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Conceitos Básicos de

Eletrônica e Eletricidade

Colaboração Prof. Nelson Quilula


Unidades Básicas


Tensão: unidade volt (V) em homenagem a Alessandro Volta;
– Resumidamente a tensão elétrica é a diferença de potencial elétrico entre dois pontos.
Sua unidade é o volt (V) e é representada nas equações e circuitos geralmente pelas
letras U e V.
– Geralmente nos circuitos eletrônicos ela é fornecida por baterias, que transformam a
energia química em elétrica. Há também geradores mecânicos, solares, térmicos,
magnéticos, etc.

Corrente: Unidade ampere (A), em homenagem a André Marie Ampère;
– É o fluxo de elétrons em um condutor quando submetido a uma diferença de potencial.
– A unidade de corrente elétrica é o ampère (A) e é geralmente representada em
equações e circuitos pela letra I.

Resistência: Unidade Ohm (Ω), em homenagem a Georg Simon Ohm.
– A oposição à passagem de corrente é chamada de resistência elétrica. Todo material
possui uma certa resistência elétrica.
– A unidade de Resistência elétrica é o Ohm cujo o símbolo é representado pela letra
grega “Omega” (Ω). Ela é representada geralmente pela letra R em equações e
circuitos.
Definições Básicas


Energia:
– A energia necessária para mover uma carga elétrica de um Coulomb através
de uma diferença de potencial elétrico de um Volt é igual a um Joule.

Potência:
– A potência necessária para produzir uma corrente elétrica de um Ampère
através de uma diferença de potencial elétrico de um Volt é igual a um Joule
por segundo (1 Watt).

Ao ser percorrido por uma corrente elétrica os resistores fazem a
conversão de energia elétrica em energia térmica liberando calor e
aumentando sua temperatura. Isso recebe o nome de Efeito Joule.

Prefixos usados no sistema métrico decimal:
– pico(p)=10-12, nano(n)=10-9, micro(μ)=10-6, mili(m)=10-3
– kilo(k)=103, mega(M)=106, giga(G)=109, tera(T)=1012

Exemplos: pW, nJ, μF, mA, mC, kV, MN, GW
Lei de Ohm


Unidade de resistência elétrica: Ohm (Ω)

Unidade de condutância elétrica: Siemens (S)
S = Ω-1

Quando uma diferença de potencial é aplicada em um
dado condutor metálico observa-se que a intensidade de
corrente elétrica é diretamente proporcional à diferença
de potencial, ou seja:
V=R.I

A potência elétrica (P) é igual ao produto da diferença de
potencial (V) pela intensidade de corrente (I):
P = V . I = V 2 / R = R.I2
Lei de Ohm


No caso de um condutor com seção constante, a
resistência elétrica (R) depende:
– diretamente do comprimento do fio (l);
– inversamente à área da secção do fio (A)
– diretamente da resistividade (ρ) do material do fio, medida em
Ohms.metro (Ωm).
R = ρ. L / A

Ou seja, quanto maior a seção de um fio, menor a sua
resistência elétrica.

A resistência elétrica aumenta conforme aumenta a
temperatura do fio.
Pilha ou Bateria


Uma pilha ou bateria é um dispositivo formado por uma
ou mais células eletroquímicas que são usadas para
produzir uma diferença de potencial elétrico idealmente
constante.

Na prática a tensão da bateria se reduz ao longo do
tempo, pelo esgotamento da reação química.

Pilhas e baterias primárias não podem ser recarregadas.

Pilhas e baterias secundárias podem ser recarregadas.

