(42n – 1) + 15 É um múltiplo de 5. (**) Os graus de dificuldade
†
21
TEMA III Sucessões
Exercícios resolvidos
(continuação)
Sugestão de resolução
O princípio de indução pode estender-se aos casos em que se pretende provar uma
propriedade P(n) para todo o número inteiro n ≥ p .
Se provarmos que P(p) é uma proposição verdadeira e se, além disso, para todo o n > p,
P(n) ⇒ P(n + 1), então a proposição ∀ n ∈Np, P(n) é verdadeira, onde Np = {n ∈Z: n ≥ p}.
Pretende-se provar que, então, P(n + 1): 2(n + 1) + 1 ≤ (n + 1)2 também é verdadeira (tese).
Tem-se que:
Ora:
n2 + 2 ≤ (n + 1)2 ⇔ n2 + 2 ≤ n2 + 2n + 1
APRENDE FAZENDO ⇔ 2 ≤ 2n + 1
Págs. 54 e 55
Exercícios 49, 50, 56, 57
⇔ 1 ≤ 2n
e 58
⇔ 1 ≤ n é verdadeira, para todo o n ≥ 3.
2
CADERNO DE EXERCÍCIOS
E TESTES Demonstramos assim a hereditariedade da proposição.
Pág. 37
Exercício 5 Por (i) e (ii), provamos que ∀ n ∈N3, 2n + 1 ≤ n2 é uma proposição verdadeira.
22
UNIDADE 2 Princípio de indução matemática
Estamos perante uma sucessão definida por recorrência, uma vez que conhecemos o
primeiro termo e o processo que permite obter cada termo à custa do anterior. Neste caso,
cada termo obtém-se adicionando 3 ao dobro do termo anterior, isto é:
un + 1 = f(un), com f(x) = 2x + 3
Repara que:
• u1 =1 Leonardo de Pisa
(1180-1250)
• u2 = 2 ¥ u1 + 3 = 2 ¥ 1 + 3 = 5 Leonardo de Pisa, mais
conhecido por Fibonacci,
• u3 = 2 ¥ u2 + 3 = 2 ¥ 5 + 3 = 13 foi um dos mais
importantes matemáticos
•… da Idade Média. Era filho
de um comerciante
italiano, com negócios no
Esta forma de definir uma sucessão não é prática se pretendermos calcular termos Norte de África. Viajou
pelo Egito, Síria e Grécia e
de ordem elevada, já que implica que sejam conhecidos os termos anteriores. estudou com um professor
muçulmano. É autor do
Pode-se definir uma sucessão por recorrência a partir de uma ordem p, com p ∈Z: tratado sobre métodos e
problemas algébricos Liber
up = a
abaci (ou Livro dos
un + 1 = f(un) cálculos).
Um dos problemas
Diz-se, neste caso, que é uma sucessão indiciada em Np. que mais inspirou os
matemáticos das gerações
seguintes foi: “Quantos
pares de coelhos serão
Exemplos produzidos num ano,
começando com um só
1. Considera a sucessão (vn) definida por: par, se em cada mês cada
Nota par gerar um novo par que
v1 = 2
u1 = 1
• v5 = 4 = 4 = 16 u2 = 1
v4 3 3
un = un – 1 + un – 2, ∀ n > 2
4
23
TEMA III Sucessões
w–2 = 2
…
w–1 = 1
1 3 6 10 15
wn + 1 = wn – wn – 1, ∀ n ≥ –1
Define esta sucessão por
recorrência.
Os sete primeiros termos de (wn) são:
b) bn = 3n • w3 = w2 – w1 = –1 – (–2) = –1 + 2 = 1
• w4 = w3 – w2 = 1 – (–1) = 1 + 1 = 2
25 Determina os cinco
primeiros termos das
sucessões a seguir
definidas e determina, em
cada caso, uma expressão Exercícios resolvidos
analítica que possa
representar o seu termo
1. Seja a um número real. Considera a sucessão (un) definida por:
geral.
u1 = a
a1 = 5
a)
an + 1 = an + 3, ∀ n ≥ 1 un + 1 = –3un + 2, ∀ n ∈N
(C) 6a – 4 (D) 9a + 4
Soluções
t1 = 1
23.
tn = tn – 1 + n, ∀ n > 1
Sugestão de resolução
24.
a) 3, 5, 7, 9, 11 Os três primeiros termos de (un) são:
a1 = 3
• u1 = a
an + 1 = an + 2, ∀ n ≥ 1
• u2 = –3u1 + 2 = –3a + 2
b) 3, 9, 27, 81, 243
b1 = 3 • u3 = –3u2 + 2 = –3(–3a + 2) + 2 =
bn = 3bn – 1, ∀ n > 1
= 9a – 6 + 2 =
25.
a) 5, 8, 11, 14, 17
= 9a – 4
an = 3n + 2 Assim, a opção correta é a (B).
b) 3, 5, 7, 9, 11
bn = 2n + 1
24
UNIDADE 2 Princípio de indução matemática
e:
1 + un > 2
2 2
isto é:
un + 1 > 1
= 1 + un – 2un =
“Princípio de indução matemática”
Teste interativo
2 “Princípio de indução matemática”
= 1 – un
2 APRENDE FAZENDO
Pela alínea anterior, sabemos que un > 1, ∀ n ∈N, logo 1 – un < 0 e, por conse- Págs. 44, 45, 51, 54 e 55
Exercícios 3, 9, 35, 48, 51,
guinte, 1 – un < 0, ∀ n ∈N. 52 e 59
2
Concluímos, assim, que (un) é decrescente. CADERNO DE EXERCÍCIOS
E TESTES
Pág. 37
Exercícios 6 e 7
25
TEMA III Sucessões
UNIDADE 3
Progressões aritméticas e geométricas
Tem-se que:
• u1 = 4
• u2 = u1 + 8 = 12
• u3 = u2 + 8 = 20
• u4 = u3 + 8 = 28
•…
• un + 1 = un + 8
Repara que esta sucessão tem a particularidade de cada termo se obter a partir do termo
anterior adicionando-lhe 8 unidades. Sucessões deste tipo designam-se por progressões
aritméticas.
Definição
u1 = a e un + 1 = un + r, ∀ n ∈N
26
UNIDADE 3 Progressões aritméticas e geométricas
Exemplos
Esquematizando / Resumindo
28 Averigua se cada uma das
Para averiguar se uma sucessão (un) é uma progressão aritmética, podes seguir os se- seguintes sucessões é uma
guintes passos: progressão aritmética e,
em caso afirmativo, indica
1.º passo: Determina a diferença un + 1 – un. a respetiva razão.
2.º passo: Se a diferença un + 1 – un for constante, isto é, não depender de n, então a) (an), com an = 3n – 2.
concluímos que se trata de uma progressão aritmética. n+1
b) (bn), com bn = .
n
Se a diferença un + 1 – un depender de n, concluímos que não se trata de uma pro- 2
–2n + n
c) (cn), com cn = .
gressão aritmética. n
d) (dn), com
d1 = –1
Exercício resolvido 1.
dn + 1 = dn –
2
e) (en), com en = 3n.
Prova que a sucessão de termo geral vn = 5 – 2n é uma progressão aritmética e in-
7 f) (fn), com fn = n2.
dica a respetiva razão.
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 11.º ano
Sugestão de resolução
PROFESSOR
A progressão (vn) é aritmética se e somente se vn + 1 – vn = r, ∀ n ∈N, com r
constante. Soluções
28.
Determinemos, então, a diferença vn + 1 – vn:
a) É uma progressão aritmética
vn + 1 – vn = 5 – 2(n + 1) – 5 – 2n = de razão 3.
7 7 b) Não é uma progressão
aritmética.
= 5 – 2n – 2 – 5 + 2n =
7 c) É uma progressão aritmética
2 de razão –2.
=– d) É uma progressão aritmética
7 1
de razão – .
Uma vez que – 2 é uma constante, provamos que (vn) é uma progressão 2
7 e) Não é uma progressão
aritmética de razão – 2 . aritmética.
7 f) Não é uma progressão
aritmética.
27
TEMA III Sucessões
SUC11_4.2
Termo geral
Seja (un) uma progressão aritmética de razão r. Consideremos alguns dos seus termos:
• u2 = u1 + r
Simulador
GeoGebra: “Termo geral de uma • u 3 = u2 + r = u1 + r + r = u1 + 2 r
progressão aritmética”
• u 4 = u3 + r = u1 + 2r + r = u1 + 3 r
•…
29 Na sucessão (un) dos
números naturais • u 100 = u1 + 99 r
múltiplos de 5, determina: •…
a) u345 – u344 • un = u1 + (n – 1) r
b) u2017 – u2015
c) un + 3 – un
O termo geral da progressão aritmética de primeiro termo a ∈R e razão r é:
un = a + (n – 1)r
28
UNIDADE 3 Progressões aritméticas e geométricas
b) u6 = –2 e r = 5
c) u10 = 13 e u26 = 21
Sugestão de resolução
u1 = –√∫2
Seja (un) uma progressão aritmética de razão 2 e cujo primeiro termo é –3. d)
un + 1 = un + √∫2, ∀ n ≥ 1
Então, o seu termo geral é:
un = –3 + (n – 1)2
isto é:
un = –3 + 2n – 2 ⇔ un = 2n – 5 32 Determina o termo
de ordem 2017 de uma
progressão aritmética (vn),
sabendo que:
a) v1 = 11 e r = –3
2. Determina uma expressão do termo geral da progressão aritmética (un), sabendo b) v4 = –√∫5 e r = 1
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 11.º ano v1 = 0
d)
vn = vn – 1 – 3, ∀ n ≥ 1
Sugestão de resolução
Uma vez que são conhecidos os termos de ordem 5 e de ordem 25, podemos
utilizar a relação un = uk + (n – k)r para descobrir a razão da progressão arit- 33 Determina o número
mética: de múltiplos naturais
de 4 compreendidos
u25 = u5 + (25 – 5)r ⇔ 70 = 20 + 20r entre 406 e 3002.
⇔ 50 = 20r
⇔r= 5
2
un = 20 + 5n – 25 ⇔ un = 5n + 15 c) –4033
2 2 2 2 d) –6048
(continua)
33. 649
29
TEMA III Sucessões
Sugestão de resolução
Sugestão de resolução
30
UNIDADE 3 Progressões aritméticas e geométricas
Dado n ∈N, a sequência (u1, u2, …, uN) dos N primeiros termos de uma progressão
aritmética chama-se progressão aritmética (finita) de comprimento N. Simulador (GeoGebra)
– “Sucessão de quadrados”
Seja (5, 7, 9, 11, 13, 15, 17, 19, 21, 23) a progressão aritmética de comprimento 10.
5 7 9 11 13 15 17 19 21 23
28
28
28 Carl Friedrich Gauss
28 (1777-1855)
No século XVIII,
28
numa escola primária,
o professor pediu
Repara que, se considerarmos a soma do primeiro com o último termos, a soma do aos seus alunos
que calculassem o valor da
segundo com o penúltimo termos, a soma do terceiro com o antepenúltimo termos e
soma 1 + 2 + 3 + … + 100.
assim sucessivamente, obtemos sempre 28. Passados breves instantes,
um dos alunos, com
Como temos 10 termos, conseguimos fazer cinco pares nestas condições. apenas 10 anos, tinha
escrito o número 5050
Então, a soma dos 10 termos pode ser dada por: na sua ardósia!
Esse menino era Carl
1.º termo 10.º termo Friedrich Gauss e foi um
U
U
brilhante matemático.
28 ¥ 5 = (5 + 23) ¥ 10 = 5 + 23 ¥ 10 @ Número de termos Com apenas 10 anos,
2 2
Gauss utilizou o mesmo
raciocínio para chegar ao
Este mesmo raciocínio pode ser aplicado para uma progressão aritmética de compri-
resultado 5050 em que se
mento N ímpar. baseia a demonstração
da soma dos n primeiros
Seja (5, 7, 9, 11, 13, 15, 17, 19, 21, 23, 25) a progressão aritmética de comprimento 11. termos de uma progressão
aritmética.
5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25
30
30
30
30
30
31
TEMA III Sucessões
b) u3 + u17
c) u10 Consideremos uma progressão aritmética (un) de razão r, e seja (u1, u2, u3, …, uN) a pro-
gressão aritmética de comprimento N.
Comecemos por provar que a soma de dois quaisquer termos equidistantes dos extremos
é igual à soma dos extremos, isto é, sendo up e uk dois termos equidistantes dos extremos,
37 Determina: então, up + uk = u1 + un.
a) a soma dos 19 Vejamos:
primeiros termos de u1 u2 u3 … up … uk … uN – 1 uN
(an), com an = 5n – 13;
p – 1 termos p – 1 termos
b) a soma de 40 termos
Tem-se que:
consecutivos de (bn),
com bn = –3n + 8, e que up = u1 + (p – 1) . r
começam no 11.º termo. e:
uN = uk + (p – 1) . r
Logo:
38 Calcula a soma de cada uN – up = uk – u1
uma das seguintes isto é:
progressões.
uN + u1 = uk + up ⇔ up + uk = u1 + uN
a) 14 + 21 + 28 + … + 224
b) –22 – 11 + 11 + 22 + …
Considerando agora:
… + 253
S = u1 + u2 + … + uN – 1 + uN
e:
S = uN + uN – 1 + … + u2 + u1
32
UNIDADE 3 Progressões aritméticas e geométricas
2. (*) Calcula a soma de todos os números pares compreendidos entre 110 e 250 (*) grau de dificuldade elevado
(inclusive).
