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Buanamade Joao

HISTÓRIA DE ELECTRICIDADE E MAGNETISMO

Universidade Rovuma

Extensão de Cabo Delgado

2023

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Buanamade Joao

HISTORIA DE ELECTRICIDADE E MAGNETISMO

Licenciatura em Ensino de Matemática com habilitações em Física

Trabalho de carácter avaliativo a ser


apresentado ao Departamento de Ciências,
Tecnologia, Engenharia e Matemática,
curso de Licenciatura em Ensino de
Matemática com Habilitação em Física,
recomendado pelo docente:

dr. Santo Amane

Universidade Rovuma

Extensão de Cabo Delgado

2023
1
Índice
Introdução......................................................................................................................3
1. Electromagnetismo na Antiguidade.......................................................................4
1.1. TALES (640-550 a.C.)........................................................................................4
1.2. A bússola Chinesa...............................................................................................4
1.3. Idade Média........................................................................................................4
1.4. Renascimento e Idade Moderna..........................................................................4
1.4.1. Jérôme CARDAN (1501-1576),.....................................................................4
1.4.2. William GILBERT (1540-1603),....................................................................4
1.4.3. Otto von GUERICKE (1602-1686)................................................................5
1.4.4. Stephen GRAY (1679-1736)...........................................................................5
1.4.5. Franz Ulrich Theodor ÄPINUS (1724-1802).................................................6
1.4.6. Charles DU FAY (1698-1739),.......................................................................6
1.4.7. Ewald Georg VON KLEIST (1700?-1748)....................................................6
1.4.8. Benjamin FRANKLIN (1707-1790)...............................................................7
1.5. Idade Contemporânea.........................................................................................7
1.5.1. Alessandro Count Volta (1745-1827).............................................................7
1.5.2. Charles Augustin de COULOMB (1736-1806),.............................................8
1.5.3. Luigi GALVANI (1737-1798)........................................................................8
1.5.4. Johann Wilhelm RITTER (1776-1810)..........................................................8
1.5.5. Hans Christian OERSTED (1777-1851).........................................................9
1.5.6. Karl Friedrich GAUSS (1777-1855)...............................................................9
1.5.7. Wilhelm Eduard WEBER (1804-1891)........................................................10
1.5.8. Joseph HENRY (1799-1878)........................................................................10
1.6. Electromanetismo no século XIX.....................................................................10
1.6.1. Michael FARADAY (1791-1867)................................................................10
1.6.2. Gustav Robert KIRCHHOFF (1824-1887)...................................................11
Conclusão....................................................................................................................12
Referencia bibblografica.............................................................................................13

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Introdução

Ao darmos nota introdutória do presente trabalho, importa alertar que é relatório de uma
experiência laboratorial, cuja mesma foi realizada por elementos deste grupo.
Outrossim, é seguro termo Comutador que realmente consideramos como tema do
trabalho, cujo objetivo desse tema na feitura da experiencia é de conhecer o comutador
numa visão ampla.

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1. Electromagnetismo na Antiguidade

A Antiguidade pouco contribuiu para o estudo dos fenómenos eléctricos e magnéticos.


A única contribuição científica que vale à pena ser citada é a de TALES (640-550 a.C.).

1.1. TALES (640-550 a.C.).

Tales de Mileto, astrônomo e pensador grego, que realizou algumas observações


elementares sobre eletrização ao friccionar o âmbar (uma resina fossilizada de pinheiros
pré-históricos) com uma pele de animal: o âmbar (elèktron, em grego), adquiria o poder
de atrair pequenos objetos próximos, como grãos de poeira, por exemplo. Além disso,
Tales também relata as propriedades de atração e repulsão entre pedaços de um óxido de
ferro, chamado de magnetita (Fe3SO4, cujo nome deriva provavelmente da região de
origem do material – Magnésia – na Ásia Menor).

1.2. A bússola Chinesa

Depois disso, digno de menção, talvez, seja a invenção chinesa da bússola, criada
aproximadamente no século II.

