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Física
AULA 16
Magnetismo I.
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CURSO INTENSIVO 2023
Sumário
1 - CONSIDERAÇÕES INICIAIS 2
2 - MAGNETISMO 2
2.1 – O campo magnético terrestre 3
2.2 - O campo magnético 7
2.3 - A experiência de Oersted 10
2.3.1 - Regra da mão direita (RMD) 14
2.4 - A lei de Briot-Savart-Laplace 15
2.4.1 - Indução magnética no centro de uma espira circular 19
2.4.2 - Indução magnética devido a um solenoide e toroide 23
3 - INTERAÇÃO MAGNÉTICA 28
3.1 - Módulo da força magnética 29
3.2 - Orientação da força magnética 30
3.3 - As propriedades da força magnética sobre uma partícula 33
3.4 - O movimento das partículas com carga em um campo magnético homogêneo 34
3.4.1 - Retilínea 34
3.4.2 - Circunferencial 37
3.4.3 - Helicoidal 42
5 - LISTA DE QUESTÕES 48
5.1 Já caiu nos principais vestibulares 48
AULA 16 – MAGNETISMO I. 1
CURSO INTENSIVO 2023
1 - Considerações iniciais
Nesta aula de número 16, serão abordados os seguintes tópicos do seu edital:
2 - Magnetismo
Chamamos de magnetismo a propriedade que certos minérios de ferro, cobalto e níquel, possuem
para atrair alguns corpos como fragmentos de ferro, por exemplo. O primeiro material com propriedades
magnéticas observadas pelo homem na natureza foi a magnetita, Fe3 O4 , que possui o magnetismo em
forma natural.
AULA 16 – MAGNETISMO I. 2
CURSO INTENSIVO 2023
Quando suspendemos um ímã de barra pelo seu centro de gravidade com um fio, de tal maneira
que ele pode girar livremente por esse ponto, observa-se que a barra sempre se orienta em uma mesma
direção.
Essa propriedade mostra a existência do campo magnético terrestre. Além disso, podemos
construir as bússolas, instrumentos formados por uma agulha magnética, que são capazes de orientar o
homem geograficamente.
O fato de a agulha magnética apontar para o polo norte geográfico é porque no polo norte
geográfico existe um polo sul magnético. Consequentemente, no polo sul geográfico existe um polo
norte magnético. Vale lembrar que os polos geográficos e os polos magnéticos da Terra não estão
exatamente no mesmo local, como ilustrado abaixo.
AULA 16 – MAGNETISMO I. 3
CURSO INTENSIVO 2023
Figura 16.4: Representação simplificada do campo magnético terrestre. O polo sul magnético terrestre está próximo do polo norte
geográfico. Assim, o polo norte magnético terrestre está próximo do polo sul geográfico.
(2021/INÉDITA)
Algumas aves possuem uma bússola biológica que as auxilia na orientação do campo magnético
terrestre e que, em determinada época do ano, migram para outro hemisfério da Terra. Considere
que a bússola biológica seja idêntica a uma bússola comum. Dessa forma, para conseguir se orientar
e saber qual a direção de seu voo, uma agulha imantada teria seu polo Norte apontando para
a) O Norte magnético Terrestre, que se encontra no Sul geográfico.
b) O Norte magnético Terrestre, que se encontra próximo Norte geográfico.
c) O Sul magnético Terrestre, que se encontra próximo ao Sul geográfico.
d) O Sul magnético Terrestre, que se encontra no Norte geográfico.
e) O Sul magnético Terrestre, que se encontra próximo ao Norte geográfico.
Comentários
A Terra se comporta como um grande ímã, tendo seu polo Norte magnético situado próximo ao
polo Sul geográfico e seu polo Sul magnético situado próximo ao Norte geográfico.
AULA 16 – MAGNETISMO I. 4
CURSO INTENSIVO 2023
Polos magnéticos opostos se atraem. Assim, o polo Norte da agulha de uma bússola sempre irá
apontar na direção do polo Sul de um ímã, que, no caso da Terra, fica próximo ao polo Norte geográfico,
não coincidente.
Gabarito: “e”.
Outra propriedade dos ímãs consiste na inseparabilidade dos polos magnéticos. Quando
dividimos um ímã ao meio, produzimos outros dois ímãs com seus respectivos polos Norte e Sul, como na
figura abaixo.
Dessa forma, é impossível obter um ímã com somente um polo magnético, semelhante a um corpo
carregado com uma carga um único sinal. Além disso, ao manusear dos ímãs de polos magnéticos bem
conhecidos, facilmente você observará que polos magnéticos de mesmo nome se repelem e de nomes
diferentes se atraem.
AULA 16 – MAGNETISMO I. 5
CURSO INTENSIVO 2023
(2019/INÉDITA)
Assinale a alternativa falsa, em relação ao campo magnético da terra.
a) Não é uniforme.
b) O eixo norte-sul geográfico está próximo ao eixo sul-norte magnético.
c) Perto dos polos magnéticos os fenômenos magnéticos, na atmosfera, são mais intensos.
d) As linhas de indução saem do norte geográfico e ingressam no sul geográfico terrestre.
e) O extremo norte da agulha magnética de uma bússola se orienta ao polo sul magnético terrestre.
Comentários
a) Correto. Assim como a superfície da terra não corresponde a uma esfera uniforme, as diferenças
de relevo e de densidade dos pontos da terra resultam num campo magnético não uniforme.
c) Correto. Perto dos polos, as linhas de campo são mais densas e, portanto, os fenômenos nessa
região são mais intensos.
d) Incorreto. As linhas de indução saem do sul geográfico (norte magnético) e ingressam no norte
geográfico (sul magnético).
e) Correto. As linhas de campo vão em direção ao polo sul magnético, portanto a agulha da bússola
fica orientada nessa direção.
Gabarito: “d”.
(2020/INÉDITA)
A direção de orientação de um ímã coincide, aproximadamente, com as orientações norte e sul da
Terra. Por isso, os polos de um ímã são chamados de polo Norte e polo sul.
AULA 16 – MAGNETISMO I. 6
CURSO INTENSIVO 2023
Comentários
a) Incorreta. Assim como a superfície da terra não corresponde a uma esfera uniforme, as
diferenças de relevo e de densidade dos pontos da terra resultam num campo magnético não uniforme.
b) Incorreta. Quando dividimos um ímã ao meio, produzimos outros dois ímãs com seus
respectivos polos.
d) Correta. O fato de a agulha magnética apontar para o polo norte geográfico é porque no polo
norte geográfico existe um polo sul magnético. Consequentemente, no polo sul geográfico existe um polo
norte magnético.
e) Incorreta. As linhas de indução saem do sul geográfico (norte magnético) e ingressam no norte
geográfico (sul magnético).
Gabarito: “d”.
Neste momento, iremos apenas definir a direção e o sentido de 𝐵⃗ . Para definir as linhas de força
é necessário utilizar um elemento sensível ao campo. No caso do campo elétrico, a partícula de prova era
carregada positivamente e para o caso do campo magnético deve ser usado uma agulha magnética.
AULA 16 – MAGNETISMO I. 7
CURSO INTENSIVO 2023
O sentido das linhas de força é determinado pela direção estabelecida pelo polo norte da agulha
magnética. Por isso, observa-se que as linhas de indução magnética saem do polo norte e entram no polo
sul.
É importantíssimo destacarmos que as linhas de indução magnética nunca se cruzam. Caso isso
⃗ teria duas orientações possíveis, gerando um absurdo.
acontecesse, o vetor 𝐵
Figura 16.9: As linhas de força nunca se cruzam. Se elas se cruzassem, geraria um absurdo.
Lembre-se que essa propriedade também existe com relação às linhas de força de um campo
elétrico. Saiba também que ao representarmos um conjunto de linhas de indução, a região onde a
concentração de linhas (densidade de linhas) é mais intensa é onde o campo magnético é mais intenso.
Tal fato ocorre nas proximidades dos polos do ímã.
Um campo magnético que possui vetor indução magnética de mesma intensidade em todos os
pontos, a mesma direção e o mesmo sentido é denominado campo magnético uniforme. Para atender a
essas restrições, as linhas de indução de um campo magnético uniforme são retas, paralelas, igualmente
orientadas e igualmente espaçadas. Podemos ter uma boa aproximação de um campo magnético
uniforme na região entre duas faces polares norte e sul próximas, como na figura abaixo.
AULA 16 – MAGNETISMO I. 8
CURSO INTENSIVO 2023
Figura 16.11: Ao inserir um ímã com as polaridades dispostas como na imagem, as forças magnéticas nos polos do ímã levarão a um
equilíbrio estável, quando ele está submetido a um campo magnético homogêneo.
Em Magnetismo, é comum usarmos a notação de flecha. Essa escrita consiste em uma bolinha com
um ponto, como a vista frontal da ponta de uma flecha, para representar o vetor saindo do plano da folha
e uma bolinha com uma “cruzinha”, como a vista da traseira de uma flecha, para representar o vetor
entrando no plano do papel.
(2019/INÉDITA)
Acerca dos ímãs e das interações magnéticas, é incorreto afirmar que
a) Um ímã faz com que limalhas de ferro sejam aderidas predominantemente nas regiões próximas
às suas extremidades.
b) Quando um ímã sofre um corte transversal, cada uma das novas partes forma novos ímãs, cada
um com dois polos.
c) Quando um ímã sofre um corte transversal, os polos são separados e o ímã é desfeito.
AULA 16 – MAGNETISMO I. 9
CURSO INTENSIVO 2023
a) Correto. As regiões das extremidades do imã possuem linhas de campo magnético mais
concentrado provocando forças mais intensas enquanto as regiões centrais do imã contêm as linhas mais
esparsas, assim a tendência é a limalha de ferro ir ocupando lugares próximos às extremidades dos polos
acompanhando as linhas magnéticas.
b) Correto. Cada divisão de um imã gera novos imãs contendo os dois polos sul e norte, até o limite
da menor partícula que ainda terá dois polos.
c) Incorreto. Os polos não são separados, na verdade dois novos ímãs são formados, cada qual
com seus dois polos.
e) Correto. As linhas do campo magnético de um ímã saem do polo norte e entram no seu polo
sul.
Gabarito: “c”.
Figura 16.13: Deflexão da bússola para oeste ao fechar a chave do circuito, quando o fio de arame está em cima da bússola.
Em seguida, colocou este arame debaixo da bússola e observou que a agulha também se desviava,
mas agora para leste.
AULA 16 – MAGNETISMO I. 10
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Figura 16.14: Deflexão da bússola para leste ao fechar a chave do circuito, quando o fio de arame está abaixo da bússola.
A partir desses resultados, Oersted conclui que a agulha imantada da bússola só poderia se mover
pois ela sofreu ação de uma força magnética, e que a corrente elétrica no arame foi quem gerou esta
força. Em outras palavras, Oersted deduziu que a corrente elétrica produziu o efeito magnético.
Consequentemente, o efeito magnético da corrente elétrica não estava apenas confinado no interior do
arame, mas em todo espaço ao redor do fio, onde estava inserida a agulha.
Ampere fez passar uma corrente por uma bobina (solenoide), que é um conjunto de espiras
circulares com um eixo comum, e percebeu que o campo magnético estabelecido na bobina era
semelhante ao de um ímã de barra.
Figura 16.15: Se aproximarmos limalhas de ferro em um solenoide, elas terão forma semelhante ao aproximá-las de um ímã de barra,
pois os campos magnéticos são semelhantes.
AULA 16 – MAGNETISMO I. 11
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Figura 16.16: Quando a carga elétrica está em repouso, temos apenas um campo elétrico associado a ela. Entretanto, quando a carga
está em movimento, se associa um campo elétrico e um campo magnético.
Assim, podemos dizer que para um condutor atravessado por uma corrente, o campo elétrico que
há em torno dele é consequência do movimento orientado dos elétrons livres.
Figura 16.17: Representação do campo magnético e da movimentação orientada dos elétrons livres no condutor. Lembrando que a
corrente elétrica tem sentido convencional oposto ao movimento ordenado dos elétrons.
A partir de agora, vamos representar o campo magnético que há em torno de um condutor sendo
atravessado por uma corrente utilizando as linhas de indução magnética.
Figura 16.18: Regra da mão direita para determinar a indução magnética, de acordo com as linhas de força. No caso da figura, a
corrente está para cima.
AULA 16 – MAGNETISMO I. 12
CURSO INTENSIVO 2023
De acordo com a orientação das agulhas magnéticas ao redor do fio, foi possível criar uma regra
prática para determinar o sentido das linhas de indução, redobre a atenção no próximo tópico. Antes
disso, vamos praticar:
(2019/INÉDITA)
O físico dinamarquês Hans Oersted percebeu que uma agulha magnética mudava a sua direção
quando próxima de uma corrente elétrica. Dessa forma, concluiu que se a corrente elétrica é capaz
de desviar um corpo com propriedades magnéticas, então ela gera no espaço ao seu redor um
campo magnético.
O campo magnético originado por um ímã deve-se a correntes elétricas microscópicas determinadas
pelos movimentos dos elétrons no interior de seus átomos.
Um ímã foi dividido em duas partes, como na ilustração abaixo:
Quando um ímã é dividido transversalmente em duas partes, formam-se dois novos ímãs.
Portanto, a extremidade A é um polo norte, e a extremidade B, um polo sul. Dessa forma, Aproximando-
se A do polo norte de outro ímã, constata-se repulsão.
a) Incorreta. A extremidade A é um polo norte, ao ser aproximada do polo Norte de outro ímã,
ocorre a repulsão.
b) Correta. A extremidade A é um polo norte, ao ser aproximada do polo Norte de outro ímã,
ocorre a repulsão.
d) Incorreta. A extremidade B de II, polo Sul, se volta para o norte magnético, que é,
aproximadamente, o sul geográfico.
AULA 16 – MAGNETISMO I. 13
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Gabarito: “b”
AULA 16 – MAGNETISMO I. 14
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O polegar da mão direita tem que estar orientado no sentido da corrente e os outros 4 dedos devem
envolver o condutor. A forma como os quatro dedos envolvem o condutor representa o sentido das
linhas de indução magnética.
Tenha em mente que as linhas de indução sempre envolvem o condutor seja reto seja curvo, como
veremos logo adiante em espira circular percorrida por corrente.
Figura 16.20: O campo dessa espira é chamado campo dipolar magnético, pois se assemelha também ao de um ímã de barra.