As células de baterias transformam energia química em
energia elétrica (e vice-versa).
Pilha ou Bateria


Exemplos:
– "Célula de Volta": Zinco/Cobre/Ácido sulfúrico
– "Pilha seca" (1,5V): Zinco/Dióxido de manganês/Cloreto de
amônia
– "Chumbo ácido" (2V): Chumbo/Óxido de chumbo/Ácido
sulfúrico
– "Lítio-Íon" (3,6V): Grafite/Óxido metálico/Sal de lítio diluído
em solvente orgânico
– “Lítio-Íon-Polímero” (3,7 V) : Grafite/Óxido metálico/Sal de
lítio em polímero sólido
– “NiMH” (1,2 V) : Níquel-hidreto metálico
– “NiCd” (1,2 V) : Óxido de níquel e cádmio metálico
Pilha ou Bateria


Exemplo: "Pilha" tamanho D ENERGIZER E95
– Diferença de potencial nominal: 1,5V (Zinco-dióxido de
Manganês, Alcalina)
– Diferença de potencial mínima: 0,8V a 21oC
– Capacidade: 10AH com descarga contínua de 0,5A (20 horas)
– Intensidade de corrente de descarga máxima recomendada:
1,5A (máximo absoluto: 5A)
– Forma cilíndrica, diâmetro máximo 34,2 mm, comprimento
máximo 61,5 mm, massa 144g.


http://gizmodo.uol.com.br/baterias-e-pilhas-o-guia-
definitivo/
Fontes de Alimentação


As fontes de alimentação normalmente fazem a conversão
de um valor alto de tensão em corrente alternada (110 V ou
220 V) para um valor mais baixo de tensão em corrente
contínua .

A corrente alternada senoidal é a forma usual de
transmissão de energia elétrica para nossas residências.
Fontes de Alimentação


Os circuitos eletrônicos, de uma maneira geral,
trabalham apenas com o uso de tensão e corrente
contínuas, daí a necessidade desta conversão.

As fontes de alimentação fazem então a redução do
nível de tensão com o uso de transformadores e
depois a sua retificação e estabilização com o uso de
componentes eletrônicos.

As características dos componentes utilizados na
construção de uma fonte de alimentação vão
determinar uma capacidade de potência máxima para
a fonte expressa em Watts ou ainda em Volt.Ampere.
Resistores
Resistores


Normalmente os resistores tem os seus valores de resistência
indicados por um código de cores impresso no corpo do
componente.

São usadas 3 ou 4 faixas coloridas, cada uma representando
um algarismo. Código de cores:
0=preto, 1=marrom, 2=vermelho, 3=laranja, 4=amarelo,
4=amarelo
5=verde, 6=azul, 7=violeta, 8=cinza, 9=branco.
9=branco

O último algarismo corresponde à potência de dez, sendo que
pode ser usada uma faixa adicional para indicar a tolerância:
±10%=prateado, ±5%=dourado, ±2%=vermelho,
±1%=marrom, ±0.5%=verde.
Resistores


Série padrão de valores de resistência para resistores com
tolerância ±10%:
10, 12, 15, 18, 22, 27, 33, 39, 47, 56, 68, 82

Série adicional de valores para resistores com tolerância ±5%:
11, 13, 16, 20, 24, 30, 36, 43, 51, 62, 75, 91

Exemplo: vermelho, violeta, laranja, dourado
2 7 3 ± 5% = 27 E3 ± 5% = 27 kohms ± 5%
Código de Cores
Associação de Resistores


Resistores podem ser associados em série ou em paralelo.

A resistência total de um conjunto de resistores associados em série
é a soma das resistências.
Req = R1 + R2 + R3 ...

A resistência total de um conjunto de resistores associados em
paralelo é igual ao inverso da soma dos inversos das resistências.
1/Req = 1/R1 + 1/R2 + 1/R3 ...

Caso particular de dois resistores em paralelo. A resistência é igual
ao produto das resistências dividido pela soma das resistências.
Req = (R1 x R2) / (R1 + R2)

A maioria das associações formadas por conjuntos de resistores em
série/paralelo podem ser resolvidas usando recorrentemente as
regras acima.
Exercício
Divisores Resistivos


Uma aplicação muito comum para associação de
resistores é o divisor resistivo.

É utilizado para a redução de valores de tensão
quando já contamos com uma tensão de entrada
regulada.