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 11.º ano
Sugestão de resolução
33
TEMA III Sucessões
34
UNIDADE 3 Progressões aritméticas e geométricas
b) u1 = –5 e r = 2
A B A B A B A B c) u1 = 5 e r = –2
Figura 1 Figura 2 Figura 3 Figura 4 1
d) u1 = e r=2
5
1 1
Considera a sucessão (un) que a cada fase faz corresponder o número de segmentos da e) u1 = e r=
5 2
figura:
• u1 = 1
• u2 = 4 ¥ 1 = 4
• u3 = 4 ¥ 4 = 16 45 Sabendo que (un) é uma
• u4 = 4 ¥ 16 = 64 progressão geométrica
de razão 3, determina:
• u5 = 4 ¥ 64 = 256 u
a) 13
u12
• u6 = 4 ¥ 256 = 1024 u2017
b)
u2018
•…
u100
c)
u98
Esta sucessão tem a particularidade de cada termo se obter a partir do anterior, multi-
plicando-o por 4.
PROFESSOR
Definição
Soluções
Dados a e r ∈R, designa-se por progressão geométrica de primeiro termo a e razão r 44.
a sucessão definida por recorrência desta forma: a) 5, 10, 20, 40
b) –5, –10, –20, –40
u1 = a e un + 1 = un ¥ r, ∀ n ∈N c) 5, –10, 20, –40
1 2 4 8
d) , , ,
5 5 5 5
1 1 1 1
Repara que, de acordo com a definição acima, a razão r da progressão geométrica é e) , , ,
5 10 20 40
igual ao quociente de quaisquer dois termos consecutivos, desde que nenhum dos termos 45.
a) 3
seja nulo:
1
b)
un + 1 = r, ∀ n ∈N 3
c) 9
un
35
TEMA III Sucessões
Exemplos
2. A sucessão 1, 4, 9, 16, 25, … não é uma progressão geométrica, pois para “passarmos”
de um termo para o seguinte não multiplicamos sempre pelo mesmo número.
Esquematizando / Resumindo
Para averiguar se uma sucessão (un) é uma progressão geométrica, podes seguir os
seguintes passos:
2.º passo: Se a razão un + 1 for constante, isto é, não depender de n, então concluímos
un
que se trata de uma progressão geométrica.
36
UNIDADE 3 Progressões aritméticas e geométricas
•… u50
c) u1 = 3 e = –1
u49
• un = u1 ¥ r n – 1
1 32
d) u1 = e u6 =
5 5
e) u4 = 40 e u7 = 320
O termo geral da progressão geométrica de primeiro termo a ∈R e razão r não nula é:
u1 = 1
un = a ¥ r n – 1 4un
f) un + 1 = , ∀n ∈N
3
Exercícios resolvidos
1. Determina uma expressão algébrica para o termo geral de uma progressão geo-
métrica de razão 2 e cujo primeiro termo é –3.
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 11.º ano
PROFESSOR
Sugestão de resolução
Soluções
Seja (un) uma progressão geométrica de razão 2 e cujo primeiro termo é –3. 47.
Então, o seu termo geral é do tipo: a) un = 4 ¥ 3n – 1
b) un = 2n – 1
un = –3 ¥ 2n – 1 c) un = 3 ¥ (–1)n – 1
isto é: d) un =
2n – 1
5
un = –3 ¥ 2n ¥ 2–1 ⇔ un = – 3 ¥ 2n e) un = 5 ¥ 2n – 1
2 h4 h
n–1
(continua) f) un = i i
j3 j
37
TEMA III Sucessões
b) u1 = 2 e (un) é
decrescente; Sugestão de resolução
c) u1 = 2 e (un) não é
Uma vez que são conhecidos os termos de ordem 5 e de ordem 11, podemos
monótona;
utilizar a relação un = uk ¥ r n – k para descobrir a razão da progressão geométrica:
d) r = 2 e (un) é crescente;
e) r = 2 e (un) é
u11 = u5 ¥ r11 – 5 ⇔ 1 = 125 ¥ r6 ⇔ 12 = 52 ¥ r6
125 5
decrescente.
⇔ r6 = 14 ⇔ r = ± 6 14
5 5 √∫
⇔r=± 1 ⇔r=± 1
6√∫54
∫ 3√∫52
∫
⇔ r = ± √∫5
3
5
Uma vez que (un) é uma sucessão monótona, então r = √∫5 .
3
5
A sucessão (un) é, pois, uma progressão geométrica de razão r = √∫5 e u5 =125.
3
5
Aplicando novamente a relação un = uk ¥ r n – k, vem que un = u5 ¥ r n – 5, isto é,
h 1hn – 5 h – 2 hn – 5 19 – 2n
h 3√∫5 h n – 5 i5 3 i i 3 i 3
un = 125 ¥ i i = 53 ¥ i i = 53 ¥ j5 j =5 .
j 5 j j 5 j
3. Os três primeiros termos de uma progressão geométrica são dados, para um de-
terminado valor real de x, respetivamente, por x – 2, x + 1 e x + 7. Determina o
termo geral dessa sucessão.
Adaptado de Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 11.º ano
Sugestão de resolução
38
UNIDADE 3 Progressões aritméticas e geométricas
Exemplos
1. un 2. un
27 un = 1 ¥ 3n – 1 12 3 4 un = – 1 ¥ 3n – 1
2 2 1 n 2
–
2
u1 = 1 r=3 –
3 u1 = – 1 r=3
2 2 2
9 u1 = 1 ; u2 = 3 ; –
9 u1 = – 1 ; u2 = – 3 ;
2 2 2 2 2
2
3 u3 = 9 ; u4 = 27 ; … u3 = – 9 ; u4 = – 27 ; …
2 2 2 2 2
1
2 27
–
12 3 4 n 2
Exemplos
1. un n–1
2. un n–1
un = 8 ¥ hi 1 hi un = –8 ¥ hi 1 hi
j2j j2j
12 3 4
8 u1 = 8 r= 1 –1 n u1 = –8 r= 1
2 –2 2
4 u1 = 8 ; u2 = 4; –4 u1 = –8 ; u2 = – 4;
2 u3 = 2; u4 = 1; … u3 = –2; u4 = –1; …
1
–8
12 3 4 n
Exemplos
1. un 2. un n–1 PROFESSOR
un = 2 ¥ (–1)n – 1 2 un = –8 ¥ hi– 1 hi
1 j 4j
12 3 4 1 3 Soluções
u1 = 2 r = –1 8
–1 n 1 2 4 n u1 = –8 r=– 1
–2 u1 = 2 ; u2 = –2; – 4 49.
2 1
–4 u1 = –8 ; u2 = 2; a) r =
u3 = 2; u4 = –2; … 3
b) Decrescente.
u3 = – 1 ; u4 = 1 ; …
–8 2 8
–8
39
TEMA III Sucessões
SUC11_5.1
Exercício resolvido
Sugestão de resolução
Dado n ∈N, a sequência (u1, u2, …, uN) dos N primeiros termos de uma progressão
geométrica chama-se progressão geométrica (finita) de comprimento N.
50 Determina a soma dos Seja Sn a soma dos N primeiros termos de uma progressão geométrica:
15 primeiros termos da Sn = u1 + u2 + u3 + … + un
progressão geométrica
Sendo (un) uma progressão geométrica de razão r, sabemos que:
(un), em que:
a) u1 = 1 e r = 3 • u2 = u1 r
1
b) u1 = 2 e r = • u3 = u1 r2
5
c) u1 = 3 e r = –1 •…
d) u1 = 4 e r = 1 • un = u1 rn – 1
40
UNIDADE 3 Progressões aritméticas e geométricas
41
TEMA III Sucessões
55 Realizou-se um estudo 3. Em 2010, a população de uma certa cidade era de um milhão e duzentos mil
para avaliar a evolução
da população de uma
habitantes e desde aí tem crescido à taxa anual de 2,1%. Se se mantiver esta taxa
determinada aldeia. de crescimento, qual será a população em 2040?
No primeiro ano, a aldeia
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 11.º ano
tinha 4500 habitantes.
Se essa população diminuir
à taxa de 15% por ano,
Sugestão de resolução
qual é aproximadamente
o número de habitantes Seja Pn a população dessa certa cidade, em milhões, no ano 2009 + n, com n ∈N.
existentes no quarto
ano desse estudo? • P1 = 1,2
APRENDE FAZENDO • P2 = 1,2 + 1,2 ¥ 2,1 =
Págs. 45, 46, 47, 49, 53,
100
56 e 57 = 1,2 ¥ (1 + 0,021) =
Exercícios 10, 11, 12, 13, = 1,2 ¥ 1,021
14, 15, 16, 17, 18, 19, 20,
21, 29, 44, 45, 46, 47, 66, • P3 = 1,2 ¥ 1,021 + 1,2 ¥ 1,021 ¥ 0,021 =
67, 68 e 69
= 1,2 ¥ 1,021 ¥ (1 + 0,021) =
CADERNO DE EXERCÍCIOS = 1,2 ¥ 1,0212
E TESTES
Pág. 39 • P4 = 1,2 ¥ 1,0212 + 1,2 ¥ 1,0212 ¥ 0,021=
Exercícios 13, 14, 15 e 16
= 1,2 ¥ 1,0212 ¥ (1 + 0,021) =
= 1,2 ¥ 1,0213
PROFESSOR
•…
Solução
(*) Os graus de dificuldade • Pn = 1,2 ¥ 1,021n – 1
elevados correspondem a Pretende-se determinar P31:
desempenhos que não serão
exigíveis à totalidade dos P31 =1,2 ¥ 1,02130 5 2,238481
alunos.
Se se mantiver esta taxa de crescimento, a população em 2040 será de apro-
54. 5 13 162 bactérias.
ximadamente 2 milhões, 238 mil e 481 habitantes.
55. 5 2764 habitantes.
42
SÍNTESE
Representação gráfica
O gráfico de uma sucessão é um conjunto de pontos isolados.
Monotonia
• (un) é crescente ⇔ ∀ n ∈N, un + 1 – un > 0
• (un) é crescente em sentido lato ⇔ ∀ n ∈N, un + 1 – un ≥ 0
• (un) é decrescente ⇔ ∀ n ∈N, un + 1 – un < 0
• un) é decrescente em sentido lato ⇔ ∀ n ∈N, un + 1 – un ≤ 0
Limitação
Uma sucessão (un) simultaneamente majorada e minorada diz-se limitada.
Uma sucessão diz-se limitada quando o conjunto dos seus termos admite um minorante e um majorante,
isto é, quando existem dois números reais a e b tais que a ≤ un ≤ b, ∀ n ∈N ou, de forma equivalente,
quando existe um número real positivo L tal que ∀n ∈N, |un| ≤ L.
Definição u1 = a e un + 1 = un + r, ∀ n ∈N u1 = a e un + 1 = un ¥ r, ∀ n ∈N
Expressão do termo geral un = a + (n – 1)r un = a ¥ rn – 1
N
Soma de N termos S = u1 + uN × N S = u1 1 – r , se r & 1
consecutivos 2 1–r
S = Nu1, se r = 1
• Se 0 < r < 1:
u1 > 0, (un) é decrescente.
u1 < 0, (un) é crescente.
• Se r > 0, (un) é crescente.
• Se r > 1:
Monotonia • Se r < 0, (un) é decrescente.
u1 > 0, (un) é crescente.
• Se r = 0, (un) é constante. u1 < 0, (un) é decrescente.
• Se r = 1, (un) é constante.
• Se r < 0, (un) não é monótona.
43
TEMA III Sucessões
Aprende Fazendo
Itens de seleção
2 se n ímpar
1 Considera a sucessão (un) definida por un = . Então, u2018 – u2017 é igual a:
1 se n par
2 Considera a sucessão (vn) de termo geral vn = n + 1 . Qual das seguintes proposições é verdadeira?
n
(A) ∀ n ∈N, vn < 0 (B) ∀ n ∈N, vn > 0 (C) ∃ n ∈N: vn = 0 (D) ∃ n ∈N: vn = 1
3 De uma sucessão (wn), sabe-se que w1 = 4 e wn + 1 = 2wn + 1, n > 1. O quarto termo desta sucessão é:
(A) 9 (B) 19 (C) 39 (D) 79
t1 t2 t3 t4
O termo geral da sucessão (tn), que representa o número de triângulos pequenos em cada figura, pode
ser dado por:
(A) 2n (B) n2 (C) n3 (D) 3n
5 Numa progressão aritmética de razão 5, o décimo termo é 81. Então, o primeiro termo dessa progressão
é:
(A) 31 (B) 36 (C) 45 (D) 50
6 Qual das expressões seguintes pode ser o termo geral de uma progressão aritmética?
(A)
2n + 6n2 (B)
2 +n (C) 3n (D) (n + 1)2
n n
44
Itens de seleção
v1 = 1
vn =
vn = –vn – 1, n ≥ 2
O valor de v2014 é:
(A) –1 (B) 1 (C) –2014 (D) 2014
11 Seja (un) a progressão geométrica de termo geral un = 2 √∫2∫n∫ –∫ ∫ 4. A razão desta progressão é:
1 1
(A) 2√∫2 (B) 2 2 (C) 2 7 (D)
1
√∫2
Solução: Opção (B)
45
TEMA III Sucessões
Aprende Fazendo
Itens de seleção
12 Considera a sequência de quadrados representados na figura seguinte, onde se sabe que o compri-
mento dos lados de cada quadrado, após o primeiro, é igual a metade do comprimento dos lados do
quadrado anterior. O lado do quadrado inicial mede 8 cm.
Seja (vn) a sucessão cujo termo geral representa o perímetro, em cm, de cada um dos quadrados.
O termo geral de (vn) pode ser dado por:
32 h 1h n – 1 1 h 1h 5 – n
(A) vn = (B) vn = i i (C) vn = (D) vn = i i
2n j 2j 2n – 6 j 2j
(A)
1 + p2017 ¥ 2017 (B)
1 + p2017 ¥ 2018
2 2
(C)
1 – p2017 (D)
1 – p2018
1–p 1–p
14 Numa progressão geométrica de razão positiva r, o primeiro termo é igual à razão e a soma dos dois
primeiros termos é 12. Então, nesta progressão:
(A) r = 3 (B) r = 4 (C) r = 5 (D) r = 6
(A)
2 (B) –
2 (C)
1 (D) –
1
3 3 2 2
16 Em 2012, a população de uma certa cidade era de um milhão e trezentos mil habitantes e, desde
então, tem crescido à taxa anual de 1,6%. Se se mantiver esta taxa de crescimento, qual será a popu-
lação, em milhares, em 2030?