1.3. Idade Média

Nada de novo durante este período foi descoberto. Além da introdução da bússola na
Europa por volta do século XIII, vale mencionar os comentários de Pierre PEREGRIN,
filósofo e engenheiro do exército de Charles d’Anjou, sobre o magnetismo.

1.4. Renascimento e Idade Moderna

1.4.1. Jérôme CARDAN (1501-1576),

Depois de um longo silêncio, filósofo, matemático e médico italiano, foi o primeiro a


tratar dos fenômenos observados por Tales, explicando claramente em que diferiam as
atrações do âmbar e da magnetita.

1.4.2. William GILBERT (1540-1603),

Depois dele, em 1600, surge o trabalho de médico da rainha inglesa Elisabeth I, que
publicou um tratado sistemático e crítico, De Magnete, sobre o que se sabia, até então,
sobre magnetismo e eletricidade. Incluindo experimentos seus, em eletricidade relatou
que outras substâncias gozavam da propriedade do âmbar depois de friccionadas por
peles ou tecidos, denominando-as de elétricas, ou seja, que podiam ser eletrizadas como

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o âmbar. Exemplos: o lacre, o enxôfre, vidro, seda, etc.. Observou que metais não
podiam ser eletrizados por fricção, chamando-os de não-eletrizáveis. Além disso,
diferenciou os fenômenos elétricos dos magnéticos, criando a expressão vis electrica
(força elétrica). Em magnetismo, traçou a forma das linhas de indução magnética
aproximando uma pequena agulha de bússola de bolas de ferro magnetizadas,
demonstrando a completa analogia da ação da terra sobre a bússola. Além disso,
mostrou a impossibilidade de se obter um pólo magnético isolado partindo-se um imã
em duas partes.

1.4.3. Otto von GUERICKE (1602-1686)

A situação não se alterou muito com os estudos de Otto von GUERICKE, físico alemão,
que notou a repulsão de partículas de mesma carga, e construiu a primeira máquina
eletrostática para eletrizar um corpo, o gerador eletrostático. Observou o poder das
pontas nos corpos eletrizados e também que a chama de uma vela podia deseletrizar um
corpo metálico carregado. Descobriu a indução elétrica, uma maneira de eletrizar um
corpo sem qualquer contato com ele. Uma de suas mais importantes descobertas foi a de
que substâncias eletrizadas, além da atração, podiam sofrer repulsão. Mas foi incapaz de
explicar como uma bola carregada podia eletrizar outra por contato, ou seja, a condução
ou transmissão da eletricidade. Talvez porque, para ele, a eletricidade fôsse uma
qualidade intrínseca dos corpos e, portanto, não transmissível.

Os investigadores do século XVII e início do século XVIII encontraram-se com uma


confusa coleção de observações sobre eletrização por atrito, formação de centelhas e
efeitos da umidade atmosférica, que foram incapazes de explicar por causa da falta de
conceitos eletrostáticos fundamentais.

1.4.4. Stephen GRAY (1679-1736)

Apesar disto, um considerável número de importantes observações qualitativas surgiu


neste período. Em 1731, o inglês Stephen GRAY demonstrou claramente a condução
elétrica nos corpos, que foram então por ele classificados de condutores e não-
condutores (isolantes). Lançou a idéia de associar a eletricidade a um fluído elétrico,
universal e imponderável, capaz dde depositar-se entre os poros e interstícios dos corpos
materiais.

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1.4.5. Franz Ulrich Theodor ÄPINUS (1724-1802)

Em 1759 Franz Ulrich Theodor ÄPINUS mostrou a existência de todos os graus de


transição entre os condutores e os não-condutores. Eles fizeram as primeiras
observações da influência exercida por corpos carregados em condutores isolados.

