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MAGNETISMO

Tópicos:
Conceito de Magnetismo
Definição de Substâncias Magnéticas
Classificação das Substâncias Magnéticas
MAGNETISMO
Objetivos:
Conceituar Magnetismo
Definir Substâncias Magnéticas
Classificar as Substâncias Magnéticas
MAGNETISMO

É uma propriedade que determinadas


substâncias possuem de atraírem ou
repelirem outras substâncias chamadas de
materiais magnéticos ou substâncias
magnéticas.

NOTA: Muitos referem-se ao Magnetismo como


“A MOLA MESTRA DA ELETRICIDADE”
SUBSTÂNCIAS MAGNÉTICAS

São substâncias que apresentam a propriedade de se


deixar influenciar pelo magnetismo.

Classificação
Ferromagnéticas
Paramagnéticas

Diamagnéticas
IMÃS
Tópicos:
Definição de imãs
Imãs naturais
Imãs artificiais (temporários e permanentes)
Magnetismo residual
Processos de imantação
Formato dos imãs
Cuidados com os imãs
TIPOS DE IMÃS

Objetivos:
Reconhecer os tipos de imãs
Reconhecer os processos de imantação
Reconhecer os formatos dos imãs
Citar os cuidados com os imãs
ÍMÃS

Qualquer substância que possua a capacidade


de atrair ou repelir substâncias magnéticas.

Podem ser:

Naturais

Artificiais: -Temporários e
- Permanentes.
MAGNETISMO RESIDUAL

É a pequena parte do magnetismo


retida pelos ímãs artificiais
temporários .
IMANTAÇÃO
Tornar um material que não apresenta
propriedades magnéticas em um íma
temporário ou permanente.

Processos de imantação :
Por atrito
Por eletromagnetismo
Por indução
Por atrito
Por eletromagnetismo

Pilha
Por Indução
FORMATO DOS ÍMÃS

Barra

Anel

Ferradura
- Cuidados com os ímãs

a) Evitar choques mecânicos

b) Evitar aquecimento excessivo

NOTA. Existem algumas teorias para explicar a existência


de magnetismo em algumas substâncias, entre elas estão
Teoria dos ímãs moleculares (Weber)

Teoria dos domínios magnéticos


CAMPO MAGNÉTICO

É todo espaço que circunda o imã


onde a força magnética age e
podem ser salientes ou
consequentes.
Pólos magnéticos (salientes)

São as extremidades do imã


onde a força atrativa é maior.
Os pólos magnéticos se
dividem em dois:
Pólo Norte

Pólo Sul

Obs.: Internamente acontece o contrário


Pólos Consequentes
São pólos que se formam nas
faces laterais de uma barra
imantada ou magnetizada.

Zona neutra
É a linha imaginária que
divide os pólos de um imã
onde a força magnética é
nula. Também é chamada de
linha do equador.
Espéctro Magnético
MAGNETISMO TERRESTRE

A terra apresenta propriedades magnéticas, o


Pólo Sul magnético se localiza próximo ao
Pólo Norte geográfico e o Pólo Norte
magnético se localiza próximo ao Pólo Sul
geográfico.
DECLINAÇÃO MAGNÉTICA

A diferença angular entre os pólos


magnéticos e geográficos da terra

BLINDAGEM MAGNÉTICA
É a reorientação das linhas de força,
feita por um material ferromagnético
BLINDAGEM MAGNÉTICA
LINHAS DE FORÇA
São linhas imaginárias usadas para
representar graficamente um campo
magnético:
São contínuas e sempre formam circuitos fechados;
Nunca se cruzam;
Circulam do norte para o sul externamente;
Circulam do sul para o norte internamente;
São elásticas e
Atravessam todos os materiais magnéticos ou não.

Obs.: Não existe isolante para o


magnetismo.
CIRCUITO MAGNÉTICO

É o caminho percorrido pelas


linhas de força. É o circuito
fechado, formado pelas linhas
de força do campo magnético.
CIRCUITO MAGNÉTICO
LEI DAS FORÇAS MAGNÉTICAS

É a força que existe entre dois imãs


que faz com que eles se atraiam ou se
afastem.
PÓLOS IGUAIS SE REPELEM.

PÓLOS DIFERENTES SE ATRAEM.


