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Corrente Contínua

UFCD - 6007

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Corrente Contínua
Objetivos
 Identificar as principais grandezas de um circuito elétrico e
respetiva simbologia.
 Enunciar e aplicar a Lei de Ohm.
 Identificar os vários métodos de medida usados em
eletrotecnia.
 Utilizar corretamente os aparelhos de medida.
 Calcular erros de medida.
 Enunciar e aplicar a lei de Joule.
 Identificar as grandezas energia e potência elétrica e respetivas
unidades SI e práticas.
 Relacionar as grandezas: características de um gerador em
vazio e em carga.

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Corrente Contínua
Conteúdos
 As grandezas mais importantes do circuito elétrico
 A lei de Ohm
 A lei de Joule
 Os aparelhos e técnicas de medida
 Associação de resistências
 Energia e potência elétrica. Rendimento
 Geradores e recetores

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CARGA ELÉTRICA
A molécula duma substância é a mais pequena porção de
matéria dessa substância que ainda mantém as suas
características.
O átomo é a menor partícula que ainda caracteriza um
elemento químico.

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FORÇA ELÉTRICA
Quando dois corpos eletrizados estão próximos um do
outro é criada entre eles uma força de atração ou repulsão.
Caso as cargas sejam de mesmo sinal, haverá uma força de
repulsão e se forem de sinais opostos haverá uma força de
atração entre os corpos.

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PROPRIEDADES DA MATÉRIA NO
FENÓMENO ELÉTRICO

Os materiais elétricos dividem-se em:


 materiais condutores (inclui resistências elétricas e
supracondutores)
 materiais isoladores
 materiais semicondutores
 materiais magnéticos

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MATERIAIS USADOS EM ELETROTECNIA
Os materiais utilizados em eletrotecnia encontra-se no
estado sólido, liquido ou gasoso.

No estado sólido temos, por exemplo:


 cobre – condutor;

 acrilico – isolador.

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MATERIAIS USADOS EM ELETROTECNIA
No estado líquido temos, por exemplo:
 mercúrio-condutor;

 óleo mineral - isolador.

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MATERIAIS USADOS EM ELETROTECNIA

No estado gasoso temos:


 ar bastante húmido - condutor;

 SF6, hexafloreto de enxofre - isolador;

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POTENCIAL OU TENSÃO ELETRICA

GRANDEZA
UNIDADE SI ABREVIATURA
DESIGNAÇÃO SIMBOLO

Potencial ou tensão eletrica U ou V volt V

Potencial elétrico de um corpo é uma medida do seu


estado ou nível de eletrização, refletindo, por um lado, a
carga elétrica que o caracteriza e por outro, a sua
densidade de distribuição.

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DIFERENÇA DE POTENCIAL
OU QUEDA DE TENSÃO
 Quando dois corpos a potenciais diferentes são postos
em contacto, estabelece-se uma corrente elétrica entre
ambos.
 As caracteristicas dessa corrente são definidas
unicamente pela diferença de potencial ou de níveis
elétricos, em nada influindo os potenciais ou níveis
absolutos de cada um deles.
 É habitual referirmo-nos à diferença de potencial
simplesmente pelas iniciais d.d.p..

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DIFERENÇA DE POTENCIAL
OU QUEDA DE TENSÃO
Sendo a d.d.p. uma diferença de tensões, exprime-se em
volt.
Medidas correntes - alguns múltiplos e submultiplos desta
unidade:
multiplos 1 kV (kilovolt) = 103 V
submúltiplos 1 mV (milivolt) = 10-3 V
1µV (microvolt) = 10-6 V

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Múltiplos e Submultiplos

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DIFERENÇA DE POTENCIAL
OU QUEDA DE TENSÃO
A diferença de potencial representa sempre uma queda de
tensão.

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DIFERENÇA DE POTENCIAL
OU QUEDA DE TENSÃO
O sentido da queda de tensão não é arbritário, mas sim
concordante com o da circulação da corrente no circuito.

A queda de tensão entre os terminais A e B das resistências


é igual à própria tensão do gerador e igual à soma das
quedas de tensão em cada uma delas, isto é,
UG = UAB = UAC + UCB

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VOLTÍMETRO

O aparelho que mede a tensão ou d.d.p. entre dois pontos


é o VOLTIMETRO. Para o efeito intercala-se, em paralelo ou
em derivação, entre os terminais onde se pretende
conhecer a queda de tensão.

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VOLTÍMETRO
O voltímetro deve possuir uma elevada resistência
interna de forma a desviar mínimo de corrente possível
através dele, para não alterar a corrente no ramo onde se
efectua a medição.

