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EsPCEx 2024

CINEMÁTICA (III)

AULA 04
Cinemática vetorial e Lançamentos oblíquos

Prof. Vinícius Fulconi

www.estrategiamilitares.com.br
Prof. Vinícius Fulconi

Sumário
Apresentação do Professor 4

1. Cinemática vetorial 5

1.1 Deslocamento Vetorial 5

1.2 Velocidade relativa vetorial 7

1.3 Problemas envolvendo correntezas 14


Velocidade do barco em relação às águas (correnteza) - 𝒗𝑩/𝑪 14
Velocidade do barco em relação à terra - 𝒗𝑩/𝑻 14
Velocidade da correnteza - 𝒗𝑪/𝑻 14

Lista de questões de composição vetorial 22

Nível 1 22

Nível 2 26

Nível 3 30

Resolução - Lista de composição vetorial 37

Nível 1 37

Nível 2 47

Nível 3 58

2.0 Lançamentos oblíquos 75

Lista de questões de lançamentos oblíquos 82

Nível 1 82

Nível 2 87

Nível 3 90

Resolução - Lista de questões de lançamentos oblíquos 101

Nível 1 101

Nível 2 111

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Nível 3 117

TÓPICO ESPECIAL: PARÁBOLA DE SEGURANÇA 147

Considerações finais 153

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Prof. Vinícius Fulconi

Apresentação do Professor
Querido aluno(a), seja bem-vindo(a) à nossa primeira aula!
Sou o professor Vinícius Fulconi, tenho vinte e cinco anos e estou cursando Engenharia
Aeroespacial no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). Irei contar um pouco sobre minha trajetória
pessoal, passando pelo mundo dos vestibulares com minhas principias aprovações, até fazer parte da
equipe de física do Estratégia Militares.
No ensino médio, eu me comportava como um aluno mediano. No final do segundo ano do ensino
médio, um professor me desafiou com a seguinte declaração: Você nunca vai passar no ITA! Essa fala do
professor poderia ter sido internalizada como algo desestimulador e, assim como muitos, eu poderia ter
me apegado apenas ao que negritei anteriormente. Muitos desistiriam! Entretanto, eu preferi negritar e
gravar “Você vai passar no ITA!
Querido aluno(a), a primeira lição que desejo te mostrar não é nenhum conteúdo de física. Quero
que transforme seu sonho em vontade de vencer. Transforme seus medos e incapacidades em desafios a
serem vencidos. Haverá muitos que duvidarão de você. O mais importante é você acreditar! Nós do
Estratégia Militares acreditamos no seu potencial e ajudaremos você a realizar seu sonho!

Perseverânça e
Sonhos trabalho duro Realizações

Após alguns anos estudando para o ITA, usando muitos livros estrangeiros, estudando sem
planejamento e frequentando diversos cursinhos do segmento, realizei meu sonho e entrei em umas das
melhores faculdades de engenharia do mundo. Além de passar no ITA, ao longo da minha preparação,
fui aprovado no IME, UNICAMP, Medicina (pelo ENEM) e fui medalhista na Olimpíada Brasileira de Física.
Minha resiliência e grande experiência em física, que obtive estudando por diversas plataformas
e livros, fez com que eu me tornasse professor de física do Estratégia Militares. Tenho muito orgulho em
fazer parte da família Estratégia e hoje, se você está lendo esse texto, também já é parte dela. Como
professor, irei te guiar por toda física, alertando sobre os erros que cometi na minha preparação,
mostrando os pontos em que obtive êxito e, assim, conseguirei identificar quais são seus pontos fortes e
fracos, maximizando seu rendimento e te guiando até à faculdade dos seus sonhos.
Você deve estar se perguntando: O que é necessário para começar esse curso?

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1. Cinemática vetorial

1.1 Deslocamento Vetorial

Considere um corpo que parte do ponto A e percorre uma determinada trajetória,


chegando ao ponto B. Os vetores posição da partícula, em relação a um sistema de coordenadas,
é mostrado na figura abaixo.
Perceba, novamente, que é muito importante trabalharmos com sistema de referência.
Não deixe de adotar o seu referencial.

Figura 1: Deslocamento de um corpo feito pela trajetória em vermelho.

Percebemos que o deslocamento da pessoa é realizado pela trajetória em vermelho. Como


já vimos na aula anterior, o deslocamento é o comprimento da trajetória e, portanto, é o
comprimento do traço vermelho.
O deslocamento vetorial é um vetor que liga o ponto A ao ponto B. A origem do vetor está
no ponto A (situação inicial) e a extremidade no vetor está no ponto B (Situação final).
Podemos interpretar o deslocamento vetorial como sendo a diferença entre o vetor
posição final e o vetor posição inicial.
Desta maneira, temos:
⃗⃗⃗⃗⃗ = 𝑺
∆𝑺 ⃗𝑩−𝑺
⃗𝑨

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“O deslocamento vetorial leva em consideração apenas a situação inicial e a situação final do


corpo.”

1.1.1 Deslocamento relativo vetorial


Considere os dois corpos abaixo com seus respectivos vetores posição e seus respectivos
vetores velocidade.

Figura 2: Móveis em relação a um sistema cartesiano.

O deslocamento relativo entre os corpos vermelho e azul é dado por:

⃗ 𝑨/𝑩 = 𝒔
𝒔 ⃗ 𝑨/𝑻 − 𝒔
⃗ 𝑩/𝑻

𝐬𝐀/𝐁 − 𝐃𝐞𝐬𝐥𝐨𝐜𝐚𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨 𝐝𝐨 𝐜𝐨𝐫𝐩𝐨 𝐀 𝐞𝐦 𝐫𝐞𝐥𝐚çã𝐨 𝐚𝐨 𝐜𝐨𝐫𝐩𝐨 𝐁.


𝐬𝐀/𝐓 − 𝐃𝐞𝐬𝐥𝐨𝐜𝐚𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨 𝐝𝐨 𝐜𝐨𝐫𝐩𝐨 𝐀 𝐞𝐦 𝐫𝐞𝐥𝐚çã𝐨 à 𝐓𝐞𝐫𝐫𝐚.
𝐬𝐁/𝐓 − 𝐃𝐞𝐬𝐥𝐨𝐜𝐚𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨 𝐝𝐨 𝐜𝐨𝐫𝐩𝐨 𝐁 𝐞𝐦 𝐫𝐞𝐥𝐚çã𝐨 à 𝐓𝐞𝐫𝐫𝐚.

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1.2 Velocidade relativa vetorial


A velocidade relativa vetorial revela a composição de movimentos proposta por Galileu.
Considere dois corpos se movimentando no espaço com determinadas velocidades em relação à
Terra.

Figura 3: Móveis e seus vetores velocidade.

A velocidade relativa entre os corpos é dada por:

⃗ 𝑨/𝑩 = 𝒗
𝒗 ⃗ 𝑨/𝑻 − 𝒗
⃗ 𝑩/𝑻

⃗ 𝑨/𝑩 − 𝐕𝐞𝐥𝐨𝐜𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞 𝐝𝐨 𝐜𝐨𝐫𝐩𝐨 𝐀 𝐨𝐛𝐬𝐞𝐫𝐯𝐚𝐝𝐚 𝐩𝐞𝐥𝐨 𝐫𝐞𝐟𝐞𝐫𝐞𝐧𝐜𝐢𝐚𝐥 𝐝𝐞 𝐁.


𝒗
⃗ 𝑨/𝑻 − 𝐕𝐞𝐥𝐨𝐜𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞 𝐝𝐨 𝐜𝐨𝐫𝐩𝐨 𝐀 𝐞𝐦 𝐫𝐞𝐥𝐚çã𝐨 à 𝐓𝐞𝐫𝐫𝐚.
𝒗
⃗ 𝑩/𝑻 − 𝐕𝐞𝐥𝐨𝐜𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞 𝐝𝐨 𝐜𝐨𝐫𝐩𝐨 𝐁 𝐞𝐦 𝐫𝐞𝐥𝐚çã𝐨 à 𝐓𝐞𝐫𝐫𝐚.
𝒗

1.2.1 Velocidade vetorial média


A velocidade vetorial média leva em consideração apenas o vetor deslocamento. Desta
maneira, apenas a situação inicial e a situação são consideradas.

⃗⃗⃗⃗⃗
∆𝑺
⃗⃗⃗⃗⃗𝒎 =
𝒗
∆𝒕

“Se um corpo parte de um ponto e, após realizar uma determinada trajetória, volta para o mesmo
ponto, o deslocamento vetorial é nulo e, portanto, a velocidade média também é nula.”

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Exemplo:
Um corpo move-se com velocidade escalar constante descrevendo uma trajetória
circular de raio 30 m, levando 18 segundos par completar uma volta. Em um intervalo
de 𝚫𝒕 = 𝟑, 𝟎 𝒔, determine os módulos:
da variação do espaço do móvel;
do vetor deslocamento;
da velocidade escalar média;
da velocidade vetorial média;
Comentários:
a) Para o intervalo de tempo dado, se o móvel gasta 18 segundos para dar uma volta
completa, em 3 ele percorre um sexto da circunferência:

𝟏
𝒅𝒑 = ⋅ 𝟐𝝅 ⋅ 𝟑𝟎 = 𝟏𝟎𝝅 𝒎
𝟔

b) Para determinar o |𝚫𝒔⃗ |, vamos utilizar a lei dos cossenos no triângulo OAB:
𝝅
|𝚫𝒔⃗ |𝟐 = 𝑹𝟐 + 𝑹𝟐 − 𝟐. 𝑹. 𝑹. 𝐜𝐨𝐬 ( )
𝟑
|𝚫𝒔⃗ | = 𝟑𝟎 𝒎
Ou simplesmente ver que o triângulo OAB é equilátero, portanto, |𝚫𝒔
⃗ | = 𝑹. Utilizamos
a lei dos cossenos apenas para mostrar como faz para o caso geral, ou seja, quando o
triângulo não possui propriedades conhecidas.
c) o módulo da velocidade escalar é dado por:
𝒅𝒑 𝟏𝟎𝝅
𝒗𝒆𝒎 = ⇒ |𝒗𝒆𝒎 | = 𝒎/𝒔
𝚫𝒕 𝟑
d) para a velocidade vetorial média, temos que:
|𝚫𝒔
⃗| 𝟑𝟎
|𝒗
⃗ 𝒎| = = ⇒ |𝒗 ⃗ 𝒎 | = 𝟏𝟎 𝒎/𝒔
𝚫𝒕 𝟑
Note que neste exercício, o módulo da velocidade vetorial média é menor que a
velocidade escalar média:

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𝟑 < 𝝅 ⇒ 𝟑𝟎 < 𝟏𝟎𝝅 ⇒ |𝚫𝒔


⃗ | < 𝒅𝒑 ⇒ |𝒗
⃗ 𝒎 | < 𝒗𝒆𝒎

Exemplo:
Uma partícula descreve um MCUV, tal que no primeiro instante sua velocidade é 𝒗 ⃗𝟏e
em um segundo instante sua velocidade é ⃗⃗⃗⃗ 𝒗𝟐 . Dado que |𝒗 ⃗ 𝟏 | = 𝟔, 𝟎 𝒎/𝒔 e
|𝒗
⃗ 𝟐 | = 𝟖 𝒎/𝒔, como na figura abaixo, determine o módulo da aceleração vetorial, se
a partícula levou 4 segundos para ir de realizar este percurso. Adote: 𝒄𝒐𝒔𝜽 = 𝟎, 𝟔.

Comentários:
A partir da definição, devemos encontrar quem é o módulo da variação da velocidade
vetorial:
|𝚫𝒗
⃗ | = |𝒗 ⃗ 𝟏|
⃗ 𝟐−𝒗
Geometricamente:

Pela lei dos cossenos, temos que:


|𝚫𝒗⃗ |𝟐 = |𝒗
⃗ 𝟏 |𝟐 + |𝒗⃗ 𝟐 | − 𝟐. |𝒗
⃗ 𝟏 |. |𝒗
⃗ 𝟐 |. 𝒄𝒐𝒔 𝜽
|𝚫𝒗 𝟐 𝟐 𝟐
⃗ | = 𝟔 + 𝟖 − 𝟐. 𝟔. 𝟖. (𝟎, 𝟔)
|𝚫𝒗 ⃗ | ≅ 𝟔, 𝟓𝟏 𝒎/𝒔
Então, a aceleração vetorial média é dada por:

𝚫𝒗
⃗𝒎=
𝒂
𝚫𝒕
|𝚫𝒗
⃗|
|𝒂
⃗ 𝒎| =
𝚫𝒕
𝟔,𝟓𝟏
|𝒂
⃗ 𝒎| = ≅ 𝟏, 𝟔𝟐 𝒎/𝒔𝟐
𝟒

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Exemplo:
⃗ de um móvel, em função do tempo, acha-se representada pelo
A velocidade 𝒗
diagrama vetorial da figura. A intensidade da velocidade inicial é 𝒗𝟎 = 𝟐𝟎 𝒎/𝒔.
Determine o módulo da aceleração vetorial média entre os instantes 𝒕 = 𝟎 e 𝒕 = 𝟖 𝒔.

Comentários:
Novamente, temos que determinar o modulo determinar o módulo da variação da
velocidade vetorial entre os instantes 𝒕 = 𝟎 e 𝒕 = 𝟖 𝒔:

Pela geometria do problema, escrevemos que:


𝟐𝟎
|𝒗
⃗ 𝟏| |𝒗
⃗ 𝟏| 𝟏
𝒔𝒆𝒏𝜽 = |𝚫𝒗| ⇒ |𝚫𝒗

⃗|= ⇒ |𝚫𝒗
⃗|= ⇒ |𝚫𝒗
⃗ | = 𝟒𝟎 𝒎/𝒔
𝒔𝒆𝒏𝜽 𝟐
Logo, o módulo da aceleração vetorial média é de:
|𝚫𝒗
⃗| 𝟒𝟎
|𝒂
⃗ 𝒎| = = ⃗ 𝒎 | = 𝟓, 𝟎 𝒎/𝒔𝟐
⇒ |𝒂
𝚫𝒕 𝟖

Exemplo:
Um corpo descreve uma trajetória circular de centro C, com velocidade escalar inicial
𝒗𝟎 = 𝟒 𝒎/𝒔, em 𝒕𝟎 = 𝟎. No instante 𝒕 = 𝟏, 𝟎 𝒔, a aceleração vetorial instantânea tem
módulo 𝟏𝟎 𝒎/𝒔𝟐 , conforme a figura abaixo. Dado que 𝒄𝒐𝒔𝜽 = 𝟎, 𝟖, determine:
Módulo da aceleração escalar;
Módulo da aceleração centrípeta quando 𝒕 = 𝟏, 𝟎 𝒔;
Módulo da velocidade no instante 𝒕 = 𝟏, 𝟎 𝒔;
O raio da trajetória.

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Comentários:
Da teoria, podemos construir os vetores das acelerações tangenciais e normais:

Assim, pela trigonometria podemos dizer que:


|𝒂
⃗ 𝒕 | = |𝒂 ⃗ |. 𝒔𝒆𝒏𝜽 ⇒ |𝒂 ⃗ 𝒕 | = 𝟏𝟎. 𝟎, 𝟔 ⇒ |𝒂 ⃗ 𝒕 | = 𝟔 𝒎/𝒔𝟐
Logo, o módulo da aceleração escalar é de 6 m/s².
Para determinar o módulo da aceleração centrípeta, podemos utilizar a relação
trigonométrica da figura em questão ou aplicar o teorema de Pitágoras. Como trata-se
de um triângulo pitagórico múltiplo do triângulo 3, 4 e 5, podemos escrever
diretamente que a aceleração centrípeta tem módulo igual a 8,0 m/s². Ou ainda:
|𝒂
⃗ 𝒄 | = |𝒂 ⃗ |. 𝒄𝒐𝒔𝜽 = 𝟏𝟎. 𝟎, 𝟖 ⇒ |𝒂 ⃗ 𝒄 | = 𝟖 𝒎/𝒔𝟐
c) A velocidade no instante 𝒕 = 𝟏, 𝟎 𝒔, pode ser obtida pela equação horária da
velocidade no MUV:
𝒗 = 𝒗𝟎 + 𝒂𝒆 . 𝒕 ⇒ 𝒗 = 𝟒 + 𝟔. 𝟏 ⇒ 𝒗 = 𝟏𝟎 𝒎/𝒔
d) Pela equação do módulo da aceleração centrípeta, podemos encontrar o raio da
trajetória:
𝒗𝟐 𝟏𝟎𝟐
|𝒂
⃗ 𝒄| = ⇒𝟖= ⇒ 𝑹 = 𝟏𝟐, 𝟓 𝒎
𝑹 𝑹

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Exemplo:
Em determinado instante, a velocidade vetorial e a aceleração vetorial de uma
partícula estão representadas na figura abaixo. Qual dos pares oferecidos representa,
no instante considerado, os valores da aceleração escalar 𝒂𝒆 e o raio de curvatura 𝑹
da trajetória?

a) 𝒂𝒆 = 𝟒, 𝟎 𝒎/𝒔𝟐 e 𝑹 = 𝟎
b) 𝒂𝒆 = 𝟒, 𝟎 𝒎/𝒔𝟐 e 𝑹 → ∞
c) 𝒂𝒆 = 𝟐, 𝟎 𝒎/𝒔𝟐 e 𝑹 = 𝟐𝟗 𝒎
d) 𝒂𝒆 = 𝟐, 𝟎 𝒎/𝒔𝟐 e 𝑹 = 𝟐, 𝟗 𝒎
e) 𝒂𝒆 = 𝟑, 𝟒 𝒎/𝒔𝟐 e 𝑹 = 𝟐𝟗 𝒎

Comentários:
Pela representação dos vetores da figura, sabemos que a aceleração centrípeta é
normal ao vetor velocidade, assim, podemos representar os demais vetores da
seguinte forma:

⃗ , encontramos que:
Pela decomposição do vetor 𝒂
√𝟑
|𝒂
⃗ 𝒄 | = |𝒂 ⃗ 𝒄 | = 𝟒 ( ) = 𝟐√𝟑 𝒎/𝒔𝟐
⃗ |. 𝒔𝒆𝒏(𝟔𝟎°) ⇒ |𝒂
𝟐
𝟏
|𝒂
⃗ 𝒕 | = |𝒂
⃗ |. 𝐜𝐨𝐬(𝟔𝟎°) ⇒ |𝒂 ⃗ 𝒕 | = 𝟐, 𝟎 𝒎/𝒔𝟐
⃗ 𝒕 | = 𝟒 ( ) ⇒ |𝒂
𝟐
Para o cálculo do raio de curvatura, vamos utilizar o módulo da aceleração centrípeta:
𝒗𝟐 𝒗𝟐 𝟏𝟎𝟐
|𝒂
⃗ 𝒄| = ⇒ 𝑹 = |𝒂⃗ | ⇒ 𝑹 = ⇒ 𝑹 ≅ 𝟐𝟗 𝒎
𝑹 𝒄 𝟐√𝟑

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Gabarito: C

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1.3 Problemas envolvendo correntezas

Considere um barco que está em uma das margens de um rio de largura L. A velocidade da
⃗ 𝒄 . Iremos definir algumas grandezas importante para este tipo de
correnteza desse rio é 𝑽
movimento.

Figura 4: Deslocamento de um barco em uma correnteza.

⃗ 𝑩/𝑪
Velocidade do barco em relação às águas (correnteza) - 𝒗
• É para onde o barco aponta.
• É a velocidade medida pelo velocímetro do barco.

⃗ 𝑩/𝑻
Velocidade do barco em relação à terra - 𝒗
• É a velocidade que o barco tem em relação a uma pessoa parada nas margens do rio.
• Mostra a direção que o barco segue em relação ao observador parado nas margens.

⃗ 𝑪/𝑻
Velocidade da correnteza - 𝒗
• É a velocidade das águas do rio.
• É sempre paralela às margens do rio.

O movimento do barco em um rio, em relação à terra, será a composição entre o movimento


do barco relativo às águas e a movimentação da correnteza. Em outras palavras, o movimento do
barco é uma composição vetorial de movimentos.

⃗ 𝑩/𝑻 = 𝒗
𝒗 ⃗ 𝑩/𝑪 + 𝒗
⃗ 𝑪/𝑻

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Desta maneira, temos a seguinte situação:


O barco aponta na direção do vetor em vetor. Entretanto, a correnteza modifica sua
trajetória original (verde), deslocando-o para a direita. Assim, o barco seguirá a trajetória em
vermelho até a outra margem. Lembre-se que a trajetória em vermelho é a composição entre a
trajetória em verde e o deslocamento feito pela correnteza.

Exemplo:
Um barco tem velocidade v em relação às águas. A velocidade do rio vale u e a largura
do rio vale L.

a) Calcule o tempo de travessia supondo um ângulo genérico 𝜽.


b) Calcule o tempo mínimo de travessia.
C) Calcule o tempo de travessia para que a distância percorrida pelo barco seja mínima.
Comentários:
a)
Para calcular o tempo de travessia, podemos decompor a velocidade do barco em
relação às águas na direção do deslocamento que conhecemos (Largura do rio).
𝑳
𝒕=
𝒗⋅𝒄𝒐𝒔𝜽
b)
Para que o tempo seja mínimo, podemos maximizar o cosseno. Pois, quanto maior o
valor de cosseno menor será a fração e, portanto, menor será o tempo.
O maior valor assumido pelo cosseno é 1. Portanto,
𝒄𝒐𝒔𝜽 = 𝟏 → 𝜽 = 𝟎°

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Desta maneira, temos:


𝑳
𝒕𝒎í𝒏 =
𝒗
Observação importante: O tempo de travessia será mínimo sempre que o barco for
posicionado perpendicularmente às margens do rio.
c)
Para que o barco percorra a menor distância possível, o deslocamento dele deve ser
perpendicular às margens do rio. Ou seja, ele deve percorrer a distância L.
Para que isso ocorra, devemos ter a seguinte situação:

⃗ 𝑩/𝑻 , fazendo Pitágoras no triângulo da figura.


Podemos encontrar o vetor 𝒗
𝒗²𝑩/𝑻 + 𝒖𝟐 = 𝒗²
𝒗𝑩/𝑻 = √𝒗𝟐 − 𝒖²
Desta maneira, o tempo de travessia é:
𝑳
𝒕=
𝒗𝑩/𝑻
𝑳
𝒕=
√𝒗𝟐 −𝒖²

Exemplo:
Considere um rio retilíneo na qual as águas movimentam-se com velocidade de
𝟐, 𝟎 𝒎/𝒔 em relação as margens. Um barco cuja velocidade em relação as águas é 4,0
m/s e parte de uma ponte a outra que distam 60 metros. Inicialmente, o barco está
subindo o rio de uma ponte para a outra e depois volta para a primeira.
a) determine o intervalo de tempo para o barco subir o rio, da primeira a segunda
ponte.
b) determine o intervalo de tempo para o barco descer o rio, da segunda a primeira
ponte.

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c) se o rio estivesse parado em relação as margens, qual seria o tempo total de ida e
volta.
Comentários:
Inicialmente, escrevemos todos os vetores velocidades:
⃗ 𝑩/𝑴 : 𝒗𝒆𝒍𝒐𝒄𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 𝒅𝒐 𝒃𝒂𝒓𝒄𝒐 𝒆𝒎 𝒓𝒆𝒍𝒂çã𝒐 à𝒔 𝒎𝒂𝒓𝒈𝒆𝒏𝒔
𝒗
{𝒗⃗ 𝑩/𝑨 : 𝒗𝒆𝒍𝒐𝒄𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 𝒅𝒐 𝒃𝒂𝒓𝒄𝒐 𝒆𝒎 𝒓𝒆𝒍𝒂çã𝒐 à á𝒈𝒖𝒂
⃗ 𝑨/𝑴 : 𝒗𝒆𝒍𝒐𝒄𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 𝒅𝒂 á𝒈𝒖𝒂 𝒆𝒎 𝒓𝒆𝒍𝒂𝒄𝒂𝒐 à𝒔 𝒎𝒂𝒓𝒈𝒆𝒏𝒔
𝒗
Pela regra das bolinhas, temos que:
⃗ 𝑩/𝑴 = 𝒗
𝒗 ⃗ 𝑩/𝑨 + 𝒗
⃗ 𝑨/𝑴
a) quando o barco está subindo o rio, ou seja, indo contra a correnteza (o barco vai a
montante), temos a seguinte disposição dos vetores velocidades:

Assim, podemos relacionar os módulos da seguinte forma:


|𝒗
⃗ 𝑩/𝑴 | = |𝒗
⃗ 𝑩/𝑨 | − |𝒗
⃗ 𝑨/𝑴 |
|𝒗
⃗ 𝑩/𝑴 | = 𝟒, 𝟎 − 𝟐, 𝟎 = 𝟐, 𝟎 𝒎/𝒔
Para um referencial nas margens do rio, a distância percorrida pelo barco para ir de
uma ponte a outra é de 60 metros, portanto:
𝟔𝟎
𝚫𝒕𝟏 = ⇒ 𝚫𝒕𝟏 = 𝟑𝟎 𝒔
𝟐
b) quando o barco está descendo o rio, ou seja, indo a favor da correnteza (o barco vai
a jusante), temos a seguinte disposição dos vetores velocidades:

Nesse caso, temos a seguinte relação dos módulos dos vetores:


|𝒗
⃗ 𝑩/𝑴 | = |𝒗
⃗ 𝑩/𝑨 | + |𝒗
⃗ 𝑨/𝑴 | = 𝟒, 𝟎 + 𝟐, 𝟎 = 𝟔, 𝟎 𝒎/𝒔
Logo, o tempo para descer o rio é de:
𝟔𝟎
𝚫𝒕𝟐 = ⇒ 𝚫𝒕𝟐 = 𝟏𝟎 𝒔
𝟔
c) o tempo total caso as águas estivessem paradas em relação às margens, isto é,
⃗ 𝑨/𝑴 = 𝟎
𝒗 ⃗ , pode ser dado por:
⃗ 𝑩/𝑴 = 𝒗
𝒗 ⃗ 𝑩/𝑨 + 𝒗 ⃗ 𝑨/𝑴 ⇒ 𝒗⃗ 𝑩/𝑴 = 𝒗
⃗ 𝑩/𝑨
Portanto:
|𝒗
⃗ 𝑩/𝑴 | = |𝒗 ⃗ 𝑩/𝑨 | = 𝟒, 𝟎 𝒎/𝒔
Logo, o tempo total seria de:
𝚫𝒔 𝟐.𝟔𝟎
𝚫𝒕 = 𝟐. ⃗ = ⇒ 𝚫𝒕 = 𝟑𝟎 𝒔
|𝒗𝑩/𝑴 | 𝟒
Vamos trabalhar um problema clássico em composição de movimentos em um
movimento em duas dimensões, utilizando um exercício de fixação.

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Exemplo:
Um rio de margens paralelas corre com uma velocidade de 3,0 m/s em relação às
margens. A distância entre as margens é de 12 metros. Um barco de pesca sai de uma
das margens em direção à outra com velocidade de 4,0 m/s em relação à água, de tal
forma que o seu eixo fique perpendicular à correnteza. Determine:
a) o módulo da velocidade do barco de pesca em relação às margens;
b) quanto tempo o barco leva para ir de uma margem a outra;
c) o deslocamento do rio abaixo;
d) o deslocamento m relação às margens.
Comentários:
Novamente, vamos definir os vetores velocidades e a relação vetorial entre eles:
⃗ 𝑩/𝑴 : 𝒗𝒆𝒍𝒐𝒄𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 𝒅𝒐 𝒃𝒂𝒓𝒄𝒐 𝒆𝒎 𝒓𝒆𝒍𝒂çã𝒐 à𝒔 𝒎𝒂𝒓𝒈𝒆𝒏𝒔
𝒗
{𝒗⃗ 𝑩/𝑨 : 𝒗𝒆𝒍𝒐𝒄𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 𝒅𝒐 𝒃𝒂𝒓𝒄𝒐 𝒆𝒎 𝒓𝒆𝒍𝒂çã𝒐 à á𝒈𝒖𝒂
⃗ 𝑨/𝑴 : 𝒗𝒆𝒍𝒐𝒄𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 𝒅𝒂 á𝒈𝒖𝒂 𝒆𝒎 𝒓𝒆𝒍𝒂𝒄𝒂𝒐 à𝒔 𝒎𝒂𝒓𝒈𝒆𝒏𝒔
𝒗
Pela regra das bolinhas, temos que:
⃗ 𝑩/𝑴 = 𝒗
𝒗 ⃗ 𝑩/𝑨 + 𝒗
⃗ 𝑨/𝑴
Além disso, representamos geometricamente o problema:

a) Para encontrarmos o módulo da velocidade do barco de pesca, precisamos utilizar a


relação de Pitágoras para relacionar os módulos dos vetores velocidades:
|𝒗
⃗ 𝑩/𝑴 |² = |𝒗
⃗ 𝑩/𝑨 |² + |𝒗
⃗ 𝑨/𝑴 |²
|𝒗
⃗ 𝑩/𝑴 |² = 𝟒² + 𝟑²
|𝒗
⃗ 𝑩/𝑴 | = 𝟓, 𝟎 𝒎/𝒔
b) Para encontrar o tempo de travessia, podemos utilizar a velocidade do barco em
relação à água e o seu deslocamento neste trajeto:
𝒅 𝟏𝟐
𝚫𝒕 = ⃗ = ⇒ 𝚫𝒕 = 𝟑, 𝟎 𝒔
|𝒗𝑩/𝑴 | 𝟒,𝟎
c) O deslocamento do rio abaixo pode ser obtido pela velocidade das águas em relação
às margens, dado que o tempo gasto pelo barco foi de 3,0 s:

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𝒅 = |𝒗 ⃗ 𝑨/𝑴 |. 𝚫𝒕 = 𝟑. 𝟑 ⇒ 𝐝 = 𝟗, 𝟎 𝒎
d) Para um observador fixo na margem do rio, o seu movimento acontece na direção
da velocidade do barco em relação à margem, isto é, de A para C. Logo, podemos
calcular esse deslocamento da seguinte forma:
̅̅̅̅ 𝑨𝑩𝟐 + ̅̅̅̅
𝑨𝑪𝟐 = ̅̅̅̅ 𝑩𝑪𝟐
̅̅̅̅
𝑨𝑪𝟐 = 𝟏𝟐𝟐 + 𝟗𝟐 ⇒ ̅̅̅̅ 𝑨𝑪 = 𝟏𝟓 𝒎
Pela cinemática, poderíamos calcular o deslocamento da seguinte forma:
𝒅𝑩/𝑴 = |𝒗 ⃗ 𝑩/𝑴 |. 𝚫𝒕 = 𝟓. 𝟑 ⇒ 𝒅𝑩/𝑴 = 𝟏𝟓 𝒎
Note que o tempo de travessia é exatamente o mesmo, para qualquer umas das
velocidades escolhidas:
̅̅̅̅
𝑨𝑪 ̅̅̅̅
𝑨𝑩 ̅̅̅̅
𝑩𝑪
𝚫𝒕 = = =
⃗ 𝑩/𝑴 |
|𝒗 ⃗ 𝑩/𝑨 |
|𝒗 ⃗ 𝑨/𝑴 |
|𝒗

Como mostra os cálculos:


𝟏𝟐𝒎 𝟗𝒎 𝟏𝟓𝒎
𝟑, 𝟎 𝒔 = = =
𝟒,𝟎𝒎/𝒔 𝟑,𝟎𝒎/𝒔 𝟓,𝟎𝒎/𝒔

Exemplo:
Uma lancha dotada de um motor potente, encontra-se parada em uma das margens
de um rio de margens paralelas. A velocidade da correnteza em relação às margens é
de 4 m/s e a partir de 𝒕 = 𝟎, a lancha começa a movimentar-se com MRUV em relação
à água com aceleração escalar de 2,0 m/s², de tal forma que o móvel fique
perpendicular à correnteza.
a) determine a trajetória da lancha para um observador fixo na Terra.
b) determine a velocidade da lancha em relação às margens em 𝒕 = 𝟏, 𝟎 𝒔 (suponha
que a lancha ainda não atravessou o rio).
Comentários:
a) Inicialmente, vamos adotar um sistema de coordenadas cartesiana, onde a origem
coincida com a posição inicial da lancha na margem do rio. Além disso, colocamos o
eixo x orientado no sentido da correnteza, conforme figura abaixo:

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Considerando um observador nas margens do rio, isto é, ele está fixo na Terra, para ele
a lancha é levada rio abaixo, com módulo de velocidade 𝒗𝑨/𝑴 , em um movimento
uniforme. Para este tipo de movimento, a função horária do espaço é dada por:
𝒔 = 𝒔𝟎 + 𝒗𝑨/𝑴 . 𝒕
Logo, para o nosso caso, temos que:
𝒙 = 𝟒. 𝒕 (1)
Por outro lado, enquanto a lancha move-se rio abaixo (na direção de x), ela também se
desloca na direção de y mas realizando um MUV nesta orientação. Logo, a posição y
pode ser dada por:
𝒂
𝒔 = 𝒔𝟎 + 𝒗𝟎 . 𝒕 + . 𝒕𝟐
𝟐
𝟐
𝒚 = 𝟎 + 𝟎. 𝒕 + . 𝒕𝟐
𝟐
𝟐
𝒚 = 𝒕 (2)
Isolando o tempo em (1) e substituindo em (2), podemos encontrar a equação da
trajetória:
𝒙
𝒙 = 𝟒. 𝒕 ⇒ 𝒕 =
𝟒
𝒙 𝟐 𝒙𝟐
𝒚 = 𝟏. ( ) ⇒ 𝒚 =
𝟒 𝟏𝟔
Este resultado, mostra que a equação da trajetória da lancha é uma parábola e neste
intervalo de tempo ela irá descrever um arco de parábola.

b) Em 𝒕 = 𝟏, 𝟎 𝒔, na direção x temos que 𝒗𝒙 = 𝟒, 𝟎 𝒎/𝒔 e na direção y, a lancha


realiza um MUV, portanto:
𝒗𝒚 = 𝒗𝟎𝒚 + 𝒂𝒚 . 𝒕
𝒗𝒚 = 𝟎 + 𝟐. 𝒕
𝒗𝒚 (𝟏) = 𝟐. (𝟏) ⇒ 𝒗𝒚 = 𝟐, 𝟎 𝒎/𝒔
Dessa forma, o módulo da velocidade em 𝒕 = 𝟏 𝒔 é dado por:
𝒗𝟐 = 𝒗𝟐𝒙 + 𝒗𝟐𝒚 ⇒ 𝒗𝟐 = 𝟒𝟐 + 𝟐𝟐 ⇒ 𝒗 = 𝟐√𝟓𝒎/𝒔
Podemos representar as velocidades neste instante por:

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Lista de questões de composição vetorial

Nível 1
Questão 1.
(Prof. Vinícius Fulconi) Uma aranha caminha pela borda de uma janela de𝟔𝟎 𝒄𝒎 𝒙 𝟖𝟎 𝒄𝒎, do
ponto A até o ponto B, demorando 𝟓𝟎𝒔. A velocidade média escalar e o módulo do vetor
𝒄𝒎
velocidade média são, em , respectivamente:
𝒔

a) 𝟐, 𝟔; 𝟐, 𝟎.
b) 𝟏, 𝟒; 𝟐.
c) 𝟐; 𝟏, 𝟒.
d) 𝟐; 𝟐, 𝟖.
e) 𝟐, 𝟖; 𝟐.