(A) 1300 ¥ 1,01618 (B) 1300 ¥ 1,01619
46
Itens de seleção
18 De uma progressão geométrica (un), sabe-se que u1001 = 1 e que a soma dos sete primeiros termos é 381.
u1002 2
O décimo termo desta progressão é:
h 1 h 10 h 1h 9
(A) 381 ¥ i i (B) 3 ¥ 210 (C) 3 ¥ 29 (D) 7 ¥ i i
j 2j j 2j
19 De uma sucessão (un), sabe-se que é uma progressão aritmética de razão igual a 3. Então, a sucessão
definida por vn = 2–3un é:
(A) uma progressão geométrica de razão 2–9.
20 Considera os triângulos equiláteros representados na figura seguinte. Sabe-se que os lados de cada
triângulo têm metade do comprimento dos lados do triângulo anterior. O lado do triângulo inicial
mede 6 cm.
Seja (an) a sucessão cujo termo geral representa a área, em cm2, de cada um dos triângulos. O termo
geral de (an) pode ser dado por:
(A) an =
9√∫3 (B) an =
18√∫3 ¥ h 1 h n – 1 (C) a = 9√∫3 (D) an =
18√∫3 ¥ h 1 h n
i i n i i
22n – 2 2 j 2j 42n – 2 2 j 4j
21 Sejam p e q dois números reais não nulos e não simétricos. Qual é o valor da seguinte expressão?
p6 – p5q + p4q2 – p3q3 + p2q4 – pq5 + q6
(A)
p7 – q7 (B)
p7 + q7 (C)
p6 + q6 ¥ 7 (D)
p7 + q7 ¥ 6
p–q p+q 2 2
47
TEMA III Sucessões
Aprende Fazendo
Itens de construção
22 Sabendo que todos os termos seguem a mesma lei de formação que é sugerida, escreve o termo geral
de cada uma das seguintes sucessões.
a) 2, 4, 6, 8, 10, …
b) 1, 4, 9, 16, 25, …
d)
1 , 2 , 3 , 4 , 5 ,…
2 3 4 5 6
e) 4, 3, 2, 1, 0, …
n
Soluções: a) un = 2n b) un = n2 c) un = n2 + 2 d) un = e) un = 5 – n
n+1
d) Determina, em função de n, un + 1 e un + 1.
se n par se n < 5
un = vn =
n + 2 se n ímpar 7n se n ≥ 5
Averigua se 36 é um termo de alguma destas sucessões.
b) bn = 4n – 5
c) cn =
3n + 2
n
48
Itens de construção
26 Indica, caso exista, o conjunto dos minorantes e o conjunto dos majorantes reais da sucessão cujo
termo geral é:
a) an = n3 + 2 b) bn = –5n – 1 c) cn =
(–1)n d) dn = (–1)n ¥ n
2
Soluções: a) Conjunto dos minorantes: ]–', 3]; não tem majorantes. b) Conjunto dos majorantes: [–6, +'[; não tem
È 1 È È1 È
minorantes. c) Conjunto dos minorantes: Í –', – Í ; conjunto dos majorantes: Í , +' Í . d) Não tem majorantes nem
Î 2 Î Î2 Î
minorantes.
b) vn =
3n – 1
n
c) wn = (–1)n
28 Das sucessões seguintes, identifica as que são progressões aritméticas e determina a sua razão r.
a) un =
2 n+1
5
b) vn =
2n + 1
n
2
c) wn = n + n
d) xn =
n2 – 2n
n
e) yn definida por y1 = 4 ∧ yn + 1 = yn – p, ∀ n ∈N.
Soluções: a) É uma progressão aritmética; r = 2 . b) Não é uma progressão aritmética. c) Não é uma progressão aritmética.
5
d) É uma progressão aritmética; r = 1. e) É uma progressão aritmética; r = –p.
29 Das sucessões seguintes, identifica as que são progressões geométricas e determina a sua razão r.
a) un = 2pn
( )n – 1
b) vn = √∫3
c) wn = n2 + n
d) xn =
4n
5
e) yn =
4
5n
Soluções: a) É uma progressão geométrica; r = p. b) É uma progressão geométrica; r = √∫3. c) Não é uma progressão
1
geométrica. d) É uma progressão geométrica; r = 4. e) É uma progressão geométrica; r = .
5
49
TEMA III Sucessões
Aprende Fazendo
Itens de construção
d) Quantos termos consecutivos teremos de adicionar ao primeiro termo desta sucessão para se obter
a soma 957?
d) Prova que a sucessão é limitada e indica um minorante e um majorante do conjunto dos termos
da sucessão.
Soluções: a) Não é um termo da sucessão. b) Sucessão crescente. c) A sucessão não é uma progressão aritmética.
d) Minorante: 1, por exemplo; majorante: 2, por exemplo.
32 Um esquilo coleciona bolotas. No primeiro dia de um determinado mês apanha 7 bolotas, no segundo
10 bolotas, no terceiro 13, e assim sucessivamente até ao final do mês, em progressão aritmética.
a) Determina uma expressão que permita calcular o número de bolotas que o esquilo apanha no
n-ésimo dia do mês.
b) Quantas bolotas apanhou o esquilo no 25.º dia?
c) Ao fim de quantos dias o número de bolotas acumulado pelo esquilo ultrapassou pela primeira vez
as 1000 bolotas?
33 A Teresa conseguiu um empréstimo sem juros para comprar um carro. Ela paga o empréstimo em
prestações mensais desiguais, de tal forma que no primeiro mês pagou 20 euros e nos meses seguintes
a prestação aumentou sempre 10 euros em relação ao mês anterior. Sabendo que ela concluiu o paga-
mento do empréstimo ao fim de 36 prestações, determina:
a) o valor da 36.ª prestação;
50
Itens de construção
34 Um estudante de Matemática pretende preparar-se para um exame que irá realizar. Assim sendo, no
primeiro dia de preparação resolve 10 exercícios, no dia seguinte resolve 12, e assim sucessivamente,
ou seja, em cada dia resolve sempre mais dois exercícios do que no dia anterior. Determina uma
expressão geral da sucessão do número de exercícios resolvidos ao fim de n dias e calcula, ao fim de
15 dias, quantos exercícios resolveu, no total, este estudante.
35 Sabendo que todos os termos seguem a mesma lei de formação que é sugerida, define por recorrência
cada uma das seguintes sucessões.
a) 2, 4, 6, 8, 10, …
b) 4, 3, 2, 1, 0, …
c)
a , a , a , a , a ,…
2 4 8 16 32
Soluções: a) u1 = 2, un + 1 = un + 2, ∀ n ∈N b) u1 = 4, un + 1 = un – 1, ∀ n ∈N c) u1 = a , un + 1 = 1 un, ∀ n ∈N
2 2
3
d) u1 = a3, un + 1 = u , ∀ n ∈N
a n
2n se n ímpar
a) an =
3n se n par
b) bn = (4 – n)2
c) cn = 3 ¥ 2n – 1
d) dn =
n+1
2n + 1
se n ≤ 10
n
e) en = n+1
se n > 10
2
Soluções: a) Sucessão não monótona. b) Sucessão não monótona. c) Sucessão crescente. d) Sucessão decrescente.
e) Sucessão não monótona.
c) wn = p –n
51
TEMA III Sucessões
Aprende Fazendo
Itens de construção
38 Mostra que:
a) a sucessão (un) definida por un =
4n é monótona e limitada;
3n + 2
40 Determina uma expressão do termo geral da progressão aritmética (un) e estuda a sua monotonia,
sabendo que:
a) u1 = 4 e un + 1 – un = –3
b) u10 = –46 e un + 1 – un = –5
c) u10 = 8 e u60 = 33
d) u180 = 10 e u200 = 0
e) u2 = –16 e u9 = –2
u1 = –17
f)
un + 1 = un + 6, ∀ n ∈N
41 De uma progressão aritmética de razão 4, sabe-se que o primeiro termo é 3 e que a soma dos n pri-
meiros termos é 465. Determina o valor de n.
Solução: 15
52
Itens de construção
42 Considera uma progressão aritmética (un) de razão 6 e primeiro termo igual a –3.
a) Exprime (un) em função de n.
b) Calcula u8 + u9 + … + u43.
43 Considera a sequência 1; 1,1; 1,2; …; 99,9; 100, em que cada número é maior 0,1 unidades do que
o anterior. Determina:
a) o número de elementos da sequência;
44 Determina uma expressão do termo geral da progressão geométrica (vn) e estuda a sua monotonia,
sabendo que:
v
a) v1 = 4 e n + 1 = 3 b) v3 = 150; v7 = 93 750 e r < 0
vn
c) Determina uma expressão, Sn, da soma dos n primeiros termos da sucessão (wn).
n
Soluções: a) 1 b) Decrescente. c) Sn = 1 – hi 1 hi
3 j3j Animação
“Resolução do exercício 45”
Soluções: a) 3 b) 1
2
47 O Pedro efetuou um depósito de 2000 euros num banco, num regime de juro composto, isto é, os
juros são adicionados ao capital inicial, de modo a renderem também mais juros, à taxa anual de 1,3%.
a) Qual é o valor aproximado às unidades do capital acumulado ao fim de 1 ano? E ao fim de 4 anos?
53
TEMA III Sucessões
Aprende Fazendo
Itens de construção
Sabe-se que a primeira circunferência tem um diâmetro com 6 unidades de medida e que a medida
do diâmetro de cada uma das circunferências seguintes é metade do diâmetro da anterior. Considera
que se podem construir nestas condições tantas circunferências quantas se queira.
a) Seja (Pn) a sucessão dos perímetros destas circunferências. Define esta sucessão por recorrência e
determina uma expressão para o termo geral.
b) Seja (An) a sucessão das áreas destas circunferências. Define esta sucessão por recorrência e deter-
mina uma expressão para o termo geral.
P1 = 6p A1 = 9p
n–1 n–1
h1h h1h
Soluções: a) 1 ; Pn = 6p i i b) 1 ; An = 9p i i
Pn = P ,n≥2 j 2 j An = A ,n≥2 j 4 j
2 n–1 4 n–1
49 Considera a condição:
h
i1 – 1 hi hi1 – 1 hi hi1 – 1 hi … hi1 – 1 hi = 1
j 2j j 3j j 4j j nj n
54
Itens de construção
53 Averigua se existe um número real positivo L tal que ∀ n ∈N, |un| < L, sendo:
a) un =
3 b) un =
2n + 1
2n + 1 3
Soluções: a) Por exemplo, L = 2. b) Não existe nenhum número real L nas condições dada.
55 Calcula a soma de todos os números ímpares compreendidos entre 151 e 413 (inclusive).
Solução: 37 224
58 (**) Usa o método de indução em n para mostrar que, sendo a e n números naturais, an – 1 é múltiplo
de a – 1.
(**) grau de dificuldade muito elevado
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 11.º ano
60 (*) Prova que a soma de duas progressões aritméticas é ainda uma progressão aritmética de razão
igual à soma das razões das progressões iniciais.
(*) grau de dificuldade elevado
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 11.º ano
(*) e (**) Os graus de dificuldade elevados e muito elevados correspondem a desempenhos que não serão exigíveis à
totalidade dos alunos.
55
TEMA III Sucessões
Aprende Fazendo
Itens de construção
61 (*) Mostra que as sucessões definidas por um termo geral da forma un = an + b, a, b ∈R são progressões
aritméticas de razão a.
(*) grau de dificuldade elevado
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 11.º ano
62 (*) Três termos consecutivos de uma progressão aritmética são dados, para um determinado valor
negativo de x, respetivamente, por x – 1, x2 e x + 5.
a) Determina esses três termos.
63 (**) As medidas de amplitude dos ângulos internos de um pentágono convexo estão em progressão
aritmética. Determina a amplitude do ângulo mediano.
(**) grau de dificuldade muito elevado
Solução: 108º Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 11.º ano
64 Sabendo que a soma de três termos consecutivos de uma progressão aritmética é 18 e que o seu pro-
duto é 66, determina esses números.
Solução: 1, 6 e 11
65 (**) Sabe-se que (un) é uma progressão aritmética de razão 3. Justifica que a sucessão definida por
wn = 2–3un é uma progressão geométrica e indica a razão.
(**) grau de dificuldade muito elevado
Solução: 1 Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 11.º ano
512
66 (*) Prova que o produto de duas progressões geométricas é ainda uma progressão geométrica de razão
igual ao produto das respetivas razões.
(*) grau de dificuldade elevado
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 11.º ano
(*) e (**) Os graus de dificuldade elevados e muito elevados correspondem a desempenhos que não serão exigíveis à
totalidade dos alunos.
56
Itens de construção
67 (*) Prova que as sucessões definidas por um termo geral do tipo un = a ¥ bcn + d, n ∈N, a, b, c ∈R\{0}
e d ∈R são progressões geométricas de razão bc.
(*) grau de dificuldade elevado
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 11.º ano
68 Na figura seguinte está representado um quadrado [ABCD] cuja medida do lado é 16 unidades.
Os quadrados que se construíram a partir deste obtiveram-se, tal como a figura sugere, dividindo cada
lado em quatro partes iguais.
A F B
J
E
I
K
G
L
D H C
b) Considera a sucessão (An) das medidas dos lados dos quadrados que se podem formar utilizando
este processo repetidamente.
i) Prova que esta sucessão é uma progressão geométrica e indica a respetiva razão.
