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Laboratório de Conversão

Eletromecânica de Energia - ENE 111881

Laboratório 3: Transformador monofásico.


Ensaios em circuito aberto e em curto-circuito
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1. Objetivos
As informações necessárias para os cálculos da eficiência e desempenho de transformadores podem
ser obtidas de dois testes realizados em laboratório. Eles são conhecidos como teste de circuito aberto
e teste de curto-circuito. São objetivos deste laboratório:
− Aprender a conectar instrumentos e realizar medições em um transformador monofásico.
− Realizar ensaios em circuito aberto e em curto circuito em um transformador.
− Determinar as impedâncias de um transformador.
− Obter os parâmetros do circuito equivalente de um transformador.
− Calcular o rendimento e a regulação de um transformador para qualquer carga

2. Revisão de conceitos básicos


O transformador é um equipamento que recebe energia elétrica com um valor de tensão e um valor
de corrente e fornece essa energia, a menos das perdas, em outro valor de tensão e outro valor de
corrente, de um circuito primário para outro circuito secundário. Além de transferir energia, baixando
ou elevando valores de tensões e correntes, também permite transformar impedâncias. A frequência
elétrica se mantém inalterada. O transformador trabalha pelo princípio de indução eletromagnética
entre dois enrolamentos colocados em um circuito magnético comum. Esses dois enrolamentos são
isolados eletricamente um do outro e também do núcleo.
A estrutura do TR é constituída (i) por chapas de aço laminado, isoladas por uma resina, justapostas
e pressionadas, com o objetivo de produzir um caminho de baixa relutância para o fluxo magnético
ao mesmo tempo que reduzem a indução de correntes no núcleo que contribuem para o surgimento
de perdas por aquecimento devido ao efeito Joule.
Envolvendo a estrutura de aço se encontram (ii) os enrolamentos do primário e do secundário,
conforme representado na figura abaixo: transformador monofásico do tipo núcleo envolvido ou
nuclear (core type). O enrolamento do primário tem N1 espiras e o do secundário N2 espiras. O
primário é ligado à fonte de energia elétrica e o secundário é ligado à carga.

Transformador monofásico ideal


Circuito equivalente
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Relação entre tensões
Considerando um transformador ideal, com o mesmo fluxo total (t) em ambas as bobinas e
desprezando os fluxos dispersos,

d d V1 N1
V1 = N1 V2 = N2 = =n
dt dt V2 N2
com n denominando a relação de espiras ou relação de transformação.

Relação entre correntes


I1 N2 1
I1 N1 = I 2 N2 = =
I 2 N1 n
Relação entre potências
S1 = V1I1 = S2 = V2 I2
No transformador ideal não há perdas. A potência de entrada é igual à potência de saída.

Relação entre impedâncias (reflexão)


Além da transformação de tensões ou correntes, os transformadores também alteram a impedância do
circuito:

V1 nV2 V
Z1 = = = n2 2 = n2 Z 2
I1 I 2 / n I2
Z1 é a impedância vista pela fonte de energia, ou seja, o primário vê qualquer carga Z2 conectada aos
terminais do secundário multiplicada pelo quadrado da relação de transformação. Em alguns casos, o
casamento de impedâncias é a principal função do transformador.

Transformador monofásico real


N1 V1
n= 
N2 V2
As perdas em um transformador real são (i) magnéticas, ou perdas no núcleo e (ii) perdas ôhmicas,
ou perdas no cobre. Podem ser determinadas por dois ensaios: circuito aberto e curto-circuito. Destes
ensaios, o rendimento e a regulação de um transformador podem ser predeterminados para qualquer
carga. A potência consumida durante estes ensaios é bem menor comparada com testes sob carga.
Nos experimentos deste laboratório, os parâmetros do lado de alta tensão (primário) têm o sufixo 1 e
do lado de baixa tensão (secundário) o sufixo 2.
Perdas ôhmicas. Resistências dos enrolamentos do primário e do secundário (r1, r2 );
Perdas magnéticas ou no núcleo por dispersão de fluxo magnético: reatâncias lineares (x1, x2); por
Foulcaut e histerese representadas pela resistência (rc) e magnetização do núcleo, aproximada por
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uma reatância linear xm (componente de 1ª harmônica da corrente de magnetização em quadratura
com o fluxo).
Circuito equivalente:

Em vazio I2 = 0, logo I1’ = 0. A impedância do ramo de magnetização (rc + xm) é muito maior que a
impedância série equivalente e pode-se desprezar os parâmetros série. Circuito equivalente:

Corrente no primário em vazio, da ordem de 5% da corrente nominal do transformador:


I1 (t ) = Ic (t ) + Im (t )
V1
Tensão no secundário em vazio: V2 =
n

Devido à não linearidade da curva B×H do núcleo (ciclo de histerese e eventualmente saturação), a
corrente de excitação não é senoidal e a análise de Fourier mostra que a corrente de magnetização
possui uma componente fundamental em fase com o fluxo e harmônicas de ordem ímpar (3ª, 5ª, …).
Como I é pequena, considera-se somente a componente de primeira harmônica:
I1 = I

Para I2  0, todos os parâmetros do circuito equivalente são considerados. Podemos eliminar do


circuito equivalente o transformador ideal, refletindo as impedâncias do secundário para o primário,
utilizando as relações de transformação de tensão e corrente:
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Como I << I1, pode-se desprezar o ramo de magnetização:

Em geral, para transformadores de potência (centenas de kVA), despreza-se as perdas ôhmicas. A


partir de ensaios é possível determinar os parâmetros do modelo do transformador nas condições de
regime permanente.

Tensões nominais do primário e do secundário


São as tensões para as quais o transformador foi dimensionado para operação contínua durante a sua
vida útil. Nas placas de identificação estas tensões são apresentadas na forma da relação VNOM1/VNOM2
que é igual à relação de transformação do transformador. As tensões nominais são tais que,
alimentando-se qualquer um dos lados pela sua tensão nominal, resulta também tensão nominal no
outro lado com o transformador em aberto.

Potência nominal
Potência aparente para a qual o transformador foi dimensionado para operação contínua em toda sua
vida útil. Na placa de identificação esta grandeza é fornecida em VA ou múltiplos, tais como kVA
(103VA) e MVA (106VA).

Correntes nominais
São as correntes que circulam nos enrolamentos quando submetidos às tensões nominais e potência
nominal.

Sistema por unidade


Um procedimento muito comum encontrado na prática consiste em expressar as grandezas
características dos equipamentos de potência não em seus valores reais, porém em valores
normalizados ou percentuais do nominal correspondente. Fixa-se arbitrariamente o valor de duas das
grandezas fundamentais, que passam a ser denominadas valores de base, que são a tensão nominal e
a potência aparente:
Valor real
Valor p.u. =
Valor base
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V S P Z VBase
Vp.u. = S p.u. = Pp.u. = Z p.u. = Z Base =
VBase S Base S Base Z Base S Base
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Ensaio de circuito aberto
Com o terminal do lado de alta tensão em vazio impõe-se tensão nominal no lado de baixa tensão e
mede-se as tensões, a corrente e a potência consumida. Obtém-se, em princípio, uma corrente de
excitação de apenas 2 a 6 por cento da corrente de carga nominal.

Ensaio de curto-circuito
Com o lado de baixa tensão em curto-circuito, impõe-se uma tensão menor do que a nominal no lado
de alta tensão de modo a se ter corrente nominal no curto-circuito, medindo-se a tensão, as correntes
e a potência consumida. Basta uma tensão primária de somente 2 a 12 por cento do valor nominal
para obter-se a corrente de plena carga.