Embora a regra da mão direita (RMD) tenha sido aplicada sabendo o sentido da corrente elétrica
e, com isso, determinamos o sentido das linhas de indução, podemos estabelecer o sentido da corrente
elétrica a partir das linhas de indução.
Como vimos, quando um condutor é percorrido por uma corrente elétrica, temos um campo
magnético na região do fio. Este efeito magnético pode ser apresentar de forma mais intensa ou mais
amena para diferentes posições próximas ao fio.
AULA 16 – MAGNETISMO I. 15
CURSO INTENSIVO 2023
Por exemplo, quando pegamos um plano que contenha as linhas de indução em destaque na figura
logo acima, vemos que:
𝐵𝑀 = 𝐵𝑃 e 𝐵𝑃 < 𝐵𝑆
Dos experimentos com corrente elétrica em espiras formadas por fios condutores, foi concluído
que quanto maior a intensidade da corrente 𝐼, maior era o efeito magnético sobre a espira. Além disso,
em pontos mais distantes do condutor, menor era o efeito magnético. Por fim, quanto maior o
comprimento do condutor, maior era o efeito magnético.
Para um condutor reto finito, encontramos a seguinte relação para o módulo da indução
magnética em 𝐴:
AULA 16 – MAGNETISMO I. 16
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Nessa relação, o campo magnético 𝐵𝐴 , deve ser encontrado em Tesla [𝑇] caso a corrente 𝑖 é seja
adotada em ampere (A), a distância do ponto A até o condutor, 𝑟, dada em metro (m), e a permeabilidade
magnética do vácuo, 𝜇0 , 4𝜋 ⋅ 10−7 𝑇 ⋅ 𝑚/𝐴. Como podemos ver, a intensidade de 𝐵 ⃗ é inversamente
proporcional a distância 𝑟.
Observe que pela regra da mão direita, se a corrente está entrando no plano da folha, as linhas de
campo possuem sentido horário. Por outro lado, se a corrente está saindo do plano da folha, então as
linhas de campo possuem sentido anti-horário, como na figura abaixo:
Figura 16.24: Sentido das linhas de campo de acordo com o sentido da corrente elétrica.
AULA 16 – MAGNETISMO I. 17
CURSO INTENSIVO 2023
Obviamente, não precisamos decorar este resultado, basta apenas aplicar a regra da mão direita
envolvente. Mostramos este resultado apenas para salientar a relação da corrente com as linhas de
campo.
(2020/LUCAS COSTA)
Um condutor elétrico reto e finito, quando atravessado por uma corrente elétrica 𝑖 induz a formação
de linhas de indução magnética ao seu redor, sendo a intensidade dessa indução proporcional a
corrente elétrica 𝑖, e inversamente proporcional à distância até seu centro 𝑟. Nessa relação, também
aparece a permeabilidade magnética do vácuo, 𝜇0 , cuja dimensão é o
a) 𝑇/𝐴 b) 𝑇 ⋅ 𝑚 c) 𝑇/𝐴 d) 𝑇 ⋅ 𝐴/𝑚2 e) 𝑇 ⋅ 𝑚/𝐴
Comentários
𝜇0 ⋅ 𝑖 𝐵𝐴 ⋅ 2𝜋 ⋅ 𝑟
𝐵𝐴 = ⇒ 𝜇0 =
2𝜋 ⋅ 𝑟 𝑖
Gabarito: “e”.
(2020/LUCAS COSTA)
A figura a seguir mostra três fios condutores cilíndricos, paralelos entre si, retos, longos,
perpendiculares ao plano do papel e atravessados por uma corrente de intensidade 𝑖. Assinale a
alternativa que descreve o módulo e o sentido campo magnético resultante gerado pelos fios no
ponto P, localizado no centro do quadrado.
𝜇0 ⋅𝑖 𝜇0 ⋅𝑖 𝜇0 ⋅𝑖
a) , para baixo b) , para cima c) , para cima
2⋅𝜋⋅𝐿 2⋅𝜋⋅𝐿⋅√2 2𝜋⋅𝐿
𝜇0 ⋅𝑖 𝜇0 ⋅𝑖
d) , para cima e) , para baixo
𝜋⋅𝐿 𝜋⋅𝐿⋅√2
AULA 16 – MAGNETISMO I. 18
CURSO INTENSIVO 2023
Comentários
Identificando os fios como A, B e C, podemos perceber, pela regra da mão direita envolvente, que
os campos magnéticos gerados pelos fios A e B se cancelam no eixo horizontal:
O fio C está a uma distância L do ponto P. Pela regra da mão direita, demos que o campo magnético
gerado gira no sentido horário, logo, tem direção pra cima no ponto P. Logo, o campo gerado no ponto P
𝜇0 ⋅𝑖
tem módulo , é vertical e para cima
2𝜋⋅𝐿
Gabarito: “c”.
AULA 16 – MAGNETISMO I. 19
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Para aplicações futuras, tenha em mente que uma espira com corrente tem um norte e um sul
⃗ no centro da espira:
magnético. Aplicando a RMD, podemos determinar a orientação do vetor 𝐵
Figura 16.26: Indução magnética no centro da espira circular de acordo com a RMD.
Figura 16.27: Vetor indução magnética para um condutor em formato de um arco de circunferência.
AULA 16 – MAGNETISMO I. 20
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(2019/QUESTÃO)
Um condutor muito longo tem o formato conforme indica a figura abaixo, determine o módulo da
indução magnética em 𝑂.
Comentários
Para resolver este problema, vamos dividir o condutor em 3 partes e determinar a indução no
ponto 𝑂 devido a cada parte.
Cada condutor estabelece em 𝑂 uma certa indução magnética e o vetor resultante é dado pela
soma vetorial:
⃗𝑂 =𝐵
𝐵 ⃗1+𝐵
⃗2+𝐵
⃗3
Note que para os condutores 1 e 3, o ponto 𝑂 está situado no prolongamento dos fios. Pela lei de
B.S.L. a indução magnética gerada pelos fios na direção dos seus prolongamentos deve ser nula, já que o
ângulo formado entre 𝑑𝑙 e 𝑟 ser igual a zero. Então:
⃗1 = 𝐵
𝐵 ⃗ 3 = ⃗0
AULA 16 – MAGNETISMO I. 21
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𝐵𝑂 = 𝐵2
𝜇0 ⋅ 𝐼 𝜋 𝜇0 ⋅ 𝐼
𝐵2 = ( ) ⇒ 𝐵𝑂 = 𝐵2 =
2 ⋅ 𝑟 2𝜋 4⋅𝑟
⃗ 2, que é o mesmo de 𝐵
O sentido de 𝐵 ⃗ 𝑂 é dado pela RMD.
𝝁𝟎 ⋅𝑰
Gabarito: 𝑩𝑶 = 𝑩𝟐 = .
𝟒⋅𝒓
⃗ ) no
De acordo com a Lei de Briot-Savart-Laplace podemos demonstrar que a indução magnética (𝐵
prolongamento do condutor é nula.
𝐵𝐽 = 𝐵𝑀 = 0
Uma forma de intensificar o campo magnético associado a uma espira com corrente é colocar mais
espiras de mesmo raio e percorridas pela mesma intensidade de corrente.
Figura 16.28: Campo magnético sendo intensificado devido à associação de N espiras circulares iguais.
AULA 16 – MAGNETISMO I. 22
CURSO INTENSIVO 2023
Neste caso, a bobina é formada por 𝑁 voltas. Quando passamos uma corrente pelo condutor, se
estabelece um campo magnético semelhante ao de um ímã de barra. Por isso, dizemos que o solenoide
com corrente é um dipolo magnético.
AULA 16 – MAGNETISMO I. 23
CURSO INTENSIVO 2023
𝑁
𝐵𝐴 = 𝜇0 ⋅ 𝑖 ⋅ ( )
𝐿
Como o campo é considerado uniforme no interior do solenoide, temos que:
𝑁
𝐵𝐴 = 𝐵𝐽 = 𝐵𝐷 = 𝜇0 ⋅ 𝑖 ⋅ ( )
𝐿
𝑁
Chamamos o termo 𝐿 de número de espiras por unidade de comprimento e denotamos pela letra
𝑛. Se o arame possui diâmetro igual a 2𝑟, então os 𝑁 enrolamentos ao longo do comprimento 𝐿, definem
que:
𝑁 1
𝐿 = 𝑁 ⋅ 2𝑟 ⇒ = =𝑛
𝐿 2𝑟
Logo, o módulo da indução magnética no interior do solenoide pode ser escrito como:
Indução magnética no
𝐵𝐴 = 𝜇0 ⋅ 𝑛 ⋅ 𝑖
interior do solenoide
Utilizando limalhas de ferro, podemos ver que o campo em um solenoide se distribui da seguinte
forma:
Figura 16.32: Ao colocar limalha de ferro em um solenoide com corrente, temos a seguinte disposição das limalhas.
AULA 16 – MAGNETISMO I. 24
CURSO INTENSIVO 2023
Figura 16.33: Regra da mão direita para determinação das linhas de indução em um solenoide.
Quando as espiras do solenoide se encontram muito afastadas, as linhas de campo são dadas por:
Figura 16.34: Linhas de indução em um solenoide que possuem enrolamentos não tão próximos.
AULA 16 – MAGNETISMO I. 25
CURSO INTENSIVO 2023
Figura 16.35: Solenoide com enrolamentos muito próximos, o campo fora dele é praticamente nulo.
Quando dobramos um tubo de secção transversal circular aos poucos e juntamos seus extremos,
se forma um toroide. Dessa forma, se enrolarmos um fio condutor envolta do tubo toroidal, formamos
uma bobina denominada toroide.
Em que:
𝐿𝑚 = 2𝜋𝑅𝑚
AULA 16 – MAGNETISMO I. 26
CURSO INTENSIVO 2023
Chamamos 𝑅𝑚 de raio médio. Uma propriedade muito importante de uma bobina toroidal com
corrente está no fato do campo magnético associado a ela se encontrar confinado no interior do toroide,
além do módulo da indução em todos os pontos ser praticamente o mesmo.
𝑅1 + 𝑅2
𝑅𝑀 =
2
(2019/QUESTÃO)
Um condutor muito longo é dobrado como na figura abaixo. Determine a intensidade da indução
magnética em 𝐴.
Comentários
Vamos dividir o condutor em dois fios condutores semi-infinitos nos eixos 𝑂𝑋 e 𝑂𝑍 e superpor as
induções magnéticas no ponto 𝐴:
𝜇0 𝐼
𝐵1 = 𝐵2 = 𝐵 =
4𝜋𝑏
AULA 16 – MAGNETISMO I. 27
CURSO INTENSIVO 2023
Conforme vimos o campo para um fio semi-infinito. Então, o módulo da indução magnética em 𝐴
é dado pela soma vetorial:
⃗𝐴 = 𝐵
𝐵 ⃗1 +𝐵
⃗ 2 , com 𝐵
⃗1 ⊥ 𝐵
⃗2
𝜇0 𝐼
𝐵𝐴 = √2
4𝜋𝑏
𝟎 𝝁 𝑰
Gabarito: 𝑩𝑨 = 𝟒𝝅𝒃 √𝟐.
3 - Interação magnética
Antes da experiência de Oersted pensava-se que uma forma de relacionar eletricidade e
magnetismo era analisar de qual forma uma carga em repouso interagia com um ímã, mas na prática não
se observava nenhum efeito.
Figura 16.37: Ao se aproximar um ímã de uma carga em repouso, a carga não se desvia.
Por outro lado, quando colocava a carga para realizar um movimento pendular e aproximava um
ímã da carga, notava-se que havia uma conexão entre o ímã e a carga, alterando a trajetória da carga no
movimento pendular.
Figura 16.38: Carga elétrica realizando um movimento pendular. Quando aproximamos um ímã, há um desvio na trajetória.
AULA 16 – MAGNETISMO I. 28
CURSO INTENSIVO 2023
Diante disso, podemos dizer que um ímã pode desviar a trajetória de uma carga elétrica em
movimento. Quando a partícula está em repouso, ela sofre apenas influência de campo elétrico, mas
quando ela está em movimento deve ser associado um campo magnético e este campo é responsável
pela interação com o ímã.
Em tubos de raios catódicos este efeito é mais evidente. Os raios catódicos, como na figura abaixo,
são elétrons (cargas negativas) muito rápidos que se obtém entre os eletrodos submetidos a uma grande
diferença de potencial.
Figura 16.39: Representação de um tubo de raios catódicos sem e com a presença de um campo magnético.
Sabemos que a força magnética 𝐹𝑚𝑎𝑔 depende do ângulo que forma entre a direção do movimento
dos elétrons e do campo. Além disso, vemos que o módulo de 𝐹𝑚𝑎𝑔 aumenta quando o ângulo vai de 0°
a 90° (máx). Vale lembrar da matemática que a função trigonométrica seno (𝑠𝑒𝑛(𝛼)) é crescente neste
intervalo e se encaixa bem no modelo da força magnética.
AULA 16 – MAGNETISMO I. 29
CURSO INTENSIVO 2023
Figura 16.40: Carga elétrica em movimento em uma região onde existe um campo magnético de intensidade B.
Em que:
• 𝐵 a intensidade da indução magnética na região onde a partícula está se movendo. Sua unidade é
o Tesla (𝑇).
A força magnética, como toda força, tem como unidade padrão no SI o Newton (𝑁). O ângulo 𝛼 é
⃗.
formado entre a velocidade 𝑣 e a direção do campo magnético 𝐵
Vimos que para determinar o sentido das linhas de indução magnética usamos a regra da mão
direita envolvente (𝑅𝑀𝐷). Entretanto, para determinar a direção da força magnética vamos utilizar a
regra da mão esquerda espalmada (𝑅𝑀𝐸).
A corrente elétrica deve ser compreendida como o movimento ordenado de elétrons, ou seja,
marcando a sua velocidade. Com a mão esquerda espalmada, os seus quatro dedos indicam a direção
da velocidade da partícula ou da corrente elétrica. As linhas de indução devem perfurar e sair da palma
da mão esquerda. Consequentemente, a força magnética é determinada pela direção do polegar, que
deve formar um ângulo de 90° com os outros quatro dedos.
AULA 16 – MAGNETISMO I. 30
CURSO INTENSIVO 2023
Figura 16.41: Aplicação da regra da mão esquerda espalmada para a determinação da orientação da força magnética.