Por exemplo, se temos uma tensão de entrada de 5
volts e desejamos uma tensão de saída de 3,3 volts,
podemos usar a seguinte combinação de resistores:
R2 = 3,3 KΩ e R1 = 1,7 KΩ. Veja o circuito e a
equação exata a seguir.
Divisor de Tensão

https://en.wikipedia.org/wiki/Voltage_divider
Divisores Resistivos


Os divisores resistivos possuem diversas aplicações,
entre elas destacamos o seu uso em potenciômetros e
na leitura de dispositivos resistivos como um fotoresistor.
Divisores Resistivos


Um foto-resistor é um resistor variável, cuja resistência é
proporcional à quantidade de luz incidente. Outros dispositivos
como sensores de flexão, termistores e resistores sensíveis à
força também são resistores variáveis.

O problema é que é difícil para os microcontroladores, como o
Arduino, medir valores de resistência diretamente. Mas a medição
de tensão pode ser feita facilmente com o uso de conversores
analógico-digitais. Aí que entra o divisor resistivo.

Uma vez que o valor de tensão do divisor resistivo é conhecida,
você pode calcular de volta o valor da resistência do resistor,

Por exemplo, suponha uma fotocélula com resistência entre 1 kΩ
na luz e 10 kΩ no escuro. Se fizermos um divisor resistivo com
uma resistência de valor fixo com um valor perto do meio,
digamos, 5,6 kΩ, podemos ter uma ampla variação de valores de
tensão gerados pelo divisor resistivo.
Divisores Resistivos

Luz R2(Sensor) R1(Fixo) Relação Tensão

Forte 1 kΩ 5,6 kΩ 0,15 0,76 V

Fraca 7,0 kΩ 5,6 kΩ 0,56 2,78 V

Escuro 10 kΩ 5,6 kΩ 0,64 3,21 V

https://learn.sparkfun.com/tutorials/voltage-dividers
Capacitores
Capacitores


Capacitores são os dispositivos usados em circuitos
eletrônicos que foram descobertos há mais tempo. Na
sua primeira forma eles eram conhecidos como "garrafas
de Leiden" e foram criados pelo alemão Ewald Georg von
Kleist e pelo holandês Pieter van Musschenbroek of
Leiden (Leyden) em 1745–1746.

Capacitores são dispositivos de dois terminais formados
por duas (ou mais) placas condutoras separadas por
uma (ou mais) placa(s) isolante(s). Cada um dos
terminais é ligado a uma das placas condutoras.
Capacitores podem armazenar cargas elétricas devido à
atração elétrica.
Capacitores


A capacitância é medida em Faradays (F) e depende:
– diretamente da área das placas (A);
– inversamente da espessura do isolante (e);
– diretamente da "constante dielétrica" ou "permissividade"
do isolante ( k.Ɛ0 );

Ou seja, C = k.Ɛ0.A/e,
– onde Ɛ0=8,854E-12 F/m = 8,854 pF/m
(permissividade do vácuo).

Na prática o Faraday é uma unidade muito grande e por
esta razão são mais usados o microFaraday (μF ou uF),
nanoFaraday (nF) e o picoFaraday (pF).
Capacitores
Associação R x C
Osciladores

(a) uma oscilador Pierce

(b) um oscilador RC com


realimentação.
Filtro Passa Baixa ou Passa Alta

Fc = 1/( 2 π R.C) ==> Vo = 0,707 Vin (-3 dB)


Capacitores


Os capacitores são geralmente classificados de acordo
com o isolante empregado: vácuo, ar, papel, óleo, mica,
vidro, polímeros orgânicos diversos...

Capacitores de grande capacitância (de até milhares de
microFaradays) geralmente são construídos usando uma
técnica especial:

Uma das placas é feita de alumínio, tântalo ou nióbio, a
outra placa é um eletrólito e o isolante é formado por
uma camada finíssima de óxido do metal que é
resultante de uma reação química do eletrólito sobre a
placa metálica, que é produzida eletroliticamente.
Capacitores


Capacitores eletrolíticos podem ter grandes
capacitâncias mas são polarizados.

Muito Cuidado: A ligação de um capacitor eletrolítico com
polaridade invertida pode causar a explosão do
capacitor!!!

Outro risco associado ao uso de capacitores decorre do
fato de que eles podem permanecer carregados mesmo
depois que o equipamento no qual eles estão montados
for desligado.

