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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA

CAMPUS DE PRESIDENTE PRUDENTE


FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA
LABOARATÓRIO DE COMPÓSITOS E CERÂMICAS FUNCIONAIS
Física III – Engenharia Ambiental

AULA 02
Eletrostática: Carga, Força
Elétrica e Energia Potencial
Elétrica

Prof. Dr. Marcos A. L. Nobre I – Sem. 14/03/2023


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Índice

 Nuvens carregadas eletricamente

 Raios

 Trovões

 Carga elétrica

 Eletrização

 Força elétrica (Lei de Coulomb)

 Energia potencial elétrica

 Resumo

 Listas de Exercícios de Eletrostática

 Mini textos

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Conceitos fundamentais

 Eletrostática

 Definição eletrostática

 Breve história da Eletrostática

 Carga elétrica

 Atração entre cargas

 Repulsão entre cargas

 Interação entre cargas, determinação da carga total

 Distribuição de cargas e equilíbrio de cargas

 Força eletrostática

 Valor da constante eletrostática no vácuo

 Energia potencial elétrica

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INTRODUÇÃO

- Raio é uma descarga elétrica, causada pela atração grande entre cargas de
sinais opostos (positivas e negativas). Ela pode rolar entre nuvens ou entre
nuvens e o solo, principalmente enquanto cai chuva ou temporal.

Figura. A descarga elétrica de um raio pode chegar a 125 milhões de V


(volts), 200 mil A (ampères) e 25 mil oC (Imagem: Johannes
Plenio/Pexels). Acesso 21/03/2023.

Definição de raio: ―descarga elétrica na atmosfera,


acompanhada de trovão e relâmpago, que se produz entre
duas nuvens ou entre uma nuvem eletrizada e a terra;
faísca, corisco.‖

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Eletrostática

Eletrostática (do grego elektron + statikos, estacionário)


é o ramo da eletricidade que estuda as propriedades e o
comportamento de cargas elétricas em repouso.
―O estudo científico da eletrostática não é dividido em três
partes como muita gente pensa: atrito, contato e indução.
O fenômeno eletrostático mais antigo conhecido é o que
ocorre com o âmbar amarelo no momento em que recebe o
atrito e atrai corpos leves.
Tales de Mileto, no século VI a.C., já conhecia o
fenômeno e procurava descrever o efeito da eletrostática
no âmbar. Também os indianos da antiguidade aqueciam
certos cristais que atraiam cinzas quentes atribuindo ao
fenômeno causas sobrenaturais. O fenômeno porém,
permaneceu através dos tempos apenas como curiosidade.
No século XVI, William Gilbert utilizou a palavra
"eletricidade", esta derivada da palavra grega elektron que
era o nome que os gregos davam ao âmbar. Gilbert
reconheceu que a propriedade eletrostática não era restrita
ao âmbar amarelo, mas que diversas outras substâncias
também o manifestavam, entre estas diversas resinas,
vidros, o enxofre, entre outros compostos sólidos. Através
do fenômeno da eletrostática nos sólidos, observou-se a
propriedade dos materiais isolantes e condutores.
Otto von Guericke inventou o primeiro dispositivo gerador
de eletricidade estática. Esse era constituído de uma esfera
giratória composta de enxofre com o qual foi conseguida a
primeira centelha elétrica através de máquinas.
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Em 1727, Stephen Gray notou que os condutores elétricos


poderiam ser eletrizados desde que estivessem isolados.
Charles Du Fay descobriu que existiam dois tipos de
eletricidade, a vítrea, e a resinosa, a primeira positiva e a
segunda negativa.
Petrus Van Musschenbroek em 1745 descobriu a
condensação elétrica ao inventar a garrafa de Leyden, o
primeiro capacitor, que permitiu aumentar os efeitos das
centelhas elétricas. Garrafas de Leyden são usadas até os
dias de hoje em Máquinas Eletrostáticas como a Máquina
de Wimshurst.
Benjamin Franklin, com sua experiência sobre as
descargas atmosféricas, demonstrou o poder das pontas
inventando o pára-raios, porém foi Coulomb quem
executou o primeiro estudo sistemático e quantitativo da
estática demonstrando que as repulsões e atrações elétricas
são inversamente proporcionais ao quadrado da distância,
em 1785. Descobriu ainda o cientista, que a eletrização
ocorrida nos condutores é superficial.
Os resultados obtidos por Coulomb foram retomados e
estudados por Pierre Simon Laplace, Siméon Denis
Poisson, Biot, Carl Friederich Gauss e Michel Faraday.‖
Fonte: Wikipédia