Segunda lei ou lei de Coulomb

A força exercida entre dois pólos


magnéticos é diretamente proporcional
ao produto de suas intensidades e
inversamente ao quadrado da distância
que os separa, e pode ser de atração ou
repulsão .
F=M1 x M2

GRANDEZAS MAGNÉTICAS
FUNDAMENTAIS
Força magnetomotriz
Fluxo magnético
Relutância
Lei de Rowland
Intensidade magnética
Densidade magnética
Permeabilidade
Permeância
Relutividade
CÁLCULOS DE GRANDEZAS
1-Sabendo-se que a relutância de um
circuito que está desenvolvendo um
fluxo magnético de 5 weber é de
20Amp/Weber. Qual a força
magnetomotriz ?
2-A permeância de um circuito
que desenvolve um fluxo de 5
Weber é de 0,05 Weber/Ampér.
Qual o valor da força
magnetomotriz?
3-Calcule a relutância de
uma substância que está
desenvolvendo um fluxo de 30
weber com uma FMM DE 6
ampér.
4-Um circuito magnético possui uma força
magnetomotriz de 60 Ampér/espira ,
permeância de128 Weber/Ampér ,
Relutância 5 Ampér/weber e uma área de
5 x 10-3 m 2 .Determine a sua densidade
magnética.

5-Uma bobina com 1,2 x 103 espiras , 2 x 10-3


m é percorrida por uma corrente de 20000 x
10-4A .Sendo a permeabilidade do material
que a compõe de 2,75Wweber /metro ,
determine sua relutividade.
6-Com uma relutividade igual a 234
Ampér.metro/Weber, corrente3,4 ampér e
comprimento igual a 0,7 metros, qual a
permeabilidade do circuito?
7-QUA A DENSIDADE DE FLUXO EM
TESLAS QUANDO EXISTE UM
FLUXO DE 600 Wb ATRAVÉS DE
UMA ÁREA DE 0,0003 M 2 ?
8-A INTENSIDADE DE CAMPO DE
UMA BOBINA É DE 1200Ae/m. QUAL
SERÁ A SUA INTENSIDADE DE
CAMPO SE FOR ESTICADA AO
DOBRO DO SEU TAMANHO
PERMANECENDO A MESMA FORÇA
MAGNETOMOTRIZ?
9-UMA BOBINA TEM UMA FMM DE
6
500Ae E UMA RELUTÂNCIA DE 2X 10
Ae/Wb. CALCULE O FLUXO TOTAL.
FIM
ELETROMAGNETISMO
É o estudo do magnetismo quando
produzido pelo fluxo de corrente
elétrica ou da eletricidade quando
produzida pelo magnetismo.
OBS.:- O fluxo de corrente elétrica SEMPRE
produzirá alguma forma de magnetismo.
- O magnetismo é o meio mais usado para a
produção e utilização de eletricidade.
- O comportamento da eletricidade sob certas
condições é causado por influências
magnéticas.
EXPERIÊNCIA DE OERSTED
RELAÇÃO ENTRE CAMPO
MAGNÉTICO E CORRENTE
ELÉTRICA
a) Campo magnético em um condutor:
Sentido do campo magnético em um
condutor (Lei de Fleming)
EFEITO DA FORÇA
RESULTANTE ENTRE
CONDUTORES PARALELOS
ENERGIZADOS (Leis de Maxwell)
Corrente no mesmo sentido
CORRENTE NO SENTIDO OPOSTO
FUNCIONAMENTO E
APLICAÇÃO DE SOLENÓIDES E
ELETROÍMÃS
Solenóides:
É um dispositivo elétrico constituído por um
condutor em forma de espiral em torno de
um núcleo de ar, ou seja, sem núcleo, é
apenas a bobina energizada.
PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO

Ao circular uma corrente elétrica pela


solenóide, ocorrerá a interação do campo
magnético de cada espira formando um
campo magnético similar ao de uma barra
REGRA DA MÃO ESQUERDA
PARA BOBINAS
DETERMINAÇÃO DOS
AMPÈRES-ESPIRAS DE UM
SOLENÓIDE

F=NxI onde: F = força magnetomotriz;


N = número de espiras;
I = corrente elétrica.
FUNCIONAMENTO DOS
ELETROÍMÃS
CONSTITUIÇÃO FÍSICA
PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO

Aplicações
CURVAS DE MAGNETIZAÇÃO
São recursos gráficos usados
para exprimir a relação entre o
densidade magnética e a força
magnetizante.