De acordo com os experimentos nota-se que a ação magnética sobre a partícula em movimento é
perpendicular a direção de seu movimento e a direção do campo magnético. Portanto, a força magnética
é perpendicular ao plano formado pela velocidade e pelas linhas de indução magnética. Vetorialmente,
temos:
Figura 16.42: Os três vetores são perpendiculares, induzindo a utilização de produto vetorial para a definição de força magnética.
Figura 16.43: Inversão de sentido de deslocamento, quando a carga tem sinal negativo, em um campo entrando no plano da folha.
AULA 16 – MAGNETISMO I. 31
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Figura 16.44: Inversão do sentido do deslocamento, quando a carga tem sinal negativo, em um campo saindo do plano da folha.
(2019/QUESTÃO)
Uma partícula com carga −𝑞 se move com velocidade 𝑣 = −𝑣0 𝑗̂ em uma região onde existe um
⃗ = 𝐵0 𝑘̂. Determine a direção da força magnética experimentada por
campo magnético dado por 𝐵
essa partícula.
Comentários
AULA 16 – MAGNETISMO I. 32
CURSO INTENSIVO 2023
(2019/QUESTÃO)
Determine a direção da força magnética em uma partícula com carga +𝑞, que se aproxima de um
fio que é percorrido por uma corrente elétrica de intensidade 𝐼, como na figura abaixo.
Comentários
Primeiramente, devemos determinar a direção da indução magnética devido ao fio percorrido pela
corrente 𝐼. Para isso, devemos usar a regra da mão direita envolvente, como vimos anteriormente.
Portanto, o campo magnético na partícula está entrando no plano da folha. Agora, basta aplicar a regra
da mão esquerda espalmada e determinaremos o sentido de 𝐹𝑚𝑎𝑔 :
Como consequência desta propriedade, podemos inferir que como não se varia o módulo da
velocidade, também não se varia a energia cinética e. Em contrapartida, ao variar a direção da velocidade,
se tem como resultado a variação da direção da quantidade de movimento da partícula (𝑄 ⃗ = 𝑚 ⋅ 𝑣).
AULA 16 – MAGNETISMO I. 33
CURSO INTENSIVO 2023
Além disso, vimos na aula de Trabalho e Energia que quando uma força é perpendicular à
velocidade (a trajetória), o trabalho mecânico produzido por esta força é nulo (𝑊𝐹𝑚𝑎𝑔 = 0).
Logo:
𝑾𝑭⃗𝒎𝒂𝒈 = 𝑭 ⃗ =𝟎
⃗ 𝒎𝒂𝒈 ⋅ 𝒅 O trabalho da força magnética
Vale lembrar que todas essas propriedades aqui enunciadas são válidas para um campo
magnetostático, isto é, que não depende do tempo, um campo magnético estacionário. As propriedades
acima não são válidas em um campo magnético variante no tempo e no espaço.
A forma da trajetória vai depender de como a partícula entra na região do campo e de como se
manifesta ou não a ação magnética na partícula. As três trajetórias são: retilínea, circunferencial e
helicoidal.
3.4.1 - Retilínea
Quando a partícula tem velocidade paralela as linhas de indução magnética (LIM), a partícula não
experimenta nenhuma força magnética. Então, ela apresenta trajetória retilínea, sem sofrer desvio.
(2019/INÉDITA)
No vão livre entre duas placas carregadas existe um campo magnética uniforme de módulo 𝐵 =
400 𝑚𝑇. Uma carga positiva entra com velocidade de 200 𝑚/𝑠 na região do campo magnético e
mantém sua velocidade constante.
AULA 16 – MAGNETISMO I. 34
CURSO INTENSIVO 2023
A diferença de potencial entre as placas é dada pelo produto entre o campo elétrico e a distância
das duas.
𝑉 =𝐸⋅𝑑
Precisamos determinar o valor do campo elétrico no interior das placas para então determinar 𝑉.
Para que a carga mantenha sua velocidade constante (módulo, direção e sentido), ela deve realizar um
MRU no interior das placas. Portanto, analisando as forças elétricas e magnéticas, temos:
Para a condição do problema, temos que o módulo da força elétrica será igual ao módulo do campo
magnético:
𝐹𝑒𝑙 = 𝐹𝑚𝑎𝑔
AULA 16 – MAGNETISMO I. 35
CURSO INTENSIVO 2023
𝐸⋅𝑞 =𝑞⋅𝐵⋅𝑣
𝑉 = 𝐸 ⋅ 𝑑 = 80 ⋅ 4 ⋅ 10−2 = 3,2 𝑉
Gabarito: “d”.
(2020/INÉDITA/LUCAS COSTA)
Um elétron é lançado com velocidade de módulo 6,4 ⋅ 104 𝑚/𝑠 paralelamente às linhas de indução
de um campo magnético uniforme, constante e de módulo 3,2 ⋅ 10−6 𝑇. A região na qual o campo
existe é uma superfície quadrada, de área 81 𝑚2 .
Na figura, que não está em escala, assuma que dois dos lados da região na qual o campo magnético
existe intersectam os eixos cartesianos.
Assumindo que a partícula adentre a região na posição 𝑋 = 4,0 𝑚, o tempo que ela levará até deixar
a região na qual o campo magnético atua, em segundos, é próxima de
a) 3,1 ⋅ 10−7 𝑠 b) 2,8 ⋅ 10−3 𝑠 c) 3,6 ⋅ 10−5 𝑠
d) 1,4 ⋅ 10−4 𝑠 e) 7,4 ⋅ 10−6 𝑠
A massa do elétron vale 𝑚𝑒 = 9,1 ⋅ 10−31 𝑘𝑔 e sua carga 𝑞𝑒 = 1,6 ⋅ 10−19 𝐶.
Comentários
Como o elétron é lançado paralelamente às linhas de campo, ele não sofrerá a ação da força
magnética. Dessa forma, seguirá com velocidade constante até o lado oposto da região quadrada. Se a
região possui área de 81 𝑚2, então o quadrado possui lado igual a 9 𝑚. O elétron deverá percorrer uma
distância de 9 𝑚 com velocidade constante de 6,4 ⋅ 104 𝑚/𝑠:
AULA 16 – MAGNETISMO I. 36
CURSO INTENSIVO 2023
∆𝑆 ∆𝑆
𝑣= ⇒ ∆𝑡 =
∆𝑡 ∆𝑣
9,0
∆𝑡 = ≅ 1,4 ⋅ 10−4 𝑠
6,4 ⋅ 104
Gabarito: “d”.
3.4.2 - Circunferencial
Para que a trajetória seja uma circunferência, ao entrar perpendicularmente na região do campo
magnético homogêneo, a força e a velocidade são sempre perpendiculares. Assim, a força não altera a
magnitude da velocidade, apenas a sua direção.
AULA 16 – MAGNETISMO I. 37
CURSO INTENSIVO 2023
𝑅𝑐𝑝 = 𝑚 ⋅ 𝑎𝑐𝑝
𝐹𝑚𝑎𝑔 = 𝑅𝑐𝑝
𝑣2
|𝑞| ⋅ 𝑣 ⋅ 𝐵 = 𝑚 ⋅
𝑅
Finalmente:
𝒎⋅𝒗
𝑹= Raio da trajetória circunferencial de uma partícula
|𝒒| ⋅ 𝑩
Como a partícula descreve um MCU, sabemos que este tipo de movimento é periódico. Devemos
recordar que o período é dado por:
2𝜋 𝑣 2𝜋
𝜔= ⇒ =
𝑇 𝑅 𝑇
Mas da expressão do raio 𝑅, podemos dizer que:
𝑣 𝑞⋅𝐵
=
𝑅 𝑚
Portanto:
𝑞 ⋅ 𝐵 2𝜋
=
𝑚 𝑇
Finalmente:
𝟐𝝅 ⋅ 𝒎
𝑻= Período da trajetória circunferencial de uma partícula
𝒒⋅𝑩
AULA 16 – MAGNETISMO I. 38
CURSO INTENSIVO 2023
Não decore essas relações, saiba como chegar até o que for pedido na questão, tendo em mente
que a força magnética atua como resultante centrípeta no caso de uma trajetória circunferencial.
(2019/QUESTÃO)
Determine em que ponto a partícula irá sair da região do campo. Despreze os efeitos gravitacionais
e considere que 𝑞 = +2 𝑚𝐶 e 𝑚 = 4 𝑔.
Comentários
𝑚𝑣 (4 ⋅ 10−3 )(5)
𝑅= ⇒𝑅= ⇒ 𝑅 =5𝑚
𝑞𝐵 (2 ⋅ 10−3 )(2)
Aplicando a regra da mão esquerda espalmada, dado que a carga é positiva (não precisa inverter
o sentido da força), a partícula descreverá uma semicircunferência, como na figura abaixo:
AULA 16 – MAGNETISMO I. 39
CURSO INTENSIVO 2023
(2019/INÉDITA)
Um elétron de massa 𝑚𝑒 = 9,1 ⋅ 10−31 𝑘𝑔 e carga 𝑞𝑒 = 1,6 ⋅ 10−19 𝐶 é lançado com velocidade de
módulo 6,4 ⋅ 104 𝑚/𝑠, perpendicularmente às linhas de indução de um campo magnético uniforme,
constante e de módulo 3,2 ⋅ 10−6 𝑇.
A força magnética terá, inicialmente, direção horizontal e sentido para a direita. Isso pode ser
percebido pela regra da mão espalmada. O seu módulo pode ser calculado por:
𝐹𝑚𝑎𝑔 = |𝑞| ⋅ 𝑣 ⋅ 𝐵
Sendo a força magnética a própria resultante centrípeta, podemos determinar o seu raio:
𝐹𝑐𝑝 = 𝐹𝑚𝑎𝑔
𝑚 ⋅ 𝑣2
= |𝑞| ⋅ 𝑣 ⋅ 𝐵
𝑅
AULA 16 – MAGNETISMO I. 40
CURSO INTENSIVO 2023
𝑚 ⋅ 𝑣2 𝑚⋅𝑣
𝑅= =
|𝑞| ⋅ 𝑣 ⋅ 𝐵 |𝑞| ⋅ 𝐵
𝑅 ≅ 11 ⋅ 10−2 𝑚 = 11 𝑐𝑚
Gabarito: “a”
(2019/QUESTÃO)
Uma partícula de 2 𝑔 e carregada com +4 𝑚𝐶 entra em um campo magnético homogêneo como
na figura abaixo. Desprezando efeitos da gravidade, determine o tempo que a carga leva para deixar
o campo.
Comentários
Por isso, a partícula descreverá uma trajetória circular enquanto estiver dentro do campo
magnético. Assim, o centro desta trajetória é o ponto 𝑂 já que a força centrípeta (neste caso é a 𝐹𝑚𝑎𝑔 )
sempre deve apontar para o centro da trajetória circular. Então, devemos ter a seguinte trajetória para a
partícula:
AULA 16 – MAGNETISMO I. 41
CURSO INTENSIVO 2023
𝜋
̂ é de 𝜃 =
Pela geometria do problema, deduzimos que o arco 𝐴𝐵 𝑟𝑎𝑑. Como a partícula realiza
3
um MCU, então:
𝜃 = 𝜔 ⋅ Δ𝑡
𝑅𝑐𝑝 = 𝐹𝑚𝑎𝑔
𝑚 ⋅ 𝜔2 ⋅ 𝑅 = 𝑞 ⋅ 𝑣 ⋅ 𝐵 ⇒ 𝑚 ⋅ 𝜔2 ⋅ 𝑅 = 𝑞 ⋅ 𝜔 ⋅ 𝑅 ⋅ 𝐵
𝑞⋅𝐵
𝜔=
𝑚
Portanto:
𝑞⋅𝐵 𝜃⋅𝑚
𝜃= ⋅ Δ𝑡 ⇒ Δ𝑡 =
𝑚 𝑞⋅𝐵
Gabarito: 1/3 s
3.4.3 - Helicoidal
Quando a partícula ingressa em um campo formando um ângulo 𝛼 entre os vetores 𝑣 e 𝐵⃗, a
trajetória descrita é espiralada de raio fixado pela chamada hélice circular da helicoide.
Para melhor entender a natureza deste movimento, basta decompor a velocidade na direção
paralela e perpendicular ao campo.
AULA 16 – MAGNETISMO I. 42
CURSO INTENSIVO 2023
Como a componente paralela ao campo 𝑣// não gera força na partícula, o movimento nesta
direção será um movimento retilíneo uniforme (MRU), com velocidade constante nesta direção. Por outro
lado, a componente perpendicular ao campo (𝑣⊥ ) descreverá uma trajetória circular (MCU).
Quando compomos o movimento circular com o movimento retilíneo de avanço paralelo ao campo,
formamos a trajetória helicoidal.
(2020/INÉDITA/LUCAS COSTA)
Uma partícula alfa é projetada na direção de um campo magnético homogêneo, de modo que a sua
trajetória seja paralela às linhas de indução magnética.
Nessa situação, ao desprezarmos a ação das forças gravitacionais atuando sobre a partícula,
podemos afirmar que
a) o módulo do trabalho da força magnética será nulo, já que a partícula não experimentará a ação
da força magnética.
b) a partícula passará a descrever um movimento retilíneo e uniformemente variado assim que
adentrar a região na qual atua o campo magnético homogêneo.
c) a partícula descreverá uma trajetória circular uniforme a partir do momento em que adentrar a
região na qual atua o campo magnético homogêneo, estando a força magnética atuando como
resultante centrípeta.
d) a partícula descreverá uma trajetória helicoidal a partir do momento em que adentrar a região
na qual atua o campo magnético homogêneo, estando a força magnética atuando como resultante
centrípeta.
AULA 16 – MAGNETISMO I. 43
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Comentários
a) Correta. Quando a partícula tem velocidade paralela as linhas de indução magnética (LIM), a
partícula não experimenta nenhuma força magnética. Então, o trabalho da força magnética será nulo.
b) Incorreta. Se a partícula não sofre a ação de força alguma, já que desprezamos a força
gravitacional e a força magnética é nula em razão da trajetória paralela às linhas de indução magnética,
ela descreverá um movimento retilíneo e uniforme.
c) Incorreta. A partícula descreverá um movimento retilíneo e uniforme, já que não sofrerá a ação
da força magnética.
d) Incorreta. A partícula descreverá um movimento retilíneo e uniforme, já que não sofrerá a ação
da força magnética.