Isto pode causar choques elétricos inesperados!!!
Capacitores
Indutores
Indutores


Se o núcleo usado em um indutor for formado por um material
ferroso, é possível construir eletromagnetos bastante
poderosos. Tais eletromagnetos podem ser usados para
construir dispositivos eletromecânicos como solenóides, auto
falantes, motores elétricos e relés.

Os materiais ferrosos possuem uma permeabilidade muito
maior que o vácuo (ou o ar). A permeabilidade destes materiais
podem superar 1000 vezes a do vácuo.

Uma consequência combinada do eletromagnetismo e da
indução elétrica a partir de campos magnéticos variáveis é a o
fenômeno da autoindutância: Uma bobina percorrida por uma
corrente elétrica gera um campo magnético, portanto se uma
bobina for percorrida por uma corrente elétrica de intensidade
variável ela vai gerar um campo magnético variável.
Indutores


É possível demonstrar que a autoindutância de uma bobina é:
– diretamente proporcional ao quadrado do número de espiras (N);
– diretamente proporcional à área da bobina (A);
– diretamente proporcional à permeabilidade magnética média do
núcleo (p);
– inversamente proporcional ao comprimento médio do caminho
magnético da bobina (c).

De uma forma mais quantitativa, para bobinas com comprimento do
enrolamento é muito maior que o diâmetro a pode-se demonstrar que
auto indutância (em Henrys) é igual a:
L = μ0 . p . N² . A / c

O Henry é uma unidade muito grande e por esta razão frequentemente
é empregado o miliHenry (mH), o microHenry (μH) e o nanoHenry (nH).
Associação L x R
Indutores


Indutores são dispositivos que armazenam energia elétrica.

Usando uma derivação semelhante à empregada para
calcular a energia armazenada em um capacitor é possível
mostrar que a energia energia armazenada em um indutor
cuja indutância é igual a L e que esteja sendo percorrido por
uma corrente elétrica de intensidade I é igual a
E = L . I2 / 2.
Filtro Passa Baixa ou Passa Alta
Circuito Oscilador Tanque
Indutores


Em indutores com núcleos ferrosos, a histerese magnética faz
com que nem toda a energia armazenada em indutores que
usem este tipo de núcleo possa ser recuperada porque parte
desta energia é usada para produzir a magnetização
permanente do núcleo.

Características importantes de indutores:
– Indutância;
– intensidade de corrente máxima que pode percorrer o
indutor;
– resistência em série (pequena);
– resistência em paralelo (grande);
Indutores
Semicondutores
Semicondutores


Os elementos químicos situados na tabela periódica no
limite entre os metais os não metais tem propriedades
intermediárias entre estes dois grupos e são
denominados metalóides. Dois destes elementos tem
quatro elétrons na camada de valência: o Germânio e o
Silício.

Estes elementos tem uma resistividade elétrica
intermediária entre os metais e os não metais, por conta
disto esses elementos são denominados
semicondutores.
Estrutura Cristalina Silício
Semicondutores


A sua resistência decresce na medida que a temperatura
aumenta, em um comportamento oposto ao de um metal.

As suas propriedades condutoras podem ser alteradas pela
indução controlada de impurezas (“dopagem”) na sua estrutura
cristalina.

As dopagens podem ser do tipo N (quando geram elétrons em
excesso) ou do tipo P (quando geram buracos em excesso).

Quando duas regiões dopadas de forma diferente se encontram
em uma mesmo cristal, uma junção semicondutora é criada.

O comportamento das cargas elétricas que incluem elétrons,
ions e buracos, nestas junções é a base do funcionamento de
diodos, transistores e todos os dispositivos eletrônicos
modernos.
Região de Depleção
Diodos
Diodos


Diodos são dispositivos semicondutores que apresentam
baixa resistência quando polarizados em um sentido e alta
resistência quando polarizados no sentido inverso.


O Parâmetros importantes na seleção de diodos: diferença de
potencial reversa máxima, corrente direta máxima, tempo de
comutação.

