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EXPOENTE 11

MATEMÁTICA A
MANUAL DO
PROFESSOR

Daniela Raposo
Luzia Gomes

MANUAL CERTIFICADO
SOCIEDADE PORTUGUESA
DE MATEMÁTICA

DE ACORDO COM
NOVO PROGRAMA E
METAS CURRICULARES

VOL. 2
EXPOENTE 11
MATEMÁTICA A
Daniela Raposo
Luzia Gomes

VOL. 2
ÍNDICE
TEMA III
Sucessões
1. Propriedades elementares de sucessões reais .................................................................................. 6

1.1. Representação gráfica de uma sucessão ................................................................................................ 10


1.2. Sucessões monótonas ........................................................................................................................... 10
1.3. Majorantes e minorantes de um conjunto. Conjuntos limitados .............................................................. 15
1.4. Sucessões limitadas ............................................................................................................................... 16
2. Princípio de indução matemática ........................................................................................................ 19

3. Progressões aritméticas e geométricas ........................................................................................... 26

3.1. Progressões aritméticas......................................................................................................................... 26


3.2. Progressões geométricas ...................................................................................................................... 35
Síntese ............................................................................................................................................................. 43
Aprende fazendo ............................................................................................................................................... 44

4. Limites de sucessões ............................................................................................................................ 58

4.1. Definição de limite de uma sucessão e convergência .............................................................................. 58


4.2. Limites infinitos...................................................................................................................................... 66
4.3. Operações com limites e situações indeterminadas ............................................................................... 72
4.4. Estudo do limite lim an, a > 0 ................................................................................................................. 92
4.5. Estudo do limite lim n√∫a, a > 0 ................................................................................................................ 94
Síntese ............................................................................................................................................................. 95
Aprende fazendo ............................................................................................................................................... 98
Desafios ......................................................................................................................................................... 105

Soluções .................................................................................................................................................... 107

VOL. 1
TEMA I – Trigonometria e Funções
Trigonométricas
TEMA II – Geometria Analítica

VOL. 3
TEMA IV – Funções Reais de Variável Real
TEMA V – Estatística
Desafio – Uma tartaruga sofista

Aquiles, herói grego de incontestáveis capacida-


des físicas, foi desafiado, um certo dia, por uma Vídeo
“Uma tartaruga sofista.”
tartaruga para uma corrida. Esta propôs a Aquiles
uma corrida de cinco léguas, mas em que ela tivesse uma légua
de avanço. Aquiles aceitou de imediato estas condições. A tartaruga
explicou a um cágado, seu amigo, perplexo com o seu atrevimento,
que não havia qualquer hipótese de perder, raciocinando desta forma:
“Como eu parto com algum avanço, Aquiles antes de me ultrapassar
terá de passar pelo local de onde partirei; mas quando ele lá chegar,
eu estarei já mais adiante, pois nunca pararei; e, quando ele chegar
a esse novo local, já eu estarei num outro; e assim sucessivamente –
sempre que Aquiles chegar onde eu estava, eu já lá não estarei, pois
nunca vou parar, pelo que nunca me apanhará!”

Será que a tartaruga tem razão?


Imagina que Aquiles corre calmamente à velocidade de uma légua
por hora e que a tartaruga consegue a fantástica velocidade (para um
membro da família Cheloniidae) de meia légua por hora.
Indica a sucessão dos pontos descritos no argumento da tartaruga,
especificando as sucessivas distâncias entre esses pontos e o ponto
de onde Aquiles inicia a corrida. Explica o que há de errado no argu-
mento da tartaruga, se é que há algo de errado.
António Machiavelo
TEMA III
Sucessões

1. Propriedades elementares de sucessões reais

2. Princípio de indução matemática

3. Progressões aritméticas e geométricas

4. Limites de sucessões
TEMA III Sucessões
TEMA I Trigonometria e Funções Trigonométricas

UNIDADE 1
Propriedades elementares
de sucessões reais
Neste tema vamos estudar funções de domínio N, isto é, funções de variável natural.
Resolução
PowerPoint: Todos os exercícios
Estas funções modelam muitos fenómenos naturais e sociais como, por exemplo, a evo-
de “Propriedades elementares lução de populações, o cálculo de juros de um depósito bancário sobre um capital cons-
de sucessões reais”
tante, o método de datação por carbono-14, … e daí a importância do seu estudo.

Recorda Consideremos o número de bolas de cada uma das figuras abaixo.


Dados dois conjuntos A e B
(domínio e conjunto de
chegada, respetivamente),
uma função de A em B é …
uma correspondência que
a cada elemento de A faz
corresponder um e um só
elemento de B. 2 6 12 20 30 42 …
Dada uma função f de A em
B, a cada elemento x de A
dá-se o nome de objeto e a
função f associa a x um e
Mantendo o mesmo padrão de construção, podemos dizer que a sétima figura é cons-
um só elemento de B, f(x), tituída por 7 ¥ 8 = 56 bolas, a oitava por 8 ¥ 9 = 72 bolas, …
a imagem do objeto x.
Dada uma função f (ou Consideremos uma tabela onde fazemos corresponder a cada figura o número de bolas
aplicação) de A em B, que a formam:
podemos considerar sempre
três conjuntos:
Ordem da figura Número de bolas
• o domínio da função:
o conjunto de partida A, 1 2
que se representa por Df 2 3 ¥ 2 = 61
e cujos elementos são 3 4 ¥ 3 = 12
os objetos; 4 5 ¥ 4 = 20
• o conjunto de chegada: 5 6 ¥ 5 = 30
o conjunto B;
6 7 ¥ 6 = 42
• o contradomínio da
7 8 ¥ 7 = 56
função: o conjunto das
imagens, que se 8 9 ¥ 8 = 72
representa por D’f ou CDf … …
ou f(A). n (n + 1) ¥ n
Para designar uma função f
de A em B escreve-se
f: A " B e, caso não haja Definimos, assim, uma função que a cada número natural (a ordem da figura) faz
dúvidas acerca dos
corresponder um e um só número real (o número de bolas da figura):
conjuntos de partida e de
chegada, pode escrever-se u: N " R
simplesmente f.
n " (n + 1)n
|

6
UNIDADE 1 Propriedades elementares de sucessões reais

Definição SUC11_2.1

Chama-se sucessão real a uma função u de domínio N e conjunto de chegada R,


u: N " R, e representa-se por (un)n ∈N. Nota
Uma sucessão real pode
designar-se, quando não
Nota existir ambiguidade,
simplesmente por sucessão.
A sucessão u pode também representar-se por (un) ou ainda por un, quando estas
notações não forem ambíguas.

Em geral, usamos as letras u, v, w, … ou a, b, c, … para designar uma sucessão.

Definição

A imagem de um número natural n, por u, chama-se termo de ordem n e representa-se


por u(n) ou por un.

No exemplo acima: Nota

• u1 = 2 é o termo de ordem 1. u1 lê-se “u índice 1”


e un lê-se “u índice n”.
• u2 = 6 é o termo de ordem 2.
• u3 = 12 é o termo de ordem 3.
•…
• un = (n + 1)n é o termo de ordem n.
•… 1 Sabendo que todos os
termos seguem a mesma
A expressão (n + 1)n designa-se por termo geral da sucessão e representa-se por un. lei de formação que é
sugerida, escreve o termo
Definição geral de cada uma
das sucessões seguintes.
A expressão designatória que define a sucessão u designa-se por termo geral da su- a) –10, –20, –30, –40,
cessão e representa-se por un. –50, …
1 1 1 1
b) 1, , , , ,…
3 5 7 9
Conhecendo o termo geral de uma sucessão, podemos determinar qualquer um dos 4 5 6 7
c) , , , ,
8
,…
3 9 27 81 243
seus termos. Por outro lado, conhecendo apenas alguns dos seus termos e assumindo que
o padrão se repete indefinidamente, podemos induzir o termo geral de uma sucessão.
De salientar, porém, que qualquer que seja o conjunto de termos conhecido (e respeti-
vas ordens), existe sempre uma infinidade de sucessões que os admitem como termos
PROFESSOR
(nas ordens respetivas).
Soluções
Exemplos
1.
a) un = –10n
1. Considerando que o padrão se repete indefinidamente, pode-se induzir que:
1
b) un =
• 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, … é a sucessão dos números naturais de termo geral un = n; 2n – 1
n+3
• 2, 4, 6, 8, 10, 12, … é a sucessão dos números naturais pares de termo geral un = 2n; c) un =
3n
• 2, 4, 8, 16, 32, 64, 128, … é a sucessão das potências de 2 de termo geral un = 2n.

7
TEMA III Sucessões

2. Considera as sucessões (un), (vn), (wn) e (tn) definidas, respetivamente, por un = 2n; vn =
1;
2 Escreve os cinco primeiros n
termos de cada uma das wn = n2 e tn = 2n.
sucessões de termo geral:
a) un = 2n – 1
Para determinar os cinco primeiros termos de cada uma delas, basta substituir n, respe-
1 tivamente, por 1, 2, 3, 4 e 5 no termo geral da sucessão.
b) vn = 1 + 2
n
c) wn = √∫n 1
(–1)n u1 = 2 ¥ 1 = 2 v1 = =1 w1 = 12 = 1 t1 = 21 = 2
d) tn = 1
n
e) sn = cos(np) 1
u2 = 2 ¥ 2 = 4 v2 = w2 = 22 = 4 t2 = 22 = 4
2

1
u3 = 2 ¥ 3 = 6 v3 = w3 = 32 = 9 t3 = 23 = 8
3

1
u4 = 2 ¥ 4 = 8 v4 = w4 = 42 = 16 t4 = 24 = 16
4
3 Escreve os cinco primeiros
1
termos e o termo de u5 = 2 ¥ 5 = 10 v5 = w5 = 52 = 25 t5 = 25 = 32
5
ordem 2018 das sucessões
definidas por:
  

0 se n ímpar 3. Tal como acontece com algumas funções reais de variável real, também uma sucessão
a) un =
1 se n par pode estar definida de modo diferente em certas partes do domínio.
n3+ 1 se n ímpar
b) vn = 1 Observa os seguintes exemplos:
– se n par



n –n + 1 se n par 2n se n ) 4
un = ; vn =
|n – 3| se n < 10
5 se n ímpar n2 se n > 4
c) wn = n
se n * 10
2 A sucessão (un) está definida de forma diferente consoante n é par ou ímpar:

• o primeiro termo da sucessão (un) é a imagem de 1; como 1 é ímpar, u1 = 5;


• o segundo termo da sucessão (un) é a imagem de 2; como 2 é par, u2 = –2 + 1 = –1;
• o terceiro termo da sucessão (un) é a imagem de 3; como 3 é ímpar, u3 = 5.
•…
PROFESSOR Por exemplo, u100 = –100 + 1 = –99 e u2017 = 5.
Soluções
Já a sucessão (vn) está definida de forma diferente para os quatro primeiros termos
2.
a) 1, 3, 5, 7, 9 e para os restantes, pois, para n ) 4, tem-se que vn = 2n e para n > 4, tem-se que vn = n2.
5 10 17 26 Assim:
b) 2, , , ,
4 9 16 25
c) 1, √∫2, √∫3, 2, √∫5
• v1 = 2 ¥ 1 = 2
1 1 1 1
d) –1, , – , , –
2 3 4 5 • v2 = 2 ¥ 2 = 4
e) –1, 1, –1, 1, –1
• v3 = 2 ¥ 3 = 6
3.
a) u1 = 0; u2 = 1; u3 = 0; u4 = 1; • v4 = 2 ¥ 4 = 8
u5 = 0; u2018 = 1 • v5 = 52 = 25
1
b) v1 = 2; v2 = – ; v3 = 28;
1
2 • v6 = 62 = 36
v4 = – ; v5 = 126;
4 • v7 = 72 = 49
1
v2018 = –
2018 •…
c) w1 = 2; w2 = 1; w3 = 0; w4 = 1;
w5 = 2; w2018 = 1009 • v100 = 1002 = 10 000
•…

8
UNIDADE 1 Propriedades elementares de sucessões reais

Exercícios resolvidos 4 Considera a sucessão (un)


13 – 2n
3n + 2 . definida por un = .
1. Considera a sucessão de termo geral un = 4n + 1
n a) Determina o termo
a) Indica os quatro primeiros termos da sucessão. de ordem 10.

b) Determina o termo de ordem 30 e o termo de ordem n + 1. b) Averigua se 10 é um


termo da sucessão.
c) Averigua se 30 e
16 são termos da sucessão.
5 c) Calcula u5 – u20.

d) Determina, em função
de n, un – 1 e u2n.
Sugestão de resolução
e) Determina a ordem
a) Para indicar os quatro primeiros termos da sucessão (un), basta substituir n, a partir da qual todos
os termos da sucessão
respetivamente, por 1, 2, 3 e 4 no termo geral da sucessão. Assim:
são negativos.

u1 = 3 ¥ 1 + 2 = 5 u2 = 3 ¥ 2 + 2 = 4
1 2 Nota

u3 = 3 ¥ 3 + 2 = 11 u4 = 3 ¥ 4 + 2 = 14 = 7 A expressão “ordem a
3 3 4 4 2 partir da qual” significa o
primeiro número natural
b) De forma idêntica ao efetuado na alínea anterior, vem que o termo de ordem que satisfaz a condição
pedida.
30 é u30 = 3 ¥ 30 + 2 = 92 = 46
30 30 15

e o termo de ordem n + 1 é un + 1 = 3 ¥ (n + 1) + 2 = 3n + 5 . 5 Considera as sucessões


n+1 n+1 (un) e (vn) definidas por
un = √∫2∫n2∫ ∫ +
∫ ∫ 1 e vn = n – 3.
c) Para saber se 30 é um termo da sucessão, temos de averiguar se existe algum
a) Averigua se 17 é um
número natural n que verifique a condição un = 30. termo de alguma das
un = 30 ⇔ 3n + 2 = 30
sucessões apresentadas.
n b) Indica, justificando, o
⇔ 3n + 2 = 30n (pois n & 0) valor lógico da seguinte
proposição.
⇔ 27n = 2
∃ p ∈N: up = vp
⇔n= 2
27
PROFESSOR
Como a solução não é um número natural, conclui-se que 30 não é um termo
da sucessão. Soluções
4.
Para saber se 16 é um termo da sucessão, temos de averiguar se existe algum a) u10 = –
7
5 41
número natural n que verifique a condição un = 16 . b) Não é um termo da sucessão.
5 10
c)
21
un = 16 ⇔ 3n + 2 = 16 d) un – 1 =
15 – 2n
;u =
13 – 4n
5 n 5 4n – 3 2n 8n + 1
e) Ordem 7.
⇔ 15n + 10 = 16n (pois n & 0)
5.
⇔ n = 10 a) 17 é o termo de ordem 12
de (un) e é o termo de ordem 20
Como a solução é um número natural, conclui-se que 16 é um termo da su-
5 de (vn).
cessão (é o termo de ordem 10), isto é, u10 = 16 . b) Proposição falsa, pois
5 a equação √∫2∫p2∫ ∫ ∫+∫ 1 = p – 3
(continua)
é impossível em N.

9
TEMA III Sucessões

SUC11_2.2
Exercícios resolvidos
(continuação)
2. Considera as sucessões (un) e (vn) definidas por un = (n – 8)2 e vn = n2 – 8.
Determina para que valores de p se tem up > vp.

Sugestão de resolução

Trata-se então de resolver, em N, a inequação up > vp.


up > vp ⇔ (p – 8)2 > p2 – 8 ⇔ p2 – 16p + 64 > p2 – 8
⇔ –16p > –72 ⇔ p < 72 ⇔ p < 4,5
16
Conclui-se assim que os valores naturais de p para os quais se tem up > vp
são os valores de p pertencentes ao conjunto {1, 2, 3, 4}.

6 Representa graficamente
os cinco primeiros termos
das sucessões (un) e (vn)
definidas por un = 3n + 1 1.1. Representação gráfica de uma sucessão
e vn = (–2)n.
O gráfico de qualquer sucessão é constituído pelo conjunto dos pontos de coordenadas
Recorda (n, un), com n ∈N, logo será sempre um conjunto de pontos isolados.

Dada uma função real


de variável real f e A ⊂ Df, Exemplos
diz-se que f é (estritamente)
crescente em A se, para 1. un = 2n 2. vn = 1n 3. wn = (–1)n
un vn wn
quaisquer dois elementos 12 1
x1 e x2 de A, se x1 < x2, 10
então f(x1) < f(x2). 8
6 1
4 1 2
3 1 1
Seja (un) uma sucessão 2
4
crescente. Então: O 1 2 3 4 5 6 n O 1 2 3 4 5 n O 1 2 3 4 5 n
u1 < u2 < … < un < un + 1 < … –1

APRENDE FAZENDO
Págs. 44 e 48
1.2. Sucessões monótonas
Exercícios 1, 2, 4, 22, 23
e 24 Definição

PROFESSOR A sucessão (un) é crescente quando, para quaisquer p1, p2 ∈N, p2 > p1 ⇒ up2 > up1.

Solução
6. un vn Repara que, se considerarmos p1 = n e p2 = n + 1, e uma vez que n + 1 > n, então,
16 16
13
10 se a sucessão é crescente, temos que un + 1 > un, para todo o n ∈N.
7
4 4
–2
1 3 5
2 4 n
Consideremos agora que un + 1 > un, para todo o n ∈N. Se p1, p2 ∈N são tais que p2 > p1,
1 2 34 5 n
–8 então p2 = p1 + k e, tendo em conta a condição considerada, temos que up2 > up2 – 1 > …
> up2 – k = up1. Provamos desta forma que a sucessão é crescente.
Pelo princípio da dupla implicação, mostramos que uma sucessão (un) é crescente se e
–32
só se un + 1 > un, para todo o n ∈N, o que é equivalente a un + 1 – un > 0, para todo o n ∈N.

10
UNIDADE 1 Propriedades elementares de sucessões reais

Definição SUC11_2.2
SUC11_2.3

A sucessão (un) é crescente em sentido lato quando, para quaisquer p1, p2 ∈N,
Nota
p2 > p1 ⇒ up2 ≥ up1.
un + 1 é o termo seguinte
a un e un – 1 é o termo
anterior a un.
Da definição acima, vem que (un) é crescente em sentido lato se e só se un + 1 ≥ un, para
todo o n ∈N, o que é equivalente a un + 1 – un ≥ 0, para todo o n ∈N.
Recorda

Dada uma função real


Definição
de variável real f e A ⊂ Df,
diz-se que f é crescente em
A sucessão (un) é decrescente quando, para quaisquer p1, p2 ∈N, p2 > p1 ⇒ up2 < up1. sentido lato em A se, para
quaisquer dois elementos
x1 e x2 de A, se x1 < x2,
então f(x1) ) f(x2).
Da definição resulta que (un) é decrescente se e só se un + 1 < un, para todo o n ∈N,
o que é equivalente a un + 1 – un < 0, para todo o n ∈N.
Seja (un) uma sucessão
crescente em sentido lato.
Então:
Definição
u1 ) u2 ) … ) un ) un + 1 ) …
A sucessão (un) é decrescente em sentido lato quando, para quaisquer p1, p2 ∈N,
Recorda
p2 > p1 ⇒ up2 ≤ up1.
Dada uma função real
de variável real f e A ⊂ Df,
Da definição vem que (un) é decrescente em sentido lato se e só se un + 1 ≤ un, para todo diz-se que:
o n ∈N, o que é equivalente a un + 1 – un ≤ 0, para todo o n ∈N. • f é (estritamente)
decrescente em A se, para
quaisquer dois elementos
x1 e x2 de A, se x1 < x2,
Toda a sucessão crescente, crescente em sentido lato, decrescente, decrescente em sen-
então f(x1) > f(x2);
tido lato ou constante é uma sucessão monótona. • f é decrescente em
sentido lato em A se, para
quaisquer dois elementos
Esquematizando / Resumindo x1 e x2 de A, se x1 < x2,
então f(x1) * f(x2).
Em geral, na prática, para estudar a monotonia de uma sucessão, deves seguir os
seguintes passos:
Seja (un) uma sucessão
1.º passo: Determina a diferença un + 1 – un. decrescente. Então:
u1 > u2 > … > un > un + 1 > …
2.º passo: Estuda o sinal da diferença un + 1 – un.
Seja (un) uma sucessão
3.º passo:
decrescente em sentido lato.
• Se ∀ n ∈N, un + 1 – un > 0, então (un) é crescente. Então:
• Se ∀ n ∈N, un + 1 – un ≥ 0, então (un) é crescente em sentido lato. u1 * u2 * … * un * un + 1 * …

• Se ∀ n ∈N, un + 1 – un < 0, então (un) é decrescente.


Nota
• Se ∀ n ∈N, un + 1 – un ≤ 0, então (un) é decrescente em sentido lato.
Em particular, a sucessão
• Se un + 1 – un não tem sempre o mesmo sinal, então (un) é não monótona e deves (un) é constante quando,
apresentar três termos que evidenciem este facto. para qualquer n ∈N,
un + 1 = un.

11
TEMA III Sucessões

Nota

No estudo da monotonia de algumas sucessões, também poderá ser útil utilizares


conhecimentos que adquiriste sobre funções reais de variável real.

Observa os exemplos seguintes:

Exemplos

1. Considera a sucessão de termo geral un = –2n.


(un) é uma sucessão decrescente:
u1 > u2 > u3 > … > un > un + 1 > …

Observa que (un) é a restrição ao conjunto N da função real de variável real f definida
por f(x) = –2x.

O gráfico da sucessão é então constituído por pontos sobre uma reta de declive negativo.

un
y = 2x

O 1 2 3 4 5 n
–2
–4
–6
–8
–10

2. Considera a sucessão de termo geral vn = n2.


(vn) é uma sucessão crescente:
u1 < u2 < u3 < … < un < un + 1 < …

Observa que (vn) é a restrição ao conjunto N da função real de variável real g definida
por g(x) = x2.

O gráfico da sucessão é então constituído por pontos sobre uma parábola com a con-
cavidade voltada para cima e de vértice na origem.

vn
y = x2

16

4
1
O 1 2 3 4 n

12
UNIDADE 1 Propriedades elementares de sucessões reais

3. Considera a sucessão de termo geral wn = (n – 3)2.


(wn) é uma sucessão não monótona, uma vez que u1 > u2 > u3, mas u3 < u4 < u5 < …
… < un < un + 1 < …

Observa que (wn) é a restrição ao conjunto N da função real de variável real h definida
por h(x) = (x – 3)2. À semelhança da função g do exemplo anterior, também a função h
é uma função quadrática, mas o seu gráfico é uma parábola com a concavidade voltada
para cima e de vértice no ponto de coordenadas (3, 0). Como sabemos, trata-se de uma
função decrescente em ]–', 3] e crescente em [3, +'[.

wn
y = (x – 3)2

O 1 2 3 4 5 6 n

Exercícios resolvidos 7 Mostra que a sucessão


de termo geral:
1. Considera a sucessão de termo geral definida por un =
2n + 1 . Mostra que (u ) é
n 1
n+1 a) un = n + 1 é crescente;
uma sucessão crescente. 2

Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 11.º ano 2


b) vn = é decrescente;
n+1
c) wn = (–1)n ¥ n não
Sugestão de resolução é monótona.
Determinemos o sinal de un + 1 – un:
un + 1 – un = 2(n + 1) + 1 – 2n + 1 =
(n + 1) + 1 n+1

= 2n + 3 – 2n + 1 =
n+2 n+1

= (2n + 3) ¥ (n + 1) – (2n + 1) ¥ (n + 2) =
(n + 2)(n + 1)
2 2
= 2n + 2n + 3n + 3 – (2n + 4n + n + 2) =
(n + 2)(n + 1)
2 2
= 2n + 5n + 3 – 2n – 5n – 2 =
(n + 2)(n + 1)

= 1
(n + 2)(n + 1)

Para qualquer número natural n verifica-se que tanto o numerador como


o denominador de 1 são números positivos, ou seja, un + 1 – un =
(n + 2)(n + 1)
= 1 > 0, ∀ n ∈N.
(n + 2)(n + 1)
Fica assim provado que a sucessão (un) é crescente. (continua)

13
TEMA III Sucessões

8 Estuda, quanto à Exercícios resolvidos


monotonia, a sucessão (continuação)
de termo geral: 2. Estuda, quanto à monotonia, a sucessão de termo geral:
2n – 5
a) un =
3n + 4 un = 1 – 5n
n+3
10n – 5
b) un = Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 11.º ano
5n – 3
(–2)n
c) un =
n Sugestão de resolução
d) un = (n + 10)2
Determinemos o sinal de un + 1 – un:
e) un = (n – 10)2
un + 1 – un = 1 – 5(n + 1) – 1 – 5n =
(n + 1) + 3 n+3

9 Considera as sucessões = 1– 5n – 5 – 1 – 5n =
n+4 n+3
(un) e (vn) definidas por:
n2 se n ≤ 4 = (–5n – 4) ¥ (n + 3) – (1 – 5n) ¥ (n + 4) =
 

un = (n + 4)(n + 3)
2n se n > 4 2 2
= –5n – 15n – 4n – 12 – (n + 4 – 5n – 20n) =
2n se n ≤ 4 (n + 4)(n + 3)
vn =
2 2
= –5n – 19n – 12 + 19n – 4 + 5n =
3n se n > 4
(n + 4)(n + 3)
Uma destas sucessões é
crescente e a outra não é = –16
monótona. Identifica cada (n + 4)(n + 3)
uma delas.
Tem-se que –16 < 0 e (n + 4)(n + 3) > 0, ∀ n ∈N.

Logo, un + 1 – un = –16 < 0, ∀ n ∈N.


(n + 4)(n + 3)
Assim, a sucessão (un) é decrescente.

3. Justifica que a sucessão de termo geral un = (–1)n + n não é monótona.


Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 11.º ano

Sugestão de resolução
APRENDE FAZENDO
Págs. 45, 48 e 51 Verifica-se que un + 1 – un não tem sempre o mesmo sinal, para qualquer número
Exercícios 8, 25 e 36 natural.
Analisemos, por exemplo, os três primeiros termos desta sucessão:
PROFESSOR • u1 = (–1)1 + 1 = –1 + 1 = 0
Soluções • u2 = (–1)2 + 2 = 1 + 2 = 3
8. • u3 = (–1)3 + 3 = –1 + 3 = 2
a) Crescente.
Tem-se que u2 – u1 = 3 – 0 = 3 > 0 e u3 – u2 = 2 – 3 = –1 < 0, logo a sucessão
b) Decrescente.
c) Não monótona. (un) não é monótona.
d) Crescente.
Poderíamos também ter observado que u1 < u2 e u2 > u3, logo a sucessão (un)
e) Não monótona.
não é monótona.
9. (un) não é monótona e (vn) é
crescente.

14
UNIDADE 1 Propriedades elementares de sucessões reais

1.3. Majorantes e minorantes de um conjunto. SUC11_1.1


SUC11_1.2
SUC11_1.3
Conjuntos limitados
Definição
10 Considera o conjunto
A = ]–2, 9] ∪ {12}.
Um subconjunto A de R diz-se majorado quando existe um número real M tal que Indica, caso exista:
∀ a ∈A, a ≤ M. O número M designa-se por majorante de A.
a) dois majorantes e dois
minorantes do conjunto;
b) o conjunto dos
Exemplos majorantes e o conjunto
1. Considera o conjunto A = {–2, –1, 0, 1}. dos minorantes de A.

Por exemplo, 1 é um majorante de A, uma vez que qualquer elemento de A é menor ou


igual a 1, isto é, ∀ a ∈A, a ≤ 1 e 5 é também um majorante de A, uma vez que ∀ a ∈A, 11 Considera o conjunto
B = ]–', 1].
a ≤ 5. Repara que existe uma infinidade de majorantes de A, ou seja, todos os elementos
Indica, caso exista:
do conjunto [1, +'[.
a) dois majorantes e dois
2. Considera o conjunto dos números naturais, N. Este conjunto não admite majorantes, minorantes do conjunto;
pois para qualquer número real existe sempre um número natural superior a ele. b) o conjunto dos
majorantes e o conjunto
dos minorantes de B.
Definição

Um subconjunto A de R diz-se minorado quando existe um número real m tal que 12 O maior dos minorantes
∀ a ∈A, a ≥ m. O número m designa-se por minorante de A. de um conjunto chama-se
ínfimo e o menor dos
majorantes chama-se
supremo.
Exemplos Considera o conjunto
1. Considera o conjunto A = {–2, –1, 0, 1}. Por exemplo, –2 é um minorante de A, uma C = [3, 7[.
Indica o ínfimo e o
vez que qualquer elemento de A é maior ou igual a –2, isto é, ∀ a ∈A, a ≥ –2, e –2017 supremo deste conjunto.
é também um minorante de A, uma vez que ∀ a ∈A, a ≥ –2017. Repara que existe uma
infinidade de minorantes de A, ou seja, todos os elementos do conjunto ]–', –2].
PROFESSOR
2. Considera o conjunto dos números naturais, N. Este conjunto também admite mino-
rantes, ou seja, ]–', 1] é o conjunto dos minorantes de N. Soluções
10.
3. Considera o conjunto dos números inteiros, Z. Este conjunto não admite minorantes,
a) Majorantes: 13 e 100, por
pois para qualquer número real existe sempre um número inteiro inferior a ele. exemplo. Minorantes: –100 e –2,
por exemplo.
b) Conjunto dos majorantes:
Definição [12, +'[
Conjunto dos minorantes:
Um subconjunto A de R diz-se limitado se e somente se for majorado e minorado, ]–', –2]

isto é, quando existem números reais m e M tais que ∀ a ∈A, m ≤ a ≤ M. 11.


3
a) Majorantes: e p, por
2
exemplo. Não tem minorantes.
b) Conjunto dos majorantes:
Exemplo [1, +'[
Considera o conjunto A = ]1, 3]. Este conjunto é limitado, pois é majorado e minorado. 12. Ínfimo: 3
Supremo: 7
Repara que ∀ a ∈A, 1 ≤ a ≤ 3.

15
TEMA III Sucessões

SUC11_1.4 Definição
SUC11_2.4
SUC11_2.5
Seja A um subconjunto de R. Um majorante de A pertencente a A designa-se por
Nota máximo de A e um minorante de A pertencente a A designa-se por mínimo de A.
Repara que, quando existe,
o máximo de um conjunto
é único. Se a e b forem Exemplo
ambos máximo de um
conjunto A, então, como Considera novamente o conjunto A = ]1, 3]. O número 3 é um majorante de A e pertence
a ∈A e b é majorante de A, a A, logo 3 é o máximo de A. Repara que o conjunto dos majorantes de A é [3, +'[ e 3 é
a ) b. Pelo mesmo motivo,
o único majorante pertencente a A. Já o conjunto dos minorantes é ]–', 1] e o número 1,
b ) a. Logo, a = b.
Da mesma forma se pode que é o maior dos minorantes, não pertence a A. Logo, o conjunto A não tem mínimo.
verificar que, quando
existe, o mínimo é único.