1.4.6. Charles DU FAY (1698-1739),

Sábio francês, tornou-se correspondente de Gray. Realizou suas próprias observações


de caráter científico, deixando de lado as interpretações metafísicas e o sensacionalismo
das exibições nas cortes. Chegou à conclusão de que todos os corpos são eletrizáveis, ou
seja, de que toda a matéria possui a propriedade que por séculos havia sido peculiar ao
âmbar ou a um pequeno grupo de substâncias ditas elétricas. Suspendendo a si mesmo
por fios de seda, constatou que, quando era eletrizado e outra pessoa se aproximasse
bastante, ocorriam pequenas descargas elétricas e estalidos e no escuro viam-se
centelhas. Notou também que todos os objetos eletrizados por meio de um mesmo
bastão de vidro, repeliam-se mutuamente, mas atraiam objetos que haviam sido
eletrizados por meio de âmbar. Concluiu, então, que deveriam haver dois tipos de
eletricidade, que denominou vítrea e resinosa. Isto constituiu a teoria dos dois fluidos
elétricos. De acordo com Du Fay, os corpos neutros continham a mesma quantidade do
dois fluidos.

1.4.7. Ewald Georg VON KLEIST (1700?-1748)

Em 1745, Ewald Georg VON KLEIST, bispo da Pomerânia, teve a idéia usar uma
garrafa de vidro tapada com uma tampa de cortiça com um prego atravessado. Pôs o
prego em contato com um gerador eletrostático e, segurando a garrafa com uma mão e
tocando no prego com a outra, levou um choque considerável, bem mais intenso do que
aqueles que se sentia em contato com corpos comuns eletrizados. Repetindo a
experiência com a garrafa cheia de água, o choque foi ainda maior. Cunhou, então, o
termo condensador para a garrafa, o primeiro capacitorconstruído.

Quase na mesma época, na cidade holandesa de Leyden, Pieter VAN


MUSSCHENBROEK (1692-1761), físico e matemático, repetiu as experiências de
Kleist, cujo relato fora lido na Academia Francesa de Ciências, enquanto as observações
de Kleist foram apenas enviadas a um amigo em Berlin. Assim, o mérito da descoberta

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acabou ficando com o holandês, e o condensador ficou conhecido como garrafa de
Leyden.

1.4.8. Benjamin FRANKLIN (1707-1790)

A elucidação do fenômeno da garrafa de Leyden ocupou não só Äpinus, como também


a Benjamin FRANKLIN. Norte-americano, interessou-se pela eletricidade após uma
demonstração pública em Boston, em 1746. Entre 1747 e 1754, Franklin realizou uma
série de experimentos, num dos quais descobriu que na garrafa de Leyden, o arame que
sai da garrafa possui eletricidade contrária à do vidro da garrafa.

Elaborou sua própria teoria para a eletricidade, contrária à então aceita teoria dos dois
fluidos elétricos de Du Fay. Para ele, havia apenas um fluido elétrico, o qual todo o
corpo não-eletrizado conteria em certa quantidade, e que era um elemento comum a
todos eles. Se um corpo o possuísse em excesso, era chamado depositivo. Se o possuísse
de menos, era negativo.

Esta foi a teoria do fluido único, e não foi bem recebida pela comunidade científicada da
época. Em 1759 foi definitivamente rejeitada, com base experimental, pelo inglês
Robert SYMMER ( – ). Entretanto, a teoria do fluido único teve o mérito de introduzir o
conceito daconservação do fluido elétrico. Outro mérito de Franklin foi o de estabelecer
a natureza elétrica dos relâmpagos (1752), com a invenção do pára-raios, ao empinar
uma pandorga durante uma tempestade.

Priestley CavendishA força entre partículas carregadas começou a ser estabelecida em


meados do século XVIII. Começou com a suspeita de uma relação com a lei da
gravitação de Newton. Entretanto, em 1767 Joseph PRIESTLEY (1733-1804)
encontrouforte evidência disto na descoberta sua e de seus amigos, entre eles Henry
CAVENDISH (1731-1810), de que a carga de um condutor reside inteiramente em sua
superfície, ficando seu interior completamente livre de influências elétricas, fato este
que não mereceu muita atenção na época.

