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UNIVERSIDADE FEDERAL DA INTEGRAÇÃO LATINO-AMERICANA - UNILA

FELIPE MARQUES
HUESLEY CÂNDIDO
LIDIA ABRANTES
MARIO REGATIERI
RAFAEL CUNHA

RELATÓRIO:
Transformadores

Foz do Iguaçu
2019
LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Medidas de resistência entre os terminais.................................................10


Tabela 2. Medidas da tensão nos terminais..............................................................10
Tabela 3. Medida de tensão entre os terminais.........................................................11
Tabela 4. Medida de tensão nos terminais................................................................11
Tabela 5. Medida de tensão nos terminais................................................................11
Tabela 6. Medida de tensão no resistor e terminais..................................................12
SUMÁRIO

RESUMO..................................................................................................................... 5
1. INTRODUÇÃO......................................................................................................6
2. DESCRIÇÃO EXPERIMENTAL............................................................................8
3. DADOS, ANÁLISE DE DADOS E DISCUSSÕES..............................................10
4. CONCLUSÃO.....................................................................................................13
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................14
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RESUMO
Essa prática é focada em transformadores. A prática foi feita em um circuito
RC KL-21001 Linear Circuit Lab. A saída do gerador de função senoidal foi ajustada
para o sinal senoidal de 10 KHz e 6 Vrms com auxílio de um multímetro da DIGITAL
MULTIMETER ET-2082C. O circuito foi montado no circuito RC KL-13001 Basic
Electricity Experiments Module. A tensão foi medida em diferentes pontos. Foi
possível observar que os valores medidos se aproximaram dos valores teóricos e
concluiu-se que o transformador é elevador na corrente e abaixador na tensão.
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1. INTRODUÇÃO

Transformadores são utilizados para transferir energia elétrica entre


diferentes circuitos elétricos através de um campo magnético, usualmente com
diferentes níveis de tensão. Trata-se de um dispositivo de corrente alternada que
opera baseado nos princípios da Lei de Faraday. Embora o transformador não seja
um dispositivo eletromecânico de conversão de energia ele é comumente utilizado
em sistemas de conversão de energia e em sistemas elétricos (Salles, 2016).
As principais aplicações dos transformadores são: adequar os níveis de
tensão em sistemas de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica.;
isolar eletricamente sistemas de controle, medição e eletrônicos do circuito de
potência principal; realizar casamento de impedância, maximizando a transferência
de potência;evitar transferência de corrente contínua de um circuito para o outro e
realizar medidas de tensão e corrente (USP, 2014).
Um transformador consiste de duas ou mais bobinas em um ”caminho”, ou
circuito magnético, que acopla essas bobinas, conforme esquematizado na Figura 1.
Nessa figura, o transformador possui apenas duas bobinas, ou enrolamentos, e o
núcleo não possui entreferros, correspondendo a um circuito magnético fechado.
Essa corresponde à configuração clássica para o estudo de transformadores
monofásicos (USP, 2014).
Ainda na Figura 1, o enrolamento conectado à fonte é denominado, por
convenção, de enrolamento primário. Já o enrolamento que é conectado à carga é
denominado de enrolamento secundário.

Figura 1. Representação de um transformador monofásico ideal

Fonte: USP
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A tensão de entrada e de saída são proporcionais ao número de espiras em


cada bobina. Sendo:
Up N p
=
Us Ns
Onde:
● Up é a tensão primária.
● Us é a tensão secundária.
● Np é o número de espiras primárias.
● Ns é o número de espiras secundárias.

Por esta proporcionalidade concluímos que um transformador reduz a


tensão se o número de espiras do secundário for menor que o número de espiras do
primário e vice-verso (Só física, 2019).
Transformadores de potência são destinados primariamente à transformação
de tensão e operam com correntes relativamente altas. O circuito magnético é
constituído de material ferromagnético, como aço, a fim de produzir um caminho de
baixa relutância para o fluxo gerado. Geralmente o núcleo de aço dos
transformadores é laminado para reduzir a indução de correntes no próprio núcleo,
já que essas correntes contribuem para o surgimento de perdas por aquecimento
devido ao efeito Joule. Em geral se utiliza aço-silíco com o intuito de se aumentar a
resistividade e diminuir ainda mais essas correntes parasitas(UFRGS,2017).
Transformadores para casamento de impedância são em geral destinados a
aplicações de baixa potência. Há outros tipos de transformadores, alguns com
núcleo ferromagnético, outros sem núcleo, ditos transformadores com núcleo de ar,
e ainda aqueles com núcleo de ferrite (UFRGS,2017).
Portanto, os principais objetivos desse experimento foram estudar como
funciona a medição dos principais parâmetros de um transformador, bem como,
investigar as características inerentes do transformador.
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2. DESCRIÇÃO EXPERIMENTAL