1.4. Sucessões limitadas


Os conceitos acima estudados aplicam-se, naturalmente, ao conjunto de termos de uma
13 Dá exemplo de:
sucessão.
a) um conjunto majorado,
mas não limitado;
b) um conjunto minorado, Definição
mas não limitado;
c) um conjunto limitado. Uma sucessão (un) diz-se majorada se o conjunto {un: n ∈N} dos respetivos termos for
majorado. Os majorantes do conjunto de termos chamam-se majorantes da sucessão.

Exemplo
un
Seja un = –n2. Os primeiros termos desta sucessão são –1, –4,
14 Dos conjuntos 1 2 3 4
apresentados como –9, –16, … O n
–1
resposta ao exercício
anterior, indica, se existir,
Como se trata de uma sucessão decrescente, podemos con- –4

o máximo e o mínimo de cluir que o termo –1 é maior do que todos os outros termos, –9
cada um deles.
isto é, un ≤ –1, ∀ n ∈N, ou seja, (un) é majorada. –16 …

Definição

Uma sucessão (un) diz-se minorada se o conjunto {un: n ∈N} dos respetivos termos for
PROFESSOR minorado. Os minorantes do conjunto de termos chamam-se minorantes da sucessão.
Soluções
13. Por exemplo:
a) ]–', 1] Exemplo
b) ]2, +'[
Seja vn = 2n + 5. Os primeiros termos desta sucessão são 7, vn
c) [3, 4[

14. 9, 11, 13, … 13
a) Máximo 1 e não tem mínimo. 11
b) Não tem máximo nem Como se trata de uma sucessão crescente, podemos concluir 9
7
mínimo. que o termo 7 é menor do que todos os outros termos, isto é,
c) Mínimo 3 e não tem máximo.
vn ≥ 7, ∀ n ∈N, ou seja, (vn) é minorada. O 1 2 3 4 n

16
UNIDADE 1 Propriedades elementares de sucessões reais

Definição SUC11_2.6

Uma sucessão (un) simultaneamente majorada e minorada diz-se limitada.


15 Indica, caso exista,
o conjunto dos minorantes
Exemplo e o conjunto dos
majorantes do conjunto
Seja wn = 1 . Os primeiros termos desta sucessão são 1, 1 , wn
dos termos da sucessão
n 2 de termo geral:
1 , 1 , 1 ,… 1
a) an = n2 + 1
3 4 5
1 b) bn = –3n
Como se trata de uma sucessão decrescente, podemos con-
1 2
c) cn = (–1)n
cluir que o termo 1 é maior do que todos os outros termos, 3 1
4
d) dn = (–2)n
isto é, wn ≤ 1, ∀ n ∈N, ou seja, (wn) é majorada. Por outro O 1 2 3 4 5 n

lado, os seus termos são sempre positivos por serem o quo-


ciente entre dois números positivos. Assim, wn > 0, ∀ n ∈N, wn 16 De uma sucessão (un),
sabe-se que é crescente
ou seja, (wn) é minorada. Como 0 < wn ≤ 1, ∀ n ∈N, a suces- 1
e todos os seus termos são
são (wn) é limitada. inferiores a 2017.
1
Averigua se a sucessão (un)
1 2
Graficamente, observa-se que todos os termos desta sucessão 3 1 é limitada.
4
se encontram numa “faixa” limitada pelas retas horizontais O n
1 2 3 4 5
de equações y = 0 e y = 1. 17 Mostra que são limitadas as
sucessões de termo geral:
3n + 1
Exercícios resolvidos a) an =
n
2n
1. Mostra que é limitada a sucessão de termo geral un =
5n – 1 . b) bn =
n+3
n
(–1)n
c) cn =
n
Sugestão de resolução
h ph
d) dn = sen in i – 1
j 2j
Sabe-se que 5n – 1 = 5 – 1 e que, para todo o n ∈N, 0 < 1 ≤ 1, logo –1 ≤ – 1 < 0
n n n n
e, portanto, 4 ≤ 5 – 1 < 5, ∀ n ∈N. CADERNO DE EXERCÍCIOS
n E TESTES
Daqui se conclui que a sucessão é limitada, pois 4 ≤ un < 5, ∀ n ∈N. Pág. 36
Exercícios 2, 3 e 4

2. Uma sucessão (wn) de termos positivos é tal que, para todo o número natural n,
PROFESSOR
3 ≥ 4. Justifica que a sucessão é limitada.
wn Soluções
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 11.º ano
15.
a) Conjunto dos minorantes:
Sugestão de resolução ]–', 2]; não tem majorantes.
Sabemos que (wn) é uma sucessão de termos positivos tal que 3 ≥ 4, para b) Conjunto dos majorantes:
wn [–3, +'[; não tem minorantes.
todo o número natural n. Assim: c) Conjunto dos minorantes:
3 ≥ 4 ⇔ 3 ≥ 4w (pois wn > 0, ∀ n ∈N) ]–', –1]; conjunto dos
n
wn majorantes: [1, +'[
⇔ wn ≤ 3 d) Não tem majorantes nem
4 minorantes.
Tem-se, então, que 0 < wn ≤ 3 , ∀ n ∈N, ou seja, a sucessão (wn) é limitada. 16. (un) é limitada, pois
4 (continua) u1 ≤ un < 2017, ∀ n ∈N.

17
TEMA III Sucessões

Exercícios resolvidos
Apresentação
“Propriedades elementares (continuação)
de sucessões reais” 5
Teste interativo 3. (*) Acerca de uma sucessão (vn), sabe-se que ∀ n ∈N, vn + 1 – vn = .
“Propriedades elementares (2n – 11)(2n + 3)
de sucessões reais” a) O que podes concluir acerca da monotonia da sucessão?

(*) grau de dificuldade elevado b) Indica o valor lógico da afirmação: “v6 é um dos minorantes da sucessão”.
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 11.º ano
18 Considera uma sucessão
(wn) de termos negativos tal Sugestão de resolução
6
que < –2, para todo o a) Verifica-se que vn + 1 – vn não tem sempre o mesmo sinal, para qualquer
wn
número natural n. número natural. Por exemplo:
Justifica que a sucessão é 5 5
limitada. v6 – v5 = = =– 5 <0
(2 ¥ 5 – 11)(2 ¥ 5 + 3) –1 ¥ 13 13

v7 – v6 = 5 = 5 = 1 >0
19 Considera a sucessão de
3n + 1 (2 ¥ 6 – 11)(2 ¥ 6 + 3) 1 ¥ 15 3
termo geral un = .
2n + 3 Conclui-se assim que a sucessão (vn) não é monótona.
Mostra que existe um
número real positivo L b) Estudemos o sinal do denominador para determinar quando é que a suces-
tal que ∀ n ∈N, |un| ≤ L. são é decrescente e quando é que é crescente:
Cálculos auxiliares
Como 5 > 0 e 2n + 3 > 0, para qualquer número 2n – 11 < 0 ⇔ n < 5,5
APRENDE FAZENDO 2n – 11 > 0 ⇔ n > 5,5
natural, então basta analisar o sinal de 2n – 11.
Págs. 45, 49, 51, 52 e 55
Exercícios 7, 26, 27, 37, Verifica-se, então, que vn + 1 – vn = 5 < 0, para qualquer número
38, 39, 53 e 54 (2n – 11)(2n + 3)

natural inferior ou igual a 5 e vn + 1 – vn = 5 > 0, para qualquer


CADERNO DE EXERCÍCIOS
E TESTES (2n – 11)(2n + 3)
Pág. 36 número natural superior ou igual a 6, ou seja, até à ordem 6, a sucessão (vn)
Exercício 1
é decrescente e, a partir da ordem 6, a sucessão é crescente.
Notas Assim, a afirmação “v6 é um dos minorantes da sucessão” é verdadeira.
1. Existem mais valores de L
que transformam a con- n + 1 . Mostra que existe um número real
4. Considera a sucessão de termo geral un =
dição inicial numa con- 1 – 2n
dição universal mas, para positivo L tal que ∀ n ∈N, |un| ≤ L.
a resolução do exercício, Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 11.º ano
basta indicar um deles.
Sugestão de resolução
2. Observa que, como aca-
bamos de provar que i n+1 i
Como |un| = i i = n + 1 , tem-se que:
existe um número real i 1 – 2n i 2n – 1
positivo L tal que ∀n ∈N,
|un| ≤ L, isto é, ∀ n ∈N, |un| ≤ L ⇔ n + 1 ≤ L ⇔ n + 1 ≤ 2n L – L n – 2n L ≤ –L – 1
–L ≤ un ≤ L, provamos que
2n – 1
a sucessão (un) é limitada. –n + 2n L ≥ L + 1
n(–1 + 2L) ≥ L + 1
n ≥ L + 1
PROFESSOR –1 + 2L
(*) Os graus de dificuldade Por exemplo, se L = 2, vem que n ≥ 2 + 1 , ou seja, n ≥ 1, que é uma condição
elevados correspondem a –1 + 4
universal em N.
desempenhos que não serão
exigíveis à totalidade dos Conclui-se assim que existe um número real positivo L tal que ∀n ∈N, |un| ≤ L.
alunos.

18
UNIDADE 2 Princípio de indução matemática

UNIDADE 2
Princípio de indução matemática

O método de indução matemática é um método muito útil para demonstrar propriedades


SUC11_3.1
no conjunto dos números naturais.
Para perceber melhor em que consiste este método, imaginemos um conjunto de peças de
dominó colocadas de tal forma que se uma cai a seguinte também cai, como indica a figura. Resolução
PowerPoint: Todos os exercícios
de “Princípio de indução matemática”

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15

Imaginemos agora que fazemos cair a primeira peça. Dada a disposição das peças,
evidentemente que irão todas cair.
Podemos ainda imaginar um número infinito de peças de dominó, numeradas.

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15

Dizer que, se uma peça cai a seguinte também cai, é igual a dizer que:
• se a peça 1 cai, então a peça 2 cai;
• se a peça 2 cai, então a peça 3 cai;
• se a peça 3 cai, então a peça 4 cai;
• se a peça 4 cai, então a peça 5 cai;
•…
• se a peça n cai, então a peça n + 1 cai;
•…
Ou seja, a queda da peça n implica a queda da peça n + 1. Garantimos assim a queda
de todas as peças.

Princípio de indução matemática


Para cada n ∈N, seja P(n) uma condição.
Se P(1) é verdadeira e se para todo o n ∈N, P(n) ⇒ P(n + 1), então a proposição ∀ n ∈N,
P(n) é verdadeira.

A proposição ∀ n ∈N, P(n) ⇒ P(n + 1) designa-se por hereditariedade da condição


P(n) e o antecedente da implicação, P(n), chama-se hipótese de indução.

19
TEMA III Sucessões

SUC11_3.3
Exercícios resolvidos

1. Prova, por indução matemática, que as seguintes propriedades são verdadeiras.

a) ∀ n ∈N, 3n ¥ 5n = (3 ¥ 5)n

b) Dado n ∈N, a soma Sn dos primeiros n termos da sucessão dos números ímpares
é igual a n2.

(*) grau de dificuldade elevado c) (*) ∀ n ∈N, (1 + h)n ≥ 1 + nh, com h > 0.
Adaptado de Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 11.º ano

20 Prova, por indução


Sugestão de resolução
matemática, que
as seguintes propriedades a) Seja P(n): 3n ¥ 5n = (3 ¥ 5)n
são verdadeiras.
(i) Comecemos por provar que P(1) é verdadeira:
a) ∀ n ∈N, 2n ¥ 7n = (2 ¥ 7)n
31 ¥ 51 = (3 ¥ 5)1 ⇔ 3 ¥ 5 = 3 ¥ 5, que é uma proposição verdadeira.
b) Dado n ∈N, a soma
dos n primeiros termos
(ii) Provemos que, para todo o n ∈N, P(n) ⇒ P(n + 1), isto é, se P(n) é verda-
da sucessão dos deira, então P(n + 1) também é verdadeira.
números naturais é Suponhamos que P(n): 3n ¥ 5n = (3 ¥ 5)n é verdadeira (hipótese de indu-
n2 + n ção). Pretendemos provar, então, que P(n + 1): 3n + 1 ¥ 5n + 1 = (3 ¥ 5)n + 1
igual a Sn = .
2
também é verdadeira (tese).
c) ∀ n ∈N, 13 + 23 + 33 +
3n + 1 ¥ 5n + 1 = 3n ¥ 3 ¥ 5n ¥ 5 = 3n ¥ 5n ¥ 3 ¥ 5
+ … + n3 = hi
n(n + 1) h 2
i 
j 2 j
= (3 ¥ 5)n ¥ (3 ¥ 5) (por hipótese de indução)
d) ∀ n ∈N, 3n2 + n – 2
= (3 ¥ 5)n + 1
é um número par.
e) ∀ n ∈N, n3– n é divisível
Demonstramos assim a hereditariedade da condição P(n).
por 3. Por (i) e (ii) provamos que ∀ n ∈N, 3n ¥ 5n = (3 ¥ 5)n é uma proposição
f) ∀ n ∈N, (2n + 2 + 32n + 1)
verdadeira.
é múltiplo de 7.
b) Seja un = 2n – 1 o termo geral da sucessão dos números ímpares e Sn a soma
dos n primeiros termos de un. Seja P(n): Sn = n2.
(i) Comecemos por provar que P(1) é verdadeira: o primeiro termo da su-
cessão dos números ímpares é igual a 1, logo S1 = 12 ⇔ 1 = 12 é uma
proposição verdadeira.
(ii) Provemos que, para todo o n ∈N, P(n) ⇒ P(n + 1).
Suponhamos que P(n): Sn = n2 é verdadeira (hipótese de indução). Pretende-
mos provar, então, que P(n + 1): Sn + 1 = (n + 1)2 também é verdadeira (tese).
Sn + 1 = Sn + un + 1 = Sn + 2(n + 1) – 1


= n2 + 2n + 1 (por hipótese de indução)


= (n + 1)2
PROFESSOR
Demonstramos, assim, a hereditariedade da condição P(n).
(*) Os graus de dificuldade
elevados correspondem a Por (i) e (ii) provamos que ∀n ∈N, Sn = n2, isto é, a soma dos n primeiros
desempenhos que não serão termos da sucessão dos números ímpares é igual a n2, é uma proposição
exigíveis à totalidade dos verdadeira.
alunos.

20
UNIDADE 2 Princípio de indução matemática

Sugestão de resolução

c) Seja P(n): (1 + h)n ≥ 1 + nh, com h > 0.


(i) Comecemos por provar que P(1) é verdadeira:
(1 + h)1 ≥ 1 + 1h ⇔ 1 + h ≥ 1 + h, que é uma proposição verdadeira.
(ii) Provemos que, para todo o n ∈N, P(n) ⇒ P(n + 1).
Hipótese de indução: P(n): (1 + h)n ≥ 1 + nh
Tese de indução: P(n + 1): (1 + h)n + 1 ≥ 1 + (n + 1)h
Comecemos por multiplicar os dois membros da hipótese de indução por
1 + h, que é positivo, e obtemos:
(1 + h)n (1 + h) ≥ (1 + nh)(1 + h)
Logo:
(1 + h)n + 1 ≥ 1 + nh + h + nh2
Isto é:
(1 + h)n + 1 ≥ 1 + (n + 1)h + nh2

Como 1 + (n + 1)h + nh2 ≥ 1 + (n + 1)h, pois nh2 é positivo, vem que:


(1 + h)n + 1 ≥ 1 + (n + 1)h
Demonstramos assim a hereditariedade da condição P(n).
Por (i) e (ii), provamos que ∀ n ∈N, (1 + h)n ≥ 1 + nh, com h > 0 é uma
proposição verdadeira.

2. Prova, pelo método de indução, que é verdade que ∀ n ∈N, 42n – 1 é um múltiplo 21 (**) Mostra que 9n – 1 é,
de 5. para todo o número natural
n, um múltiplo de 8.
(**) grau de dificuldade muito elevado
Sugestão de resolução
Caderno de Apoio às Metas
Curriculares, 11.º ano
Seja P(n): 42n – 1 é um múltiplo de 5.
(i) Comecemos por provar que P(1) é verdadeira: 42 ¥ 1 – 1 = 15 e 15 é um
múltiplo de 5 é uma proposição verdadeira.
(ii) Provemos que, para todo o n ∈N, P(n) ⇒ P(n + 1).
Hipótese de indução: P(n): 42n – 1 é um múltiplo de 5.
Tese de indução: P(n + 1): 42(n + 1) – 1 é um múltiplo de 5.
42(n + 1) – 1 = 42n + 2 – 1
= 42n ¥ 42 – 1
= 16 ¥ 42n – 1
PROFESSOR
= 16 ¥ 42n – 16 + 16 – 1
= 16(42n – 1) + 15 É um múltiplo de 5. (**) Os graus de dificuldade

 muito elevados correspondem


É um múltiplo de 5. a desempenhos que não serão
(continua)
exigíveis à totalidade dos
alunos.

21
TEMA III Sucessões

Exercícios resolvidos
(continuação)

Sugestão de resolução

Como, por hipótese de indução, 42n – 1 é um múltiplo de 5, então 16(42n – 1)


também é um múltiplo de 5. Como 15 é um múltiplo de 5, e a soma de dois
múltiplos de 5 também é um múltiplo de 5, concluímos que 42(n + 1) – 1 é um
múltiplo de 5.
Demonstramos assim a hereditariedade da condição P(n).
Por (i) e (ii), provamos que ∀ n ∈N, 42n – 1 é um múltiplo de 5 é uma propo-
sição verdadeira.

O princípio de indução pode estender-se aos casos em que se pretende provar uma
propriedade P(n) para todo o número inteiro n ≥ p .
Se provarmos que P(p) é uma proposição verdadeira e se, além disso, para todo o n > p,
P(n) ⇒ P(n + 1), então a proposição ∀ n ∈Np, P(n) é verdadeira, onde Np = {n ∈Z: n ≥ p}.

22 Prova, por indução Exemplo


matemática, que
Provar que 2n + 1 ≤ n2, para n ≥ 3.
a seguinte proposição é
verdadeira.
Seja P(n): 2n + 1 ≤ n2.
n2 > 2n, ∀ n ∈N3
(i) Comecemos por provar que P(3) é verdadeira:

2 ¥ 3 + 1 ≤ 32 ⇔ 7 ≤ 9, que é uma proposição verdadeira.

(ii) Provemos que, para todo o n ≥ 3, P(n) ⇒ P(n + 1).

Vamos supor que P(n): 2n + 1 ≤ n2 é verdadeira (hipótese de indução).

Pretende-se provar que, então, P(n + 1): 2(n + 1) + 1 ≤ (n + 1)2 também é verdadeira (tese).
Tem-se que:

2(n + 1) + 1 = 2n + 2 + 1 = (2n + 1) + 2 ≤ n2 + 2 (por hipótese de indução)

Basta, então, provar que n2 + 2 ≤ (n + 1)2.

Ora:

n2 + 2 ≤ (n + 1)2 ⇔ n2 + 2 ≤ n2 + 2n + 1
APRENDE FAZENDO ⇔ 2 ≤ 2n + 1
Págs. 54 e 55
Exercícios 49, 50, 56, 57
⇔ 1 ≤ 2n
e 58
⇔ 1 ≤ n é verdadeira, para todo o n ≥ 3.
2
CADERNO DE EXERCÍCIOS
E TESTES Demonstramos assim a hereditariedade da proposição.
Pág. 37
Exercício 5 Por (i) e (ii), provamos que ∀ n ∈N3, 2n + 1 ≤ n2 é uma proposição verdadeira.

22
UNIDADE 2 Princípio de indução matemática

Sucessões definidas por recorrência SUC11_3.2

Seja (un) uma sucessão acerca da qual se sabe que:


u1 = 1 e un + 1 = 2un + 3, ∀ n ∈N Contextualização histórica

Estamos perante uma sucessão definida por recorrência, uma vez que conhecemos o
primeiro termo e o processo que permite obter cada termo à custa do anterior. Neste caso,
cada termo obtém-se adicionando 3 ao dobro do termo anterior, isto é:
un + 1 = f(un), com f(x) = 2x + 3
Repara que:
• u1 =1 Leonardo de Pisa
(1180-1250)
• u2 = 2 ¥ u1 + 3 = 2 ¥ 1 + 3 = 5 Leonardo de Pisa, mais
conhecido por Fibonacci,
• u3 = 2 ¥ u2 + 3 = 2 ¥ 5 + 3 = 13 foi um dos mais
importantes matemáticos
•… da Idade Média. Era filho
de um comerciante
italiano, com negócios no
Esta forma de definir uma sucessão não é prática se pretendermos calcular termos Norte de África. Viajou
pelo Egito, Síria e Grécia e
de ordem elevada, já que implica que sejam conhecidos os termos anteriores. estudou com um professor
muçulmano. É autor do
Pode-se definir uma sucessão por recorrência a partir de uma ordem p, com p ∈Z: tratado sobre métodos e
problemas algébricos Liber


up = a
abaci (ou Livro dos
un + 1 = f(un) cálculos).
Um dos problemas
Diz-se, neste caso, que é uma sucessão indiciada em Np. que mais inspirou os
matemáticos das gerações
seguintes foi: “Quantos
pares de coelhos serão
Exemplos produzidos num ano,
começando com um só
1. Considera a sucessão (vn) definida por: par, se em cada mês cada
Nota par gerar um novo par que
v1 = 2


n se torna produtivo a partir


Escrever vn + 1 = , ∀n ≥ 1
n vn do segundo mês?”
vn + 1 = , ∀n ≥ 1 é o mesmo que escrever Este problema famoso deu
vn
n origem à sucessão de
vn = , ∀ n > 1.
Os cinco primeiros termos de (vn) são: vn – 1 Fibonacci:
1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34,
55, 89, …
• v1 = 2 Repara que, após os dois
primeiros termos, cada
• v2 = 1 = 1 termo desta sucessão pode
v1 2 ser obtido como a soma
dos dois termos
• v3 = 2 = 2 = 4 imediatamente anteriores.
v2 1
Esta sucessão pode, então,
2 ser definida por
recorrência do seguinte
• v4 = 3 = 3 modo:
v3 4


u1 = 1
• v5 = 4 = 4 = 16 u2 = 1
v4 3 3
un = un – 1 + un – 2, ∀ n > 2
4

23
TEMA III Sucessões

2. Considera a sucessão (wn), indiciada em N–2, definida por:


23 Considera a sucessão dos
números triangulares.


w–2 = 2


w–1 = 1
1 3 6 10 15
wn + 1 = wn – wn – 1, ∀ n ≥ –1
Define esta sucessão por
recorrência.
Os sete primeiros termos de (wn) são:

24 Determina os cinco • w–2 = 2


primeiros termos das
• w–1 = 1
sucessões que a seguir são
definidas pelo seu termo
• w0 = w–1 – w–2 = 1 – 2 = –1
geral e define, em cada
caso, a sucessão por • w1 = w0 – w–1 = –1 – 1 = –2
recorrência.
a) an = 2n + 1 • w2 = w1 – w0 = –2 – (–1) = –2 + 1 = –1

b) bn = 3n • w3 = w2 – w1 = –1 – (–2) = –1 + 2 = 1

• w4 = w3 – w2 = 1 – (–1) = 1 + 1 = 2
25 Determina os cinco
primeiros termos das
sucessões a seguir
definidas e determina, em
cada caso, uma expressão Exercícios resolvidos
analítica que possa
representar o seu termo
1. Seja a um número real. Considera a sucessão (un) definida por:
geral.


u1 = a


a1 = 5
a)
an + 1 = an + 3, ∀ n ≥ 1 un + 1 = –3un + 2, ∀ n ∈N


b1 = 3 Qual é o terceiro termo desta sucessão?


b)
bn = 2 + bn – 1, ∀ n > 1
(A) 6a + 4 (B) 9a – 4

(C) 6a – 4 (D) 9a + 4

PROFESSOR Exame Nacional de Matemática A, 2015, 1.ª fase

Soluções


t1 = 1
23.
tn = tn – 1 + n, ∀ n > 1
Sugestão de resolução
24.
a) 3, 5, 7, 9, 11 Os três primeiros termos de (un) são:


a1 = 3
• u1 = a
an + 1 = an + 2, ∀ n ≥ 1
• u2 = –3u1 + 2 = –3a + 2
b) 3, 9, 27, 81, 243


b1 = 3 • u3 = –3u2 + 2 = –3(–3a + 2) + 2 =
bn = 3bn – 1, ∀ n > 1
= 9a – 6 + 2 =
25.
a) 5, 8, 11, 14, 17
= 9a – 4
an = 3n + 2 Assim, a opção correta é a (B).
b) 3, 5, 7, 9, 11
bn = 2n + 1

24
UNIDADE 2 Princípio de indução matemática

26 Considera a sucessão (un)


2. Seja (un)n ∈N a sucessão definida por u1 = 5 e un + 1 =
1 + un , para todo o n ∈N. definida por recorrência
2 por:
a) Mostra, por indução, que ∀ n ∈N, un > 1. 4 + 2un
u1 = 1 ∧ un + 1 =
4
b) Deduz da alínea anterior que (un)n ∈N é decrescente.
a) Mostra, por indução,
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 11.º ano que ∀ n ∈N, un < 2.
b) Deduz da alínea
Sugestão de resolução anterior que (un)
é crescente.
a) Seja P(n): un > 1.
(i) Comecemos por provar que P(1) é verdadeira:
u1 > 1 ⇔ 5 > 1, que é uma proposição verdadeira.

(ii) Provemos que, para todo o n ∈N, P(n) ⇒ P(n + 1).


Hipótese de indução: P(n): un > 1
Tese de indução: P(n + 1): un + 1 > 1 27 Seja (un)n ≥ 0 definida por
un
u0 = 2 e un + 1 = .
Temos, por hipótese de indução, que: 1 + un
Mostra, por indução, que
un > 1
2
∀ n ∈N0, un = .
2n + 1
Então:
1 + un > 2

e:
1 + un > 2
2 2

isto é:
un + 1 > 1

Demonstramos assim a hereditariedade da proposição.


Por (i) e (ii), provamos que, ∀ n ∈N, un > 1 é uma proposição verdadeira.

b) Para estudar a monotonia de (un), começamos por determinar a diferença


un + 1 – un:
un + 1 – un = 1 + un – un = Animação
“Resolução do exercício 26”
2 Apresentação

= 1 + un – 2un =
“Princípio de indução matemática”
Teste interativo
2 “Princípio de indução matemática”

= 1 – un
2 APRENDE FAZENDO
Pela alínea anterior, sabemos que un > 1, ∀ n ∈N, logo 1 – un < 0 e, por conse- Págs. 44, 45, 51, 54 e 55
Exercícios 3, 9, 35, 48, 51,
guinte, 1 – un < 0, ∀ n ∈N. 52 e 59
2
Concluímos, assim, que (un) é decrescente. CADERNO DE EXERCÍCIOS
E TESTES
Pág. 37
Exercícios 6 e 7

25
TEMA III Sucessões

UNIDADE 3
Progressões aritméticas e geométricas

SUC11_4.1 3.1. Progressões aritméticas


Consideremos o número de fósforos de cada uma das figuras e suponhamos que se
mantém o padrão de construção das figuras.
Resolução
PowerPoint: Todos os exercícios
de “Progressões aritméticas e Seja un o número de fósforos da figura n.
geométricas”

Figura 1 Figura 2 Figura 3 Figura 4

Tem-se que:
• u1 = 4
• u2 = u1 + 8 = 12
• u3 = u2 + 8 = 20
• u4 = u3 + 8 = 28
•…
• un + 1 = un + 8

Repara que esta sucessão tem a particularidade de cada termo se obter a partir do termo
anterior adicionando-lhe 8 unidades. Sucessões deste tipo designam-se por progressões
aritméticas.

Definição

Dados a e r ∈R, designa-se por progressão aritmética de primeiro termo a e razão r


a sucessão definida por recorrência desta forma:

u1 = a e un + 1 = un + r, ∀ n ∈N

Repara que, de acordo com a definição de progressão aritmética, a razão r da progressão


aritmética é igual à diferença entre quaisquer dois termos consecutivos:
un + 1 – un = r, ∀ n ∈N

26
UNIDADE 3 Progressões aritméticas e geométricas

Consequência imediata: monotonia de uma progressão aritmética


Seja (un) uma progressão aritmética de razão r:
• se r > 0, a sucessão (un) é crescente.
• se r < 0, a sucessão (un) é decrescente.
• se r = 0, a sucessão (un) é constante.

Exemplos

1. A sucessão dos números naturais 1, 2, 3, 4, 5, … é uma progressão aritmética de pri-


meiro termo 1 e razão 1.

2. A sucessão de quadrados perfeitos 0, 1, 4, 9, 16, … não é uma progressão aritmética, pois


para “passarmos” de um termo para o seguinte não adicionamos sempre o mesmo número.

Esquematizando / Resumindo
28 Averigua se cada uma das
Para averiguar se uma sucessão (un) é uma progressão aritmética, podes seguir os se- seguintes sucessões é uma
guintes passos: progressão aritmética e,
em caso afirmativo, indica
1.º passo: Determina a diferença un + 1 – un. a respetiva razão.
2.º passo: Se a diferença un + 1 – un for constante, isto é, não depender de n, então a) (an), com an = 3n – 2.
concluímos que se trata de uma progressão aritmética. n+1
b) (bn), com bn = .
n
Se a diferença un + 1 – un depender de n, concluímos que não se trata de uma pro- 2
–2n + n
c) (cn), com cn = .
gressão aritmética. n
d) (dn), com
d1 = –1


Exercício resolvido 1.
dn + 1 = dn –
2
e) (en), com en = 3n.
Prova que a sucessão de termo geral vn = 5 – 2n é uma progressão aritmética e in-
7 f) (fn), com fn = n2.
dica a respetiva razão.
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 11.º ano

Sugestão de resolução
PROFESSOR
A progressão (vn) é aritmética se e somente se vn + 1 – vn = r, ∀ n ∈N, com r
constante. Soluções
28.
Determinemos, então, a diferença vn + 1 – vn:
a) É uma progressão aritmética
vn + 1 – vn = 5 – 2(n + 1) – 5 – 2n = de razão 3.
7 7 b) Não é uma progressão
aritmética.
= 5 – 2n – 2 – 5 + 2n =
7 c) É uma progressão aritmética
2 de razão –2.
=– d) É uma progressão aritmética
7 1
de razão – .
Uma vez que – 2 é uma constante, provamos que (vn) é uma progressão 2
7 e) Não é uma progressão
aritmética de razão – 2 . aritmética.
7 f) Não é uma progressão
aritmética.