Questão 2.
(Prof. Vinícius Fulconi) Uma partícula realizou o movimento que se indica na figura e demorou
𝟐𝒔 de A a B. Se a velocidade se manteve 𝟔 𝒎/𝒔, então a aceleração média é:

a) 𝟏 𝒎/𝒔𝟐
b) 𝟐 𝒎/𝒔𝟐
c) 𝟑 𝒎/𝒔𝟐
d) 𝟑√𝟑 𝒎/𝒔𝟐
e) 𝟑√𝟐 𝒎/𝒔𝟐

Questão 3.

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(Prof. Vinícius Fulconi) A posição em relação ao tempo de uma partícula é expressa da seguinte
forma:
𝐱⃗ = (𝟑𝐭 𝟑 + 𝟐 − 𝟐𝐭 𝟐 + 𝟑𝐭)𝐢̂
Em que ‘x’ está em 𝐦 e ‘t’ em 𝐬. Encontre:
A posição, velocidade e aceleração iniciais em 𝐦, 𝐦/𝐬 𝐞 𝐦/𝐬𝟐 , respectivamente. A posição em
𝐭 = 𝟏𝐬.
a) 𝟐, 𝟑 , 𝟒, 𝟔.
b) 𝟐, 𝟑 , −𝟒, 𝟔.
c) −𝟐, 𝟑 , 𝟒, 𝟔.
d) 𝟐, 𝟑 , −𝟐, 𝟔.
e) 𝟐, 𝟑 , 𝟐, 𝟔.

Questão 4.
(Prof. Vinícius Fulconi) Um inseto se move em um cilindro de A até B, conforme a figura, com uma
velocidade constante de 𝟏𝟎 𝒄𝒎/𝒔. Se o módulo de sua velocidade média foi 𝟐 𝒄𝒎/𝒔, calcule o
comprimento da espiral sobre a qual o inseto se moveu.

a) 𝟏𝟎𝟎 𝒄𝒎
b) 𝟓𝟎𝟎 𝒄𝒎
c) 𝟓𝟎 𝒄𝒎
d) 𝟐𝟎𝟎 𝒄𝒎
e) 𝟓𝟔𝟓 𝒄𝒎

Questão 5.
(Prof. Vinícius Fulconi) Uma pessoa corre com uma velocidade constante de 𝟓 𝒎/𝒔. Primeiro
corre 𝟏𝟓 𝒎 na direção Leste e depois corre em 37° ao Noroeste por um tempo de 𝟓 𝒔. Qual é o
módulo de sua velocidade média?
a) 𝟐, 𝟓 𝒎/𝒔
b) 𝟓 𝒎/𝒔
c) 𝟐𝟓 𝒎/𝒔
d) 𝟎, 𝟓 𝒎/𝒔

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e) 𝟎, 𝟒 𝒎/𝒔

Questão 6.
⃗⃗⃗⃗𝟎 = (𝟐𝒊̂ + 𝟔𝒋̂)𝒎. Depois de 𝟐𝒔
(Prof. Vinícius Fulconi) Uma partícula se encontra na posição 𝒓
chega à posição 𝒓⃗ = (−𝟏𝒊̂ + 𝟑𝒋̂)𝒎 . Encontre sua velocidade média.
a) (𝟔, 𝟔) 𝒎/𝒔
𝟑 𝟑
b) ( 𝒊̂ + 𝒋̂) 𝒎/𝒔
𝟐 𝟐
𝟑 𝟑
c) (− 𝒊̂ + 𝒋̂) 𝒎/𝒔
𝟐 𝟐
𝟑 𝟗
d) (− 𝒊̂ + 𝒋̂) 𝒎/𝒔
𝟐 𝟐
𝟑 𝟑
e) (− 𝒊̂ − 𝒋̂) 𝒎/𝒔
𝟐 𝟐

Questão 7.
(Prof. Vinícius Fulconi) Em um certo instante a velocidade de uma partícula é descrita por ⃗⃗⃗⃗
𝑽𝟏 , cujo
módulo é 𝟑 𝒎/𝒔. Um segundo mais tarde, sua velocidade é ⃗⃗⃗⃗ 𝑽𝟐 , vetor que é perpendicular a ⃗⃗⃗⃗
𝑽𝟏 e
cujo módulo é 𝟒 𝒎/𝒔. O módulo e a direção, em relação a ⃗⃗⃗⃗𝑽𝟏 , da aceleração média, em 𝒎/𝒔𝟐 , é:
𝟑
a) 𝟕, 𝒂𝒓𝒄𝒔𝒆𝒏 ( )
𝟒
𝟑
b) 𝟓, 𝒂𝒓𝒄𝒔𝒆𝒏 ( )
𝟒
𝟑
c) 𝟔, 𝒂𝒓𝒄𝒔𝒆𝒏 ( )
𝟓
𝟒
d) 𝟓, 𝒂𝒓𝒄𝒔𝒆𝒏 ( )
𝟓
𝟑
e) 𝟕, 𝒂𝒓𝒄𝒔𝒆𝒏 ( )
𝟓

Questão 8.
(Prof. Vinícius Fulconi) Um objeto desliza pelo tobogã mostrado. Encontre o módulo da aceleração
média entre os pontos A e B, se o tempo gasto na trajetória foi de 𝟐𝒔.

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a) 𝟏𝟐√𝟐𝒎/𝒔𝟐
b) 𝟑√𝟐𝒎/𝒔𝟐
c) 𝟔√𝟐𝒎/𝒔𝟐
d) 𝟔𝒎/𝒔𝟐
e) 𝟏𝟐𝒎/𝒔𝟐

Questão 9.
(Prof. Vinícius Fulconi) A vela é consumida uniformemente na razão de 0,5 cm/s. A vela está em
frente de um anteparo P com um furo no meio, inicialmente na mesma altura que o topo da vela.
Qual é a velocidade do raio luminoso no anteparo Q?

a) 𝟑, 𝟓 𝒄𝒎/𝒔
b) 𝟐, 𝟎 𝒄𝒎/𝒔
c) 𝟐, 𝟓 𝒄𝒎/𝒔
d) 𝟏, 𝟓 𝒄𝒎/𝒔
e) 𝟏, 𝟎 𝒄𝒎/𝒔

Questão 10.
(Prof. Vinícius Fulconi) Uma lancha que desenvolve uma velocidade de 5 Km/h em água paradas
atravessou um rio de água corrente de 1 Km de largura, ao longo da trajetória mais curta possível,
em 15 minutos. A velocidade da correnteza desse rio vale:
a) 1 km/h
b) 3 Km/h
c) 4 Km/h
d) 5 Km/h
e) √𝟒𝟏 Km/h

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Questão 11.
(Prof. Vinícius Fulconi) Dois móveis partem de um mesmo ponto seguindo trajetórias retilíneas
perpendiculares com velocidades 6 m/s e 8 m/s. Depois de quanto tempo os móveis estão
separados de 200 m?
a) 𝟏𝟎 𝒔
b) 𝟐𝟎 𝒔
c) 𝟑𝟎 𝒔
d) 𝟒𝟎 𝒔

Nível 2

Questão 1.
(Prof. Vinícius Fulconi) Um veículo parte da origem de coordenadas com velocidade ⃗𝑽 =
(𝟑𝟎𝒊̂ + 𝟒𝟎𝒋̂)𝒌𝒎/𝒉 e depois de 𝟖𝒉 muda sua direção para chegar à cidade C, que está na posição
𝟓𝟎𝟎𝒋̂ 𝒌𝒎. Determine a velocidade média de viagem se foi mantida a mesma velocidade durante
todo o percurso.
𝟐𝟓𝟎
a) ( 𝒋̂) 𝒌𝒎/𝒉
𝟕
𝟓𝟎
b) ( 𝒋̂) 𝒌𝒎/𝒉
𝟕
𝟒𝟎𝟎
c) ( 𝒋̂) 𝒌𝒎/𝒉
𝟕
𝟓𝟎𝟎
d) ( 𝒋̂) 𝒌𝒎/𝒉
𝟕
𝟏𝟖𝟎
e) ( 𝒋̂) 𝒌𝒎/𝒉
𝟕

Questão 2.
(Prof. Vinícius Fulconi) Indique se cada alternativa é verdadeira (V) ou falsa (F):
I) No MRUV, as acelerações média e instantânea são iguais.
II) No movimento circular uniforme, em algum intervalo de tempo, a velocidade média (módulo)
é igual à velocidade instantânea.
III) Se a velocidade e a aceleração fazem um ângulo menor de 90°, a tendência da velocidade é
aumentar seu módulo.
a) 𝑭𝑽𝑽
b) 𝑽𝑭𝑽
c) 𝑭𝑭𝑭

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d) 𝑽𝑽𝑽
e) 𝑽𝑭𝑭

Questão 3.
(Prof. Vinícius Fulconi) Um avião se dirige de B até C, o ruído do motor emitido em B alcança o
observador em A no instante em que o avião chega à posição C. Sabendo que a velocidade do
som é de 𝟑𝟒𝟎 𝒎/𝒔. Determinar a velocidade constante do avião.

a) 𝟐𝟑𝟖 𝒎/𝒔
b) 𝟏𝟏𝟗 𝒎/𝒔
c) 𝟒𝟕𝟔 𝒎/𝒔
d) 𝟐𝟕𝟐 𝒎/𝒔
e) 𝟏𝟑𝟔 𝒎/𝒔

Questão 4.
(Prof. Vinícius Fulconi) Dois insetos voam com velocidades constantes em um mesmo plano
horizontal e estão iluminados por um foco de luz, a figura mostra a posição dos insetos para 𝒕 =
𝟎 𝒔. Determine o comprimento da separação (em 𝒎) entre as sombras dos insetos ao cabo de 𝟐𝒔.

a) 𝟏𝟔 𝒎
b) 𝟑𝟎 𝒎
c) 𝟏𝟐 𝒎
d) 𝟐𝟒 𝒎

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e) 𝟏𝟖 𝒎

Questão 5.
(Prof. Vinícius Fulconi) Um observador que mira com um só olho, se encontra 𝟑𝟎 𝒄𝒎 a frente de
uma janela de 𝟐𝟎 𝒄𝒎 de largura e a 𝟏𝟐 𝒎 dele passa um caminhão com uma velocidade de
𝟐𝟎 𝒎/𝒔. Se o observador viu o caminhão durante 𝟏 𝒔, qual é o comprimento do caminhão?
a) 𝟏𝟖 𝒎
b) 𝟔 𝒎
c) 𝟏𝟎 𝒎
d) 𝟖 𝒎
e) 𝟏𝟐 𝒎

Questão 6.
(Prof. Vinícius Fulconi) Dois móveis partem simultaneamente de um mesmo ponto seguindo
trajetórias retilíneas perpendiculares entre si, com velocidades de 𝟔 𝒎/𝒔 e 𝟖 𝒎/𝒔,
respectivamente. Encontre a distância de cada móvel até a origem, no instante em que a
separação entre eles é de 𝟐𝟎𝟎 𝒎.
a) 𝟒𝟎𝟎 𝒎; 𝟑𝟎𝟎 𝒎
b) 𝟏𝟐𝟎 𝒎; 𝟏𝟔𝟎 𝒎
c) 𝟏𝟒𝟎 𝒎; 𝟐𝟏𝟎 𝒎
d) 𝟔𝟎 𝒎; 𝟖𝟎 𝒎
e) 𝟏𝟓𝟎 𝒎; 𝟐𝟎𝟎 𝒎

Questão 7.
(Prof. Vinícius Fulconi) As partículas I e II estão se movimentando com a mesma velocidade de
𝟓 𝒎/𝒔. A direção das trajetórias retilíneas é mostrada na figura. Se 𝑶𝑨 = 𝟐𝟎 𝒎, calcule a
distância que separa as partículas quando II chega ao ponto B.

a) 𝟐𝟎 𝒎
b) 𝟏𝟎√𝟏𝟓/𝟐 𝒎

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𝟐𝟎
c)
𝟑
√𝟏𝟓 𝒎

d) 𝟐𝟎√𝟏𝟓𝒎
e) 𝟐𝟎√𝟑𝟎 𝒎

Questão 8.
(UFC – modificada) Uma lâmpada pende de um teto ficando a uma altura H do solo. Um atleta de
altura h passa sob a lâmpada se deslocando em linha reta com velocidade constante V. Determine
a velocidade com que a sombra da parte superior da cabeça do atleta se desloca no solo.

Questão 9.
(Prof. Vinícius Fulconi) Um trem move-se com 72 km/h por um trilho paralelo à margem de um
rio, por onde se move uma lancha subindo a correnteza de 54 km/h. Num dado momento, a
lancha começa a ultrapassar o trem e assim prossegue até que, no exato momento em que ela
chega na extremidade oposta dele, seu motor para de funcionar e imediatamente ela começa a
descer com o rio. Sabendo que a velocidade da lancha é constante e igual a 50 m/s, determine a
razão entre o tempo necessário para ultrapassar o trem subindo o rio e o tempo para ultrapassá-
lo descendo juntamente com a correnteza.
a) 1/2
b) 3/4
c) 5/4
d) 9/5
e) 7/3

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Nível 3
Questão 1.
(Prof. Vinícius Fulconi) Considere três corpos que estão se movimentando em trajetórias distintas,
mas coplanares. O primeiro está realizando um movimento circular, o segundo está realizando
um MRU sobre reta vertical Y e o terceiro está também está realizando um MRU, mas sobre a reta
⃗ 𝟐 = −𝟑 𝒎/𝒔 𝒋̂ e
vertical Y’ paralela a Y. A velocidade da partícula 2 e 3 são respectivamente 𝑽
⃗𝑽𝟐 = −𝟔 𝒎/𝒔 𝒋̂. Ambos os corpos partem do eixo horizontal x em 𝒕 = 𝟎 𝒔.

Quando o corpo 1 realiza o primeiro um sexto de volta, os três corpos ficam alinhados. Determine
esse instante de tempo. Considere o 𝑹 = 𝟏 𝒎.
√𝟑
a)
𝟑
√𝟑
b)
𝟐
𝟏
c)
𝟑
𝟐
d)
𝟑

e) 𝟏/𝟐

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Questão 2.
(Problemas Selecionados de Física Elementar) Em um momento inicial duas velas eram iguais e
tinham altura h, encontrando-se a uma distância 𝒂. A distância entre cada uma das velas e a
parede mais próxima também é 𝒂, como na figura abaixo. Com que velocidade se movem as
sombras das velas nas paredes, se uma vela queima durante o tempo 𝒕𝟏 e a outra durante 𝒕𝟐 .

Questão 3.
(ITA-1973) Um flutuador em colchão de ar, desloca-se num círculo horizontal, sobre uma mesa e
preso à extremidade de um fio inextensível, de comprimento 𝟎, 𝟖𝒎, com velocidade angular
mostrada no gráfico (a propulsão é dada pelos gases expelidos do aparelho). Suponha a massa do
aparelho constante. Calcule as acelerações angular 𝜸, tangencial (𝒂𝒕 ) e centrípeta (𝒂𝒄 ) e assinale
a resposta correta abaixo.

𝜸(𝒓𝒂𝒅/𝒔𝟐 ) 𝒂𝒕 (𝒎/𝒔𝟐 ) 𝒂𝒄 (𝒎/𝒔𝟐 )


a) 𝟎, 𝟐𝟓 𝟎, 𝟐𝟎 𝟎, 𝟖 + 𝟎, 𝟑𝟐𝒕 + 𝟎, 𝟎𝟑𝟐𝒕𝟐 .
𝐛) 𝟎, 𝟐𝟎 𝟎, 𝟏𝟔 𝟎, 𝟖 + 𝟎, 𝟒𝒕 + 𝟎, 𝟎𝟓𝒕𝟐 .
c) 𝟎, 𝟐𝟓 𝟎, 𝟐𝟎 𝟎, 𝟖 + 𝟎, 𝟒𝒕 + 𝟎, 𝟎𝟓𝒕𝟐 .
d) 𝟎, 𝟐𝟎 𝟎, 𝟏𝟔 𝟎, 𝟖 + 𝟎, 𝟑𝟐𝒕 + 𝟎, 𝟎𝟑𝟐𝒕𝟐 .
e) 𝟎, 𝟐𝟓 𝟎, 𝟏𝟔 𝟎, 𝟖 + 𝟎, 𝟑𝟐𝒕 + 𝟎, 𝟎𝟑𝟐𝒕𝟐 .

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Questão 4.
(ITA-2007) A figura mostra uma pista de corrida 𝑨 𝑩 𝑪 𝑫 𝑬 𝑭, com seus trechos retilíneos e
circulares percorridos por um atleta desde o ponto 𝑨, de onde parte do repouso, até a chegada
em 𝑭, onde para. Os trechos 𝑩𝑪, 𝑪𝑫 e 𝑫𝑬 são percorridos com a mesma velocidade de módulo
constante.
Considere as seguintes afirmações:
O movimento do atleta é acelerado nos trechos 𝑨𝑩, 𝑩𝑪, 𝑫𝑬 e 𝑬𝑭.
O sentido da aceleração vetorial média do movimento do atleta é o mesmo nos trechos 𝑨𝑩 e 𝑬𝑭.
O sentido da aceleração vetorial média do movimento do atleta é para sudeste no trecho 𝑩𝑪, e,
para sudoeste, no 𝑫𝑬.

Está(ão) correta(s):
a) Apenas a I.
b) Apenas a I e II.
c) Apenas a I e III.
d) Apenas a II e III.
e) Todas.

Questão 5.
(ITA-2009) Na figura um ciclista percorre um trecho 𝑨𝑩 com velocidade escalar média de
𝟐𝟐, 𝟓 𝒌𝒎/𝒉 e, em seguida, o trecho 𝑩𝑪 de 𝟑, 𝟎 𝒌𝒎 de extensão. No retorno, ao passar em 𝑩,
verifica ser de 𝟐𝟎, 𝟎 𝒌𝒎/𝒉 sua velocidade escalar média no percurso então percorrido, 𝑨𝑩𝑪𝑩.
Finalmente, ele chega em A perfazendo todo o percurso de ida e volta em 𝟏, 𝟎𝟎 𝒉, com velocidade
escalar média de 𝟐𝟒, 𝟎 𝒌𝒎/𝒉. Assinale o módulo 𝒗 do vetor velocidade média referente ao
percurso 𝑨𝑩𝑪𝑩.

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a) 𝒗 = 𝟏𝟐, 𝟎 𝒌𝒎/𝒉.
b) 𝒗 = 𝟏𝟐, 𝟎𝟎 𝒌𝒎/𝒉.
c) 𝒗 = 𝟐𝟎, 𝟎 𝒌𝒎/𝒉.
d) 𝒗 = 𝟐𝟎, 𝟎𝟎 𝒌𝒎/𝒉.
e) 𝒗 = 𝟑𝟔, 𝟎 𝒌𝒎/𝒉.

Questão 6.
(ITA-2011) Um problema clássico de cinemática considera objetos que, a partir de certo instante,
se movem conjuntamente com velocidade de módulo constante a partir dos vértices de um
polígono regular, cada qual apontando à posição instantânea do objeto vizinho em movimento. A
figura mostra a configuração desse movimento múltiplo no caso de um hexágono regular.

Considere que o hexágono tinha 𝟏𝟎, 𝟎 𝒎 de lado no instante inicial e que os objetos de
movimentam com velocidade de módulo constante de 𝟐, 𝟎𝟎 𝒎/𝒔.
Após quanto tempo estes se encontrarão e qual deverá ser a distância percorrida por cada um
dos seis objetos?
a) 𝟓, 𝟖𝒔 𝒆 𝟏𝟏, 𝟓𝒎.
b) 𝟏𝟏, 𝟓𝒔 𝒆 𝟓, 𝟖𝒎.
c) 𝟏𝟎, 𝟎𝒔 𝒆 𝟐𝟎, 𝟎𝒎.
d) 𝟐𝟎, 𝟎𝒔 𝒆 𝟏𝟎, 𝟎𝒎.
e) 𝟐𝟎, 𝟎𝒔 𝒆 𝟒𝟎, 𝟎𝒎.

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Questão 7.
(ITA-1982) Um nadador, que pode desenvolver uma velocidade de 𝟎, 𝟗𝟎𝟎𝒎/𝒔 na água parada,
atravessa o rio de largura 𝑫 metros, cuja correnteza tem velocidade de 𝟏, 𝟎𝟖𝒌𝒎/𝒉. Nadando em
√𝟑
linha reta ele quer alcançar um ponto da outra margem situada 𝑫 metros abaixo do ponto de
𝟑
partida. Para que isso ocorra, sua velocidade em relação ao rio deve formar com a correnteza o
ângulo:
√𝟑
a) 𝒂𝒓𝒄𝒔𝒆𝒏 (√𝟑𝟑 + 𝟏).
𝟏𝟐
√𝟑
b) 𝒂𝒓𝒄𝒔𝒆𝒏 .
𝟐

c) zero grau.
√𝟑
d) 𝒂𝒓𝒄𝒔𝒆𝒏 .
𝟏𝟐

e) O problema não tem solução.

Questão 8.
(ITA-1987) Um avião Xavantes está a 𝟖𝒌𝒎 de altura e voa horizontalmente a 𝟕𝟎𝟎𝒌𝒎/𝒉,
patrulhando as costas brasileiras. Em dado instante, ele observa um submarino inimigo parado
na superfície. Desprezando as forças de resistência do ar e adotando 𝒈 = 𝟏𝟎𝒎/𝒔𝟐 , pode-se
afirmar que o tempo que dispõe o submarino para deslocar-se após o avião ter solto uma bomba
é de:
a) 108s
b) 20s
c) 30s
d) 40s
e) Não é possível determinar se não for conhecida a distância inicial entre o avião e o submarino.

Questão 9.
(ITA-1994) Um barco, com motor em regime constante, desce um trecho de um rio em 2,0 horas
e sobe o mesmo em 4,0 horas. Quanto tempo levará o barco para percorrer o mesmo trecho, rio
abaixo, com o motor desligado?
a) 3,5 horas.
b) 6,0 horas.
c) 8,0 horas.
d) 4,0 horas.
e) 4,5 horas.

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Questão 10.
(ITA-2009) Um barco leva 10 horas para subir e 4 horas para descer um mesmo trecho do rio
Amazonas, mantendo constante o módulo de sua velocidade em relação à água. Quanto tempo
o barco leva para descer esse trecho com os motores desligados?
a) 14 horas e 30 minutos.
b) 13 horas e 20 minutos.
c) 7 horas e 20 minutos.
d) 10 horas.
e) Não é possível resolver porque não foi dada a distância percorrida pelo barco.

Questão 11.
(IME-2016) Dois observadores em movimento acompanham o deslocamento de uma partícula no
plano. O observador 1, considerando estar no centro do seu sistema de coordenadas, verifica que
a partícula descreve um movimento dado pelas equações 𝒙𝟏 (𝒕) = 𝟑𝐜𝐨𝐬 (𝒕) e 𝒚𝟏 (𝒕) = 𝟒𝐬𝐞𝐧 (𝒕),
sendo 𝒕 a variável tempo. O observador 2, considerando estar no centro de seu sistema de
coordenadas, equaciona o movimento da partícula como 𝒙𝟐 (𝒕) = 𝟓𝐜𝐨𝐬 (𝒕) e 𝒚𝟐 (𝒕) = 𝟓𝐬𝐞𝐧 (𝒕).
O observador 1 descreveria o movimento do observador 2 por meio da equação:
Observações:
- Os eixos 𝒙𝟏 e 𝒙𝟐 são paralelos e possuem o mesmo sentido; e
- Os eixos 𝒚𝟏 e 𝒚𝟐 são paralelos e possuem o mesmo sentido.
a) 𝟗𝒙𝟐 + 𝟏𝟔𝒚𝟐 = 𝟐𝟓.
𝒙𝟐 𝒚𝟐
b) + = 𝟐𝟓.
𝟗 𝟏𝟔

c) 𝟒𝒙𝟐 + 𝒚𝟐 = 𝟏.
𝒙𝟐
d) + 𝒚𝟐 = 𝟏.
𝟒

e) 𝟒𝒙𝟐 + 𝒚𝟐 = 𝟒.

Questão 12.
(ITA) Dois barcos, 1 e 2, partem simultaneamente de um ponto 𝑨 da margem de um rio, conforme
a figura, com velocidades constantes em relação à água respectivamente iguais 𝑽𝟏 e 𝑽𝟐 . O barco
1 vai diretamente até o ponto 𝑩 da mesma margem, rio abaixo, e volta a 𝑨. O barco 2 vai
diretamente até o ponto 𝑪 da outra margem e volta a 𝑨. Os tempos de ida e volta para ambos os
barcos são iguais. As distâncias 𝑨𝑪 e 𝑨𝑩 são iguais entre si e a velocidade da correnteza é
constante e apresenta módulo 𝑽, em relação às margens do rio. Sabendo que a razão entre o
tempo de descida de 𝑨 para 𝑩 e o tempo de subida de 𝑩 para 𝑨 é 𝒓, os módulos 𝑽𝟏 e 𝑽𝟐 , valem
respectivamente:

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𝟏+𝒓 𝟏+𝒓 𝟐 𝟏−𝒓 𝟐


a) 𝑽𝟏 = 𝑽( ) e 𝑽𝟐 = 𝑽√( ) −𝟏+( ) .
𝟏−𝒓 𝟏−𝒓 𝟏+𝒓

𝟏+𝒓 𝟏+𝒓 𝟐 𝟏−𝒓 𝟐


b) 𝑽𝟏 = 𝑽( ) e 𝑽𝟐 = 𝑽√( ) +𝟏+( ) .
𝟏−𝒓 𝟏−𝒓 𝟏+𝒓

𝟏+𝒓 𝟏+𝒓 𝟐 𝟏−𝒓 𝟐


c) 𝑽𝟏 = 𝑽( ) e 𝑽𝟐 = 𝑽√( ) −𝟏−( ) .
𝟏−𝒓 𝟏−𝒓 𝟏+𝒓

𝟏−𝒓 𝟏+𝒓 𝟐
𝟏−𝒓 𝟐
d) 𝑽𝟏 = 𝟐𝑽( ) e 𝑽𝟐 = 𝑽√( ) − 𝟏 + ( ) .
𝟏+𝒓 𝟏−𝒓 𝟏+𝒓

𝟏+𝒓 𝟏+𝒓 𝟐
𝟏−𝒓 𝟐
e) 𝑽𝟏 = 𝟐𝑽( ) e 𝑽𝟐 = 𝑽√( ) − 𝟏 + ( ) .
𝟏−𝒓 𝟏−𝒓 𝟏+𝒓

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Resolução - Lista de composição vetorial

Nível 1
Questão 1.
(Prof. Vinícius Fulconi) Uma aranha caminha pela borda de uma janela de𝟔𝟎 𝒄𝒎 𝒙 𝟖𝟎 𝒄𝒎, do
ponto A até o ponto B, demorando 𝟓𝟎𝒔. A velocidade média escalar e o módulo do vetor
𝒄𝒎
velocidade média são, em , respectivamente:
𝒔

a) 𝟐, 𝟔; 𝟐, 𝟎.
b) 𝟏, 𝟒; 𝟐.
c) 𝟐; 𝟏, 𝟒.
d) 𝟐; 𝟐, 𝟖.
e) 𝟐, 𝟖; 𝟐.
Comentários:
Cálculo da velocidade média escalar:

𝒅𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 𝟔𝟎 + 𝟖𝟎
𝑽𝒎é𝒅𝒊𝒂 = = = 𝟐, 𝟖 𝒄𝒎/𝒔
𝒕𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 𝟓𝟎
Cálculo do vetor velocidade média:

Pelo Teorema de Pitágoras, 𝒅 = 𝟏𝟎𝟎 𝒄𝒎.

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⃗𝒅𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 𝟏𝟎𝟎
⃗ 𝒎é𝒅𝒊𝒂 =
𝑽 = = 𝟐 𝒄𝒎/𝒔
𝒕𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 𝟓𝟎
Gabarito: Letra E.
Questão 2.
(Prof. Vinícius Fulconi) Uma partícula realizou o movimento que se indica na figura e demorou
𝟐𝒔 de A a B. Se a velocidade se manteve 𝟔 𝒎/𝒔, então a aceleração média é:

a) 𝟏 𝒎/𝒔𝟐
b) 𝟐 𝒎/𝒔𝟐
c) 𝟑 𝒎/𝒔𝟐
d) 𝟑√𝟑 𝒎/𝒔𝟐
e) 𝟑√𝟐 𝒎/𝒔𝟐
Comentários:
Para o cálculo da aceleração média, é preciso conhecer a mudança de velocidade.

No gráfico: ∆𝑽 = 𝑽𝒇 − 𝑽𝟎
Pela soma de vetores:
|∆𝑽| = √𝟔𝟐 + 𝟔𝟐 + 𝟐 𝒙 𝟔 𝒙 𝟔 𝒙 𝒄𝒐𝒔𝟏𝟐𝟎°
|∆𝑽| = 𝟔 𝒎/𝒔
𝑽𝒇 − 𝑽𝟎 𝟔
⃗⃗⃗⃗⃗𝒎 =
𝒂 = =𝟑
𝒕 𝟐
⃗⃗⃗⃗⃗𝒎 = 𝟑 𝒎/𝒔𝟐
𝒂
Gabarito: Letra C.
Questão 3.
(Prof. Vinícius Fulconi) A posição em relação ao tempo de uma partícula é expressa da seguinte
forma:

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𝐱⃗ = (𝟑𝐭 𝟑 + 𝟐 − 𝟐𝐭 𝟐 + 𝟑𝐭)𝐢̂
Em que ‘x’ está em 𝐦 e ‘t’ em 𝐬. Encontre:
A posição, velocidade e aceleração iniciais em 𝐦, 𝐦/𝐬 𝐞 𝐦/𝐬𝟐 , respectivamente. A posição em
𝐭 = 𝟏𝐬.
a) 𝟐, 𝟑 , 𝟒, 𝟔.
b) 𝟐, 𝟑 , −𝟒, 𝟔.
c) −𝟐, 𝟑 , 𝟒, 𝟔.
d) 𝟐, 𝟑 , −𝟐, 𝟔.
e) 𝟐, 𝟑 , 𝟐, 𝟔.
Comentários:
Na equação, o vetor unitário 𝒊̂ indica que o movimento se dá no eixo X. Podemos comparar a
equação do movimento horário com a equação do movimento uniformemente acelerado:
𝒙 = 𝟐 + 𝟑𝒕 − 𝟐𝒕𝟐 + 𝟑𝒕𝟑
𝒂𝟎 𝒕𝟐 𝜶𝒕𝟑
𝒅 = 𝒅 𝟎 + 𝒗𝟎 𝒕 + +
𝟐 𝟔

Assim, concluímos que 𝒅𝟎 = 𝟐; 𝒗𝟎 = 𝟑; 𝒂𝟎 = −𝟒.