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FORÇA ELETROMOTRIZ
GRANDEZA
UNIDADE SI ABREVIATURA
DESIGNAÇÃO SIMBOLO

Força eletromotriz (f.e.m.) E volt V

Para manter constante a d.d.p. nos terminais do gerador, é


necessária a existência duma força que, actuando sobre as
cargas elétricas, lhes confira movimento através do circuito.
A f.e.m. é uma característica própria de cada gerador e
define-se como a força que cria e mantém constante uma
diferença de potencial entre os terminais do gerador.

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CORRENTE ELÉTRICA
Os eletrões livres são os agentes transportadores de carga.
Quando um corpo se encontra estado neutro os eletrões
erram por toda a sua superfície.

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CORRENTE ELÉTRICA

Sob uma d.d.p., os eletrões (cargas elétricas negativas)


adquirem um movimento orientado encaminhando-se,
através do circuito exterior do gerador, desde o seu pólo
negativo (onde existem em excesso) para o pólo positivo
(onde existem em defeito).
Esta corrente de eletrões continua através do gerador,
voltando seguidamente ao circuito exterior.

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CORRENTE ELÉTRICA
SENTIDO REAL DA CORRENTE ELETRICA
É o verdadeiro sentido do fluxo de eletrões, que no circuito
exterior vai desde o pólo negativo para o pólo positivo do
gerador.

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CORRENTE ELÉTRICA
GRANDEZA
UNIDADE SI ABREVIATURA
DESIGNAÇÃO SIMBOLO
Intensidade da corrente
I ampere A
elétrica

A intensidade da corrente é a quantidade de


ELETRICIDADE que passa numa determinada secção do
circuito na unidade de tempo.

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AMPERÍMETRO
O amperímetro é o aparelho que permite medir esta
grandeza. Deve ser intercalado em série no troço
circuito onde se pretende conhecer o valor da corrente. O
valor da sua resistência interna deve ser muito reduzido de
modo a obter uma leitura de corrente precisa.

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RESISTÊNCIA ELETRICA
GRANDEZA
UNIDADE SI ABREVIATURA
DESIGNAÇÃO SIMBOLO

Resistência elétrica R ohm Ω

Qualquer condutor elétrico oferece, em maior ou menor


grau, uma determinada oposição à passagem da corrente.
Tal oposição é perfeitamente quantificável e constitui aquilo
a que se chama a sua RESISTÊNCIA ELÉTRICA.

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RESISTÊNCIA ELÉTRICA

No seu trajecto ao longo dos condutores, há sempre um


certo número de eletrões que colidem com os átomos
fixos da estrutura cristalina. Em cada choque os eletrões
ressaltam ou são desviados da sua orientação inicial,
perdendo parte da sua energia cinética, que se liberta sob a
forma de calor.

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RESISTÊNCIA E RESISTIVIDADE

Resistência e resistividade são grandezas distintas.


A resistência mede, em cada caso, a oposição que um
determinado receptor ou resistência oferece à passagem da
corrente.
A resistividade caracteriza cada substância do ponto de
vista da respectiva condutibilidade.

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RESISTÊNCIA
FACTORES DE QUE DEPENDE A RESISTÊNCIA
=ρ× [Ω]

R - resistência, em ohm [Ω];


ρ - resistividade ou resistência especifica [Ω m];
l - comprimento [m];
s - secção [mm2];

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RESISTIVIDADE OU RESISTÊNCIA
ESPECÍFICA
GRANDEZA
UNIDADE SI ABREVIATURA
DESIGNAÇÃO SIMBOLO
ohm×mm
Resistividade ou ρ 2
quadrado Ω×mm /m
Resistência específica (lê-se ró)
por metro

Todos os materiais apresentam uma certa dificuldade à


passagem da corrente. Esta dificuldade assume um valor
próprio para cada meio e representa-se pela letra ρ.

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RESISTIVIDADE OU RESISTÊNCIA
ESPECIFICA
RESISTIVIDADE OU RESISTÊNCIA ESPECIFICA de uma
substância é a resistência de um condutor dessa substância
com comprimento e secção unitários.
No Sistema Internacional seria definida como a resistência
de um condutor desse material com 1 m de comprimento
e 1 mm2 de secção.