Esta prática consiste em aplicar um potencial em algumas entradas de um


transformador para verificar a tensão induzida na outra espira. Para realização desta
prática foram utilizados os seguintes materiais: Módulo KL-21001 – Linear Circuits
Lab; Módulo KL-13001 – Linear Circuits Lab ; Cabos conectores – Linear Circuits
Lab;
1 Multímetro.
Utilizando o multímetro na função ohmímetro, mediu-se as resistências entre
os terminas do enrolamento primário 4 e 5 e entre do enrolamento secundário 1 e 3.
Mediu-se também as resistências no enrolamento secundário entre os terminais 1 e
2 e entre os terminais 2 e 3.

Figura 2. Circuito equivalente utilizado para realizar a prática

Fonte: KL-100 Electricity circuito Lab Experiment 2-17 Transformer Characteristics

Com o multímetro na função voltímetro em sinal alternado ligado em paralelo


ao gerador de sinal senoidal do módulo KL -21001, regulou-a em 6Vrms com
frequência de 10 KHz
Aplicando o sinal gerado nos terminais 4 e 5, mediu-se as tensões entre os
terminais 4 e 5 do enrolamento primário e entre os terminais 1 e 3 do enrolamento
secundário.
Mudou-se a alimentação do transformador para os terminais 1 e 3,
transformando-os no enrolamento primário, mediu-se a tensão entre esses terminais
e também entre os terminais 4 e 5 localizados no enrolamento secundário. Em
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seguida a alimentação passou para os terminais 1 e 2, medindo a tensão entre


esses terminais e entre os terminais 4 e 5 do enrolamento secundário.
Voltando a alimentação nos terminais 4 e 5 em série com o resistor R10,
mediu-se a tensão entre esses terminais e entre os terminais 1 e 2 e a tensão no
resistor R10 para o cálculo da corrente de excitação do transformador. Associando o
resistor R11 paralelo aos terminais 1 e 3, mediu-se novamente a tensão em R10
com a carga do resistor R11. Por fim, mediu-se a tensão entre os terminais 4 e 5 e
entre os terminais 1 e 3 para calcular a relação das espirar.
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3. DADOS, ANÁLISE DE DADOS E DISCUSSÕES

Primeiramente com o auxílio do ohmímetro mediu-se a resistências entre os


terminais 4 e 5, 1 e 3, 1 e 2, e por fim 2 e 3, obtendo a tabela 1.

Tabela 1. Medidas de resistência entre os terminais


Terminais Resistência (Ω ± Δ Ω) Valores teóricos
R1-2 23,8 ± 0,12 Ω 23 Ω
R1-3 47,3 ± 0,24Ω 47 Ω
R2-3 23,6 ± 0,12 Ω 23 Ω
R4-5 77,3 ± 0,39 Ω 76 Ω

Observa-se através da tabela 1 que as resistências entre os terminais R1-2


e R2-3 são quase iguais, além do qual a resistência entre os terminais R1-3 é quase
o dobro de tais. Os valores obtidos experimentalmente foram muito próximos aos
teóricos fornecidos, com pequenas alterações devido a erros de medições ou má
calibragem dos equipamentos.
Segundamente ajustou-se a saída do gerador de função para um sinal
senoidal de 10KHz e 6Vrms, permitindo assim, medir a tensão nos terminais 4 e 5,
assim como nos terminais 1 e 3, registrado na tabela 2.

Tabela 2. Medidas da tensão nos terminais


Terminais Tensão (V ± ΔV) Valores teóricos
E4-5 6,09 ± 0,03 V 6V
E1-3 4,63 ± 0,02V 4,5 V

O enrolamento entre terminais E4-5 utilizado é primário, já entre os terminais


E1-3 utilizado é secundário. Observa-se pela tabela 2 que a tensão medida entre os
terminais é maior quando usado o enrolamento é primário, uma vez que E4-5 é
primário. Os valores obtidos experimentalmente foram próximos aos teóricos
Calcula-se a relação do número de espiras do transformador, através da
fórmula 1 e obteve-se o número de espiras igual a 1,32.
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Posteriormente conecta-se o sinal AC e mede-se o a tensão entre os


terminais 1 e 3; e 4 e 5, registrado na tabela 3.
Tabela 3. Medida de tensão entre os terminais
Terminais Tensão (V ± ΔV) Valores teóricos
E1-3 5,98 ± 0,03 V 6V
E4-5 7,96 ± 0,04 V 7,6 V