Gabarito: “a”.
Uma característica importante da trajetória helicoidal é o passo (𝑙). Quando a partícula completa
uma volta no MCU, no MRU ela avançou uma distância denominada passo da helicoide. Então, podemos
dizer que o passo é igual a:
𝑙 = 𝑣// ⋅ ∆𝑡
2𝜋 ⋅ 𝑚 2𝜋 ⋅ 𝑚
𝑙 = 𝑣// ⋅ = 𝑣 ⋅ cos 𝛼 ⋅
𝑞⋅𝐵 𝑞⋅𝐵
Finalmente:
𝟐𝝅 ⋅ 𝒎 ⋅ 𝒗 ⋅ 𝐜𝐨𝐬 𝜶
𝒍= Passo da trajetória helicoidal de uma partícula
𝒒⋅𝑩
(2019/QUESTÃO)
Uma partícula carregada com +2 𝑚𝐶 se move com velocidade 𝑣 = (0; 3; 4) 𝑚/𝑠. Repentinamente,
se estabelece um campo magnético uniforme de indução 𝐵 ⃗ = (0; 0; −2𝜋) 𝑚𝑇. Calcule o período
de seu movimento, desprezando os efeitos gravitacionais. Considere 𝑚𝑝𝑎𝑟𝑡 = 4 ⋅ 10−3 𝑔.
Comentários
Note que no interior campo, a velocidade é constante e se move em um plano paralelo ao plano
𝑌𝑍. Quando se estabelece o campo magnético uniforme de indução 𝐵 ⃗ = (𝐵𝑋 ; 𝐵𝑌 ; 𝐵𝑍 ) = (0; 0; −2𝜋) 𝑚𝑇,
as linhas de indução estão orientadas na direção −𝑍. Então, quando se estabelece o campo, temos a
seguinte situação:
AULA 16 – MAGNETISMO I. 44
CURSO INTENSIVO 2023
Como a partícula está eletrizada com uma carga positiva, então magnética que surge na carga é
perpendicular à velocidade 𝑣𝑌 e às linhas de indução magnética. Dessa forma, a força magnética é dada
pela RME, utilizando a velocidade 𝑣𝑌 e o campo 𝐵𝑍 . A componente da velocidade 𝑣𝑍 apenas desloca a
partícula na direção de 𝑍. A direção da força magnética é dada pela RME:
Como bem sabemos, estes elementos são típicos de uma trajetória helicoidal. Então:
AULA 16 – MAGNETISMO I. 45
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Δ𝑆1 𝑣𝑜𝑙𝑡𝑎 = 𝑣𝑌 ⋅ 𝑇
2𝜋 ⋅ 𝑅 = 𝑣𝑌 ⋅ 𝑇
𝑚 ⋅ 𝑣𝑌 2𝜋 ⋅ 𝑚
2𝜋 ⋅ = 𝑣𝑌 ⋅ 𝑇 ⇒ 𝑇 =
𝑞⋅𝐵 𝑞⋅𝐵
2𝜋 ⋅ 4 ⋅ 10−6
𝑇= ⇒ 𝑇 = 2𝑠
2 ⋅ 10−3 ⋅ 2𝜋 ⋅ 10−3
Gabarito: 2 s.
AULA 16 – MAGNETISMO I. 46
CURSO INTENSIVO 2023
Tente elaborar os seus mapas mentais, eles serão de muito mais fácil assimilação do que um
montado por outra pessoa. Além disso, leia um mapa mental a partir da parte superior direita, e siga em
sentido horário.
O mapa mental foi disponibilizado como um arquivo .pdf na sua área do aluno.
AULA 16 – MAGNETISMO I. 47
CURSO INTENSIVO 2023
5 - Lista de questões
Os ventos solares são fenômenos caracterizados por feixes de partículas carregadas, lançadas pelo Sol,
no espaço, em alta velocidade. Somente uma pequena fração dessas partículas atinge a atmosfera nos
polos, provocando as auroras. A chegada dessas partículas à superfície pode gerar efeitos indesejáveis,
interferindo nas telecomunicações, no tráfego aéreo e nas linhas de transmissão de energia elétrica.
Esses efeitos são minimizados na Terra pela ação de seu(sua)
A) ionosfera.
B) campo geomagnético.
C) camada de ozônio.
D) campo gravitacional.
E) atmosfera.
2. (2019/ENEM)
O espectrômetro de massa de tempo de voo é um dispositivo utilizado para medir a massa de íons.
Nele, um íon de carga elétrica 𝒒 é lançado em uma região de campo magnético constante 𝑩,
descrevendo uma trajetória helicoidal, conforme a figura. Essa trajetória é formada pela composição
de um movimento circular uniforme no plano 𝒚𝒛 e uma translação ao longo do eixo 𝒙. A vantagem
desse dispositivo é que a velocidade angular do movimento helicoidal do íon é independente de sua
velocidade inicial. O dispositivo então mede o tempo 𝒕 de voo para 𝑵 voltas do íon. Logo, com base nos
valores 𝒒, 𝑩, 𝑵 𝒆 𝒕, pode-se determinar a massa do íon.
AULA 16 – MAGNETISMO I. 48
CURSO INTENSIVO 2023
3. (2017/ENEM)
- Dois Imãs que criam no espaço entre eles um campo magnético uniforme de intensidade B; e
- Um sistema de engrenagens que lhe permite girar as espiras em torno de um eixo com uma frequência
f.
Ao fazer o gerador funcionar, o estudante obteve uma tensão máxima V e uma corrente de curto-
circuito i.
Para dobrar o valor da tensão máxima V do gerador mantendo constante o valor da corrente de curto
i, o estudante deve dobrar o(a)
4. (2017/ENEM)
Para aumentar a capacidade de carga do guindaste, qual característica do eletroímã pode ser reduzida?
5. (2016/ENEM)
a) o campo magnético gerado pela oscilação das nanopartículas é absorvido pelo tumor.
b) o campo magnético alternado faz as nanopartículas girarem, transferindo calor por atrito.
AULA 16 – MAGNETISMO I. 49
CURSO INTENSIVO 2023
d) o campo magnético alternado fornece calor para as nano partículas que o transfere às células do
corpo.
6. (2020/FUVEST)
Um solenoide muito longo é percorrido por uma corrente elétrica 𝑰,conforme mostra a figura 1.
Em um determinado instante, uma partícula de carga 𝒒 positiva desloca‐se com velocidade instantânea
⃗ perpendicular ao eixo do solenoide, na presença de um campo elétrico na direção do eixo do
𝒗
solenoide. A figura 2 ilustra essa situação, em uma seção reta definida por um plano que contém o eixo
do solenoide.
O diagrama que representa corretamente as forças elétrica ⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗𝑩 ,atuando sobre a
𝑭𝑬 e magnética 𝑭
partícula é:
AULA 16 – MAGNETISMO I. 50
CURSO INTENSIVO 2023
7. (2017/FUVEST)
As figuras representam arranjos de fios longos, retilíneos, paralelos e percorridos por correntes elétricas
de mesma intensidade. Os fios estão orientados perpendicularmente ao plano desta página e dispostos
segundo os vértices de um quadrado. A única diferença entre os arranjos está no sentido das correntes:
os fios são percorridos por correntes que entram ⊗ ou saem ⊙ do plano da página.
8. (2014/FUVEST)
Partículas com carga elétrica positiva penetram em uma câmara em vácuo, onde há, em todo seu
interior, um campo elétrico de módulo 𝑬 e um campo magnético de módulo 𝑩, ambos uniformes e
constantes, perpendiculares entre si, nas direções e sentidos indicados na figura. As partículas entram
na câmara com velocidades perpendiculares aos campos e de módulos 𝒗𝟏 (grupo 1), 𝒗𝟐 (grupo 2) e 𝒗𝟑
(grupo 3). As partículas do grupo 1 têm sua trajetória encurvada em um sentido, as do grupo 2, em
sentido oposto, e as do grupo 3 não têm sua trajetória desviada. A situação está ilustrada na figura
abaixo.
AULA 16 – MAGNETISMO I. 51
CURSO INTENSIVO 2023
III. 𝒗𝟑 = 𝑬/𝑩
Note e adote: Os módulos das forças elétrica (𝑭𝑬 ) e magnética (𝑭𝑴 ) são: 𝑭𝑬 = 𝒒𝑬 e 𝑭𝑴 = 𝒒𝒗𝑩
9. (2012/FUVEST)
Em uma aula de laboratório, os estudantes foram divididos em dois grupos. O grupo A fez experimentos
com o objetivo de desenhar linhas de campo elétrico e magnético. Os desenhos feitos estão
apresentados nas figuras I, II, III e IV abaixo.
AULA 16 – MAGNETISMO I. 52
CURSO INTENSIVO 2023
Aos alunos do grupo B, coube analisar os desenhos produzidos pelo grupo A e formular hipóteses.
Dentre elas, a única correta é que as figuras I, II, III e IV podem representar, respectivamente, linhas de
campo
10. (2019/UNESP)
A configuração do campo magnético terrestre causa um efeito chamado inclinação magnética. Devido
a esse fato, a agulha magnética de uma bússola próxima à superfície terrestre, se estiver livre, não se
mantém na horizontal, mas geralmente inclinada em relação à horizontal (ângulo 𝜶, na figura 2). A
inclinação magnética é mais acentuada em regiões de maiores latitudes. Assim, no equador terrestre a
inclinação magnética fica em torno de 𝟎°, nos polos magnéticos é de 𝟗𝟎°, em São Paulo é de cerca de
𝟐𝟎°, com o polo norte da bússola apontado para cima, e em Londres é de cerca de 𝟕𝟎°, com o polo
norte da bússola apontado para baixo.
AULA 16 – MAGNETISMO I. 53
CURSO INTENSIVO 2023
Esse efeito deve-se ao fato de a agulha magnética da bússola alinhar-se sempre na direção
(A) perpendicular às linhas de indução do campo magnético da Terra e ao fato de o polo norte
magnético terrestre estar próximo ao polo sul geográfico da Terra.
(B) tangente à Linha do Equador e ao fato de o eixo de rotação da Terra coincidir com o eixo magnético
que atravessa a Terra.
(C) tangente às linhas de indução do campo magnético da Terra e ao fato de o polo norte magnético
terrestre estar próximo ao polo norte geográfico da Terra.
(D) tangente às linhas de indução do campo magnético da Terra e ao fato de o polo norte magnético
terrestre estar próximo ao polo sul geográfico da Terra.
(E) paralela ao eixo magnético terrestre e ao fato de o polo sul magnético terrestre estar próximo ao
polo norte geográfico da Terra.
11. (2017/UNESP)
Um motor elétrico é construído com uma espira retangular feita com um fio de cobre esmaltado
semirraspado em uma extremidade e totalmente raspado na outra, apoiada em dois mancais soldados
aos polos A e B de uma pilha. Presa a essa espira, uma hélice leve pode girar livremente no sentido
horário ou anti-horário. Um ímã é fixo à pilha com um de seus polos magnéticos (X) voltado para cima,
criando o campo magnético responsável pela força magnética que atua sobre a espira, conforme
ilustrado na figura.
AULA 16 – MAGNETISMO I. 54
CURSO INTENSIVO 2023
(A) negativo – positivo – sul – horário (B) negativo – positivo – norte – anti-horário
(C) positivo – negativo – sul – anti-horário (D) positivo – negativo – norte – horário
12. (2016/UNESP)
Um ímã em forma de barra, com seus polos Norte e Sul, é colocado sob uma superfície coberta com
partículas de limalha de ferro, fazendo com que elas se alinhem segundo seu campo magnético. Se
quatro pequenas bússolas, 1, 2, 3 e 4, forem colocadas em repouso nas posições indicadas na figura, no
mesmo plano que contém a limalha, suas agulhas magnéticas orientam-se segundo as linhas do campo
magnético criado pelo ímã.
AULA 16 – MAGNETISMO I. 55
CURSO INTENSIVO 2023
Desconsiderando o campo magnético terrestre e considerando que a agulha magnética de cada bússola
seja representada por uma seta que se orienta na mesma direção e no mesmo sentido do vetor campo
magnético associado ao ponto em que ela foi colocada, assinale a alternativa que indica, correta e
respectivamente, as configurações das agulhas das bússolas 1, 2, 3 e 4 na situação descrita.
13. (2014/UNESP)
De forma similar, 𝐑 e 𝐋 são dimensionados para que esta última não toque a extremidade de 𝐀 quando
o circuito é percorrido por uma corrente até o valor nominal do disjuntor. Acima desta, o aquecimento
leva o bimetal a tocar o atuador 𝐀, interrompendo o circuito de forma idêntica à do eletroímã.
(www.mspc.eng.br. Adaptado.)
AULA 16 – MAGNETISMO I. 56
CURSO INTENSIVO 2023
Na condição de uma corrente elevada percorrer o disjuntor no sentido indicado na figura, sendo 𝜶𝑿 e
𝜶𝒀 os coeficientes de dilatação linear dos metais 𝑿 e 𝒀, para que o contato 𝑪 seja desfeito, deve valer
a relação __________ e, nesse caso, o vetor que representa o campo magnético criado ao longo do eixo
do eletroímã apontará para a __________.
14. (2014/UNESP)
Espectrometria de massas é uma técnica instrumental que envolve o estudo, na fase gasosa, de
moléculas ionizadas, com diversos objetivos, dentre os quais a determinação da massa dessas
moléculas. O espectrômetro de massas é o instrumento utilizado na aplicação dessa técnica.
(www.em.iqm.unicamp.br. Adaptado.)
A figura representa a trajetória semicircular de uma molécula de massa m ionizada com carga +𝒒 e
velocidade escalar 𝑽, quando penetra numa região R de um espectrômetro de massa. Nessa região atua
um campo magnético uniforme ⃗𝑩 ⃗ perpendicular ao plano da figura, com sentido para fora dela,
representado pelo símbolo ⊙. A molécula atinge uma placa fotográfica, onde deixa uma marca situada
a uma distância x do ponto de entrada.