27
TEMA III Sucessões

SUC11_4.2
Termo geral
Seja (un) uma progressão aritmética de razão r. Consideremos alguns dos seus termos:

• u2 = u1 + r
Simulador
GeoGebra: “Termo geral de uma • u 3 = u2 + r = u1 + r + r = u1 + 2 r
progressão aritmética”
• u 4 = u3 + r = u1 + 2r + r = u1 + 3 r
•…
29 Na sucessão (un) dos
números naturais • u 100 = u1 + 99 r
múltiplos de 5, determina: •…
a) u345 – u344 • un = u1 + (n – 1) r
b) u2017 – u2015

c) un + 3 – un
O termo geral da progressão aritmética de primeiro termo a ∈R e razão r é:
un = a + (n – 1)r

Verifica-se que, para quaisquer números naturais n e k:


30 Estuda a monotonia de
cada uma das seguintes un = a + (n – 1)r e uk = a + (k – 1)r
progressões aritméticas Assim:
definidas por:
un – uk = a + (n – 1)r – a – (k – 1)r = a + nr – r – a – kr + r = (n – k)r
a) an = 1 – 4n
isto é:
b) bn = –2 + 3n
un = uk + (n – k)r
1 – 3n
c) cn = – –n
2 A expressão un = uk + (n – k)r é de grande utilidade e permite calcular o termo geral
n – 3n2
d) dn = de uma progressão aritmética quando são conhecidos o termo de ordem k e a razão
n
da progressão aritmética.

Representação gráfica de uma progressão aritmética


Seja (un) uma progressão aritmética de primeiro termo 1 e razão 2. O seu termo geral é
dado por un = 1 + (n – 1)2, logo un = 2n – 1.
Repara que o gráfico desta progressão aritmética é constituído por pontos isolados
de coordenadas (n, 2n – 1) que fazem parte da reta de equação y = 2x – 1:
PROFESSOR y
y = 2x – 1
Soluções 7
29.
5
a) 5
b) 10 3
c) 15
1
30.
a) Decrescente. O 1 2 3 4 x
b) Crescente.
c) Crescente.
Em geral, uma progressão aritmética de razão r é a restrição a N de uma função afim
d) Decrescente.
f(x) = rx + b.

28
UNIDADE 3 Progressões aritméticas e geométricas

Exercícios resolvidos 31 Determina uma expressão


algébrica para o termo
1. Determina uma expressão algébrica para o termo geral de uma progressão arit- geral de uma progressão
mética de razão 2 e cujo primeiro termo é –3. aritmética (un), sabendo
que:
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 11.º ano
a) u1 = –10 e r = 4

b) u6 = –2 e r = 5

c) u10 = 13 e u26 = 21
Sugestão de resolução


u1 = –√∫2
Seja (un) uma progressão aritmética de razão 2 e cujo primeiro termo é –3. d)
un + 1 = un + √∫2, ∀ n ≥ 1
Então, o seu termo geral é:
un = –3 + (n – 1)2
isto é:
un = –3 + 2n – 2 ⇔ un = 2n – 5 32 Determina o termo
de ordem 2017 de uma
progressão aritmética (vn),
sabendo que:
a) v1 = 11 e r = –3

2. Determina uma expressão do termo geral da progressão aritmética (un), sabendo b) v4 = –√∫5 e r = 1

que u5 = 20 e que u25 = 70. c) v13 = –25 e v130 = –259


Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 11.º ano v1 = 0
d)
vn = vn – 1 – 3, ∀ n ≥ 1

Sugestão de resolução

Uma vez que são conhecidos os termos de ordem 5 e de ordem 25, podemos
utilizar a relação un = uk + (n – k)r para descobrir a razão da progressão arit- 33 Determina o número
mética: de múltiplos naturais
de 4 compreendidos
u25 = u5 + (25 – 5)r ⇔ 70 = 20 + 20r entre 406 e 3002.
⇔ 50 = 20r
⇔r= 5
2

A sucessão (un) é, pois, uma progressão aritmética de razão r = 5 e u5 = 20. PROFESSOR


2
Aplicando novamente a relação:
Soluções
un = uk + (n – k)r 31.
a) un = 4n – 14
vem que: b) un = 5n – 32
1
un = u5 + (n – 5) 5 c) un =
2
n+8
2
d) un = √∫2n – 2√∫2
32.
isto é: a) –6037
b) 2013 – √∫5

un = 20 + 5n – 25 ⇔ un = 5n + 15 c) –4033
2 2 2 2 d) –6048
(continua)
33. 649

29
TEMA III Sucessões

34 As três medidas dos lados Exercícios resolvidos


de um triângulo retângulo (continuação)
estão em progressão 3. As três medidas dos lados de um triângulo retângulo estão em progressão aritmé-
aritmética e o perímetro tica e o perímetro do triângulo mede 24 cm. Determina a medida dos lados do
mede 36 cm. Determina
a medida dos lados
triângulo.
do triângulo. Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 11.º ano

Sugestão de resolução

Sejam l – r, l e l + r as medidas dos lados do triângulo e r a razão da progressão.


Uma vez que o perímetro do triângulo mede 24 cm, vem que:
(l – r) + l + (l + r) = 24
Logo, 3l = 24 ⇔ l = 8.
Por outro lado, dado que se trata de um triângulo retângulo, verifica-se que:
(l + r)2 = l2 + (l – r)2
Como l = 8, temos que:
(8 + r)2 = 82 + (8 – r)2 ⇔ 64 + 16r + r2 = 64 + 64 – 16r + r2 ⇔ 16r = 64 – 16r
⇔ 32r = 64
⇔r=2
Concluímos, assim, que 6, 8 e 10 são as medidas dos lados do triângulo.

35 Considera a sucessão (un)


definida por u1 = 3 4. Considera a sucessão (un) definida por u1 = 4 e un + 1 = un + 3, para todo o n ∈N.
e un + 1 = un + 5, para todo Prova, utilizando o princípio de indução, que un = 4 + (n – 1) ¥ 3.
o n ∈N. Prova, utilizando
o princípio de indução, Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 11.º ano
que un = 3 + (n – 1) ¥ 5.

Sugestão de resolução

Seja a sucessão (un) definida por u1 = 4 e un + 1 = un + 3, para todo o n ∈N e


P(n): un = 4 + (n – 1) ¥ 3.
(i) Comecemos por provar que P(1) é verdadeira:
u1 = 4 + (1 – 1) ¥ 3 ⇔ 4 = 4, que é uma proposição verdadeira.
(ii) Provemos que, para todo o n ∈N, P(n) ⇒ P(n + 1).
Hipótese de indução: P(n): un = 4 + (n – 1) ¥ 3
Tese de indução: P(n + 1): un + 1 = 4 + 3n
un + 1 = un + 3 =
= 4 + (n – 1) ¥ 3 + 3 (por hipótese de indução)
= 4 + (n – 1 + 1) ¥ 3 =
= 4 + 3n
PROFESSOR
Demonstramos assim a hereditariedade da condição P(n).
Solução Por (i) e (ii), provamos que ∀ n ∈N, un = 4 + (n – 1) ¥ 3 é uma proposição
34. 9, 12 e 15 verdadeira.

30
UNIDADE 3 Progressões aritméticas e geométricas

Soma dos N primeiros termos SUC11_5.1

Dado n ∈N, a sequência (u1, u2, …, uN) dos N primeiros termos de uma progressão
aritmética chama-se progressão aritmética (finita) de comprimento N. Simulador (GeoGebra)
– “Sucessão de quadrados”

Consideremos a progressão aritmética de primeiro termo 5 e de razão 2. Contextualização histórica

Seja (5, 7, 9, 11, 13, 15, 17, 19, 21, 23) a progressão aritmética de comprimento 10.

Vejamos como calcular a soma destes 10 primeiros termos.

5 7 9 11 13 15 17 19 21 23
28
28
28 Carl Friedrich Gauss
28 (1777-1855)
No século XVIII,
28
numa escola primária,
o professor pediu
Repara que, se considerarmos a soma do primeiro com o último termos, a soma do aos seus alunos
que calculassem o valor da
segundo com o penúltimo termos, a soma do terceiro com o antepenúltimo termos e
soma 1 + 2 + 3 + … + 100.
assim sucessivamente, obtemos sempre 28. Passados breves instantes,
um dos alunos, com
Como temos 10 termos, conseguimos fazer cinco pares nestas condições. apenas 10 anos, tinha
escrito o número 5050
Então, a soma dos 10 termos pode ser dada por: na sua ardósia!
Esse menino era Carl
1.º termo 10.º termo Friedrich Gauss e foi um
U
U

brilhante matemático.
28 ¥ 5 = (5 + 23) ¥ 10 = 5 + 23 ¥ 10 @ Número de termos Com apenas 10 anos,
2 2
Gauss utilizou o mesmo
raciocínio para chegar ao
Este mesmo raciocínio pode ser aplicado para uma progressão aritmética de compri-
resultado 5050 em que se
mento N ímpar. baseia a demonstração
da soma dos n primeiros
Seja (5, 7, 9, 11, 13, 15, 17, 19, 21, 23, 25) a progressão aritmética de comprimento 11. termos de uma progressão
aritmética.

5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25
30
30
30
30
30

1.º termo 11.º termo


U
U

30 ¥ 5 + 30 ¥ 1 = 30 ¥ 5,5 = (5 + 25) ¥ 11 = 5 + 25 ¥ 11 @ Número de termos


2 2 2

31
TEMA III Sucessões

Assim, verifica-se que:


SUC11_5.2

Dado N ∈N, a soma dos termos de uma progressão aritmética de comprimento N,


36 Seja (un) uma progressão
(u1, u2, …, uN) é dada por:
aritmética. Sabe-se que
N
u1 + u19 = 13. Indica o S = - ui = u1 + uN ¥ N
valor de: i =1 2
a) u2 + u18

b) u3 + u17

c) u10 Consideremos uma progressão aritmética (un) de razão r, e seja (u1, u2, u3, …, uN) a pro-
gressão aritmética de comprimento N.
Comecemos por provar que a soma de dois quaisquer termos equidistantes dos extremos
é igual à soma dos extremos, isto é, sendo up e uk dois termos equidistantes dos extremos,
37 Determina: então, up + uk = u1 + un.
a) a soma dos 19 Vejamos:
primeiros termos de u1 u2 u3 … up … uk … uN – 1 uN
(an), com an = 5n – 13;  
p – 1 termos p – 1 termos
b) a soma de 40 termos
Tem-se que:
consecutivos de (bn),
com bn = –3n + 8, e que up = u1 + (p – 1) . r
começam no 11.º termo. e:
uN = uk + (p – 1) . r
Logo:
38 Calcula a soma de cada uN – up = uk – u1
uma das seguintes isto é:
progressões.
uN + u1 = uk + up ⇔ up + uk = u1 + uN
a) 14 + 21 + 28 + … + 224

b) –22 – 11 + 11 + 22 + …
Considerando agora:
… + 253
S = u1 + u2 + … + uN – 1 + uN
e:
S = uN + uN – 1 + … + u2 + u1

e adicionando membro a membro, vem que:


PROFESSOR
S + S = (u1 + uN) + (u2 + uN – 1) + … + (uN – 1 + u2) + (uN + u1)
Soluções 
36. N Parcelas
a) 13
b) 13 Como cada uma destas N parcelas representa a soma de dois termos equidistantes dos
13
c) extremos, então, pela propriedade acabada de provar, vem que cada uma destas N par-
2
37. celas é igual a u1 + uN, ou seja:
a) 703
b) –3340 2S = (u1 + uN) ¥ N
38.
a) 3689 isto é:
b) 3003
S = u1 + uN ¥ N
2

32
UNIDADE 3 Progressões aritméticas e geométricas

Exercícios resolvidos 39 (*) Calcula a soma


dos múltiplos
1. Calcula a soma dos 50 primeiros termos da progressão de termo geral un = 1 – n. de 3 compreendidos
entre 60 e 246 (exclusive).
Adaptado de Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 11.º ano
(*) grau de dificuldade elevado

Adaptado de Caderno de Apoio às


Sugestão de resolução Metas Curriculares, 11.º ano

A sucessão (un) é uma progressão aritmética, pois:


un + 1 – un = 1 – (n + 1) – 1 + n =
=1–n–1–1+n=
= –1 e –1 é uma constante. 40 (*) Dados números reais
a e r, considera a progressão
aritmética (un) de primeiro
Assim, a soma dos 50 primeiros termos da progressão é dada por:
termo a e de razão r.
S = u1 + u50 ¥ 50 = Prova, por indução, que
2 Cálculos auxiliares para todo o p ∈N,
u1 = 1 – 1 = 0 p
u +u
= 0 + (– 49) ¥ 50 = u50 = 1 – 50 = –49 - un = p 1 p .
2
2 n=1

(*) grau de dificuldade elevado


= – 49 ¥ 25 =
Caderno de Apoio às Metas
= –1225 Curriculares, 11.º ano

2. (*) Calcula a soma de todos os números pares compreendidos entre 110 e 250 (*) grau de dificuldade elevado
(inclusive).
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 11.º ano

Sugestão de resolução

Pretendemos calcular a soma 110 + 112 + 114 + … + 250. As parcelas desta


soma estão em progressão aritmética de razão 2. Podemos, assim, utilizar
a fórmula da soma dos termos de uma progressão aritmética de comprimento
N. Vamos, então, determinar N.
Comecemos por determinar o termo geral, un. Por se tratar de uma progressão
aritmética de razão 2 e primeiro termo igual a 110, vem que:
un = 110 + (n – 1) ¥ 2
isto é:
un = 2n + 108
Para sabermos a ordem do termo 250, resolvemos a equação 250 = 2n + 108. PROFESSOR
250 = 2n + 108 ⇔ 142 = 2n ⇔ n = 71
Solução
Concluímos, assim, que temos 71 parcelas. (*) Os graus de dificuldade
elevados correspondem a
Logo: desempenhos que não serão
110 + 112 + 114 + … + 250 = 110 + 250 ¥ 71 = 12 780 exigíveis à totalidade dos
2 alunos.
(continua)
39. 9333

33
TEMA III Sucessões

(*) grau de dificuldade elevado Exercícios resolvidos


41 A soma dos dois primeiros (continuação)
termos de uma progressão 5 é igual
3. (*) A soma dos primeiros n termos de uma progressão aritmética de razão
aritmética é 18 e a soma 2
dos quatro primeiros a 3760, sendo o primeiro termo igual a –20. Determina n.
termos é 52. Determina
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 11.ºano
a soma dos 10 primeiros
termos.
Sugestão de resolução
42 A soma dos primeiros
n termos de uma progressão Seja (un) a progressão aritmética de razão 5 cujo primeiro termo é –20.
1 2
aritmética de razão O seu termo geral é dado por:
2
é igual a 525, sendo
o primeiro termo igual
un = –20 + (n – 1) ¥ 5 = –20 + 5 n – 5 = 5 n – 45
2 2 2 2 2
39
a– . Determina n. Uma vez que a soma dos primeiros n termos de (un) é igual a 3760, tem-se:
2
u1 + un ¥ n = 3760
43 No dia 26 de novembro
2
a Isaura começou a ler um
livro e, nesse dia, leu cinco ou seja:
páginas. No dia seguinte 5 45
leu mais duas páginas –20 + n –
2 2
do que no dia anterior ¥ n = 3760 ⇔ hi 5 n – 85hi ¥ n = 7520
2 j2 2j
e assim sucessivamente.
a) Determina o número ⇔ 5 n2 – 85 n = 7520
de páginas lidas pela 2 2
Isaura no dia 7
⇔ 5n2 – 85n – 15 040 = 0
de dezembro.

⇔ n = 85 ± √∫(∫–∫8∫5∫)∫ ∫ –∫ ∫ ∫4∫ ∫¥∫ ∫5∫ ∫¥∫ ∫(∫–∫1∫5∫ ∫0∫4∫0)


b) Sabendo que o livro 2

tem 480 páginas, em 2


que dia é que a Isaura
⇔ n = 64 ∨ n = – 47
terminou de o ler.
APRENDE FAZENDO Como n > 0, então n = 64.
Págs. 44, 49, 50, 51, 52,
53, 55 e 56 4. Calcula a soma –20 – 10 + 10 + 20 + … + 1000.
Exercícios 5, 6, 28, 30, 31,
32, 33, 34, 40, 41, 42, 43,
55, 60, 61, 62, 63, 64 e 65
Sugestão de resolução
CADERNO DE EXERCÍCIOS
E TESTES Sejam –20, –10, 0, 10, 20, …, 1000 os primeiros termos de uma progressão
Pág. 38 e 39 aritmética de razão 10. O termo geral da progressão é:
Exercícios 8, 9, 10, 11 e 12
un = –20 + (n – 1) ¥ 10 ⇔ un = –20 + 10n – 10 ⇔ un = 10n – 30
PROFESSOR
Para determinarmos o número de termos que pretendemos somar, temos que
Soluções determinar a ordem do termo 1000:
(*) Os graus de dificuldade
elevados correspondem a 1000 = 10n – 30 ⇔ 1030 = 10n ⇔ n = 103
desempenhos que não serão
Pretendemos somar assim 103 termos, logo:
exigíveis à totalidade dos
alunos. S103 = u1 + u103 ¥ 103, isto é:
2
41. 250
–20 – 10 + 10 + 20 + … + 1000 = –20 + 1000 ¥ 103
42. n = 100 2
43. ⇔ –20 – 10 + 10 + 20 + … + 1000 = 50 470
a) 27 b) 15 de dezembro.

34
UNIDADE 3 Progressões aritméticas e geométricas

3.2. Progressões geométricas SUC11_4.3

Considera um segmento de reta cujo comprimento é uma unidade de comprimento


(figura 1).
Simulador
GeoGebra: “Progressão geométrica”
De seguida, dividimos o segmento de reta em três partes iguais e substituímos o seg-
mento do meio por dois segmentos iguais ao suprimido, de comprimento 1 (figura 2).
3
E, assim, procedemos desta forma sucessivamente: dividimos cada segmento em três 44 Escreve os quatro primeiros
partes iguais e substituímos o segmento do meio por dois segmentos iguais à terça parte termos de uma progressão
do anterior. geométrica (un), em que:
a) u1 = 5 e r = 2

b) u1 = –5 e r = 2

A B A B A B A B c) u1 = 5 e r = –2
Figura 1 Figura 2 Figura 3 Figura 4 1
d) u1 = e r=2
5
1 1
Considera a sucessão (un) que a cada fase faz corresponder o número de segmentos da e) u1 = e r=
5 2
figura:

• u1 = 1
• u2 = 4 ¥ 1 = 4
• u3 = 4 ¥ 4 = 16 45 Sabendo que (un) é uma
• u4 = 4 ¥ 16 = 64 progressão geométrica
de razão 3, determina:
• u5 = 4 ¥ 64 = 256 u
a) 13
u12
• u6 = 4 ¥ 256 = 1024 u2017
b)
u2018
•…
u100
c)
u98
Esta sucessão tem a particularidade de cada termo se obter a partir do anterior, multi-
plicando-o por 4.

Sucessões deste tipo designam-se por progressões geométricas.

PROFESSOR
Definição
Soluções
Dados a e r ∈R, designa-se por progressão geométrica de primeiro termo a e razão r 44.
a sucessão definida por recorrência desta forma: a) 5, 10, 20, 40
b) –5, –10, –20, –40
u1 = a e un + 1 = un ¥ r, ∀ n ∈N c) 5, –10, 20, –40
1 2 4 8
d) , , ,
5 5 5 5
1 1 1 1
Repara que, de acordo com a definição acima, a razão r da progressão geométrica é e) , , ,
5 10 20 40
igual ao quociente de quaisquer dois termos consecutivos, desde que nenhum dos termos 45.
a) 3
seja nulo:
1
b)
un + 1 = r, ∀ n ∈N 3
c) 9
un

35
TEMA III Sucessões

Exemplos

1. A sucessão 1, 2, 4, 8, 16, … é uma progressão geométrica de primeiro termo 1 e razão 2.

2. A sucessão 1, 4, 9, 16, 25, … não é uma progressão geométrica, pois para “passarmos”
de um termo para o seguinte não multiplicamos sempre pelo mesmo número.

Esquematizando / Resumindo

Para averiguar se uma sucessão (un) é uma progressão geométrica, podes seguir os
seguintes passos:

1.º passo: Determina a razão un + 1 .


un

2.º passo: Se a razão un + 1 for constante, isto é, não depender de n, então concluímos
un
que se trata de uma progressão geométrica.

Se a razão un + 1 depender de n, concluímos que não se trata de uma progressão


un
geométrica.

46 Prova que cada uma das Exercício resolvido


seguintes sucessões, cujo
termo geral se indica, é uma
Prova que a sucessão de termo geral vn = 4 ¥ 3–n + 2 é uma progressão geométrica e
progressão geométrica,
e indica a respetiva razão. indica a razão.
a) (an), com an = 3n + 1. Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 11.º ano
h 1 h1 – n
b) (bn), com bn = i i .
j2j
c) (cn), com cn = 4 ¥ (–2)n.
Sugestão de resolução
( )n
d) (dn), com dn = –p ¥ √∫2 .
A sucessão (vn) é uma progressão geométrica se vn + 1 for constante.
3n + 1 vn
e) (en), com en = .
5n
vn + 1 = 4 ¥ 3–(n + 1) + 2 =
vn 4 ¥ 3–n + 2
–n – 1 + 2
= 3 –n + 2 =
3
PROFESSOR
= 3–n + 1 + n – 2 =
Soluções
46.
= 3–1 =
a) 3
b) 2
= 1 , que é uma constante.
3
c) –2
d) √∫2
Logo, (vn) é uma progressão geométrica.
3
e)
5

36
UNIDADE 3 Progressões aritméticas e geométricas

Termo geral SUC11_4.4

Seja (un) uma progressão geométrica de razão r.


Consideremos alguns dos seus termos: 47 Determina uma expressão
algébrica para o termo
• u2 = u1 ¥ r geral de uma progressão
geométrica (un), sabendo
• u 3 = u2 ¥ r = u1 ¥ r ¥ r = u1 ¥ r 2
que:
• u 4 = u3 ¥ r = u1 ¥ r2 ¥ r = u1 ¥ r 3
a) o primeiro termo é 4 e a
•… razão é 3.
• u 100 = u1 ¥ r99 b) u1 = 1 e u2 = 2

•… u50
c) u1 = 3 e = –1
u49
• un = u1 ¥ r n – 1
1 32
d) u1 = e u6 =
5 5
e) u4 = 40 e u7 = 320
O termo geral da progressão geométrica de primeiro termo a ∈R e razão r não nula é:
u1 = 1


un = a ¥ r n – 1 4un
f) un + 1 = , ∀n ∈N
3

Verifica-se que, para quaisquer números naturais n e k, tem-se que:


un = a ¥ r n – 1 e uk = a ¥ r k – 1
Assim:
un = a ¥ r n – 1 = r n – 1 = r n – 1 – k + 1 = r n – k
uk a ¥ rk – 1 rk – 1
isto é:
un = uk ¥ r n – k

A expressão un = uk ¥ r n – k é de grande utilidade e permite calcular o termo geral


de uma progressão geométrica quando forem conhecidos o termo de ordem k e a razão
da progressão geométrica.

Exercícios resolvidos

1. Determina uma expressão algébrica para o termo geral de uma progressão geo-
métrica de razão 2 e cujo primeiro termo é –3.
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 11.º ano

PROFESSOR
Sugestão de resolução
Soluções
Seja (un) uma progressão geométrica de razão 2 e cujo primeiro termo é –3. 47.
Então, o seu termo geral é do tipo: a) un = 4 ¥ 3n – 1
b) un = 2n – 1
un = –3 ¥ 2n – 1 c) un = 3 ¥ (–1)n – 1
isto é: d) un =
2n – 1
5
un = –3 ¥ 2n ¥ 2–1 ⇔ un = – 3 ¥ 2n e) un = 5 ¥ 2n – 1
2 h4 h
n–1
(continua) f) un = i i
j3 j

37
TEMA III Sucessões

48 Escreve o termo geral Exercícios resolvidos


de uma progressão (continuação)
geométrica (un) que 2. Determina uma expressão do termo geral da progressão geométrica monótona
satisfaça as condições:
(un), sabendo que u5 = 125 e u11 = 1 .
a) u1 = 2 e (un) é 125
crescente; Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 11.º ano

b) u1 = 2 e (un) é
decrescente; Sugestão de resolução
c) u1 = 2 e (un) não é
Uma vez que são conhecidos os termos de ordem 5 e de ordem 11, podemos
monótona;
utilizar a relação un = uk ¥ r n – k para descobrir a razão da progressão geométrica:
d) r = 2 e (un) é crescente;

e) r = 2 e (un) é
u11 = u5 ¥ r11 – 5 ⇔ 1 = 125 ¥ r6 ⇔ 12 = 52 ¥ r6
125 5
decrescente.
⇔ r6 = 14 ⇔ r = ± 6 14
5 5 √∫
⇔r=± 1 ⇔r=± 1
6√∫54
∫ 3√∫52

⇔ r = ± √∫5
3

5
Uma vez que (un) é uma sucessão monótona, então r = √∫5 .
3

5
A sucessão (un) é, pois, uma progressão geométrica de razão r = √∫5 e u5 =125.
3

5
Aplicando novamente a relação un = uk ¥ r n – k, vem que un = u5 ¥ r n – 5, isto é,
h 1hn – 5 h – 2 hn – 5 19 – 2n
h 3√∫5 h n – 5 i5 3 i i 3 i 3
un = 125 ¥ i i = 53 ¥ i i = 53 ¥ j5 j =5 .
j 5 j j 5 j

3. Os três primeiros termos de uma progressão geométrica são dados, para um de-
terminado valor real de x, respetivamente, por x – 2, x + 1 e x + 7. Determina o
termo geral dessa sucessão.
Adaptado de Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 11.º ano

Sugestão de resolução

Como x – 2, x + 1 e x + 7 são três termos consecutivos de uma progressão geo-


métrica, verifica-se que x + 1 = x + 7 . Então:
x–2 x+1
x + 1 = x + 7 ⇔ (x + 1)2 = (x + 7)(x – 2)
x–2 x+1
⇔ x2 + 2x + 1 = x2 + 7x – 2x – 14
PROFESSOR ⇔ –3x = –15
⇔x=5
Soluções
48. Por exemplo:
Assim, os três primeiros termos são:
a) un = 2 ¥ 3n – 1 x – 2 = 3, x + 1 = 6 e x + 7 = 12
n–1
h1 h Logo, concluímos que a razão da progressão geométrica é 2.
b) un = 2 ¥ i i
j3 j
c) un = 2 ¥ (–3)n – 1
Então, o termo geral da progressão geométrica é:
d) un = 5 ¥ 2n – 1 un = 3 ¥ 2n – 1
e) un = –5 ¥ 2n – 1

38
UNIDADE 3 Progressões aritméticas e geométricas

Monotonia de uma progressão geométrica 49 Considera a sucessão


2
O estudo da monotonia de uma progressão geométrica pode ser feito a partir do conhe- de termo geral vn = n .
3
cimento da razão r e do seu primeiro termo u1. Podemos considerar, então, três casos. a) Prova que (vn) é uma
progressão geométrica
1.º caso: r > 1 r u1 Monotonia e indica a razão.

+ Crescente b) Estuda (vn) quanto à


r>1 monotonia.
– Decrescente

Exemplos

1. un 2. un
27 un = 1 ¥ 3n – 1 12 3 4 un = – 1 ¥ 3n – 1
2 2 1 n 2

2
u1 = 1 r=3 –
3 u1 = – 1 r=3
2 2 2

9 u1 = 1 ; u2 = 3 ; –
9 u1 = – 1 ; u2 = – 3 ;
2 2 2 2 2
2
3 u3 = 9 ; u4 = 27 ; … u3 = – 9 ; u4 = – 27 ; …
2 2 2 2 2
1
2 27

12 3 4 n 2

2.º caso: 0 < r < 1 r u1 Monotonia


+ Decrescente
0<r<1
– Crescente

Exemplos

1. un n–1
2. un n–1
un = 8 ¥ hi 1 hi un = –8 ¥ hi 1 hi
j2j j2j
12 3 4
8 u1 = 8 r= 1 –1 n u1 = –8 r= 1
2 –2 2
4 u1 = 8 ; u2 = 4; –4 u1 = –8 ; u2 = – 4;

2 u3 = 2; u4 = 1; … u3 = –2; u4 = –1; …
1
–8
12 3 4 n

3.º caso: r < 0 r u1 Monotonia


+
r<0 Não monótona

Exemplos

1. un 2. un n–1 PROFESSOR
un = 2 ¥ (–1)n – 1 2 un = –8 ¥ hi– 1 hi
1 j 4j
12 3 4 1 3 Soluções
u1 = 2 r = –1 8
–1 n 1 2 4 n u1 = –8 r=– 1
–2 u1 = 2 ; u2 = –2; – 4 49.
2 1
–4 u1 = –8 ; u2 = 2; a) r =
u3 = 2; u4 = –2; … 3
b) Decrescente.
u3 = – 1 ; u4 = 1 ; …
–8 2 8
–8

39
TEMA III Sucessões

SUC11_5.1
Exercício resolvido

Prova que é monótona a sucessão (wn) definida por wn = 2n .


5

Sugestão de resolução

A sucessão (wn) é uma progressão geométrica, pois:


2
wn + 1 = 5n + 1 = 2 ¥ 5n = 5n – n – 1 = 1
wn 2 2 ¥ 5n + 1 5
5n

Como w1 = 2 e r = 1 , isto é, w1 > 0 e 0 < r < 1, concluímos que (wn) é decrescente.


5 5
Outro processo
Podemos estudar a monotonia de (wn) através do sinal de wn + 1 – wn:
wn + 1 – wn = n2+ 1 – 2n = n2+ 1 – 2n¥+ 51 = 2 n– +10 = – n8+ 1 < 0, ∀n ∈N
5 5 5 5 5 1 5
Logo, (wn) é decrescente.

Soma dos N primeiros termos

Dado n ∈N, a sequência (u1, u2, …, uN) dos N primeiros termos de uma progressão
geométrica chama-se progressão geométrica (finita) de comprimento N.