Aplicações de diodos: retificação, bombas de tensão, fontes
de alimentação, etc.
Fotodiodos e LEDs


Quando um fóton atinge um elétron que esteja próximo a uma
junção P-N ele pode fornecer energia suficiente para que este
elétron atravesse a junção no sentido reverso. Células fotoelétricas e
painéis fotovoltaicos (painéis solares) são diodos especialmente
construídos para usar este fenômeno.


Inversamente, quando um elétron atravessa uma junção P-N no
sentido direto ele gera um fóton. LEDs (Diodos emissores de luz)
são diodos especialmente construídos para explorar este fenômeno.
A cor da luz emitida depende do comprimento de onda do fóton que
for gerado, que por sua vez depende da energia deste fóton. Esta
energia depende da diferença de potencial aplicada na junção P-N.
Cores dos LEDs
Queda de Tensão Direta
LEDs


Como os diodos de junção PN convencionais, os
diodos emissores de luz são dispositivos
dependentes de corrente com sua queda de tensão
direta VF, dependendo do composto semicondutor
(sua cor da luz) e da corrente do LED polarizada
diretamente.

Os LEDs mais comuns exigem uma tensão de
operação direta de aproximadamente 1,2 a 3,6 volts
com uma classificação de corrente direta de cerca de
10 a 30 mA, sendo 12 a 20 mA a faixa mais comum.
Cálculo do Resistor

Um LED de cor âmbar com uma queda de tensão direta de 2 volts deve ser
conectado a uma fonte de alimentação CC estabilizada de 5,0 V. Calcule o
valor do resistor em série necessário para limitar a corrente direta a menos de
10mA.
Circuito com LED


O anodo do LED deve estar ligado no resistor e o resistor ao pino de saída do
microcontrolador. O catodo do LED deve ser ligado ao terra. Nesta configuração
deve-se colocar a saída do microcontrolador em nível lógico ‘1’ para acender o LED.

Outra possibilidade é ligar o catodo do LED ao pino de saída do microcontrolador, o
seu anodo ao resistor e o o resistor ao VCC. Nesta configuração deve-se colocar a
saída do microcontrolador em nível lógico ‘0’ para acender o LED.

O valor da resistência deve ser calculado em função da tensão de saída do
microcontrolador, da corrente máxima que o pino pode fornecer e da corrente
máxima suportada pelo LED. Valores entre 330 Ω e 1 kΩ são os mais comuns para
valores de tensão entre 3,3V e 5V.
Diodos Zener


Um diodo Zener é um tipo especial de diodo que permite que a
corrente passe também quando polarizado inversamente, quando
um determinado valor de tensão, chamado de tensão de Zener, é
atingindo.

Os diodos Zener possuem uma junção P-N altamente dopada, o que
permite que eles operem nesta região sem que sejam danificados,
como aconteceria com diodos normais.
Retificador
Diodos
Transistores
Transistores


Os transistores de junção "bipolares" são construídos
criando três regiões dopadas em um cristal
semicondutor. Existem dois tipos básicos destes
transistores: NPN e PNP.

Em um transistor NPN são criadas duas regiões dopadas
para se tornarem do tipo "N" separadas por uma estreita
região dopada de forma a se tornar do tipo "P".

Em um transistor PNP são criadas duas regiões dopadas
para se tornarem do tipo "P" separadas por uma estreita
região dopada de forma a se tornar do tipo "N".
Transistores


Nos dois casos existem duas junções PN em cada
transistor. O funcionamento dos transistores do tipo NPN
é simétrico ao do transistor PNP. Os transistores NPN
são mais usados que PNP.

Em um transistor NPN geralmente uma das regiões do
tipo "N" é mais dopada do que a outra.