1.5. Idade Contemporânea

1.5.1. Alessandro Count Volta (1745-1827)

Em 1775, Alessandro Count Volta desenvolveu o eletróforo (inventado por WILCKE)


a partir da qual máquinas elétricas foram mais tarde desenvolvidas.

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Durante o século XVIII, apenas uma descoberta sobre o magnetismo foi feita. Tão
prematura quanto a descoberta de Wilcke, em 1778 Anton BRUGMANS (1732-1789)
descobriu o diamagnetismo, quando observou que o bismuto era repelido por um imã.

1.5.2. Charles Augustin de COULOMB (1736-1806),

Em 1785, Charles Augustin de COULOMB (1736-1806), um engenheiro civil miltar


aposentado, realizou experiências com uma balança de torsão e enunciou a famosa lei
que hoje leva seu nome “a força entre duas cargas é diretamente proporcional a carga
em cada uma delas e inversamente ao quadrado da distância que as separa”. Em 1786,
Coulomb relatou que um condutor também blinda seu interior (ele desconhecia os
relatos de Cavendish), e viu nisto também uma indicação para a lei de força enunciada.
Entretanto, esta parte do relato foi tão completamente esquecida, que o efeito de
blindagem hoje está ligado ao nome da Faraday.

1.5.3. Luigi GALVANI (1737-1798)

Um médico italiano, por volta de 1770 começou a investigar a natureza e os efeitos da


eletricidade em tecidos animais e na estimulação da musculatura por meios elétricos.
Em 1792 foi capaz de contrair os músculos de uma perna de rã pela simples aplicação a
eles de uma espira constituída de dois metais diferentes. Este foi o primeiro elemento
galvânico: o músculo era tanto o eletrólito quanto o indicador de corrente. Galvani
supôs, e não completamente erradamente, que estas eram manifestações de eletricidade
animal, já conhecida dos peixes elétricos.

Estudando este assunto, Volta, em 1796, eliminou completamente a necessidade de um


elemento biológico para o fenômeno e estabeleceu que uma condição essencial para a
circulação elétrica num circuito condutor era que este fôsse constituído de dois (ou
mais) condutores de “primeira” classe e um de “segunda” classe. Ele criou estas idéias,
bem como o conceito de corrente elétrica estática, e sobre estas bases construiu, em
1800, a pilha voltaica, a precursora das baterias galvânicas, que nos anos seguintes se
proliferam abundantemente.

1.5.4. Johann Wilhelm RITTER (1776-1810)

Em 1799, separou eletroliticamente o cobre de uma solução de sulfato cúprico. E foi o


primeiro a dizer que a reação química na célula galvânica era a causa da produção da
corrente.

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Davy Edison Em seguida, Humphry DAVY (1778-1829), em 1807, com suas pesquisas
em eletrólise descobriu e separou os metais alcalinos. Em 1811, Davy construiu o arco
carbônico com uma bateria de 2000 elementos, que serviu como fonte de luz elétrica até
que Thomas Alva EDISON (1847-1931)inventasse a lâmpada incandescente em 1880.

1.5.5. Hans Christian OERSTED (1777-1851)

No magnetismo, Hans Christian OERSTED, nascido numa pequena ilha do Báltico, em


1820 publicou um panfleto de 4 páginas com suas descobertas sobre a deflexão da
agulha de uma bússola por uma corrente elétrica. Além disso, descobriu a
correspondente força de um imã sobre um circuito elétrico girante.Bio.