69 (*) Considera uma sequência (u1, u2, u3, …, un) de n termos em progressão geométrica. Mostra que,
para todo o número natural p tal que 0 ≤ p ≤ n – 1, u1 + p ¥ un – p = u1 ¥ un.
(*) grau de dificuldade elevado
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 11.º ano
(*) Os graus de dificuldade elevados correspondem a desempenhos que não serão exigíveis à totalidade dos alunos.
57
TEMA III Sucessões
TEMA I Trigonometria e Funções Trigonométricas
UNIDADE 4
Limites de sucessões
Simulador
4.1. Definição de limite de uma sucessão e convergência
GeoGebra: “Sucessão de polígonos
inscritos numa circunferência” Considera a sucessão (un) definida por un = 1 + 1 .
Resolução n
PowerPoint: Todos os exercícios Observa os primeiros termos desta sucessão e a respetiva representação gráfica:
de “Limites de sucessões”
• u1 = 2
• u2 = 3 = 1,5
2 un
• u3 = 4 = 1,333333…
3 2
• u4 = 5 = 1,25 4 1,5
4 3
1,25 1
• u5 = 6 = 1,2
5
56 Determina a ordem depois
da qual: • u6 = 7 = 1,166666…
6 O 1 2 3 4 5 6 n
a) os termos da sucessão
•…
1
un = são menores que
n • u100 = 101 = 1,01
0,01; 100
b) os termos da sucessão • u1000 = 1001 = 1,001
1 1000
vn = são menores
2n + 1
que 0,001; Observando os valores obtidos e a representação gráfica acima, somos levados a con-
c) os termos da sucessão jeturar que os termos da sucessão se aproximam de 1.
n
wn =
3n + 1
distam de Repara que existe uma ordem p, depois da qual todos os termos da sucessão satisfazem
1
menos de 0,0001. a condição |un – 1| < 0,1:
3
i i i i
|un – 1| < 0,1 ⇔ i1 + 1 – 1i < 0,1 ⇔ i 1 i < 0,1 ⇔ 1 < 1 ⇔ n > 10
i n i ini n 10
Ou seja, depois do 10.º termo todos os termos da sucessão satisfazem a condição
|un – 1| < 0,1, isto é, distam de 1 menos do que 0,1.
E, existe uma ordem p, depois da qual todos os termos da sucessão satisfazem a condi-
i i i i
Soluções |un – 1| < 0,01 ⇔ i1 + 1 – 1i < 0,01 ⇔ i 1 i < 0,01 ⇔ 1 < 1 ⇔ n > 100
56. i n i ini n 100
a) Ordem 100.
Ou seja, depois do 100.º termo, todos os termos da sucessão satisfazem a condição
b) Ordem 499.
c) Ordem 1110. |un – 1| < 0,01, isto é, distam de 1 menos do que 0,01.
58
UNIDADE 4 Limites de sucessões
Na verdade, por mais pequeno que seja o valor de δ positivo, existe sempre uma ordem
SUC11_6.1
p depois da qual todos os termos da sucessão satisfazem a condição |un – 1| < δ.
Ora vejamos:
i i i i
|un – 1| < δ ⇔ i1 + 1 – 1i < δ ⇔ i 1 i < δ ⇔ 1 < δ ⇔ n > 1 Simulador
i n i ini n d GeoGebra: “Limite de uma sucessão
convergente”
Concluímos, então, que, para qualquer δ > 0, se considerarmos um número natural p,
superior a 1 , se tem |un – 1| < δ, desde que n ≥ p. 57 Considera a sucessão (un)
d
n+1
Diz-se que un tende para 1 e representa-se por un " 1. definida por un = .
2n + 1
a) Determina a ordem
depois da qual:
i 1i
Definição i) iun – i < 0,03;
i 2i
ii) os termos da sucessão
Dada uma sucessão (un), um número real l diz-se limite da sucessão (un) ou limite 1
(un) distam de
de un quando n tende para +', quando, para todo o número real δ > 0, existir uma 2
menos de 0,001;
ordem p ∈N tal que ∀n ∈N, n ≥ p ⇒ |un – l| < δ.
i 1i
iii) iun – i < δ, sendo
Nesta situação, diz-se que un tende para l e representa-se por un " l. i 2i
δ um qualquer
número real positivo.
b) O que podes concluir
Nota acerca da existência de
limite da sucessão (un)?
Se existir um número real l tal que un " l, diz-se que a sucessão (un) é convergente.
Caso não seja convergente diz-se que a sucessão é divergente.
Exercício resolvido 1
a) lim =0
n
b) lim
4n + 5 = 2
1 – 2n 2
n Æ +' 2n – 1 d) lim =–
Adaptado de Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 11.º ano 3n + 4 3
Sugestão de resolução
PROFESSOR
a) Para provar, por definição de limite, que lim
3 = 0, temos que provar
n Æ +' n + 3 Soluções
que, para qualquer número real δ > 0, existe uma ordem p tal que, para 57.
a) i) Ordem 7.
ordens superiores a p, a distância de 3 a 0 é inferior a δ, isto é, para
n+3 ii) Ordem 249.
todo o número real δ > 0, existe uma ordem p ∈N tal que: iii) Para cada d > 0, é o número
i 3 – 0i < δ natural p igual à parte inteira
∀n ∈N, n ≥ p ⇒ i i 1 – 2d
in +3 i de .
4d
(continua) 1
b) Existe lim un e lim un = .
2
59
TEMA III Sucessões
⇔ 3 <δ
n+3
⇔ 3 <n+3
δ
⇔ 3 –3<n
δ
⇔ n > 3 – 3δ
δ
i 4n + 5 i i i
i – 2i < δ ⇔ i 4n + 5 – 4n + 2 i < δ
i 2n – 1 i i 2n – 1 i
i 7 i
⇔ i i <δ
i 2n – 1i
⇔ 7 <δ
2n – 1
7
⇔ < 2n – 1
δ
7
⇔ + 1 < 2n
δ
7
⇔ + 1 <n
2δ 2
⇔n> 7+δ
2δ
60
UNIDADE 4 Limites de sucessões
Propriedades SUC11_6.2
Teorema da Unicidade
Uma sucessão (un) convergente admite um único limite e representa-se por lim un
n Æ +'
ou lim un ou lim un.
n
Demonstração
Suponhamos que uma dada sucessão (un) é convergente e que admite dois limites dis-
tintos a e b:
un " a e un " b
logo:
Notas
• existe uma ordem p1 ∈N tal que ∀n ∈N, n ≥ p1 ⇒ un > a – δ.
1. |un – a| < δ
⇔ –δ < un – a < δ
Por outro lado, un " b e, pela definição de limite, sabemos que: ⇔ a – δ < un < a + δ
• existe uma ordem p2 ∈N tal que ∀n ∈N, n ≥ p2 ⇒ |un – b| < δ; 2. |un – b| < δ
⇔ –δ < un – b < δ
logo: ⇔ b – δ < un < b + δ
Então:
a – δ < un < b + δ
Consequentemente:
a–δ<b+δ
ou seja:
δ> a–b
2
o que é absurdo, pois:
δ< a–b
2
O absurdo resultou de termos suposto que a e b eram valores distintos.
Logo, a = b.
Fica assim provado que uma sucessão não pode admitir mais do que um limite.
61
TEMA III Sucessões
SUC11_6.3 Uma das características do limite de uma sucessão convergente é que duas sucessões
SUC11_6.7
que se diferenciem apenas num número finito de termos têm o mesmo limite.
Nota
Teorema
A propriedade é válida seja
qual for a ordem dos Dada uma sucessão (un) com limite l ∈R, qualquer sucessão (vn) que possa ser obtida
termos distintos, desde que de (un) alterando apenas um número finito de termos tem o mesmo limite.
estes sejam em número
finito.
5 se n < 10
an = 1 e bn = 1
se n ≥ 10 n
n
As sucessões (an) e (bn) diferem apenas num número finito de termos e, como podes
verificar, são ambas convergentes para zero.
an bn
5 1
Exemplos
PROFESSOR 2
Solução
O 1 2 3 4 5 6 7 8 n
61. (III) é verdadeira, pois, sendo
(un) uma sucessão convergente,
Podemos provar que, para qualquer real positivo d, existe uma ordem p ∈N tal que
é limitada.
∀ n ∈N, n ≥ p ⇒ |un – 2| < d, ou seja, (un) é convergente de limite 2.
62
UNIDADE 4 Limites de sucessões
Por exemplo, se considerarmos d = 0,1, podemos verificar que |un – 2| < 0,1 se n > 10,
SUC11_6.4
ou seja, todos os termos de ordem superior a 10 pertencem ao intervalo ]1,9; 2,1[.
Por outro lado, existe apenas um número finito de termos da sucessão que não verificam
a condição |un – 2| < 0,1, e é fácil verificar que o conjunto desses termos, isto é, os ter-
mos de ordem entre 1 e 10, é limitado, pois encontram-se todos no intervalo [2,1; 3].
Mais geralmente, é fácil verificar que qualquer conjunto finito é limitado. Assim, pode-
mos afirmar que, por exemplo, 1,9 é um minimizante da sucessão e que, por exemplo,
3 é um maximizante da sucessão. Mostramos desta forma que a sucessão é limitada.
62 Mostra que as proposições
seguintes são falsas,
2. Seja (vn) a sucessão definida por vn =
n–2. exibindo um
n contraexemplo para cada
uma delas.
vn
a) Toda a sucessão
monótona é
convergente.
1 b) Toda a sucessão
O limitada é convergente.
1 2 3 4 5 6 7 8 n
–1
c) Toda a sucessão
convergente é
Poderíamos provar que (vn) tende para 1 e, à semelhança do que fizemos no exemplo monótona.
anterior, podemos concluir que a sucessão é limitada.
wn
1
1
4
O 1 2 3 4 5 6 7 8 n
–1
2
–1
Poderíamos provar que (wn) tende para 0 e, à semelhança do que fizemos no primeiro
exemplo, podemos concluir que a sucessão é limitada.
63
TEMA III Sucessões
= –2n – 1
(n + 1)2 ¥ n2
Como para todo o número natural n se tem –2n – 1 < 0 e (n + 1)2 ¥ n2 > 0,
PROFESSOR vem que un + 1 – un = –2n 2– 1 2 < 0, ∀ n ∈N, logo a sucessão (un) é de-
(n + 1) ¥ n
Solução crescente em sentido lato.
63. Opção (D)
64
UNIDADE 4 Limites de sucessões
SUC11_6.8
Sugestão de resolução
(ii) Por outro lado, sabemos também que se trata de uma sucessão limitada,
2
pois, como 2n 2+ 1 = 2 + 12 e como, para todo n ∈N, 0 < 12 ≤ 1, vem que
n n n
1
2 < 2 + 2 ≤ 3.
n
Daqui se conclui que a sucessão é limitada, pois 2 < un ≤ 3, ∀ n ∈N.
De (i) e (ii), fica provado que a sucessão (un) é convergente, visto tratar-se
de uma sucessão monótona e limitada.
sen n
65 Prova que lim = 0.
n
Teorema
Dada uma sucessão (un) limitada e uma sucessão (vn) com limite nulo, tem-se que:
lim (un vn) = 0
(i) Se uma sucessão (un) é limitada, sabemos que existe um número real M > 0 tal que,
para todo o número natural n, |un| ≤ M.
(ii) Se a sucessão (vn) tem limite nulo, sabemos que, para todo o número real d > 0,
existe uma ordem p ∈N tal que ∀ n ∈N, n ≥ p ⇒ |vn| ≤ d.
Pretendemos provar que a sucessão (unvn) tem limite nulo, isto é, que, para todo o nú-
mero real e > 0, existe uma ordem q ∈N tal que ∀ n ∈N, n ≥ q ⇒ |unvn| < e. Consideremos
então um qualquer real positivo e.
Por (i) podemos afirmar que |unvn| ≤ M|vn|.
Tomando o real positivo d = e e por (ii), temos que existe uma ordem p ∈N tal que
M
∀ n ∈N, n ≥ p ⇒ |vn| < e . Uma vez que |vn| < e ⇔ M|vn| < e e que |unvn| < M|vn|,
M M
temos que, para n ≥ p, |unvn| < e. Daqui, concluímos que a sucessão (un vn) tem limite nulo.
Exemplos
(–1)n
1. lim = 0, pois –1 ≤ (–1)n ≤ 1, ∀ n ∈N e lim 1 = 0.
n n
cos(nx) 1
2. lim = 0, onde x é um número real, pois –1 ≤ cos(nx) ≤ 1, ∀ n ∈N, ∀ x ∈R e lim = 0.
n n
65
TEMA III Sucessões
SUC11_6.5
SUC11_6.6
4.2. Limites infinitos
Consideremos a sucessão (un) definida por un = 2n. un
8
Simulador
Sabes, intuitivamente, que à medida que n aumenta, os 7
GeoGebra: “Curva de Von Koch” termos da sucessão tornam-se também tão grandes quanto 6
5
pudermos imaginar. 4
3
Diz-se que esta sucessão tende para +'. 2
66 Determina a menor ordem
1
depois da qual os termos
da sucessão (un) são O 1 2 3 4 n
maiores que 10 000, De um modo geral:
sendo:
a) un = 2n + 1 Definição
b) un = 3n2 – 6n
Uma sucessão (un) tem limite +', e escreve-se lim un = +' ou lim un = +' ou
c) un = n2 – 1 n Æ +' n
lim un = +', quando, para todo o L > 0, existir uma ordem p ∈N tal que ∀ n ∈N,
d) un = √∫n + 4
n ≥ p ⇒ un > L.
Nesta situação, diz-se que un tende para +' e representa-se por un " +'.