Relação entre fluxo magnético e


força magnetomotriz
A capacidade de imantação de um
material magnético nos é mostrada
através do traçado das chamadas
curvas de magnetização
CURVAS DE MAGNETIZAÇÃO
HISTERESE

Retentividade
É a capacidade de uma substância
manter seu magnetismo depois de
removida a força magnetizante.
Saturação magnética
É o ponto atingido pelo material a ser
magnetizado onde, apesar do aumento da
força magnetomotriz, não há aumento
considerável do fluxo magnético.
FORÇA COERCITIVA

É a força magnetizante necessária para


reduzir o magnetismo residual a zero.

HISTERESE

É uma propriedade apresentada


pela substância magnética que
provoca o atraso da magnetização
em relação a força que a produz.
CURVA DE HISTERESE

É a curva que exprime um ciclo


completo de magnetização e fornece a
medida da perda de energia por
histerese.
A intensidade do campo magnético, H, atua sobre o
material como força imantadora, na indução
magnética. À medida que um material
ferromagnético é sujeito a uma força imantadora
cada vez maior, a densidade do fluxo, B, aumenta
até que o material fica saturado (veja a curva ab na
ilustração abaixo). Se a força imantadora for então
reduzida a zero, a imantação não retorna ao zero,
mas fica atrasada em relação à força imantadora,
segmento bc. O retardamento da imantação atrás
da força imantadora é conhecido como histerese.
Quanto maior o retardamento, maior o magnetismo
residual conservado pelo material, ordenada Oc. O
é a origem dos eixos.
A densidade do fluxo, e portanto a imantação, só
pode ser reduzida a zero invertendo-se o campo
magnético e aumentando a força imantadora no
sentido oposto, segmento cd. A força imantadora
inversa, se suficientemente aumentada, faz com que
o material torne a atingir a saturação, mas com os
seus pólos invertidos, segmento de. Reduzindo a
força imantadora a zero e então elevando-a no
sentido original, novamente, só se faz completar o
segmento efb. Este processo pode ser repetido e a
imantação do material acompanha o arco fechado
bcdefb, uma curva chamada curva de histerese.
CONSEQUÊNCIA DA HISTERESE

A principal consequência do fenômeno da


histerese, é o aquecimento dos diversos
equipamentos que utilizam o fenômeno do
magnetismo como princípio de funcionamento.
Este aquecimento é devido a fricção molecular
que ocorre no momento da aplicação da força
coercitiva, principalmente em equipamentos de
corrente alternada como transformadores.
Então os seus núcleos deverão possuir um
material de alta permeabilidade, para atenuar
essas perdas.
FIM
INDUÇÃO
ELETROMAGNÉTICA, AUTO-
INDUÇÃO E INDUÇÃO
MÚTUA
LEI DE FARADAY

“Sempre que houver um movimento


relativo entre um condutor e um campo
magnético, será induzida no condutor uma
FEM.”

OBS.: Para o condutor estará sempre


havendo uma variação de fluxo, condição
para que se produza FEM induzida
(movimento relativo).
FORÇA ELETROMOTRIZ
INDUZIDA
É a força resultante da variação do
campo magnético que corta um
condutor
A FEM depende:
- de um condutor; Obs. Ao fenômeno
mencionado, dá-se o
- de um campo magnético; nome de Indução
Eletromagnética
- do movimento relativo
entre eles.
EXPRESSÃO MATEMÁTICA

Obs.: O valor da tensão induzida em um condutor


submetido a um campo magnético variável e
proporcional a rapidez com que o fluxo varia.
I
E  E = FEM induzida;
t  I = variação de corrente
 t = variação de tempo

E= - E= FEM induzida


I = variação de corrente
t
t = variação de corrente
 = variação de fluxo magnético, em WEBER
Expressão matemática p/ geradores
LEI DE LENZ

“A fem induzida em qualquer circuito, é de


polaridade tal que se opõe ao efeito que a
produziu.”
SENTIDO DA FEM INDUZIDA ( regra de Fleming)
INDUTÂNCIA

É a característica de um
circuito ou de um condutor de
se opor à variação do fluxo de
corrente

Símbolo - L

Unidade - Henry
Indutor
São corpos que apresentam as
propriedades da indutância de maneira
bastante acentuada.