Rendimento e regulação
Psaída P V2nom I 2nomcos2
= = útil = 100 [%]
Pentrada Ptotal V2 nom I 2 nomcos2 + pFerro + pJoule

Várias definições para regulação:

V20 − V2
R= 100 [%]
V2

V20 − V2 V20' − V2' V1n − V2'


v% = 100% = 100% = 100%
V20 V20' V1n
V20: tensão no secundário em vazio
V2: tensão no secundário com carga
V20' = nV20 V2' = nV2
V1n: tensão nominal no primário

v%  i1(vR%cos2  vX%sen2)


I1
i1 = I1n : corrente nominal no primário
I1n
RCC I1n PCC
vR % = 100% RCC = : resistência de curto-circuito
V1n I12n
X CC I1n
vX % = 100% X CC = ZCC
2
− RCC
2

V1n
A regulação depende do fator de potência da carga.

V1A − V2n
R= 100%
V2n
V1A: tensão primária ajustada para tensão secundária nominal em plena carga
V2n: tensão secundária nominal em plena carga referenciada ao primário
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3. Atividades prévias
Questões para revisão/reflexão/estudo.
1. Enuncie a Lei de Faraday com suas próprias palavras. Idem para a Lei de Lenz.
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
2. Por que a Lei de Faraday é importante? O que ela acrescenta ao que você já sabe sobre circuitos
elétricos e circuitos magnéticos? ___________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
3. Defina fluxo magnético. __________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
4. Qual a distinção entre tensão e força eletromotriz induzida? ______________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
5. Dê um exemplo de como se obtém uma força eletromotriz induzida, justificando.
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
6. Escreva a equação da força eletromotriz induzida no transformador.
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
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7. O que é o transformador e qual é o princípio de funcionamento? ___________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
8. Quais as diferenças entre um transformador ideal e um transformador real? __________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
9. Um transformador ideal com N1 = 500 espiras e N2 = 250 espiras alimenta uma carga resistiva de
10. O primário é alimentado por uma fonte de tensão v1(t) = 311sent, 60Hz.

Determine:
a. A tensão no secundário: ______________________________________________________
b. A corrente na carga: _________________________________________________________
c. A corrente no primário: ______________________________________________________
d. A potência aparente fornecida ao primário: _______________________________________
e. A potência aparente consumida pela carga: _______________________________________

Obs.: resolva o exercício utilizando notação complexa.


10. Determine as correntes nominais de um transformador de potência, monofásico, de 20 MVA,
325/88 kV, 60 Hz: _____________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
11. Um transformador de distribuição monofásico de 20kVA, 8000/480V, tem os valores de
resistências e reatâncias conforme a figura:
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Calcule:
a. Os valores resultantes de um ensaio em circuito aberto:
VBT: ______________________________________________________________________
VAT: ______________________________________________________________________
IBT: _______________________________________________________________________
Potência ativa: ______________________________________________________________
b. Os valores resultantes de um ensaio em curto-circuito:
VAT: ______________________________________________________________________
IAT: _______________________________________________________________________
IBT: _______________________________________________________________________
Potência ativa: ______________________________________________________________

Desenhe:
a. O circuito equivalente completo referido ao lado de alta tensão.

b. O circuito equivalente completo referido ao lado de baixa tensão.

c. O circuito equivalente completo em p.u.

Calcule o rendimento e a regulação para cargas de:


a. R = 100 __________________________________________________________________
b. R = 50 ___________________________________________________________________
c. R = 10 ___________________________________________________________________

Desenhe o gráfico Regulação(%)×Carga(%) para as três cargas.

Pcarga
Carga(%) =
Pnominal
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4. Introdução para o Laboratório 3


Wattímetro digital
Nos wattímetros digitais, um circuito eletrônico calcula, por amostragem, a tensão e a corrente
eficazes e, através delas, a potência ativa. Na figura está ilustrado um wattímetro digital e seu esquema
de ligação para medida de potência ativa em uma carga monofásica. O wattímetro digital apresenta
uma melhor precisão nas leituras de pequenos valores de potência quando comparados aos
wattímetros analógicos.

5. Atividades experimentais
Equipamentos utilizados
Transformador de 24VA 110/12V, fontes da bancada, wattímetro digital, voltímetros, amperímetros,
conectores, reostato de 450/2A.