No tempo 𝒕 = 𝟏𝒔, sua posição é:

⃗ = (𝟑𝟏𝟑 + 𝟐 − 𝟐𝟏𝟐 + 𝟑𝒙𝟏)𝒊̂ = 𝒙


𝒙 ⃗ = (𝟑 + 𝟐 − 𝟐 + 𝟑)𝒊̂ = 𝒙
⃗ = 𝟔𝒊̂𝒎

Gabarito: Letra B.
Questão 4.
(Prof. Vinícius Fulconi) Um inseto se move em um cilindro de A até B, conforme a figura, com uma
velocidade constante de 𝟏𝟎 𝒄𝒎/𝒔. Se o módulo de sua velocidade média foi 𝟐 𝒄𝒎/𝒔, calcule o
comprimento da espiral sobre a qual o inseto se moveu.

a) 𝟏𝟎𝟎 𝒄𝒎
b) 𝟓𝟎𝟎 𝒄𝒎
c) 𝟓𝟎 𝒄𝒎

AULA 04 – CINEMÁTICA VETORIAL E LANÇAMENTOS OBLÍQUOS 39


Prof. Vinícius Fulconi

d) 𝟐𝟎𝟎 𝒄𝒎
e) 𝟓𝟔𝟓 𝒄𝒎
Comentários:
Pelo Teorema de Pitágoras:

𝒅 = √𝟔𝟎𝟐 + 𝟖𝟎𝟐

𝒅 = 𝟏𝟎𝟎 𝒄𝒎
A velocidade média é medida em relação aos pontos inicial e final:
𝒅 𝟏𝟎𝟎
𝑽𝒎 = = =𝟐
𝒕 𝒕
𝒕 = 𝟓𝟎 𝒔
Calculando o comprimento da espiral:
𝒅𝒆 = 𝑽 𝒙 ∆𝒕 = 𝟏𝟎 𝒙 𝟓𝟎 = 𝟓𝟎𝟎 𝒄𝒎

Gabarito: Letra B.
Questão 5.
(Prof. Vinícius Fulconi) Uma pessoa corre com uma velocidade constante de 𝟓 𝒎/𝒔. Primeiro
corre 𝟏𝟓 𝒎 na direção Leste e depois corre em 37° ao Noroeste por um tempo de 𝟓 𝒔. Qual é o
módulo de sua velocidade média?
a) 𝟐, 𝟓 𝒎/𝒔
b) 𝟓 𝒎/𝒔
c) 𝟐𝟓 𝒎/𝒔
d) 𝟎, 𝟓 𝒎/𝒔
e) 𝟎, 𝟒 𝒎/𝒔
Comentários:
Na direção Leste, a pessoa percorre 𝟏𝟓 𝒎, 𝒄𝒐𝒎 𝒗𝒆𝒍𝒐𝒄𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 𝒅𝒆 𝟓 𝒎/𝒔:
𝒅 𝟏𝟓
𝒕𝟏 = = =𝟑𝒔
𝒗 𝟓

AULA 04 – CINEMÁTICA VETORIAL E LANÇAMENTOS OBLÍQUOS 40


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Na direção 37° ao Noroeste foi dito um tempo 𝒕𝟐 = 𝟓 𝒔. Logo:


𝒅𝟐 = 𝒗 𝒙 𝒕𝟐 = 𝟓 𝒙 𝟓 = 𝟐𝟓 𝒎
Temos, ainda:

Os lados do triângulo correspondem ao um triângulo retângulo notável, logo descobrimos que


𝒅 = 𝟐𝟎𝒎. Para cálculo da velocidade média:
𝒅 𝟐𝟎 𝟐𝟎
𝑽𝒎é𝒅𝒊𝒂 = = = = 𝟐, 𝟓 𝒎/𝒔
𝒕𝟏 + 𝒕𝟐 𝟑 + 𝟓 𝟖
Gabarito: Letra A.
Questão 6.
⃗⃗⃗⃗𝟎 = (𝟐𝒊̂ + 𝟔𝒋̂)𝒎. Depois de 𝟐𝒔
(Prof. Vinícius Fulconi) Uma partícula se encontra na posição 𝒓
chega à posição 𝒓⃗ = (−𝟏𝒊̂ + 𝟑𝒋̂)𝒎 . Encontre sua velocidade média.
a) (𝟔, 𝟔) 𝒎/𝒔
𝟑 𝟑
b) ( 𝒊̂ + 𝒋̂) 𝒎/𝒔
𝟐 𝟐
𝟑 𝟑
c) (− 𝒊̂ + 𝒋̂) 𝒎/𝒔
𝟐 𝟐
𝟑 𝟗
d) (− 𝒊̂ + 𝒋̂) 𝒎/𝒔
𝟐 𝟐
𝟑 𝟑
e) (− 𝒊̂ − 𝒋̂) 𝒎/𝒔
𝟐 𝟐

Comentários:
Esboçando o movimento realizado:

AULA 04 – CINEMÁTICA VETORIAL E LANÇAMENTOS OBLÍQUOS 41


Prof. Vinícius Fulconi

𝒓𝟎 + ⃗𝒅
⃗ = ⃗⃗⃗⃗
𝒓
𝒓 𝒓𝟎 + ⃗⃗⃗⃗⃗
⃗ = ⃗⃗⃗⃗ 𝑽𝒎 𝒕
⃗⃗⃗⃗⃗𝒎
(−𝟏, 𝟑) = (𝟐, 𝟔) + 𝟐𝑽
⃗⃗⃗⃗⃗𝒎 = (−𝟑, −𝟑)
𝟐𝑽

𝟑 𝟑
⃗⃗⃗⃗⃗
𝑽𝒎 = (− , − ) 𝒎/𝒔
𝟐 𝟐

Gabarito: Letra E.
Questão 7.
(Prof. Vinícius Fulconi) Em um certo instante a velocidade de uma partícula é descrita por ⃗⃗⃗⃗
𝑽𝟏 , cujo
módulo é 𝟑 𝒎/𝒔. Um segundo mais tarde, sua velocidade é ⃗⃗⃗⃗ 𝑽𝟐 , vetor que é perpendicular a ⃗⃗⃗⃗
𝑽𝟏 e
cujo módulo é 𝟒 𝒎/𝒔. O módulo e a direção, em relação a ⃗⃗⃗⃗𝑽𝟏 , da aceleração média, em 𝒎/𝒔𝟐 , é:
𝟑
a) 𝟕, 𝒂𝒓𝒄𝒔𝒆𝒏 ( )
𝟒
𝟑
b) 𝟓, 𝒂𝒓𝒄𝒔𝒆𝒏 ( )
𝟒
𝟑
c) 𝟔, 𝒂𝒓𝒄𝒔𝒆𝒏 ( )
𝟓
𝟒
d) 𝟓, 𝒂𝒓𝒄𝒔𝒆𝒏 ( )
𝟓
𝟑
e) 𝟕, 𝒂𝒓𝒄𝒔𝒆𝒏 ( )
𝟓

Comentários:
A partícula realiza o seguinte movimento:

AULA 04 – CINEMÁTICA VETORIAL E LANÇAMENTOS OBLÍQUOS 42


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Aceleração média:
⃗⃗⃗⃗
𝒗𝒇 − ⃗⃗⃗⃗
𝒗𝟎 ⃗⃗⃗⃗
𝒗𝟐 − ⃗⃗⃗⃗
𝒗𝟏
⃗⃗⃗⃗⃗𝒎 =
𝒂 =
∆𝒕 ∆𝒕

Temos que:

⃗ | = 𝟓 𝒎/𝒔
Pelo Teorema de Pitágoras: |∆𝑽
𝟒
Além disso: 𝒔𝒆𝒏𝜶 = 𝒔𝒆𝒏𝜽 =
𝟓

Logo:
⃗|
|∆𝑽 𝟓
⃗⃗⃗⃗⃗𝒎 =
𝒂 = = 𝟓𝒎/𝒔𝟐
∆𝒕 𝟏
𝟒
𝜽 = 𝒂𝒓𝒄𝒔𝒆𝒏 ( )
𝟓
Gabarito: Letra D.
Questão 8.
(Prof. Vinícius Fulconi) Um objeto desliza pelo tobogã mostrado. Encontre o módulo da aceleração
média entre os pontos A e B, se o tempo gasto na trajetória foi de 𝟐𝒔.

a) 𝟏𝟐√𝟐𝒎/𝒔𝟐

AULA 04 – CINEMÁTICA VETORIAL E LANÇAMENTOS OBLÍQUOS 43


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b) 𝟑√𝟐𝒎/𝒔𝟐
c) 𝟔√𝟐𝒎/𝒔𝟐
d) 𝟔𝒎/𝒔𝟐
e) 𝟏𝟐𝒎/𝒔𝟐
Comentários:
Na figura, decompondo a velocidade B:

⃗⃗⃗⃗⃗
𝑽𝑩 = (𝟑𝒊̂ + 𝟒𝒋̂)𝒎/𝒔
Calculando a aceleração média:
⃗⃗⃗⃗
𝒗𝒇 − ⃗⃗⃗⃗
𝒗𝟎 (𝟑𝒊̂ + 𝟒𝒋̂) − (𝟏𝟓𝒊̂ − 𝟖𝒋̂)
⃗⃗⃗⃗⃗𝒎 =
𝒂 =
∆𝒕 𝟐
(−𝟏𝟐𝒊̂ + 𝟏𝟐𝒋̂)
⃗⃗⃗⃗⃗𝒎 =
𝒂 = (−𝟔𝒊̂ + 𝟔𝒋̂)
𝟐
⃗⃗⃗⃗⃗𝒎 | = √𝟔𝟐 + 𝟔𝟐 = 𝟔√𝟐𝒎/𝒔𝟐
|𝒂

Gabarito: Letra C.
Questão 9.
(Prof. Vinícius Fulconi) A vela é consumida uniformemente na razão de 0,5 cm/s. A vela está em
frente de um anteparo P com um furo no meio, inicialmente na mesma altura que o topo da vela.
Qual é a velocidade do raio luminoso no anteparo Q?

a) 𝟑, 𝟓 𝒄𝒎/𝒔
b) 𝟐, 𝟎 𝒄𝒎/𝒔

AULA 04 – CINEMÁTICA VETORIAL E LANÇAMENTOS OBLÍQUOS 44


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c) 𝟐, 𝟓 𝒄𝒎/𝒔
d) 𝟏, 𝟓 𝒄𝒎/𝒔
e) 𝟏, 𝟎 𝒄𝒎/𝒔
Comentário:
Quando a vela decrescer uma distância y, o raio subirá uma distância x. Veja a imagem.

Podemos fazer uma semelhança de triângulo:


𝒚 𝒙
=
𝟏𝟎 𝟑𝟎

𝟑𝒚 = 𝒙
Colocando as velocidades, temos:
𝟑⋅𝒗⋅𝒕=𝒖⋅𝒕
𝟑 ⋅ 𝟎, 𝟓 = 𝒖
𝒖 = 𝟏, 𝟓 𝒄𝒎/𝒔
Gabarito: D
Questão 10.
(Prof. Vinícius Fulconi) Uma lancha que desenvolve uma velocidade de 5 Km/h em água paradas
atravessou um rio de água corrente de 1 Km de largura, ao longo da trajetória mais curta possível,
em 15 minutos. A velocidade da correnteza desse rio vale:
a) 1 km/h
b) 3 Km/h
c) 4 Km/h
d) 5 Km/h
e) √𝟒𝟏 Km/h
Comentário:

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Prof. Vinícius Fulconi

A trajetória mais curta possível é dada por:

Para que o barco percorra a menor distância possível, a velocidade do barco em relação à terra
deve ser perpendicular às margens.
𝒗𝑩/𝑻 ⋅ 𝒕 = 𝟏 𝒌𝒎
𝟏
𝒗𝑩/𝑻 ⋅ 𝒉 = 𝟏 𝒌𝒎
𝟒
𝒌𝒎
𝒗𝑩/𝑻 = 𝟒
𝒉
A velocidade do barco em relação às águas:
𝒌𝒎
𝒗𝑩/𝑨 = 𝟓
𝒉
Podemos realizar o teorema de Pitágoras:
𝒗𝑩/𝑨 ² = 𝒗𝑩/𝑻 ² + 𝒗𝑪/𝑻 ²
𝟓² = 𝟒² + 𝒗𝑪/𝑻 ²
𝒗𝑪/𝑻 = 𝟑 𝒌𝒎/𝒉

Gabarito: B
Questão 11.
(Prof. Vinícius Fulconi) Dois móveis partem de um mesmo ponto seguindo trajetórias retilíneas
perpendiculares com velocidades 6 m/s e 8 m/s. Depois de quanto tempo os móveis estão
separados de 200 m?
a) 𝟏𝟎 𝒔
b) 𝟐𝟎 𝒔
c) 𝟑𝟎 𝒔
d) 𝟒𝟎 𝒔
Comentários:

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Prof. Vinícius Fulconi

Os móveis percorrem trajetórias perpendiculares. Quanto eles estão separados 200 m, temos:

Podemos aplicar o teorema de Pitágoras:


𝟐𝟎𝟎𝟐 = (𝟔 ⋅ 𝒕)𝟐 + (𝟖 ⋅ 𝒕)²
𝟒𝟎𝟎𝟎𝟎 = 𝟏𝟎𝟎 ⋅ 𝒕²
𝒕 = 𝟐𝟎 𝒔
Gabarito: B

Nível 2

Questão 1.
(Prof. Vinícius Fulconi) Um veículo parte da origem de coordenadas com velocidade 𝑽 ⃗ =
(𝟑𝟎𝒊̂ + 𝟒𝟎𝒋̂)𝒌𝒎/𝒉 e depois de 𝟖𝒉 muda sua direção para chegar à cidade C, que está na posição
𝟓𝟎𝟎𝒋̂ 𝒌𝒎. Determine a velocidade média de viagem se foi mantida a mesma velocidade durante
todo o percurso.
𝟐𝟓𝟎
a) ( 𝒋̂) 𝒌𝒎/𝒉
𝟕
𝟓𝟎
b) ( 𝒋̂) 𝒌𝒎/𝒉
𝟕
𝟒𝟎𝟎
c) ( 𝒋̂) 𝒌𝒎/𝒉
𝟕
𝟓𝟎𝟎
d) ( 𝒋̂) 𝒌𝒎/𝒉
𝟕
𝟏𝟖𝟎
e) ( 𝒋̂) 𝒌𝒎/𝒉
𝟕

Comentários:

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Prof. Vinícius Fulconi

A velocidade com que inicia o movimento é ⃗𝑽 = (𝟑𝟎𝒊̂ + 𝟒𝟎𝒋̂)𝒌𝒎/𝒉. Logo, pelo Teorema de
Pitágoras, o módulo da velocidade é:
⃗ | = √𝟑𝟎𝟐 + 𝟒𝟎𝟐 = 𝟓𝟎 𝒎/𝒔
|𝑽

Na primeira parte do movimento:


⃗⃗⃗⃗𝟏 = ⃗⃗⃗⃗
𝒅 𝒗𝟏 𝒙 ∆𝒕 = (𝟑𝟎𝒊̂ + 𝟒𝟎𝒋̂)𝟖 = (𝟐𝟒𝟎𝒊̂ + 𝟑𝟐𝟎𝒋̂)𝒌𝒎

Ilustrando todo o movimento:

Da figura:
⃗⃗⃗⃗𝟐 = (−𝟐𝟒𝟎𝒊̂ + 𝟏𝟖𝟎𝒋̂)𝒌𝒎
𝒅
⃗⃗⃗⃗𝟐 | = √𝟐𝟒𝟎𝟐 + 𝟏𝟖𝟎𝟐 = 𝟑𝟎𝟎𝒌𝒎
|𝒅
Na segunda parte do movimento:
𝒅𝟐 𝟑𝟎𝟎
𝒕𝟐 = = = 𝟔𝒉
𝒗 𝟓

Tempo total:
𝒕 = 𝟖 + 𝟔 = 𝟏𝟒𝒉
Cálculo da velocidade média:

𝒅𝒕 𝟓𝟎𝟎 𝟐𝟓𝟎
𝑽𝒎 = = = 𝒌𝒎/𝒉
𝒕𝒕 𝟏𝟒 𝟕

Gabarito: A

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Questão 2.
(Prof. Vinícius Fulconi) Indique se cada alternativa é verdadeira (V) ou falsa (F):
I) No MRUV, as acelerações média e instantânea são iguais.
II) No movimento circular uniforme, em algum intervalo de tempo, a velocidade média (módulo)
é igual à velocidade instantânea.
III) Se a velocidade e a aceleração fazem um ângulo menor de 90°, a tendência da velocidade é
aumentar seu módulo.
a) 𝑭𝑽𝑽
b) 𝑽𝑭𝑽
c) 𝑭𝑭𝑭
d) 𝑽𝑽𝑽
e) 𝑽𝑭𝑭
Comentários:
Por teoria “A aceleração média e instantânea é constante”. A proposição é verdadeira (V)
No movimento circular uniforme, tomando dois pontos quaisquer:
Notamos 𝒅≠𝒆
𝒅𝒊𝒔𝒕â𝒏𝒄𝒊𝒂 ≠ 𝒄𝒐𝒎𝒑𝒓𝒊𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 𝒅𝒂 𝒕𝒓𝒂𝒋𝒆𝒕ó𝒓𝒊𝒂
Logo, a proposição é falsa (F).

Ao decompor a aceleração 𝒂 em uma paralela a 𝑽 e em outra perpendicular a essa, notamos:


como 𝒂𝒕 tem mesma direção que 𝑽, a partícula tende a manter um movimento uniformemente
acelerado, aumentando o módulo de sua velocidade.
Logo, a proposição é verdadeira (V)
Gabarito: B
Questão 3.

AULA 04 – CINEMÁTICA VETORIAL E LANÇAMENTOS OBLÍQUOS 49


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(Prof. Vinícius Fulconi) Um avião se dirige de B até C, o ruído do motor emitido em B alcança o
observador em A no instante em que o avião chega à posição C. Sabendo que a velocidade do
som é de 𝟑𝟒𝟎 𝒎/𝒔. Determinar a velocidade constante do avião.

a) 𝟐𝟑𝟖 𝒎/𝒔
b) 𝟏𝟏𝟗 𝒎/𝒔
c) 𝟒𝟕𝟔 𝒎/𝒔
d) 𝟐𝟕𝟐 𝒎/𝒔
e) 𝟏𝟑𝟔 𝒎/𝒔
Comentários:

O espaço percorrido pelo som:


𝒅𝒔 = 𝒗𝒔 𝒙 ∆𝒕 = 𝟑𝟒𝟎𝒕

O avião percorreu:
𝒅𝒂 = 𝒗𝒂 𝒙 ∆𝒕
Usando a geometria dos triângulos:

𝒅𝒂 𝒗𝒂 𝒕
Logo: =
𝒅𝒔 𝒗𝒔 𝒕

AULA 04 – CINEMÁTICA VETORIAL E LANÇAMENTOS OBLÍQUOS 50


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𝟕𝒅 𝒗𝒂
=
𝟐𝟎𝒅 𝟑𝟒𝟎
𝒗𝒂 = 𝟏𝟏𝟗 𝒎/𝒔
Gabarito: B
Questão 4.
(Prof. Vinícius Fulconi) Dois insetos voam com velocidades constantes em um mesmo plano
horizontal e estão iluminados por um foco de luz, a figura mostra a posição dos insetos para 𝒕 =
𝟎 𝒔. Determine o comprimento da separação (em 𝒎) entre as sombras dos insetos ao cabo de 𝟐𝒔.

a) 𝟏𝟔 𝒎
b) 𝟑𝟎 𝒎
c) 𝟏𝟐 𝒎
d) 𝟐𝟒 𝒎
e) 𝟏𝟖 𝒎
Comentários:

De: 𝒅 = 𝒗 𝒙 𝒕; 𝒕 = 𝟐 𝒔
𝒆𝟏 = 𝟒 𝒙 𝟐 = 𝟖
𝒆𝟐 = 𝟑 𝒙 𝟐 = 𝟔
𝒙 + 𝒚 =? ?

AULA 04 – CINEMÁTICA VETORIAL E LANÇAMENTOS OBLÍQUOS 51


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Aplicando semelhança de triângulos:


𝒆𝟏 𝒙 𝟒
= → 𝒙= 𝒙𝟖 → 𝒙 = 𝟏𝟔 𝒎
𝟐 𝟒 𝟐
𝒆𝟐 𝒚 𝟒
= → 𝒙= 𝒙𝟔 → 𝒚=𝟖𝒎
𝟑 𝟒 𝟑

Logo:
𝒙 + 𝒚 = 𝟐𝟒 𝒎
Gabarito: D
Questão 5.
(Prof. Vinícius Fulconi) Um observador que mira com um só olho, se encontra 𝟑𝟎 𝒄𝒎 a frente de
uma janela de 𝟐𝟎 𝒄𝒎 de largura e a 𝟏𝟐 𝒎 dele passa um caminhão com uma velocidade de
𝟐𝟎 𝒎/𝒔. Se o observador viu o caminhão durante 𝟏 𝒔, qual é o comprimento do caminhão?
a) 𝟏𝟖 𝒎
b) 𝟔 𝒎
c) 𝟏𝟎 𝒎
d) 𝟖 𝒎
e) 𝟏𝟐 𝒎
Comentários:
A figura mostra o momento em que o observador vê o movimento do caminhão. Em 𝟏𝒔, o
caminhão percorre:
𝒅𝒄 = 𝒗𝒄 𝒙 ∆𝒕 = 𝟐𝟎 𝒙 𝟏 = 𝟐𝟎 𝒎

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Pela geometria da figura, aplicando semelhança de triângulos:


𝟐𝟎 𝒅
= → 𝒅 = 𝟏𝟐 𝒎
𝟑𝟎 𝟏𝟐
Ademais:
𝒅𝒄 = 𝒅 + 𝑳
𝟐𝟎 = 𝟖 + 𝑳
𝑳 = 𝟏𝟐 𝒎
Gabarito: E
Questão 6.
(Prof. Vinícius Fulconi) Dois móveis partem simultaneamente de um mesmo ponto seguindo
trajetórias retilíneas perpendiculares entre si, com velocidades de 𝟔 𝒎/𝒔 e 𝟖 𝒎/𝒔,
respectivamente. Encontre a distância de cada móvel até a origem, no instante em que a
separação entre eles é de 𝟐𝟎𝟎 𝒎.
a) 𝟒𝟎𝟎 𝒎; 𝟑𝟎𝟎 𝒎
b) 𝟏𝟐𝟎 𝒎; 𝟏𝟔𝟎 𝒎
c) 𝟏𝟒𝟎 𝒎; 𝟐𝟏𝟎 𝒎
d) 𝟔𝟎 𝒎; 𝟖𝟎 𝒎
e) 𝟏𝟓𝟎 𝒎; 𝟐𝟎𝟎 𝒎
Comentários:

AULA 04 – CINEMÁTICA VETORIAL E LANÇAMENTOS OBLÍQUOS 53


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Temos que:
𝒅𝟏 = 𝒗𝟏 𝒙 ∆𝒕 = 𝟔𝒕
𝒅𝟐 = 𝒗𝟐 𝒙 ∆𝒕 = 𝟖𝒕
Notamos que o triângulo é notável:

𝟏𝟎𝒕 = 𝟐𝟎𝟎
𝒕 = 𝟐𝟎

Finalmente:
𝒅𝟏 = 𝟔 𝒙 𝟐𝟎 = 𝟏𝟐𝟎 𝒎
𝒅𝟐 = 𝟖 𝒙 𝟐𝟎 = 𝟏𝟔𝟎 𝒎
Gabarito: B
Questão 7.
(Prof. Vinícius Fulconi) As partículas I e II estão se movimentando com a mesma velocidade de
𝟓 𝒎/𝒔. A direção das trajetórias retilíneas é mostrada na figura. Se 𝑶𝑨 = 𝟐𝟎 𝒎, calcule a
distância que separa as partículas quando II chega ao ponto B.

a) 𝟐𝟎 𝒎
b) 𝟏𝟎√𝟏𝟓/𝟐 𝒎

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𝟐𝟎
c)
𝟑
√𝟏𝟓 𝒎

d) 𝟐𝟎√𝟏𝟓𝒎
e) 𝟐𝟎√𝟑𝟎 𝒎
Comentários:
As medidas dos lados dos triângulos são:

Logo:
𝟒𝟎
𝑨𝑩 =
√𝟑

Como as velocidades dos móveis são iguais, quando II chega a B, o móvel I terá avançado
uma distância 𝒅:
𝟒𝟎
𝒅=
√𝟑
Os movimentos estão separados:

Pelo Teorema de Pitágoras:

𝒙 = √(𝟐𝟎/√𝟑 )𝟐 + (𝟒𝟎/√𝟑 )𝟐
𝟐𝟎
𝒙= √𝟏𝟓 𝒎
𝟑

Gabarito: C.

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Questão 8.
(UFC – modificada) Uma lâmpada pende de um teto ficando a uma altura H do solo. Um atleta de
altura h passa sob a lâmpada se deslocando em linha reta com velocidade constante V. Determine
a velocidade com que a sombra da parte superior da cabeça do atleta se desloca no solo.

Comentários:
Vamos considerar como instante inicial o momento em que o atleta está exatamente abaixo da
lâmpada e um instante 𝒕, em que existe uma projeção da cabeça do atleta no solo.
Fazendo um desenho esquemático, podemos dizer que:

Dessa forma, podemos dizer que o triângulo ABC é semelhante ao triângulo DEC, portanto:
𝑯 𝚫𝒔𝒔𝒐𝒎𝒃𝒓𝒂 𝑯 𝒗𝒔𝒐𝒎𝒃𝒓𝒂 . 𝒕 𝑽. 𝑯
= ⇒ = ⇒ 𝒗𝒔𝒐𝒎𝒃𝒓𝒂 =
𝑯−𝒉 𝚫𝒔𝒂𝒕𝒍𝒆𝒕𝒂 𝑯−𝒉 𝒗𝒂𝒕𝒍𝒆𝒕𝒂 . 𝒕 𝑯−𝒉
𝑽.𝑯
Gabarito: 𝒗𝒔𝒐𝒎𝒃𝒓𝒂 =
𝑯−𝒉

Questão 9.
(Prof. Vinícius Fulconi) Um trem move-se com 72 km/h por um trilho paralelo à margem de um
rio, por onde se move uma lancha subindo a correnteza de 54 km/h. Num dado momento, a
lancha começa a ultrapassar o trem e assim prossegue até que, no exato momento em que ela

AULA 04 – CINEMÁTICA VETORIAL E LANÇAMENTOS OBLÍQUOS 56


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chega na extremidade oposta dele, seu motor para de funcionar e imediatamente ela começa a
descer com o rio. Sabendo que a velocidade da lancha é constante e igual a 50 m/s, determine a
razão entre o tempo necessário para ultrapassar o trem subindo o rio e o tempo para ultrapassá-
lo descendo juntamente com a correnteza.
a) 1/2
b) 3/4
c) 5/4
d) 9/5
e) 7/3
Comentário:
Primeiramente, iremos determinar a velocidade da correnteza:
𝑽𝒍𝒂𝒏𝒄𝒉𝒂/á𝒈𝒖𝒂 = 𝑽𝒍𝒂𝒏𝒄𝒉𝒂/𝑻𝒆𝒓𝒓𝒂 − 𝑽á𝒈𝒖𝒂/𝒕𝒆𝒓𝒓𝒂
𝑽𝒍𝒂𝒏𝒄𝒉𝒂/á𝒈𝒖𝒂 = 𝟓𝟎 − 𝟏𝟓
𝑽𝒍𝒂𝒏𝒄𝒉𝒂/á𝒈𝒖𝒂 = 𝟑𝟓 𝒎/𝒔
Para subir o rio, o tempo que demora para a ultrapassagem do trem é dado por:

𝑳
𝒕𝒔𝒖𝒃𝒊𝒅𝒂 =
𝑽𝒍𝒂𝒏𝒄𝒉𝒂/á𝒈𝒖𝒂 − 𝒗𝒕𝒓𝒆𝒎
𝑳 𝑳
𝒕𝒔𝒖𝒃𝒊𝒅𝒂 = =
𝟑𝟓 − 𝟐𝟎 𝟏𝟓

Para descer o rio, o tempo que demora para a ultrapassagem do trem é dado por:

𝑳
𝒕𝒅𝒆𝒔𝒄𝒊𝒅𝒂 =
𝑽á𝒈𝒖𝒂/𝒕𝒆𝒓𝒓𝒂 − 𝒗𝒕𝒓𝒆𝒎
𝑳 𝑳
𝒕𝒅𝒆𝒔𝒄𝒊𝒅𝒂 = =
𝟏𝟓 − (−𝟐𝟎) 𝟑𝟓
Desta maneira, a razão é dada por:
𝒕𝒔𝒖𝒃𝒊𝒅𝒂 𝟑𝟓
=
𝒕𝒅𝒆𝒔𝒄𝒊𝒅𝒂 𝟏𝟓
𝒕𝒔𝒖𝒃𝒊𝒅𝒂 𝟕
=
𝒕𝒅𝒆𝒔𝒄𝒊𝒅𝒂 𝟑
Gabarito: E

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Nível 3
Questão 1.
(Prof. Vinícius Fulconi) Considere três corpos que estão se movimentando em trajetórias distintas,
mas coplanares. O primeiro está realizando um movimento circular, o segundo está realizando
um MRU sobre reta vertical Y e o terceiro está também está realizando um MRU, mas sobre a reta
⃗ 𝟐 = −𝟑 𝒎/𝒔 𝒋̂ e
vertical Y’ paralela a Y. A velocidade da partícula 2 e 3 são respectivamente 𝑽
⃗𝑽𝟐 = −𝟔 𝒎/𝒔 𝒋̂. Ambos os corpos partem do eixo horizontal x em 𝒕 = 𝟎 𝒔.

Quando o corpo 1 realiza o primeiro um sexto de volta, os três corpos ficam alinhados. Determine
esse instante de tempo. Considere o 𝑹 = 𝟏 𝒎.
√𝟑
a)
𝟑
√𝟑
b)
𝟐
𝟏
c)
𝟑
𝟐
d)
𝟑

e) 𝟏/𝟐
Comentários:
Para a situação de um sexto de volta, o corpo 1 terá percorrido um arco de 60°. Assim, nessa
situação, temos o alinhamento. Adotaremos um sistema de coordenadas com centro no centro
da circunferência.

AULA 04 – CINEMÁTICA VETORIAL E LANÇAMENTOS OBLÍQUOS 58


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Para que as três partículas (pontos) estejam alinhadas, basta fazer o determinante abaixo ser
nulo:
𝟏 √𝟑
𝟏
|𝟐 𝟐 |=𝟎
𝟐 −𝟑𝒕 𝟏
𝟑 −𝟔𝒕 𝟏
Resolvendo, temos:

√𝟑
𝒕=
𝟑
Gabarito: A
Questão 2.
(Problemas Selecionados de Física Elementar) Em um momento inicial duas velas eram iguais e
tinham altura h, encontrando-se a uma distância 𝒂. A distância entre cada uma das velas e a

AULA 04 – CINEMÁTICA VETORIAL E LANÇAMENTOS OBLÍQUOS 59


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parede mais próxima também é 𝒂, como na figura abaixo. Com que velocidade se movem as
sombras das velas nas paredes, se uma vela queima durante o tempo 𝒕𝟏 e a outra durante 𝒕𝟐 .

Comentários:
Podemos representar o deslocamento das velas e das sombras como na figura abaixo:

Onde: 𝚫𝒔𝟏 = 𝚫𝒔𝒔𝒐𝒎𝒃𝒓𝒂𝟏 = 𝒗𝒔𝒐𝒎𝒃𝒓𝒂𝟏 . 𝒕, 𝚫𝒔𝟐 = 𝚫𝒔𝒔𝒐𝒎𝒃𝒓𝒂𝟐 = 𝒗𝒔𝒐𝒎𝒃𝒓𝒂𝟐 . 𝒕, 𝚫𝒉𝟏 = 𝒗𝒗𝒆𝒍𝒂𝟏 . 𝒕, 𝚫𝒉𝟐 =
𝒗𝒗𝒆𝒍𝒂𝟐 . 𝒕.
Para fazer o desenho esquemático do problema, consideramos as chamas das velas como
pontuais e que a vela 2 (à direita) queima de forma mais rápida, isto é, 𝒕𝟐 < 𝒕𝟏 , sem perdas de
generalidades. Além disso, criamos a figura para um instante de tempo 𝒕, com 𝒕𝟎 = 𝟎.
Trata-se de um problema de semelhança de triângulos. Como mostrado na figura abaixo:

Dessa forma, podemos escrever a velocidade de cada vela de acordo com os seus tempos:
𝒉
𝒗𝒗𝒆𝒍𝒂𝟏 = 𝒗𝟏 =
𝒕𝟏

AULA 04 – CINEMÁTICA VETORIAL E LANÇAMENTOS OBLÍQUOS 60


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𝒉
𝒗𝒗𝒆𝒍𝒂𝟐 =
𝒕𝟐
Podemos fazer a semelhança entre o triângulo ABE e o triângulo ACF:
𝒂 𝚫𝒉𝟏 − 𝚫𝒔𝟏
=
𝟐𝒂 𝚫𝒉𝟐 − 𝚫𝒔𝟏
𝒉
𝟏 𝒕𝟏 . 𝒕 − 𝒗𝒔𝒐𝒎𝒃𝒓𝒂𝟏 . 𝒕 𝒉(𝟐𝒕𝟐 − 𝒕𝟏 )
= ⇒ 𝒗𝒔𝒐𝒎𝒃𝒓𝒂𝟏 =
𝟐 𝒉 .𝒕 − 𝒗 .𝒕 𝒕𝟏 . 𝒕𝟐
𝒕𝟐 𝒔𝒐𝒎𝒃𝒓𝒂𝟏

Note que se 𝒕𝟏 > 𝟐𝒕𝟐 , então a velocidade da sombra inverte de sinal, isto é, inverte o sentido ao
que nós adotamos.
Vamos determinar a velocidade da outra sombra fazendo uma semelhança entre ABE e ADG:
𝚫𝒉𝟏 − 𝚫𝒔𝟏 𝒂
= ⇒ 𝚫𝒔𝟐 = 𝟑𝚫𝒉𝟏 − 𝟐𝚫𝒔𝟏
𝚫𝒔𝟐 − 𝚫𝒔𝟏 𝟑𝒂
𝒉 𝒉(𝟐𝒕𝟐 − 𝒕𝟏 )
𝒗𝒔𝒐𝒎𝒃𝒓𝒂𝟐 . 𝒕 = 𝟑. . 𝒕 − 𝟐. .𝒕
𝒕𝟏 𝒕𝟏 . 𝒕𝟐
𝒉(𝟐𝒕𝟏 − 𝒕𝟐 )
𝒗𝒔𝒐𝒎𝒃𝒓𝒂𝟐 =
𝒕𝟏 . 𝒕𝟐
𝒉(𝟐𝒕𝟐 −𝒕𝟏 ) 𝒉(𝟐𝒕𝟏 −𝒕𝟐 )
Gabarito: 𝒗𝒔𝒐𝒎𝒃𝒓𝒂𝟏 = e𝒗𝒔𝒐𝒎𝒃𝒓𝒂𝟐 =
𝒕𝟏 .𝒕𝟐 𝒕𝟏 .𝒕𝟐

Questão 3.
(ITA-1973) Um flutuador em colchão de ar, desloca-se num círculo horizontal, sobre uma mesa e
preso à extremidade de um fio inextensível, de comprimento 𝟎, 𝟖𝒎, com velocidade angular
mostrada no gráfico (a propulsão é dada pelos gases expelidos do aparelho). Suponha a massa do
aparelho constante. Calcule as acelerações angular 𝜸, tangencial (𝒂𝒕 ) e centrípeta (𝒂𝒄 ) e assinale
a resposta correta abaixo.