A região do tipo "N" mais dopada é denominada emissor
e a menos dopada é denominada coletor. A estreita
região do dopada para se tornar do tipo "P" é
denominada base.
Transistores

http://www.electronics-tutorials.ws/transistor/tran_1.html
Transistores
Circuito Completo Emissor Comum

http://www.electronics-tutorials.ws/amplifier/amp_2.html
Transistores


Atualmente não é muito comum o uso de transistores em
circuitos digitais. Porém eles ainda são convenientes em
alguns casos, exemplos:
– A intensidade de corrente máxima que pode ser produzida em
um pino de um microcontrolador é limitada em alguns mA. Se o
microcontrolador tiver que controlar algum tipo de dispositivo que
use uma corrente maior, pode-se usar um transistor
externamente na configuração coletor comum ou emissor
comum para resolver o problema.
– A diferença de potencial usada em microcontroladores é fixa
(3,3V ou 5V) se for necessário que um microcontrolador controle
algum dispositivo que requer uma diferença de potencial maior é
possível usar um transistor na configuração base comum ou
emissor comum para resolver o problema.
Transistores
Símbolos dos Componentes
Circuitos Integrados
Circuitos Integrados


Há diversos tipos de circuitos integrados, com as mais diversas
tecnologias e finalidades.

Os encapsulamentos dos circuitos integrados podem ser
encontrados com as mais diversas apresentações.

A ideia básica associada aos circuitos integrados é agregar um
grande número de componentes eletrônicos em apenas um
componente, com uma ou mais funcionalidades bem definidas.

Assim, podemos ter circuitos integrados da família TTL (74xxx)
que agregam portas lógicas simples como AND, NAND, NOR,
XOR, e porta lógicas mais complexas como buffers, somadores,
decodificadores, multiplexadores, registradores, etc.

O encapsulamento normalmente empregado nesta família de CIs
são do tipo DIP (dual in line package), de plástico, com 14, 16, 18
ou 20 pinos.
Circuitos Integrados


Ao longo do tempo os circuitos integrados ampliaram o
conjunto de aplicações, integrando temporizadores,
interfaces seriais, memórias, controladores para os mais
diversos tipos de dispositivos, microprocessadores e,
finalmente, os microcontroladores.

Os microcontroladores são, em essência, um
microprocessador com algum tipo de memória programável
em um mesmo encapsulamento.

Adicionalmente são incorporados também nos
microcontroladores dispositivos como temporizadores,
memória RAM, conversores analógico-digitais, controladores
de interrupção, geradores de onda do tipo PWM, etc.,
caracterizando o que é chamado de sistema em um único
chip (SOC).
Circuitos Integrados
Pinos dos CIs


Os pinos de um circuito integrado, qualquer que seja a sua
função, servem para fazer a interface com outros Cis e com
o sistema onde ele está incorporado.

Para isso ele possui determinadas características elétricas
e de operação:
– Um pino pode ser de entrada, saída ou entrada/saída.
– Possuem um determinado nível elétrico de operação,
normalmente 5 ou 3,3 volts, mas podemos encontrar outros
valores com 12 volts ou mesmo 2,2 volts.
– Podem ser bipolares, quando transistores bipolares são utilizados
para construir a sua interface, ou do tipo MOS-FET, quando são
usados transistores correspondentes. Isso resulta em algumas
diferenças elétricas, associadas à tecnologia empregada no
circuito integrado.
Pinos de Entrada


Os pinos dos Cis, quando de entrada, apresentam variações na
sua forma de construção e em suas propriedades elétricas.

A grande diferença, neste caso, é o seu comportamento quando
nenhum sinal elétrico está ligado aos seus pinos.

Se não houver nenhum circuito adicional, o sinal de entrada
pode flutuar livremente e a sua leitura ser interpretada como um
nível lógico ‘0’ ou ‘1’ aleatoriamente.

Para evitar este tipo de comportamento, e definir um valor a ser
lido nestes casos, costuma-se ligar a entrada com um resistor de
alguns KΩ para terra (pull-down) ou para a alimentação (pull-
up).

Se houver um resistor para terra, uma entrada sem sinal será
lida sempre como nível lógico ‘0’. Já se houver um resistor para
VCC, o valor lido será sempre ‘1’.
Pull-up e Pull-down

https://learn.sparkfun.com/tutorials/pull-up-resistors
Pull-up e Pull-down


Uma regra geral para o valor do resistor de pull-up é que seja pelo menos 10
vezes menor do que a impedância (resistência) de entrada do pino.