AULA 16 – MAGNETISMO I. 57
CURSO INTENSIVO 2023
15. (2013.2/UNESP)
A bússola interior A comunidade científica, hoje, admite que certos animais detectam e respondem a
campos magnéticos. No caso das trutas arco-íris, por exemplo, as células sensoriais que cobrem a
abertura nasal desses peixes apresentam feixes de magnetita que, por sua vez, respondem a mudanças
na direção do campo magnético da Terra em relação à cabeça do peixe, abrindo canais nas membranas
celulares e permitindo, assim, a passagem de íons; esses íons, a seu turno, induzem os neurônios a
enviarem mensagens ao cérebro para qual lado o peixe deve nadar. As figuras demonstram esse
processo nas trutas arco-íris:
Na situação da figura 2, para que os feixes de magnetita voltem a se orientar como representado na
figura 1, seria necessário submeter as trutas arco-íris a um outro campo magnético, simultâneo ao da
Terra, melhor representado pelo vetor
a) b) c)
d) e)
16. (2017.2/UERJ)
A força magnética que atua em uma partícula elétrica é expressa pela seguinte fórmula:
AULA 16 – MAGNETISMO I. 58
CURSO INTENSIVO 2023
Admita quatro partículas elétricas idênticas, P₁, P₂, P₃ e P₄, penetrando com velocidades de mesmo
módulo em um campo magnético uniforme B, conforme ilustra o esquema.
Nesse caso, a partícula em que a força magnética atua com maior intensidade é:
a) P₁ b) P₂ c) P₃ d) P₄
17. (2020/UFPR)
Grandezas físicas são caracterizadas pelos seus valores numéricos e respectivas unidades. Há vários
sistemas de unidades, sendo que o principal, em uso na maioria dos países, é o Sistema Internacional
de Unidades – SI. Esse sistema é composto por sete unidades básicas (ou fundamentais) e por unidades
derivadas, formadas por combinações daquelas. A respeito do assunto, considere as seguintes
afirmativas:
18. (2014/UFPR)
O espectrômetro de massa é um equipamento utilizado para se estudar a composição de um material.
A figura ao lado ilustra diferentes partículas de uma mesma amostra sendo injetadas por uma abertura
AULA 16 – MAGNETISMO I. 59
CURSO INTENSIVO 2023
no ponto O de uma câmara a vácuo. Essas partículas possuem mesma velocidade inicial 𝒗 ⃗ , paralela ao
plano da página e com o sentido indicado no desenho. No interior desta câmara há um campo
magnético uniforme ⃗𝑩 ⃗ perpendicular à velocidade 𝒗
⃗ , cujas linhas de campo são perpendiculares ao
plano da página e saindo desta, conforme representado no desenho com o símbolo .
As partículas descrevem então trajetórias circulares identificadas por I, II, III e IV.
( ) Supondo que todas as partículas tenham mesma carga, a da trajetória II tem maior massa que a da
trajetória I.
( ) Supondo que todas as partículas tenham mesma massa, a da trajetória III tem maior carga que a da
trajetória II.
( ) Se o módulo do campo magnético B fosse aumentado, todas as trajetórias teriam um raio maior.
19. (2013/UFPR)
Um indivíduo situado em Porto Alegre (RS) observou, através de uma bússola, que no inverno a direção
do nascer do sol não coincidia com a direção leste da mesma, mas sim com a direção nordeste.
A respeito do assunto, identifique as afirmativas a seguir como verdadeiras (V) ou falsas (F):
( ) Bússolas são sensíveis a campos magnéticos locais, que desviam as direções, sendo este o fator que
justifica a divergência entre a direção apontada por elas e a do nascer do sol.
( ) Por se tratar de equipamento de baixa precisão, as bússolas não devem ser utilizadas para determinar
direções.
AULA 16 – MAGNETISMO I. 60
CURSO INTENSIVO 2023
a) F – V – V – F. b) V – F – V – F. c) F – F – V – V.
d) V – V – F – F. e) V – F – F – V.
20. (2019/UFU)
Além de poderem ser observados em pequenos objetos e máquinas construídas pelo homem, os
campos magnéticos também estão presentes em escala astronômica. As estrelas, como o Sol, produzem
intensos campos, criando ao seu redor o que se chama de magnetosfera. [....] Existem objetos estelares
capazes de produzir campos magnéticos absurdamente altos, como o que ocorre nos pulsares – restos
mortais de estrelas gigantes, constituídos apenas por nêutrons. São campos magnéticos na ordem de
100 milhões de Tesla! Perto deles, o campo magnético produzido pela Terra é quase nada: sua
intensidade está na ordem de 0,0001 Tesla, bem menor do que a do ímã de geladeira. Mesmo assim, o
campo magnético terrestre é de fundamental importância para o desenvolvimento da vida por aqui. O
fato de o planeta possuir um campo magnético impede que partículas com alta energia, vindas do
espaço interestelar ou do próprio Sol, atinjam a superfície terrestre, o que poderia ser prejudicial a
diversas formas de vida, inclusive a nossa.
I. As partículas com alta energia, vindas do espaço interestelar ou do próprio Sol, citadas no texto,
quando eletrizadas e sob a ação do campo magnético terrestre, são responsáveis pela formação das
auroras polares.
II. As bússolas são pequenos imãs que, quando livres, alinham-se com o campo magnético terrestre
citado no texto e se posicionam aproximadamente na direção Norte-Sul do planeta.
III. O campo magnético terrestre, apesar de baixa intensidade, como citado no texto, possui módulo,
direção e sentido constantes em todos os pontos da superfície da Terra, fato esse que possibilita seu
uso na orientação de viajantes em qualquer posição do planeta.
Em relação às afirmações acima, marque V para as verdadeiras e F para as falsas e assinale a alternativa
correta.
21. (2018/UFU)
Uma forma de separar diferentes partículas carregadas é acelerá-las, utilizando placas que possuem
diferença de potencial elétrico (V), de modo que adquiram movimento retilíneo para, em seguida,
lançá-las em uma região onde atua campo magnético uniforme . Se o campo magnético atuar em
AULA 16 – MAGNETISMO I. 61
CURSO INTENSIVO 2023
direção perpendicular à velocidade das partículas, elas passam a descrever trajetórias circulares e,
dependendo de suas características, com raios de curvaturas diferentes. A figura ilustra o esquema de
um possível equipamento que possui funcionamento similar ao descrito. Nesse esquema, dois tipos
diferentes de partículas são acelerados a partir do repouso do ponto A, descrevem incialmente uma
trajetória retilínea comum e, em seguida, na região do campo magnético, trajetórias circulares distintas.
d) a partícula que possui maior relação massa/carga possui menor raio de curvatura.
22. (2017/EEAR)
Um projétil de dimensões desprezíveis carregado com uma carga elétrica negativa atinge com
velocidade inicial 𝒗𝟎 o orifício de uma câmara que possui em seu interior um campo magnético
uniforme paralelo à sua trajetória, como mostra a figura abaixo. Qual orifício melhor representa a
possibilidade de escape do projétil?
a) 1 b) 2 c) 3 d) 4
AULA 16 – MAGNETISMO I. 62
CURSO INTENSIVO 2023
23. (2017/AFA)
Dois longos fios paralelos estão dispostos a uma distância l um do outro e transportam correntes
elétricas de mesma intensidade i em sentidos opostos, como ilustra a figura abaixo.
Nessa figura o ponto P é equidistante dos fios. Assim, o gráfico que melhor representa a intensidade do
campo magnético resultante B, no ponto P, em função da abscissa x, é
24. (2017/EAM)
Um ímã encontra-se, inicialmente, a uma certa distância de uma esfera de ferro que está em repouso
sobre uma mesa, cujo atrito pode ser desprezado.
Assinale a opção que apresenta de forma correta o comportamento da esfera quando da aproximação
do ímã.
AULA 16 – MAGNETISMO I. 63
CURSO INTENSIVO 2023
25. (2016/EAM)
As bússolas, instrumentos de orientação cuja invenção é atribuída à China do século I a.C., são utilizadas
até hoje em diversas situações. Sobre as bússolas, é correto afirmar que
(C) por serem imantadas, não podem sofrer influência de correntes elétricas.
(D) mesmo próximas de um ímã, continuam apontando para o polo norte geográfico da Terra.
(E) permitem uma navegação segura, pois indicam exatamente a direção que se quer seguir.
26. (2015/EAM)
O magnetismo terrestre sempre foi um mistério para muitos estudiosos. As bússolas são constituídas
por uma agulha magnética que pode girar livremente em torno de um eixo vertical, permitindo aos
navegadores orientarem suas embarcações de acordo com coordenadas geográficas definidas a partir
dos pontos cardeais. Sobre o magnetismo terrestre e o funcionamento das bússolas, assinale a opção
correta.
d) A agulha magnética de uma bússola pode ser orientada em qualquer direção, de acordo com a
rota de navegação a ser seguida.
e) A agulha magnética de uma bússola orienta-se de acordo com o campo magnético da Terra,
alinhando-se com esse campo e apontando para o polo sul magnético do planeta.
AULA 16 – MAGNETISMO I. 64
CURSO INTENSIVO 2023
a) Partículas ou corpos com cargas elétricas de sinais iguais se repelem e com sinais opostos se atraem.
c) Um corpo é dito eletrizado positivamente quando inicialmente neutro, por algum processo de
eletrização recebe prótons de outro corpo.
e) A Terra pode ser considerada como se fosse um grande imã, em que o polo magnético norte se
encontra próximo ao polo geográfico sul e o polo magnético sul próximo ao polo geográfico norte.
Em 1820, o físico dinamarquês Oersted montou um experimento que consistia em um circuito elétrico
simples constituído por uma bateria, fios de cobre e uma chave que permitia a ele abrir ou fechar o
circuito. Tendo colocado próximo a um trecho retilíneo do circuito algumas bússolas, notou que, ao
fechar o circuito, as bússolas ali colocadas sofreram uma deflexão, o que permitiu a ele concluir que:
a) ao quebrar um ímã em pedacinhos, cada pedacinho será um novo ímã com polos Norte e Sul
magnéticos.
29. (2012/ITA)
Assinale em qual das situações descritas nas opções abaixo as linhas de campo magnético formam
circunferência no espaço.
AULA 16 – MAGNETISMO I. 65
CURSO INTENSIVO 2023
30. (2014/ITA)
As figuras mostram três espiras circulares concêntricas e coplanares percorridas por correntes de
mesma intensidade 𝑰 em diferentes sentidos. Assinale a alternativa que ordena corretamente as
magnitudes dos respectivos campos magnéticos nos centros 𝑩𝟏 , 𝑩𝟐 , 𝑩𝟑 e 𝑩𝟒 .
31. (2016/ITA)
Um líquido condutor (metal fundido) flui no interior de duas chapas metálicas paralelas, Inter distantes
de 2,0 cm, formando um capacitor plano, forme a figura. Toda essa região interna está submetida a um
campo homogêneo de indução magnética de 0,01 T, paralelo aos planos das chapas, atuando
perpendicularmente à direção da velocidade do escoamento. Assinale a opção com o módulo dessa
velocidade quando a diferença de potencial medida entre as placas for de 𝟎, 𝟒𝟎 𝒎𝑽.
32. (2018/ITA)
Uma massa 𝒎 de carga 𝒒 gira em órbita circular de raio 𝑹 e período 𝑻 no plano equatorial de um ímã.
Nesse plano, a uma distância 𝒓 do ímã, a intensidade do campo magnético é 𝑩(𝒓) = 𝝁/𝒓𝟑 , em que 𝝁 é
uma constante. Se fosse de 𝟒𝑹 o raio dessa órbita, o período seria de:
33. (2009/ITA)
A figura representa o campo magnético de dois fios paralelos que conduzem correntes elétricas. A
respeito da força magnética resultante no fio da esquerda, podemos afirmar que ela
AULA 16 – MAGNETISMO I. 66
CURSO INTENSIVO 2023
a) atua para a direita e tem magnitude maior que a da força no fio da direita.
c) atua para a esquerda e tem magnitude maior que a da força no fio da direita.
e) atua para a esquerda e tem magnitude menor que a da força no fio da direita.
4. B 5. B 6. A
7. D 8. E 9. A
AULA 16 – MAGNETISMO I. 67
CURSO INTENSIVO 2023
Os ventos solares são fenômenos caracterizados por feixes de partículas carregadas, lançadas pelo Sol,
no espaço, em alta velocidade. Somente uma pequena fração dessas partículas atinge a atmosfera nos
polos, provocando as auroras. A chegada dessas partículas à superfície pode gerar efeitos indesejáveis,
interferindo nas telecomunicações, no tráfego aéreo e nas linhas de transmissão de energia elétrica.
Esses efeitos são minimizados na Terra pela ação de seu(sua)
A) ionosfera.
B) campo geomagnético.
C) camada de ozônio.
D) campo gravitacional.
E) atmosfera.
Comentários
A Terra possui um campo magnético próprio que se estende por milhares de quilômetros além de
nossa atmosfera.
Quando estas partículas atingem o gás atmosférico, ocorre a emissão de luz, causando os
fenômenos das Auroras Boreais e Austrais.
Portanto, a minimização dos efeitos da radiação cósmica se dá pela proteção natural que o campo
geomagnético terrestre nos proporciona. Esta proteção, inclusive, foi essencial para o desenvolvimento
da vida em nosso planeta.
Gabarito: “b”.
2. (2019/ENEM)
O espectrômetro de massa de tempo de voo é um dispositivo utilizado para medir a massa de íons.
Nele, um íon de carga elétrica 𝒒 é lançado em uma região de campo magnético constante 𝑩,
descrevendo uma trajetória helicoidal, conforme a figura. Essa trajetória é formada pela composição
de um movimento circular uniforme no plano 𝒚𝒛 e uma translação ao longo do eixo 𝒙. A vantagem
desse dispositivo é que a velocidade angular do movimento helicoidal do íon é independente de sua
velocidade inicial. O dispositivo então mede o tempo 𝒕 de voo para 𝑵 voltas do íon. Logo, com base nos
valores 𝒒, 𝑩, 𝑵 𝒆 𝒕, pode-se determinar a massa do íon.
AULA 16 – MAGNETISMO I. 68
CURSO INTENSIVO 2023
Utilizando a Regra da Mão Esquerda, é visto que o vetor da Força magnética aponta para o centro
do movimento circular no plano 𝑦𝑧. Sendo assim, pode-se dizer que ela atua como a resultante centrípeta
do movimento circular.