𝜸(𝒓𝒂𝒅/𝒔𝟐 ) 𝒂𝒕 (𝒎/𝒔𝟐 ) 𝒂𝒄 (𝒎/𝒔𝟐 )

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a) 𝟎, 𝟐𝟓 𝟎, 𝟐𝟎 𝟎, 𝟖 + 𝟎, 𝟑𝟐𝒕 + 𝟎, 𝟎𝟑𝟐𝒕𝟐 .
𝐛) 𝟎, 𝟐𝟎 𝟎, 𝟏𝟔 𝟎, 𝟖 + 𝟎, 𝟒𝒕 + 𝟎, 𝟎𝟓𝒕𝟐 .
c) 𝟎, 𝟐𝟓 𝟎, 𝟐𝟎 𝟎, 𝟖 + 𝟎, 𝟒𝒕 + 𝟎, 𝟎𝟓𝒕𝟐 .
d) 𝟎, 𝟐𝟎 𝟎, 𝟏𝟔 𝟎, 𝟖 + 𝟎, 𝟑𝟐𝒕 + 𝟎, 𝟎𝟑𝟐𝒕𝟐 .
e) 𝟎, 𝟐𝟓 𝟎, 𝟏𝟔 𝟎, 𝟖 + 𝟎, 𝟑𝟐𝒕 + 𝟎, 𝟎𝟑𝟐𝒕𝟐 .
Comentários:
Considere a representação do movimento na figura abaixo, onde o flutuador é representado pelo
ponto 𝑪.

Note pelo gráfico que a velocidade angular do flutuador varia linearmente com o tempo, de modo
que podemos acertar que sua aceleração tangencial é constante. Para calculá-la, basta usarmos
a definição de aceleração:
𝚫𝒘
𝜸=
𝚫𝒕
Usando os pontos (𝟎, 𝟏) e (𝟐𝟎, 𝟓) do gráfico, obtemos:
𝟓−𝟏 𝟒
𝜸= = = 𝟎, 𝟐𝟎 𝒓𝒂𝒅/𝒔𝟐
𝟐𝟎 − 𝟎 𝟐𝟎
Para obtermos a aceleração tangencial basta multiplicarmos pelo raio da trajetória:
𝒂𝒕 = 𝜸𝑹 = 𝟎, 𝟐𝟎 . 𝟎, 𝟖 = 𝟎, 𝟏𝟔 𝒎/𝒔𝟐
Lembrando que a aceleração centrípeta de uma partícula em trajetória circular é dada por:
𝑽𝟐𝒕𝒂𝒏𝒈𝒆𝒏𝒄𝒊𝒂𝒍
𝒂𝒄 = (𝒆𝒒. 𝟏)
𝑹
Voltamos nossa atenção ao cálculo da velocidade tangencial do flutuador. Podemos relacionar a
velocidade tangencial da partícula com sua velocidade angular através da expressão:
𝑽𝒕𝒂𝒏𝒈𝒆𝒏𝒄𝒊𝒂𝒍 = 𝝎 ∙ 𝑹 (𝒆𝒒. 𝟐)
Substituindo (2) em (1), obtemos:
𝒂𝒄 = 𝝎𝟐 ∙ 𝑹
Pelo gráfico apresentado podemos deduzir a variação de 𝒘 com o tempo:
𝝎 = 𝟏 + 𝟎, 𝟐𝟎𝒕 (eq. da reta)

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𝒂𝒄 = (𝟏 + 𝟎, 𝟒𝟎𝒕 + 𝟎, 𝟎𝟒𝒕𝟐 ) . 𝟎, 𝟖
𝒂𝒄 = 𝟎, 𝟖 + 𝟎, 𝟑𝟐𝒕 + 𝟎, 𝟎𝟑𝟐𝒕𝟐 𝒎/𝒔𝟐
Gabarito: D
Questão 4.
(ITA-2007) A figura mostra uma pista de corrida 𝑨 𝑩 𝑪 𝑫 𝑬 𝑭, com seus trechos retilíneos e
circulares percorridos por um atleta desde o ponto 𝑨, de onde parte do repouso, até a chegada
em 𝑭, onde para. Os trechos 𝑩𝑪, 𝑪𝑫 e 𝑫𝑬 são percorridos com a mesma velocidade de módulo
constante.
Considere as seguintes afirmações:
O movimento do atleta é acelerado nos trechos 𝑨𝑩, 𝑩𝑪, 𝑫𝑬 e 𝑬𝑭.
O sentido da aceleração vetorial média do movimento do atleta é o mesmo nos trechos 𝑨𝑩 e 𝑬𝑭.
O sentido da aceleração vetorial média do movimento do atleta é para sudeste no trecho 𝑩𝑪, e,
para sudoeste, no 𝑫𝑬.

Está(ão) correta(s):
a) Apenas a I.
b) Apenas a I e II.
c) Apenas a I e III.
d) Apenas a II e III.
e) Todas.
Comentários:
Correto. No trecho 𝑨𝑩 o atleta parte do repouso e atinge uma velocidade não nula, portanto
sofre aceleração. No trecho 𝑬𝑭 o atleta apresenta velocidade no início, mas chega ao seu com
velocidade nula, logo houve aceleração. Nos trechos 𝑩𝑪 e 𝑫𝑬 a velocidade do atleta é constante,
mas a trajetória é curvilínea e, portanto, temos aceleração centrípeta.
Correto. No trecho 𝑨𝑩 a aceleração tem sentido de 𝑨 para 𝑩, pois aumenta a velocidade do
atleta, já em 𝑬𝑭, ela deve ter sentido de 𝑭 para 𝑬, uma vez que o atleta percorre o percurso de
𝑬 para 𝑭 e sua velocidade diminui.
Correto. Veja a figura abaixo:

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Qualquer ponto arbitrário 𝑨 na trajetória apresenta seu simétrico 𝑨′ em relação a 𝑺, de modo


que ao tirarmos a média das acelerações só a componente naquela direção não se cancela. A
demonstração para o trecho 𝑩𝑪 é análoga.
Gabarito: E
Questão 5.
(ITA-2009) Na figura um ciclista percorre um trecho 𝑨𝑩 com velocidade escalar média de
𝟐𝟐, 𝟓 𝒌𝒎/𝒉 e, em seguida, o trecho 𝑩𝑪 de 𝟑, 𝟎 𝒌𝒎 de extensão. No retorno, ao passar em 𝑩,
verifica ser de 𝟐𝟎, 𝟎 𝒌𝒎/𝒉 sua velocidade escalar média no percurso então percorrido, 𝑨𝑩𝑪𝑩.
Finalmente, ele chega em A perfazendo todo o percurso de ida e volta em 𝟏, 𝟎𝟎 𝒉, com velocidade
escalar média de 𝟐𝟒, 𝟎 𝒌𝒎/𝒉. Assinale o módulo 𝒗 do vetor velocidade média referente ao
percurso 𝑨𝑩𝑪𝑩.

a) 𝒗 = 𝟏𝟐, 𝟎 𝒌𝒎/𝒉.
b) 𝒗 = 𝟏𝟐, 𝟎𝟎 𝒌𝒎/𝒉.
c) 𝒗 = 𝟐𝟎, 𝟎 𝒌𝒎/𝒉.
d) 𝒗 = 𝟐𝟎, 𝟎𝟎 𝒌𝒎/𝒉.
e) 𝒗 = 𝟑𝟔, 𝟎 𝒌𝒎/𝒉.
Comentários:
Da última informação dada pela questão podemos determinar o comprimento de 𝑨𝑩:
𝒅𝑨𝑩𝑪𝑩𝑨
𝑽𝒎𝒆𝒅,𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 =
𝒕𝑨𝑩𝑪𝑩𝑨

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𝒅𝑨𝑩𝑪𝑩𝑨 = 𝟐𝟒, 𝟎 𝒌𝒎
Cuidado com os algarismos significativos!
𝟐𝑨𝑩 + 𝟐𝑩𝑪 = 𝟐𝟒, 𝟎
𝑨𝑩 = 𝟗, 𝟎 𝒌𝒎
Usando a velocidade média do percurso 𝑨𝑩𝑪𝑩, temos:
𝑨𝑩 + 𝟐𝑩𝑪
𝑽𝒎𝒆𝒅,𝑨𝑩𝑪𝑩 =
𝒕𝑨𝑩𝑪𝑩
Podemos encontrar o tempo que o ciclista gastou naquele percurso:
𝟏𝟓 𝟑
𝒕𝑨𝑩𝑪𝑩 = = 𝒉
𝟐𝟎 𝟒
Por definição a velocidade média vetorial no percurso 𝑨𝑩𝑪𝑩 é dada por:
⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝑨𝑩
⃗𝑽𝒎𝒆𝒅,𝑨𝑩𝑪𝑩 =
𝒕𝑨𝑩𝑪𝑩
Aplicando módulo dos dois lados da expressão:
𝑨𝑩𝟗, 𝟎
⃗ 𝒎𝒆𝒅,𝑨𝑩𝑪𝑩 | =
|𝑽 = = 𝟏𝟐, 𝟎 𝒎/𝒔
𝒕𝑨𝑩𝑪𝑩 𝟑
𝟒
Note que a questão também trabalha com algarismos significativos.
Gabarito: A
Questão 6.
(ITA-2011) Um problema clássico de cinemática considera objetos que, a partir de certo instante,
se movem conjuntamente com velocidade de módulo constante a partir dos vértices de um
polígono regular, cada qual apontando à posição instantânea do objeto vizinho em movimento. A
figura mostra a configuração desse movimento múltiplo no caso de um hexágono regular.

Considere que o hexágono tinha 𝟏𝟎, 𝟎 𝒎 de lado no instante inicial e que os objetos de
movimentam com velocidade de módulo constante de 𝟐, 𝟎𝟎 𝒎/𝒔.
Após quanto tempo estes se encontrarão e qual deverá ser a distância percorrida por cada um
dos seis objetos?
a) 𝟓, 𝟖𝒔 𝒆 𝟏𝟏, 𝟓𝒎.
b) 𝟏𝟏, 𝟓𝒔 𝒆 𝟓, 𝟖𝒎.

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c) 𝟏𝟎, 𝟎𝒔 𝒆 𝟐𝟎, 𝟎𝒎.


d) 𝟐𝟎, 𝟎𝒔 𝒆 𝟏𝟎, 𝟎𝒎.
e) 𝟐𝟎, 𝟎𝒔 𝒆 𝟒𝟎, 𝟎𝒎.
Comentários:
A figura abaixo mostra a configuração do movimento entre dois vértices do hexágono em um
momento qualquer:

Perceba que a velocidade relativa entre dois vértices se mantém a mesma:


𝒗
𝒗𝒓𝒆𝒍 = 𝒗 ∙ 𝐜𝐨𝐬 𝟔𝟎° − 𝒗 = −
𝟐
Os objetos se encontrarão quando a distância relativa entre eles for nula, ou seja:
𝚫𝒅𝒓𝒆𝒍
𝒗𝒓𝒆𝒍 =
𝚫𝒕
𝒗 𝑳
− =−
𝟐 𝚫𝒕
𝟐𝑳
𝚫𝒕 =
𝒗
Usando os dados fornecidos no enunciado:
(𝟐 ∙ 𝟏𝟎)
𝚫𝒕 = = 𝟏𝟎 𝒔
𝟐
Sabemos que as partículas possuíam velocidades de módulo constante, como se movimentaram
durante 𝟏𝟎 𝒔, podemos afirmar:
𝒅 = 𝒗 ∙ 𝚫𝒕
A trajetória das partículas é uma espiral, mas isso não é relevante, tudo que precisamos saber é
que a velocidade tangencial da partícula é constante e, portanto, a expressão de movimento
uniforme se aplica. Substituindo os valores do enunciado na expressão acima, obtemos:
𝒅 = 𝟐𝟎 𝒎
Gabarito: C

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Questão 7.
(ITA-1982) Um nadador, que pode desenvolver uma velocidade de 𝟎, 𝟗𝟎𝟎𝒎/𝒔 na água parada,
atravessa o rio de largura 𝑫 metros, cuja correnteza tem velocidade de 𝟏, 𝟎𝟖𝒌𝒎/𝒉. Nadando em
√𝟑
linha reta ele quer alcançar um ponto da outra margem situada 𝑫 metros abaixo do ponto de
𝟑
partida. Para que isso ocorra, sua velocidade em relação ao rio deve formar com a correnteza o
ângulo:
√𝟑
a) 𝒂𝒓𝒄𝒔𝒆𝒏 (√𝟑𝟑 + 𝟏).
𝟏𝟐
√𝟑
b) 𝒂𝒓𝒄𝒔𝒆𝒏 .
𝟐

c) zero grau.
√𝟑
d) 𝒂𝒓𝒄𝒔𝒆𝒏 .
𝟏𝟐

e) O problema não tem solução.


Comentários:
Considere a situação em que o nadador tem a velocidade inclinada no sentido da velocidade da
correnteza (se for o contrário você encontrará isso no valor de 𝜷):

𝑨 é o ponto de partida do nadador, 𝑫 é a sua reflexão na margem oposta e 𝑬 é o ponto de


chegada. Convertendo a velocidade da correnteza para 𝒎/𝒔 obtemos 𝟎, 𝟑𝒎/𝒔, assim temos a
relação:
𝑽𝒏𝒂𝒅𝒂𝒅𝒐𝒓 = 𝟑 ∙ 𝑽𝒓𝒊𝒐

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Pelas distâncias dadas no enunciado conseguimos determinar o ângulo 𝜶:


√𝟑
𝑫𝑬 𝑫 √𝟑
𝐭𝐚𝐧 𝜶 = = 𝟑 =
𝑨𝑫 𝑫 𝟑
𝜶 = 𝟑𝟎°
A partir disso, podemos concluir que:
̂ 𝑫 = 𝟔𝟎°
𝑨𝑬
Note que o nadador deve ter sua velocidade resultante na direção do segmento de reta 𝑨𝑬:

̂ 𝑫. Usando a lei dos senos obtemos:


Onde 𝜸 = 𝑨𝑬
𝑽𝒏𝒂𝒅𝒂𝒅𝒐𝒓 𝑽𝒓𝒊𝒐
=
𝐬𝐞𝐧 𝜸 𝐬𝐞𝐧 𝜷
𝑽𝒓𝒊𝒐 √𝟑
𝐬𝐞𝐧 𝜷 = 𝐬𝐞𝐧 𝟔𝟎° =
𝑽𝒏𝒂𝒅𝒂𝒅𝒐𝒓 𝟔
Perceba que a questão pede o ângulo entre a velocidade do nadador (𝑽𝒏𝒂𝒅𝒂𝒅𝒐𝒓 ) e a margem do
rio (𝜷 + 𝟔𝟎°):
𝐬𝐞𝐧(𝜷 + 𝟔𝟎°) = 𝐬𝐢𝐧 𝜷 𝐜𝐨𝐬 𝟔𝟎° + 𝐬𝐢𝐧 𝟔𝟎° 𝐜𝐨𝐬 𝜷
√𝟑 𝟏 √𝟑 √𝟑𝟑 √𝟑
𝐬𝐞𝐧(𝜷 + 𝟔𝟎°) = + = (𝟏 + √𝟑𝟑)
𝟔 𝟐 𝟐 𝟔 𝟏𝟐
Gabarito: A
Questão 8.
(ITA-1987) Um avião Xavantes está a 𝟖𝒌𝒎 de altura e voa horizontalmente a 𝟕𝟎𝟎𝒌𝒎/𝒉,
patrulhando as costas brasileiras. Em dado instante, ele observa um submarino inimigo parado
na superfície. Desprezando as forças de resistência do ar e adotando 𝒈 = 𝟏𝟎𝒎/𝒔𝟐 , pode-se
afirmar que o tempo que dispõe o submarino para deslocar-se após o avião ter solto uma bomba
é de:
a) 108s

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b) 20s
c) 30s
d) 40s
e) Não é possível determinar se não for conhecida a distância inicial entre o avião e o submarino.
Comentários:
Neste problema não precisamos nos preocupar com o movimento horizontal da bomba, já que
sabemos que ela não atingirá o submarino enquanto não percorrer os 8km verticais alcançando
a superfície. Como sua velocidade vertical inicial é nula (lançamento horizontal, igual a velocidade
do avião) temos:

𝒈𝒕𝟐 𝟐𝒉
𝒉= ⇒𝒕=√
𝟐 𝒈

𝟐 . 𝟖𝟎𝟎𝟎
∴𝒕=√ = 𝟒𝟎 𝒔
𝟏𝟎
Gabarito: D
Questão 9.
(ITA-1994) Um barco, com motor em regime constante, desce um trecho de um rio em 2,0 horas
e sobe o mesmo em 4,0 horas. Quanto tempo levará o barco para percorrer o mesmo trecho, rio
abaixo, com o motor desligado?
a) 3,5 horas.
b) 6,0 horas.
c) 8,0 horas.
d) 4,0 horas.
e) 4,5 horas.
Comentários:
Seja 𝒖 a velocidade que o motor do barco é capaz de gerar e 𝒗 a velocidade da correnteza. Então,
na descida do rio com o motor ligado teremos (o sentido da velocidade da correnteza é sempre
rio abaixo):
⃗ 𝑩𝒂𝒓𝒄𝒐/𝒕𝒆𝒓𝒓𝒂 = 𝒗
𝒗 ⃗ 𝑩𝒂𝒓𝒄𝒐/𝑪𝒐𝒓𝒓𝒆𝒏𝒕𝒆𝒛𝒂 + 𝒗
⃗ 𝑪𝒐𝒓𝒓𝒆𝒏𝒕𝒆𝒛𝒂/𝒕𝒆𝒓𝒓𝒂
𝚫𝑺
𝒖+𝒗= (𝒆𝒒. 𝟏)
𝒕𝟏
Na subida a velocidade da correnteza se opõe a velocidade gerada pelo barco:
𝚫𝑺
𝒖−𝒗= (𝒆𝒒. 𝟐)
𝒕𝟐
Dividindo (1) por (2), temos:

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𝒖 + 𝒗 𝒕𝟐
=
𝒖 − 𝒗 𝒕𝟏
Do enunciado temos que 𝒕𝟏 = 𝟐 𝒉 e 𝒕𝟐 = 𝟒𝒉, assim:
𝒖 + 𝒗 = 𝟐𝒖 − 𝟐𝒗
𝒖 = 𝟑𝒗
O motor do barco desenvolve uma velocidade igual a 3 vezes a da correnteza. Substituindo esse
resultado em (1), obtemos:
𝚫𝑺
𝟒𝒗 =
𝒕𝟏
𝚫𝑺 = 𝟒𝒗𝒕𝟏 (𝒆𝒒. 𝟑)
Na situação em que o barco desce o rio com seu motor desligado sua velocidade é 𝒗, assim:
𝚫𝑺
𝒗=
𝒕
Substituindo (3) na equação acima:
𝟒𝒗𝒕𝟏
𝒕= = 𝟒 .𝟐 = 𝟖 𝒉
𝒗
Gabarito: C
Questão 10.
(ITA-2009) Um barco leva 10 horas para subir e 4 horas para descer um mesmo trecho do rio
Amazonas, mantendo constante o módulo de sua velocidade em relação à água. Quanto tempo
o barco leva para descer esse trecho com os motores desligados?
a) 14 horas e 30 minutos.
b) 13 horas e 20 minutos.
c) 7 horas e 20 minutos.
d) 10 horas.
e) Não é possível resolver porque não foi dada a distância percorrida pelo barco.
Comentários:
Seja 𝒖 a velocidade que o motor do barco é capaz de gerar e 𝒗 a velocidade da correnteza. Então,
na descida do rio com o motor ligado teremos (o sentido da velocidade da correnteza é sempre
rio abaixo):
⃗ 𝑩𝒂𝒓𝒄𝒐/𝒕𝒆𝒓𝒓𝒂 = 𝒗
𝒗 ⃗ 𝑩𝒂𝒓𝒄𝒐/𝑪𝒐𝒓𝒓𝒆𝒏𝒕𝒆𝒛𝒂 + 𝒗
⃗ 𝑪𝒐𝒓𝒓𝒆𝒏𝒕𝒆𝒛𝒂/𝒕𝒆𝒓𝒓𝒂
𝚫𝑺
𝒖+𝒗= (𝒆𝒒. 𝟏)
𝒕𝟏
Na subida a velocidade da correnteza se opõe a velocidade gerada pelo barco:
𝚫𝑺
𝒖−𝒗= (𝒆𝒒. 𝟐)
𝒕𝟐

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Dividindo (1) por (2), temos:


𝒖 + 𝒗 𝒕𝟐
=
𝒖 − 𝒗 𝒕𝟏
Do enunciado temos que 𝒕𝟏 = 𝟐 𝒉 e 𝒕𝟐 = 𝟒𝒉, assim:
𝟐𝒖 + 𝟐𝒗 = 𝟓𝒖 − 𝟓𝒗
𝟕
𝒖=
𝒗
𝟑
O motor do barco desenvolve uma velocidade igual a sete terços a da correnteza. Substituindo
esse resultado em (1), obtemos:
𝟏𝟎 𝚫𝑺
𝒗=
𝟑 𝒕𝟏
𝟏𝟎
𝚫𝑺 = 𝒗𝒕 (𝒆𝒒. 𝟑)
𝟑 𝟏
Na situação em que o barco desce o rio com seu motor desligado sua velocidade é 𝒗, assim:
𝚫𝑺
𝒗=
𝒕
Substituindo (3) na equação acima:
𝟏𝟎 𝒗𝒕𝟏 𝟏𝟎 𝟒𝟎
𝒕= = . 𝟒= 𝒉
𝟑 𝒗 𝟑 𝟑
𝟏
𝒕 = 𝟏𝟑 + 𝒉 = 𝟏𝟑𝒉 𝟐𝟎𝒎𝒊𝒏
𝟑
Gabarito: B
Questão 11.
(IME-2016) Dois observadores em movimento acompanham o deslocamento de uma partícula no
plano. O observador 1, considerando estar no centro do seu sistema de coordenadas, verifica que
a partícula descreve um movimento dado pelas equações 𝒙𝟏 (𝒕) = 𝟑𝐜𝐨𝐬 (𝒕) e 𝒚𝟏 (𝒕) = 𝟒𝐬𝐞𝐧 (𝒕),
sendo 𝒕 a variável tempo. O observador 2, considerando estar no centro de seu sistema de
coordenadas, equaciona o movimento da partícula como 𝒙𝟐 (𝒕) = 𝟓𝐜𝐨𝐬 (𝒕) e 𝒚𝟐 (𝒕) = 𝟓𝐬𝐞𝐧 (𝒕).
O observador 1 descreveria o movimento do observador 2 por meio da equação:
Observações:
- Os eixos 𝒙𝟏 e 𝒙𝟐 são paralelos e possuem o mesmo sentido; e
- Os eixos 𝒚𝟏 e 𝒚𝟐 são paralelos e possuem o mesmo sentido.
a) 𝟗𝒙𝟐 + 𝟏𝟔𝒚𝟐 = 𝟐𝟓.
𝒙𝟐 𝒚𝟐
b) + = 𝟐𝟓.
𝟗 𝟏𝟔

c) 𝟒𝒙𝟐 + 𝒚𝟐 = 𝟏.
𝒙𝟐
d) + 𝒚𝟐 = 𝟏.
𝟒

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e) 𝟒𝒙𝟐 + 𝒚𝟐 = 𝟒.
Comentários:
Considere o referencial da partícula. Nesse referencial o observador 1 tem coordenadas:
𝒙𝒑𝟏 (𝒕) = −𝟑 𝐜𝐨𝐬(𝒕)
𝒚𝒑𝟏 (𝒕) = −𝟒 𝐬𝐞𝐧(𝒕)
O observador 2 tem coordenadas:
𝒙𝒑𝟐 (𝒕) = −𝟓 𝐜𝐨𝐬(𝒕)
𝒚𝒑𝟐 (𝒕) = −𝟓 𝐬𝐞𝐧(𝒕)
Assim, podemos representar a posição do observador 2 em relação ao 1 pela equação:
𝒙(𝒕) = 𝒙𝒑𝟐 (𝒕) − 𝒙𝒑𝟏 (𝒕) = −𝟐 𝐜𝐨𝐬(𝒕)
𝒚(𝒕) = 𝒚𝒑𝟐 (𝒕) − 𝒚𝒑𝟏 (𝒕) = − 𝐬𝐞𝐧(𝒕)
Isolando os valores de 𝐜𝐨𝐬(𝒕) e 𝐬𝐞𝐧(𝒕) nas equações acima e usando a identidade trigonométrica
𝐬𝐞𝐧𝟐 𝜽 + 𝐜𝐨𝐬 𝟐 𝜽 = 𝟏, temos:
𝒙𝟐
𝒚𝟐 + =𝟏
𝟒
Gabarito: D
Questão 12.
(ITA) Dois barcos, 1 e 2, partem simultaneamente de um ponto 𝑨 da margem de um rio, conforme
a figura, com velocidades constantes em relação à água respectivamente iguais 𝑽𝟏 e 𝑽𝟐 . O barco
1 vai diretamente até o ponto 𝑩 da mesma margem, rio abaixo, e volta a 𝑨. O barco 2 vai
diretamente até o ponto 𝑪 da outra margem e volta a 𝑨. Os tempos de ida e volta para ambos os
barcos são iguais. As distâncias 𝑨𝑪 e 𝑨𝑩 são iguais entre si e a velocidade da correnteza é
constante e apresenta módulo 𝑽, em relação às margens do rio. Sabendo que a razão entre o
tempo de descida de 𝑨 para 𝑩 e o tempo de subida de 𝑩 para 𝑨 é 𝒓, os módulos 𝑽𝟏 e 𝑽𝟐 , valem
respectivamente:

𝟏+𝒓 𝟏+𝒓 𝟐 𝟏−𝒓 𝟐


a) 𝑽𝟏 = 𝑽( ) e 𝑽𝟐 = 𝑽√( ) −𝟏+( ) .
𝟏−𝒓 𝟏−𝒓 𝟏+𝒓

𝟏+𝒓 𝟏+𝒓 𝟐 𝟏−𝒓 𝟐


b) 𝑽𝟏 = 𝑽( ) e 𝑽𝟐 = 𝑽√( ) +𝟏+( ) .
𝟏−𝒓 𝟏−𝒓 𝟏+𝒓

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𝟏+𝒓 𝟏+𝒓 𝟐 𝟏−𝒓 𝟐


c) 𝑽𝟏 = 𝑽( ) e 𝑽𝟐 = 𝑽√( ) −𝟏−( ) .
𝟏−𝒓 𝟏−𝒓 𝟏+𝒓

𝟏−𝒓 𝟏+𝒓 𝟐 𝟏−𝒓 𝟐


d) 𝑽𝟏 = 𝟐𝑽( ) e 𝑽𝟐 = 𝑽√( ) −𝟏+( ) .
𝟏+𝒓 𝟏−𝒓 𝟏+𝒓

𝟏+𝒓 𝟏+𝒓 𝟏−𝒓𝟐 𝟐


e) 𝑽𝟏 = 𝟐𝑽( ) e 𝑽𝟐 = 𝑽√( ) − 𝟏 + ( ) .
𝟏−𝒓 𝟏−𝒓 𝟏+𝒓

Comentários:
Calculando o tempo de descida do primeiro barco, obtemos:
𝒙
𝒕𝒅 = (𝒆𝒒. 𝟏)
𝑽𝟏 + 𝑽
Onde 𝒙 = 𝑨𝑪 = 𝑨𝑩. O tempo de subida:
𝒙
𝒕𝒔 = (𝒆𝒒. 𝟐)
𝑽𝟏 − 𝑽
A razão entre esses tempos é dada pela questão:
𝒕𝒅
𝒓=
𝒕𝒔
Substituindo (1) e (2), temos:
𝑽𝟏 − 𝑽
𝒓=
𝑽𝟏 + 𝑽
𝟏+𝒓
𝑽𝟏 = 𝑽 ( )
𝟏−𝒓
A velocidade do barco 2 em relação ao rio (desenvolvida pelo seu motor) deve ser inclinada, de
modo que a resultante tem a direção 𝑨𝑪:

O tempo total de viagem do barco 1 é:


𝒕𝟏 = 𝒕𝒔 + 𝒕𝒅
𝟐𝒙𝑽𝟏
𝒕𝟏 = (𝒆𝒒. 𝟑)
𝑽𝟐𝟏 − 𝑽𝟐

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O tempo total de viagem do barco 2 é:

𝒙
𝒕𝟐 = 𝟐 (𝒆𝒒. 𝟒)
√𝑽𝟐𝟐 − 𝑽𝟐
( )
O problema nos diz que:
𝒕𝟏 = 𝒕𝟐
Substituindo (3) e (4), obtemos:

𝟐𝑽𝟏 𝟏
=𝟐
𝑽𝟐𝟏 − 𝑽𝟐
√𝑽𝟐𝟐 − 𝑽𝟐
( )
𝟐
𝟐 𝟐
(𝑽𝟐𝟏 − 𝑽𝟐 )
𝑽𝟐 = 𝑽 +
𝑽𝟐𝟏
𝑽𝟐𝟐 = 𝑽𝟐𝟏 − 𝑽𝟐 + 𝑽𝟒 /𝑽𝟐𝟏
Substituindo 𝑽𝟏 , temos:
𝟏+𝒓 𝟐 𝟏−𝒓 𝟐
𝑽𝟐𝟐 =𝑽 (𝟐 𝟐 𝟐
) −𝑽 +𝑽 ( )
𝟏−𝒓 𝟏+𝒓

𝟏+𝒓 𝟐 𝟏−𝒓 𝟐
𝑽𝟐 = 𝑽√( ) −𝟏+( )
𝟏−𝒓 𝟏+𝒓
Gabarito: A

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2.0 Lançamentos oblíquos

O lançamento oblíquo é uma composição de dois movimentos. Um movimento horizontal


uniforme e um movimento vertical variado. Para analisar esse movimento, devemos utilizar dois
eixos coordenados perpendiculares. Para lançamentos oblíquos, adote dois eixos.

Figura 5: Lançamento oblíquo.

Não vimos a teoria sobre leis de Newton, mas iremos fazer algumas análises simples sobre o a
força resultante sobre o corpo para saber que tipo de movimento temos em cada eixo.

Forças atuando sobre o corpo:

𝟏) 𝑬𝒊𝒙𝒐 𝒙
⃗ 𝑹,𝒙 = 𝒎 ⋅ 𝒂
𝑭 ⃗𝒙
⃗ 𝑹,𝒙 = 𝟎
𝑭
⃗𝒙=𝟎
𝒂

“O movimento é retilíneo e uniforme no eixo x.”

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𝟐) 𝑬𝒊𝒙𝒐 𝒚
⃗𝑭𝑹,𝒚 = 𝒎 ⋅ 𝒂
⃗𝒚
⃗ 𝑹,𝒚 = −𝒎 ⋅ 𝒈
𝑭
⃗ 𝒚 = −𝐠
𝒂

“O movimento é retilíneo e uniformemente variado no eixo y. A aceleração é


gravidade.”

Análise do eixo Y
Temos o movimento retilíneo uniformemente variado. Desta maneira, podemos aplicar as
equações desse movimento. Decompondo a velocidade no eixo y, temos:

Figura 6: Velocidade decomposta no eixo y.