AragoGay-Lussac O primeiro eletroimã foi descoberto em 1822 por Dominique


François Jean ARAGO (1786-1853) e por Joseph Louis GAY-LUSSAC (1778-1850)
quando verificaram que uma barra de ferro fica magnetizada se enrolada por um fio
conduzindo uma corrente elétrica. Neste mesmo ano, André Marie Ampère (1775-
1836), sabendo das descobertas de Oersted, dedicou-se ao assunto e formulou a regra
para indicar a direção do campo magnético criado por um circuito elétrico. Além disso,
descobriu que circuitos paralelos com correntes na mesma direção se atraem, e se
repelem quando as correntes são contrárias, e que solenóides atuam com imãs em barra.

Os efeitos magnéticos das correntes elétricas agora forneciam meios para se medir suas
intensidade. Em 1826, Goerg Simon OHM (1789-1854) usou estes fatos para separar os
conceito de força eletromotriz, gradiente de potencial e de intensidade de corrente
elétrica e derivou a lei que leva seu nome e que estabelece a proporcionalidade entre a
diferença de potencial em um condutor e a corrente elétrica produzida. O fator de
proporcionalidade representa a resistência do material. Provou também que a resistência
de um fio é diretamente proporcional ao seu comprimento e inversamente proporcional
a sua seção reta, criando assim a base para o conceito de condutividade dos materiais.

George GREEN (1793-1841) publicou, em 1828 “Um ensaio sobre a aplicação de


análise matemática às teorias da eletricidade e do magnetismo”, onde extendeu o
trabalho de Poisson para obter um método de solução geral para o potencial.

1.5.6. Karl Friedrich GAUSS (1777-1855)

A complementação deste trabalho foi obra de Karl Friedrich GAUSS (1777-1855), que
publicou seu famoso trabalho em 1839. Sua teoria tornou-se mais abrangente, pois

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serviu de modelo para muitos outros campos da física-matemática. A contribuição de
Gauss deu-se não apenas na definição de quantidade de eletricidade a partir da lei de
Coulomb, como também forneceu a primeira medida absoluta do momento magnético
de imãs e da intensidade do campo magnético terrestre, dando continuidade Weberao
trabalho de Gilbert. Ele criou o primeiro sistema de unidades eletromagnéticas racional,
no qual “uma unidade de quantidade de eletricidade é a quantidade que, a uma distância
de um centímetro, repele uma quantidade igual com uma força de uma dina”.

1.5.7. Wilhelm Eduard WEBER (1804-1891)

Trabalhando con Gauss, Wilhelm Eduard WEBER, físico alemão, investigou o


magnetismo terrestre em 1833. Uma de suas maiores contribuições foi o
desenvolvimento do telégrafo eletromagnético.

1.5.8. Joseph HENRY (1799-1878)

Foi o primeiro americano depois de Franklin a realizar experimentos científicos. Em


1830 ele observou o fenômeno daindução eletromagnética, mas como não publicou seus
resultados, não recebeu o mérito por isto. Entretanto, recebeu distinção pela descoberta
do fenômeno da autoindução. Em 1831 auxiliou a Samuel Finley Breese MORSE
(1791-1872) a construir o telégrafo.

1.6. Electromanetismo no século XIX

1.6.1. Michael FARADAY (1791-1867).

Em 1831 Faraday enrolou duas espiras de fio em torno de um anel de ferro e observou
que a corrente exercia uma ação para trás que correspondia a sua ação magnética.
Quando ele criou uma corrente elétrica na primeira espira, um pulso de corrente surgiu
na segunda espira no instante em que o circuito foi fechado, e novamente quando o
circuito foi aberto, porém no sentido contrário. Assim ele descobriu a indução. Alguns
problemas com a direção da corrente induzida foram esclarecidos em 1833 por Heinrich
Friedrich Emil LENZ (1804-1865), com sua conhecida lei (de Lenz). Em 1837, Faraday
descobriu a influência dos dielétricos nos fenômenos eletrostáticos, e a partir de 1846
dedicou-se a descrever a distribuição geral das propriedades diamagnéticas em todos os
materiais para os quais, em contraste, o paramagnetismo aparece como uma exceção.
Para completar, Faraday ainda descobriu os efeitos do magnetismo sobre a luz.