50 Determina a soma dos Seja Sn a soma dos N primeiros termos de uma progressão geométrica:
15 primeiros termos da Sn = u1 + u2 + u3 + … + un
progressão geométrica
Sendo (un) uma progressão geométrica de razão r, sabemos que:
(un), em que:
a) u1 = 1 e r = 3 • u2 = u1 r
1
b) u1 = 2 e r = • u3 = u1 r2
5
c) u1 = 3 e r = –1 •…
d) u1 = 4 e r = 1 • un = u1 rn – 1

Logo, Sn pode ser escrito como:


PROFESSOR Sn = u1 + u1 r + u1 r2 + …+ u1 rn – 1
Colocando u1 em evidência, tem-se:
Soluções
50. Sn = u1 (1 + r + r2 + … + rn – 1) (1)
a) 7 174 453 Por outro lado, multiplicando Sn por r, obtém-se:
5
b) r Sn = r u1 (1 + r + r2 + … + rn – 1)
2
c) 3 ou de forma equivalente:
d) 60
r Sn = u1 (r + r2 + r3 + … + rn) (2)

40
UNIDADE 3 Progressões aritméticas e geométricas

Subtraindo membro a membro (1) e (2), vem que:


SUC11_5.3
Sn – r Sn = u1 (1 – rn)
ou seja: 51 Determina uma expressão
Sn (1 – r) = u1 (1 – rn) da soma dos n primeiros
n
termos da sucessão
Portanto, Sn = u1 1 – r . definida por vn =
6n + 1
.
1–r 2n

52 No mês do seu aniversário,


Dado N ∈N, a soma dos termos de uma progressão geométrica de comprimento N, em setembro, a Joana disse
de primeiro termo u1 e de razão r diferente de 1, é dada por: aos seus pais que gostava
N
de receber uma prenda de
S = u1 1 – r anos diferente! Gostava de
1–r receber 1 cêntimo no dia 1
de setembro, 2 cêntimos
no dia 2, 4 cêntimos no
Nota dia 3, 8 cêntimos no dia 4,
16 cêntimos no dia 5
Se r = 1, S = N u1 , pois S = u1 + u1 + u1 + … + u1 = N ¥ u1. e assim sucessivamente até
ao final do mês. Qual é o
valor total, em euros, que a
Exercícios resolvidos Joana irá receber como
prenda de anos nesse mês,
1. Determina uma expressão da soma dos n primeiros termos da sucessão definida se os seus pais aceitarem
por un = 2n .
as condições?
3 Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 11.º ano
53 (*) Dados números reais a
e r & 1, considera a
Sugestão de resolução progressão geométrica (un)
de primeiro termo a e de
A sucessão (un) é uma progressão geométrica, pois: razão r. Prova por indução
2 que para todo o p ∈N,
un + 1 = 3n + 1 = 2 ¥ 3n = p
1 – rp
- un = a .
un 2 2 ¥ 3n + 1 n=1 1–r
3 n (*) grau de dificuldade elevado
n
= n3 = Caderno de Apoio às Metas
3 ¥3 Curriculares, 11.º ano

= 1 , que é uma constante.


3
Apresentação
Podemos, então, utilizar a fórmula para a soma dos termos de uma progressão “Progressões aritméticas e
geométricas”
geométrica de comprimento N: Teste interativo
“Progressões aritméticas e
N
S = u1 1 – r
geométricas”
1–r
PROFESSOR
Já determinamos o valor de r:
r = 1 e u1 = 2 Soluções
3 3 (*) Os graus de dificuldade
Assim, a soma dos n primeiros termos da sucessão (un) é: elevados correspondem a
n n desempenhos que não serão
1 – hi 1 hi 1 – hi 1 hi exigíveis à totalidade dos
2× j 3 j j 3 j n
= 2× = 1 – hi 1 hi alunos.
3 3 j3j
1– 1 2 51. S = –9(1 – 3n)
3 3 (continua) 52. 10 737 418,23 euros.

41
TEMA III Sucessões

(*) grau de dificuldade elevado Exercícios resolvidos


54 No primeiro dia de uma (continuação)
determinada experiência, 2. (*) Calcula a soma das potências de 2 compreendidas entre 64 e 16 384 (inclusive).
verificou-se que a
população de bactérias de Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 11.º ano
uma cultura era 10 000.
Sabe-se que essa
população cresce à taxa Sugestão de resolução
de 3,1% por dia.
Pretendemos determinar a soma 26 + 27 + … + 214.
Qual é aproximadamente
o número de bactérias Trata-se da soma de 9 (14 – 6 + 1 = 9) termos consecutivos de uma progressão
existentes ao décimo dia geométrica de razão 2. Assim:
dessa experiência? 9 9
26 + 27 + … + 214 = 26 ¥ 1 – 2 = 26 ¥ 1 – 2 =
Nota 1–2 –1
Para aumentar ou diminuir = –2 ¥ (1 – 29) =
6

uma quantidade t%, = –26 + 215 =


multiplicamo-la por = –64 + 32 768 =
t t
1+ ou 1 – , = 32 704
100 100
respetivamente.

55 Realizou-se um estudo 3. Em 2010, a população de uma certa cidade era de um milhão e duzentos mil
para avaliar a evolução
da população de uma
habitantes e desde aí tem crescido à taxa anual de 2,1%. Se se mantiver esta taxa
determinada aldeia. de crescimento, qual será a população em 2040?
No primeiro ano, a aldeia
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 11.º ano
tinha 4500 habitantes.
Se essa população diminuir
à taxa de 15% por ano,
Sugestão de resolução
qual é aproximadamente
o número de habitantes Seja Pn a população dessa certa cidade, em milhões, no ano 2009 + n, com n ∈N.
existentes no quarto
ano desse estudo? • P1 = 1,2
APRENDE FAZENDO • P2 = 1,2 + 1,2 ¥ 2,1 =
Págs. 45, 46, 47, 49, 53,
100
56 e 57 = 1,2 ¥ (1 + 0,021) =
Exercícios 10, 11, 12, 13, = 1,2 ¥ 1,021
14, 15, 16, 17, 18, 19, 20,
21, 29, 44, 45, 46, 47, 66, • P3 = 1,2 ¥ 1,021 + 1,2 ¥ 1,021 ¥ 0,021 =
67, 68 e 69
= 1,2 ¥ 1,021 ¥ (1 + 0,021) =
CADERNO DE EXERCÍCIOS = 1,2 ¥ 1,0212
E TESTES
Pág. 39 • P4 = 1,2 ¥ 1,0212 + 1,2 ¥ 1,0212 ¥ 0,021=
Exercícios 13, 14, 15 e 16
= 1,2 ¥ 1,0212 ¥ (1 + 0,021) =
= 1,2 ¥ 1,0213
PROFESSOR
•…
Solução
(*) Os graus de dificuldade • Pn = 1,2 ¥ 1,021n – 1
elevados correspondem a Pretende-se determinar P31:
desempenhos que não serão
exigíveis à totalidade dos P31 =1,2 ¥ 1,02130 5 2,238481
alunos.
Se se mantiver esta taxa de crescimento, a população em 2040 será de apro-
54. 5 13 162 bactérias.
ximadamente 2 milhões, 238 mil e 481 habitantes.
55. 5 2764 habitantes.

42
SÍNTESE

1. Propriedades elementares de sucessões reais


Chama-se sucessão real a uma função u de domínio N e de conjunto de chegada R:
u: N " R

Representação gráfica
O gráfico de uma sucessão é um conjunto de pontos isolados.

Monotonia
• (un) é crescente ⇔ ∀ n ∈N, un + 1 – un > 0
• (un) é crescente em sentido lato ⇔ ∀ n ∈N, un + 1 – un ≥ 0
• (un) é decrescente ⇔ ∀ n ∈N, un + 1 – un < 0
• un) é decrescente em sentido lato ⇔ ∀ n ∈N, un + 1 – un ≤ 0

Limitação
Uma sucessão (un) simultaneamente majorada e minorada diz-se limitada.
Uma sucessão diz-se limitada quando o conjunto dos seus termos admite um minorante e um majorante,
isto é, quando existem dois números reais a e b tais que a ≤ un ≤ b, ∀ n ∈N ou, de forma equivalente,
quando existe um número real positivo L tal que ∀n ∈N, |un| ≤ L.

2. Princípio de indução matemática


Para cada n ∈N, seja P(n) uma condição.
Se P(1) é verdadeira e se para todo n ∈N, P(n) ⇒ P(n + 1), então a proposição ∀ n ∈N, P(n) é verdadeira.

3. Progressões aritméticas e geométricas

Progressões aritméticas Progressões geométricas


(de 1.º termo a e razão r) (de 1.º termo a e razão r)

Definição u1 = a e un + 1 = un + r, ∀ n ∈N u1 = a e un + 1 = un ¥ r, ∀ n ∈N
Expressão do termo geral un = a + (n – 1)r un = a ¥ rn – 1
N
Soma de N termos S = u1 + uN × N S = u1 1 – r , se r & 1
consecutivos 2 1–r
S = Nu1, se r = 1

• Se 0 < r < 1:
u1 > 0, (un) é decrescente.
u1 < 0, (un) é crescente.
• Se r > 0, (un) é crescente.
• Se r > 1:
Monotonia • Se r < 0, (un) é decrescente.
u1 > 0, (un) é crescente.
• Se r = 0, (un) é constante. u1 < 0, (un) é decrescente.
• Se r = 1, (un) é constante.
• Se r < 0, (un) não é monótona.

43
TEMA III Sucessões

Aprende Fazendo

Itens de seleção


2 se n ímpar
1 Considera a sucessão (un) definida por un = . Então, u2018 – u2017 é igual a:
1 se n par

(A) –1 (B) 0 (C) 1 (D) 2

Solução: Opção (A)

2 Considera a sucessão (vn) de termo geral vn = n + 1 . Qual das seguintes proposições é verdadeira?
n
(A) ∀ n ∈N, vn < 0 (B) ∀ n ∈N, vn > 0 (C) ∃ n ∈N: vn = 0 (D) ∃ n ∈N: vn = 1

Solução: Opção (B)

3 De uma sucessão (wn), sabe-se que w1 = 4 e wn + 1 = 2wn + 1, n > 1. O quarto termo desta sucessão é:
(A) 9 (B) 19 (C) 39 (D) 79

Solução: Opção (C)

4 Observa a sequência de figuras.

t1 t2 t3 t4

O termo geral da sucessão (tn), que representa o número de triângulos pequenos em cada figura, pode
ser dado por:
(A) 2n (B) n2 (C) n3 (D) 3n

Solução: Opção (B)

5 Numa progressão aritmética de razão 5, o décimo termo é 81. Então, o primeiro termo dessa progressão
é:
(A) 31 (B) 36 (C) 45 (D) 50

Solução: Opção (B)

6 Qual das expressões seguintes pode ser o termo geral de uma progressão aritmética?

(A)
2n + 6n2 (B)
2 +n (C) 3n (D) (n + 1)2
n n

Solução: Opção (A)

44
Itens de seleção

7 Considera as sucessões de termo geral un = (–1)n ¥ 2n e wn = 2 + 1 . Qual das seguintes afirmações


n
é verdadeira?
(A) (un) é uma sucessão monótona.

(B) (wn) é uma sucessão crescente.

(C) 4 é um majorante da sucessão (wn).

(D) (un) e (wn) são sucessões limitadas.

Solução: Opção (C)

8 Considera as sucessões de termo geral an = n2 + 6n + 5 e bn = n2 – 6n + 5. Podemos afirmar que:


(A) ambas as sucessões são não monótonas.

(B) ambas as sucessões são monótonas.

(C) a sucessão (an) é não monótona e a sucessão (bn) é decrescente.

(D) a sucessão (an) é crescente e a sucessão (bn) é não monótona.

Solução: Opção (D)

9 Considera a sucessão vn definida por recorrência por:




v1 = 1
vn =
vn = –vn – 1, n ≥ 2
O valor de v2014 é:
(A) –1 (B) 1 (C) –2014 (D) 2014

Solução: Opção (A)

10 A sucessão (un) de termo geral un = 2–2n é:


(A) uma progressão aritmética de razão 2.

(B) uma progressão aritmética de razão


1.
4
(C) uma progressão geométrica de razão 2.

(D) uma progressão geométrica de razão


1.
4
Solução: Opção (D)

11 Seja (un) a progressão geométrica de termo geral un = 2 √∫2∫n∫ –∫ ∫ 4. A razão desta progressão é:
1 1
(A) 2√∫2 (B) 2 2 (C) 2 7 (D)
1
√∫2
Solução: Opção (B)

45
TEMA III Sucessões

Aprende Fazendo

Itens de seleção

12 Considera a sequência de quadrados representados na figura seguinte, onde se sabe que o compri-
mento dos lados de cada quadrado, após o primeiro, é igual a metade do comprimento dos lados do
quadrado anterior. O lado do quadrado inicial mede 8 cm.

Seja (vn) a sucessão cujo termo geral representa o perímetro, em cm, de cada um dos quadrados.
O termo geral de (vn) pode ser dado por:
32 h 1h n – 1 1 h 1h 5 – n
(A) vn = (B) vn = i i (C) vn = (D) vn = i i
2n j 2j 2n – 6 j 2j

Solução: Opção (C)

13 A soma 1 + p1 + p2 + … + p2016 + p2017 é igual a:

(A)
1 + p2017 ¥ 2017 (B)
1 + p2017 ¥ 2018
2 2

(C)
1 – p2017 (D)
1 – p2018
1–p 1–p

Solução: Opção (D)

14 Numa progressão geométrica de razão positiva r, o primeiro termo é igual à razão e a soma dos dois
primeiros termos é 12. Então, nesta progressão:
(A) r = 3 (B) r = 4 (C) r = 5 (D) r = 6

Solução: Opção (B)

15 O valor de k para o qual k + 1, k, k + 2 são os primeiros termos de uma progressão geométrica é:

(A)
2 (B) –
2 (C)
1 (D) –
1
3 3 2 2

Solução: Opção (B)

16 Em 2012, a população de uma certa cidade era de um milhão e trezentos mil habitantes e, desde
então, tem crescido à taxa anual de 1,6%. Se se mantiver esta taxa de crescimento, qual será a popu-
lação, em milhares, em 2030?
(A) 1300 ¥ 1,01618 (B) 1300 ¥ 1,01619

(C) 1300 ¥ 0,01618 (D) 1300 ¥ 0,01619

Solução: Opção (A)

46
Itens de seleção

17 O valor da soma 13 + 15 + 17 + … + 2017 é:


(A) 1 016 015 (B) 1 019 060 (C) 1 017 030 (D) 1 018 045

Solução: Opção (D)

18 De uma progressão geométrica (un), sabe-se que u1001 = 1 e que a soma dos sete primeiros termos é 381.
u1002 2
O décimo termo desta progressão é:
h 1 h 10 h 1h 9
(A) 381 ¥ i i (B) 3 ¥ 210 (C) 3 ¥ 29 (D) 7 ¥ i i
j 2j j 2j

Solução: Opção (C)

19 De uma sucessão (un), sabe-se que é uma progressão aritmética de razão igual a 3. Então, a sucessão
definida por vn = 2–3un é:
(A) uma progressão geométrica de razão 2–9.

(B) uma progressão geométrica de razão 29.

(C) uma progressão aritmética de razão 2–9.

(D) uma progressão aritmética de diferença 29.

Solução: Opção (A)

20 Considera os triângulos equiláteros representados na figura seguinte. Sabe-se que os lados de cada
triângulo têm metade do comprimento dos lados do triângulo anterior. O lado do triângulo inicial
mede 6 cm.

Seja (an) a sucessão cujo termo geral representa a área, em cm2, de cada um dos triângulos. O termo
geral de (an) pode ser dado por:

(A) an =
9√∫3 (B) an =
18√∫3 ¥ h 1 h n – 1 (C) a = 9√∫3 (D) an =
18√∫3 ¥ h 1 h n
i i n i i
22n – 2 2 j 2j 42n – 2 2 j 4j

Solução: Opção (A)

21 Sejam p e q dois números reais não nulos e não simétricos. Qual é o valor da seguinte expressão?
p6 – p5q + p4q2 – p3q3 + p2q4 – pq5 + q6

(A)
p7 – q7 (B)
p7 + q7 (C)
p6 + q6 ¥ 7 (D)
p7 + q7 ¥ 6
p–q p+q 2 2

Solução: Opção (B)

47
TEMA III Sucessões

Aprende Fazendo

Itens de construção

22 Sabendo que todos os termos seguem a mesma lei de formação que é sugerida, escreve o termo geral
de cada uma das seguintes sucessões.
a) 2, 4, 6, 8, 10, …

b) 1, 4, 9, 16, 25, …

c) 3, 6, 11, 18, 27, ...

d)
1 , 2 , 3 , 4 , 5 ,…
2 3 4 5 6
e) 4, 3, 2, 1, 0, …

n
Soluções: a) un = 2n b) un = n2 c) un = n2 + 2 d) un = e) un = 5 – n
n+1

23 Considera a sucessão (un) definida por un = 4n .


n+2
a) Determina o sexto termo.

b) Averigua se 6 é um termo da sucessão.

c) Calcula u10 – u4.

d) Determina, em função de n, un + 1 e un + 1.

e) Determina a ordem a partir da qual todos os termos da sucessão são superiores a


5.
2

Soluções: a) u6 = 3 b) Não é um termo da sucessão. c) 2 d) un + 1 = 4n + 4 ; un + 1 = 5n + 2 e) 4


3 n+3 n+2

24 Considera as sucessões (un) e (vn) definidas por:


n2 n2




se n par se n < 5
un = vn =
n + 2 se n ímpar 7n se n ≥ 5
Averigua se 36 é um termo de alguma destas sucessões.

Solução: 36 é o sexto termo da sucessão (un).

25 Estuda, quanto à monotonia, as sucessões definidas por:


a) an = (–1)n

b) bn = 4n – 5

c) cn =
3n + 2
n

Soluções: a) Sucessão não monótona. b) Sucessão crescente. c) Sucessão decrescente.

48
Itens de construção

26 Indica, caso exista, o conjunto dos minorantes e o conjunto dos majorantes reais da sucessão cujo
termo geral é:
a) an = n3 + 2 b) bn = –5n – 1 c) cn =
(–1)n d) dn = (–1)n ¥ n
2

Soluções: a) Conjunto dos minorantes: ]–', 3]; não tem majorantes. b) Conjunto dos majorantes: [–6, +'[; não tem
È 1 È È1 È
minorantes. c) Conjunto dos minorantes: Í –', – Í ; conjunto dos majorantes: Í , +' Í . d) Não tem majorantes nem
Î 2 Î Î2 Î
minorantes.

27 Prova que são limitadas as seguintes sucessões.


a) un = 2 +
1
n

b) vn =
3n – 1
n
c) wn = (–1)n

28 Das sucessões seguintes, identifica as que são progressões aritméticas e determina a sua razão r.
a) un =
2 n+1
5

b) vn =
2n + 1
n
2
c) wn = n + n

d) xn =
n2 – 2n
n
e) yn definida por y1 = 4 ∧ yn + 1 = yn – p, ∀ n ∈N.

Soluções: a) É uma progressão aritmética; r = 2 . b) Não é uma progressão aritmética. c) Não é uma progressão aritmética.
5
d) É uma progressão aritmética; r = 1. e) É uma progressão aritmética; r = –p.

29 Das sucessões seguintes, identifica as que são progressões geométricas e determina a sua razão r.
a) un = 2pn

( )n – 1
b) vn = √∫3

c) wn = n2 + n

d) xn =
4n
5

e) yn =
4
5n

Soluções: a) É uma progressão geométrica; r = p. b) É uma progressão geométrica; r = √∫3. c) Não é uma progressão
1
geométrica. d) É uma progressão geométrica; r = 4. e) É uma progressão geométrica; r = .
5

49
TEMA III Sucessões

Aprende Fazendo

Itens de construção

30 Considera a sucessão de termo geral un = 3n + 9.


a) Averigua se 100 é um termo da sucessão.

b) Determina a ordem p a partir da qual se tem up > 400.

c) Estuda a monotonia da sucessão e prova que se trata de uma progressão aritmética.

d) Quantos termos consecutivos teremos de adicionar ao primeiro termo desta sucessão para se obter
a soma 957?

Soluções: a) Não é um termo da sucessão. b) p = 131 c) Sucessão crescente. d) 21

31 Considera a sucessão de termo geral un = 2n – 1 .


n
a) Averigua se 20 é um termo da sucessão.

b) Estuda, quanto à monotonia, a sucessão.

c) A sucessão (un) é uma progressão aritmética?

d) Prova que a sucessão é limitada e indica um minorante e um majorante do conjunto dos termos
da sucessão.

Soluções: a) Não é um termo da sucessão. b) Sucessão crescente. c) A sucessão não é uma progressão aritmética.
d) Minorante: 1, por exemplo; majorante: 2, por exemplo.

32 Um esquilo coleciona bolotas. No primeiro dia de um determinado mês apanha 7 bolotas, no segundo
10 bolotas, no terceiro 13, e assim sucessivamente até ao final do mês, em progressão aritmética.
a) Determina uma expressão que permita calcular o número de bolotas que o esquilo apanha no
n-ésimo dia do mês.
b) Quantas bolotas apanhou o esquilo no 25.º dia?

c) Ao fim de quantos dias o número de bolotas acumulado pelo esquilo ultrapassou pela primeira vez
as 1000 bolotas?

Soluções: a) 3n + 4 b) 79 bolotas. c) 25 dias.

33 A Teresa conseguiu um empréstimo sem juros para comprar um carro. Ela paga o empréstimo em
prestações mensais desiguais, de tal forma que no primeiro mês pagou 20 euros e nos meses seguintes
a prestação aumentou sempre 10 euros em relação ao mês anterior. Sabendo que ela concluiu o paga-
mento do empréstimo ao fim de 36 prestações, determina:
a) o valor da 36.ª prestação;

b) o valor pago pelo carro.

Soluções: a) 370 euros. b) 7020 euros.

50
Itens de construção

34 Um estudante de Matemática pretende preparar-se para um exame que irá realizar. Assim sendo, no
primeiro dia de preparação resolve 10 exercícios, no dia seguinte resolve 12, e assim sucessivamente,
ou seja, em cada dia resolve sempre mais dois exercícios do que no dia anterior. Determina uma
expressão geral da sucessão do número de exercícios resolvidos ao fim de n dias e calcula, ao fim de
15 dias, quantos exercícios resolveu, no total, este estudante.

Solução: un = 2n + 8; 360 exercícios.

35 Sabendo que todos os termos seguem a mesma lei de formação que é sugerida, define por recorrência
cada uma das seguintes sucessões.
a) 2, 4, 6, 8, 10, …

b) 4, 3, 2, 1, 0, …

c)
a , a , a , a , a ,…
2 4 8 16 32

d) a3, 3a2, 9a, 27,


81 , …
a

Soluções: a) u1 = 2, un + 1 = un + 2, ∀ n ∈N b) u1 = 4, un + 1 = un – 1, ∀ n ∈N c) u1 = a , un + 1 = 1 un, ∀ n ∈N
2 2
3
d) u1 = a3, un + 1 = u , ∀ n ∈N
a n

36 Estuda, quanto à monotonia, as sucessões definidas por:




2n se n ímpar
a) an =
3n se n par
b) bn = (4 – n)2

c) cn = 3 ¥ 2n – 1

d) dn =
n+1
2n + 1

se n ≤ 10


n
e) en = n+1
se n > 10
2

Soluções: a) Sucessão não monótona. b) Sucessão não monótona. c) Sucessão crescente. d) Sucessão decrescente.
e) Sucessão não monótona.

37 Prova que são limitadas as seguintes sucessões.


a) un =
n+1
n+3
b) vn = 4 + cos(n)

c) wn = p –n

51
TEMA III Sucessões

Aprende Fazendo

Itens de construção

38 Mostra que:
a) a sucessão (un) definida por un =
4n é monótona e limitada;
3n + 2

b) a sucessão (vn) definida por vn = 1 –


1 n é monótona e não limitada;
2
c) a sucessão (wn) definida por wn = (–1)n. n é não monótona e não limitada;

d) a sucessão (xn) definida por xn = 3 + (–1)n.


1 é não monótona e limitada.
n

39 Considera a sucessão (un) definida por un = 1 – 2sen hi np hi .


j 3 j
a) Determina o valor exato de u2014 – u2015.

b) Indica, justificando, se existe na sucessão algum termo igual a 1.

c) Prova que a sucessão é não monótona.

d) Prova que a sucessão é limitada.

Soluções: a) 0 b) Existe, todos os termos de ordem n = 3k, k ∈N.

40 Determina uma expressão do termo geral da progressão aritmética (un) e estuda a sua monotonia,
sabendo que:
a) u1 = 4 e un + 1 – un = –3

b) u10 = –46 e un + 1 – un = –5

c) u10 = 8 e u60 = 33

d) u180 = 10 e u200 = 0

e) u2 = –16 e u9 = –2


u1 = –17
f)
un + 1 = un + 6, ∀ n ∈N

Soluções: a) un = –3n + 7; decrescente. b) un = –5n + 4; decrescente. c) un = 1 n + 3; crescente. d) un = – n + 100;


2 2
decrescente. e) un = 2n – 20; crescente. f) un = 6n – 23; crescente.

41 De uma progressão aritmética de razão 4, sabe-se que o primeiro termo é 3 e que a soma dos n pri-
meiros termos é 465. Determina o valor de n.

Solução: 15

52
Itens de construção

42 Considera uma progressão aritmética (un) de razão 6 e primeiro termo igual a –3.
a) Exprime (un) em função de n.

b) Calcula u8 + u9 + … + u43.

c) Sabendo que a soma dos n primeiros termos é 37 629, determina n.

Soluções: a) un = 6n – 9 b) 5184 c) 113

43 Considera a sequência 1; 1,1; 1,2; …; 99,9; 100, em que cada número é maior 0,1 unidades do que
o anterior. Determina:
a) o número de elementos da sequência;

b) a soma de todos os números da sequência.

Soluções: a) 991 b) 50 045,5

44 Determina uma expressão do termo geral da progressão geométrica (vn) e estuda a sua monotonia,
sabendo que:
v
a) v1 = 4 e n + 1 = 3 b) v3 = 150; v7 = 93 750 e r < 0
vn

Soluções: a) vn = 4 ¥ 3n – 1; crescente. b) vn = 6 ¥ (–5)n – 1; não monótona.

45 Considera a sucessão (wn) definida por wn = 2n .


3
a) Prova que (wn) é uma progressão geométrica e indica a sua razão.

b) Estuda, quanto à monotonia, a sucessão (wn).

c) Determina uma expressão, Sn, da soma dos n primeiros termos da sucessão (wn).

n
Soluções: a) 1 b) Decrescente. c) Sn = 1 – hi 1 hi
3 j3j Animação
“Resolução do exercício 45”

46 Determina a razão de uma progressão geométrica, da qual se sabe que:


a) a razão é positiva, o primeiro termo é o dobro da razão e a soma dos dois primeiros termos é 24;

b) 8a, 5a – 3, a + 3 e a são os quatro primeiros termos da progressão.

Soluções: a) 3 b) 1
2

47 O Pedro efetuou um depósito de 2000 euros num banco, num regime de juro composto, isto é, os
juros são adicionados ao capital inicial, de modo a renderem também mais juros, à taxa anual de 1,3%.
a) Qual é o valor aproximado às unidades do capital acumulado ao fim de 1 ano? E ao fim de 4 anos?

b) Determina a expressão que permite obter o capital acumulado ao fim de n anos.

Soluções: a) 2026 euros; 5 2106 euros. b) un = 2026 ¥ 1,013n – 1

53
TEMA III Sucessões

Aprende Fazendo

Itens de construção

48 Considera a figura constituída por uma sequência de circunferências.

Sabe-se que a primeira circunferência tem um diâmetro com 6 unidades de medida e que a medida
do diâmetro de cada uma das circunferências seguintes é metade do diâmetro da anterior. Considera
que se podem construir nestas condições tantas circunferências quantas se queira.
a) Seja (Pn) a sucessão dos perímetros destas circunferências. Define esta sucessão por recorrência e
determina uma expressão para o termo geral.
b) Seja (An) a sucessão das áreas destas circunferências. Define esta sucessão por recorrência e deter-
mina uma expressão para o termo geral.

P1 = 6p A1 = 9p




n–1 n–1
h1h h1h
Soluções: a) 1 ; Pn = 6p i i b) 1 ; An = 9p i i
Pn = P ,n≥2 j 2 j An = A ,n≥2 j 4 j
2 n–1 4 n–1

49 Considera a condição:
h
i1 – 1 hi hi1 – 1 hi hi1 – 1 hi … hi1 – 1 hi = 1
j 2j j 3j j 4j j nj n

Prova, pelo método de indução matemática, que a condição é universal em N\{1}.

50 Prova, pelo método de indução matemática, que a proposição seguinte é verdadeira.


∀ n ∈N, 1 + 1 + 1 + … + 1 = n
1¥2 2¥3 3¥4 n ¥ (n + 1) n + 1

51 Considera a sucessão (vn) definida por v1 = 7 ∧ ∀ n ∈N, vn + 1 = vn + 2. Prova, utilizando o princípio


de indução, que vn = 7 + (n – 1) ¥ 2.

52 Considera a sucessão (un) definida por u1 = 7 ∧ ∀ n ∈N, un + 1 = un . Prova, utilizando o princípio de


n–1
2
indução, que un = 7 ¥ hi 1 hi .
j2j
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 11.º ano

54
Itens de construção

53 Averigua se existe um número real positivo L tal que ∀ n ∈N, |un| < L, sendo:

a) un =
3 b) un =
2n + 1
2n + 1 3

Soluções: a) Por exemplo, L = 2. b) Não existe nenhum número real L nas condições dada.

54 Sendo (un) a sucessão definida por un = –4 – 1 , prova que é verdadeira a proposição:


n
“Existe um número real positivo L tal que ∀ n ∈N, |un| < L.”

55 Calcula a soma de todos os números ímpares compreendidos entre 151 e 413 (inclusive).

Solução: 37 224

56 Prova, por indução matemática, que:


2n
- (–1)k . (2k + 1) = 2n, ∀ n ∈N
k =1

57 Demonstra, utilizando o princípio de indução matemática, que:


a) 32n – 1 é divisível por 8, ∀ n ∈N;

b) ∀ n ∈N, 3n2 + n – 2 é um número par;

c) 4n > n2, ∀ n ∈N.