A expressão horária no eixo y é dada por:


𝒂𝒚 ⋅ 𝒕²
𝒚(𝒕) = 𝒚𝟎 ± 𝒗 ⋅ 𝒕 ±
𝟐
𝒈 ⋅ 𝒕²
𝒚(𝒕) = 𝟎 + 𝒗 ⋅ 𝒔𝒆𝒏𝜶 ⋅ 𝒕 −
𝟐
𝒈 ⋅ 𝒕²
𝒚(𝒕) = 𝒗 ⋅ 𝒔𝒆𝒏𝜶 ⋅ 𝒕 −
𝟐

A expressão horária da velocidade é dada por:

𝒗𝒚 (𝒕) = 𝒗𝟎,𝒚 ± 𝒂𝒚 ⋅ 𝒕

𝒗𝒚 (𝒕) = 𝒗 ⋅ 𝒔𝒆𝒏𝜶 − 𝒈 ⋅ 𝒕

No ponto de altura máxima, a velocidade vertical é nula. O tempo encontrado será metade do
tempo de voo.

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𝒕𝒗𝒐𝒐
𝟎 = 𝒗 ⋅ 𝒔𝒆𝒏𝜶 − 𝒈 ⋅
𝟐

𝟐 ⋅ 𝒗 ⋅ 𝒔𝒆𝒏𝜶
𝒕𝒗𝒐𝒐 =
𝒈

Análise do eixo x
Temos o movimento retilíneo uniforme. Desta maneira, podemos aplicar as equações.

𝒙(𝒕) = 𝒙𝟎 ± 𝒗 ⋅ 𝒕

𝒙(𝒕) = 𝒗 ⋅ 𝒄𝒐𝒔𝜶 ⋅ 𝒕
Alcance:
Utilizando o tempo de voo na expressão anterior, teremos o alcance total do corpo:
𝒙(𝒕𝒗𝒐𝒐 ) = 𝑨

𝟐 ⋅ 𝒗 ⋅ 𝒔𝒆𝒏𝜶
𝒙(𝒕) = 𝒗 ⋅ 𝒄𝒐𝒔𝜶 ⋅ =𝑨
𝒈

𝒗² ⋅ 𝒔𝒆𝒏𝟐𝜶
𝑨=
𝒈

ALCANCE MÁXIMO
Como visto anteriormente, o alcance é calculado por:
𝒗𝟐𝟎 . 𝒔𝒆𝒏𝟐𝜽
𝒅=
𝒈
Se fixarmos a velocidade de lançamento do objeto e variar apenas o ângulo, vemos que o
alcance depende apenas do ângulo de inclinação com a horizontal. Então, para que o alcance seja

AULA 04 – CINEMÁTICA VETORIAL E LANÇAMENTOS OBLÍQUOS 77


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máximo, 𝒔𝒆𝒏𝟐𝜽 deve ser máximo. Nas definições de seno, conhecemos que seno de um ângulo
é um valor entre -1 e 1. Então, 𝒔𝒆𝒏𝟐𝜽 assumi seu valor máximo quando é igual a 1.
Se 𝒔𝒆𝒏𝟐𝜽 = 𝟏, o alcance máximo é dado por:
𝒗𝟐𝟎
𝒅𝒎á𝒙 =
𝒈
Como 𝒔𝒆𝒏𝟐𝜽 = 𝟏, então 𝟐𝜽 = 𝟗𝟎°. Portanto, 𝜽 = 𝟒𝟓° .
Propriedade do alcance:

Se duas partículas são lançadas de um mesmo ponto, com velocidades de mesmo módulo e a soma
dos ângulos de lançamento serem 90°, então as duas partículas terão o mesmo alcance.

Demonstração:
Dadas duas partículas A e B com velocidades cujos módulos são iguais a 𝒗𝟎 (|𝒗
⃗ 𝑨 | = |𝒗
⃗ 𝑩 | = 𝒗𝟎 ).
Se A é lançada com um ângulo 𝜶 e B é lançada com um ângulo 𝜷, tal que 𝜶 + 𝒃 = 𝟗𝟎°. Então,
podemos escrever o alcance para cada uma das partículas.
𝒗𝟐𝟎 𝒔𝒆𝒏𝟐𝜶 𝒗𝟐𝟎 𝒔𝒆𝒏𝟐𝜷
𝒅𝑨 = 𝒆 𝒅𝑩 =
𝒈 𝒈
Pela trigonometria, sabemos que:
𝜶 + 𝜷 = 𝟗𝟎
𝟐𝜶 + 𝟐𝜷 = 𝟏𝟖𝟎
𝟐𝜶 = 𝟏𝟖𝟎 − 𝟐𝜷
Logo:
𝒔𝒆𝒏(𝟐𝜶) = 𝒔𝒆𝒏(𝟏𝟖𝟎 − 𝟐𝜷)
Mas, sabemos que: 𝒔𝒆𝒏(𝟏𝟖𝟎 − 𝜽) = 𝒔𝒆𝒏𝜽, portanto:
𝒔𝒆𝒏(𝟐𝜶) = 𝒔𝒆𝒏(𝟐𝜷)
𝒗𝟐 𝒗𝟐𝟎
. 𝒔𝒆𝒏(𝟐𝜶) = . 𝒔𝒆𝒏(𝟐𝜷)
𝒈 𝒈
𝒅𝑨 = 𝒅 𝑩
A volta da propriedade também é válida, isto é, se dois corpos partem de um mesmo ponto e
possuem o mesmo alcance, então a soma dos ângulos de lançamento é igual 90° (em outras
palavras, dizemos que os ângulos de lançamentos são complementares).

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Altura máxima:
É a máxima posição vertical que o corpo pode assumir.

Figura 7: Posição de altura máxima.

A posição vertical do objeto em função do tempo é dada por:


𝒈 ⋅ 𝒕²
𝒚(𝒕) = 𝒗 ⋅ 𝒔𝒆𝒏𝜶 ⋅ 𝒕 −
𝟐
Até atingir a posição de máxima altura, o corpo gasta metade do tempo de voo.
𝒕𝒗𝒐𝒐
𝒚( ) = 𝒉𝒎á𝒙
𝟐
𝒗 ⋅ 𝒔𝒆𝒏𝜶 𝟐
𝒕𝒗𝒐𝒐 𝒗 ⋅ 𝒔𝒆𝒏𝜶 𝒈 ⋅ ( )
𝒈
𝒚( ) = 𝒗 ⋅ 𝒔𝒆𝒏𝜶 ⋅ −
𝟐 𝒈 𝟐

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𝒗𝟐 ⋅ 𝒔𝒆𝒏²𝜶
𝒉𝒎á𝒙 =
𝟐𝒈

EQUAÇÃO DA CURVA DO LANÇAMENTO OBLÍQUO.


Até trabalhamos as equações de cada componente de forma isolada. Vamos agora cominar
as funções horárias de espaço de cada direção e analisar o resultado obtido.
Para um lançamento oblíquo como na figura abaixo, temos as funções horárias de espaço:

𝒙 = 𝒗𝟎 𝒄𝒐𝒔𝜽. 𝒕 (1)
𝒈.𝒕𝟐
𝒚 = 𝒗𝟎 𝒔𝒆𝒏𝜽. 𝒕 − (2)
𝟐

Isolando o tempo em (1) e substituindo em (2), temos que:


𝒙
𝒕=
𝒗𝟎 𝒄𝒐𝒔𝜽
𝒙 𝟐
𝒙 𝒈. ( )
𝒗𝟎 𝒄𝒐𝒔𝜽
𝒚 = 𝒗𝟎 𝒔𝒆𝒏𝜽. ( )−
𝒗𝟎 𝒄𝒐𝒔𝜽 𝟐
𝒔𝒆𝒏𝜽 𝟏
Como = 𝒕𝒈𝜽, 𝒔𝒆𝒄𝜽 = para 𝒄𝒐𝒔𝜽 ≠ 𝟎 e 𝐬𝐞𝐜 𝟐 𝜽 = 𝟏 + 𝒕𝒈𝟐 𝜽, logo, temos que:
𝒄𝒐𝒔𝜽 𝒄𝒐𝒔𝜽

𝒈(𝟏 + 𝒕𝒈𝟐 𝜽) 𝟐
𝒚 = 𝒙. 𝒕𝒈𝜽 − .𝒙
𝟐𝒗𝟐𝟎
Essa é a equação da trajetória do lançamento oblíquo. Ela mostra que a curva descrita por
um corpo lançado (desprezando a resistência do ar) é uma parábola, pois trata-se de uma função
do segundo grau (𝒇(𝒙) = 𝒂𝒙𝟐 + 𝒃𝒙 + 𝒄), onde o coeficiente na frente do termo quadrático é
negativo, mostrando que é uma parábola com concavidade para baixo, como observado
fisicamente no movimento.

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Poucas questões trabalham diretamente com a equação da trajetória, mas nosso próximo, que é
um tópico especial, utilizará essa equação para desenvolvimento teórico.

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Lista de questões de lançamentos oblíquos

Nível 1
Questão 1.
(Prof. Vinícius Fulconi) Em um lançamento oblíquo, a velocidade vetorial de um objeto muda
durante todo o trajeto. Para pontos simétricos à reta vertical que passa pelo ponto mais alto da
trajetória, as velocidades do objeto são
a) vetores opostos.
b) vetores iguais.
c) vetores com módulos iguais.
d) vetores com a mesma direção.

Questão 2.
(Prof. Vinícius Fulconi) Uma partícula é lançada no instante 𝒕 = 𝟎 de um ponto 𝑨 situado a 100
metros acima do solo, com velocidade inicial 𝒗⃗ 𝟎 formando ângulo 𝜽 com a direção horizontal. A
partícula atinge o solo no ponto 𝑩. São dados: 𝒈 = 𝟏𝟎 𝐦/𝐬𝟐 , |𝐯⃗𝟎 | = 𝟓𝟎 𝐦/𝐬, 𝐬𝐞𝐧 𝜽 = 𝟎, 𝟖𝟎 e
𝐜𝐨𝐬 𝜽 = 𝟎, 𝟔𝟎.

Desprezando os efeitos do ar, determine:


a) o instante em que a partícula atinge a altura máxima;
b) o valor da altura máxima;
c) o instante em que a partícula atinge o solo;
d) o alcance horizontal 𝑨;
e) o módulo da velocidade da partícula quando atinge o solo.

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Questão 3.
(FUVEST 2020) Um drone voando na horizontal, em relação ao solo (como indicado pelo sentido
da seta na figura), deixa cair um pacote de livros. A melhor descrição da trajetória realizada pelo
pacote de livros, segundo um observador em repouso no solo, é dada pelo percurso descrito na

a) trajetória 1.
b) trajetória 2.
c) trajetória 3.
d) trajetória 4.
e) trajetória 5.

Questão 4.
(EsPCEx – 2008) Uma bola é lançada obliquamente a partir do solo, com velocidade inicial 𝑽 ⃗ 𝟎, e
descreve uma parábola, conforme representada no desenho abaixo. Os pontos de 𝑨 até 𝑱
representam posições sucessivas da bola. A força de resistência do ar é nula e o ponto 𝑬 é o mais
alto da trajetória.

Com base nas informações acima, o desenho que representa corretamente a(s) força(s) que
age(m) sobre a bola, no ponto 𝑩, quando ela está subindo, é:

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a) b) c) d) e)

Questão 5.
(EEAR – 2016) Uma bomba é abandonada a uma altura de 8 km em relação ao solo. Considerando-
se a ação do ar desprezível e fixando-se a origem do sistema de referências no solo, assinale a
alternativa correspondente ao conjunto de gráficos que representa qualitativamente a velocidade
(𝑽) e a aceleração (𝒂) da bomba, ambas em função do tempo.

a)

b)

c)

d)

Questão 6.
(EEAR – 2016) Um corpo é lançado obliquamente com velocidade 𝒗 ⃗ 𝟎 , formando um ângulo com
a horizontal. Desprezando-se a resistência do ar, podemos afirmar que
a) o módulo da velocidade vertical aumenta durante a subida.
b) o corpo realiza um movimento retilíneo e uniforme na direção vertical.
c) o módulo da velocidade no ponto de altura máxima do movimento vertical é zero.
d) na direção horizontal o corpo realiza um movimento retilíneo uniformemente variado.

Questão 7.

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(EEAR – 2013) Uma partícula é lançada obliquamente a partir do solo e descreve o movimento
representado no gráfico que relaciona a altura (y), em relação ao solo, em função da posição
horizontal (x). Durante todo movimento, sobre a partícula, atua somente a gravidade cujo módulo
no local é constante e igual a 10 m/s². O tempo, em segundos, que a partícula atinge a altura
máxima é

a) 1
b) 2
c) 3
d) 4

Questão 8.
(EEAR – 2008) Durante a invasão da Normandia, os canhões dos navios aliados deveriam atingir
as posições alemãs na praia de Omaha às 6 horas: 30 minutos: 00 segundos. Desprezando os
efeitos da resistência do ar, determine o instante em que os disparos deveriam ocorrer para
acertar os alvos no instante previsto.
Dado:
- Módulo da componente vertical da velocidade (𝑽𝟎𝒚 ) de lançamento igual a 10 m/s.
- Aceleração da gravidade no local igual a 10 m/s².
- Considere que as posições alemãs na praia e os navios estão na mesma altitude, ou seja, no
mesmo plano horizontal.
a) 6 horas: 30 minutos: 02 segundos
b) 6 horas: 29 minutos: 58 segundos
c) 5 horas: 30 minutos: 02 segundos
d) 5 horas: 29 minutos: 58 segundos

Questão 9.
(EEAR – 2007) Um garoto lança uma pedra utilizando um estilingue (atiradeira) de maneira que o
alcance horizontal seja o maior possível. Sendo 𝑽 o módulo da velocidade de lançamento da
pedra, 𝑽𝒙 o módulo de sua componente horizontal e 𝑽𝒚 o módulo de sua componente vertical,
assinale a alternativa correta que apresenta o valor de 𝑽.

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a) 𝑽 = 𝑽𝒙 + 𝑽𝒚
𝟐
b) 𝑽 = (𝑽𝒙 + 𝑽𝒚 )
c) 𝑽 = 𝑽𝒙 /√𝟐
d) 𝑽 = 𝑽𝒙 √𝟐

Questão 10.
(EEAR – 2016) Um canhão, cujo cano está inclinado em relação ao solo, dispara um tiro.
Desprezando-se qualquer tipo de atrito, é CORRETO afirmar que o movimento
a) vertical do projétil é um movimento retilíneo uniforme.
b) horizontal do projétil é um movimento circular uniforme.
c) vertical do projétil é um movimento circular uniforme.
d) horizontal do projétil é um movimento retilíneo uniforme.

Questão 11.
(EEAR – 2006) Um lançador de projéteis dispara estes com uma velocidade inicial de 750 km/h,
verticalmente para cima, atingindo uma altura máxima H. Se inclinarmos o lançador 30° em
relação à vertical, qual deverá ser a velocidade inicial dos projéteis, em km/h, para atingir a
mesma altura H?
a) 𝟕𝟓𝟎√𝟑
b) 𝟓𝟎𝟎√𝟑
c) 𝟑𝟐𝟓√𝟑
d) 𝟑𝟕𝟓√𝟑

Questão 12.
(Prof. Vinícius Fulconi) Em um lançamento oblíquo, a máxima velocidade do corpo é 𝟐𝒗𝟎 e a
menor velocidade 𝒗𝟎 √𝟐. Qual é o alcance desse lançamento oblíquo? A aceleração da gravidade
local vale g.
𝒗𝟐
𝟎
a)
𝟐𝒈

𝟒𝒗𝟐
𝟎
b)
𝒈

𝟐𝒗𝟐
𝟎
c)
𝒈

𝒗𝟐
𝟎
d)
𝟒𝒈

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Nível 2

Questão 1.
(EsPCeX – 2015) Um projétil é lançado obliquamente, a partir de um solo plano e horizontal, com
uma velocidade que forma com a horizontal um ângulo 𝜶 e atinge a altura máxima de 𝟖, 𝟒𝟓 𝒎.
Sabendo que, no ponto mais alto da trajetória, a velocidade escalar do projétil é 𝟗, 𝟎 𝒎/𝒔, pode-
se afirmar que o alcance horizontal do lançamento é:
Dados: intensidade da aceleração da gravidade 𝒈 = 𝟏𝟎 𝒎/𝒔𝟐 , despreze a resistência do ar.
a) 11,7 m
b) 17,5 m
c) 19,4 m
d) 23,4 m
e) 30,4 m

Questão 2.
(EsPCeX – 2013) Uma esfera é lançada com velocidade horizontal constante de módulo 𝒗 =
𝟓 𝒎/𝒔 da borda de uma mesa horizontal. Ela atinge o solo num ponto situado a 5 m do pé da
mesa conforme o desenho abaixo.
Desprezando a resistência do ar, o módulo da velocidade com que a esfera atinge o solo é de:
Dado: aceleração da gravidade: 𝒈 = 𝟏𝟎 𝒎/𝒔𝟐 .

a) 4 m/s
b) 5 m/s
c) 𝟓√𝟐 𝒎/𝒔
d) 𝟔√𝟐 𝒎/𝒔
e) 𝟓√𝟓 𝒎/𝒔

Questão 3.

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(EsPCEx – 2011) Um lançador de granadas deve ser posicionado a uma distância 𝑫 da linha vertical
que passa por um ponto 𝑨. Este ponto está localizado em uma montanha a 300 m de altura em
relação à extremidade de saída da granada, conforme o desenho abaixo.

A velocidade da granada, ao sair do lançador, é de 𝟏𝟎𝟎 𝒎/𝒔 e forma um ângulo “𝜶" com a
horizontal; a aceleração da gravidade é igual a 𝟏𝟎 𝒎/𝒔𝟐 e todos os atritos são desprezíveis. Para
que a granada atinja o ponto 𝑨, somente após a sua passagem pelo ponto de maior altura possível
de ser atingido por ela, a distância 𝑫 deve ser de:
Dados: 𝐜𝐨𝐬 𝜶 = 𝟎, 𝟔 e 𝒔𝒆𝒏 𝜶 = 𝟎, 𝟖
a) 240 m b) 360 m c) 480 m d) 600 m e) 960 m

Questão 4.
(EsPCeX – 2004) Uma bola é lançada do solo, com uma velocidade inicial de módulo 𝑽 que faz um
ângulo 𝜽 com a superfície do terreno, que é plana e horizontal. Desprezando a resistência do ar,
considerando a aceleração da gravidade igual a 𝟏𝟎 𝒎/𝒔𝟐 e 𝟎° < 𝜽 < 𝟗𝟎°, podemos afirmar, em
relação à bola, que:
a) no ponto mais alto da trajetória, a sua aceleração é nula.
b) no ponto mais alto da trajetória, a sua velocidade é nula.
c) quanto maior o valor de 𝜽 maior será o seu alcance.
d) ela descreve um movimento uniforme ao longo da direção vertical.
e) a direção e o sentido da sua aceleração são constantes.

Questão 5.
⃗ 𝟎 em um meio em que a gravidade
(Prof. Vinícius Fulconi) Um projétil é lançado com velocidade 𝒗
⃗⃗ como mostrado na figura. Em qual ponto a velocidade do corpo é mínima?
local é 𝒈

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a) A velocidade será mínima quanto a velocidade do corpo for perpendicular à direção da


aceleração da gravidade.
b) a velocidade será mínima no ponto de lançamento.
c) a velocidade será mínima quando a velocidade for paralela à direção da aceleração da
gravidade.
d) A velocidade será mínima quanto a velocidade do corpo for perpendicular à direção da
velocidade inicial de lançamento.
e) A velocidade será mínima quanto a velocidade do corpo for paralela à direção da velocidade
inicial de lançamento.

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Nível 3

Questão 1.
(Prof. Vinícius Fulconi) Dois móveis são lançados da posição mostrada. O objeto M é lançado no
instante 𝒕 = 𝟎 𝒔 e o objeto N é lançado no instante 𝒕 = 𝟏𝟎 𝒔. A velocidade de N é 48 m/s. Se os
objetos caem simultaneamente no ponto P, qual deve ser a velocidade de M?

a) 𝟏𝟎𝟎 𝒎/𝒔
b) 𝟗𝟎 𝒎/𝒔
c) 𝟖𝟎 𝒎/𝒔
d) 𝟕𝟎 𝒎/𝒔
e) 𝟔𝟎 𝒎/𝒔

Questão 2.
(Prof. Vinícius Fulconi) Um motociclista acrobático que se desloca com uma velocidade de 𝟑𝟎 𝒎/𝒔
deve efetuar um movimento parabólico de modo que consiga entrar em um caminhão
perpendicularmente à direção do movimento daquele. Se a velocidade do caminhão é 𝒗 e sai de
𝑨 simultaneamente quando o motociclista sai do precipício, qual é a altura H do precipício e a
velocidade v do caminhão? Considere cos37° = 0,8.

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a) 𝟖𝟓 𝒎; 𝟕𝟓 𝒎/𝒔
b) 𝟏𝟕𝟎 𝒎; 𝟑𝟕, 𝟓 𝒎/𝒔
c) 𝟓𝟎 𝒎; 𝟐𝟎, 𝟎 𝒎/𝒔
d) 𝟕𝟎 𝒎; 𝟑𝟕, 𝟓 𝒎/𝒔

Questão 3.
(Prof. Vinícius Fulconi) Um projétil é lançado obliquamente, formando um ângulo α com a
horizontal, passando por uma altura máxima de 20 metros e atingindo um alcance A. Duplicando-
se o ângulo de disparo, sem mudar a velocidade inicial de lançamento, o projétil atinge o mesmo
alcance A. Determinar a altura máxima atingida pelo projétil, nesse último disparo.
a) 10 m
b) 20 m
c) 40 m
d) 50 m
e) 60 m

Questão 4.
(Prof. Vinícius Fulconi) Um tenente está participando do curso de Comandos do exército
brasileiro. No curso, o tenente precisa acertar um alvo com seu “rifle”. O tenente efetua seus
disparos deitado (na mesma horizontal que o solo). Na primeira tentativa, o tenente inclina seu
armamento de um ângulo 𝜽 (em relação a horizontal) e acerta um ponto após o alvo, afastado 20
metros dele. Na segunda tentativa, o tenente reduz pela metade o ângulo de disparo, mantenho
constante sua distância até o alvo e a velocidade de disparo, e acerta um ponto 20 metros antes
o alvo. Qual das alternativas não pode representar a distância entre o tenente e alvo? Considere
o tiro do tenente como um lançamento oblíquo.

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a) 40 m
b) 80 m
c) 120 m
d) 5 m
e) 6 m

Questão 5.
(AFA – 2009) O diagrama abaixo representa as posições de dois corpos A e B em função do tempo.

Por este diagrama, afirma-se que o corpo A iniciou o seu movimento, em relação ao corpo B,
depois de
a) 2,5 s
b) 5,0 s
c) 7,5 s
d) 10 s

Questão 6.
(AFA – 2011) Dois automóveis 𝑨 e 𝑩 encontram-se estacionados paralelamente ao marco zero de
uma estrada. Em um dado instante, o automóvel 𝑨 parte, movimentando-se com velocidade
escalar constante 𝒗𝑨 = 𝟖𝟎 𝒌𝒎/𝒉. Depois de certo intervalo de tempo, ∆𝒕, o automóvel 𝑩 parte
no encalço de 𝑨 com velocidade escalar constante 𝒗𝑩 = 𝟏𝟎𝟎 𝒌𝒎/𝒉. Após 𝟐 𝒉 de viagem, o
motorista de 𝑨 verifica que 𝑩 se encontra 𝟏𝟎 𝒌𝒎 atrás e conclui que o intervalo ∆𝒕, em que o
motorista 𝑩 ainda permaneceu estacionado, em horas, é igual a
a) 0,25
b) 0,50
c) 1,00
d) 4,00

Questão 7.
(AFA – 2010) No instante 𝒕 = 𝟎, uma partícula 𝑨 é lançada obliquamente, a partir do solo, com
velocidade de 𝟖𝟎 𝒎/𝒔 sob um ângulo de 30° com a horizontal. No instante 𝒕 = 𝟐 𝒔, outra
partícula 𝑩 é lançada verticalmente para cima, também a partir do solo, com velocidade de

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𝟒𝟎 𝒎/𝒔, de um ponto situado a 𝟐𝟎𝟎√𝟑 𝒎 da posição de lançamento da primeira. Sabendo-se


que essas duas partículas colidem no ar, pode-se afirmar que no momento do encontro
a) ambas estão subindo.
b) A está subindo e B descendo.
c) B está subindo e A descendo.
d) ambas estão descendo.

Questão 8.
(AFA – 2009) Uma bola de basquete descreve a trajetória mostrada na figura após ser
arremessada por um jovem atleta que tenta bater um recorde de arremesso.

A bola é lançada com uma velocidade de 𝟏𝟎 𝒎/𝒔 e, ao cair na cesta, sua componente horizontal
vale 𝟔, 𝟎 𝒎/𝒔. Despreze a resistência do ar e considere 𝒈 = 𝟏𝟎 𝒎/𝒔𝟐 . Pode-se afirmar que a
distância horizontal (x) percorrida pela bola desde o lançamento até cair na cesta, em metros,
vale
a) 3,0
b) 3,6
c) 4,8
d) 6,0

Questão 9.
(AFA – 2007) A figura abaixo representa as trajetórias de dois projéteis A e B lançados no mesmo
instante num local onde o campo gravitacional é constante e a resistência do ar é desprezível.

Ao passar pelo ponto P, ponto comum de suas trajetórias, os projéteis possuíam a mesma

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a) velocidade tangencial.
b) velocidade horizontal.
c) aceleração centrípeta.
d) aceleração resultante.
Questão 10.
(EN – 2013) Os gráficos abaixo foram obtidos da trajetória de um projétil, sendo 𝒚 a distância
vertical e 𝒙 a distância horizontal percorrida pelo projétil. A componente vertical da velocidade,
em m/s, do projétil no instante inicial vale:
⃗⃗ | = 𝟏𝟎 𝒎/𝒔𝟐
Dado: |𝒈

a) zero
b) 5,0
c) 10
d) 17
e) 29

Questão 11.
(EN – 2013) Conforme mostra figura abaixo, em um jogo de futebol, no instante em que o jogador
situado no ponto A faz um lançamento, o jogador situado no ponto B, que inicialmente estava
parado, começa a correr com aceleração constante igual a 3,00 m/s², deslocando-se até o ponto
C. Esse jogador chega em C no instante em que a bola toca o chão no ponto D. Todo o movimento
se processa em um plano vertical, e a distância inicial entre A e B vale 25,0 m. Sabendo-se que a
velocidade inicial da bola tem módulo igual a 20,0 m/s, e faz um ângulo de 45° com a horizontal,
o valor da distância, d, entre os pontos C e D, em metros, é
⃗⃗ | = 𝟏𝟎 𝒎/𝒔𝟐
Dado: |𝒈

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a) 1,00
b) 3,00
c) 5,00
d) 12,0
e) 15,0

Questão 12.
(EN – 2012) Um projétil é lançado contra um anteparo vertical situado a 20 m do ponto de
lançamento. Despreze a resistência do ar. Se esse lançamento é feito com uma velocidade inicial
de 20 m/s numa direção que faz um ângulo de 60° com a horizontal, a altura aproximada do ponto
onde o projétil se choca com o anteparo, em metros, é
Dados: 𝒕𝒈(𝟔𝟎°) ≈ 𝟏, 𝟕; 𝒈 = 𝟏𝟎 𝒎/𝒔𝟐 .

a) 7,0
b) 11
c) 14
d) 19
e) 23

Questão 13.

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(EFOMM – 2016) Uma bola é lançada do topo de uma torre de 𝟖𝟓 𝒎 de altura com uma
velocidade horizontal de 𝟓, 𝟎 𝒎/𝒔 (ver figura). A distância horizontal 𝑫, em metros, entre a torre
e o ponto onde a bola atinge o barranco (plano inclinado), vale
Dado: 𝒈 = 𝟏𝟎 𝒎/𝒔𝟐

a) 15
b) 17
c) 20
d) 25
e) 28

Questão 14.
(EFOMM – 2013/modificada) Uma bola é lançada obliquamente e, quando atinge a altura de
𝟏𝟎 𝒎 do solo, seu vetor velocidade faz um ângulo de 60° com a horizontal e possui uma
componente vertical de módulo 𝟓, 𝟎 𝒎/𝒔. Desprezando a resistência do ar, a altura máxima
alcançada pela bola, em metros, é de

Dado: 𝒈 = 𝟏𝟎 𝒎/𝒔𝟐 .
a) 45/4
b) 50/4
c) 55/4

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d) 60/4
e) 65/4

Questão 15.
(ITA-2018) Numa quadra de vôlei de 𝟏𝟖𝒎 de comprimento, com rede de 𝟐, 𝟐𝟒𝒎 de altura, uma
atleta solitária faz um saque com a bola bem em cima da linha de fundo, a 𝟑, 𝟎𝒎 de altura, num
ângulo 𝜽 de 𝟏𝟓° com a horizontal, conforme a figura, com trajetória num plano perpendicular à
rede. Desprezando o atrito, pode-se dizer que, com 𝟏𝟐𝒎/𝒔 de velocidade inicial, a bola (𝒈 =
𝟏𝟎𝒎/𝒔𝟐 )

a) bate na rede.
b) passa tangenciando a rede.
c) passa a rede e cai antes da linha de fundo.
d) passa a rede e cai na linha de fundo.
e) passa a rede e cai fora da quadra.

Questão 16.
(ITA-1989) Do alto de uma torre de 𝟐𝟎 𝒎 de altura, um artilheiro mira um balão que se encontra
parado sobre um ponto, tal que a distância do pé da torre à vertical que passa pelo referido ponto
é de 𝟒𝟎𝟎 𝒎. O ângulo de visada do artilheiro em relação à horizontal é de 𝟏𝟓°. No instante exato
que o artilheiro dispara um projétil (𝑷) os ocupantes do balão deixam cair um objeto (𝑶) que é
atingido pelo disparo. A velocidade do projétil ao deixar o cano da arma é 𝒗𝟎 = 𝟐𝟎𝟎 𝒎/𝒔.
Despreze a resistência do ar. (𝒈 = 𝟗, 𝟖 𝒎/𝒔𝟐 )
a) Faça um esquema indicando a configuração do problema.
b) Deduza as equações horárias: 𝒙𝑷 (𝒕) e 𝒚𝑷 (𝒕) para o projétil e 𝒚𝑶 (𝒕) para o objeto
(literalmente).
c) Calcule o instante do encontro projétil – objeto (numericamente).
d) Calcule a altura do encontro (numericamente).

Questão 17.

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(ITA-2004) Durante as Olimpíadas de 1968, na cidade do México, Bob Beamow bateu o recorde
de salto em distância, cobrindo 𝟖, 𝟗 𝒎 de extensão. Suponha que, durante o salto, o centro de
gravidade do atleta teve sua altura variando de 𝟏, 𝟎 𝒎 no início, chegando ao máximo de 𝟐, 𝟎 𝒎
e terminado a 𝟎, 𝟐𝟎 𝒎 no fim do salto. Desprezando o atrito com o ar, pode-se afirmar que o
componente horizontal da velocidade inicial do salto foi de: (𝒈 = 𝟏𝟎 𝒎/𝒔𝟐 )
a) 𝟖, 𝟓 𝒎/𝒔.
b) 𝟕, 𝟓 𝒎/𝒔.
c) 𝟔, 𝟓 𝒎/𝒔.
d) 𝟓, 𝟐 𝒎/𝒔.
e) 𝟒, 𝟓 𝒎/𝒔.

Questão 18.
(ITA-2009) Considere hipoteticamente duas bolas lançadas de um mesmo lugar ao mesmo tempo:
a bola 1, com velocidade para cima de 𝟑𝟎𝒎/𝒔, e a bola 2, com velocidade de 𝟓𝟎𝒎/𝒔 formando
um ângulo de 𝟑𝟎° com a horizontal. Considerando 𝒈 = 𝟏𝟎𝒎/𝒔𝟐 , assinale a distância entre as
bolas no instante em que a primeira alcança sua máxima altura.
a) 𝒅 = √𝟔𝟐𝟓𝟎 𝒎.
b) 𝒅 = √𝟕𝟐𝟏𝟕 𝒎.
c) 𝒅 = √𝟏𝟕𝟏𝟎𝟎 𝒎.
d) 𝒅 = √𝟏𝟗𝟑𝟕𝟓 𝒎.
e) 𝒅 = √𝟐𝟔𝟖𝟕𝟓 𝒎.

Questão 19.
(ITA-2011) Duas partículas idênticas, de mesma massa 𝒎, são projetadas de uma origem O
comum, num plano vertical, com velocidade iniciais de mesmo módulo 𝒗𝟎 e ângulos de
lançamento respectivamente 𝜶 e 𝜷 em relação a horizontal. Considere 𝑻𝟏 e 𝑻𝟐 os respectivos
tempos de alcance do ponto mais alto de cada trajetória e 𝒕𝟏 e 𝒕𝟐 os respectivos tempos para as
partículas alcançarem um ponto comum de ambas as trajetórias. Assinale a opção com o valor da
𝒕𝟏 𝑻𝟏 + 𝒕𝟐 𝑻𝟐 .
a) 𝟐𝒗𝟐𝟎 (𝒕𝒈𝜶 + 𝒕𝒈𝜷)/𝒈𝟐 .
b) 𝟐𝒗𝟐𝟎 /𝒈𝟐 .
c) 𝟒𝒗𝟐𝟎 𝒔𝒆𝒏𝜶/𝒈𝟐 .
d) 𝟒𝒗𝟐𝟎 𝒔𝒆𝒏𝜷/𝒈𝟐 .
e) 𝟐𝒗𝟐𝟎 (𝒔𝒆𝒏𝜶 + 𝒔𝒆𝒏𝜷)/𝒈𝟐 .