Nas famílias bipolares, que operam com 5V, o valor típico de resistor está entre
1 e 5 kΩ. Para aplicações com chaves e sensores resistivos, os valores típicos
ficam entre 1 e 10 kΩ. Na dúvida um bom ponto de partida é um resistor de
4,7 kΩ.

Circuitos com tecnologia CMOS possuem uma impedância de entrada maior e
podem usar valores de resistor entre 10 kΩ e 1 MΩ.

A desvantagem de utilizar resistores com valores muito altos é que o tempo de
chaveamento (passar de ‘0’ para ‘1’ ou vice-versa) aumenta bastante por conta
do acoplamento RC entre o resistor e a capacitância de entrada do pino.

Os resistores de pull-up são em geral utilizados com mais frequência do que os
resistores de pull-down.

A maioria dos microcontroladores tem resistores internos de pull-up/down
programáveis, de modo que não seja necessária a utilização de resistores
externos.
Corrente de Saída


Os pinos dos CIs, quando de saída, apresentam também
diversas características de construção e propriedades
elétricas.

Eles possuem uma corrente máxima que podem fornecer,
normalmente alguns mA, que deve ser respeitada sob risco
de queimar o pino ou mesmo todo o circuito integrado.

Eventualmente este valor pode ser diferente para o nível
lógico ‘1’ e para o nível lógico ‘0’. Quando não especificado
assume-se que é mesmo para ambos os casos.

O conjunto de pinos também possui um valor máximo de
corrente, que normalmente é menor que a soma da
capacidade de cada um dos pinos individualmente e que
também deve ser respeitado.
Aumentado a Corrente de Saída

https://electronics.stackexchange.com/questions/203903/how-do-i-increase-the-drive-current-from-the-
arduino-digital-pins
Alta-Impedância


Os pinos dos CIs, quando de saída, muitas vezes apresentam a
necessidade de serem conectados aos pinos de saída de outros
integrados.

Isso implica a necessidade de algum tipo de controle, para evitar
que dois integrados ativem o barramento com níveis de sinais
diferentes ao mesmo tempo.

Uma forma muito utilizada é colocar os pinos de saída em um
estado de “alta impedância”. Assim diversos pinos de saída podem
estar conectados ao mesmo sinal (fio), desde que apenas um deles
esteja ativo e todos os demais no estado de “alta impedância”.

O circuito utilizado para isso é o “tri-state”, que basicamente
desacopla eletricamente os transistores do circuito de saída do
pino, que “flutua”, sem que nenhum nível de tensão (ou corrente)
seja aplicado na saída do pino.
Circuito Tri-State

https://electronics.stackexchange.com/questions/250836/tristate-buffer
Coletor Aberto (Open Collector)


Outra possibilidade para interconexão simultânea de diversos
pinos de saída a um mesmo sinal é o uso de um circuito de
saída em coletor (ou dreno) aberto.

Neste tipo de circuito, o coletor (ou o dreno) dos transistores de
saída de cada pino não são conectados internamente ao circuito
integrado.

É um circuito muito simples, mas que exige o uso de um resistor
externo, comum a todos os pinos, que vai fornecer a corrente
necessária para o funcionamento de todos os transistores dos
pinos ligados em conjunto.

Neste caso, o nível na saída dos pinos só irá para o nível lógico
‘1’ se todas as saídas estiverem com esse mesmo nível. Se
alguns delas estiver em nível lógico ‘0’, então todas as saídas
irão também acompanhar este valor.
Coletor Aberto

http://wikipedia.org

http://www.learningaboutelectronics.com/Articles/Open-collector-output.php
Coletor Aberto


O valor da resistência R deve ser grande o suficiente para
limitar a corrente de modo que o pino circuito integrado não
seja danificado quando o nível lógico da saída estiver em ‘0’.

Mas não pode ser tão grande que não forneça corrente
suficiente para levar a saída para ‘0’ quando todas as saídas
de todos os pinos estiverem no nível lógico ‘0’.

O valor exato depende das características elétricas dos
circuitos de saída dos pinos e do número de portas
conectadas ao mesmo sinal elétrico.

Em síntese, consulte o manual do componente.

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