Recorda
Implicação
contrarrecíproca Pela definição acima, facilmente concluímos que uma sucessão nestas condições não
(p ⇒ q) ⇔ (~q ⇒ ~p)
pode ser limitada, uma vez que não admite majorantes, logo não é convergente e, portanto,
b) un = –n2 – 10n
Definição
PROFESSOR Uma sucessão (un) tem limite –', e escreve-se lim un = –' ou lim un = –' ou
n Æ +' n
lim un = –', quando, para todo o L > 0, existir uma ordem p ∈N tal que ∀ n ∈N,
Soluções
66.
n ≥ p ⇒ un < –L.
a) 4999 Nesta situação, diz-se que un tende para –' e representa-se por un " –'.
b) 58
c) 100
d) 99 920 016
Pela definição acima, facilmente concluímos que uma sucessão nestas condições não
67.
a) 5005 pode ser limitada, uma vez que não admite minorantes, logo não é convergente e, portanto,
b) 95 também é divergente.
66
UNIDADE 4 Limites de sucessões
Exemplo
vn
1 2 3 4 5 6 7
O n
–1
–2
–3
–4
–5
–6
–7
Dado L ∈R+, pretendemos encontrar uma ordem depois da qual todos os termos da su-
cessão sejam menores do que –L, isto é, –n < –L, ou seja, n > L.
Concluímos, então, que, para qualquer L > 0, se tem –n < –L, desde que n ≥ p, para p na-
tural e superior a L.
Sugestão de resolução
a) Dado L ∈R+:
n–3>L⇔n>L+3
69 Mostra que:
Concluímos, então, que, para qualquer L > 0, se considerarmos um número
natural p, superior a L + 3, se tem n – 3 > L, desde que n ≥ p. a) se (un) é uma
progressão aritmética
Provamos, então, que lim (n – 3) = +'. de razão r > 0, então
n Æ +'
lim un = +';
b) se (un) é uma
b) Dado L ∈R+:
progressão aritmética
–4n + 6 < –L ⇔ – 4n < –L – 6 ⇔ 4n > L + 6 ⇔ n > L + 6 de razão r < 0, então
4
lim un = –'.
Concluímos, então, que, para qualquer L > 0, se considerarmos um número
natural p, superior a L + 6 , se tem – 4n + 6 < –L, desde que n ≥ p.
4
Provamos, então, que lim (–4n + 6) = –'.
n Æ +'
67
TEMA III Sucessões
SUC11_6.7 Propriedades
SUC11_6.9
Já vimos que duas sucessões convergentes que se diferenciem apenas num número
finito de termos têm o mesmo limite. Esta propriedade pode ser estendida às sucessões
divergentes.
Teorema
Dada uma sucessão (un), sem limite, com limite +' ou com limite –', qualquer su-
cessão (vn) que possa ser obtida de (un), alterando apenas um número finito de termos,
também não tem limite, tem limite +' ou tem limite –', respetivamente.
5 se n é divisor de 12
cn = e dn = n
n se n não é divisor de 12
As sucessões (cn) e (dn) diferem apenas num número finito de termos e, como podes veri-
ficar, tendem ambas para +'.
cn dn
14 14
13 13
12 12
11 11
10 10
9 9
8 8
7 7
6 6
5 5
4 4
3 3
2 2
1 1
O 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 n O 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 n
Teorema
Dados números reais a, b, c e d e dada a sucessão de termo geral un = an + b , com
cn + d
cn + d & 0 para todo o n, tem-se que:
an + b a
• lim = se c & 0
cn + d c
68
UNIDADE 4 Limites de sucessões
Demonstração
SUC11_6.9
Consideremos a sucessão de termo geral un = an + b , com cn + d & 0 para todo o n:
cn + d
1.º caso Nota
Seja δ > 0 um número qualquer e c & 0. De um modo geral,
i an + b i i i i i se a, b ∈R, tem-se:
i – a i < δ ⇔ i acn + bc – acn + ad i < δ ⇔ i acn + bc – acn – ad i < δ
i cn + d ci i c(cn + d) c(cn + d) i i c(cn + d) i
• |ab| = |a||b|
i bc – ad i
⇔ i i <δ
i c(cn + d) i • ii a ii = |a| se b & 0
ibi |b|
⇔ |bc – ad| < δ • |a + b| ≤ |a| + |b|
|c||cn + d|
2.º caso
Dados L ∈R+, c = 0 e a > 0, tem-se que:
d
an + b an + b
=
cn + d d
e:
an + b > L ⇔ a n + b > L ⇔ a n > L – b
d d d d d
⇔n> d L– b ¥ d
a d a
⇔n> d L– b
a a
Concluímos, então, que, para qualquer L > 0, se considerarmos um número natural p,
superior a d L – b , se tem an + b > L, desde que n ≥ p.
a a d
Provamos, então, que:
lim an + b = +' se a > 0
d d
isto é:
an + b
lim = +' se c = 0 e a > 0
cn + d d
69
TEMA III Sucessões
3.º caso
SUC11_6.9
Dados L ∈R+, c = 0 e a < 0, tem-se que:
d
an + b an + b
=
71 Determina os seguintes cn + d d
limites.
e:
6n + 1
a) lim an + b < –L ⇔ a n + b < –L ⇔ a n < –L – b
3n + 2
d d d d d
5n – 1
b) lim
⇔n>– d L– b ¥ d
10
n+5 a d a
c) lim
–4
d) lim 9 ⇔n>– d L– b
a a
Concluímos, então, que, para qualquer L > 0, se considerarmos um número natural p,
superior a – d L – b , se tem an + b < –L, desde que n ≥ p.
a a d
Provamos, então, que:
lim an + b = –' se a < 0
d d
isto é:
lim an + b = –' se c = 0 e a < 0
cn + d d
4.º caso
Tem-se que:
an + b b
=
cn + d d
e:
ib i
i – b i < δ ⇔ 0 < δ, que é uma condição universal.
id di
i an + b bi
Concluímos, então, que para qualquer δ > 0, se tem i – i < δ, para todo o n
i cn + d di
natural.
lim b = b
d d
isto é:
an + b b
lim = se a = c = 0
cn + d d
PROFESSOR
Observa que o último limite equivale a afirmar que o limite de uma sucessão constante
Soluções é a própria constante.
71.
a) 2
b) +'
c) –'
Dada a sucessão de termo geral un = k, com k ∈R, tem-se que lim k = k.
d) 9
70
UNIDADE 4 Limites de sucessões
b) lim √∫n∫2
Demonstração 3
c) lim n 4
Seja L ∈R+ e q ∈Q+. Seja q = r , com r, s ∈N. 3
s –
4
r d) lim n
nq > L ⇔ ns > L ⇔ n > r√∫Ls 1
e) lim
n3
Concluímos, então, que, para qualquer L > 0, se considerarmos um número natural p,
1
f) lim
superior a r√∫Ls, se tem nq > L, desde que n ≥ p. √∫n5∫
Seja δ > 0 um número qualquer e q ∈Q–. Seja q = – r , com r, s ∈N. APRENDE FAZENDO
s
i – ri r Págs. 98, 99, 100, 101,
√∫
s
|nq| < δ ⇔ iin s ii < δ ⇔ 1r < δ ⇔ 1 < n s ⇔ r hi 1 hi < n 102 e 104
d jdj Exercícios 1, 2, 3, 4, 5, 6,
ns 9, 10, 14, 15, 19, 20, 21,
27 e 28
√∫
⇔ r 1s < n
d CADERNO DE EXERCÍCIOS
E TESTES
Concluímos, então, que, para qualquer δ > 0, se considerarmos um número natural p,
Págs. 40 e 41
d√∫
superior a r 1s , se tem |np|< δ, desde que n ≥ p. Exercícios 17, 18, 19 e 20
Soluções
Observa os exemplos seguintes, que resultam da aplicação do teorema anterior.
73.
a) +'
Exemplos b) +'
1 c) +'
1. lim n2 = +' 2. lim √∫n = +', pois √∫n = n 2 . d) 0
e) 0
3 f) 0
1
3. lim n 2 = +' 4. lim = 0, pois 12 = n–2.
n2 n
71
TEMA III Sucessões
Teorema 1
Dadas duas sucessões (un) e (vn) convergentes, com limites respetivamente iguais a
l1 e l2, tem-se que a sucessão (un + vn) é convergente e lim (un + vn) = l1 + l2.
Demonstração
Consideremos duas sucessões (un) e (vn) convergentes, com limites respetivamente iguais
a l1 e l2.
• para todo o número real δ > 0, como d > 0, existe uma ordem p1 ∈N tal que
2
∀ n ∈N, n ≥ p1 ⇒ |un – l1| < d , isto é, – d < un – l1 < d , ou seja, l1 – d < un < l1 + d ;
2 2 2 2 2
• para todo o número real δ > 0, como d > 0, existe uma ordem p2 ∈N tal que
2
∀ n ∈N, n ≥ p2 ⇒ |vn – l2| < d , isto é, – d < vn – l2 < d , ou seja, l2 – d < vn < l2 + d .
PROFESSOR 2 2 2 2 2
Soluções
74.
a) 1; 2; –
1 Então, sendo p o maior dos números p1 e p2, tem-se que, se n ≥ p, então:
3
2
b) an + bn = (–1)n +
n l1 – d < un < l1 + d e l2 – d < vn < l2 + d
2 2 2 2
72
UNIDADE 4 Limites de sucessões
isto é:
|(un + vn) – (l1 + l2)| < δ
Provou-se, assim, que, para todo o número real δ > 0, existe uma ordem p ∈N tal
que ∀ n ∈N, n ≥ p ⇒ |(un + vn) – (l1 + l2)| < δ, ou seja, (un + vn) é convergente e
lim(un + vn) = l1 + l2.
Exemplos
h
1. lim i5 +
1 h = lim 5 + lim 1 = 5 + 0 = 5
i
j n2 j n2
h–3n – 5
2. lim i ¥ 2n + 1hi = lim –3n – 5 ¥ lim 2n + 1 = – 3 ¥ 2 = –3
j 2n – 3 n j 2n – 3 n 2
PROFESSOR
Teorema 3
Dada uma sucessão (un), convergente de termos não nulos, com limite l1 não nulo, Soluções
73
TEMA III Sucessões
SUC11_6.13
SUC11_6.14
SUC11_6.15
Teorema 4
Dada uma sucessão (un) convergente de termos não nulos, com limite l1 não nulo, e
76 Sejam (en) e (fn) as uma sucessão (vn) convergente, com limite l2, tem-se que a sucessão hi vn hi é conver-
j un j
sucessões definidas por gente e que lim hi vn hi = l2 .
6n + 1 2n + 7 j un j l1
en = e fn = .
n n+1
a) Define pelo seu termo
Exemplos
geral a sucessão hi n hi .
e
j fn j
1. lim
–10 = lim (–10) = – 10 = –5
b) Calcula lim (en) e lim (fn). 2n + 13 2
lim 2n + 13
he h n+1 n+1
c) Calcula lim i n i e
j fn j
lim hi n hi .
f –3n – 5 lim –3n – 5 – 3
j en j 2n – 3 2n – 3 2
2. lim = = =– 3
2n + 1 2 4
lim 2n + 1
n n
77 Sejam (gn) e (hn) as
sucessões definidas por
4n
Teorema 5
gn = n–2 e hn = .
2n + 1 Dada uma sucessão convergente (un) e um número real a, tem-se que a sucessão
Calcula: de termo geral (aun) é convergente e lim (aun) = a lim un.
a) lim (gn) e lim (hn)
c) lim (7hn) h –
3h
–
3
i i
1. lim j2 ¥ n 2 j = 2 ¥ lim n 2 = 2 ¥ 0 = 0
d) lim (gn – hn)
Teorema 6
Dadas duas sucessões (un) e (vn) convergentes, com limites respetivamente iguais a
l1 e l2, tem-se que a sucessão (un – vn) é convergente e lim (un – vn) = l1 – l2.
PROFESSOR
Soluções Exemplos
76.
en 6n2 + 7n + 1
h
1. lim i7 –
1 h = lim 7 – lim 1 = 7 – 0 = 7
a) = i
fn 2n2 + 7n j n4 j n4
b) lim (en) = 6; lim (fn) = 2
2. lim
n – 1 = lim h n – 1 h = lim 1 – lim 1 = 0 – 0 = 0
i 2 i
c) lim hi n hi = 3; lim hi n hi =
e f 1
j fn j j en j 3 n2 jn n2 j n n2
77.
a) lim (gn) = 0; lim (hn) = 2
Teorema 7
b) 0
Dada uma sucessão convergente (un) e um número racional r, tem-se que a sucessão
c) 14
d) –2
de termo geral (un)r é convergente e lim (un)r = (lim un)r, se r ∈N ou se un ≥ 0, para
e) –6
todo o n ∈N, e r > 0 ou se un > 0, para todo o n ∈N.
74
UNIDADE 4 Limites de sucessões
Exercício resolvido
75
TEMA III Sucessões
n an = 2n bn = 3 cn = 2n + 3
1 2 3 5
2 4 3 7
3 6 3 9
… … … …
10 20 3 23
… … … …
100 200 3 203
… … … …
1000 2000 3 2003
… … … …
10 000 20 000 3 20 003
… … … …
lim an = +' lim bn = 3 lim cn = +'
Repara que teríamos o mesmo resultado para lim cn, se bn fosse outro qualquer número
real.
Em geral, temos o seguinte teorema.
Teorema 1
+' + l = +' , com l ∈R. Dadas duas sucessões (un) e (vn), com limites respetivamente +' e l ∈R, tem-se que
lim (un + vn) = +'.
Nota Simbolicamente, escreve-se +' + l = +'.