Questão 20.

AULA 04 – CINEMÁTICA VETORIAL E LANÇAMENTOS OBLÍQUOS 98


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(ITA-2018) A partir de um mesmo ponto a uma certa altura do solo, uma partícula é lançada
sequencialmente em três condições diferentes, mas sempre com a mesma velocidade inicial 𝒗𝟎 .
O primeiro lançamento é feito no vácuo e o segundo, na atmosfera com ar em repouso. O terceiro
é feito na atmosfera com ar movimentado cuja velocidade em relação ao solo é igual ao módulo,
direção e sentido à velocidade 𝒗𝟎 . Para os três lançamentos, designando-se respectivamente de
𝒕𝟏 , 𝒕𝟐 e 𝒕𝟑 os tempos de queda das partículas e de 𝒗𝟏 , 𝒗𝟐 e 𝒗𝟑 os módulos de suas respectivas
velocidades ao atingir o solo, assinale a alternativa correta.
a) 𝒕𝟏 < 𝒕𝟑 < 𝒕𝟐 ; 𝒗𝟏 > 𝒗𝟑 > 𝒗𝟐 .
b) 𝒕𝟏 < 𝒕𝟑 = 𝒕𝟐 ; 𝒗𝟏 > 𝒗𝟑 > 𝒗𝟐 .
c) 𝒕𝟏 = 𝒕𝟑 < 𝒕𝟐 ; 𝒗𝟏 = 𝒗𝟑 > 𝒗𝟐 .
d) 𝒕𝟏 < 𝒕𝟐 < 𝒕𝟑 ; 𝒗𝟏 = 𝒗𝟑 > 𝒗𝟐 .
e) 𝒕𝟏 < 𝒕𝟑 = 𝒕𝟐 ; 𝒗𝟏 > 𝒗𝟑 = 𝒗𝟐 .

Questão 21.
Uma partícula é lançada obliquamente, a partir de uma altura 𝟑𝒉 (ver figura). Sabe-se que o
ângulo de disparo vale 𝜽. Nestas condições, se a maior altura atingida acima do ponto de projeção
é 𝒉, então distância horizontal 𝒅 percorrida pela partícula, imediatamente antes de atingir o solo
(ponto 𝑩) é:

a) 𝟐𝒉 𝐬𝐞𝐧 𝜽.
b) 𝟒𝒉 𝐜𝐨𝐬 𝜽.
c) 𝟔𝒉 𝐜𝐨𝐭 𝜽.
d) 𝟖𝒉 𝐭𝐚𝐧 𝜽.
e) 𝟖𝒉 𝐬𝐞𝐜 𝜽.

Questão 22.
(ITA) O esquema indica a trajetória de um objeto que foi lançado obliquamente do ponto (𝑷), a
partir do solo e passa rente à bandeira de altura 𝒉, e finalmente atingindo o ponto (𝑴). Pode-se
afirmar que a altura 𝑯 máxima atingida pelo objeto, em função de 𝒂, 𝒃 e 𝒉 vale:

AULA 04 – CINEMÁTICA VETORIAL E LANÇAMENTOS OBLÍQUOS 99


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𝒉(𝒃+𝟐𝒂)𝟐
a) 𝑯 = .
𝟐𝒂𝒃
𝒉(𝒃+𝒂)𝟐
b) 𝑯 = .
𝟒𝒂𝒃
𝒉(𝟐𝒃+𝒂)𝟐
c) 𝑯 = .
𝟒𝒂𝒃
𝒉(𝒃−𝒂)𝟐
d) 𝑯 = .
𝟐𝒂𝒃
𝒉(𝟐𝒃−𝒂)𝟐
e) 𝑯 = .
𝟐𝒂𝒃

Questão 23.
Um corpo foi lançado com uma velocidade inicial 𝒗𝟎 , formando um ângulo 𝜶 com a horizontal.
Qual é o tempo de duração do voo? Em qual distância do local de lançamento cairá o corpo? Para
qual valor de ângulo 𝜶 a longitude de voo será a maior?
Em qual altura estará o corpo após um intervalo de tempo 𝝉 desde o início do movimento? Quais
serão a grandeza e direção da velocidade do corpo nesse instante? Considerar 𝝉 maior do que o
tempo de ascensão do corpo até uma altura máxima. A resistência do ar é desprezada.

AULA 04 – CINEMÁTICA VETORIAL E LANÇAMENTOS OBLÍQUOS 100


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Resolução - Lista de questões de lançamentos oblíquos

Nível 1
Questão 1.
(Prof. Vinícius Fulconi) Em um lançamento oblíquo, a velocidade vetorial de um objeto muda
durante todo o trajeto. Para pontos simétricos à reta vertical que passa pelo ponto mais alto da
trajetória, as velocidades do objeto são
a) vetores opostos.
b) vetores iguais.
c) vetores com módulos iguais.
d) vetores com a mesma direção.
Comentários:
Em um lançamento oblíquo, para pontos simétricos, o valor da velocidade é o mesmo.
Gabarito: C
Questão 2.
(Prof. Vinícius Fulconi) Uma partícula é lançada no instante 𝒕 = 𝟎 de um ponto 𝑨 situado a 100
metros acima do solo, com velocidade inicial 𝒗⃗ 𝟎 formando ângulo 𝜽 com a direção horizontal. A
partícula atinge o solo no ponto 𝑩. São dados: 𝒈 = 𝟏𝟎 𝐦/𝐬𝟐 , |𝐯⃗𝟎 | = 𝟓𝟎 𝐦/𝐬, 𝐬𝐞𝐧 𝜽 = 𝟎, 𝟖𝟎 e
𝐜𝐨𝐬 𝜽 = 𝟎, 𝟔𝟎.

Desprezando os efeitos do ar, determine:


a) o instante em que a partícula atinge a altura máxima;
b) o valor da altura máxima;
c) o instante em que a partícula atinge o solo;
d) o alcance horizontal 𝑨;
e) o módulo da velocidade da partícula quando atinge o solo.

AULA 04 – CINEMÁTICA VETORIAL E LANÇAMENTOS OBLÍQUOS 101


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Comentários:
Iremos escrever a equação da trajetória do projétil:
𝒚(𝒕) = 𝟏𝟎𝟎 + 𝟒𝟎 ⋅ 𝒕 − 𝟓𝒕²
𝒙(𝒕) = 𝟑𝟎 ⋅ 𝒕
𝒗𝒚 (𝒕) = 𝟒𝟎 − 𝟏𝟎𝒕
𝒗𝒙 = 𝟑𝟎
a)
𝒗𝒚 = 𝟒𝟎 − 𝟏𝟎𝒕𝒔𝒖𝒃𝒊𝒅𝒂 = 𝟎
𝟒𝟎 − 𝟏𝟎𝒕𝒔𝒖𝒃𝒊𝒅𝒂 = 𝟎
𝒕𝒔𝒖𝒃𝒊𝒅𝒂 = 𝟒 𝒔
𝒕𝒔𝒖𝒃𝒊𝒅𝒂 = 𝒕𝒅𝒆𝒔𝒄𝒊𝒅𝒂 = 𝟒 𝒔
𝒕𝒗𝒐𝒐 = 𝟖 𝒔

b)
Basta substituir o tempo de subida da equação de y.
𝒚(𝒕𝒔𝒖𝒃𝒊𝒅𝒂 ) = 𝟏𝟎𝟎 + 𝟒𝟎 ⋅ 𝒕𝒔𝒖𝒃𝒊𝒅𝒂 − 𝟓(𝒕𝒔𝒖𝒃𝒊𝒅𝒂 )𝟐 = 𝒉𝒎á𝒙
𝒉𝒎á𝒙 = 𝒚(𝟒) = 𝟏𝟎𝟎 + 𝟒𝟎 ⋅ 𝟒 − 𝟓(𝟒)²
𝒉𝒎á𝒙 = 𝟏𝟖𝟎 𝒎
C)
𝒕𝒗𝒐𝒐 = 𝟖 𝒔
D)
Basta substituir o tempo de voo na equação de x.
𝑨 = 𝒙(𝒕𝒗𝒐𝒐 ) = 𝟑𝟎 ⋅ 𝒕𝒗𝒐𝒐
𝑨 = 𝟑𝟎 ⋅ 𝟖 = 𝟐𝟒𝟎 𝒎
E)
A velocidade horizontal é a mesma. A velocidade vertical é dada por:
𝒗𝒚 (𝒕𝒗𝒐𝒐 ) = 𝟒𝟎 − 𝟏𝟎𝒕𝒗𝒐𝒐
𝒗𝒚 (𝟖) = 𝟒𝟎 − 𝟏𝟎 ⋅ 𝟖 = −𝟒𝟎 𝒎/𝒔
Desta maneira, temos:
𝒗 = 𝟓𝟎 𝒎/𝒔

Questão 3.

AULA 04 – CINEMÁTICA VETORIAL E LANÇAMENTOS OBLÍQUOS 102


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(FUVEST 2020) Um drone voando na horizontal, em relação ao solo (como indicado pelo sentido
da seta na figura), deixa cair um pacote de livros. A melhor descrição da trajetória realizada pelo
pacote de livros, segundo um observador em repouso no solo, é dada pelo percurso descrito na

a) trajetória 1.
b) trajetória 2.
c) trajetória 3.
d) trajetória 4.
e) trajetória 5.
Comentários:
Considere que a velocidade horizontal do drone seja 𝒗.
Para o referencial de um observador em repouso em relação à Terra, a velocidade vetorial do
pacote é igual a:
⃗ = 𝒗𝒙 𝒊̂ + 𝒗𝒚 𝒋̂
𝑽
𝒗𝒙 = 𝒗𝒆𝒍𝒐𝒄𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 𝒄𝒐𝒏𝒔𝒕𝒂𝒏𝒕𝒆 𝒉𝒐𝒓𝒊𝒛𝒐𝒏𝒕𝒂𝒍 𝒅𝒐 𝒅𝒓𝒐𝒏𝒆
𝒗𝒚 = 𝒗𝒆𝒍𝒐𝒄𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 𝒗𝒆𝒓𝒕𝒊𝒄𝒂𝒍 𝒅𝒆 𝒒𝒖𝒆𝒅𝒂 𝒅𝒐 𝒅𝒓𝒐𝒏𝒆

AULA 04 – CINEMÁTICA VETORIAL E LANÇAMENTOS OBLÍQUOS 103


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Assim, ao longo tempo a velocidade é dada por:

⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗ = 𝒗𝒊̂ + (−𝒈𝒕)𝒋̂


𝑽(𝒕)

Como 𝒗 é constante e 𝒗𝒚 é a velocidade para uma queda livre, a queda do drone, para um
observador em repouso em relação à Terra, é um lançamento horizontal para a direita.
Assim, a única trajetória correta é a (4).
Gabarito: D
Questão 4.
(EsPCEx – 2008) Uma bola é lançada obliquamente a partir do solo, com velocidade inicial 𝑽 ⃗ 𝟎, e
descreve uma parábola, conforme representada no desenho abaixo. Os pontos de 𝑨 até 𝑱
representam posições sucessivas da bola. A força de resistência do ar é nula e o ponto 𝑬 é o mais
alto da trajetória.

Com base nas informações acima, o desenho que representa corretamente a(s) força(s) que
age(m) sobre a bola, no ponto 𝑩, quando ela está subindo, é:

AULA 04 – CINEMÁTICA VETORIAL E LANÇAMENTOS OBLÍQUOS 104


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a) b) c) d) e)

Comentários:
Durante todo movimento da bola, apenas a força peso atua na bola, para baixo, devido ao
campo gravitacional terrestre. Portanto, apenas a letra C pode representar as forças que atuam
na bola.
Gabarito: C
Questão 5.
(EEAR – 2016) Uma bomba é abandonada a uma altura de 8 km em relação ao solo. Considerando-
se a ação do ar desprezível e fixando-se a origem do sistema de referências no solo, assinale a
alternativa correspondente ao conjunto de gráficos que representa qualitativamente a velocidade
(𝑽) e a aceleração (𝒂) da bomba, ambas em função do tempo.

a)

b)

c)

d)

Comentários:
Se o sistema de referência está no solo e orienta para cima, então a aceleração da
gravidada, que é constante, está orientada no sentido contrário ao sistema adotado, ou seja, ela
é constante e tem valor negativo.
Se a granada é solta, então sua equação de velocidade é dada por:

AULA 04 – CINEMÁTICA VETORIAL E LANÇAMENTOS OBLÍQUOS 105


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𝒗 = 𝒗𝟎 + 𝒂𝒚 𝒕
𝒗 = 𝟎 − 𝒈𝒕
𝒗 = −𝒈𝒕
Assim, a velocidade aumenta em módulo e tem valor sempre negativo. A única alternativa
que respeitas as duas condições física é a letra B.
Gabarito: B
Questão 6.
(EEAR – 2016) Um corpo é lançado obliquamente com velocidade 𝒗 ⃗ 𝟎 , formando um ângulo com
a horizontal. Desprezando-se a resistência do ar, podemos afirmar que
a) o módulo da velocidade vertical aumenta durante a subida.
b) o corpo realiza um movimento retilíneo e uniforme na direção vertical.
c) o módulo da velocidade no ponto de altura máxima do movimento vertical é zero.
d) na direção horizontal o corpo realiza um movimento retilíneo uniformemente variado.
Comentários:
⃗ 𝟎 e ângulo de lançamento 𝜽, as
Quando um corpo é lançado com velocidade 𝒗
componentes das velocidades são:
𝒗𝟎𝒚 = 𝒗𝟎 ⋅ 𝒔𝒆𝒏 𝜽
𝒗𝟎𝒙 = 𝒗𝟎 ⋅ 𝐜𝐨𝐬 𝜽
Na vertical, a resultante das forças é força peso. Adotando um referencial para cima,
colocando a origem no solo, a aceleração resultante na vertical é a aceleração da gravidade,
orientada para baixo, contra o sistema de referência adotado, o que deixa a alternativa b)
incorreta.
Portanto, na subida do corpo temos um movimento retardado até que ele atinja a altura
máxima (portanto, a alternativa a) está incorreta), caracterizada pelo fato da velocidade na
vertical, 𝒗𝒚 , ser nula. Portanto, a alternativa C está correta.
Na direção horizontal, não há forças atuando no corpo, portanto o movimento na
horizontal é retilíneo e uniforme (MRU).
Gabarito: C
Questão 7.
(EEAR – 2013) Uma partícula é lançada obliquamente a partir do solo e descreve o movimento
representado no gráfico que relaciona a altura (y), em relação ao solo, em função da posição
horizontal (x). Durante todo movimento, sobre a partícula, atua somente a gravidade cujo módulo
no local é constante e igual a 10 m/s². O tempo, em segundos, que a partícula atinge a altura
máxima é

AULA 04 – CINEMÁTICA VETORIAL E LANÇAMENTOS OBLÍQUOS 106


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a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
Comentários:
A altura máxima alcançada pela partícula é de 5 metros, portanto:
𝒗𝟐𝒚 = 𝒗𝟐𝟎𝒚 − 𝟐 ⋅ 𝒈 ⋅ 𝚫𝒚
𝟎 = 𝒗𝟐𝟎𝒚 − 𝟐 ⋅ 𝟏𝟎 ⋅ 𝟓
𝒗𝟎𝒚 = 𝟏𝟎 𝒎/𝒔
Por outro lado, pela função horária da velocidade, temos:
𝒗𝒚 = 𝒗𝟎𝒚 − 𝒈 ⋅ 𝒕
𝟎 = 𝟏𝟎 − 𝟏𝟎 ⋅ 𝒕𝒔𝒖𝒃𝒊𝒅𝒂
𝒕𝒔𝒖𝒃𝒊𝒅𝒂 = 𝟏 𝒔
Gabarito: A
Questão 8.
(EEAR – 2008) Durante a invasão da Normandia, os canhões dos navios aliados deveriam atingir
as posições alemãs na praia de Omaha às 6 horas: 30 minutos: 00 segundos. Desprezando os
efeitos da resistência do ar, determine o instante em que os disparos deveriam ocorrer para
acertar os alvos no instante previsto.
Dado:
- Módulo da componente vertical da velocidade (𝑽𝟎𝒚 ) de lançamento igual a 10 m/s.
- Aceleração da gravidade no local igual a 10 m/s².
- Considere que as posições alemãs na praia e os navios estão na mesma altitude, ou seja, no
mesmo plano horizontal.
a) 6 horas: 30 minutos: 02 segundos
b) 6 horas: 29 minutos: 58 segundos
c) 5 horas: 30 minutos: 02 segundos
d) 5 horas: 29 minutos: 58 segundos

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Comentários:
O tempo de voo da munição pode ser calculado apenas analisando o movimento na
vertical. O tempo de voo é 2 vezes o tempo de subida do corpo. Portanto:
𝒗𝒚 = 𝒗𝟎𝒚 − 𝒈 ⋅ 𝒕
𝟎 = 𝟏𝟎 − 𝟏𝟎 ⋅ 𝒕𝒔𝒖𝒃𝒊𝒅𝒂
𝒕𝒔𝒖𝒃𝒊𝒅𝒂 = 𝟏 𝒔
Logo, o tempo de voo é de:
𝒕𝒗𝒐𝒐 = 𝟐 ⋅ 𝒕𝒔𝒖𝒃𝒊𝒅𝒂
𝒕𝒗𝒐𝒐 = 𝟐 𝒔
Se o tempo de voo da munição é de 2 segundos e desejamos atingir o inimigo as 6 horas:
30 min: 00 segundos, então devemos disparar os canhões as 6 horas: 29 minutos: 58 segundos.
Gabarito: B
Questão 9.
(EEAR – 2007) Um garoto lança uma pedra utilizando um estilingue (atiradeira) de maneira que o
alcance horizontal seja o maior possível. Sendo 𝑽 o módulo da velocidade de lançamento da
pedra, 𝑽𝒙 o módulo de sua componente horizontal e 𝑽𝒚 o módulo de sua componente vertical,
assinale a alternativa correta que apresenta o valor de 𝑽.
a) 𝑽 = 𝑽𝒙 + 𝑽𝒚
𝟐
b) 𝑽 = (𝑽𝒙 + 𝑽𝒚 )
c) 𝑽 = 𝑽𝒙 /√𝟐
d) 𝑽 = 𝑽𝒙 √𝟐
Comentários:
Se o garoto lança a pedra com um ângulo de lançamento que proporciona o maior alcance
possível, sabemos que esse ângulo é de 45°, conforme visto em teoria. Portanto:
𝑽𝒙 = 𝑽 ⋅ 𝐜𝐨𝐬 𝟒𝟓°
√𝟐
𝑽𝒙 = 𝑽 ⋅
𝟐
𝟐𝑽𝒙
𝑽=
√𝟐
𝟐𝑽𝒙 √𝟐
𝑽= ⋅
√𝟐 √𝟐
𝑽 = 𝑽𝒙 √𝟐
A relação entre as componentes e a velocidade total é dada pelo teorema de Pitágoras:
𝑽𝟐 = 𝑽𝟐𝒙 + 𝑽𝟐𝒚

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Gabarito: D
Questão 10.
(EEAR – 2016) Um canhão, cujo cano está inclinado em relação ao solo, dispara um tiro.
Desprezando-se qualquer tipo de atrito, é CORRETO afirmar que o movimento
a) vertical do projétil é um movimento retilíneo uniforme.
b) horizontal do projétil é um movimento circular uniforme.
c) vertical do projétil é um movimento circular uniforme.
d) horizontal do projétil é um movimento retilíneo uniforme.
Comentários:
Em um problema de lançamento oblíquo, podemos decompor o movimento na direção
vertical e na direção horizontal. Na direção vertical, a força resultante é a própria força peso,
portanto, o corpo descreve um MRUV nessa direção, em que a aceleração do corpo é a aceleração
da gravidade.
Já na direção horizontal, o corpo é livre de forças nessa direção, portanto, ele descreverá
um MRU.
Gabarito: D
Questão 11.
(EEAR – 2006) Um lançador de projéteis dispara estes com uma velocidade inicial de 750 km/h,
verticalmente para cima, atingindo uma altura máxima H. Se inclinarmos o lançador 30° em
relação à vertical, qual deverá ser a velocidade inicial dos projéteis, em km/h, para atingir a
mesma altura H?
a) 𝟕𝟓𝟎√𝟑
b) 𝟓𝟎𝟎√𝟑
c) 𝟑𝟐𝟓√𝟑
d) 𝟑𝟕𝟓√𝟑
Comentários:
No primeiro momento, quando o lançamento é na vertical, podemos determinar a altura
máxima atingida pelo corpo, utilizando a equação de Torricelli:
𝒗𝟐𝒚 = 𝒗𝟐𝟎𝒚 + 𝟐 ⋅ 𝒂𝒚 ⋅ 𝚫𝒉
𝟎 𝟐 = (𝒗𝟏 )𝟐 − 𝟐 ⋅ 𝒈 ⋅ 𝑯
𝒗𝟐𝟏
𝑯=
𝟐𝒈
Ao fazer o lançamento com inclinação de 30° em relação a vertical, ou seja, 60° em relação
a horizontal que é o ângulo que sempre tomamos em teoria, a velocidade na vertical é de:
𝒗𝟐𝒚 = 𝒗𝟐 ⋅ 𝒔𝒆𝒏 𝟔𝟎°

AULA 04 – CINEMÁTICA VETORIAL E LANÇAMENTOS OBLÍQUOS 109


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√𝟑
𝒗𝟐𝒚 = 𝒗𝟐
𝟐
Para atingir a mesma altura H, temos:
𝒗𝟐𝟐𝒚
𝑯=
𝟐𝒈
Portanto:
𝒗𝟐𝒚 = 𝒗𝟏
√𝟑
𝒗𝟐 = 𝟕𝟓𝟎
𝟐
𝟐 ⋅ 𝟕𝟓𝟎
𝒗𝟐 =
√𝟑
𝟐 ⋅ 𝟕𝟓𝟎 ⋅ √𝟑
𝒗𝟐 =
𝟑
𝒗𝟐 = 𝟓𝟎𝟎√𝟑 𝒌𝒎/𝒉
Gabarito: B
Questão 12.
(Prof. Vinícius Fulconi) Em um lançamento oblíquo, a máxima velocidade do corpo é 𝟐𝒗𝟎 e a
menor velocidade 𝒗𝟎 √𝟐. Qual é o alcance desse lançamento oblíquo? A aceleração da gravidade
local vale g.
𝒗𝟐
𝟎
a)
𝟐𝒈

𝟒𝒗𝟐
𝟎
b)
𝒈

𝟐𝒗𝟐
𝟎
c)
𝒈

𝒗𝟐
𝟎
d)
𝟒𝒈

Comentários:
A velocidade máxima em um lançamento é dada no ponto de lançamento. Já a velocidade mínima
é dada no ponto mais alto do lançamento. No ponto mais alto, temos apenas a componente
horizontal. Assim, temos:
𝒗𝒙 = 𝑽 ⋅ 𝒄𝒐𝒔𝜽
𝒗𝟎 √𝟐 = 𝟐𝒗𝟎 ⋅ 𝒄𝒐𝒔𝜽
√𝟐
𝒄𝒐𝒔𝜽 = → 𝜽 = 𝟒𝟓°
𝟐
A velocidade inicial é dada por 𝟐𝒗𝟎 .
Assim, o alcance é dado por:

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(𝟐𝒗𝟎 )²𝒔𝒆𝒏(𝟗𝟎°)
𝑨=
𝒈
𝟒𝒗𝟐𝟎
𝑨=
𝒈
Gabarito: B

Nível 2

Questão 1.
(EsPCeX – 2015) Um projétil é lançado obliquamente, a partir de um solo plano e horizontal, com
uma velocidade que forma com a horizontal um ângulo 𝜶 e atinge a altura máxima de 𝟖, 𝟒𝟓 𝒎.
Sabendo que, no ponto mais alto da trajetória, a velocidade escalar do projétil é 𝟗, 𝟎 𝒎/𝒔, pode-
se afirmar que o alcance horizontal do lançamento é:
Dados: intensidade da aceleração da gravidade 𝒈 = 𝟏𝟎 𝒎/𝒔𝟐 , despreze a resistência do ar.
a) 11,7 m
b) 17,5 m
c) 19,4 m
d) 23,4 m
e) 30,4 m
Comentários:
A partir da altura máxima, podemos determinar o tempo de voo do projétil, pois o tempo
de voo é duas vezes o tempo de subida. Conhecendo a altura máxima atingida pelo corpo,
podemos determinar a velocidade vertical inicial do corpo e o tempo de subida:
𝒗𝟐𝒚 = 𝒗𝟐𝒚𝟎 + 𝟐 ⋅ 𝒂𝒚 ⋅ 𝚫𝒚
𝟎 = 𝒗𝟐𝟎𝒚 − 𝟐 ⋅ 𝒈 ⋅ 𝟖, 𝟒𝟓
𝟎 = 𝒗𝟐𝟎𝒚 − 𝟐 ⋅ 𝟏𝟎 ⋅ 𝟖, 𝟒𝟓
𝒗𝟎𝒚 = 𝟏𝟑 𝒎/𝒔

Logo, o tempo de subida é de:


𝒗𝒚 = 𝒗𝟎𝒚 + 𝒂𝒚 ⋅ 𝒕
𝟎 = 𝟏𝟑 − 𝒈 ⋅ 𝒕𝒔𝒖𝒃𝒊𝒅𝒂
𝒕𝒔𝒖𝒃𝒊𝒅𝒂 = 𝟏, 𝟑 𝒔
Portanto, o tempo de voo é dado por:
𝒕𝒗𝒐𝒐 = 𝟐 ⋅ 𝒕𝒔𝒖𝒃𝒊𝒅𝒂

AULA 04 – CINEMÁTICA VETORIAL E LANÇAMENTOS OBLÍQUOS 111


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𝒕𝒗𝒐𝒐 = 𝟐, 𝟔 𝒔
No ponto mais alto da trajetória, apenas a velocidade vertical é nula, mas a velocidade
horizontal é igual a velocidade horizontal inicial, já que nesta direção o corpo executa um MRU.
Portanto, o alcance do corpo é igual a:
𝚫𝒙 = 𝒗𝟎𝒙 ⋅ 𝒕𝒗𝒐𝒐
𝚫𝒙 = 𝟗 ⋅ 𝟐, 𝟔
𝚫𝒙 = 𝟐𝟑, 𝟒 𝒎
Gabarito: D
Questão 2.
(EsPCeX – 2013) Uma esfera é lançada com velocidade horizontal constante de módulo 𝒗 =
𝟓 𝒎/𝒔 da borda de uma mesa horizontal. Ela atinge o solo num ponto situado a 5 m do pé da
mesa conforme o desenho abaixo.
Desprezando a resistência do ar, o módulo da velocidade com que a esfera atinge o solo é de:
Dado: aceleração da gravidade: 𝒈 = 𝟏𝟎 𝒎/𝒔𝟐 .

a) 4 m/s
b) 5 m/s
c) 𝟓√𝟐 𝒎/𝒔
d) 𝟔√𝟐 𝒎/𝒔
e) 𝟓√𝟓 𝒎/𝒔
Comentários:
Após ser lançada horizontalmente, a esfera está sujeita apenas a força peso na direção
vertical, isto é, o sistema é livre de forças na horizontal e, por isso, executa um MRU na vertical.
Se ele percorre a distância de 5 metros com uma velocidade de 5 m/s enquanto cai na vertical,
então o tempo de queda é de:
𝚫𝒙 = 𝒗𝒙 ⋅ 𝒕𝒒
𝟓 = 𝟓 ⋅ 𝒕𝒒
𝒕𝒒 = 𝟏 𝒔

AULA 04 – CINEMÁTICA VETORIAL E LANÇAMENTOS OBLÍQUOS 112


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Dessa forma, como a velocidade inicial na vertical é nula, então a velocidade vertical com
que o corpo chega ao solo, executando um MRUV na vertical é dado por:
𝒗𝒚 = 𝒗𝟎𝒚 − 𝒈 ⋅ 𝒕𝒒
𝒗𝒚 = 𝟎 − 𝟏𝟎 ⋅ 𝟏
𝒗𝒚 = −𝟏𝟎 𝒎/𝒔

O sinal negativo indica que a velocidade está para baixo, já que sempre adotamos o sistema
de referências no solo e orientado para cima. Em módulo, ela é igual a 10 m/s. Dessa forma, temos
os seguintes vetores quando a esfera chega ao solo:

Então:
⃗ =𝒗
𝒗 ⃗ 𝒙+𝒗
⃗𝒚
𝟐
⃗ |𝟐 = |𝒗
|𝒗 ⃗ 𝒙 |𝟐 + |𝒗
⃗ 𝒚|
⃗ |𝟐 = 𝟓𝟐 + 𝟏𝟎𝟐
|𝒗
⃗ | 𝟐 = 𝟓 𝟐 + ( 𝟐 ⋅ 𝟓 )𝟐
|𝒗
⃗ | 𝟐 = 𝟓𝟐 + 𝟒 ⋅ 𝟓𝟐
|𝒗
⃗ |𝟐 = 𝟓𝟐 ⋅ (𝟏 + 𝟒)
|𝒗
⃗ |𝟐 = 𝟓𝟐 ⋅ 𝟓
|𝒗

|𝒗
⃗ | = 𝟓√𝟓 𝒎/𝒔
Gabarito: E
Questão 3.
(EsPCEx – 2011) Um lançador de granadas deve ser posicionado a uma distância 𝑫 da linha vertical
que passa por um ponto 𝑨. Este ponto está localizado em uma montanha a 300 m de altura em
relação à extremidade de saída da granada, conforme o desenho abaixo.

AULA 04 – CINEMÁTICA VETORIAL E LANÇAMENTOS OBLÍQUOS 113


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A velocidade da granada, ao sair do lançador, é de 𝟏𝟎𝟎 𝒎/𝒔 e forma um ângulo “𝜶" com a
horizontal; a aceleração da gravidade é igual a 𝟏𝟎 𝒎/𝒔𝟐 e todos os atritos são desprezíveis. Para
que a granada atinja o ponto 𝑨, somente após a sua passagem pelo ponto de maior altura possível
de ser atingido por ela, a distância 𝑫 deve ser de:
Dados: 𝐜𝐨𝐬 𝜶 = 𝟎, 𝟔 e 𝒔𝒆𝒏 𝜶 = 𝟎, 𝟖
a) 240 m b) 360 m c) 480 m d) 600 m e) 960 m
Comentários:
Analisando o movimento vertical, podemos calcular os tempos quando o projétil atinge a
altura de 300 metros. Para isso, vamos escrever a função horária do espaço na vertical, adotando
como origem de eixos a posição do canhão e orientados o eixo 𝒙 para direita e o eixo 𝒚 para cima.
Logo:
𝒂𝒚 ⋅ 𝒕𝟐
𝒚 = 𝒚𝟎 + 𝒗𝟎𝒚 ⋅ 𝒕 +
𝟐
𝒈 ⋅ 𝒕𝟐
𝒚 = 𝟎 + 𝒗𝟎 ⋅ 𝒔𝒆𝒏(𝜶) ⋅ 𝒕 −
𝟐
𝟐
𝟏𝟎 ⋅ 𝒕
𝒚 = 𝟏𝟎𝟎 ⋅ 𝟎, 𝟖 ⋅ 𝒕 −
𝟐
𝟐
𝒚 = 𝟖𝟎 ⋅ 𝒕 − 𝟓𝒕
Para 𝒚 = 𝟑𝟎𝟎 𝒎, temos:
𝟑𝟎𝟎 = 𝟖𝟎 ⋅ 𝒕 − 𝟓 ⋅ 𝒕𝟐
𝟓 ⋅ 𝒕𝟐 − 𝟖𝟎 ⋅ 𝒕 + 𝟑𝟎𝟎 = 𝟎
𝒕𝟐 − 𝟏𝟔 ⋅ 𝒕 + 𝟔𝟎 = 𝟎
𝒕𝟐 − 𝟐 ⋅ 𝟖 ⋅ 𝒕 + 𝟔𝟎 = 𝟎
𝒕𝟐 − 𝟐 ⋅ 𝟖 ⋅ 𝒕 + 𝟔𝟒 = 𝟒
𝒕𝟐 − 𝟐 ⋅ 𝟖 ⋅ 𝒕 + 𝟖𝟐 = 𝟐𝟐
(𝒕 − 𝟖 )𝟐 = 𝟐 𝟐
(𝒕 − 𝟖 )𝟐 − 𝟐 𝟐 = 𝟎
(𝒕 − 𝟖 − 𝟐 ) ⋅ (𝒕 − 𝟖 + 𝟐 ) = 𝟎

AULA 04 – CINEMÁTICA VETORIAL E LANÇAMENTOS OBLÍQUOS 114


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(⏟𝒕 − 𝟏𝟎) ⋅ (⏟𝒕 − 𝟔) = 𝟎


𝒐𝒖=𝟎 𝒐𝒖 =𝟎
𝒕 − 𝟏𝟎 = 𝟎 𝒐𝒖 𝒕 = 𝟏𝟎 𝒔 𝒐𝒖
{ ⇒{
𝒕−𝟔=𝟎 𝒕=𝟔𝒔
Note que o tempo igual a 6 segundos corresponde ao primeiro momento em que o corpo
está à altura de 300 metros, antes de atingir a altura máxima. Por isso, o tempo correspondente
para quando o corpo está à 300 metros de altura e caindo é de 10 segundos.
Assim, o deslocamento horizontal 𝑫, durante estes 10 segundos, é dado por:
𝑫 = 𝒗𝒙 ⋅ 𝒕
𝑫 = 𝟏𝟎𝟎 ⋅ 𝐜𝐨𝐬 𝜶 ⋅ 𝒕
𝑫 = 𝟏𝟎𝟎 ⋅ 𝟎, 𝟔 ⋅ 𝟏𝟎
𝑫 = 𝟔𝟎𝟎 𝒎
Gabarito: D
Questão 4.
(EsPCeX – 2004) Uma bola é lançada do solo, com uma velocidade inicial de módulo 𝑽 que faz um
ângulo 𝜽 com a superfície do terreno, que é plana e horizontal. Desprezando a resistência do ar,
considerando a aceleração da gravidade igual a 𝟏𝟎 𝒎/𝒔𝟐 e 𝟎° < 𝜽 < 𝟗𝟎°, podemos afirmar, em
relação à bola, que:
a) no ponto mais alto da trajetória, a sua aceleração é nula.
b) no ponto mais alto da trajetória, a sua velocidade é nula.
c) quanto maior o valor de 𝜽 maior será o seu alcance.
d) ela descreve um movimento uniforme ao longo da direção vertical.
e) a direção e o sentido da sua aceleração são constantes.
Comentários:
a) Incorreta. No ponto mais alto da trajetória, apenas a velocidade vertical é nula.
b) Incorreta. No ponto mais alto da trajetória, ainda temos a velocidade horizontal não nula, pois
o movimento executa um MRU na horizontal.
c) Incorreta. Sabemos que o alcance é dado por:
𝒗𝟐𝟎 𝒔𝒆𝒏(𝟐𝜽)
𝑨=
𝒈
O alcance cresce à medida que aumentamos o valor de 𝜽, até que ele é máximo quando
𝜽 = 𝟒𝟓° e depois começa a decrescer, conforme varia a função 𝒔𝒆𝒏(𝟐𝜽). Basta olhar para um
lançamento vertical, onde 𝜽 = 𝟗𝟎°, isto é, o corpo é lançado verticalmente e cai no mesmo ponto
de lançamento, resultando num alcance nulo.
Logo, o alcance não cresce sempre com o ângulo.
d) Incorreta. Como a força peso é a resultante na direção vertical, o movimento nesta direção é
MRUV.