58 (**) Usa o método de indução em n para mostrar que, sendo a e n números naturais, an – 1 é múltiplo
de a – 1.
(**) grau de dificuldade muito elevado
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 11.º ano

59 Seja (un) a sucessão definida por:


u1 = 2 e un + 1 = un + 2 , ∀ n ∈N
3
a) Mostra, por indução matemática, que ∀ n ∈N, un > 1.

b) Prova que (un) é decrescente.

60 (*) Prova que a soma de duas progressões aritméticas é ainda uma progressão aritmética de razão
igual à soma das razões das progressões iniciais.
(*) grau de dificuldade elevado
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 11.º ano

(*) e (**) Os graus de dificuldade elevados e muito elevados correspondem a desempenhos que não serão exigíveis à
totalidade dos alunos.

55
TEMA III Sucessões

Aprende Fazendo

Itens de construção

61 (*) Mostra que as sucessões definidas por um termo geral da forma un = an + b, a, b ∈R são progressões
aritméticas de razão a.
(*) grau de dificuldade elevado
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 11.º ano

62 (*) Três termos consecutivos de uma progressão aritmética são dados, para um determinado valor
negativo de x, respetivamente, por x – 1, x2 e x + 5.
a) Determina esses três termos.

b) Supondo que o quinto termo é igual a 4, determina o termo geral da sucessão.


(*) grau de dificuldade elevado
Soluções: a) –2, 1 e 4 b) un = 3n – 11 Adaptado de Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 11.º ano

63 (**) As medidas de amplitude dos ângulos internos de um pentágono convexo estão em progressão
aritmética. Determina a amplitude do ângulo mediano.
(**) grau de dificuldade muito elevado
Solução: 108º Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 11.º ano

64 Sabendo que a soma de três termos consecutivos de uma progressão aritmética é 18 e que o seu pro-
duto é 66, determina esses números.

Solução: 1, 6 e 11

65 (**) Sabe-se que (un) é uma progressão aritmética de razão 3. Justifica que a sucessão definida por
wn = 2–3un é uma progressão geométrica e indica a razão.
(**) grau de dificuldade muito elevado
Solução: 1 Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 11.º ano
512

66 (*) Prova que o produto de duas progressões geométricas é ainda uma progressão geométrica de razão
igual ao produto das respetivas razões.
(*) grau de dificuldade elevado
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 11.º ano

(*) e (**) Os graus de dificuldade elevados e muito elevados correspondem a desempenhos que não serão exigíveis à
totalidade dos alunos.

56
Itens de construção

67 (*) Prova que as sucessões definidas por um termo geral do tipo un = a ¥ bcn + d, n ∈N, a, b, c ∈R\{0}
e d ∈R são progressões geométricas de razão bc.
(*) grau de dificuldade elevado
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 11.º ano

68 Na figura seguinte está representado um quadrado [ABCD] cuja medida do lado é 16 unidades.
Os quadrados que se construíram a partir deste obtiveram-se, tal como a figura sugere, dividindo cada
lado em quatro partes iguais.
A F B

J
E

I
K
G
L

D H C

a) Indica a medida do lado de cada um dos quadrados desenhados.

b) Considera a sucessão (An) das medidas dos lados dos quadrados que se podem formar utilizando
este processo repetidamente.
i) Prova que esta sucessão é uma progressão geométrica e indica a respetiva razão.

ii) (*) Prova que para todo o número natural n:


11 – 3n n–1
An = 2 2 ×5 2

c) (*) Averigua se existe um quadrado de lado


25 .
4
d) (*) Considera a sucessão (Bn) das áreas destes quadrados. Justifica que se trata de uma progressão
geométrica, indicando a razão e escrevendo uma expressão para o termo geral.
(*) grau de dificuldade elevado
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 11.º ano

Soluções: a) 4√∫1∫0, 10 b) i) r = √∫1∫0 c) Sim. Para n = 5, An = 25 . d) r = 5 ; Bn = 256 ¥ hi 5 hi


n–1
= 211 – 3n ¥ 5n – 1
4 4 8 j8j

69 (*) Considera uma sequência (u1, u2, u3, …, un) de n termos em progressão geométrica. Mostra que,
para todo o número natural p tal que 0 ≤ p ≤ n – 1, u1 + p ¥ un – p = u1 ¥ un.
(*) grau de dificuldade elevado
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 11.º ano

(*) Os graus de dificuldade elevados correspondem a desempenhos que não serão exigíveis à totalidade dos alunos.

57
TEMA III Sucessões
TEMA I Trigonometria e Funções Trigonométricas

UNIDADE 4
Limites de sucessões

Simulador
4.1. Definição de limite de uma sucessão e convergência
GeoGebra: “Sucessão de polígonos
inscritos numa circunferência” Considera a sucessão (un) definida por un = 1 + 1 .
Resolução n
PowerPoint: Todos os exercícios Observa os primeiros termos desta sucessão e a respetiva representação gráfica:
de “Limites de sucessões”
• u1 = 2
• u2 = 3 = 1,5
2 un

• u3 = 4 = 1,333333…
3 2

• u4 = 5 = 1,25 4 1,5
4 3
1,25 1
• u5 = 6 = 1,2
5
56 Determina a ordem depois
da qual: • u6 = 7 = 1,166666…
6 O 1 2 3 4 5 6 n
a) os termos da sucessão
•…
1
un = são menores que
n • u100 = 101 = 1,01
0,01; 100
b) os termos da sucessão • u1000 = 1001 = 1,001
1 1000
vn = são menores
2n + 1
que 0,001; Observando os valores obtidos e a representação gráfica acima, somos levados a con-
c) os termos da sucessão jeturar que os termos da sucessão se aproximam de 1.
n
wn =
3n + 1
distam de Repara que existe uma ordem p, depois da qual todos os termos da sucessão satisfazem
1
menos de 0,0001. a condição |un – 1| < 0,1:
3
i i i i
|un – 1| < 0,1 ⇔ i1 + 1 – 1i < 0,1 ⇔ i 1 i < 0,1 ⇔ 1 < 1 ⇔ n > 10
i n i ini n 10
Ou seja, depois do 10.º termo todos os termos da sucessão satisfazem a condição
|un – 1| < 0,1, isto é, distam de 1 menos do que 0,1.

E, existe uma ordem p, depois da qual todos os termos da sucessão satisfazem a condi-

PROFESSOR ção |un – 1| < 0,01:

i i i i
Soluções |un – 1| < 0,01 ⇔ i1 + 1 – 1i < 0,01 ⇔ i 1 i < 0,01 ⇔ 1 < 1 ⇔ n > 100
56. i n i ini n 100
a) Ordem 100.
Ou seja, depois do 100.º termo, todos os termos da sucessão satisfazem a condição
b) Ordem 499.
c) Ordem 1110. |un – 1| < 0,01, isto é, distam de 1 menos do que 0,01.

58
UNIDADE 4 Limites de sucessões

Na verdade, por mais pequeno que seja o valor de δ positivo, existe sempre uma ordem
SUC11_6.1
p depois da qual todos os termos da sucessão satisfazem a condição |un – 1| < δ.
Ora vejamos:
i i i i
|un – 1| < δ ⇔ i1 + 1 – 1i < δ ⇔ i 1 i < δ ⇔ 1 < δ ⇔ n > 1 Simulador
i n i ini n d GeoGebra: “Limite de uma sucessão
convergente”
Concluímos, então, que, para qualquer δ > 0, se considerarmos um número natural p,
superior a 1 , se tem |un – 1| < δ, desde que n ≥ p. 57 Considera a sucessão (un)
d
n+1
Diz-se que un tende para 1 e representa-se por un " 1. definida por un = .
2n + 1
a) Determina a ordem
depois da qual:
i 1i
Definição i) iun – i < 0,03;
i 2i
ii) os termos da sucessão
Dada uma sucessão (un), um número real l diz-se limite da sucessão (un) ou limite 1
(un) distam de
de un quando n tende para +', quando, para todo o número real δ > 0, existir uma 2
menos de 0,001;
ordem p ∈N tal que ∀n ∈N, n ≥ p ⇒ |un – l| < δ.
i 1i
iii) iun – i < δ, sendo
Nesta situação, diz-se que un tende para l e representa-se por un " l. i 2i
δ um qualquer
número real positivo.
b) O que podes concluir
Nota acerca da existência de
limite da sucessão (un)?
Se existir um número real l tal que un " l, diz-se que a sucessão (un) é convergente.
Caso não seja convergente diz-se que a sucessão é divergente.

58 Prova, por definição de


limite, que:

Exercício resolvido 1
a) lim =0
n

Prova, por definição de limite, as seguintes afirmações. 6n


b) lim =3
2n + 1
a) lim
3 =0
n2
n Æ +' n+3 c) lim =1
n2 + 1

b) lim
4n + 5 = 2
1 – 2n 2
n Æ +' 2n – 1 d) lim =–
Adaptado de Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 11.º ano 3n + 4 3

Sugestão de resolução
PROFESSOR
a) Para provar, por definição de limite, que lim
3 = 0, temos que provar
n Æ +' n + 3 Soluções
que, para qualquer número real δ > 0, existe uma ordem p tal que, para 57.
a) i) Ordem 7.
ordens superiores a p, a distância de 3 a 0 é inferior a δ, isto é, para
n+3 ii) Ordem 249.
todo o número real δ > 0, existe uma ordem p ∈N tal que: iii) Para cada d > 0, é o número
i 3 – 0i < δ natural p igual à parte inteira
∀n ∈N, n ≥ p ⇒ i i 1 – 2d
in +3 i de .
4d
(continua) 1
b) Existe lim un e lim un = .
2

59
TEMA III Sucessões

59 Prova, por definição de Exercício resolvido


limite, que a sucessão de (continuação)
termo geral un = 2n + 3
não tende para 3. Sugestão de resolução

Seja δ > 0 um número qualquer.


i 3 – 0i < δ ⇔ i 3 i < δ
i i i i
in +3 i in + 3i

⇔ 3 <δ
n+3

⇔ 3 <n+3
δ

⇔ 3 –3<n
δ

⇔ n > 3 – 3δ
δ

Concluímos, então, que, para qualquer δ > 0, se considerarmos um número


60 Indica o termo geral de
i i
uma sucessão: natural p, superior a 3 – 3δ , se tem i 3 – 0i < δ, desde que n ≥ p.
δ i n + 3 i
a) convergente para 0;
Provamos, assim, que lim 3 = 0.
b) convergente para –2; n Æ +' n+3
c) divergente.

b) Seja δ > 0 um número qualquer.

i 4n + 5 i i i
i – 2i < δ ⇔ i 4n + 5 – 4n + 2 i < δ
i 2n – 1 i i 2n – 1 i

i 7 i
⇔ i i <δ
i 2n – 1i

⇔ 7 <δ
2n – 1
7
⇔ < 2n – 1
δ
7
⇔ + 1 < 2n
δ
7
⇔ + 1 <n
2δ 2

⇔n> 7+δ

PROFESSOR Concluímos, então, que, para qualquer δ > 0, se considerarmos um número


natural p, superior a 7+ δ , se tem i 4n + 5 – 2i < δ, desde que n ≥ p.
Soluções i i
2δ i 2n – 1 i
60.
1
a) Por exemplo, – .
n
1 Provamos, assim, que lim 4n + 5 = 2.
n Æ +' 2n – 1
b) Por exemplo, –2 + .
n
c) Por exemplo, n.

60
UNIDADE 4 Limites de sucessões

Propriedades SUC11_6.2

Teorema da Unicidade
Uma sucessão (un) convergente admite um único limite e representa-se por lim un
n Æ +'
ou lim un ou lim un.
n

Demonstração
Suponhamos que uma dada sucessão (un) é convergente e que admite dois limites dis-
tintos a e b:
un " a e un " b

Como a e b são distintos, suponhamos que b < a (a demonstração seria idêntica no


caso de b > a).

Seja δ um número real positivo inferior a a – b .


2
b a

b–δ b+δ a–δ a+δ

Uma vez que un " a, sabemos, pela definição de limite, que:

• existe uma ordem p1 ∈N tal que ∀n ∈N, n ≥ p1 ⇒ |un – a| < δ;

logo:
Notas
• existe uma ordem p1 ∈N tal que ∀n ∈N, n ≥ p1 ⇒ un > a – δ.
1. |un – a| < δ
⇔ –δ < un – a < δ
Por outro lado, un " b e, pela definição de limite, sabemos que: ⇔ a – δ < un < a + δ

• existe uma ordem p2 ∈N tal que ∀n ∈N, n ≥ p2 ⇒ |un – b| < δ; 2. |un – b| < δ
⇔ –δ < un – b < δ
logo: ⇔ b – δ < un < b + δ

• existe uma ordem p2 ∈N tal que ∀n ∈N, n ≥ p2 ⇒ un < b + δ.

Então:
a – δ < un < b + δ
Consequentemente:
a–δ<b+δ

ou seja:
δ> a–b
2
o que é absurdo, pois:
δ< a–b
2
O absurdo resultou de termos suposto que a e b eram valores distintos.
Logo, a = b.

Fica assim provado que uma sucessão não pode admitir mais do que um limite.

61
TEMA III Sucessões

SUC11_6.3 Uma das características do limite de uma sucessão convergente é que duas sucessões
SUC11_6.7
que se diferenciem apenas num número finito de termos têm o mesmo limite.

Nota
Teorema
A propriedade é válida seja
qual for a ordem dos Dada uma sucessão (un) com limite l ∈R, qualquer sucessão (vn) que possa ser obtida
termos distintos, desde que de (un) alterando apenas um número finito de termos tem o mesmo limite.
estes sejam em número
finito.

Repara nas sucessões (an) e (bn) definidas, respetivamente, por:


5 se n < 10
an = 1 e bn = 1
se n ≥ 10 n
n

As sucessões (an) e (bn) diferem apenas num número finito de termos e, como podes
verificar, são ambas convergentes para zero.

an bn
5 1

61 Acerca de uma sucessão 1


10
(un), sabe-se que lim un = 2. 1
Indica, justificando, qual 11
O 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 … n O 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 … n
das seguintes afirmações
é necessariamente
verdadeira.
(I) (un) é monótona. Existem sucessões limitadas que não são convergentes.
(II) Para todo o número real No entanto, todas as sucessões convergentes são necessariamente limitadas.
δ > 0, existe uma ordem
p ∈N tal que ∀n ∈N,
n ≥ p ⇒ |un – 3| < δ.
(III) Existe L ∈R+ tal que
Teorema
∀n ∈N, |un| < L. Uma sucessão (un) convergente é sempre limitada.

Exemplos

1. Seja (un) a sucessão definida por un = 2 +


1.
n
un

PROFESSOR 2

Solução
O 1 2 3 4 5 6 7 8 n
61. (III) é verdadeira, pois, sendo
(un) uma sucessão convergente,
Podemos provar que, para qualquer real positivo d, existe uma ordem p ∈N tal que
é limitada.
∀ n ∈N, n ≥ p ⇒ |un – 2| < d, ou seja, (un) é convergente de limite 2.

62
UNIDADE 4 Limites de sucessões

Por exemplo, se considerarmos d = 0,1, podemos verificar que |un – 2| < 0,1 se n > 10,
SUC11_6.4
ou seja, todos os termos de ordem superior a 10 pertencem ao intervalo ]1,9; 2,1[.
Por outro lado, existe apenas um número finito de termos da sucessão que não verificam
a condição |un – 2| < 0,1, e é fácil verificar que o conjunto desses termos, isto é, os ter-
mos de ordem entre 1 e 10, é limitado, pois encontram-se todos no intervalo [2,1; 3].
Mais geralmente, é fácil verificar que qualquer conjunto finito é limitado. Assim, pode-
mos afirmar que, por exemplo, 1,9 é um minimizante da sucessão e que, por exemplo,
3 é um maximizante da sucessão. Mostramos desta forma que a sucessão é limitada.
62 Mostra que as proposições
seguintes são falsas,
2. Seja (vn) a sucessão definida por vn =
n–2. exibindo um
n contraexemplo para cada
uma delas.
vn
a) Toda a sucessão
monótona é
convergente.
1 b) Toda a sucessão
O limitada é convergente.
1 2 3 4 5 6 7 8 n
–1
c) Toda a sucessão
convergente é
Poderíamos provar que (vn) tende para 1 e, à semelhança do que fizemos no exemplo monótona.
anterior, podemos concluir que a sucessão é limitada.

3. Seja (wn) a sucessão definida por wn = i–


h 1 h n.
i
j 2j

wn

1
1
4
O 1 2 3 4 5 6 7 8 n
–1
2
–1

Poderíamos provar que (wn) tende para 0 e, à semelhança do que fizemos no primeiro
exemplo, podemos concluir que a sucessão é limitada.

Em qualquer um dos exemplos anteriores de sucessões convergentes, independente-


mente de serem monótonas ou não, constatamos que se tratam de sucessões limitadas.
PROFESSOR
Um outro teorema importante, que será muito útil no estudo da convergência de uma Soluções
sucessão é o que se segue: 62.
a) un = n é monótona e não é
convergente.

Teorema b) un = (–1)n é limitada e não é


convergente.
• Uma sucessão crescente em sentido lato e majorada é convergente. h 1h
n
c) un = i– i é convergente
j 2j
• Uma sucessão decrescente em sentido lato e minorada é convergente.
mas não é monótona.

63
TEMA III Sucessões

Do teorema anterior, conclui-se que toda a sucessão monótona e limitada é convergente.


Animação
“Resolução do exercício 64 b”
Exemplos
1. Seja (un) a sucessão definida por un = 3 –
1.
un
63 Acerca de uma sucessão n
(un), sabe-se que A sucessão (un) é crescente, uma vez que un + 1 – un =
1 < un + 1 < un, ∀ n ∈N. 1 3
Qual das seguintes = > 0, ∀ n ∈N. Além disso, a sucessão é
n(n + 1)
afirmações não é
também majorada, pois, facilmente se prova que, 2
necessariamente
verdadeira? por exemplo, un < 4, ∀ n ∈N.
(A) (un) é decrescente. Trata-se assim de uma sucessão convergente. De facto, O n
1 2 3 4 5 6
(B) (un) é limitada. é possível provar que esta sucessão converge para 3.
(C) (un) é convergente.
2. Seja (vn) a sucessão definida por vn = 3 +
1.
vn
(D) lim un = 1. n
A sucessão (vn) é decrescente, uma vez que vn + 1 – vn =
4
= –1 < 0, ∀ n ∈N. Além disso, a sucessão é
n(n + 1)
também minorada, pois, facilmente se prova que, 3

por exemplo, un > 2, ∀ n ∈N.


Trata-se assim de uma sucessão convergente. De facto, O n
1 2 3 4 5 6
é possível provar que esta sucessão converge para 3.

64 Mostra que são Exercício resolvido


convergentes as sucessões
2
definidas por: Seja (un) a sucessão definida por un = 2n 2+ 1 . Mostra que se trata de uma sucessão
3 n
a) an = 2 convergente.
n
6n – 1
b) bn = Sugestão de resolução
n
(i) Comecemos por estudar a monotonia da sucessão:
2 2
un + 1 – un = 2(n + 1) 2+ 1 – 2n 2+ 1 =
(n + 1) n
2 2
= 2n + 4n + 22 + 1 – 2n 2+ 1 =
(n + 1) n
2 2 2 2
= (2n + 4n 2+ 3) 2¥ n – (2n 2+ 1) ¥ (n +2 1) =
(n + 1) ¥ n n ¥ (n + 1)
2 3 2 2 2
= 2n + 4n + 3n – (2n 2 + 1)2 ¥ (n + 2n + 1) =
(n + 1) ¥ n
2 3 2 4 3 2 2
= 2n + 4n + 3n – 2n – 24n –2 2n – n – 2n – 1 =
(n + 1) ¥ n

= –2n – 1
(n + 1)2 ¥ n2
Como para todo o número natural n se tem –2n – 1 < 0 e (n + 1)2 ¥ n2 > 0,
PROFESSOR vem que un + 1 – un = –2n 2– 1 2 < 0, ∀ n ∈N, logo a sucessão (un) é de-
(n + 1) ¥ n
Solução crescente em sentido lato.
63. Opção (D)

64
UNIDADE 4 Limites de sucessões

SUC11_6.8

Sugestão de resolução

(ii) Por outro lado, sabemos também que se trata de uma sucessão limitada,
2
pois, como 2n 2+ 1 = 2 + 12 e como, para todo n ∈N, 0 < 12 ≤ 1, vem que
n n n
1
2 < 2 + 2 ≤ 3.
n
Daqui se conclui que a sucessão é limitada, pois 2 < un ≤ 3, ∀ n ∈N.
De (i) e (ii), fica provado que a sucessão (un) é convergente, visto tratar-se
de uma sucessão monótona e limitada.

Nota que, concluiríamos da mesma forma que a sucessão (un) é convergente,


referindo que se trata de uma sucessão decrescente em sentido lato e mi-
2
norada (por exemplo, 0 é um minorante da sucessão, pois un = 2n 2+ 1 > 0,
n
∀ n ∈N).

sen n
65 Prova que lim = 0.
n
Teorema
Dada uma sucessão (un) limitada e uma sucessão (vn) com limite nulo, tem-se que:
lim (un vn) = 0

(*) Demonstração (*) Demonstração facultativa

(i) Se uma sucessão (un) é limitada, sabemos que existe um número real M > 0 tal que,
para todo o número natural n, |un| ≤ M.
(ii) Se a sucessão (vn) tem limite nulo, sabemos que, para todo o número real d > 0,
existe uma ordem p ∈N tal que ∀ n ∈N, n ≥ p ⇒ |vn| ≤ d.

Pretendemos provar que a sucessão (unvn) tem limite nulo, isto é, que, para todo o nú-
mero real e > 0, existe uma ordem q ∈N tal que ∀ n ∈N, n ≥ q ⇒ |unvn| < e. Consideremos
então um qualquer real positivo e.
Por (i) podemos afirmar que |unvn| ≤ M|vn|.

Tomando o real positivo d = e e por (ii), temos que existe uma ordem p ∈N tal que
M
∀ n ∈N, n ≥ p ⇒ |vn| < e . Uma vez que |vn| < e ⇔ M|vn| < e e que |unvn| < M|vn|,
M M
temos que, para n ≥ p, |unvn| < e. Daqui, concluímos que a sucessão (un vn) tem limite nulo.

Exemplos
(–1)n
1. lim = 0, pois –1 ≤ (–1)n ≤ 1, ∀ n ∈N e lim 1 = 0.
n n
cos(nx) 1
2. lim = 0, onde x é um número real, pois –1 ≤ cos(nx) ≤ 1, ∀ n ∈N, ∀ x ∈R e lim = 0.
n n

65
TEMA III Sucessões

SUC11_6.5
SUC11_6.6
4.2. Limites infinitos
Consideremos a sucessão (un) definida por un = 2n. un
8
Simulador
Sabes, intuitivamente, que à medida que n aumenta, os 7
GeoGebra: “Curva de Von Koch” termos da sucessão tornam-se também tão grandes quanto 6
5
pudermos imaginar. 4
3
Diz-se que esta sucessão tende para +'. 2
66 Determina a menor ordem
1
depois da qual os termos
da sucessão (un) são O 1 2 3 4 n
maiores que 10 000, De um modo geral:
sendo:
a) un = 2n + 1 Definição
b) un = 3n2 – 6n
Uma sucessão (un) tem limite +', e escreve-se lim un = +' ou lim un = +' ou
c) un = n2 – 1 n Æ +' n
lim un = +', quando, para todo o L > 0, existir uma ordem p ∈N tal que ∀ n ∈N,
d) un = √∫n + 4
n ≥ p ⇒ un > L.
Nesta situação, diz-se que un tende para +' e representa-se por un " +'.
Recorda

Implicação
contrarrecíproca Pela definição acima, facilmente concluímos que uma sucessão nestas condições não
(p ⇒ q) ⇔ (~q ⇒ ~p)
pode ser limitada, uma vez que não admite majorantes, logo não é convergente e, portanto,

[(un) convergente ⇒ (un) é divergente.


limitada] ⇔
⇔ [(un) não limitada ⇒ (un) Voltemos ao exemplo anterior e provemos, por definição, que lim (2n) = +'.
n Æ +'
não convergente]
Dado L ∈R+.
Pretendemos encontrar uma ordem depois da qual todos os termos da sucessão sejam
maiores do que L, isto é, 2n > L.
67 Determina a menor ordem
depois da qual os termos Concluímos, então, que para qualquer L > 0, se considerarmos um número natural p,
da sucessão (un) são
superior a L , se tem n > L , desde que n ≥ p.
menores que –10 000, 2 2
sendo:
Provamos, então, que lim (2n) = +'.
a) un = –2n + 10 n Æ +'

b) un = –n2 – 10n
Definição

PROFESSOR Uma sucessão (un) tem limite –', e escreve-se lim un = –' ou lim un = –' ou
n Æ +' n
lim un = –', quando, para todo o L > 0, existir uma ordem p ∈N tal que ∀ n ∈N,
Soluções
66.
n ≥ p ⇒ un < –L.
a) 4999 Nesta situação, diz-se que un tende para –' e representa-se por un " –'.
b) 58
c) 100
d) 99 920 016
Pela definição acima, facilmente concluímos que uma sucessão nestas condições não
67.
a) 5005 pode ser limitada, uma vez que não admite minorantes, logo não é convergente e, portanto,
b) 95 também é divergente.

66
UNIDADE 4 Limites de sucessões

Exemplo

Considera a sucessão (vn) definida por vn = –n.

vn
1 2 3 4 5 6 7
O n
–1
–2
–3
–4
–5
–6
–7

Provemos, por definição, que lim (–n) = –'.


n Æ +'

Dado L ∈R+, pretendemos encontrar uma ordem depois da qual todos os termos da su-
cessão sejam menores do que –L, isto é, –n < –L, ou seja, n > L.

Concluímos, então, que, para qualquer L > 0, se tem –n < –L, desde que n ≥ p, para p na-
tural e superior a L.

Provamos, então, que lim (–n) = –'.


n Æ +'

Exercício resolvido 68 Prova, por definição de


limite, que:
Prova, por definição de limite, as seguintes afirmações. a) lim (n – 10) = +'

a) lim (n – 3) = +' b) lim (6 – 2n) = –'


n Æ +'

b) lim (–4n + 6) = –'


n Æ +'
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 11.º ano

Sugestão de resolução

a) Dado L ∈R+:
n–3>L⇔n>L+3
69 Mostra que:
Concluímos, então, que, para qualquer L > 0, se considerarmos um número
natural p, superior a L + 3, se tem n – 3 > L, desde que n ≥ p. a) se (un) é uma
progressão aritmética
Provamos, então, que lim (n – 3) = +'. de razão r > 0, então
n Æ +'
lim un = +';
b) se (un) é uma
b) Dado L ∈R+:
progressão aritmética
–4n + 6 < –L ⇔ – 4n < –L – 6 ⇔ 4n > L + 6 ⇔ n > L + 6 de razão r < 0, então
4
lim un = –'.
Concluímos, então, que, para qualquer L > 0, se considerarmos um número
natural p, superior a L + 6 , se tem – 4n + 6 < –L, desde que n ≥ p.
4
Provamos, então, que lim (–4n + 6) = –'.
n Æ +'

67
TEMA III Sucessões

SUC11_6.7 Propriedades
SUC11_6.9
Já vimos que duas sucessões convergentes que se diferenciem apenas num número
finito de termos têm o mesmo limite. Esta propriedade pode ser estendida às sucessões
divergentes.

Teorema
Dada uma sucessão (un), sem limite, com limite +' ou com limite –', qualquer su-
cessão (vn) que possa ser obtida de (un), alterando apenas um número finito de termos,
também não tem limite, tem limite +' ou tem limite –', respetivamente.

Repara nas sucessões (cn) e (dn) definidas, respetivamente, por:


5 se n é divisor de 12
cn = e dn = n
n se n não é divisor de 12

As sucessões (cn) e (dn) diferem apenas num número finito de termos e, como podes veri-
ficar, tendem ambas para +'.

cn dn

14 14
13 13
12 12
11 11
10 10
9 9
8 8
7 7
6 6
5 5
4 4
3 3
2 2
1 1
O 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 n O 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 n

Teorema
Dados números reais a, b, c e d e dada a sucessão de termo geral un = an + b , com
cn + d
cn + d & 0 para todo o n, tem-se que:
an + b a
• lim = se c & 0
cn + d c

• lim an + b = +' se c = 0 e a > 0


cn + d d
an + b
• lim = –' se c = 0 e a < 0
cn + d d
an + b b
• lim = se a = c = 0
cn + d d

68
UNIDADE 4 Limites de sucessões

Demonstração
SUC11_6.9
Consideremos a sucessão de termo geral un = an + b , com cn + d & 0 para todo o n:
cn + d
1.º caso Nota
Seja δ > 0 um número qualquer e c & 0. De um modo geral,
i an + b i i i i i se a, b ∈R, tem-se:
i – a i < δ ⇔ i acn + bc – acn + ad i < δ ⇔ i acn + bc – acn – ad i < δ
i cn + d ci i c(cn + d) c(cn + d) i i c(cn + d) i
• |ab| = |a||b|
i bc – ad i
⇔ i i <δ
i c(cn + d) i • ii a ii = |a| se b & 0
ibi |b|
⇔ |bc – ad| < δ • |a + b| ≤ |a| + |b|
|c||cn + d|

⇔ |bc – ad| < |cn + d|


|c|d
Como |cn| = |cn + d – d| ≤ |cn + d| + |d|, temos |cn + d| ≥ |cn| – |d|, pelo que, para se
provar a desigualdade anterior, basta que se prove que |bc – ad| < |cn| – |d|.
|c|d
70 Prova, por definição de
|bc – ad| |bc – ad| limite, que:
< |cn| – |d| ⇔ + |d| < |c||n| ⇔ |bc –2ad| + |d| < n
|c|d |c|d |c| d |c| n+2 1
a) lim =
3n + 1 3
⇔ n > |bc –2ad| + |d| 2n – 1
|c| d |c| b) lim = +'
4
Concluímos, então, que, para qualquer δ > 0, se considerarmos um número natural p, –n + 5
c) lim = –'
i i 7
superior a |bc –2ad| + |d| , se tem i an + b – a i < δ, desde que n ≥ p.
|c| d |c| i cn + d c i 5 5
d) lim =
7 7
a
Provamos, assim, que lim an + b = se c & 0.
cn + d c

2.º caso
Dados L ∈R+, c = 0 e a > 0, tem-se que:
d
an + b an + b
=
cn + d d
e:
an + b > L ⇔ a n + b > L ⇔ a n > L – b
d d d d d

⇔n> d L– b ¥ d
a d a

⇔n> d L– b
a a
Concluímos, então, que, para qualquer L > 0, se considerarmos um número natural p,
superior a d L – b , se tem an + b > L, desde que n ≥ p.
a a d
Provamos, então, que:
lim an + b = +' se a > 0
d d
isto é:
an + b
lim = +' se c = 0 e a > 0
cn + d d
69
TEMA III Sucessões

3.º caso
SUC11_6.9
Dados L ∈R+, c = 0 e a < 0, tem-se que:
d
an + b an + b
=
71 Determina os seguintes cn + d d
limites.
e:
6n + 1
a) lim an + b < –L ⇔ a n + b < –L ⇔ a n < –L – b
3n + 2
d d d d d
5n – 1
b) lim
⇔n>– d L– b ¥ d
10
n+5 a d a
c) lim
–4
d) lim 9 ⇔n>– d L– b
a a
Concluímos, então, que, para qualquer L > 0, se considerarmos um número natural p,
superior a – d L – b , se tem an + b < –L, desde que n ≥ p.
a a d
Provamos, então, que:
lim an + b = –' se a < 0
d d
isto é:
lim an + b = –' se c = 0 e a < 0
cn + d d

4.º caso

Seja δ > 0 um número qualquer e a = c = 0.