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 Lei de Coulomb: Força de repulsão e Força de


atração

―A lei de Coulomb é uma lei experimental da física que descreve


a interação eletrostática entre partículas eletricamente carregadas.
Foi formulada e publicada pela primeira vez em 1783 pelo físico
francês Charles Augustin de Coulomb.‖

―A magnitude da força eletrostática de atração ou repulsão entre


dois corpos eletricamente carregados é diretamente proporcional
ao produto da carga dos corpos carregados e inversamente
proporcional ao quadrado da distância entre o centro dos corpos
carregados.‖

- Cargas elétricas q1 e q 2

Figura. Diagrama esquemático mostrando cargas elétricas interagindo em


distância especifica arranjadas de forma a ilustra os fenômenos
de atração entre cargas de sinal opostos e cargas de mesmo
sinal.

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"F — força eletrostática (N)

k0 — constante dielétrica do vácuo (N.m²/C²)

Q — carga elétrica (C)

q — carga elétrica de prova (C)

d — distância entre as cargas (m)"

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Importante !!!
Forças elétricas são vetores, deve-se observar as direções e
sentidos. Em um par de cargas, as forças tem mesmo
módulo e mesma direção. Os sentidos são sempre
contrários neste par.

Importante !!!
Forças elétricas são vetores, deve-se observar as direções e
sentidos. A unidade de força é o Newton N.

Importante!!!
"Vale a pena ressaltar que, mesmo que as cargas tenham módulos
diferentes, a força de atração entre elas é igual, uma vez que, de
acordo com a 3ª lei de Newton — a lei da ação e reação —, a
força que as cargas fazem entre si é igual em módulo. Essas
encontram-se na mesma direção, porém, em sentidos opostos."

Importante !!!
Devemos resolver ou encontrar a Força elétrica entre duas cargas
elétricas de cada vez.

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Esboço do Gráfico da Lei de Coulomb, F x r (distância)

Figura. Gráfico da força versus a distância que separa


duas cargas.

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Exercício de Fixação:

Três partículas carregadas eletricamente são posicionadas sobre


um triângulo equilátero de lado d = 40cm conforme a figura
abaixo. Qual o módulo da força elétrica FR e um esboço do vetor
força elétrica que atua sobre a carga 3 Q3?

Resolução:

- Na configuração indicada, as cargas estão a 40 cm = 0,4 m de


distância uma da outra.

- Triângulo equilátero é aquele que possui todos os lados iguais.

- Cargas 1 e 3 sofrem repulsão, ambas são positivas.

- Diagrama de distribuição de cargas Q1, Q2 e Q3:

Para o cálculo do módulo da força elétrica que atua sobre a carga


3, Q3, deve-se calcular primeiro, de forma separada a
influência que as cargas 1 e 2 causam nela, e através das
duas forças calcular a Força resultante FR.

Importante !!!
Devemos resolver ou encontrar a Força elétrica entre duas cargas
elétricas de cada vez.

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Força resultante FR é o resultado da influência da carga 1 em 3,


F13. Bem como da carga 2 em 3, F23.

As cargas 1 e 3 possuem cargas de mesmo sinal, se repelem. Para


calcularmos a força de repulsão sofrida entre as duas cargas
positivas:

Para calcularmos a força de atração sofrida entre a carga 3


positiva e a 2 negativa:

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Arranjo de forças:

Força resultante FR é o resultado da influência da carga 1 em 3,


F13. Bem como da carga 2 em 3, F23.

Importante !!!
Para calcularmos a força resultante, podemos aplicar a Lei dos
cossenos, cada ângulo interno de um triângulo
equilátero tem 60º, então devemos considerar um
ângulo de 120º.

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PALAVRAS CHAVE
 Carga elétrica
 Lei de Coulomb
 Força elétrica
 Força de repulsão
 Inverso da distância ao quadrado
 Força de atração

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Lista de Exercícios: 01
Exercícios Conceituais – Aula 02

01) Defina carga elétrica.

02) Enuncie a Lei de Coulomb.

03) Defina força elétrica?

04) Como a Lei de Coulomb é aplicada?

05) Defina força de repulsão.

06) Defina força de atração.

07) Qual o valor e unidades de k0, constante dielétrica do vácuo?

08) O que significa dizer que um corpo possui uma carga de um Coulomb?

_____________________________
Não omita passagens ou detalhes na resolução de exercícios.
Se necessário acrescente informações ou tabelas utilizadas na resolução dos exercícios.