𝐹𝑚𝑎𝑔 = 𝐹𝑐𝑝
𝑚 ⋅ 𝑣2
𝑞⋅𝐵⋅𝑣 =
𝑅
𝑚⋅𝑣
𝑅=
𝑞⋅𝐵
O período (𝑇) de cada volta é dada pela relação da velocidade com a circunferência do círculo feito.
2⋅π⋅𝑅 2⋅π⋅𝑅
v= ⇒ T=
𝑇 𝑣
2⋅π⋅𝑅 2⋅π⋅𝑚⋅𝑣⋅𝑁
t=T⋅𝑁 = ⋅𝑁 =
𝑣 𝑞⋅𝐵⋅𝑣
2⋅𝜋⋅𝑚⋅𝑁
𝑡=
𝑞⋅𝐵
AULA 16 – MAGNETISMO I. 69
CURSO INTENSIVO 2023
𝑞⋅𝐵⋅𝑡
m=
2⋅π⋅𝑁
Gabarito: “a”.
3. (2017/ENEM)
- Dois Imãs que criam no espaço entre eles um campo magnético uniforme de intensidade B; e
- Um sistema de engrenagens que lhe permite girar as espiras em torno de um eixo com uma frequência
f.
Ao fazer o gerador funcionar, o estudante obteve uma tensão máxima V e uma corrente de curto-
circuito i.
Para dobrar o valor da tensão máxima V do gerador mantendo constante o valor da corrente de curto
i, o estudante deve dobrar o(a)
𝑉 =𝑖⋅𝑅
{ ∴ 𝑅` = 2 ⋅ 𝑅
2 ⋅ 𝑉 = 𝑖 ⋅ 𝑅`
Sabendo que para dobrar a tensão devemos dobrar a resistência, e que o gerador é um conjunto
com N espiras circulares:
μ⋅𝑖 μ⋅𝑢
𝐵=𝑁⋅ ∴𝑅=𝑁⋅
2⋅𝑟 2⋅𝑟
Portanto, para dobrar a resistência, sem alterar a corrente, devemos dobrar o número de espiras.
Gabarito: “a”.
4. (2017/ENEM)
Um guindaste eletromagnético de um ferro-velho é capaz de levantar toneladas de sucata, dependendo
da intensidade da indução em seu eletroímã. O eletroímã é um dispositivo que utiliza corrente elétrica
AULA 16 – MAGNETISMO I. 70
CURSO INTENSIVO 2023
para gerar um campo magnético, sendo geralmente construído enrolando-se um fio condutor ao redor
de um núcleo de material ferro magnético (ferro, aço, níquel, cobalto).
Para aumentar a capacidade de carga do guindaste, qual característica do eletroímã pode ser reduzida?
𝑁
𝐵 =μ⋅ ⋅𝑖
𝐿
Gabarito: “b”.
5. (2016/ENEM)
a) o campo magnético gerado pela oscilação das nanopartículas é absorvido pelo tumor.
b) o campo magnético alternado faz as nanopartículas girarem, transferindo calor por atrito.
c) as nanopartículas interagem magneticamente com as células do corpo, transferindo calor.
AULA 16 – MAGNETISMO I. 71
CURSO INTENSIVO 2023
d) o campo magnético alternado fornece calor para as nano partículas que o transfere às células do
corpo.
Sabendo que as ondas de rádio são ondas eletromagnéticas, vamos comentar cada um dos itens:
a) Alternativa incorreta. A nanopartícula é absorvida pelo tumor, e dentro dele se aquece pela ação do
campo magnético externo. Portanto, não é o campo magnético da nanopartícula que é absorvido, e sim
o calor.
c) Alternativa incorreta. As nanopartículas por si só não interagem com as células tumorais. Elas
irão interagir com o campo magnético, se agitando e gerando o calor.
d) Alternativa incorreta. O campo magnético não transfere calor para as nanopartículas. Ele
transfere energia na forma de força eletromagnética para a nanopartícula, que por sua vez se aquece com
o atrito com a célula, liberando energia na forma de calor.
Gabarito: “b”.
6. (2020/FUVEST)
Um solenoide muito longo é percorrido por uma corrente elétrica 𝑰,conforme mostra a figura 1.
Em um determinado instante, uma partícula de carga 𝒒 positiva desloca‐se com velocidade instantânea
⃗ perpendicular ao eixo do solenoide, na presença de um campo elétrico na direção do eixo do
𝒗
solenoide. A figura 2 ilustra essa situação, em uma seção reta definida por um plano que contém o eixo
do solenoide.
AULA 16 – MAGNETISMO I. 72
CURSO INTENSIVO 2023
O diagrama que representa corretamente as forças elétrica ⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗𝑩 ,atuando sobre a
𝑭𝑬 e magnética 𝑭
partícula é:
Comentários
Sendo o campo elétrico horizontal e com sentido da esquerda para a direita, temos que, para uma
carga positiva, a força elétrica se orienta no mesmo sentido do campo, sendo também para a direita.
Se o solenoide é percorrido por uma corrente no sentido indicado na figura, somos capazes de
determinar o sentido do campo magnético pela regra da mão direita envolvente:
AULA 16 – MAGNETISMO I. 73
CURSO INTENSIVO 2023
Dessa forma, o campo magnético terá mesma direção e sentido que o campo elétrico. Usando a
regra da mão esquerda espalmada, somos capazes de determinar a direção e sentido da força magnética:
Para a velocidade entrando no plano do papel, e campo magnético horizontal e para a direita,
temos força magnética vertical e para baixo, para uma carga positiva.
Gabarito: “a”.
7. (2017/FUVEST)
As figuras representam arranjos de fios longos, retilíneos, paralelos e percorridos por correntes elétricas
de mesma intensidade. Os fios estão orientados perpendicularmente ao plano desta página e dispostos
segundo os vértices de um quadrado. A única diferença entre os arranjos está no sentido das correntes:
os fios são percorridos por correntes que entram ⊗ ou saem ⊙ do plano da página.
Uma vez que a corrente elétrica que percorre os fios tem a mesma intensidade, o módulo do
campo magnético por elas induzido é o mesmo. Para determinarmos o sentido de cada um dos vetores
de indução magnética devemos usar a regra da mão direita:
AULA 16 – MAGNETISMO I. 74
CURSO INTENSIVO 2023
Aplicando essa regra, teremos para cada uma das quatro situações:
É possível concluir que o campo magnético total é nulo no centro do quadrado em II e III.
Gabarito: “d”.
8. (2014/FUVEST)
Partículas com carga elétrica positiva penetram em uma câmara em vácuo, onde há, em todo seu
interior, um campo elétrico de módulo 𝑬 e um campo magnético de módulo 𝑩, ambos uniformes e
constantes, perpendiculares entre si, nas direções e sentidos indicados na figura. As partículas entram
na câmara com velocidades perpendiculares aos campos e de módulos 𝒗𝟏 (grupo 1), 𝒗𝟐 (grupo 2) e 𝒗𝟑
(grupo 3). As partículas do grupo 1 têm sua trajetória encurvada em um sentido, as do grupo 2, em
sentido oposto, e as do grupo 3 não têm sua trajetória desviada. A situação está ilustrada na figura
abaixo.
AULA 16 – MAGNETISMO I. 75
CURSO INTENSIVO 2023
III. 𝒗𝟑 = 𝑬/𝑩
Note e adote: Os módulos das forças elétrica (𝑭𝑬 ) e magnética (𝑭𝑴 ) são: 𝑭𝑬 = 𝒒𝑬 e 𝑭𝑴 = 𝒒𝒗𝑩
Comentários
Se as partículas possuem carga elétrica positiva, então a força elétrica será vertical e para cima,
mesmo sentido do campo elétrico. A força magnética, por sua vez, será vertical e para baixo. Isso pode
ser percebido fazendo uso da regra da mão espalmada.
Nas partículas do grupo 3 temos que a força elétrica terá mesmo módulo da força magnética, daí
podemos escrever:
𝐹𝑀 = 𝐹𝐸
𝑞 ⋅ 𝑣3 ⋅ 𝐵 = 𝑞 ⋅ 𝐸
𝑞 ⋅ 𝑣3 ⋅ 𝐵 = 𝑞 ⋅ 𝐸
𝐸
𝑣3 =
𝐵
Para as partículas do grupo 2, a força magnética tem módulo maior que a força elétrica, isso fica
evidenciado pelo seu desvio para baixo. Daí podemos escrever:
𝐹𝑀 > 𝐹𝐸
AULA 16 – MAGNETISMO I. 76
CURSO INTENSIVO 2023
𝑞 ⋅ 𝑣2 ⋅ 𝐵 > 𝑞 ⋅ 𝐸
𝑞 ⋅ 𝑣2 ⋅ 𝐵 > 𝑞 ⋅ 𝐸
𝐸
𝑣2 >
𝐵
Consequentemente:
𝑣2 > 𝑣3
Para as partículas do grupo 1, a força magnética tem módulo menor que a força elétrica, isso fica
evidenciado pelo seu desvio para cima. Daí podemos escrever:
𝐹𝑀 < 𝐹𝐸
𝑞 ⋅ 𝑣2 ⋅ 𝐵 < 𝑞 ⋅ 𝐸
𝑞 ⋅ 𝑣2 ⋅ 𝐵 < 𝑞 ⋅ 𝐸
𝐸
𝑣1 <
𝐵
Consequentemente:
𝑣1 < 𝑣3
Em suma, temos:
𝐸
𝑣1 < 𝑣3 = < 𝑣2
𝐵
Gabarito: “e”.
9. (2012/FUVEST)
Em uma aula de laboratório, os estudantes foram divididos em dois grupos. O grupo A fez experimentos
com o objetivo de desenhar linhas de campo elétrico e magnético. Os desenhos feitos estão
apresentados nas figuras I, II, III e IV abaixo.
AULA 16 – MAGNETISMO I. 77
CURSO INTENSIVO 2023
Aos alunos do grupo B, coube analisar os desenhos produzidos pelo grupo A e formular hipóteses.
Dentre elas, a única correta é que as figuras I, II, III e IV podem representar, respectivamente, linhas de
campo
Figura II: As linhas podem representar o campo eletrostático produzido por duas partículas
eletrizadas positivamente, em função das linhas que saem das regiões de maior concentração de linhas.
AULA 16 – MAGNETISMO I. 78
CURSO INTENSIVO 2023
Figura III: As linhas podem representar as linhas do campo magnético produzidas por uma espira
percorrida por uma corrente elétrica.
Figura IV: A figura pode representar as linhas do campo magnético produzidas por um fio
percorrido por uma corrente elétrica, em formato de circunferência e com o fio no centro.
Gabarito: “a”.
10. (2019/UNESP)
A configuração do campo magnético terrestre causa um efeito chamado inclinação magnética. Devido
a esse fato, a agulha magnética de uma bússola próxima à superfície terrestre, se estiver livre, não se
mantém na horizontal, mas geralmente inclinada em relação à horizontal (ângulo 𝜶, na figura 2). A
inclinação magnética é mais acentuada em regiões de maiores latitudes. Assim, no equador terrestre a
inclinação magnética fica em torno de 𝟎°, nos polos magnéticos é de 𝟗𝟎°, em São Paulo é de cerca de
𝟐𝟎°, com o polo norte da bússola apontado para cima, e em Londres é de cerca de 𝟕𝟎°, com o polo
norte da bússola apontado para baixo.
Esse efeito deve-se ao fato de a agulha magnética da bússola alinhar-se sempre na direção
(A) perpendicular às linhas de indução do campo magnético da Terra e ao fato de o polo norte
magnético terrestre estar próximo ao polo sul geográfico da Terra.
(B) tangente à Linha do Equador e ao fato de o eixo de rotação da Terra coincidir com o eixo magnético
que atravessa a Terra.
(C) tangente às linhas de indução do campo magnético da Terra e ao fato de o polo norte magnético
terrestre estar próximo ao polo norte geográfico da Terra.
(D) tangente às linhas de indução do campo magnético da Terra e ao fato de o polo norte magnético
terrestre estar próximo ao polo sul geográfico da Terra.
(E) paralela ao eixo magnético terrestre e ao fato de o polo sul magnético terrestre estar próximo ao
polo norte geográfico da Terra.
AULA 16 – MAGNETISMO I. 79
CURSO INTENSIVO 2023
Comentários
a) Incorreta. As linhas de indução são em cada ponto tangentes ao vetor indução magnética.
b) Incorreta. As linhas de indução são em cada ponto tangentes ao vetor indução magnética. Além
disso, o eixo de rotação da Terra não coincide exatamente com o eixo magnético que atravessa a Terra.
d) Correta. As linhas de indução são em cada ponto tangentes ao vetor indução magnética. Por
isso, dizemos que as linhas de indução partem do polo norte magnético e chegam ao polo sul magnético.
A questão trabalhou este conceito de alinhamento da agulha magnética da bussola com as linhas
de indução do campo magnético terrestre. Além disso, devemos lembrar que o polo norte magnético está
próximo ao polo sul geográfico da Terra, como afirma a alternativa “d”.
e) Incorreta. As linhas de indução são em cada ponto tangentes ao vetor indução magnética.
Gabarito: “d”.
11. (2017/UNESP)
Um motor elétrico é construído com uma espira retangular feita com um fio de cobre esmaltado
semirraspado em uma extremidade e totalmente raspado na outra, apoiada em dois mancais soldados
aos polos A e B de uma pilha. Presa a essa espira, uma hélice leve pode girar livremente no sentido
horário ou anti-horário. Um ímã é fixo à pilha com um de seus polos magnéticos (X) voltado para cima,
criando o campo magnético responsável pela força magnética que atua sobre a espira, conforme
ilustrado na figura.
AULA 16 – MAGNETISMO I. 80
CURSO INTENSIVO 2023
(A) negativo – positivo – sul – horário (B) negativo – positivo – norte – anti-horário
(C) positivo – negativo – sul – anti-horário (D) positivo – negativo – norte – horário
Devemos testar o caso do polo A ser negativo e positivo para ver qual das alternativas se adequa
à situação. Assumindo que o polo A da pilha seja negativo, temos que o polo B será positivo. Dessa forma,
a corrente terá sentido indo de B para A.
Nessa hipótese, temos as alternativas “a”, “b” e “e” para analisar. Se X for o polo sul do ímã, então
o vetor indução será vertical e para baixo.