Repara que +' não é um
número, pelo que a
operação +' + l não tem Demonstração
sentido no contexto dos
números reais. No entanto, Consideremos duas sucessões (un) e (vn), com limites respetivamente +' e l ∈R.
este teorema mostra que
Pela definição de limite, tem-se que:
no contexto dos limites a
definição desta operação • para todo o número real L > 0, existe uma ordem p1 ∈N tal que ∀ n ∈N, n ≥ p1 ⇒ un > L;
tem sentido. Quando
estiveres a operar com • para todo o número real δ > 0, existe uma ordem p2 ∈N tal que ∀ n ∈N, n ≥ p2 ⇒
limites deves ter sempre |vn – l| < δ, isto é, –δ < vn – l < δ, ou seja, l – δ < vn < l + δ.
presente que algumas
operações que não podem Seja L’ > 0. Existe uma ordem p1 ∈N tal que ∀ n ∈N, n ≥ p1 ⇒ un > L’ – l + 1.
ser definidas no contexto
E existe uma ordem p2 ∈N tal que ∀ n ∈N, n ≥ p2 ⇒ l – 1 < vn. Então, sendo p o maior
dos números reais têm
sentido no contexto dos dos números p1 e p2, tem-se que, se n ≥ p, un + vn > L’ – l + 1 + l – 1 = L’.
limites.
Como L’ é um número real positivo qualquer, provamos que lim (un + vn) = +'.
76
UNIDADE 4 Limites de sucessões
Repara que, quando escrevemos, por exemplo, +' + l = +', estamos a traduzir, simbo- SUC11_6.16
SUC11_6.17
licamente, que a soma de duas sucessões, das quais uma tende para +' e a outra é con-
vergente para l, tende para +'.
Exemplos
h
2. lim in2 +
1 h = +' + 0 = +'
i
j nj
Teorema 2
Dadas duas sucessões (un) e (vn), ambas com limite +', tem-se que lim (un + vn) = +'.
Simbolicamente, escreve-se +' + (+') = +'. +' + (+') = +'
Demonstração
Consideremos duas sucessões (un) e (vn), ambas com limite +'.
80 Sejam (un), (vn), (wn) e (tn)
Pela definição de limite, tem-se que: as sucessões definidas por
un = n3, vn = 5, wn = –n e
• para todo o número real L > 0, existe uma ordem p1 ∈N tal que ∀ n ∈N, n ≥ p1 ⇒ un > L ;
2 2 tn = √∫n.
Determina os seguintes
• para todo o número real L > 0, existe uma ordem p2 ∈N tal que ∀ n ∈N, n ≥ p2 ⇒ vn > L . limites.
2 2
Então, sendo p o maior dos números p1 e p2, tem-se que, se n ≥ p, então: a) lim un
b) lim vn
un + vn > L + L ⇔ un + vn > L
2 2 c) lim wn
Fica assim provado que lim (un + vn) = +'. d) lim tn
Outros dois teoremas que se utilizam com muita frequência no cálculo de limites são
os que se seguem e cujas demonstrações são análogas às anteriores.
Teorema 3
Dadas duas sucessões (un) e (vn), com limites respetivamente –' e l ∈R, tem-se que
lim (un + vn) = –'. Simbolicamente, escreve-se –' + l = –'. –' + l = –' , com l ∈R.
PROFESSOR
Exemplos
Soluções
1. lim (5 – 2n) = 5 + (–') = –' 80.
a) +' b) 5 c) –' d) +'
e) +' f) +' g) –'
2. lim
h
i–3n + 1 hi = –' + 0 = –'
j nj
77
TEMA III Sucessões
SUC11_6.17
SUC11_6.18 Teorema 4
Dadas duas sucessões (un) e (vn), ambas com limite –', tem-se que lim (un + vn) = –'.
–' + (–') = –' Simbolicamente, escreve-se –' + (–') = –'.
Exemplo
Acabamos de estudar que, se (un) e (vn) tenderem ambas para +' ou –', tem-se que:
lim (un + vn) = +' + (+') = +' ou lim (un + vn) = –' + (–') = –'
2. Seja un = n e vn = –2n. Sabemos que lim un = +' e lim vn = –' e tem-se que:
3. Seja un = n + 3 e vn = –n. Sabemos que lim un = +' e lim vn = –' e tem-se que:
Repara que, nos três exemplos anteriores, obtivemos resultados diferentes, apesar de em
todos eles estarmos perante a soma de sucessões a tenderem para infinito de sinais con-
trários.
n–1 se n é ímpar
4. Seja un = n + (–1)n e vn = –n. Repara que un = , e tem-se que
n+1 se n é par
lim un = +' e lim vn = –'.
Como un + vn = (–1)n, concluímos que lim (un + vn) não existe.
Neste último exemplo, a soma de sucessões a tenderem para infinitos de sinais contrá-
(+') + (–') Indeterminação
rios não tem limite.
Nota Logo, apenas da informação lim un = +' e lim vn = –', nada podemos concluir acerca
Quando no cálculo de um da existência de lim (un + vn).
limite obtemos uma
indeterminação, tal não Diz-se que estamos perante uma indeterminação do tipo (+') + (–') .
significa que esse limite
não existe ou que não
o consigamos calcular. Vejamos agora outros teoremas, que também serão muito úteis no cálculo de limites,
Significa apenas que este
cálculo não pode ser feito mas, desta vez, relacionados com a multiplicação e cujas demonstrações são também aná-
de forma direta. logas às efetuadas anteriormente para o cálculo de limites relacionados com a adição.
78
UNIDADE 4 Limites de sucessões
SUC11_6.19
Teorema 5
Dadas duas sucessões (un) e (vn), com limites respetivamente +' e l ∈R+, tem-se que
lim (unvn) = +'.
Simbolicamente, escreve-se (+') ¥ l = +'. (+') ¥ l = +' , com l ∈R+.
Exemplos
( )
2. lim 3√∫n = 3 ¥ (+') = +'
Teorema 6
Dadas duas sucessões (un) e (vn), com limites respetivamente +' e l ∈R–, tem-se que
lim (unvn) = –'.
Simbolicamente, escreve-se (+') ¥ l = –'. (+') ¥ l = –' , com l ∈R–.
Exemplos
( )
2. lim –3√∫n = –3 ¥ (+') = –'
Teorema 7
Dadas duas sucessões (un) e (vn), ambas com limites +', tem-se que lim (unvn) = +'.
Simbolicamente, escreve-se (+') ¥ (+') = +'. (+') ¥ (+') = +'
Exemplos
[ (
2. lim n3 √∫n – 2 )] = (+') ¥ (+') = +'
Teorema 8
Dadas duas sucessões (un) e (vn), com limites respetivamente +' e –', tem-se que
lim (unvn) = –'.
Simbolicamente, escreve-se (+') ¥ (–') = –'. (+') ¥ (–') = –'
Exemplos
[ (
2. lim n3 –√∫n – 2 )] = (+') ¥ (–') = –'
79
TEMA III Sucessões
SUC11_6.20
Teorema 9
Dadas duas sucessões (un) e (vn), com limites respetivamente –' e l ∈R+, tem-se que
lim (unvn) = –'.
(–') ¥ l = –' , com l ∈R+. Simbolicamente, escreve-se (–') ¥ l = –'.
Exemplos
(
2. lim 7 ¥ –√∫n( )) = 7 ¥ (–') = –'
Teorema 10
Dadas duas sucessões (un) e (vn), com limites respetivamente –' e l ∈R–, tem-se que
lim (unvn) = +'.
(–') ¥ l = +' , com l ∈R–. Simbolicamente, escreve-se (–') ¥ l = +'.
Exemplos
((
2. lim – –√∫n )) = –(–') = +'
Teorema 11
Dadas duas sucessões (un) e (vn), ambas com limite –', tem-se que lim (unvn) = +'.
(–') ¥ (–') = +' Simbolicamente, escreve-se (–') ¥ (–') = +'.
Exemplos
Teorema 12
Dada uma sucessão (un), com limite +' e de termos não negativos, e um número
racional r positivo, tem-se que lim (unr) = +'.
(+')r = +' , com r ∈Q+. Simbolicamente, escreve-se (+')r = +'.
Exemplos
2. lim √∫n2∫ ∫ +
∫ ∫ ∫4∫n∫ –∫ ∫ ∫1 = √∫+∫' = +'
80
UNIDADE 4 Limites de sucessões
SUC11_6.21
Teorema 13 SUC11_6.22
Dada uma sucessão (un), com limite –', e um número natural r, tem-se que:
• lim (unr) = +', se r for par.
• lim (unr) = –', se r for ímpar. (–')r = +' , se r ∈N for par.
Simbolicamente, escreve-se (–')r = +', se r for par e (–')r = –', se r for ímpar. (–')r = –' , se r ∈N for ímpar.
E se a sucessão (un) tender para infinito e a sucessão (vn) tender para zero? b) lim (an + dn)
c) lim (an + en)
Vejamos alguns exemplos.
d) lim (an + cn)
1. Seja un = n2 e vn = 1 . Sabemos que lim un = +' e lim vn = 0 e tem-se que: e) lim (an ¥ bn)
n
f) lim (an ¥ cn)
lim (unvn) = lim hin2 ¥ 1 hi = lim n = +'
j nj g) lim (an ¥ en)
h) lim (cn ¥ en)
2. Seja un = –n3 e vn = 1 . Sabemos que lim un = –' e lim vn = 0 e tem-se que: i) lim (bn ¥ dn)
n
j) lim (cn ¥ dn)
lim (unvn) = lim i–n ¥ 1 hi = lim (–n2) = –'
h 3
j nj k) lim (cn2016)
l) lim (cn2017)
3. Seja un = n e vn = 12 . Sabemos que lim un = +' e lim vn = 0 e tem-se que:
n
lim (unvn) = lim in ¥ 12 hi = lim 1 = 0
h
j n j n
Repara que, nos três exemplos anteriores, obtivemos resultados diferentes, apesar de em
todos eles estarmos perante o produto de sucessões, uma sucessão a tender para infinito
e outra a tender para zero.
' ¥ 0 Indeterminação
4. Seja un = n e vn = (–1)n
. Sabemos que lim un = +' e lim vn = 0, pois –1 ≤ (–1)n ≤ 1,
n PROFESSOR
∀ n ∈N e lim 1 = 0. Como un vn = (–1)n, tem-se que lim(un vn) não existe.
n Soluções
81.
Neste último exemplo, o produto de sucessões, uma sucessão a tender para infinito e
a) +' b) +' c) +'
outra a tender para zero, não tem limite. d) Nada se pode concluir.
e) +' f) –' g) –' h) +'
Logo, apenas da informação lim un = +' ou lim un = –' e lim vn = 0, nada podemos i) Nada se pode concluir.
concluir acerca da existência de lim (unvn). j) Nada se pode concluir.
k) +' l) –'
Diz-se que estamos perante uma indeterminação do tipo ' ¥ 0 .
81
TEMA III Sucessões
1 1 1 1
n an = bn = –
n an n bn
1 1 1 –1 –1
2 0,5 2 –0,5 –2
… … …
10 0,1 10 –0,1 –10
… … …
100 0,01 100 –0,01 –100
… … …
1000 0,001 1000 –0,001 –1000
… … …
10 000 0,0001 10 000 –0,0001 –10 000
… … …
Teorema 14
Dada uma sucessão (vn), de termos não nulos e positiva a partir de certa ordem, com
limite nulo, lim vn = 0+, tem-se que lim 1 = +'.
vn
1 = +' 1
Simbolicamente, escreve-se + = +'.
0+ 0
Exemplos
1. lim
1 = 1 = +' 2. lim
1 = 1+ = +'
n–2 0+ 2 0
4n + 1
82
UNIDADE 4 Limites de sucessões
SUC11_6.24
Teorema 15 SUC11_6.25
Dada uma sucessão (vn), de termos não nulos e negativa a partir de certa ordem, com
limite nulo, lim vn = 0–, tem-se que lim 1 = –'.
vn
1
Simbolicamente, escreve-se – = –'. 1 = –'
0 0–
Exemplos
1. lim
1 = 1 = –' 2. lim
1 = 1– = –'
–n–2 0– –2 0
4n + 1
Teorema 16
Dada uma sucessão (vn) de termos não nulos e a tender para +' ou para –', tem-se
que lim 1 = 0.
vn
Simbolicamente, escreve-se 1 = 0. 1 =0
' '
Exemplos
1. lim
1 = 1 =0 2. lim
1 = 1 =0
11n4 + 7n3 + 10 +' –n2 – 7n + 6 –'
Repara que, nos três exemplos anteriores, obtivemos resultados diferentes, apesar de em
todos eles estarmos perante o quociente de sucessões, ambas a tender para infinito.
83
TEMA III Sucessões
n se n ímpar
4. Seja un = (2 + (–1)n) n e vn = n. Sabemos que un = , logo lim un = +'.
SUC11_6.26 3n se n par
Sabemos também que lim vn = +'.
1 se n ímpar
Como un = 2 + (–1)n, ou seja, un = , concluímos que não existe
vn vn 3 se n par
lim un , pois, se n ímpar lim un = 1 e se n par lim un = 3 e, como sabes, uma sucessão
vn vn vn
não pode tender para dois limites diferentes.
Neste último exemplo, o quociente de sucessões, ambas a tender para infinito, não tem
limite.
Logo, apenas da informação lim un = ±' e lim vn = ±', nada podemos concluir acerca
' Indeterminação da existência de lim un . Diz-se que estamos perante uma indeterminação do tipo ' .
' vn '
1
se n ímpar
(–1)n) n
4. Seja un = (2 + e vn = 1 . Sabemos que un = , logo lim un = 0.
APRENDE FAZENDO n n 3
se n par
Págs. 99, 101 e 103 n
Exercícios 7, 16, 17 e 24
1 se n ímpar
Sabemos também que lim vn = 0. Como un = 2 + (–1)n, ou seja, un = ,
CADERNO DE EXERCÍCIOS u vn vn 3 se n par
E TESTES concluímos que não existe lim n .
vn
Pág. 41
Exercício 21 Neste último exemplo, o quociente de sucessões, ambas a tender para zero, não tem
limite.
