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CURSO TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO

MAGNETISMO
ELETROMAGNETISMO
INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA

Patrícia Bento Machado


Andréia Adelaide da Silva
Valquer Pinto de Freitas
Sumário

INTRODUÇÃO......................................................................................3

MAGNETISMO......................................................................................4

História....................................................................................................4

Fundamentos Físicos...............................................................................4 - 5

Tipos de Magnetismo.............................................................................. 5

Magnetismo terrestre............................................................................... 6

ELETROMAGNETISMO .....................................................................6 - 8

INDUÇÃO ELETROMAGNETICA......................................................8 - 9

CONCLUSÃO........................................................................................10

BIBLIOGRAFIA....................................................................................11

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Introdução

Como todos nós sabemos a eletricidade sempre fez parte da vida das
pessoas, mesmo antes da invenção dos aparelhos elétricos. Afinal, sempre
existiram os relâmpagos - que são descargas elétricas - e não podemos nos
esquecer de que o funcionamento do nosso próprio corpo depende de impulsos
elétricos gerados no cérebro.
Mas esses fatos, hoje bastante conhecidos, não são evidentes por si mesmos
(por exemplo, a descoberta da natureza elétrica do relâmpago foi a menos de
trezentos anos), e por isso muita coisa teve de acontecer antes que o ser
humano pudesse contar com os recursos que agora tem.
O registro mais antigo que se tem da manipulação da eletricidade pelo
ser humano refere-se às experiências feitas no século VI a.C. pelo filósofo
grego Tales de Mileto, que esfregava pedaços de âmbar (um tipo de resina
fóssil, proveniente da seiva segregada por algumas árvores) em pele de
carneiro ou tecidos secos, e depois observava a atração que esse âmbar
exercia sobre pedacinhos de palha e outros objetos pequenos e leves. Sabe-se
que nessa época tanto gregos como chineses já conheciam o magnetismo, por
meio de certas pedras (magnetitas) que eram capazes de atrair alguns objetos
metálicos.
Não se tinha explicação para esses fenômenos, e por isso surgiam
hipóteses como a produção de "humor" (uma espécie de líquido invisível) no
âmbar atritado, que provocaria nos pedacinhos de palha o desejo de se
aproximarem (para "beber" o humor). Outra hipótese era a existência de "alma"
nas pedras magnéticas, a qual "aspirava" os metais. Ninguém, contudo,
saberia explicar o que eram esses "humores", e que espécie de "alma"
magnética era essa, que tinha fome de metais.
Agora temos luz elétrica, rádio, televisão, automóvel, telefone,
computador, etc. Estamos tão acostumados com tudo isso que temos a
impressão de que o mundo sempre foi assim, e nunca paramos para pensar
como teria sido a vida antigamente. Porém faz apenas cem anos que a
humanidade começou a usar a eletricidade.
Portanto o estudo da eletricidade na Física é dividido em três partes:
Eletrostática que estuda os efeitos produzidos por cargas elétricas em repouso.
Eletrodinâmica que estuda cargas elétricas em movimento.
Eletromagnetismo que estuda os efeitos produzidos por essas cargas.

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Magnetismo

William Gilbert, médico particular da rainha Elizabeth I da Inglaterra,


interessou-se pela natureza dos fenômenos magnéticos da matéria e
descreveu corretamente a Terra como um gigantesco ímã, cujos pólos
magnéticos coincidem de modo aproximado com os de seu eixo de rotação. No
entanto, suas tentativas de explicar os movimentos planetários como
resultantes de forças magnéticas fracassaram e só mais de meio século depois
Isaac Newton os atribuiria à força de gravitação.
Magnetismo é o fenômeno físico que consiste nas forças de atração e repulsão
exercidas por certos metais, como o ferro-doce, o cobalto e o níquel, devido à
presença de cargas elétricas em movimento. Dá-se também esse nome à
disciplina da física que estuda a origem e as manifestações de tais fenômenos
magnéticos.

História
As civilizações antigas conheciam a magnetita, mineral que atrai o
ferro. Até o início do século XVII tais fenômenos não haviam sido estudados de
forma sistemática, o que foi feito pela primeira vez por William Gilbert, autor de
De magnete (1600; Sobre os ímãs), que enunciou suas propriedades
fundamentais e descobriu o campo magnético terrestre utilizando bússolas
rudimentares.
No final do século XVIII, Charles-Augustin de Coulomb elaborou para
a magnetostática leis semelhantes às que regiam os movimentos de atração e
repulsão entre cargas elétricas em repouso. Assim, postulou que uma força
magnética era diretamente proporcional a grandezas que denominou unidades
de magnetização, ou intensidades de pólo magnético, e inversamente
proporcional ao quadrado da distância que separa os objetos imantados.
No século XIX, em decorrência dos experimentos realizados pelo dinamarquês
Hans Christian Orsted e pelo britânico Michael Faraday, e das expressões
matemáticas do britânico James Clerk Maxwell, unificaram-se as leis da
eletricidade e do magnetismo e este passou a ser considerado uma
manifestação das cargas elétricas em movimento.