Para determinar a direção da força magnética sobre a espira, que é um condutor com corrente,
devemos aplicar a regra da mão esquerda espalmada (RME). Os quatro dedos (exceto o polegar)
determinam a direção da corrente. A indução magnética deve perfurar a palma da mão e o polegar,
formando 90° com os outros dedos, determina a direção da força magnética
Para esse caso, a força magnética será sentida para a esquerda no ramo de cima e para a direita
no ramo de baixo, causando na espira a ação de duas forças que a faz girar no sentido anti-horário. Isso
nos permite concluir que a alternativa “a” é incorreta, ao passo que a alternativa “e”, que muda somente
os polos do ímã é a correta.
No caso em que o polo A da pilha é negativo e o polo B será positivo a corrente terá sentido indo
de B para A. Se X for o polo norte do ímã, então o vetor indução será vertical e para cima. A força
magnética será sentida para a direita no ramo de cima e para a esquerda no ramo de baixo, causando na
espira a ação de duas forças que a faz girar no sentido horário.
Gabarito: “e”.
12. (2016/UNESP)
Um ímã em forma de barra, com seus polos Norte e Sul, é colocado sob uma superfície coberta com
partículas de limalha de ferro, fazendo com que elas se alinhem segundo seu campo magnético. Se
quatro pequenas bússolas, 1, 2, 3 e 4, forem colocadas em repouso nas posições indicadas na figura, no
AULA 16 – MAGNETISMO I. 81
CURSO INTENSIVO 2023
mesmo plano que contém a limalha, suas agulhas magnéticas orientam-se segundo as linhas do campo
magnético criado pelo ímã.
Desconsiderando o campo magnético terrestre e considerando que a agulha magnética de cada bússola
seja representada por uma seta que se orienta na mesma direção e no mesmo sentido do vetor campo
magnético associado ao ponto em que ela foi colocada, assinale a alternativa que indica, correta e
respectivamente, as configurações das agulhas das bússolas 1, 2, 3 e 4 na situação descrita.
Comentários
Por convenção, o sentido das linhas de força é determinado pela direção estabelecida pelo polo
norte da agulha magnética. Por isso, observa-se que as linhas de indução magnética saem do polo norte
e entram no polo sul.
AULA 16 – MAGNETISMO I. 82
CURSO INTENSIVO 2023
Gabarito: “c”.
13. (2014/UNESP)
De forma similar, 𝐑 e 𝐋 são dimensionados para que esta última não toque a extremidade de 𝐀 quando
o circuito é percorrido por uma corrente até o valor nominal do disjuntor. Acima desta, o aquecimento
leva o bimetal a tocar o atuador 𝐀, interrompendo o circuito de forma idêntica à do eletroímã.
(www.mspc.eng.br. Adaptado.)
AULA 16 – MAGNETISMO I. 83
CURSO INTENSIVO 2023
Na condição de uma corrente elevada percorrer o disjuntor no sentido indicado na figura, sendo 𝜶𝑿 e
𝜶𝒀 os coeficientes de dilatação linear dos metais 𝑿 e 𝒀, para que o contato 𝑪 seja desfeito, deve valer
a relação __________ e, nesse caso, o vetor que representa o campo magnético criado ao longo do eixo
do eletroímã apontará para a __________.
A dilatação das lâminas é proporcional ao seu coeficiente de dilatação linear. Se o metal X tiver
coeficiente de dilatação maior que o do metal Y, a lâmina bimetálica vergará para a direita, empurrando
o braço atuador.
Pela regra da mão direita, a extremidade esquerda do eletroímã é um polo sul e a direita um polo
norte. Dessa forma, o vetor indução magnética no interior do eletroímã será para a direita.
Gabarito: “c”.
14. (2014/UNESP)
Espectrometria de massas é uma técnica instrumental que envolve o estudo, na fase gasosa, de
moléculas ionizadas, com diversos objetivos, dentre os quais a determinação da massa dessas
moléculas. O espectrômetro de massas é o instrumento utilizado na aplicação dessa técnica.
(www.em.iqm.unicamp.br. Adaptado.)
A figura representa a trajetória semicircular de uma molécula de massa m ionizada com carga +𝒒 e
velocidade escalar 𝑽, quando penetra numa região R de um espectrômetro de massa. Nessa região atua
um campo magnético uniforme ⃗𝑩 ⃗ perpendicular ao plano da figura, com sentido para fora dela,
representado pelo símbolo ⊙. A molécula atinge uma placa fotográfica, onde deixa uma marca situada
a uma distância x do ponto de entrada.
AULA 16 – MAGNETISMO I. 84
CURSO INTENSIVO 2023
𝑅𝑐𝑝 = 𝑚 ⋅ 𝑎𝑐𝑝
𝐹𝑚𝑎𝑔 = 𝑅𝑐𝑝
𝑣2
|𝑞| ⋅ 𝑣 ⋅ 𝐵 = 𝑚 ⋅
𝑅
𝑉2
𝑞⋅𝑉⋅𝐵 =𝑚⋅
𝑥/2
Gabarito: “e”.
15. (2013.2/UNESP)
A bússola interior
A comunidade científica, hoje, admite que certos animais detectam e respondem a campos magnéticos.
No caso das trutas arco-íris, por exemplo, as células sensoriais que cobrem a abertura nasal desses
peixes apresentam feixes de magnetita que, por sua vez, respondem a mudanças na direção do campo
magnético da Terra em relação à cabeça do peixe, abrindo canais nas membranas celulares e
permitindo, assim, a passagem de íons; esses íons, a seu turno, induzem os neurônios a enviarem
AULA 16 – MAGNETISMO I. 85
CURSO INTENSIVO 2023
mensagens ao cérebro para qual lado o peixe deve nadar. As figuras demonstram esse processo nas
trutas arco-íris:
Na situação da figura 2, para que os feixes de magnetita voltem a se orientar como representado na
figura 1, seria necessário submeter as trutas arco-íris a um outro campo magnético, simultâneo ao da
Terra, melhor representado pelo vetor
a) b) c) d) e)
Comentários
Para fazer com que os feixes de magnetita retornem à posição da figura 1, é necessária uma força
que anule a força do campo que o levou para a posição 2. Observe o desenho, onde o vetor laranja
representa a força que levou os feixes da posição 1 para a posição 2, e o vetor preto representa a força
requisitada na questão.
Gabarito: “b”.
16. (2017.2/UERJ)
A força magnética que atua em uma partícula elétrica é expressa pela seguinte fórmula:
AULA 16 – MAGNETISMO I. 86
CURSO INTENSIVO 2023
Admita quatro partículas elétricas idênticas, P₁, P₂, P₃ e P₄, penetrando com velocidades de mesmo
módulo em um campo magnético uniforme B, conforme ilustra o esquema.
Nesse caso, a partícula em que a força magnética atua com maior intensidade é:
a) P₁ b) P₂ c) P₃ d) P₄
Comentários
Como as partículas elétricas são idênticas, estarão sob a ação de um mesmo campo magnético
uniforme e com a mesma velocidade. Então, a única grandeza que altera a força é o ângulo entre a
velocidade e o campo magnético. Dessa forma, temos que analisar o ângulo para cada partícula:
- P₁:
𝜃 = 0° → 𝑠𝑒𝑛𝜃 = 0
- P₂:
- P₃:
𝜃 = 90° → 𝑠𝑒𝑛𝜃 = 1
- P₄:
𝜃 = 180° → 𝑠𝑒𝑛𝜃 = 0
Dessa forma, para que tenhamos a maior intensidade de força magnética devemos ter o maior
valor do seno que ocorre para a partícula 3. Sendo assim, a alternativa correta é a letra C.
Gabarito: “c”.
AULA 16 – MAGNETISMO I. 87
CURSO INTENSIVO 2023
17. (2020/UFPR)
Grandezas físicas são caracterizadas pelos seus valores numéricos e respectivas unidades. Há vários
sistemas de unidades, sendo que o principal, em uso na maioria dos países, é o Sistema Internacional
de Unidades – SI. Esse sistema é composto por sete unidades básicas (ou fundamentais) e por unidades
derivadas, formadas por combinações daquelas. A respeito do assunto, considere as seguintes
afirmativas:
AULA 16 – MAGNETISMO I. 88
CURSO INTENSIVO 2023
Notamos que a única afirmativa incorreta é a segunda, visto que a grandeza associada à energia é
o Joule [J].
Gabarito: “c”.
18. (2014/UFPR)
As partículas descrevem então trajetórias circulares identificadas por I, II, III e IV.
( ) Supondo que todas as partículas tenham mesma carga, a da trajetória II tem maior massa que a da
trajetória I.
( ) Supondo que todas as partículas tenham mesma massa, a da trajetória III tem maior carga que a da
trajetória II.
( ) Se o módulo do campo magnético B fosse aumentado, todas as trajetórias teriam um raio maior.
a) V – V – V – F. b) F – V – F – V. c) V – F – V – V. d) V – V – F – F. e) F – F – V – V.
Comentários
Utilizando a regra da mão direita, percebemos que as partículas negativas são desviadas para a
esquerda da figura e as positivas para direita. Com isto a primeira afirmativa passa a ser verdadeira.
AULA 16 – MAGNETISMO I. 89
CURSO INTENSIVO 2023
O raio da trajetória das partículas pode ser obtido relacionando-se a força magnética com a força
centrípeta.
𝑚𝑣² 𝑚𝑣 𝑚𝑣
𝐹𝑐 = 𝐹𝑀 → = 𝑞𝑣𝐵 → = 𝑞𝐵 → 𝑅=
𝑅 𝑅 𝑞𝐵
Como na questão é dito que a velocidade de lançamento das partículas é a mesma, então o raio
da trajetória é proporcional à m e inversamente proporcional à q.
Como na segunda afirmativa é suposto que as partículas tenham a mesma carga, então a partícula
II realmente apresenta uma massa maior do que a partícula I.
Na terceira afirmativa é suposto que as partículas tenham a mesma massa. Contudo, como o raio
da trajetória é inversamente proporcional à carga, então a partícula que percorre a trajetória III deve
apresentar uma carga menor do que a que percorre a trajetória II. Isto faz dessa afirmativa falsa.
Por fim, a quarta afirmativa avalia o raio da trajetória com o aumento do campo magnético.
Percebe-se que, pela equação acima, o raio da trajetória é inversamente proporcional ao campo. Assim,
um aumento no campo ocasionaria uma diminuição do raio da trajetória, invalidando a afirmativa.
Gabarito: “d”.
19. (2013/UFPR)
Um indivíduo situado em Porto Alegre (RS) observou, através de uma bússola, que no inverno a direção
do nascer do sol não coincidia com a direção leste da mesma, mas sim com a direção nordeste.
A respeito do assunto, identifique as afirmativas a seguir como verdadeiras (V) ou falsas (F):
( ) Bússolas são sensíveis a campos magnéticos locais, que desviam as direções, sendo este o fator que
justifica a divergência entre a direção apontada por elas e a do nascer do sol.
( ) Por se tratar de equipamento de baixa precisão, as bússolas não devem ser utilizadas para determinar
direções.
a) F – V – V – F. b) V – F – V – F. c) F – F – V – V.
d) V – V – F – F. e) V – F – F – V.
Comentários
Primeira afirmação: verdadeira. O movimento de translação da terra faz com que haja uma
discordância entre o Leste Geográfico, devido ao eixo de inclinação da terra, que varia.
Segunda afirmação: falsa. A divergência entre a direção apontada e o nascer do Sol submete-se ao
eixo de inclinação e o posicionamento da Terra durante o movimento de translação.
AULA 16 – MAGNETISMO I. 90
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Terceira afirmação: falsa. Bússolas foram usadas durante centenas de anos por viajantes
justamente por sua boa precisão.
Quarta afirmação: verdadeira. Essa divergência tem relação com os movimentos do planeta.
Gabarito: “e”.
20. (2019/UFU)
Além de poderem ser observados em pequenos objetos e máquinas construídas pelo homem, os
campos magnéticos também estão presentes em escala astronômica. As estrelas, como o Sol, produzem
intensos campos, criando ao seu redor o que se chama de magnetosfera. [....] Existem objetos estelares
capazes de produzir campos magnéticos absurdamente altos, como o que ocorre nos pulsares – restos
mortais de estrelas gigantes, constituídos apenas por nêutrons. São campos magnéticos na ordem de
100 milhões de Tesla! Perto deles, o campo magnético produzido pela Terra é quase nada: sua
intensidade está na ordem de 0,0001 Tesla, bem menor do que a do ímã de geladeira. Mesmo assim, o
campo magnético terrestre é de fundamental importância para o desenvolvimento da vida por aqui. O
fato de o planeta possuir um campo magnético impede que partículas com alta energia, vindas do
espaço interestelar ou do próprio Sol, atinjam a superfície terrestre, o que poderia ser prejudicial a
diversas formas de vida, inclusive a nossa.
I. As partículas com alta energia, vindas do espaço interestelar ou do próprio Sol, citadas no texto,
quando eletrizadas e sob a ação do campo magnético terrestre, são responsáveis pela formação das
auroras polares.
II. As bússolas são pequenos imãs que, quando livres, alinham-se com o campo magnético terrestre
citado no texto e se posicionam aproximadamente na direção Norte-Sul do planeta.
III. O campo magnético terrestre, apesar de baixa intensidade, como citado no texto, possui módulo,
direção e sentido constantes em todos os pontos da superfície da Terra, fato esse que possibilita seu
uso na orientação de viajantes em qualquer posição do planeta.
Em relação às afirmações acima, marque V para as verdadeiras e F para as falsas e assinale a alternativa
correta.
I. Verdadeiro. Auroras são fenômenos óticos resultantes da interação de partículas do vento solar
com o campo magnético terrestre.
II. Verdadeiro. A bússola é um pequeno ímã que se alinha com o campo magnético terrestre, que
está aproximadamente no eixo Norte/Sul geográfico.
AULA 16 – MAGNETISMO I. 91
CURSO INTENSIVO 2023
III. Falsa. O módulo, a direção e o sentido do campo magnético variam por todo o globo.
Gabarito: “b”.