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Lista de Exercícios: 01
Exercícios de aplicação - Aula 02
01) Três partículas carregadas eletricamente são posicionadas sobre um triângulo equilátero de lado d =
40cm conforme a figura abaixo. Qual o módulo da força elétrica F R e um esboço do vetor força elétrica
que atua sobre a carga 3 Q3? Diagrama de cargas abaxo.

Resp.: Ver notas de aula

02) Quatro cargas pontuais estão colocadas nos vértices de um quadrado. As duas cargas +Q e -
Q têm o mesmo valor absoluto e as outras duas, q₁ e q₂ são desconhecidas. Afim de determinar a
natureza desta cargas, coloca-se uma carga de prova positiva no centro do quadrado e verifica-
se que a força sobre ela é F, mostrada na figura. Podemos afirmar que

Figura Cargas fixas nos vértices de um quadrado

Resp.: q₁ + q₂ < 0 . Fonte Internet

03) Desenhe um gráfico tipo Lei de Coulomb. Considere 1/r 2.


Resp.: ver notas de aula

04) O que significa dizer que um corpo possui uma carga de um Coulomb?
Resp. ver notas de aula
__________________________
Não omita passagens ou detalhes na resolução de exercícios.
Se necessário acrescente informações ou tabelas utilizadas na resolução dos exercícios.

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Lista de Exercícios: 01
Lista de exercícios comentados - Aula 02

01) Três partículas carregadas eletricamente são posicionadas sobre um triângulo equilátero de
lado d = 40cm conforme a figura abaixo. Qual o módulo da força elétrica FR e um esboço do
vetor força elétrica que atua sobre a carga 3 Q3?

Resolução:

- Na configuração indicada, as cargas estão a 40 cm = 0,4 m de distância uma da outra.

- Triângulo equilátero é aquele que possui todos os lados iguais.

- Cargas 1 e 3 sofrem repulsão, ambas são positivas.

- Diagrama de distribuição de cargas Q1, Q2 e Q3:

Para o cálculo do módulo da força elétrica que atua sobre a carga 3, Q3, deve-se calcular
primeiro, de forma separada a influência que as cargas 1 e 2 causam nela, e
através das duas forças calcular a Força resultante FR.

Importante !!!
Devemos resolver ou encontrar a Força elétrica entre duas cargas elétricas de cada vez.

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Força resultante FR é o resultado da influência da carga 1 em 3, F13. Bem como da carga 2 em


3, F23.

As cargas 1 e 3 possuem cargas de mesmo sinal, se repelem. Para calcularmos a força de


repulsão sofrida entre as duas cargas positivas:

Para calcularmos a força de atração sofrida entre a carga 3 positiva e a 2 negativa:

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Arranjo de forças:

Força resultante FR é o resultado da influência da carga 1 em 3, F13. Bem como da carga 2 em


3, F23.

Importante !!!
Para calcularmos a força resultante, podemos aplicar a Lei dos cossenos, cada ângulo interno de
um triângulo equilátero tem 60º, então devemos considerar um ângulo de 120º.

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Resp.: Fr = 1,277 N

02) O que significa dizer que um corpo possui uma carga de um Coulomb?

Resolução comentada:

A carga do elétron = 1.60 × 10−19C.


Um Coulomb corresponde a 6,25 × 1018 elétrons em excesso (se a carga for
negativa) ou em falta (se for positiva). Na eletrostática geralmente lidamos com
cargas elétricas muito menores do que um Coulomb. Vamos ver com frequência
as unidades mC, milicoulomb (10−3C) ou μC, microcoulomb (10−6C). Essas unidades
representam ainda um número enorme de cargas elementares.

03) Quatro cargas pontuais estão colocadas nos vértices de um quadrado. As duas cargas +Q e -
Q têm o mesmo valor absoluto e as outras duas, q₁ e q₂ são desconhecidas. Com intuito de
determinar a natureza desta cargas, coloca-se uma carga de prova positiva no centro do
quadrado e verifica-se que a força sobre ela é F, mostrada na figura. Podemos afirmar que

Figura Cargas fixas nos vértices de um quadrado

Neste problema usamos apenas a Lei de Coulomb. Sua proporcionalidade direta


com as cargas e inversa com o quadrado da distância:

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Pode-se tirar as seguintes conclusões:

A partícula de carga 𝑞₁ precisa necessariamente ser negativa (𝑞₁ < 0) de módulo igual a |𝑄|, para anular a
força de atração da partícula de carga −𝑄.

A partícula de carga 𝑞₂ pode ser positiva, desde que menor que 𝑄, ou negativa. Logo, o somatório dessas
cargas será, também, negativo.

q₁ + q₂ < 0

Resp.: q₁ + q₂ < 0 . Fonte Internet

_________________________________
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Se necessário acrescente informações ou tabelas utilizadas na resolução dos exercícios.