Fundamentos físicos
Tradicionalmente, em física estudam-se dois tipos de fontes de
fenômenos magnéticos: os ímãs e as cargas livres nos condutores, que
transmitem uma corrente elétrica. Denomina-se campo magnético à
perturbação sofrida pelo espaço próximo a uma dessas fontes magnéticas. A
magnitude fundamental do campo magnético é a indução de campo,
representada habitualmente pelo símbolo B e dotada de caráter vetorial, já que
depende tanto de seu valor numérico como da direção e sentido de máxima
variação do campo. O vetor intensidade de campo magnético B é definido
como uma derivação da indução magnética, e a razão pela qual possui a
denominação reservada normalmente aos vetores básicos de campo é
puramente histórica.
A detecção de um campo magnético em um meio é feita pela influência
que exerce sobre uma bússola ou carga elétrica em movimento. Assim, pode-
se definir a indução de campo magnético como a força que este exerce

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perpendicularmente sobre uma carga unitária de velocidade, também igual a
um. A expressão matemática desta relação, chamada de Lorentz, é
F=qvxB
em que a força F, a velocidade v e a indução B possuem caráter vetorial, a
carga q é um número positivo ou negativo, e o símbolo x representa um
produto vetorial que significa que a força resultante é perpendicular tanto à
velocidade da partícula carregada como ao campo magnético visto como um
conjunto de linhas na direção do vetor B em cada ponto do espaço.
A unidade fundamental de indução magnética no sistema internacional
é o tesla, equivalente à unidade de força definida por unidade de carga e de
velocidade. O Gauss representa um dez mil avos do tesla e constitui a unidade
básica no sistema CGS (centímetro, grama, segundo).
Também relevante no estudo do magnetismo é o chamado fluxo magnético,
representado graficamente por linhas de indução através das quais se define a
unidade de fluxo. Assim, um campo magnético de indução B de um tesla é
representado como uma linha de indução por metro quadrado, denominada
weber. A indução corresponde ao fluxo por unidade de superfície perpendicular
ao campo e é também chamada densidade de fluxo. Além do weber, unidade
internacional, emprega-se também como unidade de fluxo do sistema
eletromagnético o Maxwell, segundo a relação 1 weber = 108 maxwells.
A estrutura elétrica mais simples que se pode conceber é uma carga
isolada, de modo que duas cargas de sinais contrários formam um dipolo
elétrico, caracterizado por um momento de força ou magnitude física
equivalente à que provoca o giro de uma barra rígida apoiada em um ponto
fixo. Por analogia, definem-se os dipolos magnéticos, formados por dois pólos
(norte e sul) que geram perturbações específicas acentuadas a seu redor, as
quais se transmitem ininterruptamente entre ambos. A inexistência, porém,
desses pólos magnéticos isolados constitui um dos aspectos fundamentais da
ciência do magnetismo.
Em escala microscópica, o campo magnético mais simples é o
produzido pelo movimento de rotação dos elétrons em torno de si mesmos.
Esse fenômeno, conhecido como spin, é representado na física quântica pelos
números +1/2 e -1/2, de acordo com o sentido do giro do elétron.

Tipos de magnetismo
A física considera a existência de três tipos de material, segundo seu
comportamento em presença de campos magnéticos: (1) substâncias
ferromagnéticas, como o ferro, o cobalto, o níquel, o gadolínio, o disprósio e as
ligas, minerais e derivados desses elementos, que ficam permanentemente
imantadas ainda que se retire o agente do campo; (2) substâncias
paramagnéticas, que apresentam uma imantação temporária e tênue, que
desaparece ao eliminar-se o campo; (3) substâncias diamagnéticas, que são
repelidas pelos ímãs de forma indiscriminada.
A explicação desses comportamentos é dada pela física microscópica,
segundo a qual a maioria das substâncias apresenta diamagnetismo ou
atividade magnética nula na ausência de perturbações externas. O
ferromagnetismo e o paramagnetismo são fenômenos determinados pela
existência prévia de uma orientação generalizada dos campos magnéticos
eletrônicos ou spins, que se reforça temporária ou permanentemente sob a
influência dos ímãs.