0 Indeterminação Logo, apenas da informação lim un = 0 e lim vn = 0, nada podemos concluir acerca
0 da existência de lim un . Diz-se que estamos perante uma indeterminação do tipo 0 .
vn 0
84
UNIDADE 4 Limites de sucessões
Exemplo
Repara que lim (5n3 + 4n2 – n + 3) é igual a lim 5n3, que é igual a +', visto tratar-se
do limite do produto de uma constante positiva por uma potência de expoente natural. 82 Determina os seguintes
limites.
No caso geral: a) lim (n2 – n)
b) lim (–n2 + n)
h
n – 9hi
6
Teorema 1 c) lim i2n3 – 4n2 +
j 5 j
Dado um polinómio P(x), de grau superior ou igual a 1, e dada a sucessão (P(n))n ∈N,
d) lim (–pn4 + 3n2 – n + 4)
tem-se que lim P(n) = +', se o coeficiente do termo de maior grau da forma reduzida
e) lim (–4n5 – n4 + 4n3 +
de P for positivo, e lim P(n) = –', no caso contrário. + 6n – 9)
h8
f) lim i n10 + n7 – 4n2 +
j3
Seja P(x) = arxr + ar – 1xr – 1 + ar – 2 xr – 2 + … + a1x + a0 um polinómio de grau superior
+ 6n – 9hi
ou igual a 1 e a sucessão P(n) = arnr + ar – 1nr – 1 + ar – 2 nr – 2 + … + a1n + a0. Repara que: j
85
TEMA III Sucessões
n2 + 2n + 7
2. Como calcular lim ?
n5 – 4
Colocando em evidência o termo de maior grau do numerador e do denominador,
vem que:
hÈ
+ 2n2 + 72 i Í 1 + 2n2 + 72
h'h È 2 h
i i
j'j Ín i1
j
n2 + 2n + 7 = lim Í j n n Í n2 n n
lim Í Í = lim 5 ¥ lim =
n5 – 4 Í h 4 h
n5 i1 – 5 i Í Í n 1– 5 4
Í
Î j n j Î n
1 + 2 + 72
n n
= lim 13 ¥ lim =
PROFESSOR
n 1 – 45
n
Soluções
83.
= 1 ¥1+0+0=0¥1=0
+' 1–0
a) 3
b) –8
Repara que o limite da fração racional é igual ao limite da fração com os termos
c) 2
d) –' de maior grau do numerador e do denominador. Além disso, o grau do polinómio
e) 0 que se encontra no denominador é superior ao grau do polinómio que se encontra
f) +'
no numerador e, consequentemente, o limite da fração racional é zero.
86
UNIDADE 4 Limites de sucessões
5
3. Como calcular lim –n +22n + 3 ?
2n – 1
Colocando em evidência o termo de maior grau do numerador e do denominador,
vem que:
h'h
i i
j'j
È –n5 h1 + 2n + 3 h È
Í i iÍ 1 + 2n5 + 3 5
–n5+ 2n + 3 = lim Í j –n5 5
–n Íj 5
–n ¥ lim –n –n
lim Í Í = lim =
2n2 – 1 Í h
2 1– 1 h Í 2n2
1 – 1
Í 2n i i Í
Î j 2n2j Î 2n2
1 – 24 – 35
3 n n
= lim –n ¥ lim =
2 1– 21
2n
= –' ¥ 1 – 0 – 0 =
1–0
= –' ¥ 1 =
= –'
Repara que o limite da fração racional é igual ao limite da fração com os termos
de maior grau do numerador e do denominador. Além disso, o grau do polinómio
que se encontra no denominador é inferior ao grau do polinómio que se encontra
no numerador e os coeficientes dos termos de maior grau das respetivas formas
reduzidas têm sinais contrários. Consequentemente, o limite da fração racional é –'.
4 3+3
4. Como calcular lim n + 2n
2
?
2n – n
Colocando em evidência o termo de maior grau do numerador e do denominador,
vem que:
3 hÈ
n i1 + 2n4 + 34 i Í 1 + 2 + 34
h'h È 4 h
i i
j'j Í
4 3 j n n j 4 n n
lim n + 2n + 3 = lim Í n ¥ lim
Í
2 Í Í = lim 2
=
2n – n Í 2n2 h1 – n h Í 2n 1 – 1
Í i i Í
Î j 2n2j Î 2n2
1 + 2 + 34
2 n n
= lim n ¥ lim =
2 1 – 12
2n
= +' ¥ 1 + 0 + 0 =
1–0
= +' ¥ 1
= +'
Repara que o limite da fração racional é igual ao limite da fração com os termos
de maior grau do numerador e do denominador. Além disso, o grau do polinómio
que se encontra no denominador é inferior ao grau do polinómio que se encontra
no numerador e os coeficientes dos termos de maior grau das respetivas formas
reduzidas têm sinais iguais. Consequentemente, o limite da fração racional é +'.
87
TEMA III Sucessões
• Indeterminação do tipo hi 0 hi
j0j
Exemplo
3
n3+1
Como calcular lim ?
2
5n4 + 1
3 h0h
i i
j0j
n3+1 3
lim = lim 3(n + 1) =
2 2(5n4 + 1)
4
5n + 1
3
= lim 3n 4+ 3 =
10n + 2
h
3n3 hi1 + 3 2 i
h'h
i i
j'j
j 3n j
= lim =
4 h 2 h
10n i1 + i
j 10n4 j
1 + 32
3n3 3n
= lim ¥ lim =
10n4 1+ 24
10n
1 + 12
n
= lim 3 ¥ lim =
10n 1 + 14
5n
=0¥ 1+0 =
1+0
=0
88
UNIDADE 4 Limites de sucessões
(0 ¥ ')
lim h 2 ¥ n5hi = lim 2n5 =
i
j 7n3 – 5n2 – 6 j 7n3 – 5n2 – 6
h'h
i i
j'j
2n5
= lim =
2 h
7n3 hi1 – 5n3 – 6 3 i
j 7n 7n j
5 1
= lim 2n3 ¥ lim 2
=
7n 5n
1– 3– 36
7n 7n
2 1
= lim 2n ¥ lim =
7 1 – 5 – 63
7n 7n
= +' ¥ 1 =
1–0–0
= +'
Esquematizando / Resumindo
89
TEMA III Sucessões
(+' + (–'))
lim (√∫n∫2∫ ∫+∫ 1 – n) = lim
(√∫n2∫ ∫ ∫+∫ 1∫ – n) (√∫n2∫ ∫ +∫ ∫ ∫1 + n) =
(√∫n∫2∫ ∫+∫ 1∫ + n)
= lim
(√∫n∫2∫ +∫ ∫ ∫1)2 – n2 =
(√∫n2∫ ∫ +∫ ∫ ∫1 + n)
PROFESSOR
2 2
Soluções = lim = n + 1 – n =
85.
(√∫n2∫ ∫ ∫+∫ 1∫ + n)
a) 0
= lim 1 =
b) 0
c) 0 (√∫n2∫ ∫ ∫ ∫ ∫1 + n)
+
d) 5
e) +' = 1 =0
+'
90
UNIDADE 4 Limites de sucessões
h'h
i i
j'j
∫ = lim (√∫n∫ +
lim √∫n∫ ∫+∫ 3
∫ ∫ ∫3) (√∫n∫ ∫+∫ 3
∫ )
=
n+3 (n + 3) (√∫n∫ + ∫ ∫ ∫3)
= lim
(√∫n∫ +∫ ∫ ∫3)2 =
(n + 3) (√∫n∫ ∫+∫ 3
∫ )
(n + 3)
= lim =
(n + 3) (√∫n∫ ∫+∫ 3
∫ )
1
= lim =
√∫n∫ +
∫ ∫ ∫3
= 1 =0
+'
3. Colocar em evidência
Esta indeterminação pode ser levantada se transformarmos esta expressão num produto,
colocando n2 em evidência.
√∫n2∫ ∫
h'h
i i
j'j
∫–∫ ∫4∫n∫ ∫+∫ 5
∫ = lim √∫n2∫ ∫ –∫ ∫ ∫4∫n∫ +
∫ ∫ ∫5 = lim
√∫n2 h1
i
j ∫
n n j
h
– 4 + 52 i
lim =
n n n
√∫n 2 h1
i
j ∫
n n j
h
– 4 + 52 i √∫n2∫ ¥ √∫1 – ∫ 4n + n5 2
= lim = lim =
n n
n¥ √∫1 – ∫ 4n + n5 2
= lim
n
= lim √∫1 – ∫ 4n + n5 = 2
91
TEMA III Sucessões
SUC11_6.29
SUC11_6.31
4.4. Estudo do limite lim a n, a > 0
Considera a sucessão un = an, com a > 0 e a & 1.
Simulador
Repara que se trata de uma progressão geométrica de primeiro termo a (pois u1 = a1 = a
GeoGebra: “Floco de Von Koch” n+1
e razão a, uma vez que un + 1 = a n = an + 1 – n = a), sendo crescente se a > 1 e decrescente
un a
se 0 < a < 1.
Prova-se que:
n
86 Determina cada um dos Considera (un) e (vn) as sucessões definidas por un = 2n e vn = hi 1 hi .
j2j
seguintes limites. As suas representações gráficas são:
a) lim 3n
n un vn
h1h
b) lim i i
j3j 1
16
2
4n
c) lim n
3
2n
d) lim
7n
e) lim (2n – 9n)
1
8 4
4 1
8
1
2 16
1
32
O 1 2 3 4 n O 1 2 3 4 5 n
Exemplos
1. lim 2n = +'
PROFESSOR h1hn
2. lim i i = 0
j2j
Soluções
86.
3 lim
3n = lim h 3 h n = 0
i i
a) +' 5n j5j
b) 0
c) +' 4. lim
pn = lim pn = lim È 1 ¥ h p h nÈ = 1 lim h p h n = +'
Í i i Í i i
d) 0 3n + 1 3 ¥ 3n Î3 j3j Î 3 j3j
e) –' È
5. lim (4n – 5n) = lim Í4n i1 –
h 5n h È = lim È4n h1 – h 5 h nh È = +' ¥ (1 – (+')) = +' ¥ (–') = –'
iÍ Í i i i iÍ
Î j 4n j Î Î j j4j jÎ
92
UNIDADE 4 Limites de sucessões
= u1
1–r
1
Sugestão de resolução
Os comprimentos das semicircunferências são termos de uma progressão geo- Pcircunferência = 2pr
93
TEMA III Sucessões
Sugestão de resolução
88 Determina o limite da Verifica-se que o termo geral de (un) é a soma dos n primeiros termos de uma
sucessão de termo geral
un = 10 + 1 + 0,1 + 0,01 + progressão geométrica de primeiro termo 1 e razão 1 . Assim:
2
+ … + 0,1n
h nh h h1h n h
i 1 – hi 1 hi i i1 – i i i
i j2j i i j2j i
lim un = lim hi1 + 1 + 1 + … + 1n hi = lim i1 ¥ i = lim i i =
i i i i
j 2 4 2 j i 1– 1 i i
1 i
j 2 j j 2 j
= 1–0 =2
1
2
√∫ 12 = 1 √∫ 54 = 1
9 n n
1. lim n√∫2 = 1 2. lim 3. lim
94
SÍNTESE
4. Limites de sucessões
Diz-se que un tende para l, e representa-se por un " l, quando, para todo o número real d > 0,
existir uma ordem p ∈N tal que ∀ n ∈N, n ≥ p ⇒ |un – l| < d.
Nota
Se existir um número real l tal que un " l, diz-se que a sucessão (un) é convergente. Caso não seja
convergente, diz-se que a sucessão é divergente.
Teorema da Unicidade
Uma sucessão (un) convergente admite um único limite e representa-se por lim un ou lim
n
un
n Æ +'
ou lim un.
Convergência e limitação
Uma sucessão (un) convergente é sempre limitada.
Teoremas
• Produto de uma sucessão limitada por uma sucessão convergente para 0
Dada uma sucessão (un) limitada e uma sucessão (vn) com limite nulo, tem-se que:
lim (unvn) = 0
an + b
• lim = +' se c = 0 e a > 0
cn + d d
an + b
• lim = –' se c = 0 e a < 0
cn + d d
an + b b
• lim = se a = c = 0
cn + d d
95
TEMA III Sucessões
SÍNTESE
Nota
O limite de uma sucessão constante é a própria constante.
• lim nq = 0 se q < 0.
Limites infinitos
• Uma sucessão (un) tem limite +', e escreve-se lim un = +' ou lim un = +' ou lim un = +',
n Æ +' n
quando:
para todo o L > 0, existir uma ordem p ∈N tal que ∀ n ∈N, n ≥ p ⇒ un > L.
Nesta situação, diz-se que un tende para +' e representa-se por un " +'.
• Uma sucessão (un) tem limite –', e escreve-se lim un = –' ou lim un = –' ou lim un = –',
n Æ +' n
quando:
para todo o L > 0, existir uma ordem p ∈N tal que ∀ n ∈N, n ≥ p ⇒ un < –L.
Nesta situação, diz-se que un tende para –' e representa-se por un " –'.
96
Síntese
Teoremas
Limite da sucessão exponencial
• lim n√∫a = 1
97
TEMA III Sucessões
Aprende Fazendo
Itens de seleção
3 Acerca da sucessão (wn), cujo gráfico está sobre uma reta de declive m > 0, pode afirmar-se que:
(A) wn " m (B) wn " +'
4 Acerca da sucessão (tn) de termo geral tn = (100 – n)2, pode afirmar-se que:
(A) (tn) é divergente.
–n + 2 se n ≤ 2017
.
5 Considera a sucessão (un) definida por un = 1
2– se n > 2017
n
Qual das seguintes proposições é verdadeira?
(A) lim un = +'
98
Itens de seleção
hc h
(C) lim i n i conduz a uma indeterminação.
j bn j
ha h
(D) lim i n i conduz a uma indeterminação.
j bn j
9 Considera as proposições:
(I) Se (un) é uma sucessão tal que lim un = 0 e un < 0, ∀ n ∈N, então (un) é crescente.