Tem-se que:
an + b b
=
cn + d d
e:
ib i
i – b i < δ ⇔ 0 < δ, que é uma condição universal.
id di
i an + b bi
Concluímos, então, que para qualquer δ > 0, se tem i – i < δ, para todo o n
i cn + d di
natural.

Provamos, assim, que:

lim b = b
d d
isto é:
an + b b
lim = se a = c = 0
cn + d d
PROFESSOR
Observa que o último limite equivale a afirmar que o limite de uma sucessão constante
Soluções é a própria constante.
71.
a) 2
b) +'
c) –'
Dada a sucessão de termo geral un = k, com k ∈R, tem-se que lim k = k.
d) 9

70
UNIDADE 4 Limites de sucessões

Observa os exemplos seguintes, que resultam da aplicação do teorema anterior. SUC11_6.10


SUC11_6.31
Exemplos
2n – 3 2 72 Prova, por definição de
1. lim = 2. lim n = +' 3. lim (–2n – 3) = –'
5n + 1 5 limite, que:

1 =0 1 =0 3=3 a) lim n2 = +'


4. lim 5. lim 6. lim
n n+5 4 4 b) lim √∫n = +'
1
c) lim =0
O seguinte teorema permite determinar o limite de uma sucessão cujo termo geral é n2

definido por un = nq, para diversos valores de q. 1


d) lim =0
√∫n

(*) Teorema (*) Deves saber este resultado


de memória.
Dado um número racional q, tem-se que:
• lim nq = +' se q > 0;
• lim nq = 0 se q < 0. 73 Determina:
a) lim n3

b) lim √∫n∫2
Demonstração 3
c) lim n 4
Seja L ∈R+ e q ∈Q+. Seja q = r , com r, s ∈N. 3
s –
4
r d) lim n
nq > L ⇔ ns > L ⇔ n > r√∫Ls 1
e) lim
n3
Concluímos, então, que, para qualquer L > 0, se considerarmos um número natural p,
1
f) lim
superior a r√∫Ls, se tem nq > L, desde que n ≥ p. √∫n5∫

Provamos, assim, que lim nq = +' se q > 0.

Seja δ > 0 um número qualquer e q ∈Q–. Seja q = – r , com r, s ∈N. APRENDE FAZENDO
s
i – ri r Págs. 98, 99, 100, 101,
√∫
s
|nq| < δ ⇔ iin s ii < δ ⇔ 1r < δ ⇔ 1 < n s ⇔ r hi 1 hi < n 102 e 104
d jdj Exercícios 1, 2, 3, 4, 5, 6,
ns 9, 10, 14, 15, 19, 20, 21,
27 e 28
√∫
⇔ r 1s < n
d CADERNO DE EXERCÍCIOS
E TESTES
Concluímos, então, que, para qualquer δ > 0, se considerarmos um número natural p,
Págs. 40 e 41

d√∫
superior a r 1s , se tem |np|< δ, desde que n ≥ p. Exercícios 17, 18, 19 e 20

Provamos, assim, que lim nq = 0 se q < 0. PROFESSOR

Soluções
Observa os exemplos seguintes, que resultam da aplicação do teorema anterior.
73.
a) +'
Exemplos b) +'
1 c) +'
1. lim n2 = +' 2. lim √∫n = +', pois √∫n = n 2 . d) 0
e) 0
3 f) 0
1
3. lim n 2 = +' 4. lim = 0, pois 12 = n–2.
n2 n
71
TEMA III Sucessões

SUC11_6.11 4.3. Operações com limites e situações indeterminadas


No 10.º ano já estudámos operações com funções reais de variável real. Como uma su-
74 Sejam (an) e (bn)
cessão é também uma função, podemos operar com sucessões da mesma forma.
as sucessões definidas Por exemplo, os termos da sucessão (anbn) obtêm-se multiplicando os termos da mesma
2
por an = (–1)n e bn = . ordem das sucessões (an) e (bn).
n
a) Calcula os três
Além disso, algumas das propriedades da sucessão (anbn) resultam diretamente das pro-
primeiros termos
da sucessão (an + bn). priedades de cada uma das sucessões (an) e (bn). Por exemplo, o conjunto dos termos
nulos de (anbn) é a união dos conjuntos dos termos nulos de (an) e (bn).
b) Define pelo seu termo
geral a sucessão Se uma sucessão é o resultado de uma operação entre duas sucessões, das quais co-
(an + bn). nhecemos o limite, é também possível, em muitas situações, determinar o limite daquela
a partir dos limites destas. Em seguida, vamos explorar em que situações tal é possível
e de que forma deve ser feito.

4.3.1. Operações com limites finitos


Os teoremas que vamos apresentar em seguida mostram qual é o resultado de algumas
operações entre limites, nos casos em que as sucessões iniciais são convergentes.

Teorema 1
Dadas duas sucessões (un) e (vn) convergentes, com limites respetivamente iguais a
l1 e l2, tem-se que a sucessão (un + vn) é convergente e lim (un + vn) = l1 + l2.

Demonstração
Consideremos duas sucessões (un) e (vn) convergentes, com limites respetivamente iguais
a l1 e l2.

Pela definição de limite, tem-se que:

• para todo o número real δ > 0, como d > 0, existe uma ordem p1 ∈N tal que
2
∀ n ∈N, n ≥ p1 ⇒ |un – l1| < d , isto é, – d < un – l1 < d , ou seja, l1 – d < un < l1 + d ;
2 2 2 2 2
• para todo o número real δ > 0, como d > 0, existe uma ordem p2 ∈N tal que
2
∀ n ∈N, n ≥ p2 ⇒ |vn – l2| < d , isto é, – d < vn – l2 < d , ou seja, l2 – d < vn < l2 + d .
PROFESSOR 2 2 2 2 2
Soluções
74.
a) 1; 2; –
1 Então, sendo p o maior dos números p1 e p2, tem-se que, se n ≥ p, então:
3
2
b) an + bn = (–1)n +
n l1 – d < un < l1 + d e l2 – d < vn < l2 + d
2 2 2 2

72
UNIDADE 4 Limites de sucessões

Logo, adicionando membro a membro, obtém-se: SUC11_6.12


SUC11_6.13
l1 – d + l2 – d < un + vn < l1 + d + l2 + d
2 2 2 2
l1 + l2 – δ < un + vn < l1 + l2 + δ
o que é equivalente a:
|un + vn – l1 – l2 | < δ

isto é:
|(un + vn) – (l1 + l2)| < δ
Provou-se, assim, que, para todo o número real δ > 0, existe uma ordem p ∈N tal
que ∀ n ∈N, n ≥ p ⇒ |(un + vn) – (l1 + l2)| < δ, ou seja, (un + vn) é convergente e
lim(un + vn) = l1 + l2.

Exemplos

h
1. lim i5 +
1 h = lim 5 + lim 1 = 5 + 0 = 5
i
j n2 j n2

n + 1 = lim h n + 1 h = lim 1 + lim 1 = 0 + 0 = 0 75 Sejam (cn) e (dn) as


2. lim i 2 i
n2 jn n2 j n n2 sucessões definidas por
2n 2
cn = e dn = .
5n + 1 n
De forma análoga se provam os seguintes teoremas.
a) Calcula os três
primeiros termos
da sucessão (cn × dn).
Teorema 2
b) Define pelo seu termo
Dadas duas sucessões (un) e (vn) convergentes, com limites respetivamente iguais a
geral a sucessão
l1 e l2, tem-se que a sucessão (unvn) é convergente e lim (unvn) = l1l2. (cn × dn).
c) Calcula lim (cn), lim (dn)
e lim (cn × dn).
Exemplos
1
d) Calcula lim .
cn
h
1. lim i5 ¥ 12 hi = lim 5 ¥ lim 12 = 5 ¥ 0 = 0
j n j n

h–3n – 5
2. lim i ¥ 2n + 1hi = lim –3n – 5 ¥ lim 2n + 1 = – 3 ¥ 2 = –3
j 2n – 3 n j 2n – 3 n 2

PROFESSOR
Teorema 3
Dada uma sucessão (un), convergente de termos não nulos, com limite l1 não nulo, Soluções

tem-se que lim 1 = 1 .


75.
un l1 2 4 1
a) ; ;
3 11 4
4
b) cn ¥ dn =
5n + 1
Exemplo 2
c) lim (cn) = ; lim (dn) = 0;
5
lim 1 = 1 = 1
lim (cn ¥ dn) = 0
5n 5n 5 5
lim d)
2
n+4 n+4

73
TEMA III Sucessões

SUC11_6.13
SUC11_6.14
SUC11_6.15
Teorema 4
Dada uma sucessão (un) convergente de termos não nulos, com limite l1 não nulo, e
76 Sejam (en) e (fn) as uma sucessão (vn) convergente, com limite l2, tem-se que a sucessão hi vn hi é conver-
j un j
sucessões definidas por gente e que lim hi vn hi = l2 .
6n + 1 2n + 7 j un j l1
en = e fn = .
n n+1
a) Define pelo seu termo
Exemplos
geral a sucessão hi n hi .
e
j fn j
1. lim
–10 = lim (–10) = – 10 = –5
b) Calcula lim (en) e lim (fn). 2n + 13 2
lim 2n + 13
he h n+1 n+1
c) Calcula lim i n i e
j fn j
lim hi n hi .
f –3n – 5 lim –3n – 5 – 3
j en j 2n – 3 2n – 3 2
2. lim = = =– 3
2n + 1 2 4
lim 2n + 1
n n
77 Sejam (gn) e (hn) as
sucessões definidas por
4n
Teorema 5
gn = n–2 e hn = .
2n + 1 Dada uma sucessão convergente (un) e um número real a, tem-se que a sucessão
Calcula: de termo geral (aun) é convergente e lim (aun) = a lim un.
a) lim (gn) e lim (hn)

b) lim (2016 gn) Exemplos

c) lim (7hn) h –
3h

3
i i
1. lim j2 ¥ n 2 j = 2 ¥ lim n 2 = 2 ¥ 0 = 0
d) lim (gn – hn)

e) lim (2gn – 3hn) h 1 ¥ –5n – 1 h = – 1 ¥ lim –5n – 1 = – 1 ¥ (–5) = 5


2. lim i– i
j 4 n+3 j 4 n+3 4 4

Como consequência dos teoremas 1 e 5, surge o seguinte teorema.

Teorema 6
Dadas duas sucessões (un) e (vn) convergentes, com limites respetivamente iguais a
l1 e l2, tem-se que a sucessão (un – vn) é convergente e lim (un – vn) = l1 – l2.
PROFESSOR

Soluções Exemplos
76.
en 6n2 + 7n + 1
h
1. lim i7 –
1 h = lim 7 – lim 1 = 7 – 0 = 7
a) = i
fn 2n2 + 7n j n4 j n4
b) lim (en) = 6; lim (fn) = 2
2. lim
n – 1 = lim h n – 1 h = lim 1 – lim 1 = 0 – 0 = 0
i 2 i
c) lim hi n hi = 3; lim hi n hi =
e f 1
j fn j j en j 3 n2 jn n2 j n n2
77.
a) lim (gn) = 0; lim (hn) = 2
Teorema 7
b) 0
Dada uma sucessão convergente (un) e um número racional r, tem-se que a sucessão
c) 14
d) –2
de termo geral (un)r é convergente e lim (un)r = (lim un)r, se r ∈N ou se un ≥ 0, para
e) –6
todo o n ∈N, e r > 0 ou se un > 0, para todo o n ∈N.

74
UNIDADE 4 Limites de sucessões

Exemplos 78 Sejam (an), (bn) e (cn) as


h –3n + 1h 4 1h 4 h3 h3 sucessões definidas por
1. lim i i = hilim –3n + i = (–3)4 = 81 2. lim i
h 1
i = hilim 12 i = 03 = 0 –n + 5 1
j n+8 j j n+8 j j n2 j j n j an = ,b =3– e
4n + 4 n n
1
cn = 3 .
n
Esquematizando / Resumindo Determina os seguintes
limites.
Sendo lim un = l1 e lim vn = l2, com l1, l2 ∈R: a) lim (an + bn)

• lim (un + vn) = l1 + l2 b) lim (bn × cn)

• lim (unvn) = l1l2 1


c) lim
bn
• lim hi vn hi = l2 , se un & 0, para todo o n ∈N e l1 & 0. cn
j un j l1 d) lim
bn
• lim (aun) = al1, a ∈R an
e) lim
• lim (un)r = (l1)r, r ∈N bn
f) lim (an)2
• lim (un)r = (l1)r, sendo r ∈Q+ e un ≥ 0, para todo o n ∈N.
1
• lim (un)r = (l1)r, sendo r ∈Q e un > 0, para todo o n ∈N. g) lim (bn) 2

Exercício resolvido

Sejam (an), (bn) e (cn) as sucessões definidas por an = n + 7 , bn = 5 – 1 e cn = 13 .


2n – 8 n n
Determina os seguintes limites. 79 Sejam (un) e (vn) duas
sucessões convergentes
a) lim (an + bn) b) lim (bn ¥ cn) c) lim
1 c
d) lim n
a
e) lim n f) lim (an)2 das quais se sabe que (un)
bn an bn não tem termos nulos,
lim (un) = –1 e lim (vn) = 3.
Sugestão de resolução 2v – 5u
Calcula lim n 2 n .
(un)
Comecemos por determinar lim an, lim bn e lim cn:
1
lim an = lim n + 7 =
2n – 8 2
h 1h
lim bn = lim i5 – i =5–0=5
j nj
PROFESSOR

lim cn = lim 13 = 0 Soluções


n
78.
Utilizando os teoremas sobre operações com limites, temos que: 11
a)
4

a) lim (an + bn) =


1 + 5 = 11 b) lim (bn ¥ cn) = 5 ¥ 0 = 0
b) 0
2 2 1
c)
3
c) lim
1 = 1 d) lim
cn = 0 = 0 d) 0
bn 5 an 1 e) –
1
2 12
1 1
f)
16
an h1h2
e) lim = 2 = 1 f) lim (an)2 = i i =
1
g) √∫3
bn 5 10 j2j 4
79. 11

75
TEMA III Sucessões

SUC11_6.16 4.3.2. Operações com limites infinitos


Os resultados que vamos apresentar em seguida mostram qual o resultado de algumas
operações entre limites, nos casos em que pelo menos uma das sucessões que faz parte
da operação é divergente.
Por exemplo, consideremos as sucessões (an), (bn) e (cn) definidas por an = 2n, bn = 3 e
cn = 2n + 3 e alguns dos seus termos:

n an = 2n bn = 3 cn = 2n + 3
1 2 3 5
2 4 3 7
3 6 3 9
… … … …
10 20 3 23
… … … …
100 200 3 203
… … … …
1000 2000 3 2003
… … … …
10 000 20 000 3 20 003
… … … …
lim an = +' lim bn = 3 lim cn = +'

Repara que teríamos o mesmo resultado para lim cn, se bn fosse outro qualquer número
real.
Em geral, temos o seguinte teorema.

Teorema 1

+' + l = +' , com l ∈R. Dadas duas sucessões (un) e (vn), com limites respetivamente +' e l ∈R, tem-se que
lim (un + vn) = +'.
Nota Simbolicamente, escreve-se +' + l = +'.
Repara que +' não é um
número, pelo que a
operação +' + l não tem Demonstração
sentido no contexto dos
números reais. No entanto, Consideremos duas sucessões (un) e (vn), com limites respetivamente +' e l ∈R.
este teorema mostra que
Pela definição de limite, tem-se que:
no contexto dos limites a
definição desta operação • para todo o número real L > 0, existe uma ordem p1 ∈N tal que ∀ n ∈N, n ≥ p1 ⇒ un > L;
tem sentido. Quando
estiveres a operar com • para todo o número real δ > 0, existe uma ordem p2 ∈N tal que ∀ n ∈N, n ≥ p2 ⇒
limites deves ter sempre |vn – l| < δ, isto é, –δ < vn – l < δ, ou seja, l – δ < vn < l + δ.
presente que algumas
operações que não podem Seja L’ > 0. Existe uma ordem p1 ∈N tal que ∀ n ∈N, n ≥ p1 ⇒ un > L’ – l + 1.
ser definidas no contexto
E existe uma ordem p2 ∈N tal que ∀ n ∈N, n ≥ p2 ⇒ l – 1 < vn. Então, sendo p o maior
dos números reais têm
sentido no contexto dos dos números p1 e p2, tem-se que, se n ≥ p, un + vn > L’ – l + 1 + l – 1 = L’.
limites.
Como L’ é um número real positivo qualquer, provamos que lim (un + vn) = +'.

76
UNIDADE 4 Limites de sucessões

Repara que, quando escrevemos, por exemplo, +' + l = +', estamos a traduzir, simbo- SUC11_6.16
SUC11_6.17
licamente, que a soma de duas sucessões, das quais uma tende para +' e a outra é con-
vergente para l, tende para +'.

Exemplos

1. lim (5 + 2n) = 5 + (+') = +'

h
2. lim in2 +
1 h = +' + 0 = +'
i
j nj

Teorema 2
Dadas duas sucessões (un) e (vn), ambas com limite +', tem-se que lim (un + vn) = +'.
Simbolicamente, escreve-se +' + (+') = +'. +' + (+') = +'

Demonstração
Consideremos duas sucessões (un) e (vn), ambas com limite +'.
80 Sejam (un), (vn), (wn) e (tn)
Pela definição de limite, tem-se que: as sucessões definidas por
un = n3, vn = 5, wn = –n e
• para todo o número real L > 0, existe uma ordem p1 ∈N tal que ∀ n ∈N, n ≥ p1 ⇒ un > L ;
2 2 tn = √∫n.
Determina os seguintes
• para todo o número real L > 0, existe uma ordem p2 ∈N tal que ∀ n ∈N, n ≥ p2 ⇒ vn > L . limites.
2 2
Então, sendo p o maior dos números p1 e p2, tem-se que, se n ≥ p, então: a) lim un

b) lim vn
un + vn > L + L ⇔ un + vn > L
2 2 c) lim wn
Fica assim provado que lim (un + vn) = +'. d) lim tn

e) lim (un + vn)


Exemplos
f) lim (un + tn)
( )
1. lim √∫n + 2n = +' + (+') = +'
g) lim (vn + wn)

2. lim (n3 + 4n) = +' + (+') = +'

Outros dois teoremas que se utilizam com muita frequência no cálculo de limites são
os que se seguem e cujas demonstrações são análogas às anteriores.

Teorema 3
Dadas duas sucessões (un) e (vn), com limites respetivamente –' e l ∈R, tem-se que
lim (un + vn) = –'. Simbolicamente, escreve-se –' + l = –'. –' + l = –' , com l ∈R.

PROFESSOR
Exemplos
Soluções
1. lim (5 – 2n) = 5 + (–') = –' 80.
a) +' b) 5 c) –' d) +'
e) +' f) +' g) –'
2. lim
h
i–3n + 1 hi = –' + 0 = –'
j nj
77
TEMA III Sucessões

SUC11_6.17
SUC11_6.18 Teorema 4
Dadas duas sucessões (un) e (vn), ambas com limite –', tem-se que lim (un + vn) = –'.
–' + (–') = –' Simbolicamente, escreve-se –' + (–') = –'.

Exemplo

lim (–n – 2n) = –' + (–') = –'

Acabamos de estudar que, se (un) e (vn) tenderem ambas para +' ou –', tem-se que:
lim (un + vn) = +' + (+') = +' ou lim (un + vn) = –' + (–') = –'

E se as sucessões (un) e (vn) tenderem para infinito de sinais contrários?


Vejamos alguns exemplos:
1. Seja un = 2n e vn = –n. Sabemos que lim un = +' e lim vn = –' e tem-se que:

lim (un + vn) = lim (2n – n) = lim n = +'

2. Seja un = n e vn = –2n. Sabemos que lim un = +' e lim vn = –' e tem-se que:

lim (un + vn) = lim (n – 2n) = lim (–n) = –'

3. Seja un = n + 3 e vn = –n. Sabemos que lim un = +' e lim vn = –' e tem-se que:

lim (un + vn) = lim (n + 3 – n) = lim 3 = 3

Repara que, nos três exemplos anteriores, obtivemos resultados diferentes, apesar de em
todos eles estarmos perante a soma de sucessões a tenderem para infinito de sinais con-
trários.


n–1 se n é ímpar
4. Seja un = n + (–1)n e vn = –n. Repara que un = , e tem-se que
n+1 se n é par
lim un = +' e lim vn = –'.
Como un + vn = (–1)n, concluímos que lim (un + vn) não existe.

Neste último exemplo, a soma de sucessões a tenderem para infinitos de sinais contrá-
(+') + (–') Indeterminação
rios não tem limite.
Nota Logo, apenas da informação lim un = +' e lim vn = –', nada podemos concluir acerca
Quando no cálculo de um da existência de lim (un + vn).
limite obtemos uma
indeterminação, tal não Diz-se que estamos perante uma indeterminação do tipo (+') + (–') .
significa que esse limite
não existe ou que não
o consigamos calcular. Vejamos agora outros teoremas, que também serão muito úteis no cálculo de limites,
Significa apenas que este
cálculo não pode ser feito mas, desta vez, relacionados com a multiplicação e cujas demonstrações são também aná-
de forma direta. logas às efetuadas anteriormente para o cálculo de limites relacionados com a adição.

78
UNIDADE 4 Limites de sucessões

SUC11_6.19
Teorema 5
Dadas duas sucessões (un) e (vn), com limites respetivamente +' e l ∈R+, tem-se que
lim (unvn) = +'.
Simbolicamente, escreve-se (+') ¥ l = +'. (+') ¥ l = +' , com l ∈R+.

Exemplos

1. lim (5n2) = 5 ¥ (+') = +'

( )
2. lim 3√∫n = 3 ¥ (+') = +'

Teorema 6
Dadas duas sucessões (un) e (vn), com limites respetivamente +' e l ∈R–, tem-se que
lim (unvn) = –'.
Simbolicamente, escreve-se (+') ¥ l = –'. (+') ¥ l = –' , com l ∈R–.

Exemplos

1. lim (–5n2) = –5 ¥ (+') = –'

( )
2. lim –3√∫n = –3 ¥ (+') = –'

Teorema 7
Dadas duas sucessões (un) e (vn), ambas com limites +', tem-se que lim (unvn) = +'.
Simbolicamente, escreve-se (+') ¥ (+') = +'. (+') ¥ (+') = +'

Exemplos

1. lim [(n2 + 1) ¥ n] = (+') ¥ (+') = +'

[ (
2. lim n3 √∫n – 2 )] = (+') ¥ (+') = +'

Teorema 8
Dadas duas sucessões (un) e (vn), com limites respetivamente +' e –', tem-se que
lim (unvn) = –'.
Simbolicamente, escreve-se (+') ¥ (–') = –'. (+') ¥ (–') = –'

Exemplos

1. lim [(–n2 + 1) ¥ n] = (–') ¥ (+') = –'

[ (
2. lim n3 –√∫n – 2 )] = (+') ¥ (–') = –'
79
TEMA III Sucessões

SUC11_6.20
Teorema 9
Dadas duas sucessões (un) e (vn), com limites respetivamente –' e l ∈R+, tem-se que
lim (unvn) = –'.
(–') ¥ l = –' , com l ∈R+. Simbolicamente, escreve-se (–') ¥ l = –'.

Exemplos

1. lim (5 ¥ (–n2)) = 5 ¥ (–') = –'

(
2. lim 7 ¥ –√∫n( )) = 7 ¥ (–') = –'

Teorema 10
Dadas duas sucessões (un) e (vn), com limites respetivamente –' e l ∈R–, tem-se que
lim (unvn) = +'.
(–') ¥ l = +' , com l ∈R–. Simbolicamente, escreve-se (–') ¥ l = +'.

Exemplos

1. lim (–p(–n3)) = –p ¥ (–') = +'

((
2. lim – –√∫n )) = –(–') = +'

Teorema 11
Dadas duas sucessões (un) e (vn), ambas com limite –', tem-se que lim (unvn) = +'.
(–') ¥ (–') = +' Simbolicamente, escreve-se (–') ¥ (–') = +'.

Exemplos

1. lim (–n ¥ (–n3)) = –' ¥ (–') = +'

2. lim (–n2 ¥ –√∫n ( )) = –' ¥ (–') = +'

Teorema 12
Dada uma sucessão (un), com limite +' e de termos não negativos, e um número
racional r positivo, tem-se que lim (unr) = +'.
(+')r = +' , com r ∈Q+. Simbolicamente, escreve-se (+')r = +'.

Exemplos

1. lim (n + 1)2 = (+')2 = +'

2. lim √∫n2∫ ∫ +
∫ ∫ ∫4∫n∫ –∫ ∫ ∫1 = √∫+∫' = +'

80
UNIDADE 4 Limites de sucessões

SUC11_6.21
Teorema 13 SUC11_6.22

Dada uma sucessão (un), com limite –', e um número natural r, tem-se que:
• lim (unr) = +', se r for par.
• lim (unr) = –', se r for ímpar. (–')r = +' , se r ∈N for par.

Simbolicamente, escreve-se (–')r = +', se r for par e (–')r = –', se r for ímpar. (–')r = –' , se r ∈N for ímpar.

Exemplos 81 Sejam (an), (bn), (cn), (dn) e


(en) sucessões das quais se
1. lim (–n2 + 1)4 = (–')4 = +' sabe que lim an = lim bn =
= +', lim cn = –', (dn) é
2. lim (–n3 – 6n)3 = (–')3 = –'
uma sucessão convergente
para 0 e (en) é uma
sucessão convergente para
Os teoremas que acabamos de estudar permitem-nos determinar o limite do produto
–2.
de duas sucessões, que tendem ambas para infinito ou uma delas para infinito e a outra Calcula, se possível, os
para um número real positivo ou negativo. seguintes limites.
a) lim (an + bn)

E se a sucessão (un) tender para infinito e a sucessão (vn) tender para zero? b) lim (an + dn)
c) lim (an + en)
Vejamos alguns exemplos.
d) lim (an + cn)
1. Seja un = n2 e vn = 1 . Sabemos que lim un = +' e lim vn = 0 e tem-se que: e) lim (an ¥ bn)
n
f) lim (an ¥ cn)
lim (unvn) = lim hin2 ¥ 1 hi = lim n = +'
j nj g) lim (an ¥ en)
h) lim (cn ¥ en)
2. Seja un = –n3 e vn = 1 . Sabemos que lim un = –' e lim vn = 0 e tem-se que: i) lim (bn ¥ dn)
n
j) lim (cn ¥ dn)
lim (unvn) = lim i–n ¥ 1 hi = lim (–n2) = –'
h 3
j nj k) lim (cn2016)
l) lim (cn2017)
3. Seja un = n e vn = 12 . Sabemos que lim un = +' e lim vn = 0 e tem-se que:
n
lim (unvn) = lim in ¥ 12 hi = lim 1 = 0
h
j n j n

Repara que, nos três exemplos anteriores, obtivemos resultados diferentes, apesar de em
todos eles estarmos perante o produto de sucessões, uma sucessão a tender para infinito
e outra a tender para zero.
' ¥ 0 Indeterminação
4. Seja un = n e vn = (–1)n
. Sabemos que lim un = +' e lim vn = 0, pois –1 ≤ (–1)n ≤ 1,
n PROFESSOR
∀ n ∈N e lim 1 = 0. Como un vn = (–1)n, tem-se que lim(un vn) não existe.
n Soluções
81.
Neste último exemplo, o produto de sucessões, uma sucessão a tender para infinito e
a) +' b) +' c) +'
outra a tender para zero, não tem limite. d) Nada se pode concluir.
e) +' f) –' g) –' h) +'
Logo, apenas da informação lim un = +' ou lim un = –' e lim vn = 0, nada podemos i) Nada se pode concluir.
concluir acerca da existência de lim (unvn). j) Nada se pode concluir.
k) +' l) –'
Diz-se que estamos perante uma indeterminação do tipo ' ¥ 0 .

81
TEMA III Sucessões

Já explorámos a adição e a multiplicação de limites. Vamos agora explorar a divisão.


SUC11_6.23
Também aqui existem operações que não têm qualquer sentido no contexto dos números
reais.
Por exemplo, no contexto dos limites é possível dividir por 0. Não se trata de contrariar
aquilo que já sabias, trata-se apenas de um conceito que até agora não conhecias. Repara
que, se un = 1 , então lim un = 0. Além disso, un & 0, ∀ n ∈N, pelo que 1 ∈R e podemos
n un
falar da sucessão hi 1 hi .
j un j

Assim, neste contexto, a expressão 1 tem sentido.


