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O aparecimento da eletricidade é, com certeza, o fator que mais tem contribuído para o
desenvolvimento da humanidade.
Por certo, haverá muitos homens e mulheres, ligados à área da eletricidade e eletrônica, que
não dominam os efeitos da eletricidade.
Sabem sim que, quando ligam um interruptor, uma lâmpada ilumina (efeito luminoso);
quando ligam um calorífero, ele fornece calor (efeito calórico); quando ligam um rádio portátil,
ele dá som através do efeito químico das pilhas; quando ligam uma batedeira ou motor, por
mais potente que ele seja aí está presente o efeito magnético...
Para todos aqueles que desconhecem estes efeitos, irei abordar neste trabalho o efeito do
magnetismo.
Porventura não será uma exposição aturada, mas uma forma simples e que pretendemos de
fácil compreensão para todos aqueles que não dominam esta matéria.
Magnetismo é o ramo da Ciência que estuda os materiais magnéticos, ou seja, que estuda
materiais capazes de atrair ou repelir outros.
A primeira referência conhecida sobre uma substância capaz de atrair outras é a de Tales de
Mileto. Segundo ele os habitantes de Magnésia, uma região da Grécia, conheciam um material
com tal propriedade.
Mas esse fenômeno nunca despertou um grande interesse, até o século XIII, quando a bússola
passou a ser usada. Algumas pessoas tentaram explicar o magnetismo durante essa época,
mas só no século XIX, quando Oersted iniciou o Eletromagnetismo e Maxwell formulou leis que
descreviam esses fenômenos, que um estudo mais completo se iniciou.
O magnetismo está intimamente ligado ao movimento dos elétrons nos átomos, pois uma
carga em movimento gera um campo magnético. O número e a maneira como os elétrons
estão organizados nos átomos constituintes dos diversos materiais é que vai explicar o
comportamento das substâncias quando sobre influência de um campo magnético de uma
segunda substância.
Magnetismo e ímãs: O fenômeno do magnetismo foi descoberto pelos chineses por volta do
ano 2637 a.C. Os ímãs usados nas bússolas primitivas eram chamados de pedras-guias. Hoje
sabe-se que esse material nada mais era do que pedaços de um minério de ferro conhecido
como Magnetita. O magnetismo é um campo de força que atua em alguns materiais, mas não
em todos.
Os ímãs usados atualmente são todos fabricados. Eles são compostos por varias ligas
contendo elementos como o cobre, níquel, alumínio, ferro e cobalto e são muito mais fortes
que as pedras magnetitas naturais.
Campos magnéticos, fluxos e pólos: Todo ímã tem dois pontos opostos que atraem
prontamente pedaços de ferro. Esses pontos são chamados de pólos do ímã: o pólo Norte e o
pólo Sul. Exatamente da mesma forma que cargas elétricas iguais se repelem e cargas opostas
se atraem, os pólos magnéticos iguais se repelem, e pólos opostos se atraem.
Um ímã atrai um pedaço de ferro graças a alguma força que existe em torno do ímã. Essa
força é denominada Campo Magnético e se estende do ímã para todas as direções.
As linhas de força invisíveis que compõe o campo magnético são conhecidas como Fluxo
Magnético. As linhas de força sempre deixam o pólo norte (N) e chega ao pólo sul (S) do ímã.
Essa força pode ser evidenciada espalhando-se limalha de ferro sobre uma placa de vidro
colocada sobre um ímã em barra.
Se um ímã é quebrado ao meio, dois novos pólos são criados e o único ímã se torna dois ímãs.
Se quebrado em varias partes, cada uma delas torna-se um novo ímã com seus próprios pólos
norte e sul.
Fluxo magnético : O conjunto de todas as linhas do campo magnético que emergem do pólo
norte do ímã é chamado de fluxo magnético. Seu símbolo é a letra grega minúscula (fi).
Densidade de Fluxo Magnético B: É o fluxo magnético por unidade de área de uma secção
perpendicular ao sentido do fluxo. A equação para a densidade de fluxo magnético é:
No Sistema Internacional a unidade de B é webers por metro quadrado (Wb/m 2). Um weber
por metro quadrado é chamado de Tesla.
Exemplo: Qual a densidade de fluxo magnético, em Teslas , quando existe um fluxo de 600
Wb através de uma área de 0,0003 m2?
B = / A , então B = 6 x 10 –4 Wb / 3 x 10 –4 m2 = 2 T
F - Força Magnetomotriz, Ae
F = NI N - Número de Espiras.
I - Corrente Elétrica, A
NI
H
l para bobinas, NI - Força Magnetomotriz, Ae
L - Comprimento, m
Eletromagnetismo
Polaridade de uma bobina: Forma-se uma bobina de fio condutor quando há mais de um laço
ou espira. Para determinar a polaridade magnética da bobina, aplique a regra da mão direita.
Se segurarmos a bobina com os dedos da mão direita dobrada no sentido da corrente que flui
através da bobina, o polegar apontará para o pólo Norte da bobina. Colocando-se um núcleo
de ferro dentro da bobina, a densidade de fluxo aumentará. O dispositivo a seguir é conhecido
como Eletroímã.
Eletroímãs: Uma bobina de fio com uma corrente elétrica circulando através dela é um
eletroímã. Se uma barra de ferro ou de aço doce for colocada no campo magnético da bobina,
a barra ficará magnetizada tornando-se um ímã temporário.
1 – Quando as linhas de força são interceptadas por um condutor ou quando as linhas de força
interceptam um condutor, é induzida uma fem, ou uma tensão no condutor.
Vind N
t
N - Número de espiras
t - Velocidade com que o fluxo intercepta o condutor.
a) Número de espiras;
b) Intensidade de fluxo;
c) Velocidade de interseção.
Lei de Lenz
“O sentido da corrente induzida é tal que, por seus efeitos, opõe-se à causa que lhe deu
origem”.
Sistema Internacional de Unidades para Eletromagnetismo
Nome da
Símbolo Nome da grandeza Unidade Unidades base
unidade
I Corrente elétrica ampère A A = W/V = C/s
q Carga elétrica coulomb C A·s
Diferença de potencial ou
V Potencial elétrico
volt V J/C = kg·m2·s−3·A−1
Resistência elétrica,
R, Z, X Impedância, Reatância
ohm Ω V/A = kg·m2·s−3·A−2