AULA 04 – CINEMÁTICA VETORIAL E LANÇAMENTOS OBLÍQUOS 115


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e) Correta. Durante todo o movimento, a única força que atua no corpo é a força peso, direcionada
para baixo. Portanto, a aceleração que o corpo está sujeito é a aceleração da gravidade, sempre
considerada constante em nossos problemas de nível médio.
Gabarito: E
Questão 4.
⃗ 𝟎 em um meio em que a gravidade
(Prof. Vinícius Fulconi) Um projétil é lançado com velocidade 𝒗
⃗⃗ como mostrado na figura. Em qual ponto a velocidade do corpo é mínima?
local é 𝒈

a) A velocidade será mínima quanto a velocidade do corpo for perpendicular à direção da


aceleração da gravidade.
b) a velocidade será mínima no ponto de lançamento.
c) a velocidade será mínima quando a velocidade for paralela à direção da aceleração da
gravidade.
d) A velocidade será mínima quanto a velocidade do corpo for perpendicular à direção da
velocidade inicial de lançamento.
e) A velocidade será mínima quanto a velocidade do corpo for paralela à direção da velocidade
inicial de lançamento.
Comentários:
Podemos decompor a velocidade do objeto na direção da gravidade e em uma direção
perpendicular à gravidade. Nessas direções, teremos um lançamento oblíquo que estamos
acostumados a lidar. A trajetória parabólica é representada em vermelho. O corpo atingirá a
velocidade mínima no ponto de altura máxima da trajetória parabólica. Nesse ponto, a direção da
velocidade é perpendicular à direção da gravidade.

AULA 04 – CINEMÁTICA VETORIAL E LANÇAMENTOS OBLÍQUOS 116


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Gabarito: A

Nível 3

Questão 1.
(Prof. Vinícius Fulconi) Dois móveis são lançados da posição mostrada. O objeto M é lançado no
instante 𝒕 = 𝟎 𝒔 e o objeto N é lançado no instante 𝒕 = 𝟏𝟎 𝒔. A velocidade de N é 48 m/s. Se os
objetos caem simultaneamente no ponto P, qual deve ser a velocidade de M?

AULA 04 – CINEMÁTICA VETORIAL E LANÇAMENTOS OBLÍQUOS 117


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a) 𝟏𝟎𝟎 𝒎/𝒔
b) 𝟗𝟎 𝒎/𝒔
c) 𝟖𝟎 𝒎/𝒔
d) 𝟕𝟎 𝒎/𝒔
e) 𝟔𝟎 𝒎/𝒔
Comentário:
O tempo para o corpo N chegar ao solo é de:
𝟒𝟖𝟎 = 𝟒𝟖. 𝒕
𝒕 = 𝟏𝟎 𝒔
A altura de queda do corpo N é:
𝒈
𝒚= 𝒕²
𝟐
𝟏𝟎
𝒚= 𝟏𝟎²
𝟐
𝒚 = 𝟓𝟎𝟎 𝒎
Como os móveis chegam ao mesmo tempo, o tempo de voo do móvel M é 20 s:
Para o corpo M, na horizontal, temos:
𝟒𝟖𝟎 + 𝟒𝟖𝟎 = 𝒗𝒄𝒐𝒔𝜽. 𝟐𝟎
𝒗𝒄𝒐𝒔𝜽 = 𝟒𝟖 𝒎/𝒔
Para o corpo M, na vertical, temos:

AULA 04 – CINEMÁTICA VETORIAL E LANÇAMENTOS OBLÍQUOS 118


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𝒈𝒕𝟐
𝒚 = 𝒚𝟎 + 𝒗𝒔𝒆𝒏𝜽𝒕 −
𝟐
𝟏𝟎 ⋅ 𝟐𝟎𝟐
= 𝟕𝟐𝟎 + 𝒗𝒔𝒆𝒏𝜽 ⋅ 𝟐𝟎 −
𝟐
𝒗𝒔𝒆𝒏𝜽 = 𝟔𝟒 𝒎/𝒔
Desta maneira, temos:
𝒗𝟐 = (𝒗𝒔𝒆𝒏𝜽)𝟐 + (𝒗𝒄𝒐𝒔𝜽)²
𝒗𝟐 = 𝟔𝟒𝟎𝟎
𝒗 = 𝟖𝟎 𝒎/𝒔
Gabarito: C
Questão 2.
(Prof. Vinícius Fulconi) Um motociclista acrobático que se desloca com uma velocidade de 𝟑𝟎 𝒎/𝒔
deve efetuar um movimento parabólico de modo que consiga entrar em um caminhão
perpendicularmente à direção do movimento daquele. Se a velocidade do caminhão é 𝒗 e sai de
𝑨 simultaneamente quando o motociclista sai do precipício, qual é a altura H do precipício e a
velocidade v do caminhão? Considere cos37° = 0,8.

a) 𝟖𝟓 𝒎; 𝟕𝟓 𝒎/𝒔
b) 𝟏𝟕𝟎 𝒎; 𝟑𝟕, 𝟓 𝒎/𝒔
c) 𝟓𝟎 𝒎; 𝟐𝟎, 𝟎 𝒎/𝒔
d) 𝟕𝟎 𝒎; 𝟑𝟕, 𝟓 𝒎/𝒔
Comentário:
Como o motociclista atinge a rampa perpendicularmente, então a velocidade da moto ao atingir
o caminhão será perpendicular ao plano e sabendo que a velocidade em x é a mesma, temos que:

AULA 04 – CINEMÁTICA VETORIAL E LANÇAMENTOS OBLÍQUOS 119


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𝟑
𝒗𝒇 . 𝑺𝒆𝒏 𝟑𝟕° = 𝒗𝟎 ⇒ 𝒗𝒇 .= 𝟑𝟎 ⇒ 𝒗𝒇 = 𝟓𝟎 𝒎/𝒔
𝟓
Com isso, podemos calcular o tempo que o motociclista demora na queda:
𝟒
𝒗𝒇,𝒚 = 𝒗𝟎,𝒚 + 𝒈𝒕 ⇒ 𝟓𝟎 . = 𝟏𝟎𝒕 ⇒ 𝒕 = 𝟒 𝒔
𝟓
Da figura do enunciado:

Calculando o valor de y, por Torricelli:


𝒗𝟐𝒇,𝒚 = 𝒗𝟐𝒐,𝒚 + 𝟐 . 𝒈 . 𝒚 ⇒ 𝟒𝟎 . 𝟒𝟎 = 𝟐 . 𝟏𝟎 . 𝒚 ⇒ 𝒚 = 𝟖𝟎 𝒎
Calculando x, pelo movimento uniforme:
𝒙
𝒗𝟎 = ⇒ 𝒙 = 𝟏𝟐𝟎 𝒎
𝒕
Com isso, temos pela geometria que:
𝑯 − 𝒚 𝟑 𝑯 − 𝟖𝟎
𝑻𝒈 𝟑𝟕° = ⇒ = ⇒ 𝑯 − 𝟖𝟎 = 𝟗𝟎
𝒙 𝟒 𝟏𝟐𝟎
𝑯 = 𝟏𝟕𝟎 𝒎
Além disso, temos, também pela geometria, que
𝒙 𝟒 𝟏𝟐𝟎
𝑪𝒐𝒔 𝟑𝟕° = ⇒ = ⇒ 𝒔 = 𝟏𝟓𝟎 𝒎
𝒔 𝟓 𝒔
Por fim, temos que:
𝒔 𝟏𝟓𝟎
𝒗= =
𝒕 𝟒
𝒗 = 𝟑𝟕, 𝟓 𝒎/𝒔
Gabarito: B
Questão 3.
(Prof. Vinícius Fulconi) Um projétil é lançado obliquamente, formando um ângulo α com a
horizontal, passando por uma altura máxima de 20 metros e atingindo um alcance A. Duplicando-

AULA 04 – CINEMÁTICA VETORIAL E LANÇAMENTOS OBLÍQUOS 120


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se o ângulo de disparo, sem mudar a velocidade inicial de lançamento, o projétil atinge o mesmo
alcance A. Determinar a altura máxima atingida pelo projétil, nesse último disparo.
a) 10 m
b) 20 m
c) 40 m
d) 50 m
e) 60 m
Comentário:
Uma propriedade muito interessante nos lançamentos oblíquos: Se dois lançamentos com a
mesma velocidade inicial atingirem o mesmo alcance, mudando apenas os ângulos de
lançamento, os ângulos de disparo são complementares:
𝜶 + 𝟐𝜶 = 𝟗𝟎
𝜶 = 𝟑𝟎°
Assim, o ângulo de disparo do primeiro lançamento foi de 30° e, do segundo foi de 60°.
Há também uma relação entre o ângulo de disparo, a altura máxima e o alcance.
𝟒𝒉𝒎á𝒙
𝒕𝒈𝒂 =
𝑨
Como os alcances são iguais, temos:
𝒉𝒎á𝒙 (𝟏) 𝒉𝒎á𝒙 (𝟐)
=
𝒕𝒈𝒂 𝒕𝒈𝟐𝒂
𝟐𝟎 𝒉𝒎á𝒙 (𝟐)
=
𝒕𝒈𝟑𝟎° 𝒕𝒈𝟔𝟎°
𝟐𝟎
√𝟑 ⋅ = 𝒉𝒎á𝒙 (𝟐)
√𝟑
𝟑
𝒉𝒎á𝒙 (𝟐) = 𝟔𝟎 𝒎
Gabarito: E
Questão 4.
(Prof. Vinícius Fulconi) Um tenente está participando do curso de Comandos do exército
brasileiro. No curso, o tenente precisa acertar um alvo com seu “rifle”. O tenente efetua seus
disparos deitado (na mesma horizontal que o solo). Na primeira tentativa, o tenente inclina seu
armamento de um ângulo 𝜽 (em relação a horizontal) e acerta um ponto após o alvo, afastado 20
metros dele. Na segunda tentativa, o tenente reduz pela metade o ângulo de disparo, mantenho
constante sua distância até o alvo e a velocidade de disparo, e acerta um ponto 20 metros antes
o alvo. Qual das alternativas não pode representar a distância entre o tenente e alvo? Considere
o tiro do tenente como um lançamento oblíquo.
a) 40 m

AULA 04 – CINEMÁTICA VETORIAL E LANÇAMENTOS OBLÍQUOS 121


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b) 80 m
c) 120 m
d) 5 m
e) 6 m
Comentário:
Para um lançamento oblíquo, o alcance é dado por:
𝒗𝟐𝒐 ⋅ 𝒔𝒆𝒏𝟐𝜶
𝑨=
𝒈
Para o primeiro disparo do tenente, temos:
𝒗𝟐𝒐 ⋅ 𝒔𝒆𝒏𝟐𝜽
𝑨 + 𝟐𝟎 =
𝒈
Para o segundo disparo, o tenente reduz o ângulo de disparo pela metade:
𝒗𝟐𝒐 ⋅ 𝒔𝒆𝒏𝜽
𝑨 − 𝟐𝟎 =
𝒈
Dividindo as duas expressões temos:
𝑨 + 𝟐𝟎
= 𝟐𝒄𝒐𝒔𝜽 (𝑬𝒒 𝟏)
𝑨 − 𝟐𝟎
Sabemos que a função cossenos assume valores entre –1 e 1.:
−𝟏 ≤ 𝒄𝒐𝒔𝜽 ≤ 𝟏
Multiplicando todos os termos por 2:
−𝟐 ≤ 𝟐𝒄𝒐𝒔𝜽 ≤ 𝟐
Da equação (1):
𝑨 + 𝟐𝟎
−𝟐 ≤ ≤𝟐
𝑨 − 𝟐𝟎

Resolvendo a desigualdade, temos:

𝟐𝟎
𝑨≤ 𝒐𝒖 𝑨 ≥ 𝟔𝟎
𝟑
Gabarito: A
Questão 5.
(AFA – 2009) O diagrama abaixo representa as posições de dois corpos A e B em função do tempo.

AULA 04 – CINEMÁTICA VETORIAL E LANÇAMENTOS OBLÍQUOS 122


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Por este diagrama, afirma-se que o corpo A iniciou o seu movimento, em relação ao corpo B,
depois de
a) 2,5 s
b) 5,0 s
c) 7,5 s
d) 10 s
Comentários:
De acordo com o gráfico, a função horária do espaço de 𝑩 é dada por:
𝑺𝑩 (𝒕) = 𝑺𝟎 𝑩 + 𝒗𝑩 ⋅ 𝒕
𝑺𝑩 (𝟎) = 𝑺𝟎 𝑩 = 𝟒𝟎 𝒎
𝟎 − 𝟒𝟎
𝒗𝑩 = = −𝟒 𝒎/𝒔
𝟏𝟎 − 𝟎
Então:
𝑺𝑩 (𝒕) = 𝟒𝟎 − 𝟒 ⋅ 𝒕
Por outro lado, a função horária do espaço de A é expressa por:
𝑺𝑨 (𝒕) = 𝑺𝟎 𝑨 + 𝒗𝑨 ⋅ 𝒕
𝑺𝑨 (𝟏𝟎) = 𝑺𝟎 𝑨 + 𝒗𝑨 ⋅ 𝟏𝟎
𝑺𝑨 (𝟏𝟎) = 𝟐𝟎
𝑺𝟎 𝑨 + 𝒗𝑨 ⋅ 𝟏𝟎 = 𝟐𝟎 (𝒆𝒒. 𝟏)
Mas, quando o ponto onde 𝑺𝑨 = 𝑺𝑩 é igual a 𝟏𝟎 𝒎, então, por 𝑩, podemos determinar o
tempo quando isto ocorre:
𝑺𝑩 (𝒕) = 𝟏𝟎
𝟒𝟎 − 𝟒 ⋅ 𝒕 = 𝟏𝟎
𝒕 = 𝟕, 𝟓 𝒔
Portanto:
𝑺𝑨 (𝟕, 𝟓) = 𝑺𝟎𝑨 + 𝒗𝑨 ⋅ 𝟕, 𝟓
𝑺𝑨 (𝟕, 𝟓) = 𝟏𝟎
𝑺𝟎𝑨 + 𝒗𝑨 ⋅ 𝟕, 𝟓 = 𝟏𝟎 (𝒆𝒒. 𝟐)
Fazendo 1 – 2, temos:

AULA 04 – CINEMÁTICA VETORIAL E LANÇAMENTOS OBLÍQUOS 123


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𝑺𝟎 𝑨 + 𝒗𝑨 ⋅ 𝟏𝟎 − (𝑺𝟎𝑨 + 𝒗𝑨 ⋅ 𝟕, 𝟓) = 𝟐𝟎 − 𝟏𝟎
𝟐, 𝟓 ⋅ 𝒗𝑨 = 𝟏𝟎
𝒗𝑨 = 𝟒, 𝟎 𝒎/𝒔
Substituindo em 1, temos:
𝑺𝟎 𝑨 + 𝒗
⏟𝑨 ⋅ 𝟏𝟎 = 𝟐𝟎
𝟒,𝟎

𝑺𝟎𝑨 = −𝟐𝟎
Logo:
𝑺𝑨 (𝒕) = −𝟐𝟎 + 𝟒 ⋅ 𝒕
Quando 𝑺𝑨 = 𝟎, temos a origem do movimento de 𝑨, que ocorre em 𝒕 igual a:
𝑺𝑨 (𝒕) = 𝟎
−𝟐𝟎 + 𝟒 ⋅ 𝒕 = 𝟎
𝒕 = 𝟓, 𝟎 𝒔
Gabarito: B
Questão 6.
(AFA – 2011) Dois automóveis 𝑨 e 𝑩 encontram-se estacionados paralelamente ao marco zero de
uma estrada. Em um dado instante, o automóvel 𝑨 parte, movimentando-se com velocidade
escalar constante 𝒗𝑨 = 𝟖𝟎 𝒌𝒎/𝒉. Depois de certo intervalo de tempo, ∆𝒕, o automóvel 𝑩 parte
no encalço de 𝑨 com velocidade escalar constante 𝒗𝑩 = 𝟏𝟎𝟎 𝒌𝒎/𝒉. Após 𝟐 𝒉 de viagem, o
motorista de 𝑨 verifica que 𝑩 se encontra 𝟏𝟎 𝒌𝒎 atrás e conclui que o intervalo ∆𝒕, em que o
motorista 𝑩 ainda permaneceu estacionado, em horas, é igual a
a) 0,25
b) 0,50
c) 1,00
d) 4,00
Comentários:
Colocando o marco zero quando 𝑩 inicia seu movimento, temos que o espaço inicial de 𝑨
é dado por:
𝑺𝟎 𝑨 = 𝒗𝑨 ⋅ 𝚫𝒕
Logo:
𝑺𝑨 = 𝒗𝑨 ⋅ 𝚫𝒕 + 𝒗𝑨 ⋅ 𝒕
𝑺𝑩 = 𝒗𝑩 ⋅ 𝒕
Após 2h de viagem, temos que 𝑩 encontra-se 10 km atrás de A, então:
𝑺𝑨 = 𝑺𝑩 + 𝟏𝟎
𝒗𝑨 ⋅ 𝚫𝒕 + 𝒗𝑨 ⋅ (𝟐 − 𝚫𝒕) = 𝒗𝑩 ⋅ (𝟐 − 𝚫𝒕)

AULA 04 – CINEMÁTICA VETORIAL E LANÇAMENTOS OBLÍQUOS 124


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Como colocamos a origem do tempo após o intervalo de tempo 𝚫𝒕, então devemos contar
o tempo de deslocamento como 𝒕 − 𝒕𝟎 = 𝒕 − 𝚫𝒕. Então:
𝟐 ⋅ 𝒗𝑨 = 𝟐 ⋅ 𝒗𝑩 − 𝒗𝑩 ⋅ 𝚫𝒕 + 𝟏𝟎
𝒗𝑩 − 𝒗𝑨 𝟏𝟎
𝚫𝒕 = 𝟐 ⋅ +
𝒗𝑩 𝒗𝑩
𝟏𝟎𝟎 − 𝟖𝟎 𝟏𝟎
𝚫𝒕 = 𝟐 ⋅ + = 𝟎, 𝟓 𝒉
𝟏𝟎𝟎 𝟏𝟎𝟎
Gabarito: B
Questão 7.
(AFA – 2010) No instante 𝒕 = 𝟎, uma partícula 𝑨 é lançada obliquamente, a partir do solo, com
velocidade de 𝟖𝟎 𝒎/𝒔 sob um ângulo de 30° com a horizontal. No instante 𝒕 = 𝟐 𝒔, outra
partícula 𝑩 é lançada verticalmente para cima, também a partir do solo, com velocidade de
𝟒𝟎 𝒎/𝒔, de um ponto situado a 𝟐𝟎𝟎√𝟑 𝒎 da posição de lançamento da primeira. Sabendo-se
que essas duas partículas colidem no ar, pode-se afirmar que no momento do encontro
a) ambas estão subindo.
b) A está subindo e B descendo.
c) B está subindo e A descendo.
d) ambas estão descendo.
Comentários:
Como a partícula B é lançada verticalmente para cima, se houver alguma colisão, essa
colisão deverá ocorrer ao longo da reta 𝒙 = 𝟐𝟎𝟎√𝟑. No momento em que as partículas colidem,
ambas estão no mesmo ponto. Para chegar em 𝒙 = 𝟐𝟎𝟎√𝟑, a partícula A gasta:
𝟐𝟎𝟎√𝟑
𝒕=
𝒗𝒙
𝟐𝟎𝟎√𝟑 𝟐𝟎𝟎√𝟑
𝒕= =
𝟖𝟎 ⋅ 𝐜𝐨𝐬 𝟑𝟎° √𝟑
𝟖𝟎 ⋅
𝟐
𝒕=𝟓𝒔
A altura alcançada pela partícula e a velocidade em 𝒕 = 𝟓 𝒔 são:
𝒚𝑨 = 𝟖𝟎 ⋅ 𝒔𝒆𝒏 𝟑𝟎° ⋅ 𝒕 − 𝟓 ⋅ 𝒕𝟐
{
𝒗𝑨 = 𝟖𝟎 ⋅ 𝒔𝒆𝒏 𝟑𝟎° − 𝟏𝟎 ⋅ 𝒕
𝒚𝑨 = 𝟖𝟎 ⋅ 𝒔𝒆𝒏 𝟑𝟎° ⋅ 𝟓 − 𝟓 ⋅ 𝟓𝟐
{
𝒗𝑨 = 𝟖𝟎 ⋅ 𝒔𝒆𝒏 𝟑𝟎° − 𝟏𝟎 ⋅ 𝟓
𝒚𝑨 = 𝟕𝟓 𝒎
{
𝒗𝑨 = −𝟏𝟎 𝒎/𝒔
Em 𝒙 = 𝟐𝟎𝟎√𝟑, a partícula A já está caindo. Por outro lado, temos as condições de B:

AULA 04 – CINEMÁTICA VETORIAL E LANÇAMENTOS OBLÍQUOS 125


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𝒚𝑩 = 𝟒𝟎 ⋅ 𝒕 − 𝟓 ⋅ 𝒕𝟐
{
𝒗𝑩 = 𝟒𝟎 − 𝟓 ⋅ 𝒕
𝒚𝑩 = 𝟒𝟎 ⋅ 𝟓 − 𝟓 ⋅ 𝟓𝟐
{
𝒗𝑩 = 𝟒𝟎 − 𝟓 ⋅ 𝟓
𝒚𝑩 = 𝟕𝟓 𝒎
{
𝒗𝑩 = 𝟏𝟓 𝒎/𝒔
Portanto, B ainda está subindo quando ocorre a colisão, graficamente, temos:

Gabarito: C
Questão 8.
(AFA – 2009) Uma bola de basquete descreve a trajetória mostrada na figura após ser
arremessada por um jovem atleta que tenta bater um recorde de arremesso.

A bola é lançada com uma velocidade de 𝟏𝟎 𝒎/𝒔 e, ao cair na cesta, sua componente horizontal
vale 𝟔, 𝟎 𝒎/𝒔. Despreze a resistência do ar e considere 𝒈 = 𝟏𝟎 𝒎/𝒔𝟐 . Pode-se afirmar que a
distância horizontal (x) percorrida pela bola desde o lançamento até cair na cesta, em metros,
vale
a) 3,0
b) 3,6
c) 4,8
d) 6,0
Comentários:
Se a bola é lançada com 10 m/s e sua componente horizontal vale 6,0 m/s, então a
componente vertical vale 8,0 m/s, pelo teorema de Pitágoras:
𝒗𝟐 = 𝒗𝟐𝒙 + 𝒗𝟐𝒚
𝟏𝟎𝟐 = 𝟔𝟑 + 𝒗𝟐𝒚

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𝒗𝒚 = 𝟖, 𝟎 𝒎/𝒔
O tempo para a bola chegar à altura de 5 m é dado por:
𝒈 ⋅ 𝒕𝟐
𝒚 = 𝒚 𝟎 + 𝒗𝟎 𝒚 ⋅ 𝒕 −
𝟐
𝟓 = 𝟐, 𝟎 + 𝟖, 𝟎 ⋅ 𝒕 − 𝟓 ⋅ 𝒕𝟐
𝟓𝒕𝟐 − 𝟖𝒕 + 𝟑 = 𝟎
−(−𝟖) ± √(−𝟖)𝟐 − 𝟒 ⋅ 𝟓 ⋅ 𝟑
𝒕=
𝟐⋅𝟓
(𝟖 ± √𝟒)
𝒕=
𝟏𝟎
𝟖−𝟐
𝒕𝟏 = = 𝟎, 𝟔 𝒔
𝟏𝟎
𝟖+𝟐
𝒕𝟐 = = 𝟏, 𝟎 𝒔
𝟏𝟎
Note que 𝒕 = 𝟎, 𝟔 𝒔 corresponde ao tempo em que a bola possui a altura de 5 metros, mas
ainda está subindo. Já 𝒕 = 𝟏, 𝟎 𝒔 corresponde ao tempo em que a bola possui altura igual a 5
metros, mas agora está descendo. Para a nossa situação em questão, a bola descenderá para o
jogador fazer a cesta. Portanto, devemos utilizar este tempo para determinar a distância 𝒙
percorrida pela bola na horizontal:
𝒙 = 𝒗𝒙 ⋅ 𝒕
𝒙 = 𝟔, 𝟎 ⋅ 𝟏, 𝟎
𝒙 = 𝟔, 𝟎 𝒎
Gabarito: D
Questão 9.
(AFA – 2007) A figura abaixo representa as trajetórias de dois projéteis A e B lançados no mesmo
instante num local onde o campo gravitacional é constante e a resistência do ar é desprezível.

Ao passar pelo ponto P, ponto comum de suas trajetórias, os projéteis possuíam a mesma
a) velocidade tangencial.
b) velocidade horizontal.
c) aceleração centrípeta.
d) aceleração resultante.

AULA 04 – CINEMÁTICA VETORIAL E LANÇAMENTOS OBLÍQUOS 127


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Comentários:
A questão faz uma pegadinha, pois ela não menciona se os projéteis passam
simultaneamente pelo ponto P, diz apenas que elas passam por P. Por isso, não sabemos se a
velocidade horizontal é a mesma ou não. De fato, o deslocamento horizontal dos projéteis para
chegar em P é o mesmo e pode ser escrito como:
𝒙 = 𝒗𝑯𝑨 ⋅ 𝒕𝑨
{
𝒙 = 𝒗𝑯𝑩 ⋅ 𝒕𝑩
Em que 𝒗𝑯𝑨 é a velocidade horizontal de A e 𝒗𝑯𝑩 é a velocidade horizontal de B. Portanto,
não podemos afirmar se a velocidade horizontal é a mesma para os dois projéteis.
De acordo com a figura, no ponto P as curvas possuem velocidades diferentes, logo,
possuem velocidades tangenciais diferentes.
A aceleração centrípeta pode ser calculada por:
𝒗𝟐
𝒂𝒄𝒑 =
𝝆
Em que 𝒗 é a velocidade tangencial no ponto e 𝝆 o raio da circunferência osculadora. Dado
que as velocidades tangenciais são diferentes, nada podemos falar sobre a circunferência
osculadora e, por isso, nada podemos falar sobre a igualdade das acelerações centrípetas.
De fato, a única alternativa correta é a alternativa D, pois a única força que atua no
lançamento oblíquo em questão é a força peso. Logo, a força resultante sobre os projéteis é a
força peso, resultando na aceleração resultante sobre cada projétil ser a aceleração da gravidade
local.
Portanto, ambos projéteis têm a mesma aceleração resultante.
Gabarito: D
Questão 10.
(EN – 2013) Os gráficos abaixo foram obtidos da trajetória de um projétil, sendo 𝒚 a distância
vertical e 𝒙 a distância horizontal percorrida pelo projétil. A componente vertical da velocidade,
em m/s, do projétil no instante inicial vale:
⃗⃗ | = 𝟏𝟎 𝒎/𝒔𝟐
Dado: |𝒈

a) zero
b) 5,0

AULA 04 – CINEMÁTICA VETORIAL E LANÇAMENTOS OBLÍQUOS 128


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c) 10
d) 17
e) 29
Comentários:
A velocidade horizontal do projétil é dada pela inclinação da reta no gráfico 𝒙 × 𝒕:
𝟐𝟎
𝒗𝒙 = = 𝟓 𝒎/𝒔
𝟒
Para percorrer 4 metros em 𝒙, o projétil gasta um tempo igual a:
𝚫𝒙 𝟒
𝒕= = = 𝟎, 𝟖 𝒔
𝒗𝒙 𝟓
Nesse mesmo intervalo de tempo, ele desloca 20 metros em 𝒚, que possui função horária
dada por:
𝒈 ⋅ 𝒕𝟐
𝒚 = 𝒚𝟎 + 𝒗𝟎𝒚 ⋅ 𝒕 −
𝟐
𝒈 ⋅ 𝒕𝟐
𝚫𝒚 = 𝒗𝟎𝒚 ⋅ 𝒕 −
𝟐
𝟏𝟎 ⋅ 𝟎, 𝟖𝟐
𝟐𝟎 = 𝒗𝟎𝒚 ⋅ 𝟎, 𝟖 −
𝟐
𝒗𝟎𝒚 = 𝟐𝟗 𝒎/𝒔

Gabarito: E
Questão 11.
(EN – 2013) Conforme mostra figura abaixo, em um jogo de futebol, no instante em que o jogador
situado no ponto A faz um lançamento, o jogador situado no ponto B, que inicialmente estava
parado, começa a correr com aceleração constante igual a 3,00 m/s², deslocando-se até o ponto
C. Esse jogador chega em C no instante em que a bola toca o chão no ponto D. Todo o movimento
se processa em um plano vertical, e a distância inicial entre A e B vale 25,0 m. Sabendo-se que a
velocidade inicial da bola tem módulo igual a 20,0 m/s, e faz um ângulo de 45° com a horizontal,
o valor da distância, d, entre os pontos C e D, em metros, é
⃗⃗ | = 𝟏𝟎 𝒎/𝒔𝟐
Dado: |𝒈

a) 1,00

AULA 04 – CINEMÁTICA VETORIAL E LANÇAMENTOS OBLÍQUOS 129


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b) 3,00
c) 5,00
d) 12,0
e) 15,0
Comentários:
Durante o tempo de voo da bola, o jogador se desloca de B para C dado por:
𝒂𝒕𝟐
𝑩𝑪 =
𝟐
O tempo de voo da bola é dado por:
𝟐 ⋅ 𝒗𝟎 ⋅ 𝒔𝒆𝒏(𝜽)
𝒕𝒗𝒐𝒐 =
𝒈
√𝟐
𝟐
𝟐 ⋅ 𝟐𝟎 ⋅ ⏞
𝒔𝒆𝒏(𝟒𝟓°)
𝒕𝒗𝒐𝒐 =
𝟏𝟎
𝒕𝒗𝒐𝒐 = 𝟐√𝟐 𝒔
Portanto:
𝟐
𝟑 ⋅ (𝟐√𝟐)
𝑩𝑪 =
𝟐
𝑩𝑪 = 𝟏𝟐, 𝟎 𝒎
Por outro lado, o alcance da bola é calculado por:
𝒗𝟐𝟎 ⋅ 𝒔𝒆𝒏(𝟐𝜽)
𝑨 = 𝑨𝑫 =
𝒈
𝟐𝟎𝟐 ⋅ 𝒔𝒆𝒏(𝟐 ⋅ 𝟒𝟓°)
𝑨𝑫 =
𝟏𝟎
𝑨𝑫 = 𝟒𝟎, 𝟎 𝒎
Portanto:
𝑨𝑫 = 𝑨𝑩 + 𝑩𝑪 + 𝑪𝑫
𝟒𝟎 = 𝟐𝟓 + 𝟏𝟐 + 𝑪𝑫
𝑪𝑫 = 𝟑, 𝟎𝟎 𝒎
Gabarito: B
Questão 12.
(EN – 2012) Um projétil é lançado contra um anteparo vertical situado a 20 m do ponto de
lançamento. Despreze a resistência do ar. Se esse lançamento é feito com uma velocidade inicial