0
Por exemplo, consideremos as sucessões (an) e (bn) definidas por un = 1 e bn = – 1 ,
n n
bem como as sucessões hi 1 hi e hi 1 hi e alguns dos seus termos:
j an j j bn j

1 1 1 1
n an = bn = –
n an n bn
1 1 1 –1 –1
2 0,5 2 –0,5 –2
… … …
10 0,1 10 –0,1 –10
… … …
100 0,01 100 –0,01 –100
… … …
1000 0,001 1000 –0,001 –1000
… … …
10 000 0,0001 10 000 –0,0001 –10 000
… … …

lim an = 0+ lim 1 = +' lim bn = 0– lim 1 = –'


an bn

Em geral, temos o seguinte teorema:

Teorema 14
Dada uma sucessão (vn), de termos não nulos e positiva a partir de certa ordem, com
limite nulo, lim vn = 0+, tem-se que lim 1 = +'.
vn
1 = +' 1
Simbolicamente, escreve-se + = +'.
0+ 0

Exemplos

1. lim
1 = 1 = +' 2. lim
1 = 1+ = +'
n–2 0+ 2 0
4n + 1

82
UNIDADE 4 Limites de sucessões

SUC11_6.24
Teorema 15 SUC11_6.25

Dada uma sucessão (vn), de termos não nulos e negativa a partir de certa ordem, com
limite nulo, lim vn = 0–, tem-se que lim 1 = –'.
vn
1
Simbolicamente, escreve-se – = –'. 1 = –'
0 0–

Exemplos

1. lim
1 = 1 = –' 2. lim
1 = 1– = –'
–n–2 0– –2 0
4n + 1

Teorema 16
Dada uma sucessão (vn) de termos não nulos e a tender para +' ou para –', tem-se
que lim 1 = 0.
vn
Simbolicamente, escreve-se 1 = 0. 1 =0
' '

Exemplos

1. lim
1 = 1 =0 2. lim
1 = 1 =0
11n4 + 7n3 + 10 +' –n2 – 7n + 6 –'

Até agora as propriedades de operações com limites estudadas permitem-nos determinar


o limite do quociente de duas sucessões, exceto nos casos em que ambas tendem para
infinito ou ambas tendem para zero.

E se as sucessões (un) e (vn) tenderem ambas para infinito?


Vejamos alguns exemplos:
1. Seja un = n2 e vn = n. Sabemos que lim un = +' e lim vn = +' e tem-se que:
2
lim un = lim n = lim n = +'
vn n
2. Seja un = –n2 e vn = n3. Sabemos que lim un = –' e lim vn = +' e tem-se que:
2
lim un = lim –n3 = lim –1 = 0
vn n n
3. Seja un = 2n e vn = n. Sabemos que lim un = +' e lim vn = +' e tem-se que:

lim un = lim 2n = lim 2 = 2


vn n

Repara que, nos três exemplos anteriores, obtivemos resultados diferentes, apesar de em
todos eles estarmos perante o quociente de sucessões, ambas a tender para infinito.

83
TEMA III Sucessões


n se n ímpar
4. Seja un = (2 + (–1)n) n e vn = n. Sabemos que un = , logo lim un = +'.
SUC11_6.26 3n se n par
Sabemos também que lim vn = +'.


1 se n ímpar
Como un = 2 + (–1)n, ou seja, un = , concluímos que não existe
vn vn 3 se n par
lim un , pois, se n ímpar lim un = 1 e se n par lim un = 3 e, como sabes, uma sucessão
vn vn vn
não pode tender para dois limites diferentes.

Neste último exemplo, o quociente de sucessões, ambas a tender para infinito, não tem
limite.
Logo, apenas da informação lim un = ±' e lim vn = ±', nada podemos concluir acerca
' Indeterminação da existência de lim un . Diz-se que estamos perante uma indeterminação do tipo ' .
' vn '

E se as sucessões (un) e (vn) tenderem ambas para zero?

Vejamos alguns exemplos:


1. Seja un = 1 e vn = 12 . Sabemos que lim un = 0 e lim vn = 0 e tem-se que:
n n
1
n 2
lim un = lim = lim n = lim n = +'
vn 1 n
n2

2. Seja un = 12 e vn = 1 . Sabemos que lim un = 0 e lim vn = 0 e tem-se que:


n n
1
n2
lim un = lim = lim n2 = lim 1 = 0
vn 1 n n
n

3. Seja un = 6 e vn = 1 . Sabemos que lim un = 0 e lim vn = 0 e tem-se que:


n n
6
n
lim un = lim = lim 6n = lim 6 = 6
vn 1 n
n
Repara que nos três exemplos acima obtivemos resultados diferentes, apesar de em
todos eles estarmos perante o quociente de sucessões, ambas a tender para zero.


1
se n ímpar
(–1)n) n
4. Seja un = (2 + e vn = 1 . Sabemos que un = , logo lim un = 0.
APRENDE FAZENDO n n 3
se n par
Págs. 99, 101 e 103 n
Exercícios 7, 16, 17 e 24


1 se n ímpar
Sabemos também que lim vn = 0. Como un = 2 + (–1)n, ou seja, un = ,
CADERNO DE EXERCÍCIOS u vn vn 3 se n par
E TESTES concluímos que não existe lim n .
vn
Pág. 41
Exercício 21 Neste último exemplo, o quociente de sucessões, ambas a tender para zero, não tem
limite.
0 Indeterminação Logo, apenas da informação lim un = 0 e lim vn = 0, nada podemos concluir acerca
0 da existência de lim un . Diz-se que estamos perante uma indeterminação do tipo 0 .
vn 0
84
UNIDADE 4 Limites de sucessões

4.3.3. Levantamento algébrico de indeterminações e limites SUC11_6.27

de polinómios e de frações racionais


Como vimos anteriormente, nem sempre as propriedades operatórias são suficientes
para determinar o limite ou para concluir que ele não existe. Para o fazer, isto é, para
“levantar a indeterminação”, e dependendo de vários fatores, existem estratégias apro-
priadas que vamos agora abordar.

• Indeterminação do tipo (+') + (–')

Exemplo

Como calcular lim (5n3 + 4n2 – n + 3)?


Colocando em evidência o termo de maior grau, vem que:
(+' + (–')) Recorda
2
lim (5n3 + 4n2 – n + 3) = lim ÈÍ5n3 hi1 + 4n3 – n 3 + 3 3 hi ÈÍ =
Î j 5n 5n 5n j Î lim np = +', p ∈Q+

= lim ÈÍ5n3 hi1 + 4 – 1 2 + 3 3 hi ÈÍ = lim 5n3 ¥ lim hi1 + 4 – 1 2 + 3 3 hi =


Î j 5n 5n 5n j Î j 5n 5n 5n j
=(+') ¥ (1 + 0 – 0 + 0) = +'

Repara que lim (5n3 + 4n2 – n + 3) é igual a lim 5n3, que é igual a +', visto tratar-se
do limite do produto de uma constante positiva por uma potência de expoente natural. 82 Determina os seguintes
limites.
No caso geral: a) lim (n2 – n)

b) lim (–n2 + n)

h
n – 9hi
6
Teorema 1 c) lim i2n3 – 4n2 +
j 5 j
Dado um polinómio P(x), de grau superior ou igual a 1, e dada a sucessão (P(n))n ∈N,
d) lim (–pn4 + 3n2 – n + 4)
tem-se que lim P(n) = +', se o coeficiente do termo de maior grau da forma reduzida
e) lim (–4n5 – n4 + 4n3 +
de P for positivo, e lim P(n) = –', no caso contrário. + 6n – 9)

h8
f) lim i n10 + n7 – 4n2 +
j3
Seja P(x) = arxr + ar – 1xr – 1 + ar – 2 xr – 2 + … + a1x + a0 um polinómio de grau superior
+ 6n – 9hi
ou igual a 1 e a sucessão P(n) = arnr + ar – 1nr – 1 + ar – 2 nr – 2 + … + a1n + a0. Repara que: j

lim P(n) = lim (arnr + ar – 1nr – 1 + … + a1n + a0) =


r–1
= lim ÈÍarnr hi1 + ar – 1nr + … + a1nr + a0 rhi ÈÍ =
Î j arn arn arn j Î

= lim ÈÍarnr hi1 + ar – 1 + … + ar1– 1 + a0 rhi ÈÍ = PROFESSOR


Î j arn arn arn j Î
Soluções
= lim arnr ¥ lim hi1 + ar – 1 + … + ar1– 1 + a0 rhi = 82.
j arn arn arn j a) +'
b) –'
= lim arnr h
ipois lim hi1 + ar – 1 + … + ar1– 1 + a0 rhi = 1 + 0 + … + 0 + 0 = 1hi c) +'
j j arn arn arn j j
d) –'
Se ar > 0, então lim arnr = +'. e) –'
f) +'
Se ar < 0, então lim arnr = –'.

85
TEMA III Sucessões

• Indeterminação do tipo hi ' hi


SUC11_6.28 j'j
Exemplos
2
1. Como calcular lim 5n –2 n + 7 ?
3n – n
Colocando em evidência o termo de maior grau do numerador e do denominador,
vem que:
h'h h h
i i
j'j 5n2 hi1 – n 2 + 7 2 i 5n2 hi1 – 1 + 7 2 i
2 j 5n 5n j j 5n 5n j
lim 5n –2 n + 7 = lim = lim =
3n – n h h
83 Determina os seguintes 3n2 hi1 – n 2 i 3n2 hi1 – 1 i
j 3n j j 3n j
limites.
a) lim
6n3 – 2n2 + n 1 – 1 + 72
2n3 – n 2 5n 5n
= lim 5n2 ¥ lim =
b) lim
8n – 9 3n 1– 1
–4 – n 3n
2n2 – 7n + 1
c) lim
n2 + 1 1 – 1 + 72
5n 5n
n3 + 5n + 1 = lim 5 ¥ lim =
d) lim 3 1
3 – n2 1–
3n
n2
e) lim
n3+1
= 5 ¥1–0+0= 5 ¥1= 5
f) lim
–6n4 – 2n + 1 3 1–0 3 3
–3n3 – n
Repara que o limite da fração racional é igual ao limite da fração com os termos
de maior grau do numerador e do denominador. Além disso, o grau do polinómio
que se encontra no denominador é igual ao grau do polinómio que se encontra
no numerador e, consequentemente, o limite é igual ao quociente dos coeficientes
dos termos de maior grau das respetivas formas reduzidas.

n2 + 2n + 7
2. Como calcular lim ?
n5 – 4
Colocando em evidência o termo de maior grau do numerador e do denominador,
vem que:

+ 2n2 + 72 i Í 1 + 2n2 + 72
h'h È 2 h
i i
j'j Ín i1
j
n2 + 2n + 7 = lim Í j n n Í n2 n n
lim Í Í = lim 5 ¥ lim =
n5 – 4 Í h 4 h
n5 i1 – 5 i Í Í n 1– 5 4
Í
Î j n j Î n

1 + 2 + 72
n n
= lim 13 ¥ lim =
PROFESSOR
n 1 – 45
n
Soluções
83.
= 1 ¥1+0+0=0¥1=0
+' 1–0
a) 3
b) –8
Repara que o limite da fração racional é igual ao limite da fração com os termos
c) 2
d) –' de maior grau do numerador e do denominador. Além disso, o grau do polinómio
e) 0 que se encontra no denominador é superior ao grau do polinómio que se encontra
f) +'
no numerador e, consequentemente, o limite da fração racional é zero.

86
UNIDADE 4 Limites de sucessões

5
3. Como calcular lim –n +22n + 3 ?
2n – 1
Colocando em evidência o termo de maior grau do numerador e do denominador,
vem que:
h'h
i i
j'j
È –n5 h1 + 2n + 3 h È
Í i iÍ 1 + 2n5 + 3 5
–n5+ 2n + 3 = lim Í j –n5 5
–n Íj 5
–n ¥ lim –n –n
lim Í Í = lim =
2n2 – 1 Í h
2 1– 1 h Í 2n2
1 – 1
Í 2n i i Í
Î j 2n2j Î 2n2

1 – 24 – 35
3 n n
= lim –n ¥ lim =
2 1– 21
2n

= –' ¥ 1 – 0 – 0 =
1–0
= –' ¥ 1 =
= –'

Repara que o limite da fração racional é igual ao limite da fração com os termos
de maior grau do numerador e do denominador. Além disso, o grau do polinómio
que se encontra no denominador é inferior ao grau do polinómio que se encontra
no numerador e os coeficientes dos termos de maior grau das respetivas formas
reduzidas têm sinais contrários. Consequentemente, o limite da fração racional é –'.

4 3+3
4. Como calcular lim n + 2n
2
?
2n – n
Colocando em evidência o termo de maior grau do numerador e do denominador,
vem que:
3 hÈ
n i1 + 2n4 + 34 i Í 1 + 2 + 34
h'h È 4 h
i i
j'j Í
4 3 j n n j 4 n n
lim n + 2n + 3 = lim Í n ¥ lim
Í
2 Í Í = lim 2
=
2n – n Í 2n2 h1 – n h Í 2n 1 – 1
Í i i Í
Î j 2n2j Î 2n2

1 + 2 + 34
2 n n
= lim n ¥ lim =
2 1 – 12
2n

= +' ¥ 1 + 0 + 0 =
1–0
= +' ¥ 1
= +'

Repara que o limite da fração racional é igual ao limite da fração com os termos
de maior grau do numerador e do denominador. Além disso, o grau do polinómio
que se encontra no denominador é inferior ao grau do polinómio que se encontra
no numerador e os coeficientes dos termos de maior grau das respetivas formas
reduzidas têm sinais iguais. Consequentemente, o limite da fração racional é +'.

87
TEMA III Sucessões

Nos exemplos abordados, a estratégia de levantamento da indeterminação foi sempre


a mesma, consistindo em colocar em evidência o termo de maior grau no numerador
e no denominador e aplicando as regras operatórias dos limites, estando o resultado final
relacionado com os graus dos polinómios que se encontram no numerador e no denomi-
nador e com os coeficientes dos termos de maior grau das respetivas formas reduzidas.

• Indeterminação do tipo hi 0 hi
j0j

Exemplo

3
n3+1
Como calcular lim ?
2
5n4 + 1

Este limite enquadra-se numa indeterminação do tipo hi 0 hi .


j0j

No entanto, é possível simplificar a expressão de modo a a obter uma indeterminação


do tipo hi ' hi , que já aprendeste a levantar.
j'j

3 h0h
i i
j0j
n3+1 3
lim = lim 3(n + 1) =
2 2(5n4 + 1)
4
5n + 1
3
= lim 3n 4+ 3 =
10n + 2

h
3n3 hi1 + 3 2 i
h'h
i i
j'j
j 3n j
= lim =
4 h 2 h
10n i1 + i
j 10n4 j

1 + 32
3n3 3n
= lim ¥ lim =
10n4 1+ 24
10n

1 + 12
n
= lim 3 ¥ lim =
10n 1 + 14
5n

=0¥ 1+0 =
1+0

=0

88
UNIDADE 4 Limites de sucessões

• Indeterminação do tipo (0 ¥ ') 84 Determina cada um dos


seguintes limites.
Exemplo 4n
n2 + 1
2 a) lim
Como calcular lim ¥ n5? n2
7n3 – 5n2 – 6 2n4 + 1

Este limite enquadra-se numa indeterminação do tipo (0 ¥ '). h n2


¥ hi
1
b) lim i
j 3n + 1 nj
No entanto, é possível simplificar a expressão de modo a obter uma indeterminação
È n
c) lim Í ¥ (n + 2) ÈÍ
do tipo hi ' hi , que já aprendeste a levantar. Î n2 + 1 Î
j'j

(0 ¥ ')
lim h 2 ¥ n5hi = lim 2n5 =
i
j 7n3 – 5n2 – 6 j 7n3 – 5n2 – 6

h'h
i i
j'j
2n5
= lim =
2 h
7n3 hi1 – 5n3 – 6 3 i
j 7n 7n j

5 1
= lim 2n3 ¥ lim 2
=
7n 5n
1– 3– 36
7n 7n

2 1
= lim 2n ¥ lim =
7 1 – 5 – 63
7n 7n

= +' ¥ 1 =
1–0–0

= +'

Esquematizando / Resumindo

No cálculo de limites de frações racionais que envolvem indeterminações, podes


seguir o esquema seguinte:

(+') + (–') Colocar em evidência o termo de maior grau ou aplicar


o Teorema 1 da página 85.
PROFESSOR
h0h Simplificar h'h Colocar em evidência
i i i i Soluções
j0j j'j
a expressão o termo de maior grau 84.
de modo no numerador a) +'
(0 ¥ ') 1
a obter: e no denominador. b)
3
c) 1

89
TEMA III Sucessões

85 Determina cada um dos Limites de frações irracionais


seguintes limites.
No cálculo de limites que envolvam raízes quadradas, também é frequente o apareci-
√∫n∫ ∫+∫ 2

a) lim mento de indeterminações. Nestes casos, também existem estratégias que permitem o
√∫n2∫ ∫ ∫+∫ ∫2∫n
“levantamento” das indeterminações.
( )
b) lim √∫n2∫ ∫ ∫+∫ ∫1 – √∫n∫2∫ ∫+∫ ∫2
Repara nos seguintes exemplos e nas estratégias usadas em cada um para determinar o
√∫n
c) lim respetivo limite.
n
√∫9∫n2∫ ∫ ∫+∫ ∫4∫n + 2n
d) lim
n+3
Exemplos
e) lim n
1 + √∫n∫ ∫+∫ 2 1. Multiplicar pelo conjugado

Como calcular lim n – 9 ?


√∫n – 3
Este limite enquadra-se numa indeterminação do tipo hi ' hi .
j'j

Esta indeterminação pode ser levantada se multiplicarmos o numerador e o denomina-


dor por (√∫n + 3) , ou seja, pela expressão conjugada de (√∫n – 3).
h'h
i i
j'j
(n – 9) (√∫n + 3) (n – 9) (√∫n + 3)
lim n – 9 = lim = lim =
√∫n – 3 (√∫n – 3) (√∫n + 3) (√∫n)2 – 32
(n – 9) (√∫n + 3)
= lim =
n–9

= lim (√∫n + 3) = +'

Como calcular lim (√∫n2∫ ∫ ∫+∫ 1 – n)?

Este limite enquadra-se numa indeterminação do tipo (+' + (–')).

Esta indeterminação pode ser levantada se multiplicarmos e dividirmos a expressão


∫ ∫ 1 + n) , que é a expressão conjugada de (√∫n∫2∫ ∫+∫ 1 – n).
dada por (√∫n∫2∫ +

(+' + (–'))
lim (√∫n∫2∫ ∫+∫ 1 – n) = lim
(√∫n2∫ ∫ ∫+∫ 1∫ – n) (√∫n2∫ ∫ +∫ ∫ ∫1 + n) =
(√∫n∫2∫ ∫+∫ 1∫ + n)

= lim
(√∫n∫2∫ +∫ ∫ ∫1)2 – n2 =
(√∫n2∫ ∫ +∫ ∫ ∫1 + n)
PROFESSOR
2 2
Soluções = lim = n + 1 – n =
85.
(√∫n2∫ ∫ ∫+∫ 1∫ + n)
a) 0
= lim 1 =
b) 0
c) 0 (√∫n2∫ ∫ ∫ ∫ ∫1 + n)
+
d) 5
e) +' = 1 =0
+'

90
UNIDADE 4 Limites de sucessões

2. Multiplicar pela própria raiz

Como calcular lim √∫n∫ +


∫ ∫ ∫3 ?
n+3

Este limite enquadra-se numa indeterminação do tipo hi ' hi .


j'j

Esta indeterminação pode ser levantada se multiplicarmos o numerador e o denomina-


dor por (√∫n∫ ∫+∫ 3
∫ ).

h'h
i i
j'j
∫ = lim (√∫n∫ +
lim √∫n∫ ∫+∫ 3
∫ ∫ ∫3) (√∫n∫ ∫+∫ 3
∫ )
=
n+3 (n + 3) (√∫n∫ + ∫ ∫ ∫3)

= lim
(√∫n∫ +∫ ∫ ∫3)2 =
(n + 3) (√∫n∫ ∫+∫ 3
∫ )

(n + 3)
= lim =
(n + 3) (√∫n∫ ∫+∫ 3
∫ )

1
= lim =
√∫n∫ +
∫ ∫ ∫3

= 1 =0
+'

3. Colocar em evidência

Como calcular lim √∫n∫ ∫ –∫ ∫ ∫4∫n∫ +


∫ ∫ ∫5 ?
2

Este limite enquadra-se numa indeterminação do tipo hi ' hi .


j'j

Esta indeterminação pode ser levantada se transformarmos esta expressão num produto,
colocando n2 em evidência.

√∫n2∫ ∫
h'h
i i
j'j
∫–∫ ∫4∫n∫ ∫+∫ 5
∫ = lim √∫n2∫ ∫ –∫ ∫ ∫4∫n∫ +
∫ ∫ ∫5 = lim
√∫n2 h1
i
j ∫
n n j
h
– 4 + 52 i
lim =
n n n

√∫n 2 h1
i
j ∫
n n j
h
– 4 + 52 i √∫n2∫ ¥ √∫1 – ∫ 4n + n5 2
= lim = lim =
n n

n¥ √∫1 – ∫ 4n + n5 2
= lim
n
= lim √∫1 – ∫ 4n + n5 = 2

= √∫1∫ –∫ ∫ ∫0∫ ∫+∫ 0


∫ = √∫1 = 1

91
TEMA III Sucessões

SUC11_6.29
SUC11_6.31
4.4. Estudo do limite lim a n, a > 0
Considera a sucessão un = an, com a > 0 e a & 1.

Simulador
Repara que se trata de uma progressão geométrica de primeiro termo a (pois u1 = a1 = a
GeoGebra: “Floco de Von Koch” n+1
e razão a, uma vez que un + 1 = a n = an + 1 – n = a), sendo crescente se a > 1 e decrescente
un a
se 0 < a < 1.
Prova-se que:

(*) Deves saber este resultado (*) Teorema


de memória. Dado um número real a > 0, tem-se que:
• lim an = +' se a > 1;
• lim an = 0 se a < 1.

n
86 Determina cada um dos Considera (un) e (vn) as sucessões definidas por un = 2n e vn = hi 1 hi .
j2j
seguintes limites. As suas representações gráficas são:
a) lim 3n
n un vn
h1h
b) lim i i
j3j 1
16
2
4n
c) lim n
3
2n
d) lim
7n
e) lim (2n – 9n)

1
8 4

4 1
8

1
2 16
1
32
O 1 2 3 4 n O 1 2 3 4 5 n

Exemplos

1. lim 2n = +'
PROFESSOR h1hn
2. lim i i = 0
j2j
Soluções
86.
3 lim
3n = lim h 3 h n = 0
i i
a) +' 5n j5j
b) 0
c) +' 4. lim
pn = lim pn = lim È 1 ¥ h p h nÈ = 1 lim h p h n = +'
Í i i Í i i
d) 0 3n + 1 3 ¥ 3n Î3 j3j Î 3 j3j

e) –' È
5. lim (4n – 5n) = lim Í4n i1 –
h 5n h È = lim È4n h1 – h 5 h nh È = +' ¥ (1 – (+')) = +' ¥ (–') = –'
iÍ Í i i i iÍ
Î j 4n j Î Î j j4j jÎ

92
UNIDADE 4 Limites de sucessões

Soma de todos os termos de uma progressão geométrica


de razão entre 0 e 1

Conhecidos o conceito de limite e a fórmula que permite calcular o valor da soma de um


número finito de termos consecutivos de uma progressão geométrica, conseguimos
calcular o valor para que tende essa soma quando o número de termos tende para +'.

Seja (un) uma progressão geométrica de razão r, com 0 < r < 1.


n 1 – rn
lim Sn = lim hiu1 ¥ 1 – r hi = u1 ¥ lim =
j 1–rj 1–r

= u1 ¥ 1 – 0 (pois lim rn = 0 se 0 < r < 1)


1–r

= u1
1–r

Exercícios resolvidos 87 Prova que 0,(9) = 1


Sugestão: Considera que 0,(9) é
a soma 0,9 + 0,09 + 0,009 + …
1. Considera a figura, formada por semicircunferências cujo raio é a terça parte do
raio da semicircunferência anterior. Sabe-se que o raio da primeira circunferência
é 1. Determina o comprimento total da linha.


1

Sugestão de resolução

Os comprimentos das semicircunferências são termos de uma progressão geo- Pcircunferência = 2pr

métrica de primeiro termo p e razão 1 . Pretendemos determinar a soma de • u1 =


2p ¥ 1
=p
3 2
todos os termos desta progressão geométrica: 1
2p ¥
3 p
h h1h n h h h1h n h
• u2 = =
i 1– i i i i 1– i i i 2 3
i j3j i i j3j i
lim Sn = lim ip ¥ i = lim ip ¥ i = p ¥ 1 – 0 = p = 3p 2p ¥
1
i 1 i i 2 i 2 2 2
i 1 – i i i • u3 =
9
=
p
j 3 j j 3 j 3 3 2 9
•…
O comprimento total da linha é 3p unidades de comprimento.
2
(continua)

93
TEMA III Sucessões

SUC11_6.30 Exercícios resolvidos


SUC11_6.31 (continuação)

2. Determina o limite da sucessão de termo geral un = 1 +


1 + 1 +…+ 1 .
2 4 2n
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 11.º ano

Sugestão de resolução

88 Determina o limite da Verifica-se que o termo geral de (un) é a soma dos n primeiros termos de uma
sucessão de termo geral
un = 10 + 1 + 0,1 + 0,01 + progressão geométrica de primeiro termo 1 e razão 1 . Assim:
2
+ … + 0,1n
h nh h h1h n h
i 1 – hi 1 hi i i1 – i i i
i j2j i i j2j i
lim un = lim hi1 + 1 + 1 + … + 1n hi = lim i1 ¥ i = lim i i =
i i i i
j 2 4 2 j i 1– 1 i i
1 i
j 2 j j 2 j
= 1–0 =2
1
2

4.5. Estudo do limite lim n√∫a , a > 0


Por fim, vamos determinar o limite de uma sucessão (un) cujo termo geral é definido
por un = n√∫a, sendo a um qualquer número real positivo.

(*) Deves saber este resultado (*) Teorema


de memória.
Dado um número real a > 0, tem-se que lim n√∫a = 1.

• Repara que, no caso em que a = 1, temos lim n√∫1 = lim 1 = 1.


• Consideremos agora que a > 1.
Apresentação
“Limites de sucessões”
Teste interativo
Quando estudamos indução matemática, mostramos que se h > 0, então (1 + h)n ≥ 1 + nh.
n
“Limites de sucessões”
Em particular, se considerarmos na desigualdade anterior h = a , vem que hi1 + a hi ≥ 1 + a.
n j nj
APRENDE FAZENDO n n
Uma vez que 1 ≤ a ≤ 1 + a, e como 1 + a ≤ hi1 + a hi , temos que 1 ≤ a ≤ hi1 + a hi , donde
Págs. 99, 100, 102, 103 e j nj j nj
104
√∫ ∫
n
Exercícios 8, 11, 12, 13, n√∫1 ≤ n√∫a ) n h1 + a h , isto é, 1 ≤ n√∫a ≤ 1 + a .
i i
18, 22, 23, 25, 26, 29 e 30 j nj n
a
Como sabemos que lim 1 = 1 e lim i1 + hi = 1, é possível provar que lim n√∫a = 1.
h
CADERNO DE EXERCÍCIOS j nj
E TESTES
• Por fim, consideremos 0 < a < 1.
Págs. 41 e 42
√∫
n 1 1
Exercícios 22, 23, 24, 25, Uma vez que a > 0, podemos escrever lim n√∫a = lim = lim 1 = .
26, 27 e 28 a–1 n√∫a–1
∫ lim n√∫a–1

Págs. 78 a 82
Teste n.º 3
Além disso, como 0 < a < 1, temos que a–1 > 1 e, pelo caso anterior, temos que
1
= 1 = 1. Tem-se assim que, para qualquer valor de a > 0, se tem lim n√∫a = 1.
PROFESSOR lim √∫a∫
n –1 1
Soluções
100 Exemplos
88.

√∫ 12 = 1 √∫ 54 = 1
9 n n
1. lim n√∫2 = 1 2. lim 3. lim

94
SÍNTESE

4. Limites de sucessões
Diz-se que un tende para l, e representa-se por un " l, quando, para todo o número real d > 0,
existir uma ordem p ∈N tal que ∀ n ∈N, n ≥ p ⇒ |un – l| < d.

Nota
Se existir um número real l tal que un " l, diz-se que a sucessão (un) é convergente. Caso não seja
convergente, diz-se que a sucessão é divergente.

Teorema da Unicidade
Uma sucessão (un) convergente admite um único limite e representa-se por lim un ou lim
n
un
n Æ +'
ou lim un.

Convergência e limitação
Uma sucessão (un) convergente é sempre limitada.

Monotonia, limitação e convergência


• Uma sucessão crescente em sentido lato e majorada é convergente.
• Uma sucessão decrescente em sentido lato e minorada é convergente.

Toda a sucessão monótona e limitada é convergente.

Teoremas
• Produto de uma sucessão limitada por uma sucessão convergente para 0

Dada uma sucessão (un) limitada e uma sucessão (vn) com limite nulo, tem-se que:

lim (unvn) = 0

• Limite da sucessão de termo geral un = an + b , com cn + d & 0, para todo o n


cn + d
an + b a
• lim = se c & 0
cn + d c

an + b
• lim = +' se c = 0 e a > 0
cn + d d
an + b
• lim = –' se c = 0 e a < 0
cn + d d
an + b b
• lim = se a = c = 0
cn + d d

95
TEMA III Sucessões

SÍNTESE

Nota
O limite de uma sucessão constante é a própria constante.

• Limite da sucessão de termo geral un = nq, com q racional

• lim nq = +' se q > 0.

• lim nq = 0 se q < 0.

Operações com limites finitos


Sendo lim un = l1 e lim vn = l2, com l1, l2 ∈R:

• lim (un + vn) = l1 + l2

• lim (unvn) = l1l2

• lim hi vn hi = l2 , se un & 0, para todo o n ∈N e l1 & 0.


j un j l1

• lim (aun) = al1, a ∈R

• lim (un)r = (l1)r, r ∈N

• lim (un)r = (l1)r, sendo r ∈Q+ e un ≥ 0, para todo o n ∈N.

• lim (un)r = (l1)r, sendo r ∈Q e un > 0, para todo o n ∈N.

Limites infinitos
• Uma sucessão (un) tem limite +', e escreve-se lim un = +' ou lim un = +' ou lim un = +',
n Æ +' n
quando:

para todo o L > 0, existir uma ordem p ∈N tal que ∀ n ∈N, n ≥ p ⇒ un > L.

Nesta situação, diz-se que un tende para +' e representa-se por un " +'.

• Uma sucessão (un) tem limite –', e escreve-se lim un = –' ou lim un = –' ou lim un = –',
n Æ +' n
quando:

para todo o L > 0, existir uma ordem p ∈N tal que ∀ n ∈N, n ≥ p ⇒ un < –L.

Nesta situação, diz-se que un tende para –' e representa-se por un " –'.

96
Síntese

Operações com limites infinitos em notação simbólica


Nota
Quando escrevemos, por exemplo, +' + l = +', estamos a traduzir, simbolicamente, que a soma
de duas sucessões, das quais uma tende para +' e a outra é convergente para l, tende para +'.