Inspeção do Transformador
Preencher a tabela utilizando os dados nominais do transformador:

Alta tensão Baixa tensão

Tensão [V]

Corrente [A]

Potência [VA]

Relação de espiras n
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Identificação dos terminais
Identificar os terminais de alta e baixa tensão através das medições das resistências dos enrolamentos
e da verificação das tensões, preenchendo a tabela. Qual o lado que tem menor valor para a resistência
do enrolamento: alta ou baixa? _______________________________________________________
Justifique: _______________________________________________________________________
________________________________________________________________________________

Alta tensão Baixa tensão


Tensão [V]
Resistência []
Relação de
transformação RT

Atenção para não ultrapassar os valores nominais das tensões e correntes.

Ensaio 1: Teste de polaridade


O conhecimento da polaridade dos terminais das bobinas de um
transformador é fundamental quando é necessário, por exemplo, conectar
transformadores em paralelo ou ligar o terminal da bobina primária ao da
secundária para a configuração de autotransformador.
A convenção usualmente adotada para a polaridade de um enrolamento
está relacionada com a regra da mão direita. Entretanto, nem sempre se tem
acesso visual ao enrolamento. A não ser quem construiu o transformador.
No caso de dois ou mais enrolamentos, a polaridade é tratada sempre de forma relativa. Arbitra-se a
polaridade de um dos enrolamentos e determina-se as polaridades dos outros enrolamentos em relação
ao primeiro. A notação indicada na figura abaixo sugere que as correntes que circulam pelas bobinas,
entrando pelos terminais marcados, geram fluxos magnéticos no mesmo sentido (coincidentes),
caracterizando que os terminais marcados (•) têm a mesma polaridade.
Um modo simples de testar a polaridade dos enrolamentos de um transformador consiste em conectar
um terminal do primário com um terminal do secundário, aplicar uma tensão, V1, no primário e medir
a tensão, VT, entre os terminais não conectados, conforme a figura:

VT < V1 VT > V1

Se a tensão entre os terminais não conectados é menor que a tensão de entrada (se N1 = N2 seria nula),
a polaridade é subtrativa e o conector entre o primário e o secundário está ligando terminais com a
mesma polaridade. Se a tensão entre os terminais não conectados é maior que a tensão de entrada (se
N1 = N2 seria o dobro), a polaridade é aditiva e o conector entre o primário e o secundário está ligando
terminais com polaridades diferentes.
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Ensaio 2: Circuito aberto
Tem como finalidades as determinações das perdas em vazio e calcular os parâmetros xm e rc. Quando
o transformador está funcionando em vazio, não existe corrente no secundário e não há perdas no
cobre deste enrolamento. A corrente em vazio no primário é muito reduzida, o que leva a que as
perdas no cobre possam ser desprezadas. Portanto, a potência ativa mensurável em vazio representa
a potência dissipada no núcleo de ferro.
Aplicar a tensão nominal nos terminais de baixa tensão, estando os terminais de alta tensão em aberto
(em vazio) e fazer as leituras da potência (ativa) de entrada P0, tensão V1 e corrente em vazio, I0.
Normalmente utiliza-se para este ensaio o circuito equivalente:

V12 V1 1 1 1
rc = Zm = = Bm = Ym2 − gc2 [−1 ] Ym = gc =
P0 I0 xm Zm rc

Ensaio 3: Curto-circuito
No ensaio de curto-circuito circulam as correntes nominais no primário e no secundário, estando o
transformador alimentado com tensão reduzida. O fluxo magnético é muito pequeno devido ao fato
das tensões serem pequenas. Praticamente não se produzindo perdas no ferro. Deste modo a potência
ativa consumida durante o ensaio de curto-circuito, representa as perdas no cobre do transformador.
O ensaio em curto-circuito é também um método experimental para determinar a resistência, a
reatância e a impedância equivalentes do transformador. Como circulam as correntes nominais sem
o transformador alimentar nenhuma carga, o ensaio permite simular o padrão de fugas de fluxo no
primário e secundário já que dependem das correntes nos dois enrolamentos.
Como a tensão aplicada é reduzida, a corrente no ramo magnetizante também será de pequeno valor.
As perdas em vazio dependem da densidade de fluxo que, por sua vez, depende da tensão aplicada.
Desta forma pode-se desprezar o ramo central do modelo do transformador, pois estando ele curto-
circuitado, bastará uma pequena tensão para fazer circular a corrente nominal.
Aplicar uma tensão reduzida nos terminais de alta tensão do transformador, curto-circuitando a baixa
tensão com o amperímetro. O nível da tensão aplicada no transformador deve ser tal que
proporcionará a circulação da corrente nominal no secundário, conforme a figura:

A partir das informações obtidas de potência, correntes e tensões, pode-se calcular os referidos
valores de resistência, reatância e impedância utilizando as seguintes equações:
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PCC
RCC = 2
Onde: RCC = resistência equivalente, re = r1 + n2r2
I CC PCC = potência de curto-circuito
VCC ICC = corrente de curto-circuito = corrente nominal
ZCC = ZCC = impedância equivalente
I CC
VCC = Tensão de curto-circuito
X CC = ZCC
2
− RCC
2
XCC = reatância equivalente, xe = x1 + n2x2

r1 = r2 = 0,5re x1 = x2 = 0,5xe

Consolidação dos resultados


Preencha a tabela com os dados obtidos nos ensaios em circuito aberto e em curto-circuito:

Ensaio em circuito aberto Ensaio em curto-circuito


lado de BT lado de AT lado de BT lado de AT
Tensão [V]

Corrente [A]

Potência ativa [W]

Modelagem
Com os dados obtidos, determinar os parâmetros e completar os circuitos equivalentes deste
transformador, referindo-se aos lados da alta tensão, baixa tensão e em p.u. Escolher como base do
sistema p.u. os valores nominais do transformador.

Circuito equivalente para o lado de AT

Circuito equivalente para o lado de BT


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Circuito equivalente em p.u.

Ensaio 4: Regulação e rendimento do transformador


A definição de regulação da tensão do transformador será considerada como a variação na tensão do
secundário sem carga (vazio) até a carga total e expressa como uma percentagem do valor da carga
total. Em aplicações de sistemas de potência, a regulação é uma figura de mérito para um
transformador. Um valor baixo indica que as variações de carga no secundário do transformador, não
afetarão significativamente a amplitude da voltagem a ser fornecida para a carga. A regulação é
calculada com base no pressuposto de que a tensão primária se mantém constante à medida que a
carga varia no secundário do transformador:

Vvazio − Vcarga
Reg% = 100%
Vcarga

O rendimento (ou eficiência) do transformador, definido como

Psaída P − Pperdas P
% = = entrada = 1 − perdas 100%
Pentrada Pentrada Pentrada

Montar o circuito de acordo com a figura:

Aplicar 110V no lado de AT, com o circuito do secundário do transformador em aberto (carga
desconectada). Verifique o valor da tensão em vazio no lado de BT. Conecte o reostato após ajustá-
lo para o seu valor máximo. Varie a carga até atingir a potência nominal do transformador (corrente
e tensão nominais do secundário). Anote na tabela abaixo os resultados das medições para 10 valores
de carga.

Calcular os valores teóricos para η e Reg, utilizando o circuito equivalente.

Curvas de regulação e rendimento


Traçar os gráficos de regulação de tensão e de rendimento do transformador utilizando os valores da
tabela e os valores calculados a partir do circuito equivalente.
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Medidas dos ensaios de regulação e rendimento.
Valores
Baixa Tensão Alta Tensão
calculados
Porcentagem Potência Potência de
Corrente Tensão Corrente η Reg
da corrente na carga entrada
100 %
90 %
80 %
70%
60 %
50 %
40 %
30 %
20 %
10 %
0%
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O que você pode observar da comparação entre as curvas de regulação de tensão e de rendimento
teóricas e práticas? Justifique sua resposta. ______________________________________________
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Explique a variação da corrente devida à variação da carga no lado de BT (diretamente ou


inversamente proporcional à resistência da carga). ________________________________________
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É possível que um transformador tenha uma regulação de tensão negativa? Justifique.____________


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