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Magnetismo terrestre
O campo magnético terrestre, detectável por uma simples bússola,
possui duas peculiaridades: sua irregularidade, dependente da latitude; e sua
mudança gradual no tempo, conseqüência da variação contínua do eixo
magnético. Segundo a teoria dinâmico-magnética, a origem do magnetismo
terrestre está nas correntes elétricas do núcleo metálico do planeta, e sua
variabilidade indica que esse núcleo encontra-se em movimento, de modo que
os rios de metal fundido assumem o papel de espirais condutoras que criam
campos magnéticos.

Eletromagnetismo

Parte da física que estuda as propriedades elétricas e magnéticas da


matéria, em particular as relações estabelecidas entre elas.Conta uma lenda
grega que o pastor Magnes se surpreendeu ao ver como a bola de ferro de seu
bastão era atraída por uma pedra misteriosa, o âmbar (em grego, elektron). A
história demonstra como é antigo o interesse pelos fenômenos
eletromagnéticos.
Denomina-se eletromagnetismo a disciplina científica que estuda as
propriedades elétricas e magnéticas da matéria e, em especial, as relações que
se estabelecem entre elas.
Histórico
A existência de forças naturais de origem elétrica e magnética fora
observada em contextos históricos independentes, mas só na primeira metade
do século XIX um grupo de pesquisadores conseguiu unificar os dois campos
de estudo e assentar os alicerces de uma nova concepção da estrutura física
dos corpos.

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No final do século XVIII Charles-Augustin de Coulomb e Henry Cavendish
haviam determinado as leis empíricas que regiam o comportamento das
substâncias eletricamente carregadas e o dos ímãs. Embora a similaridade
entre as características dos dois fenômenos indicasse uma possível relação
entre eles, só em 1820 se obteve prova experimental dessa relação, quando o
dinamarquês Hans Christian Oersted, ao aproximar uma bússola de um fio de
arame que unia os dois pólos de uma pilha elétrica, descobriu que a agulha
imantada da bússola deixava de apontar para o norte, orientando-se para uma
direção perpendicular ao arame.
Pouco depois, André-Marie Ampère demonstrou que duas correntes
elétricas exerciam mútua influência quando circulavam através de fios próximos
um do outro. Apesar disso, até a publicação, ao longo do século XIX, dos
trabalhos do inglês Michael Faraday e do escocês James Clerk Maxwell, o
eletromagnetismo não foi - nem começou a ser - considerado um autêntico
ramo da física.
Variáveis e magnitudes. Os fenômenos eletromagnéticos são produzidos
por cargas elétricas em movimento. A carga elétrica, assim como a massa, é
uma qualidade intrínseca da matéria e apresenta a particularidade de existir em
duas variedades, convencionalmente denominadas positiva e negativa.
Duas cargas elétricas de mesmo sinal se repelem, e quando de sinais
contrários se atraem. A força destas interações é diretamente proporcional a
sua quantidade de carga e inversamente proporcional ao quadrado da distância
que as separa. Para explicar a existência dessas forças adotou-se a noção de
campo elétrico criado em torno de uma carga, de modo que a força elétrica que
vai atuar sobre outra carga distanciada da primeira corresponde ao produto da
quantidade de carga desta primeira por uma grandeza chamada intensidade de
campo elétrico. A energia que este campo transmite à unidade de carga
chama-se potencial elétrico e geralmente se mede em volts.
Interpretação do eletromagnetismo. Desde o advento das idéias
inovadoras de Isaac Newton, estabeleceu-se uma interpretação causal do
universo segundo a qual todo efeito observado obedeceria a forças exercidas
por objetos situados a certa distância. Nesse contexto histórico nasceu a teoria
eletromagnética, segundo a qual as atrações e repulsões elétricas e
magnéticas resultavam da ação de corpos distantes.
Era preciso, pois, encontrar a verdadeira causa final dessas forças,
buscando-se uma analogia com a massa gravitacional de Newton e,
simultaneamente, explicar de forma rigorosa os mecanismos de interação
eletromagnética entre os corpos. Coube a Ampère, a partir de seus trabalhos
sobre correntes elétricas, expor a teoria da existência de partículas elétricas
elementares que, ao se deslocar no interior das substâncias, causariam
também os efeitos magnéticos. No entanto, em suas experiências, ele não
conseguiu encontrar essas partículas.