99
TEMA III Sucessões
Aprende Fazendo
Itens de seleção
10 Considera uma sucessão (bn) decrescente. Sabe-se que –1 é um minorante dos termos da sucessão.
Qual das seguintes afirmações é necessariamente verdadeira?
(A) lim (bn) = –'
x h
13 Seja x ∈R. Para que valor de x se tem lim hix + x + x + … + n – 1 i = 30?
j 3 9 3 j
100
Itens de construção
Itens de construção
c) lim
–n – 1 d) lim i–
h 2h
i
–4 j 5j
e) lim
1
3n + 2
Soluções: a) 1 b) 6 c) –6 d) 0 e) 2 f) 1 g) 0 h) 1 i) √∫6
2 3 4
17 Sejam (an), (bn), (cn), (dn) e (en) sucessões, das quais se sabe que lim an = lim bn = –', lim cn = +',
lim dn = lim en = 0 e lim fn = 3. Calcula, se possível, os seguintes limites.
a) lim (an + bn) b) lim (cn + dn) c) lim (an + fn)
h1h h1h ha h
m) lim i i n) lim i i o) lim i n i
j cn j j bn j j cn j
he h hd h hf h
p) lim i n i q) lim i n i r) lim i n i
j fn j j en j j en j
Soluções: a) –' b) +' c) –' d) Indeterminação e) +' f) +' g) –' h) –' i) Indeterminação j) Indeterminação
k) +' l) –' m) 0 n) 0 o) Indeterminação p) 0 q) Indeterminação r) Não há dados suficientes para resolver o exercício.
101
TEMA III Sucessões
Aprende Fazendo
Itens de construção
e) lim
2n f) lim (3n – 6n)
10n
b) lim
10n = 5
2n + 1
c) lim
n2 = – 1
3n2 +1 3
b) lim
3 – n = –'
2
Soluções: a) Proposição verdadeira. b) Proposição falsa. c) Proposição verdadeira. d) Proposição falsa. e) Proposição
falsa. f) Proposição falsa. g) Proposição falsa. h) Proposição verdadeira.
102
Itens de construção
22 Calcula o limite das sucessões cujo termo geral se indica, identificando as indeterminações encontradas.
a) un =
n+5 2
b) un = n + 5 c) un = n + 5
2n + 1 2n + 1 2n3 + 1
√∫ 9n +2 √∫n∫2∫ +
∫ ∫ ∫5
3
d) un = 3n + 4n – 5 e) un = f) un =
–2n3 5n2 +1 4n – 3 2n + 1
g) un =
1–n h) (*) un = n+5 i) un = √∫2∫n∫ ∫+∫ 1
∫ – √∫n
√∫2∫n∫ +
∫ ∫ ∫1 √∫2∫n2∫ ∫ ∫ +∫ 1
∫ + 3n
j) un = 2
n+1
k) un =
5n + 3n + 1 l) un = 3n + 2 – 5n
5n pn + 2
(*) grau de dificuldade elevado
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 11.º ano
(*) Os graus de dificuldade elevados correspondem a desempenhos que não serão exigíveis à totalidade dos alunos.
d) lim i1 +
h 2 + 3n4 h h
e) lim i
1 . (n2 + 2)h f) lim i
h
: i 1 2h
i i
j 4n + 1 j jn +1 j jn2 + 3 n j
h h
g) lim i
j √∫ n12n
+1
i
j
h) lim (n2017 – n2) i) lim (n2 – n2016)
h
j) lim i2 +
(–1)n h h n
k) lim i–n + (–1) hi (
l) lim √∫n∫2∫ ∫+∫ 1
∫ + √∫n∫2∫ +
∫ ∫ ∫2 )
i
j n j j n j
(
m) lim √∫n2∫ ∫ ∫+∫ 1
∫ – √∫n2∫ ∫ +
∫ ∫ ∫2) n n
n) lim hi1 + 2 + 3 hi o) lim i
h –2 + 4n + 1 h
i
j 3n j j 2n j
Soluções: a) +' b) 0 c) 1 d) +' e) +' f) 0 g) 2√∫3 h) +' i) –' j) 2 k) –' l) +' m) 0 n) 1 o) +'
2 Animação
“Resolução do exercício 23 e)”
c) Determina uma expressão Sn, da soma dos n primeiros termos da sucessão (wn).
n
Soluções: a) 1 b) Sucessão decrescente. c) Sn = 1 – hi 1 hi d) 1
3 j3j
103
TEMA III Sucessões
Aprende Fazendo
Itens de construção
27 Mostra, utilizando a definição de limite de uma sucessão, que un " 0, onde un = (–1)n . 1 .
n
28 Prova, por definição de limite, que a sucessão de termo geral un = n + 1 não tende para 4.
n
29 Calcula o limite das sucessões cujo termo geral se indica, identificando as indeterminações encontradas.
a) (*) un =
n2 + cos n
3n2 + sen n
b) (*) un = 3√∫n2∫ ∫ +
∫ ∫ ∫1 – 5n
c) (**) un =
n3
5n (*) grau de dificuldade elevado
(**) grau de dificuldade muito elevado
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 11.º ano
(*) e (**) Os graus de dificuldade elevados e muito elevados correspondem a desempenhos que não serão exigíveis à
totalidade dos alunos.
Soluções: a) 1 b) –' c) 0
3
(*) e (**) Os graus de dificuldade elevados e muito elevados correspondem a desempenhos que não serão exigíveis à
totalidade dos alunos.
n–1
2
Soluções: b) v1 = 1 c) un = 32n – 1 – 1 d) lim un = 1 e lim vn = 0.
3 3 +1
104
Desafio – Uma tartaruga sofista
Retomando o desafio apresentado no início deste tema, apresenta-se a seguir uma possível resolução.
Ao fim de uma hora, quando Aquiles, partindo do ponto A (ver figura), percorre uma légua, chega
ao ponto de partida da tartaruga, ponto B, altura em que esta acaba de percorrer 1 de légua,
2
encontrando-se, pois, a 1 + 1 de légua de A. Quando Aquiles chega a C, meia hora depois, a tarta-
2
ruga encontra-se em D, a 1 + 1 + 12 de légua de A.
2 2
2
…
1 1 1 1
1+ + 2+ 3 + 4
2 2 2 2
1 1 1
1+ + 2+ 3
2 2 2
1 1
1+ + 2
2 2
1
1+
2
1
…
A B C D E F…
Em geral, como a tartaruga se desloca a metade da velocidade de Aquiles, enquanto este percorre
1 de légua, a tartaruga percorre metade dessa distância, ou seja, 1 de légua. As sucessivas dis-
2n 2n + 1
tâncias aludidas no problema são, pois, os números da sucessão (un), n ∈N, em que:
n+1
1 – hi 1 hi
j2j
un = 1 + 1 + 12 + 13 + … + n1– 1 + 1n = = 2 – 1n
2 2 2 2 2 1– 1 2
2
Esta sucessão tende para 2, que corresponde à distância, medida a partir de A, percorrida no
momento em que Aquiles apanha a tartaruga.
Mas há algo de estranho nisto tudo, não há? É que, antes de apanhar a tartaruga, Aquiles tem de
fazer uma infinidade de coisas, nomeadamente, passar por todos os pontos onde a tartaruga já es-
teve, e não é verdade que sempre que ele chega a um desses pontos a tartaruga já lá não pode
estar, a menos que tivesse entretanto parado. Este paradoxo, que se deve a Zenão de Eleia (séc. V
a. C.), ainda hoje dá que pensar a filósofos! E a físicos… Repara que se pressupôs que o espaço é
infinitamente divisível. Mas será? Ninguém sabe, mas Zenão concebeu outros paradoxos igualmente
intrigantes para o caso de o espaço não ser infinitamente divisível.
Se quiseres saber mais, consulta o artigo de Nick Huggett sobre os paradoxos de Zenão, disponível
na Enciclopédia de Filosofia de Stanford e também na Internet.
Será que Zenão afinal tinha razão e o movimento não passa de uma ilusão?
105
SOLUÇÕES
t1 = 1
b) Não é um termo da sucessão. 23.
10 tn = tn – 1 + n, ∀ n > 1
c)
21
15 – 2n 13 – 4n 24. a) 3, 5, 7, 9, 11
d) un – 1 = ;u =
4n – 3 2n 8n + 1
a1 = 3
e) Ordem 7.
an + 1 = an + 2, ∀ n ≥ 1
5. a) 17 é o termo de ordem 12 de (un) e é o termo de
b) 3, 9, 27, 81, 243
ordem 20 de (vn).
107
SOLUÇÕES
108
26. a) Conjunto dos minorantes: ]–', 3]; não tem majorantes. 42. a) un = 6n – 9
b) Conjunto dos majorantes: [–6, +'[; não tem minorantes. b) 5184
È 1 È c) 113
c) Conjunto dos minorantes: Í –', – Í ; conjunto dos 43. a) 991
Î 2 Î
È1 È b) 50 045,5
majorantes: Í , +' Í .
Î2 Î 44. a) vn = 4 ¥ 3n – 1; crescente.
d) Não tem majorantes nem minorantes. b) vn = 6 ¥ (–5)n – 1; não monótona.
2
28. a) É uma progressão aritmética; r = . 1
5 45. a)
b) Não é uma progressão aritmética. 3
b) Decrescente.
c) Não é uma progressão aritmética. n
h1h
d) É uma progressão aritmética; r = 1. c) Sn = 1 – i i
j3j
e) É uma progressão aritmética; r = –p.
46. a) 3
29. a) É uma progressão geométrica; r = p.
1
b) É uma progressão geométrica; r = √∫3. b)
2
c) Não é uma progressão geométrica. 47. a) 2026 euros; 5 2106 euros.
d) É uma progressão geométrica; r = 4. b) un = 2026 ¥ 1,013n – 1
1
e) É uma progressão geométrica; r = . P1 = 6p
5 h1h
n–1
109
SOLUÇÕES
61. (III) é verdadeira, pois sendo (un) uma sucessão conver- 80. a) +'
gente é limitada. b) 5
62. a) un = n é monótona e não é convergente. c) –'
b) un = (–1)n é limitada e não é convergente. d) +'
h 1h
n e) +'
c) un = i– i é convergente mas não é monótona.
j 2j f) +'
63. Opção (D) g) –'
66. a) 4999 81. a) +'
b) 58 b) +'
c) 100 c) +'
d) 99 920 016 d) Nada se pode concluir.
67. a) 5005 e) +'
b) 95 f) –'
71. a) 2 g) –'
b) +' h) +'
c) –' i) Nada se pode concluir.
d) 9 j) Nada se pode concluir.
k) +'
73. a) +'
l) –'
b) +'
82. a) +'
c) +'
b) –'
d) 0
c) +'
e) 0
d) –'
f) 0
1 e) –'
74. a) 1; 2; –
3 f) +'
2
b) an + bn = (–1)n + 83. a) 3
n
2 4 1 b) –8
75. a) ; ;
3 11 4 c) 2
4 d) –'
b) cn ¥ dn =
5n + 1 e) 0
2 f) +'
c) lim (cn) = ; lim (dn) = 0; lim (cn ¥ dn) = 0
5 84. a) +'
5
d) 1
2 b)
3
en 6n2 + 7n + 1
76. a) = c) 1
fn 2n2 + 7n
85. a) 0
b) lim (en) = 6; lim (fn) = 2
b) 0
c) lim hi n hi = 3; lim hi n hi =
e f 1 c) 0
j fn j j en j 3
d) 5
77. a) lim (gn) = 0; lim (hn) = 2 e) +'
b) 0 86. a) +'
c) 14 b) 0
d) –2 c) +'
d) 0
e) –6
e) –'
11
78. a) 100
4 88.
9
b) 0
1
c) Aprende fazendo (pág. 98)
3
d) 0 1. Opção (D)
1 2. Opção (C)
e) –
12 3. Opção (B)
1 4. Opção (A)
f)
16 5. Opção (C)
g) √∫3 6. Opção (D)
79. 11 7. Opção (B)
110
8. Opção (A) c) Proposição verdadeira.
9. Opção (B) d) Proposição falsa.
10. Opção (D) e) Proposição falsa.
11. Opção (A) f) Proposição falsa.
12. Opção (D) g) Proposição falsa.
13. Opção (C) h) Proposição verdadeira.
14. a) 1 1
22. a)
b) –' 2
c) +' b) +'
2 c) 0
d) –
5 3
d)
e) 0 2
15. a) +' 3
e)
b) +' 2
c) +' 1
f)
d) 0 2
e) 0 g) –'
f) 0
h) 3 – √∫2
1 7
16. a)
2 i) +'
b) 6 j) 0
c) –6 k) +'
d) 0 l) –'
e) 2 23. a) +'
1 b) 0
f)
3 1
c)
g) 0 2
1 d) +'
h) e) +'
4
f) 0
i) √∫6
g) 2√∫3
17. a) –'
h) +'
b) +'
i) –'
c) –'
j) 2
d) Indeterminação
k) –'
e) +'
l) +'
f) +'
m) 0
g) –'
n) 1
h) –'
o) +'
i) Indeterminação
1
j) Indeterminação 25. a)
3
k) +'
b) Sucessão decrescente.
l) –' n
h1h
m) 0 c) Sn = 1 – i i
j3j
n) 0 d) 1
o) Indeterminação 26. a) 4
p) 0 15
q) Indeterminação b)
4
r) Não há dados suficientes para resolver o exercício. 1
18. a) +' 29. a)
3
b) +' b) –'
c) +' c) 0
d) 0 1
30. b) v1 =
e) 0 3
n–1
f) –' 32 – 1
c) un = n – 1
21. a) Proposição verdadeira. 32 + 1
b) Proposição falsa. d) lim un = 1 e lim vn = 0.
111