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LEITURA COMPLEMENTAR

Mini Texto 01: Peso de uma Nuvem

As nuvens são formadas por minúsculas partículas de água ou


gelo que flutuam sobre camadas de ar quente. Essas massas de
água são produto da condensação do vapor d´água, e os tipos mais
comuns de nuvens formadas por elas são as Cirrus, Cumulus e
Stratus (palavras em Latim).

 Cirrus: Nuvens altas, que ocupam posições de até 6000 m,


finas e formadas por cristais de gelo.

 Cumulus: Nuvem de desenvolvimento vertical e densa,


apresenta contornos salientes e base plana. Esse tipo de
nuvem indica tempo bom.

 Stratus: Nuvens baixas, que ocupam posições de até 2000


m, apresentam cor acinzentada e podem provocar chuviscos.

Para saber quanto pesa uma nuvem, é necessário multiplicar o


valor da densidade e do volume da água que a constitui. A
massa resultante pode chegar a mais de 500 T (toneladas).

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Fonte: Internet

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Mini Texto 02: Tipos de Nuvens

Cirrus (CI): aspecto delicado, sedoso ou fibroso, cor branca


brilhante.

Cirrocumulus (CC): delgadas, compostas de elementos muito


pequenos em forma de grânulos e rugas. Indicam base de corrente
de jato e turbulência.

Cirrostratus (CS): véu transparente, fino e esbranquiçado, sem


ocultar o sol ou a lua, apresentam o fenômeno de halo
(fotometeoro).

Altostratus (AS): camadas cinzentas ou azuladas, muitas vezes


associadas a altocumulus; compostas de gotículas superesfriadas e
cristais de gelo; não formam halo, encobrem o sol; precipitação
leve e contínua.

Altocumulus (AC): banco, lençol ou camada de nuvens brancas


ou cinzentas, tendo geralmente sombras próprias. Constituem o
chamado "céu encarneirado".

Stratus (St): muito baixas, em camadas uniformes e suaves, cor


cinza; coladas à superfície é o nevoeiro; apresenta topo uniforme
(ar estável) e produz chuvisco (garoa). Quando se apresentam
fracionadas são chamadas fractostratus (FS).

Stratocumulus (SC): lençol contínuo ou descontínuo, de cor


cinza ou esbranquiçada, tendo sempre partes escuras. Quando em
voo, há turbulência dentro da nuvem.

Nimbostratus (NS): aspecto amorfo, base difusa e baixa, muito


espessa, escura ou cinzenta; produz precipitação intermitente e
mais ou menos intensa.

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Cumulus (Cu): contornos bem definidos, assemelham-se a


couve-flor; máxima frequência sobre a terra de dia e sobre a água
de noite. Podem ser orográficas ou térmicas (convectivas);
apresentam precipitação em forma de pancadas; correntes
convectivas. Quando se apresentam fraccionadas são chamadas
fractocumulus (FC). As que são muito desenvolvidas são
conhecidas por cumulus congestus.

Cumulonimbus (CB): nuvem de trovoada; base entre 700 e


1.500 m, com topo podendo chegar em torno de 20 km de altura,
sendo a média entre 9 e 12 km; são formadas por gotas de água,
cristais de gelo, gotas superesfriadas, flocos de neve e granizo.
Caracterizadas pela "bigorna": o topo apresenta expansão
horizontal devido aos ventos superiores, lembrando a forma de
uma bigorna de ferreiro, e é formado por cristais de gelo, sendo
nuvens do tipo Cirrostratos (CS).

(Fonte: Internet. INMET - Instituto Nacional de Meteorologia)

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Mini Texto 03: Chuva ácida

Chuva ácida corresponde à precipitação com elevado teor de


acidez. É causada pela alta concentração de gases poluentes na
atmosfera, geralmente em grandes centros urbanos.
Chuva ácida é o nome que se dá às precipitações que possuem
elevado grau de acidez. Tal fenômeno é mais comum em áreas
populosas e altamente industrializadas, ocorrendo em decorrência
da presença de gases poluentes na atmosfera. Esses gases
possuem em sua composição elementos como óxidos de enxofre e
nitrogênio, que, em reação com a água em suspensão, dão origem
a ácidos, que serão depositados no momento da precipitação. As
chuvas ácidas podem corroer monumentos históricos e a estrutura
de edificações, além de causar danos aos ecossistemas e à saúde
humana.
Fonte: https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/chuvas-
acidas.htm

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Mini Texto 04: Rigidez dielétrica

A rigidez dielétrica de um meio mede o maior valor de campo


elétrico que esse suporta antes de tornar-se condutor, ou seja
cargas elétricas possam fluir neste material.