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1.6.2. Gustav Robert KIRCHHOFF (1824-1887)

Em 1845, com apenas 21 anos, Gustav Robert KIRCHHOFF enunciou as leis que
permitiam o cálculo de correntes, tensões e resistências para circuitos ramificados.

Em 1846, Weber criou um segundo sistema de unidades absoluto e consistente para a


eletricidade independente da Lei de Coulomb. Os dois sistemas relacionam-se por uma
constante com dimensão de velocidade. Weber, em 1852, calculou este valor chegando
a um resultado fantástico: era igual a da velocidade da luz, 3 x 1010 cm/s.

Num trabalho de 1855-1856, James Clerk MAXWELL (1831-1879) forneceu a base


matemática adequada para as linhas de força idealizadas por Faraday. Em 1862 ele
adicionou a corrente de deslocamento à corrente de condução na Lei de Ampère, que
ocorre em todos os dielétricos com campos elétricos variáveis, completanto o trabalho
de Ampère. Em 1873 publicou seu “Tratado sobre eletricidade e magnetismo” . Em
1865 mostrou que as ondas eletromagnéticas possuem a velocidade da luz, a qual ele
recalculou com precisão, concordando com o resultado de Weber.

Em 1884, Heinrich Rudolf HERTZ (1857-1894) rederivou as equações de Maxwell por


um novo método, colocando-as na forma atual.Além disso, foi o primeiro a emitir e
receber ondas de rádio.

As bases da atual teoria eletromagnética estavam assim postas. Nova contribuição


adicional surgiu em 1884, quando John Henry POYNTING (1852-1914), um dos
estudantes de Maxwell, mostrou que o fluxo de energia de uma onda eletromagnética
podia ser expresso numa simples forma, usando-se os campos elétrico e magnético.

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Conclusão

Concluimos que a antiguidade pouco contribuiu para o estudo dos fenómenos eléctricos
e magnéticos. A única contribuição científica que vale à pena ser citada é a de TALES
(640-550 a.C.).

Um médico italiano, por volta de 1770 começou a investigar a natureza e os efeitos da


eletricidade em tecidos animais e na estimulação da musculatura por meios elétricos.
Em 1792 foi capaz de contrair os músculos de uma perna de rã pela simples aplicação a
eles de uma espira constituída de dois metais diferentes. Este foi o primeiro elemento
galvânico: o músculo era tanto o eletrólito quanto o indicador de corrente. Galvani
supôs, e não completamente erradamente, que estas eram manifestações de eletricidade
animal, já conhecida dos peixes elétricos.

Estudando este assunto, Volta, em 1796, eliminou completamente a necessidade de um


elemento biológico para o fenômeno e estabeleceu que uma condição essencial para a
circulação elétrica num circuito condutor era que este fosse constituído de dois (ou
mais) condutores de “primeira” classe e um de “segunda” classe. Ele criou estas ideias,
bem como o conceito de corrente elétrica estática, e sobre estas bases construiu, em
1800, a pilha voltaica, a precursora das baterias galvânicas, que nos anos seguintes se
proliferam abundantemente

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Referencia bibblografica

Breve esboço sobre história da ciência e tecnologia da electricidade e do magnetismo


até fins do século X I X", na internet

http://www.dee.ufrj.br/lanteg/abmuseu/tutorial/tutohistele.html Netto, L. F., "Feira da


Ciências", na internet: http://www.feiradeciencias.com.br/ "

Graduação - História", na internet: http://www.ene.unb.br/ene/grad/grad_hist.html-


Bertulani, C. "Luz e Cor ", na internet:
http://www.if.ufrj.br/teaching/luz/cor.htmlGREF.

Mottelay (2000) Física 3 - electromagnetismo”, EDUSP, P.F.

Griffin; C. (1922) Bibliographical History of Electricity and Magnetism, Cronologically


Arranged &Company Limited, London.

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