OBS.: Um indutor apresenta a indutância de 1


henry se uma FEM de 1 volt é induzida
quando circula pelo mesmo uma corrente de 1
ampér por segundo.
INDUTÂNCIA EQUIVALENTE
Se os indutores forem dispostos
suficientemente afastados uns dos
outros de modo que não interajam
eletromagneticamente entre si, ou
seja, não tenham acoplamento
magnético, os seus valores podem ser
associados exatamente como se
associam resistores.
TIPOS DE ASSOCIAÇÕES

Associação série:
Se um certo número de
indutores for ligado em série, a
indutância total (Lt), será a
soma das indutâncias
individuais.
Características da associação série:
Associação paralela:
Se um certo número de
indutores for ligado em
paralelo, a indutância total será
determinada da seguinte forma
1 1 1 1
   ... 
LT L1 L 2 Ln
Características da associação paralela:

Associação mista:
AUTO-INDUÇÃO
É o fenômeno por meio do qual uma
variação de intensidade de corrente que
circula em um condutor, induz no mesmo
uma FEM de sentido tal que se opõe a
variação.
É o nome pelo qual denominamos a força
eletromotriz induzida, produzida pela
variação do campo magnético criado pela
corrente que circula em um condutor.
Obs.: 1 Este tipo de força eletromotriz
induzida, cria uma oposição ao
estabelecimento da corrente elétrica no
circuito.

Obs.: 2 O fenômeno da auto-indução se faz


presente nos circuitos de CC no momento de
fechamento e abertura do mesmo. Ele é mais
observado nos circuitos de CA por causa da
variação provocada pela frequência.
AUTO-INDUTÂNCIA

É a capacidade de um circuito de produzir


uma FEM por auto-indução, quando por ele
circula uma corrente elétrica.
INDUÇÃO MÚTUA
É a capacidade de um circuito produzir uma
FEM por indução em um circuito vizinho,
quando a corrente que circula pelo primeiro
varia de intensidade.
Sempre que dois condutores estiverem
próximos e isolados um do outro, haverá o
aparecimento de uma tensão induzida em
um deles, sempre que a corrente que passa
pelo outro variar, neste princípio é
baseado o funcionamento dos
transformadores.
FÓRMULA

M=K. L1 L2
onde: M = indução mútua em henry
K = coeficiente de acoplamento, ou
seja, se todas as linhas de força de
uma bobina envolve a outra, teremos
coeficiente 1 (um) de acoplamento,
que é o máximo que se pode
conseguir.
L1 e L2- indutância equivalente de
cada um.
FATORES QUE INFLUENCIAM A INDUTÂNCIA
MÚTUA
a) Dimensões físicas das bobinas;
b) Número de espiras das bobinas;
c) Distância entre as bobinas;
d) Posição relativa do eixo das bobinas;
e) Permeabilidade do material do núcleo.
APLICAÇÃO

FUNCIONAMENTO DE
UMA BOBINA DE
INDUÇÃO
FIM
TRANSFORMADORES

É um dispositivo elétrico, sem partes móveis, que


transfere energia de um circuito a outro,
baseado na Lei de Faraday, pela indução
eletromagnética, mais específicamente pela
indução mútua. A energia é sempre transferida
sem alteração de freqüência, porém,
normalmente com mudança no valor da tensão e
da corrente.
DIAGRAMA ESQUEMÁTICO
COMPONETES FÍSICOS

Enrolamento primário

Enrolamento secundário

Núcleo
CARACTERÍSTICAS DOS NÚCLEOS
Como o núcleo é um material condutor uma
vez que é feito de aço, é natural que nele seja
induzido uma corrente que não teria
utilidades, porém, afetaria muito o
funcionamento dos transformadores. Pois,
de acordo com a Lei de “Lenz cria um
campo magnético de sentido oposto a FEM
induzida. Ao laminar o núcleo, esta corrente
vulgarmente denominada de parasitas por
não apresentar benefício. foi drasticamente
reduzida, pois, teve sua continuidade
cortada, limitando-se assim sua área de
ação.
Material empregado na construção
do núcleo
Espessura das lâminas empregadas
na construção dos núcleos
Material empregado no isolamento
das lâminas
Finalidade dos núcleos serem
laminados
Formato das lâminas que
constituem o núcleo
FORMATO DAS LÂMINAS DOS NÚCLEOS
MONTAGEM
MOLDE DAS BOBINAS
FORMATO DOS NÚCLEOS

Núcleo envolvente

Núcleo envolvido
FIM

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