Rigidez dielétrica é o limite superior da intensidade de campo


elétrico que determinado dielétrico é capaz de suportar sem
tornar-se condutor. Com base nessa intensidade de campo
elétrico, o meio torna-se ionizado e os seus portadores de carga
passam a ser conduzidos, fazendo com que esse perca sua
propriedade isolante temporariamente. A rigidez dielétrica é uma
propriedade física muito importante dos materiais, uma vez que
ela também define qual é o maior campo elétrico que tal material
pode suportar, sem que nele surjam faíscas e descargas elétricas
capazes de danificá-lo.

Dielétricos

Dielétricos são meios isolantes, isto é, que dificultam a passagem


da corrente elétrica. Esses meios tendem a polarizar-se quando
sujeitos a campos elétricos externos de grande intensidade. O ar
atmosférico, por exemplo, é um bom dielétrico, e para que esse
meio conduza elétrons, é necessário que um grande campo
elétrico seja aplicado sobre ele. Quanto maior for a rigidez
dielétrica de um meio, melhor isolante ele será.

Quando polarizados, os dielétricos produzem um campo elétrico


em seu interior que se opõe ao campo elétrico externo.

Entretanto, caso o campo elétrico externo apresente valores


superiores ao limite de campo elétrico de polarização, a corrente
elétrica fluirá através do dielétrico, que passará a ter, ainda que

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momentaneamente, propriedades condutoras. O nome desse


processo é ruptura de rigidez dielétrica.

Rigidez dielétrica dos materiais


Confira uma tabela que relaciona a rigidez dielétrica de alguns
materiais:

Material Rigidez dielétrica (V/m)


Ar 3.106
Papel 16.106
Teflon 60.106
Borracha 12.106
Porcelana 12.106
Madeira ~10.106
Óleo (transformador) 20 – 30.106

Alguns fatores como temperatura, presença de impurezas e falhas


estruturais (em dielétricos sólidos) podem influenciar
grandemente a rigidez dielétrica de um material.

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Mini Texto 05: Blindagem eletrostática

(UFV-MG) Durante uma tempestade, um raio atinge um ônibus que


trafega por uma rodovia. Pode-se afirmar que os passageiros:

a) não sofrerão dano físico em decorrência desse fato, pois a carroceria


metálica do ônibus atua como uma blindagem eletrostática, tornando o
campo elétrico interno nulo.

b) serão atingidos pela descarga elétrica, em virtude da carroceria metálica


ser boa condutora de eletricidade.

c) serão parcialmente atingidos, pois a carga será homogeneamente


distribuída na superfície interna do ônibus.

d) não sofrerão dano físico em decorrência desse fato, pois os pneus de


borracha asseguram o isolamento elétrico do ônibus.

e) não serão atingidos, pois os ônibus interurbanos são obrigados a portar


um pára-raios em sua carroceria.

RESOLUÇÃO:

Nada acontece, pois a casca do ônibus atua como condutor em equilíbrio


eletrostático, de maneira que toda descarga elétrica passa pela superfície.
Há, portanto, uma blindagem eletrostática.

Resp.: D

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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
CAMPUS DE PRESIDENTE PRUDENTE
FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA
LABOARATÓRIO DE COMPÓSITOS E CERÂMICAS FUNCIONAIS
Física III – Engenharia Ambiental

Mini Texto 06: Aplicações da Lei de Coulomb

A Lei de Coulomb é aplicada no funcionamento das máquinas


copiadoras, impressoras e na pintura de veículos. O processo
eletrostático é o responsável pela fixação dos materiais coloridos e pelos
cabelos arrepiados ao tocar em um gerador de Van de Graff.

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LEITURA SUPLEMENTAR

Mini Texto A: Lei dos cossenos


Lei dos Cossenos

Essa lei é conhecida pelo enunciado: ―O quadrado de um dos lados do


triângulo é igual à soma dos quadrados dos outros dois lados, menos o
dobro do produto desses dois lados pelo cosseno do ângulo formado entre
eles‖. Como abaixo:

"A fórmula da lei dos cossenos é c2=a2+b2–2abcosC^, em que a, b e c são


os lados de um triângulo e C ^ é o ângulo oposto ao lado c.

A lei dos cossenos é aplicável quando são conhecidos os três lados de um


triângulo e procura-se a medida de um ângulo ou quando dois lados e o
ângulo entre eles são dados, mas busca-se o terceiro lado."

Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/matematica/lei-coseno.htm

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