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Por outro lado, Faraday introduziu a noção de campo, que teve logo
grande aceitação e constituiu um marco no desenvolvimento da física moderna.
Concebeu o espaço como cheio de linhas de força - correntes invisíveis de
energia que governavam o movimento dos corpos e eram criadas pela própria
presença dos objetos. Assim, uma carga elétrica móvel produz perturbações
eletromagnéticas a seu redor, de modo que qualquer outra carga próxima
detecta sua presença por meio das linhas do campo. Esse conceito foi
desenvolvido matematicamente pelo britânico James Clerk Maxwell, e a força
de seus argumentos acabou com a da idéia de forças que agiam sob controle
remoto, vigente em sua época.
Os múltiplos trabalhos teóricos sobre o eletromagnetismo culminaram
em 1897, quando Sir Joseph John Thomson descobriu o elétron, cuja
existência foi deduzida do desvio dos raios catódicos na presença de um
campo elétrico. A natureza do eletromagnetismo foi confirmada ao se
determinar a origem das forças magnéticas no movimento orbital dos elétrons
ao redor dos núcleos dos átomos.
Ondas eletromagnéticas. O conceito de onda eletromagnética,
apresentado por Maxwell em 1864 e confirmado experimentalmente por
Heinrich Hertz em 1886, é utilizado para demonstrar a natureza
eletromagnética da luz.
Quando uma carga elétrica se desloca no espaço, a ela se associam um
campo elétrico e outro magnético, interdependentes e com linhas de força
perpendiculares entre si. O resultado desse conjunto é uma onda
eletromagnética que emerge da partícula e, em condições ideais - isto é, sem a
intervenção de qualquer fator de perturbação - se move a uma velocidade de
299.793km/s, em forma de radiação luminosa. A energia transportada pela
onda é proporcional à intensidade dos campos elétrico e magnético da
partícula emissora e fixa as diferentes freqüências do espectro
eletromagnético.
Aplicações. A teoria eletromagnética é muito usada na construção de
geradores de energia elétrica, dentre estes destacam-se os alternadores ou
geradores de corrente alternada, que propiciam maior rendimento que os de
corrente contínua por não sofrerem perdas mediante atrito. A base do
alternador é o eletroímã, núcleo em geral de ferro doce e em torno do qual se
enrola um fio condutor revestido de cobertura isolante. O dispositivo gira a
grande velocidade, de modo que os pólos magnéticos mudam de sentido e
induzem correntes elétricas que se invertem a cada instante. Com isso, as
cargas circulam várias vezes pela mesma seção do condutor. Os eletroímãs
também são utilizados na fabricação de elevadores e instrumentos cirúrgicos e
terapêuticos. Seu uso abrange diversos campos industriais, uma vez que os
campos que geram podem mudar de direção e de intensidade.

Indução eletromagnética
A indução eletromagnética é o fenômeno que origina a produção de uma
força eletromotriz (f.e.m. ou voltagem) num meio ou corpo exposto a um campo
magnético variável, ou bem num meio móvel exposto a um campo magnético
estático. É assim que, quando o dito corpo é um condutor, produz-se uma
corrente induzida. Este fenómeno foi descoberto por Michael Faraday que o

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expressou indicando que a magnitude da tensão induzida é proporcional à
variação do fluxo magnético Lei de Faraday.
Por outro lado, Heinrich Lenz comprovou que a corrente devida ao f.e.m.
induzida se opõe à mudança de fluxo magnético, de forma tal que a corrente
tende a manter o fluxo. Isto é válido tanto para o caso em que o a intensidade
do fluxo varie, ou que o corpo condutor se mova em relação a ele.
Indução eletromagnética é o princípio fundamental sobre o qual operam
transformadores, geradores, motores elétricos e a maioria das demais
máquinas elétricas.
Exemplo: "Campo magnético criado por uma corrente induzida por um ímã
numa espira circular." Para que isto ocorra, utiliza-se um ímã em movimento
(em relação a espira) para fazer variar o fluxo magnético das linhas de indução
que atravessam a superfície da espira.

Φ = Fluxo
B = vetor indução magnética
A = área da espira

Quando o ímã está em movimento faz o fluxo magnético que sai do pólo norte
do ímã entrar com mais ou menos intensidade na espira e com o ímã parado o
fluxo é constante. Quando um pólo se aproxíma da espira, o sentido da
corrente elétrica é de um jeito, e quando o mesmo pólo se afasta, o sentido da
corrente se inverte.

"O sentido da corrente induzida é tal que seus efeitos se opõem as causas que
as originam. (Lei de Lenz)" Ou seja, aproxima-se o pólo norte da espira, e isto

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faz surgir na espira um mesmo pólo para repelir o ímã, e quando o ímã se
afasta da espira, faz surgir na espira um pólo sul que atrái o ímã.

Conclusão

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Bibliografia
http://pt.wikipedia.org

http://www.coladaweb.com/fisica/eletromagnetismo.htm

http://www.coladaweb.com/fisica/magnetismo.htm

http://efisica.if.usp.br/eletricidade/basico/inducao

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