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RESISTIVIDADE OU RESISTÊNCIA
ESPECIFICA

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VARIAÇÃO DA RESISTÊNCIA COM A
TEMPERATURA
Todas as substâncias sofrem variação da sua própria
resistência eletrica, quando sujeitas a variações de
temperatura.
A sensibilidade a tais variações é, no entanto, diferente para
cada uma delas. As ligas metálicas, por exemplo, são menos
sensíveis, em geral, que os metais. O coeficiente de
temperatura ou coeficiente de termorresistividade α define
cada uma das substâncias sob este ponto de vista, e pode
definir-se da seguinte forma:

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VARIAÇÃO DA RESISTÊNCIA E DA
RESISTIVIDADE COM A TEMPERATURA
A relação entre o valor de uma resistência R1, à
temperatura t1, e o seu novo valor R2 à temperatura t2 é
dado pela fórmula:

R2=R1[1+α(t2-t1)] ou Rf=Ri[1+α(tf-ti)]
Sendo:
Rf - resistência final;
Ri - resistência inicial
tf - temperatura final
ti - temperatura inicial

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SIMBOLOGIA

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SIMBOLOGIA

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SIMBOLOGIA

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LEI DE OHM
A quantidade de corrente que atravessa uma resistência,
depende do valor da tensão aplicada. Se aplicamos 6 volts a
uma lâmpada de 12 volts, esta apenas ilumina com fraca
intensidade. Para obter uma luminosidade normal é
necessário maior intensidade de corrente. A única forma de
aumentar a corrente através da lâmpada, é aumentar a
tensão da bateria.

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LEI DE OHM

Outra importante relação, está entre a quantidade de


corrente que atravessa uma resistência, e o seu valor
ohmico. Uma lâmpada ligada em série com uma resistência
de 10Ω, ilumina de forma bastante apreciável.
Trocando a resistência por uma de 47Ω, veremos que a
lâmpada apenas acende o filamento.

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LEI DE OHM
Efectivamente, com 12 volts, a lâmpada ilumina
normalmente, porque a corrente que a atravessa, é de valor
ideal. Podemos concluir que mantendo o valor da
resistência constante, quanto maior for a tensão, maior será
a corrente.
Matematicamente podemos expressar que:
- A corrente é diretamente proporcional à tensão, o que
significa que se duplicamos a tensão, a corrente duplicará. Se
reduzimos a tensão a um terço, a corrente reduzirá em
igual proporção (1/3).

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LEI DE OHM
FORMULÁRIO

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ASSOCIAÇÃO DE RESISTÊNCIAS
Num circuito eletrico, normalmente, existem várias resistências.
Consoante a sua posição relativa, podemos distinguir dois tipos
fundamentais de associação:
Associação série
Associação paralelo

- Associação Série
Neste tipo de montagem as resistências dispõem-se sucessivamente no
circuito, definindo um único caminho possível para a passagem da
corrente.

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ASSOCIAÇÃO SÉRIE

Na figura estão agrupadas em série quatro resistências R1,


R2, R3 e R4, entre os pontos A e B. O efeito no circuito
destas quatro resistências é equivalente ao de uma só
resistência entre os pontos A e B do agrupamento. Chama-
se, por esse facto, RESISTÊNCIA EQUIVALENTE, REQ.
REQ=R1+R2+R3+R4

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ASSOCIAÇÃO PARALELO

Na figura estão agrupadas em paralelo entre os pontos A e B.


Esse agrupamento poderia substituído por uma única
RESISTÊNCIA EQUIVALENTE entre os referidos pontos. O
valor desta resistência, representada por REQ, é calculado a partir
da seguinte expressão:
1/REQ=1/R1+1/R2+1/R3+1/R4

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ASSOCIAÇÃO MISTA DE RESISTÊNCIAS

A associação mista de resistências não é mais do que a


associação de resistências em que umas estão ligadas em
série e outras em paralelo.
Este tipo de associação existe em aparelhagem eletrónica,
em que os circuitos têm bastantes componentes,
nomeadamente em circuitos impressos de aparelhagem
diversa.
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POTÊNCIA

GRANDEZA
UNIDADE SI ABREVIATURA
DESIGNAÇÃO SIMBOLO
Potência P watt W

Conceito de Potência - consideremos duas máquinas realizando o


mesmo trabalho (dispendendo, portanto, a mesma energia), mas em
tempos diferentes. Aquela que realizar o referido trabalho em menos
tempo, dizemos que tem mais potência.

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POTÊNCIA
A potência é a medida da maior ou menor rapidez com que
uma determinada energia é utilizada ou fornecida.
A sua equação de definição é, a seguinte:
= =RxI²
Sendo:
P - Potência [W];
W – Energia - Joule;
t - tempo, em segundos [s];
W=RxI^2

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POTÊNCIA
O watt pode definir-se como a potência de uma máquina que
realiza o trabalho de 1 joule durante 1 segundo.

É usual exprimir-se a potência em CAVALOS VAPOR ou ainda em


HORSEPOWER.
São unidades que não pertencem ao Sistema Internacional. A
conversão é a seguinte:

1 Cv (Cavalo-vapor) = 735 watt


1 Hp (horse-power) = 746 watt

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