Adição Multiplicação Divisão


1
+' + l = +' (+') ¥ l = +', com l ∈R+. = +'
0+
+' + (+') = +' (+') ¥ l = –', com l ∈R–.
1 = –'
–' + l = –' (+') ¥ (+') = +' 0–
–' + (–') = –' (+') ¥ (–') = –'
1 =0
(+') + (–') Indeterminação (–') ¥ l = –', com l ∈R+. '
(–') ¥ l = +', com l ∈R–. 0 =0
(–') ¥ (–') = +' '
' ='
(+')r = +', com r ∈Q+. 0
(–')r = +', se r ∈N for par. ' Indeterminação
(–')r = –', se r ∈N for ímpar. '
' ¥ 0 Indeterminação 0 Indeterminação
0

Limites de sucessões definidas por frações racionais


No cálculo de limites de frações racionais que envolvem indeterminações, podes seguir o esquema seguinte:

(+') + (–') Colocar em evidência o termo de maior grau ou aplicar


o Teorema 1 da página 85.

h0h Simplificar Colocar em evidência


i i
j0j
a expressão o termo de maior grau
de modo a no numerador
(0 ¥ ')
e no denominador.
obter hi ' hi .
j'j

Teoremas
Limite da sucessão exponencial

• lim an = +' se a > 1.

• lim an = 0 se 0 < a < 1.

Limite da sucessão definida por n√∫a, com a > 0

• lim n√∫a = 1

97
TEMA III Sucessões

Aprende Fazendo

Itens de seleção

1 A sucessão (un) de termo geral un = 3 + 1 tende para:


n
(A) 0 (B) +' (C) 1 (D) 3

Solução: Opção (D)

2 Acerca da sucessão (vn) de termo geral vn = n – 5 , podemos afirmar que:


n
(A) (vn) é uma sucessão decrescente.

(B) (vn) é uma sucessão não limitada.

(C) (vn) é uma sucessão convergente.

(D) (vn) é uma progressão aritmética.

Solução: Opção (C)

3 Acerca da sucessão (wn), cujo gráfico está sobre uma reta de declive m > 0, pode afirmar-se que:
(A) wn " m (B) wn " +'

(C) (wn) pode não ser monótona. (D) (wn) é limitada.

Solução: Opção (B)

4 Acerca da sucessão (tn) de termo geral tn = (100 – n)2, pode afirmar-se que:
(A) (tn) é divergente.

(B) (tn) é uma progressão aritmética.

(C) (tn) é monótona.

(D) (tn) é limitada.

Solução: Opção (A)

–n + 2 se n ≤ 2017


.
5 Considera a sucessão (un) definida por un = 1
2– se n > 2017
n
Qual das seguintes proposições é verdadeira?
(A) lim un = +'

(B) lim un = –'

(C) (un) é convergente para 2.

(D) (un) é monótona.

Solução: Opção (C)

98
Itens de seleção

6 Qual das seguintes proposições é verdadeira?


(A) Toda a sucessão limitada é convergente.

(B) Toda a sucessão monótona é convergente.

(C) Toda a sucessão convergente é monótona.

(D) Toda a sucessão convergente é limitada.

Solução: Opção (D)

7 Considera as sucessões (an), (bn) e (cn), das quais se sabe que:


• lim an = –1
• lim bn = +'
• lim cn = 0
Com esta informação, qual das seguintes afirmações é necessariamente verdadeira?
(A) lim (bn ¥ cn) = 0

(B) lim (an ¥ bn) = –'

hc h
(C) lim i n i conduz a uma indeterminação.
j bn j
ha h
(D) lim i n i conduz a uma indeterminação.
j bn j

Solução: Opção (B)

8 O limite da sucessão de termo geral un = 1 + 1 + 1 + … + 1n é:


3 9 3
(A) 3 (B) 2 (C) 0 (D) +'
2 3

Solução: Opção (A)

9 Considera as proposições:
(I) Se (un) é uma sucessão tal que lim un = 0 e un < 0, ∀ n ∈N, então (un) é crescente.

(II) Se (vn) é uma sucessão não limitada, então lim vn = +'.

Acerca das proposições anteriores, podemos afirmar que:


(A) são ambas verdadeiras.

(B) são ambas falsas.

(C) apenas a proposição (I) é verdadeira.

(D) apenas a proposição (II) é verdadeira.

Solução: Opção (B)

99
TEMA III Sucessões

Aprende Fazendo

Itens de seleção

10 Considera uma sucessão (bn) decrescente. Sabe-se que –1 é um minorante dos termos da sucessão.
Qual das seguintes afirmações é necessariamente verdadeira?
(A) lim (bn) = –'

(B) lim (bn) = +'

(C) lim (bn) = 0

(D) A sucessão (bn) é convergente.

Solução: Opção (D)

11 Considera as sucessões (un) e (vn) de termos gerais un = n3 – n e vn = 2n + (–1)n e as seguintes proposições:


(I) (un) tende para +'.

(II) (vn) tende para +'.

Acerca das proposições anteriores, podemos afirmar que:


(A) são ambas verdadeiras.

(B) são ambas falsas.

(C) apenas a proposição (I) é verdadeira.

(D) apenas a proposição (II) é verdadeira.

Solução: Opção (A)

12 Seja (wn) a sucessão de termo geral:


4 2
wn = kn + n 3 – 3n2 + 4 , com k ∈R
–6n + n
Se lim wn = –', então k pode tomar o valor:
(A) –6 (B) –1 (C) 0 (D) 2

Solução: Opção (D)

x h
13 Seja x ∈R. Para que valor de x se tem lim hix + x + x + … + n – 1 i = 30?
j 3 9 3 j

(A) 3 (B) 10 (C) 20 (D) 21

Solução: Opção (C)

100
Itens de construção

Itens de construção

14 Calcula os seguintes limites.


a) lim
3n + 1 b) lim
–5n + 1
3n – 4 10

c) lim
–n – 1 d) lim i–
h 2h
i
–4 j 5j

e) lim
1
3n + 2

Soluções: a) 1 b) –' c) +' d) – 2 e) 0


5

15 Calcula os seguintes limites.


a) lim n4 b) lim √∫n3 c) lim n2018 d) lim n–2018 e) lim
1 f) lim
1
n3 √∫n3∫
Soluções: a) +' b) +' c) +' d) 0 e) 0 f) 0

16 Sejam (un), (vn) e (wn) as sucessões definidas por un = n , vn = n–2 e wn = 12n + 1 .


2n – 1 2n + 5
Determina os seguintes limites.
a) lim (un + vn) b) lim (vn + wn) c) lim (3vn – wn)

d) lim (un ¥ vn) e) lim


1 f) lim
1
un unwn
1
g) lim
vn h) lim (un)2 i) lim (wn) 2
wn

Soluções: a) 1 b) 6 c) –6 d) 0 e) 2 f) 1 g) 0 h) 1 i) √∫6
2 3 4

17 Sejam (an), (bn), (cn), (dn) e (en) sucessões, das quais se sabe que lim an = lim bn = –', lim cn = +',
lim dn = lim en = 0 e lim fn = 3. Calcula, se possível, os seguintes limites.
a) lim (an + bn) b) lim (cn + dn) c) lim (an + fn)

d) lim (bn + cn) e) lim (fn + cn) f) lim (an ¥ bn)

g) lim (an ¥ cn) h) lim (an ¥ fn) i) lim (cn ¥ en)

j) lim (an ¥ dn) k) lim (an4) l) lim (an5)

h1h h1h ha h
m) lim i i n) lim i i o) lim i n i
j cn j j bn j j cn j

he h hd h hf h
p) lim i n i q) lim i n i r) lim i n i
j fn j j en j j en j

Soluções: a) –' b) +' c) –' d) Indeterminação e) +' f) +' g) –' h) –' i) Indeterminação j) Indeterminação
k) +' l) –' m) 0 n) 0 o) Indeterminação p) 0 q) Indeterminação r) Não há dados suficientes para resolver o exercício.

101
TEMA III Sucessões

Aprende Fazendo

Itens de construção

18 Calcula os seguintes limites.


a) lim 4n b) lim
5n
2n
7n h 1h n
c) lim d) lim i i
pn + 1 j 4j

e) lim
2n f) lim (3n – 6n)
10n

Soluções: a) +' b) +' c) +' d) 0 e) 0 f) –'

19 Prova, por definição de limite, que:


a) lim
2 =0
n

b) lim
10n = 5
2n + 1

c) lim
n2 = – 1
3n2 +1 3

20 Prova, por definição de limite, que:


a) lim (2n + 5) = +'

b) lim
3 – n = –'
2

21 Indica o valor lógico das seguintes proposições.


a) Uma sucessão limitada pode não ter limite.
b) Uma sucessão limitada pode tender para infinito.
c) Uma sucessão limitada pode tender para zero.
d) Uma sucessão que tenda para –' não pode ter termos positivos.
e) Uma sucessão crescente é sempre uma sucessão que tende para +'.
f) Uma sucessão monótona é sempre uma sucessão convergente.
g) Uma sucessão convergente é sempre uma sucessão monótona.
h) Uma sucessão monótona e limitada é sempre uma sucessão convergente.

Soluções: a) Proposição verdadeira. b) Proposição falsa. c) Proposição verdadeira. d) Proposição falsa. e) Proposição
falsa. f) Proposição falsa. g) Proposição falsa. h) Proposição verdadeira.

102
Itens de construção

22 Calcula o limite das sucessões cujo termo geral se indica, identificando as indeterminações encontradas.
a) un =
n+5 2
b) un = n + 5 c) un = n + 5
2n + 1 2n + 1 2n3 + 1

√∫ 9n +2 √∫n∫2∫ +
∫ ∫ ∫5
3
d) un = 3n + 4n – 5 e) un = f) un =
–2n3 5n2 +1 4n – 3 2n + 1
g) un =
1–n h) (*) un = n+5 i) un = √∫2∫n∫ ∫+∫ 1
∫ – √∫n
√∫2∫n∫ +
∫ ∫ ∫1 √∫2∫n2∫ ∫ ∫ +∫ 1
∫ + 3n

j) un = 2
n+1
k) un =
5n + 3n + 1 l) un = 3n + 2 – 5n
5n pn + 2
(*) grau de dificuldade elevado
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 11.º ano

(*) Os graus de dificuldade elevados correspondem a desempenhos que não serão exigíveis à totalidade dos alunos.

Soluções: a) 1 b) +' c) 0 d) 3 e) 3 f) 1 g) –' h) 3 – √∫2 i) +' j) 0 k) +' l) –'


2 2 2 2 7

23 Calcula os seguintes limites, identificando as indeterminações encontradas.


h n2 + 3 h h 2n5 + 3n2 h
a) lim i i b) lim hi n hi c) lim i i
j n j 2
j n + 3j j 4n5 + 1 j

d) lim i1 +
h 2 + 3n4 h h
e) lim i
1 . (n2 + 2)h f) lim i
h
: i 1 2h
i i
j 4n + 1 j jn +1 j jn2 + 3 n j

h h
g) lim i
j √∫ n12n
+1
i
j
h) lim (n2017 – n2) i) lim (n2 – n2016)

h
j) lim i2 +
(–1)n h h n
k) lim i–n + (–1) hi (
l) lim √∫n∫2∫ ∫+∫ 1
∫ + √∫n∫2∫ +
∫ ∫ ∫2 )
i
j n j j n j

(
m) lim √∫n2∫ ∫ ∫+∫ 1
∫ – √∫n2∫ ∫ +
∫ ∫ ∫2) n n
n) lim hi1 + 2 + 3 hi o) lim i
h –2 + 4n + 1 h
i
j 3n j j 2n j

Soluções: a) +' b) 0 c) 1 d) +' e) +' f) 0 g) 2√∫3 h) +' i) –' j) 2 k) –' l) +' m) 0 n) 1 o) +'
2 Animação
“Resolução do exercício 23 e)”

24 Considera as sucessões (un) e (vn) definidas por un = p + (–1)n e vn = p – (–1)n .


Mostra que, apesar de (un) e (vn) serem sucessões divergentes, a sucessão (un ¥ vn) é convergente.

25 Considera a sucessão (wn) definida por wn = 2n .


3
a) Prova que (wn) é uma progressão geométrica e indica a sua razão.

b) Estuda a sucessão quanto à monotonia.

c) Determina uma expressão Sn, da soma dos n primeiros termos da sucessão (wn).

d) Calcula lim Sn.

n
Soluções: a) 1 b) Sucessão decrescente. c) Sn = 1 – hi 1 hi d) 1
3 j3j

103
TEMA III Sucessões

Aprende Fazendo

Itens de construção

26 Calcula a soma de todos os termos das progressões geométricas:


a) cujos primeiros termos são 2, 1,
1 , 1 , 1 , 1 , …;
2 4 8 16

b) cujo primeiro termo é 3 e o sexto termo é


3 .
3125
Soluções: a) 4 b) 15
4

27 Mostra, utilizando a definição de limite de uma sucessão, que un " 0, onde un = (–1)n . 1 .
n

28 Prova, por definição de limite, que a sucessão de termo geral un = n + 1 não tende para 4.
n

29 Calcula o limite das sucessões cujo termo geral se indica, identificando as indeterminações encontradas.
a) (*) un =
n2 + cos n
3n2 + sen n

b) (*) un = 3√∫n2∫ ∫ +
∫ ∫ ∫1 – 5n

c) (**) un =
n3
5n (*) grau de dificuldade elevado
(**) grau de dificuldade muito elevado
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 11.º ano

(*) e (**) Os graus de dificuldade elevados e muito elevados correspondem a desempenhos que não serão exigíveis à
totalidade dos alunos.

Soluções: a) 1 b) –' c) 0
3

30 Considera a sucessão definida por u1 = 2 e, para todo o n ∈N, un + 1 = 1 hiun + 1 hi .


2 j un j
a) (*) Considera a sucessão de termo geral vn =
un – 1 . Mostra que para todo o n ∈N, vn + 1= v2n.
un + 1
h 1 h 2n – 1
b) (**) Cacula v1 e utiliza o resultado da alínea anterior para provar que vn = i i .
j3j
c) Determina uma expressão algébrica para o termo geral de (un)n ∈N.
d) Calcula os limites das sucessões (un)n ∈N e (vn)n ∈N.
(*) grau de dificuldade elevado
(**) grau de dificuldade muito elevado
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 11.º ano

(*) e (**) Os graus de dificuldade elevados e muito elevados correspondem a desempenhos que não serão exigíveis à
totalidade dos alunos.
n–1
2
Soluções: b) v1 = 1 c) un = 32n – 1 – 1 d) lim un = 1 e lim vn = 0.
3 3 +1

104
Desafio – Uma tartaruga sofista

Retomando o desafio apresentado no início deste tema, apresenta-se a seguir uma possível resolução.
Ao fim de uma hora, quando Aquiles, partindo do ponto A (ver figura), percorre uma légua, chega
ao ponto de partida da tartaruga, ponto B, altura em que esta acaba de percorrer 1 de légua,
2
encontrando-se, pois, a 1 + 1 de légua de A. Quando Aquiles chega a C, meia hora depois, a tarta-
2
ruga encontra-se em D, a 1 + 1 + 12 de légua de A.
2 2
2



1 1 1 1
1+ + 2+ 3 + 4
2 2 2 2


1 1 1
1+ + 2+ 3
2 2 2


1 1
1+ + 2
2 2


1
1+
2

1


A B C D E F…

Em geral, como a tartaruga se desloca a metade da velocidade de Aquiles, enquanto este percorre
1 de légua, a tartaruga percorre metade dessa distância, ou seja, 1 de légua. As sucessivas dis-
2n 2n + 1
tâncias aludidas no problema são, pois, os números da sucessão (un), n ∈N, em que:
n+1
1 – hi 1 hi
j2j
un = 1 + 1 + 12 + 13 + … + n1– 1 + 1n = = 2 – 1n
2 2 2 2 2 1– 1 2
2
Esta sucessão tende para 2, que corresponde à distância, medida a partir de A, percorrida no
momento em que Aquiles apanha a tartaruga.
Mas há algo de estranho nisto tudo, não há? É que, antes de apanhar a tartaruga, Aquiles tem de
fazer uma infinidade de coisas, nomeadamente, passar por todos os pontos onde a tartaruga já es-
teve, e não é verdade que sempre que ele chega a um desses pontos a tartaruga já lá não pode
estar, a menos que tivesse entretanto parado. Este paradoxo, que se deve a Zenão de Eleia (séc. V
a. C.), ainda hoje dá que pensar a filósofos! E a físicos… Repara que se pressupôs que o espaço é
infinitamente divisível. Mas será? Ninguém sabe, mas Zenão concebeu outros paradoxos igualmente
intrigantes para o caso de o espaço não ser infinitamente divisível.
Se quiseres saber mais, consulta o artigo de Nick Huggett sobre os paradoxos de Zenão, disponível
na Enciclopédia de Filosofia de Stanford e também na Internet.
Será que Zenão afinal tinha razão e o movimento não passa de uma ilusão?

105
SOLUÇÕES

TEMA III b) Conjunto dos majorantes: [12, +'[


Conjunto dos minorantes: ]–', –2]
Sucessões 3
11. a) Majorantes: e p, por exemplo. Não tem minorantes.
2
Unidade 1 – Propriedades elementares de b) Conjunto dos majorantes: [1, +'[
sucessões reais (pág. 6) 12. Ínfimo: 3
1. a) un = –10n Supremo: 7
13. Por exemplo:
1
b) un = a) ]–', 1]
2n – 1
b) ]2, +'[
n+3
c) un = c) [3, 4[
3n
2. a) 1, 3, 5, 7, 9 14. a) Máximo 1 e não tem mínimo.
5 10 17 26 b) Não tem máximo nem mínimo.
b) 2, , , ,
4 9 16 25 c) Mínimo 3 e não tem máximo.
c) 1, √∫2, √∫3, 2, √∫5 15. a) Conjunto dos minorantes: ]–', 2];
1 1 1 1 não tem majorantes.
d) –1, , – , , –
2 3 4 5 b) Conjunto dos majorantes: [–3, +'[;
e) –1, 1, –1, 1, –1 não tem minorantes.
3. a) u1 = 0; u2 = 1; u3 = 0; u4 = 1; u5 = 0; u2018 = 1 c) Conjunto dos minorantes: ]–', –1];
1 1 conjunto dos majorantes: [1, +'[
b) v1 = 2; v2 = – ; v3 = 28; v4 = – ; v5 = 126; d) Não tem majorantes nem minorantes.
2 4
1 16. (un) é limitada, pois u1 ≤ un < 2017, ∀ n ∈N.
v2018 = –
2018
c) w1 = 2; w2 = 1; w3 = 0; w4 = 1; w5 = 2; w2018 = 1009
7 Unidade 2 – Princípio de indução matemática (pág. 19)
4. a) u10 = –
41


t1 = 1
b) Não é um termo da sucessão. 23.
10 tn = tn – 1 + n, ∀ n > 1
c)
21
15 – 2n 13 – 4n 24. a) 3, 5, 7, 9, 11
d) un – 1 = ;u =
4n – 3 2n 8n + 1


a1 = 3
e) Ordem 7.
an + 1 = an + 2, ∀ n ≥ 1
5. a) 17 é o termo de ordem 12 de (un) e é o termo de
b) 3, 9, 27, 81, 243
ordem 20 de (vn).


b) Proposição falsa, pois a equação √∫2∫p2∫ ∫ ∫+∫ 1 = p – 3 é b1 = 3


impossível em N. bn = 3bn – 1, ∀ n > 1
6. un vn 25. a) 5, 8, 11, 14, 17
16 16
13 an = 3n + 2
10 b) 3, 5, 7, 9, 11
7
4 4
1 3 5 bn = 2n + 1
1 2 34 5 n –2 2 4 n
–8
Unidade 3 – Progressões aritméticas e geométricas
(pág. 26)
28. a) É uma progressão aritmética de razão 3.
–32
b) Não é uma progressão aritmética.
8. a) Crescente. c) É uma progressão aritmética de razão –2.
b) Decrescente. 1
d) É uma progressão aritmética de razão – .
c) Não monótona. 2
d) Crescente. e) Não é uma progressão aritmética.
e) Não monótona. f) Não é uma progressão aritmética.
9. (un) não é monótona e (vn) é crescente. 29. a) 5
10. a) Majorantes: 13 e 100, por exemplo. Minorantes: b) 10
–100 e –2, por exemplo. c) 15

107
SOLUÇÕES

30. a) Decrescente. c) un = 2 ¥ (–3)n – 1


b) Crescente.
d) un = 5 ¥ 2n – 1
c) Crescente.
d) Decrescente. e) un = –5 ¥ 2n – 1
31. a) un = 4n – 14 1
49. a) r =
b) un = 5n – 32 3
1 b) Decrescente.
c) un = n + 8
2
50. a) 7 174 453
d) un = √∫2n – 2√∫2
5
32. a) –6037 b)
2
b) 2013 – √∫5 c) 3
c) –4033 d) 60
d) –6048 51. S = –9(1 – 3n)
33. 649 52. 10 737 418,23 euros.
34. 9, 12 e 15 54. 5 13 162 bactérias.
36. a) 13 55. 5 2764 habitantes.
b) 13
13 Aprende fazendo (pág. 44)
c)
2
1. Opção (A)
37. a) 703
2. Opção (B)
b) –3340
3. Opção (C)
38. a) 3689
4. Opção (B)
b) 3003
39. 9333 5. Opção (B)
41. 250 6. Opção (A)
42. n = 100 7. Opção (C)
43. a) 27 8. Opção (D)
b) 15 de dezembro. 9. Opção (A)
44. a) 5, 10, 20, 40 10. Opção (D)
b) –5, –10, –20, –40 11. Opção (B)
c) 5, –10, 20, –40 12. Opção (C)
13. Opção (D)
1 2 4 8
d) , , , 14. Opção (B)
5 5 5 5
15. Opção (B)
1 1 1 1
e) , , , 16. Opção (A)
5 10 20 40
45. a) 3 17. Opção (D)
18. Opção (C)
1
b) 19. Opção (A)
3
c) 9 20. Opção (A)
46. a) 3 21. Opção (B)
b) 2 22. a) un = 2n
c) –2 b) un = n2
c) un = n2 + 2
d) √∫2
n
3 d) un =
e) n+1
5
e) un = 5 – n
47. a) un = 4 ¥ 3n – 1
23. a) u6 = 3
b) un = 2n – 1
b) Não é termo da sucessão.
c) un = 3 ¥ (–1)n – 1
2
2n – 1 c)
d) un = 3
5 4n + 4 5n + 2
d) un + 1 = ; un + 1 =
e) un = 5 ¥ 2n – 1 n+3 n+2
h4 h
n–1 e) 4
f) un = i i
j3 j 24. 36 é o sexto termo da sucessão (un).
48. Por exemplo: 25. a) Sucessão não monótona.
a) un = 2 ¥ 3n – 1 b) Sucessão crescente.
n–1
h1 h c) Sucessão decrescente.
b) un = 2 ¥ i i
j3 j

108
26. a) Conjunto dos minorantes: ]–', 3]; não tem majorantes. 42. a) un = 6n – 9
b) Conjunto dos majorantes: [–6, +'[; não tem minorantes. b) 5184
È 1 È c) 113
c) Conjunto dos minorantes: Í –', – Í ; conjunto dos 43. a) 991
Î 2 Î
È1 È b) 50 045,5
majorantes: Í , +' Í .
Î2 Î 44. a) vn = 4 ¥ 3n – 1; crescente.
d) Não tem majorantes nem minorantes. b) vn = 6 ¥ (–5)n – 1; não monótona.
2
28. a) É uma progressão aritmética; r = . 1
5 45. a)
b) Não é uma progressão aritmética. 3
b) Decrescente.
c) Não é uma progressão aritmética. n
h1h
d) É uma progressão aritmética; r = 1. c) Sn = 1 – i i
j3j
e) É uma progressão aritmética; r = –p.
46. a) 3
29. a) É uma progressão geométrica; r = p.
1
b) É uma progressão geométrica; r = √∫3. b)
2
c) Não é uma progressão geométrica. 47. a) 2026 euros; 5 2106 euros.
d) É uma progressão geométrica; r = 4. b) un = 2026 ¥ 1,013n – 1
1
e) É uma progressão geométrica; r = . P1 = 6p

 
5 h1h
n–1

30. a) Não é um termo da sucessão. 48. a) 1 ; Pn = 6p i i


Pn = Pn – 1, n ≥ 2 j2j
b) p = 131 2
c) Sucessão crescente. A1 = 9p n–1
h1h
d) 21 b) 1 ; An = 9p i i
An = An – 1, n ≥ 2 j4j
31. a) Não é um termo da sucessão. 4
b) Sucessão crescente. 53. a) Por exemplo, L = 2.
c) A sucessão não é uma progressão aritmética. b) Não existe nenhum número real L nas condições dadas.
d) Minorante: 1, por exemplo; majorante: 2, por exemplo. 55. 37 224
62. a) –2, 1 e 4 ou 1,4 e 7
32. a) 3n + 4
b) un = 3n – 11
b) 79 bolotas.
63. 108º
c) 25 dias.
64. 1, 6 e 11
33. a) 370 euros.
1
b) 7020 euros. 65.
512
34. un = 2n + 8; 360 exercícios. 68. a) 4√∫1∫0, 10
35. a) u1 = 2, un + 1 = un + 2, ∀ n ∈N
b) u1 = 4, un + 1 = un – 1, ∀ n ∈N b) i) r = √∫1∫0
4
a 1 25
c) u1 = ,u = u , ∀ n ∈N c) Sim. Para n = 5, An = .
2 n+1 2 n 4
n–1
5 h5h
d) u1 = a3, un + 1 =
3
u , ∀ n ∈N d) r = ; Bn = 256 ¥ i i = 211 – 3n ¥ 5n – 1
8 j8j
a n
36. a) Sucessão não monótona.
b) Sucessão não monótona. Unidade 4 – Limites de sucessões (pág. 58)
c) Sucessão crescente.
d) Sucessão decrescente. 56. a) Ordem 100.
b) Ordem 499.
e) Sucessão não monótona.
c) Ordem 1110.
39. a) 0
57. a) i) Ordem 7.
b) Existe, todos os termos de ordem n = 3k, k ∈N.
ii) Ordem 249.
40. a) un = –3n + 7; decrescente.
iii) Para cada d > 0, é o número natural p igual à parte
b) un = –5n + 4; decrescente. 1 – 2d
inteira de .
1 4d
c) un = n + 3; crescente. 1
2 b) Existe lim un e lim un = .
n 2
d) un = – + 100; decrescente. 1
2 60. a) Por exemplo, – .
n
e) un = 2n – 20; crescente. 1
b) Por exemplo, –2 + .
f) un = 6n – 23; crescente. n
41. 15 c) Por exemplo, n.

109
SOLUÇÕES

61. (III) é verdadeira, pois sendo (un) uma sucessão conver- 80. a) +'
gente é limitada. b) 5
62. a) un = n é monótona e não é convergente. c) –'
b) un = (–1)n é limitada e não é convergente. d) +'
h 1h
n e) +'
c) un = i– i é convergente mas não é monótona.
j 2j f) +'
63. Opção (D) g) –'
66. a) 4999 81. a) +'
b) 58 b) +'
c) 100 c) +'
d) 99 920 016 d) Nada se pode concluir.
67. a) 5005 e) +'
b) 95 f) –'
71. a) 2 g) –'
b) +' h) +'
c) –' i) Nada se pode concluir.
d) 9 j) Nada se pode concluir.
k) +'
73. a) +'
l) –'
b) +'
82. a) +'
c) +'
b) –'
d) 0
c) +'
e) 0
d) –'
f) 0
1 e) –'
74. a) 1; 2; –
3 f) +'
2
b) an + bn = (–1)n + 83. a) 3
n
2 4 1 b) –8
75. a) ; ;
3 11 4 c) 2
4 d) –'
b) cn ¥ dn =
5n + 1 e) 0
2 f) +'
c) lim (cn) = ; lim (dn) = 0; lim (cn ¥ dn) = 0
5 84. a) +'
5
d) 1
2 b)
3
en 6n2 + 7n + 1
76. a) = c) 1
fn 2n2 + 7n
85. a) 0
b) lim (en) = 6; lim (fn) = 2
b) 0
c) lim hi n hi = 3; lim hi n hi =
e f 1 c) 0
j fn j j en j 3
d) 5
77. a) lim (gn) = 0; lim (hn) = 2 e) +'
b) 0 86. a) +'
c) 14 b) 0
d) –2 c) +'
d) 0
e) –6
e) –'
11
78. a) 100
4 88.
9
b) 0
1
c) Aprende fazendo (pág. 98)
3
d) 0 1. Opção (D)
1 2. Opção (C)
e) –
12 3. Opção (B)
1 4. Opção (A)
f)
16 5. Opção (C)
g) √∫3 6. Opção (D)
79. 11 7. Opção (B)

110
8. Opção (A) c) Proposição verdadeira.
9. Opção (B) d) Proposição falsa.
10. Opção (D) e) Proposição falsa.
11. Opção (A) f) Proposição falsa.
12. Opção (D) g) Proposição falsa.
13. Opção (C) h) Proposição verdadeira.
14. a) 1 1
22. a)
b) –' 2
c) +' b) +'
2 c) 0
d) –
5 3
d)
e) 0 2
15. a) +' 3
e)
b) +' 2
c) +' 1
f)
d) 0 2
e) 0 g) –'
f) 0
h) 3 – √∫2
1 7
16. a)
2 i) +'
b) 6 j) 0
c) –6 k) +'
d) 0 l) –'
e) 2 23. a) +'
1 b) 0
f)
3 1
c)
g) 0 2
1 d) +'
h) e) +'
4
f) 0
i) √∫6
g) 2√∫3
17. a) –'
h) +'
b) +'
i) –'
c) –'
j) 2
d) Indeterminação
k) –'
e) +'
l) +'
f) +'
m) 0
g) –'
n) 1
h) –'
o) +'
i) Indeterminação
1
j) Indeterminação 25. a)
3
k) +'
b) Sucessão decrescente.
l) –' n
h1h
m) 0 c) Sn = 1 – i i
j3j
n) 0 d) 1
o) Indeterminação 26. a) 4
p) 0 15
q) Indeterminação b)
4
r) Não há dados suficientes para resolver o exercício. 1
18. a) +' 29. a)
3
b) +' b) –'
c) +' c) 0
d) 0 1
30. b) v1 =
e) 0 3
n–1
f) –' 32 – 1
c) un = n – 1
21. a) Proposição verdadeira. 32 + 1
b) Proposição falsa. d) lim un = 1 e lim vn = 0.

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