21. (2018/UFU)
Uma forma de separar diferentes partículas carregadas é acelerá-las, utilizando placas que possuem
diferença de potencial elétrico (V), de modo que adquiram movimento retilíneo para, em seguida,
lançá-las em uma região onde atua campo magnético uniforme . Se o campo magnético atuar em
direção perpendicular à velocidade das partículas, elas passam a descrever trajetórias circulares e,
dependendo de suas características, com raios de curvaturas diferentes. A figura ilustra o esquema de
um possível equipamento que possui funcionamento similar ao descrito. Nesse esquema, dois tipos
diferentes de partículas são acelerados a partir do repouso do ponto A, descrevem incialmente uma
trajetória retilínea comum e, em seguida, na região do campo magnético, trajetórias circulares distintas.
d) a partícula que possui maior relação massa/carga possui menor raio de curvatura.
Comentários
𝐹𝑚𝑎𝑔 = 𝑅𝑐𝑝
𝑣2
|𝑞| ⋅ 𝑣 ⋅ 𝐵 = 𝑚 ⋅
𝑅
AULA 16 – MAGNETISMO I. 92
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Finalmente:
𝒎⋅𝒗
𝑹= Raio da trajetória circunferencial de uma partícula
|𝒒| ⋅ 𝑩
Como a partícula descreve um MCU, sabemos que este tipo de movimento é periódico. Devemos
recordar que o período é dado por:
2𝜋 𝑣 2𝜋
𝜔= ⇒ =
𝑇 𝑅 𝑇
Mas da expressão do raio 𝑅, podemos dizer que:
𝑣 𝑞⋅𝐵
=
𝑅 𝑚
Portanto:
𝑞 ⋅ 𝐵 2𝜋
=
𝑚 𝑇
Finalmente:
𝟐𝝅 ⋅ 𝒎
𝑻=
𝒒⋅𝑩
A velocidade que as partículas deixam as placas pode ser calculada por conservação da energia
mecânica:
𝐸𝑝𝑜𝑡𝑒𝑙é𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎 = 𝐸𝑐
𝑚 ⋅ 𝑣2
𝑉⋅𝑞 =
2
2 ⋅ 𝑉 ⋅ 𝑞 = 𝑚 ⋅ 𝑣2
2⋅𝑉⋅𝑞
𝑣=√
𝑚
Portanto um aumento da razão massa/carga aumenta tanto o raio quanto o período. A única
alternativa correta é a B, que pode ser encontrada pela regra da mão direita.
Gabarito: “b”.
AULA 16 – MAGNETISMO I. 93
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22. (2017/EEAR)
Um projétil de dimensões desprezíveis carregado com uma carga elétrica negativa atinge com
velocidade inicial 𝒗𝟎 o orifício de uma câmara que possui em seu interior um campo magnético
uniforme paralelo à sua trajetória, como mostra a figura abaixo. Qual orifício melhor representa a
possibilidade de escape do projétil?
a) 1 b) 2 c) 3 d) 4
Comentários
Quando o campo magnético está paralelo à velocidade não há força magnética agindo em carga
puntiforme.
Gabarito: “a”.
23. (2017/AFA)
Dois longos fios paralelos estão dispostos a uma distância l um do outro e transportam correntes
elétricas de mesma intensidade i em sentidos opostos, como ilustra a figura abaixo.
Nessa figura o ponto P é equidistante dos fios. Assim, o gráfico que melhor representa a intensidade do
campo magnético resultante B, no ponto P, em função da abscissa x, é
AULA 16 – MAGNETISMO I. 94
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Comentários
Seja 𝑑 a distância entre a parte do fio que toca o plano xy e P, tal que:
𝑙2
𝑑2 = 𝑥 2 +
4
µ. 𝑖
𝐵 =
2𝜋𝑑
𝜇. 𝑖. 𝑙. 2 𝜇. 𝑖. 𝑙. 𝜇. 𝑖. 𝑙
|𝐵𝑟𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒| = 2 ∗ |𝐵| ∗ 𝑠𝑒𝑛𝛼 = = =
2𝜋𝑑. 2𝑑 2𝜋𝑑 2 𝑙2
2𝜋 (𝑥 2 + 4 )
Assim, analisando os extremos: x => 0 temos que f(x) é máximo e quando x => ± infinito temos que
f(x) tende a zero. Apenas o gráfico a) corresponde;
Gabarito: ‘’a”.
24. (2017/EAM)
Um ímã encontra-se, inicialmente, a uma certa distância de uma esfera de ferro que está em repouso
sobre uma mesa, cujo atrito pode ser desprezado.
Assinale a opção que apresenta de forma correta o comportamento da esfera quando da aproximação
do ímã.
AULA 16 – MAGNETISMO I. 95
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Perceba que a esfera é metálica, então ocorrerá aproximação da esfera metálica em direção ao
ímã, ou seja, para a esquerda, não importando qual polo que estiver se aproximando.
Gabarito: “c”.
25. (2016/EAM)
As bússolas, instrumentos de orientação cuja invenção é atribuída à China do século I a.C., são utilizadas
até hoje em diversas situações. Sobre as bússolas, é correto afirmar que
(C) por serem imantadas, não podem sofrer influência de correntes elétricas.
(D) mesmo próximas de um ímã, continuam apontando para o polo norte geográfico da Terra.
(E) permitem uma navegação segura, pois indicam exatamente a direção que se quer seguir.
Comentários
As bússolas possuem imãs que se alinham seguindo as linhas de indução do campo magnético da
Terra.
Gabarito: “b”.
26. (2015/EAM)
O magnetismo terrestre sempre foi um mistério para muitos estudiosos. As bússolas são constituídas
por uma agulha magnética que pode girar livremente em torno de um eixo vertical, permitindo aos
navegadores orientarem suas embarcações de acordo com coordenadas geográficas definidas a partir
dos pontos cardeais. Sobre o magnetismo terrestre e o funcionamento das bússolas, assinale a opção
correta.
AULA 16 – MAGNETISMO I. 96
CURSO INTENSIVO 2023
d) A agulha magnética de uma bússola pode ser orientada em qualquer direção, de acordo com a
rota de navegação a ser seguida.
e) A agulha magnética de uma bússola orienta-se de acordo com o campo magnético da Terra,
alinhando-se com esse campo e apontando para o polo sul magnético do planeta.
Comentários
Sobre o campo magnético terrestre é possível afirmar que o norte magnético é mais próximo do
sul geográfico e o sul magnético é mais próximo do norte geográfico. Contudo, os polos magnéticos não
coincidem com os polos geográficos mais próximos. Assim como o campo terrestre não possui um local,
sobre o planeta, no qual ele é nulo.
Somado a isso, temos que a bússola irá se orientar pelo campo magnético terrestre e, por isso, ele
não irá ser orientado em qualquer direção, mas, sim, para o sul magnético do planeta.
Gabarito: “e”.
Sobre eletricidade e magnetismo analise as afirmativas abaixo e assinale a opção que apresenta o
conceito INCORRETO.
a) Partículas ou corpos com cargas elétricas de sinais iguais se repelem e com sinais opostos se atraem.
c) Um corpo é dito eletrizado positivamente quando inicialmente neutro, por algum processo de
eletrização recebe prótons de outro corpo.
d) Em um sistema eletricamente isolado, dois corpos inicialmente neutros e de materiais diferentes,
quando atritados entre si adquirem cargas elétricas de mesmo módulo e sinais opostos.
e) A Terra pode ser considerada como se fosse um grande imã, em que o polo magnético norte se
encontra próximo ao polo geográfico sul e o polo magnético sul próximo ao polo geográfico norte.
Comentários
Todos os itens estão corretos exceto a opção (C). Esta opção diz que um corpo é dito positivamente
eletrizado quando, depois de neutro recebe prótons por algum processo de eletrização, quando na
verdade deveria estar dizendo que ele perde elétrons por algum processo de eletrização, que é o correto,
pois quem se move é o elétron.
Gabarito: “c”.
Em 1820, o físico dinamarquês Oersted montou um experimento que consistia em um circuito elétrico
simples constituído por uma bateria, fios de cobre e uma chave que permitia a ele abrir ou fechar o
AULA 16 – MAGNETISMO I. 97
CURSO INTENSIVO 2023
circuito. Tendo colocado próximo a um trecho retilíneo do circuito algumas bússolas, notou que, ao
fechar o circuito, as bússolas ali colocadas sofreram uma deflexão, o que permitiu a ele concluir que:
a) ao quebrar um ímã em pedacinhos, cada pedacinho será um novo ímã com polos Norte e Sul
magnéticos.
Para que se obtenha uma deflexão na bússola, o campo magnético sentido por ela deve sofrer
algum tipo de variação. Com isso, quando o circuito é fechado, ou seja, quando há corrente circulando, o
campo elétrico que age na bússola sofre uma mudança. Portanto é possível concluir que a corrente
elétrica gera campo magnético.
Gabarito: “d”.
29. (2012/ITA)
Assinale em qual das situações descritas nas opções abaixo as linhas de campo magnético formam
circunferência no espaço.
Dentro das opções, a única situação em que as linhas de campo magnético formam circunferências
no espaço é quando um fio retilíneo é percorrido por corrente elétrica.
Gabarito: “d”.
30. (2014/ITA)
As figuras mostram três espiras circulares concêntricas e coplanares percorridas por correntes de
mesma intensidade 𝑰 em diferentes sentidos. Assinale a alternativa que ordena corretamente as
magnitudes dos respectivos campos magnéticos nos centros 𝑩𝟏 , 𝑩𝟐 , 𝑩𝟑 e 𝑩𝟒 .
AULA 16 – MAGNETISMO I. 98
CURSO INTENSIVO 2023
Vimos que neste caso, a intensidade do vetor indução magnética no centro de uma espira com
corrente constante é expresso por:
𝜇⋅𝐼
𝐵=
2⋅𝑅
Em que 𝑅 é o raio da espira. O sentido do vetor é dado pela RMD. Como 𝐵 é inversamente
proporcional ao raio, então fazendo a superposição dos vetores para cada uma das situações, temos que:
Gabarito: “c”.
31. (2016/ITA)
Um líquido condutor (metal fundido) flui no interior de duas chapas metálicas paralelas, Inter distantes
de 2,0 cm, formando um capacitor plano, forme a figura. Toda essa região interna está submetida a um
campo homogêneo de indução magnética de 0,01 T, paralelo aos planos das chapas, atuando
perpendicularmente à direção da velocidade do escoamento. Assinale a opção com o módulo dessa
velocidade quando a diferença de potencial medida entre as placas for de 𝟎, 𝟒𝟎 𝒎𝑽.
a) 2 cm/s
b) 3 cm/s
c) 1 m/s
d) 2 m/s
e) 5 m/s
Comentários
Dado que o líquido é condutor, eleve possuir cargas livres. De acordo com o enunciado,
considerando as cargas livres escoando como positivas, a força magnética na carga no interior do campo
deve ter sentido para cima, dado pela regra da mão esquerda espalmada. Portanto, para haver equilíbrio,
AULA 16 – MAGNETISMO I. 99
CURSO INTENSIVO 2023
a força elétrica deverá estar em sentido oposto à magnética. Por isso, podemos associar um campo
elétrico de cima para baixo no interior das placas. Na situação de equilíbrio, temos:
𝐹𝑚𝑎𝑔 = 𝐹𝑒𝑙
𝑞⋅𝑣⋅𝐵 =𝑞⋅𝐸
𝑈=𝐸⋅𝑑
Portanto:
𝑈 4 ⋅ 10−4
𝑣= = −2 ⇒ 𝑣 = 2 𝑚/𝑠
𝐵 ⋅ 𝑑 10 ⋅ 2 ⋅ 10−2
Gabarito: “d”.
32. (2018/ITA)
Uma massa 𝒎 de carga 𝒒 gira em órbita circular de raio 𝑹 e período 𝑻 no plano equatorial de um ímã.
Nesse plano, a uma distância 𝒓 do ímã, a intensidade do campo magnético é 𝑩(𝒓) = 𝝁/𝒓𝟑 , em que 𝝁 é
uma constante. Se fosse de 𝟒𝑹 o raio dessa órbita, o período seria de:
𝐹𝑚𝑎𝑔 = 𝑅𝐶𝑝
𝑚𝑣 2 𝜇 𝑚 2𝜋 2𝜋 ⋅ 𝑚 3
𝑞⋅𝑣⋅𝐵 = ⇒𝑞⋅ 3= ⋅ ⋅𝑅 ⇒𝑇 = ⋅𝑅
𝑅 𝑅 𝑅 𝑇 𝜇⋅𝑞
Portanto:
2𝜋 ⋅ 𝑚 2𝜋 ⋅ 𝑚 3
𝑇′ = ⋅ (4𝑅)3 = 64 ⋅ 𝑅 = 64𝑇
𝜇⋅𝑞 𝜇⋅𝑞
Gabarito: “e”.
33. (2009/ITA)
A figura representa o campo magnético de dois fios paralelos que conduzem correntes elétricas. A
respeito da força magnética resultante no fio da esquerda, podemos afirmar que ela
a) atua para a direita e tem magnitude maior que a da força no fio da direita.
c) atua para a esquerda e tem magnitude maior que a da força no fio da direita.
e) atua para a esquerda e tem magnitude menor que a da força no fio da direita.
Comentários
De acordo com a figura em questão, na região entre os fios podemos notar uma intensificação das
linhas de força, ou seja, os campos devem estar no mesmo sentido. Para isso, as correntes nos fios devem
ter sentidos opostos. Lembrando que o sentido do campo é dado pela regra da mão direita envolvente.
Como as correntes nos fios têm sentidos opostos, a força entre eles é repulsiva e os módulos das
forças que agem nos dois fios são iguais (Lembre-se elas não formam um par ação/reação). Portanto, a
força que age no fio da esquerda é para a esquerda.
Gabarito: “d”.
8 - Considerações finais
“O segredo do sucesso é a constância no objetivo”
Parabéns por mais uma aula concluída. Ela significa menos um degrau até a sua aprovação. É
importante frisar que um dos principais diferencias do Estratégia é o famoso fórum de dúvidas.
9 - Referências Bibliográficas
[1] Calçada, Caio Sérgio. Física Clássica volume 5. 2. Ed. Saraiva Didáticos, 2012. 576p.
[2] Newton, Gualter, Helou. Tópicos de Física volume 3. 11ª ed. Saraiva, 1993. 303p.
[3] Toledo, Nicolau, Ramalho. Os Fundamentos da Física, volume 3. 9ª ed. Moderna. 490p.
[4] Resnick, Halliday, Jearl Walker. Fundamentos de Física volume 3. 10ª ed. LTC. 365p.
10 - Versão de Aula