Observa-se pela tabela 3 que o enrolamento entre os terminais 4 e 5 é


secundário neste experimento, diferentemente do primeiro a tensão do secundário é
maior. Os valores obtidos experimentalmente foram um pouco distantes na medida
de tensão entre os terminais 4 e 5, porém não invalida o experimento, uma vez que
ainda se faz possível encontrar o número de espiras pois a relação não é
comprometida. Calcula-se o número de espiras através da formula 1 e obteve-se o
número de espiras igual a 1,37.
Seguidamente conecta-se o sinal AC entre os terminais 1 e 2, e mede-se a
tensão entre os terminais 1 e 2; e 4 e 5. Valores registrados na tabela 4.
Tabela 4. Medida de tensão nos terminais
Terminais Tensão (V ± ΔV) Valores teóricos
E1-2 6,05 ± 0,03 V 6V
E4-5 16,31 ± 0,08 V 15 V

Observa-se pela tabela 4 que o transformador é usado como transformador


elevador, uma vez que os valores medidos entre os terminais 4 e 5, houve um
crescimento bem grande. Calcula-se o número de espiras e obteve-se n = 2,70.
Posteriormente conecta-se o sinal AC entre os terminais 4 e 5, e mede-se a
tensão entre os terminais 1 e 2; 4 e 5. Valores registrados na tabela 5.

Tabela 5. Medida de tensão nos terminais


Terminais Tensão Valores teóricos
E1-2 6,00 ± 0,03 V 6V
E4-5 1,99 ± 0,01 V 2,2 V

A tabela 5 mostra-se que o transformador neste caso é do tipo transformador


abaixador, uma vez que os valores entre os terminais 4 e 5, houve um decréscimo
bem grande em relação ao experimento anterior. Calcula-se o número de expiras e
obteve-se 3,01.
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Seguidamente mede-se a tensão no resistor R10 em curto circuito (com R11


desconectado) e obteve-se ER10 = 0,110V. E assim torna-se possível calcular a
corrente primaria Ip e obteve-se Ip = 0,00110mA, sendo Ip = ER10/R10 a formula
utilizada.
Finalmente conecta-se o resistor R11, e mede-se a tensão do resistor R10,
assim como entre os terminais 4 e 5; 1 e 3. Valores registrados na tabela 6.
Tabela 6. Medida de tensão no resistor e terminais
Terminais Tensão (V ± ΔV) Valores teóricos
R10 4,19 ± 0,02 V 4,23 V
E1-3 0,08 ± 0,0004 V 0,5 V
E4-5 1,08 ± 0,005 V 1,6 V

Com os valores registrados na tabela 6, calcula-se a corrente primaria Ip e


obteve-se Ip = 0,042, sendo assim, observa-se que quando R11 está conectado a
corrente primaria aumenta. Calcula-se o número de espira entre os terminais
registrados e obteve-se n = 13,5, valores que se mostram muito distantes dos
valores teóricos, porém é possível concluir que diferentemente do experimento
anterior no qual mediu-se a tensão entre os mesmos terminais, mostrou-se o
número de expiras muito mais elevado quando conectou-se ao resistor R11 do que
quando conectou-se entre os terminais 1 e 3.
Utilizando a lei de ohm através da formula Is = E1-3/R11 é possível calcular
a corrente secundária e obteve-se Is = 0,8 mA, permitindo assim concluir que o
transformador é elevador na corrente e abaixador na tensão.
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4. CONCLUSÃO
A partir dos elementos apresentados constatou-se que os valores medidos
se comportaram próximos aos teóricos, o que possibilitou concluir que o
transformador é elevador na corrente e abaixador na tensão.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
USP, Escola politécnica da universidade de São Paulo. Introdução à
eletromecânica e À automação - Transformadores. São Paulo, SP.
2014.Disponível
em:<https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/349452/mod_resource/content/2/
Transformadores_Teo_2014%20%281%29.pdf>. Acesso em 18/11/2019 às 20:43h.

Salles, M. Phd. Transformadores I. 2016. Disponível em:


<https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/356770/mod_resource/content/1/Aula
%202%20-%20Transformador%20I.pdf>. Acesso em 18/11/2019 às 21:35h.

Só Física. Virtuous Tecnologia da Informação. Transformadores. 2019. Disponível


em:<https://www.sofisica.com.br/conteudos/Eletromagnetismo/InducaoMagnetica/
transformadores.php>. Acesso em 18/11/2019 às 21:45h.

UFRGS. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Tipos e Aplicações dos


Transformadores. 2017. Disponível
em:<http://www.ufrgs.br/eng04030/Aulas/teoria/cap_13/tiaptran.htm>. Acesso em
18/11/2019 às 21:22h.

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