AULA 04 – CINEMÁTICA VETORIAL E LANÇAMENTOS OBLÍQUOS 130


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de 20 m/s numa direção que faz um ângulo de 60° com a horizontal, a altura aproximada do ponto
onde o projétil se choca com o anteparo, em metros, é
Dados: 𝒕𝒈(𝟔𝟎°) ≈ 𝟏, 𝟕; 𝒈 = 𝟏𝟎 𝒎/𝒔𝟐 .

a) 7,0
b) 11
c) 14
d) 19
e) 23
Comentários:
Inicialmente, vamos calcular o tempo que o projétil leva para percorrer a distância
horizontal de 20 metros:
𝚫𝒙 = 𝒗𝒙 ⋅ 𝒕
𝚫𝒙 = 𝒗𝟎 ⋅ 𝐜𝐨𝐬 𝟔𝟎° ⋅ 𝒕
𝟏
𝟐𝟎 = 𝟐𝟎 ⋅ ⋅𝒕
𝟐
𝒕=𝟐𝒔
O movimento em 𝒚 é um MRUV, com função horária dada por:
𝒂𝒚 ⋅ 𝒕𝟐
𝒚 = 𝒚𝟎 + 𝒗𝟎𝒚 ⋅ 𝒕 +
𝟐
𝟏𝟎 ⋅ 𝒕𝟐
𝒚 = 𝟎 + 𝟐𝟎 ⋅ 𝒔𝒆𝒏 𝟔𝟎° ⋅ 𝒕 −
𝟐
Para 𝒕 = 𝟐 𝒔, temos:
√𝟑
𝒚(𝟐) = 𝟐𝟎 ⋅ ⋅ 𝟐 − 𝟓 ⋅ 𝟐𝟐
𝟐
𝒚(𝟐) = 𝟐𝟎√𝟑 − 𝟐𝟎
Como 𝒕𝒈(𝟔𝟎°) = √𝟑 e o enunciado pediu para considerar 𝒕𝒈(𝟔𝟎°) = 𝟏, 𝟕, então √𝟑 =
𝟏, 𝟕. Portanto:

AULA 04 – CINEMÁTICA VETORIAL E LANÇAMENTOS OBLÍQUOS 131


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𝒚(𝟐) = 𝟐𝟎 ⋅ 𝟏, 𝟕 − 𝟐𝟎 = 𝟐𝟎 ⋅ (𝟏, 𝟕 − 𝟏) = 𝟐𝟎 ⋅ 𝟎, 𝟕
𝒚(𝟐) = 𝟏𝟒 𝒎
Gabarito: C
Questão 13.
(EFOMM – 2016) Uma bola é lançada do topo de uma torre de 𝟖𝟓 𝒎 de altura com uma
velocidade horizontal de 𝟓, 𝟎 𝒎/𝒔 (ver figura). A distância horizontal 𝑫, em metros, entre a torre
e o ponto onde a bola atinge o barranco (plano inclinado), vale
Dado: 𝒈 = 𝟏𝟎 𝒎/𝒔𝟐

a) 15
b) 17
c) 20
d) 25
e) 28
Comentários:
De acordo com a figura, a bola descerá uma certa altura, dada pela geometria do problema:

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𝟖 𝒚
𝒕𝒈(𝜽) = =
𝟏 𝑫 − 𝟏𝟎
𝒚 = 𝟖 ⋅ (𝑫 − 𝟏𝟎)
Assim, a bola descerá:
𝑯 = 𝟖𝟓 − 𝒚
𝑯 = 𝟖𝟓 − 𝟖 ⋅ (𝑫 − 𝟏𝟎)
Para descer essa altura, a bola gastará o seguinte tempo de queda:

𝟐𝑯
𝒕𝒒 = √
𝒈

𝟐
𝒕𝒒 = √ (𝟖𝟓 − 𝟖 ⋅ (𝑫 − 𝟏𝟎))
𝒈

Entretanto, no eixo horizontal, a bola descreverá um MRU, com velocidade de 5,0 m/s e
percorrerá a distância 𝑫. Então:
𝑫 = 𝒗𝑯 ⋅ 𝒕𝒒

𝟐
𝑫 = 𝟓 ⋅ √ (𝟖𝟓 − 𝟖 ⋅ (𝑫 − 𝟏𝟎))
𝒈

Considerando 𝒈 = 𝟏𝟎 𝒎/𝒔𝟐 , vem:

𝟐
𝑫=𝟓⋅√ (𝟖𝟓 − 𝟖 ⋅ (𝑫 − 𝟏𝟎))
𝟏𝟎
𝟏
𝑫𝟐 = 𝟓𝟐 ⋅ [ (𝟖𝟓 − 𝟖 ⋅ (𝑫 − 𝟏𝟎))]
𝟓
𝟐
𝑫 = 𝟓 ⋅ 𝟖𝟓 − 𝟓 ⋅ 𝟖(𝑫 − 𝟏𝟎)
𝑫𝟐 + 𝟒𝟎𝑫 = 𝟖𝟐𝟓

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𝑫𝟐 + 𝟐 ⋅ 𝟐𝟎 ⋅ 𝑫 + 𝟐𝟎𝟐 = 𝟖𝟐𝟓 + 𝟐𝟎𝟐


(𝑫 + 𝟐𝟎)𝟐 = 𝟏𝟐𝟐𝟓
(𝑫 + 𝟐𝟎)𝟐 = 𝟑𝟓𝟐
(𝑫 + 𝟐𝟎)𝟐 − 𝟑𝟓𝟐 = 𝟎
(𝑫 + 𝟐𝟎 − 𝟑𝟓)(𝑫 + 𝟐𝟎 + 𝟑𝟓) = 𝟎
(⏟𝑫 + 𝟐𝟎 − 𝟑𝟓) (⏟𝑫 + 𝟐𝟎 + 𝟑𝟓) = 𝟎
𝑫=𝟏𝟓 𝑫=−𝟓𝟓

𝑫 < 𝟎 não convém no nosso problema. Portanto:


𝑫 = 𝟏𝟓 𝒎
Gabarito: A
Questão 14.
(EFOMM – 2013/modificada) Uma bola é lançada obliquamente e, quando atinge a altura de
𝟏𝟎 𝒎 do solo, seu vetor velocidade faz um ângulo de 60° com a horizontal e possui uma
componente vertical de módulo 𝟓, 𝟎 𝒎/𝒔. Desprezando a resistência do ar, a altura máxima
alcançada pela bola, em metros, é de

Dado: 𝒈 = 𝟏𝟎 𝒎/𝒔𝟐 .
a) 45/4
b) 50/4
c) 55/4
d) 60/4
e) 65/4
Comentários:
Podemos considerar o ponto A como origem do nosso lançamento e, assim, podemos
determinar a altura máxima utilizando Torricelli.
𝒗𝟐𝒚 = 𝒗𝟎 𝟐𝒚 + 𝟐 ⋅ 𝒂𝒚 ⋅ 𝚫𝒚
𝟎𝟐 = 𝟓𝟐 + 𝟐 ⋅ (−𝟏𝟎) ⋅ (𝒉𝒎á𝒙 − 𝟏𝟎)
𝟓𝟐
𝒉𝒎á𝒙 − 𝟏𝟎 =
𝟐 ⋅ 𝟏𝟎
𝟓
𝒉𝒎á𝒙 = 𝟏𝟎 +
𝟒

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𝟒𝟓
𝒉𝒎á𝒙 = 𝒎
𝟒
Gabarito: A
Questão 15.
(ITA-2018) Numa quadra de vôlei de 𝟏𝟖𝒎 de comprimento, com rede de 𝟐, 𝟐𝟒𝒎 de altura, uma
atleta solitária faz um saque com a bola bem em cima da linha de fundo, a 𝟑, 𝟎𝒎 de altura, num
ângulo 𝜽 de 𝟏𝟓° com a horizontal, conforme a figura, com trajetória num plano perpendicular à
rede. Desprezando o atrito, pode-se dizer que, com 𝟏𝟐𝒎/𝒔 de velocidade inicial, a bola (𝒈 =
𝟏𝟎𝒎/𝒔𝟐 )

a) bate na rede.
b) passa tangenciando a rede.
c) passa a rede e cai antes da linha de fundo.
d) passa a rede e cai na linha de fundo.
e) passa a rede e cai fora da quadra.
Comentários:
A equação da trajetória de um lançamento oblíquo é dada por:
𝒈𝒙𝟐
𝒚(𝒙) = 𝒚𝟎 + 𝒙 𝐭𝐚𝐧 𝜽 − 𝟐
𝟐𝒗𝟎 𝐜𝐨𝐬𝟐 𝜽
Substituindo os dados do problema:
𝒚(𝒙) = 𝟑 + 𝟎, 𝟐𝟕𝒙 − 𝟎, 𝟎𝟑𝟕𝒙𝟐
Primeiramente veremos se a bola ultrapassa a rede. Note que a rede está no meio da quadra em
𝒙 = 𝟗 𝒎, queremos saber a altura da bola quando passa na mesma vertical da rede:
𝒚(𝟗) = 𝟑 + 𝟎, 𝟐𝟕 . 𝟗 − 𝟎, 𝟎𝟑𝟕 . 𝟖𝟏 = 𝟐, 𝟒𝟑𝟑 𝒎
𝒚(𝟗) > 𝟐, 𝟐𝟒 𝒎
E, portanto, a bola ultrapassa a rede. Para determinamos onde ela aterrissa devemos ver em qual
𝒙 sua altura é nula:
𝒚(𝒙𝒇𝒊𝒎 ) = 𝟎
𝟑 + 𝟎, 𝟐𝟕𝒙 − 𝟎, 𝟎𝟑𝟕𝒙𝟐 = 𝟎
Essa equação tem solução positiva (a única relevante): 𝒙𝒇𝒊𝒎 ≈ 𝟏𝟑, 𝟑𝟔 𝒎

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Como 𝒙𝒇𝒊𝒎 < 𝟏𝟖 𝒎, podemos afirmar que a bola aterrissa dentro da quadra.
Gabarito: C
Questão 16.
(ITA-1989) Do alto de uma torre de 𝟐𝟎 𝒎 de altura, um artilheiro mira um balão que se encontra
parado sobre um ponto, tal que a distância do pé da torre à vertical que passa pelo referido ponto
é de 𝟒𝟎𝟎 𝒎. O ângulo de visada do artilheiro em relação à horizontal é de 𝟏𝟓°. No instante exato
que o artilheiro dispara um projétil (𝑷) os ocupantes do balão deixam cair um objeto (𝑶) que é
atingido pelo disparo. A velocidade do projétil ao deixar o cano da arma é 𝒗𝟎 = 𝟐𝟎𝟎 𝒎/𝒔.
Despreze a resistência do ar. (𝒈 = 𝟗, 𝟖 𝒎/𝒔𝟐 )
a) Faça um esquema indicando a configuração do problema.
b) Deduza as equações horárias: 𝒙𝑷 (𝒕) e 𝒚𝑷 (𝒕) para o projétil e 𝒚𝑶 (𝒕) para o objeto
(literalmente).
c) Calcule o instante do encontro projétil – objeto (numericamente).
d) Calcule a altura do encontro (numericamente).
Comentários:
a)

O artilheiro dispara do alto da torre em A, o encontro do projétil com o objeto ocorre em B e o


ponto C é onde o balão está posicionado.
b) Aplicando a segunda Lei de Newton nas direções x e y:
X: 𝑭𝑿 = 𝒎𝒂𝑿 = 𝟎 → 𝒂𝑿 = 𝟎
Y: 𝑭𝒀 = 𝒎𝒂𝒀 = 𝑷 = 𝒎𝒈 → 𝒂𝒀 = 𝒈
Logo o movimento é uniforme na horizontal e uniformemente acelerado na vertical:
𝒙𝑷 (𝒕) = 𝒗𝟎 𝐜𝐨𝐬 𝜽 𝒕
𝒈𝒕𝟐
𝒚𝑷 (𝒕) = 𝒉 + 𝒗𝟎 𝐬𝐞𝐧 𝜽 𝒕 +
𝟐

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O movimento do objeto obedece às mesmas equações dinâmicas, sendo seu movimento


diferenciado pela velocidade e posição inicial. Como se trata de um movimento uniformemente
acelerado de velocidade inicial nula, temos:

𝒈𝒕𝟐
𝒚𝑶 (𝒕) = 𝑯 −
𝟐
onde 𝜽 é o ângulo do lançamento em relação à horizontal, 𝒉 é a altura do artilheiro e 𝑯 é a altura
do balão.
c) Para calcularmos isso basta tornamos nossa atenção para o movimento horizontal. No
momento da colisão o projétil deverá ter percorrido uma distância horizontal de 𝟒𝟎𝟎 𝒎:
𝒙𝑷 (𝒕𝒆 ) 𝟒𝟎𝟎
𝒕𝒆 = = ≈𝟐𝒔
𝒗𝟎 𝐜𝐨𝐬 𝜽 𝟐𝟎𝟎 . 𝐜𝐨𝐬 𝟏𝟓°
d) Agora que temos o tempo de encontro basta substituí-lo na equação que fornece a posição
vertical do em função do tempo:
𝒚𝒆 = 𝒚𝑷 (𝟐)
𝒈 .𝟒
𝒚𝒆 = 𝟐𝟎 + 𝟐𝒗𝟎 𝐬𝐞𝐧 𝟏𝟓° +
𝟏𝟔
𝒚𝒆 ≈ 𝟏𝟐𝟔 𝒎
Gabarito:
a) Veja a figura acima
𝒈𝒕𝟐 𝒈𝒕𝟐
b) 𝒙𝑷 (𝒕) = 𝒗𝟎 𝐜𝐨𝐬 𝜽 𝒕, 𝒚𝑷 (𝒕) = 𝒉 + 𝒗𝟎 𝐬𝐞𝐧 𝜽 𝒕 + e 𝒚𝑶 (𝒕) = 𝑯 −
𝟐 𝟐

c) 𝟐 𝒔
d) 𝟏𝟐𝟔 𝒎
Questão 17.
(ITA-2004) Durante as Olimpíadas de 1968, na cidade do México, Bob Beamow bateu o recorde
de salto em distância, cobrindo 𝟖, 𝟗 𝒎 de extensão. Suponha que, durante o salto, o centro de
gravidade do atleta teve sua altura variando de 𝟏, 𝟎 𝒎 no início, chegando ao máximo de 𝟐, 𝟎 𝒎
e terminado a 𝟎, 𝟐𝟎 𝒎 no fim do salto. Desprezando o atrito com o ar, pode-se afirmar que o
componente horizontal da velocidade inicial do salto foi de: (𝒈 = 𝟏𝟎 𝒎/𝒔𝟐 )
a) 𝟖, 𝟓 𝒎/𝒔.
b) 𝟕, 𝟓 𝒎/𝒔.
c) 𝟔, 𝟓 𝒎/𝒔.
d) 𝟓, 𝟐 𝒎/𝒔.
e) 𝟒, 𝟓 𝒎/𝒔.
Comentários:
A figura abaixo representa o movimento do centro de massa do atleta durante o salto:

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O ponto 𝑨 marca o início do salto, 𝑩 é o ponto mais alto de sua trajetória e 𝑪 é sua posição quando
ele toca o solo.
Por Torricelli, encontramos a velocidade inicial em y:
𝒗𝟐𝟎𝒚 = 𝟐𝒈(𝒉𝑩 − 𝒉𝑨 )
Substituindo os valores fornecidos no enunciado:
𝒗𝟎𝒚 = √𝟐𝟎 𝒎/𝒔
A equação horária da posição vertical do centro de massa do atleta é dada por:
𝒈𝒕𝟐
𝒚(𝒕) = 𝟏 + 𝒗𝟎𝒚 𝒕 −
𝟐
Como sabemos sua posição no fim do lançamento podemos calcular seu tempo de voo:
𝒚(𝒕𝒗𝒐𝒐 ) = 𝒚𝒇𝒊𝒏𝒂𝒍 = 𝟎, 𝟐 𝒎
𝒈𝒕𝟐𝒗𝒐𝒐
𝟏 + 𝒗𝟎𝒚 𝒕𝒗𝒐𝒐 − = 𝟎, 𝟐
𝟐
𝟓𝒕𝟐𝒗𝒐𝒐 − √𝟐𝟎𝒕𝒗𝒐𝒐 − 𝟎, 𝟖 = 𝟎
Essa equação tem raízes:
√𝟐𝟎 ± 𝟔
𝒕𝒗𝒐𝒐 =
𝟏𝟎
O sinal negativo não nos interessa pois rende um tempo negativo.
Lembrando que o movimento na horizontal é uniforme, agora basta usarmos o tempo de voo para
determinarmos a velocidade horizontal do atleta:
𝒙(𝒕𝒗𝒐𝒐 ) 𝒙𝒇𝒊𝒏𝒂𝒍
𝒗𝒙 = 𝒗𝟎𝒙 = =
𝒕𝒗𝒐𝒐 𝒕𝒗𝒐𝒐
𝟖, 𝟗
+𝟔 𝟖𝟗
𝒗𝟎𝒙 = √𝟐𝟎 = ≈ 𝟖, 𝟓 𝒎/𝒔
𝟏𝟎 √𝟐𝟎 + 𝟔
Gabarito: A

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Questão 18.
(ITA-2009) Considere hipoteticamente duas bolas lançadas de um mesmo lugar ao mesmo tempo:
a bola 1, com velocidade para cima de 𝟑𝟎𝒎/𝒔, e a bola 2, com velocidade de 𝟓𝟎𝒎/𝒔 formando
um ângulo de 𝟑𝟎° com a horizontal. Considerando 𝒈 = 𝟏𝟎𝒎/𝒔𝟐 , assinale a distância entre as
bolas no instante em que a primeira alcança sua máxima altura.
a) 𝒅 = √𝟔𝟐𝟓𝟎 𝒎.
b) 𝒅 = √𝟕𝟐𝟏𝟕 𝒎.
c) 𝒅 = √𝟏𝟕𝟏𝟎𝟎 𝒎.
d) 𝒅 = √𝟏𝟗𝟑𝟕𝟓 𝒎.
e) 𝒅 = √𝟐𝟔𝟖𝟕𝟓 𝒎.
Comentários:
Considere a esquematização na figura abaixo:

As linhas roxa e marrom representam o movimento das bolas 1 e 2, respectivamente. Sendo 𝑶 o


ponto de partida de ambas as bolas, 𝑭 o ponto mais alto da trajetória da bola 1 e 𝑨 o ponto a
segunda bola estará quando a primeira alcançar 𝑭.
Primeiramente calcularemos o instante em que a primeira bola alcança sua máxima altura:
𝚫𝑽
𝒂=
𝚫𝒕
𝑽𝟏
𝒈=
𝒕𝒉,𝒎𝒂𝒙
𝒕𝒉,𝒎𝒂𝒙 = 𝟑 𝒔
Naquele ponto (𝑭), sua altura é:
𝒈𝒕𝟐𝒉,𝒎𝒂𝒙
𝒚𝟏 = 𝑽𝟏 𝒕𝒉,𝒎𝒂𝒙 − = 𝟗𝟎 − 𝟒𝟓 = 𝟒𝟓 𝒎
𝟐
Agora devemos calcular a posição da segunda bola nesse instante de tempo. Pela equação horário
do movimento na direção 𝒙, temos:

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𝒙𝟐 = 𝑽𝟐 𝐜𝐨𝐬 𝟑𝟎° 𝒕𝒉,𝒎𝒂𝒙 = 𝟕𝟓√𝟑 𝒎


Pela equação horária do movimento na direção 𝒚, obtemos:
𝒈𝒕𝟐𝒉,𝒎𝒂𝒙
𝒚𝟐 = 𝑽𝟐 𝐬𝐞𝐧 𝟑𝟎° 𝒕𝒉,𝒎𝒂𝒙 −
𝟐
𝒚𝟐 = 𝟕𝟓 − 𝟒𝟓 = 𝟑𝟎 𝒎
Observe na figura que a distância que queremos calcular é 𝑨𝑭. Utilizando o Teorema de Pitágoras
no triângulo 𝑭𝑯𝑨, temos:
𝒅𝟐 = (𝒚𝟏 − 𝒚𝟐 )𝟐 + 𝒙𝟐𝟐
𝒅𝟐 = 𝟐𝟐𝟓 + 𝟏𝟔𝟖𝟕𝟓
𝒅 = √𝟏𝟕𝟏𝟎𝟎 𝒎
Gabarito: C
Questão 19.
(ITA-2011) Duas partículas idênticas, de mesma massa 𝒎, são projetadas de uma origem O
comum, num plano vertical, com velocidade iniciais de mesmo módulo 𝒗𝟎 e ângulos de
lançamento respectivamente 𝜶 e 𝜷 em relação a horizontal. Considere 𝑻𝟏 e 𝑻𝟐 os respectivos
tempos de alcance do ponto mais alto de cada trajetória e 𝒕𝟏 e 𝒕𝟐 os respectivos tempos para as
partículas alcançarem um ponto comum de ambas as trajetórias. Assinale a opção com o valor da
𝒕𝟏 𝑻𝟏 + 𝒕𝟐 𝑻𝟐 .
a) 𝟐𝒗𝟐𝟎 (𝒕𝒈𝜶 + 𝒕𝒈𝜷)/𝒈𝟐 .
b) 𝟐𝒗𝟐𝟎 /𝒈𝟐 .
c) 𝟒𝒗𝟐𝟎 𝒔𝒆𝒏𝜶/𝒈𝟐 .
d) 𝟒𝒗𝟐𝟎 𝒔𝒆𝒏𝜷/𝒈𝟐 .
e) 𝟐𝒗𝟐𝟎 (𝒔𝒆𝒏𝜶 + 𝒔𝒆𝒏𝜷)/𝒈𝟐 .
Comentários:
O movimento das partículas na vertical é uniformemente variado, além disso o tempo que elas
levam para alcançar o ponto mais alto de suas trajetórias é o tempo que leva para suas
velocidades verticais se anularem:
𝒗𝒚 = 𝒗𝟎𝒚 − 𝒈𝒕
Para a primeira partícula:
𝟎 = 𝒗𝟎 𝐜𝐨𝐬 𝜶 − 𝒈𝑻𝟏
𝒗𝟎 𝐜𝐨𝐬 𝜶
𝑻𝟏 = (𝒆𝒒. 𝟏)
𝒈
Para a segunda:
𝟎 = 𝒗𝟎 𝐜𝐨𝐬 𝜷 − 𝒈𝑻𝟐
𝒗𝟎 𝐜𝐨𝐬 𝜷
𝑻𝟐 = (𝒆𝒒. 𝟐)
𝒈

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Seja 𝒙 a abscissa do ponto de encontro das trajetórias e 𝒚 a ordenada. O movimento das partículas
na horizontal é uniforme. Assim, podemos escrever:
𝒙 = 𝒗𝟎 𝐜𝐨𝐬 𝜶 𝒕𝟏 = 𝒗𝟎 𝐜𝐨𝐬 𝜷 𝒕𝟐
𝐜𝐨𝐬 𝜶
𝒕𝟐 = 𝒕 (𝒆𝒒 . 𝟑)
𝐜𝐨𝐬 𝜷 𝟏
Como o movimento das partículas na vertical tem velocidade constante, sua equação horária é
escrita como:
𝒈𝒕𝟐
𝒚(𝒕) = 𝒗𝟎𝒚 𝒕 −
𝟐
Igualando a ordenada do ponto de encontro das trajetórias:
𝒚𝟏 (𝒕𝟏 ) = 𝒚𝟐 (𝒕𝟐 )
𝒈𝒕𝟐𝟏 𝒈𝒕𝟐𝟐
𝒗𝟎 𝐬𝐞𝐧 𝜶 𝒕𝟏 − = 𝒗𝟎 𝐬𝐞𝐧 𝜷 𝒕𝟐 − (𝒆𝒒. 𝟒)
𝟐 𝟐
Substituindo (3) em (4), obtemos:
𝒈𝒕𝟐𝟏 𝒗𝟎 𝐬𝐞𝐧 𝜷 𝐜𝐨𝐬 𝜶 𝒕𝟏 𝒈𝒕𝟐𝟏 𝐜𝐨𝐬𝟐 𝜶
𝒗𝟎 𝐬𝐞𝐧 𝜶 𝒕𝟏 − = −
𝟐 𝐜𝐨𝐬 𝜷 𝟐 𝐜𝐨𝐬𝟐 𝜷
𝟐 𝐜𝐨𝐬 𝟐 𝜷 𝒗𝟎 (𝐬𝐞𝐧 𝜷 𝐜𝐨𝐬 𝜶 − 𝐬𝐞𝐧 𝜶 𝐜𝐨𝐬 𝜷)
𝒕𝟏 =
𝒈(𝐜𝐨𝐬𝟐 𝜶 − 𝐜𝐨𝐬 𝟐 𝜷)
𝟐 𝐜𝐨𝐬 𝟐 𝜷 𝒗𝟎 𝐬𝐞𝐧(𝜷 − 𝜶)
𝒕𝟏 = (𝒆𝒒. 𝟑)
𝒈(𝐜𝐨𝐬 𝟐 𝜶 − 𝐜𝐨𝐬𝟐 𝜷)
Voltando a expressão que queremos calcular:
𝑻𝟏 𝒕𝟏 + 𝑻𝟐 𝒕𝟐
Substituindo (1) e (2), obtemos:
𝒗𝟎
𝑻𝟏 𝒕𝟏 + 𝑻𝟐 𝒕𝟐 = (𝐬𝐞𝐧 𝜶 𝒕𝟏 + 𝐬𝐞𝐧 𝜷 𝒕𝟐 )
𝒈
Substituindo (3):
𝒗𝟎 𝐬𝐞𝐧 𝜷 𝐜𝐨𝐬 𝜶 𝒕𝟏
𝑻𝟏 𝒕𝟏 + 𝑻𝟐 𝒕𝟐 = (𝐬𝐞𝐧 𝜶 𝒕𝟏 + )
𝒈 𝐜𝐨𝐬 𝜷
𝒗𝟎 𝒕𝟏
𝑻𝟏 𝒕𝟏 + 𝑻𝟐 𝒕𝟐 = (𝐬𝐞𝐧 𝜶 𝐜𝐨𝐬 𝜷 + 𝐬𝐞𝐧 𝜷 𝐜𝐨𝐬 𝜶)
𝒈 𝐜𝐨𝐬 𝜷
𝒗𝟎 𝒕𝟏 𝐬𝐞𝐧(𝜷 + 𝜶)
𝑻𝟏 𝒕𝟏 + 𝑻𝟐 𝒕𝟐 =
𝒈 𝐜𝐨𝐬 𝜷
Por fim, substituindo (4), temos:
𝟐𝒗𝟐𝟎 𝐜𝐨𝐬 𝜷 𝐬𝐞𝐧(𝜷 + 𝜶) 𝐬𝐞𝐧(𝜷 − 𝜶)
𝑻𝟏 𝒕𝟏 + 𝑻𝟐 𝒕𝟐 =
𝒈𝟐 (𝐜𝐨𝐬𝟐 𝜶 − 𝐜𝐨𝐬𝟐 𝜷)
Nesse ponto é necessário o uso de identidades trigonométricas para que cheguemos à resposta.
Primeiramente lembre-se que:

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𝟐 𝐬𝐞𝐧 𝒂 𝐬𝐞𝐧 𝒃 = 𝐜𝐨𝐬(𝒂 − 𝒃) − 𝐜𝐨𝐬(𝒂 + 𝒃)


Utilizando essa identidade na multiplicação de senos que temos na equação, obtemos:
𝒗𝟐𝟎 𝐜𝐨𝐬 𝜷 (𝐜𝐨𝐬 𝟐𝜶 − 𝐜𝐨𝐬 𝟐𝜷)
𝑻𝟏 𝒕𝟏 + 𝑻𝟐 𝒕𝟐 =
𝒈𝟐 (𝐜𝐨𝐬𝟐 𝜶 − 𝐜𝐨𝐬𝟐 𝜷)
A última identidade que precisaremos é:
𝐜𝐨𝐬 𝟐𝒂 = 𝟐 𝐜𝐨𝐬𝟐 𝒂 − 𝟏
Voltando a expressão:
𝒗𝟐𝟎 𝐜𝐨𝐬 𝜷 (𝟐𝐜𝐨𝐬𝟐 𝜶 − 𝟏 − 𝟐𝐜𝐨𝐬𝟐 𝜷 + 𝟏)
𝑻𝟏 𝒕𝟏 + 𝑻𝟐 𝒕𝟐 =
𝒈𝟐 (𝐜𝐨𝐬𝟐 𝜶 − 𝐜𝐨𝐬𝟐 𝜷)
𝟐𝒗𝟐𝟎
𝑻𝟏 𝒕𝟏 + 𝑻𝟐 𝒕𝟐 = 𝟐
𝒈
Gabarito: B
Questão 20.
(ITA-2018) A partir de um mesmo ponto a uma certa altura do solo, uma partícula é lançada
sequencialmente em três condições diferentes, mas sempre com a mesma velocidade inicial 𝒗𝟎 .
O primeiro lançamento é feito no vácuo e o segundo, na atmosfera com ar em repouso. O terceiro
é feito na atmosfera com ar movimentado cuja velocidade em relação ao solo é igual ao módulo,
direção e sentido à velocidade 𝒗𝟎 . Para os três lançamentos, designando-se respectivamente de
𝒕𝟏 , 𝒕𝟐 e 𝒕𝟑 os tempos de queda das partículas e de 𝒗𝟏 , 𝒗𝟐 e 𝒗𝟑 os módulos de suas respectivas
velocidades ao atingir o solo, assinale a alternativa correta.
a) 𝒕𝟏 < 𝒕𝟑 < 𝒕𝟐 ; 𝒗𝟏 > 𝒗𝟑 > 𝒗𝟐 .
b) 𝒕𝟏 < 𝒕𝟑 = 𝒕𝟐 ; 𝒗𝟏 > 𝒗𝟑 > 𝒗𝟐 .
c) 𝒕𝟏 = 𝒕𝟑 < 𝒕𝟐 ; 𝒗𝟏 = 𝒗𝟑 > 𝒗𝟐 .
d) 𝒕𝟏 < 𝒕𝟐 < 𝒕𝟑 ; 𝒗𝟏 = 𝒗𝟑 > 𝒗𝟐 .
e) 𝒕𝟏 < 𝒕𝟑 = 𝒕𝟐 ; 𝒗𝟏 > 𝒗𝟑 = 𝒗𝟐 .
Comentários:
Quando há atmosfera a partícula sofre uma força resistiva, diminuindo sua velocidade, assim 𝒗𝟏
é a maior das velocidades. Essa força resistiva é proporcional a velocidade relativa entre a
partícula e o ar, assim podemos deduzir que ela é menor no caso 3 em relação ao 2. Como a
partícula sofreu uma desaceleração de menor intensidade em 3, temos que sua velocidade é
maior nesse caso (em relação a 2). Assim podemos escrever:
𝒗𝟏 > 𝒗𝟑 > 𝒗𝟐
O tempo que a partícula leva para chegar ao solo depende apenas de sua velocidade vertical. Note
que a força de resistência do ar atrasa a partícula, mas, como foi discutido anteriormente, essa
força depende da velocidade relativa entre a partícula e o ar, como o ar só se move na horizontal
a componente vertical da velocidade relativa entre eles é a mesma no caso 2 e 3, logo:
𝒕𝟏 < 𝒕𝟑 = 𝒕𝟐

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Gabarito: B
Questão 21.
Uma partícula é lançada obliquamente, a partir de uma altura 𝟑𝒉 (ver figura). Sabe-se que o
ângulo de disparo vale 𝜽. Nestas condições, se a maior altura atingida acima do ponto de projeção
é 𝒉, então distância horizontal 𝒅 percorrida pela partícula, imediatamente antes de atingir o solo
(ponto 𝑩) é:

a) 𝟐𝒉 𝐬𝐞𝐧 𝜽.
b) 𝟒𝒉 𝐜𝐨𝐬 𝜽.
c) 𝟔𝒉 𝐜𝐨𝐭 𝜽.
d) 𝟖𝒉 𝐭𝐚𝐧 𝜽.
e) 𝟖𝒉 𝐬𝐞𝐜 𝜽.
Comentários:
Por Torricelli na vertical entre o ponto inicial e o ponto mais alto, temos que:
𝒗𝟐𝒚 = (𝒗𝟎 ∙ 𝒔𝒆𝒏𝜽)𝟐 − 𝟐 ∙ 𝒈 ∙ 𝒉
𝒗𝒚 = 𝟎
𝟏
𝒗𝟎 = √𝟐𝒈𝒉
𝐬𝐞𝐧 𝜽
Logo a equação da parábola dessa partícula é dada por:
𝒈𝒙𝟐
𝒚(𝒙) = 𝟑𝒉 + 𝒙 𝐭𝐚𝐧 𝜽 − 𝟐
𝟏
𝟐( √𝟐𝒈𝒉 ) 𝐜𝐨𝐬𝟐 𝜽
𝐬𝐞𝐧 𝜽
Imediatamente antes de atingir o solo temos 𝒚 = 𝟎, logo:
𝒚 (𝒅 ) = 𝟎
𝒅𝟐 𝐭𝐚𝐧𝟐 𝜽
𝟑𝒉 + 𝒅 𝐭𝐚𝐧 𝜽 − =𝟎
𝟒𝒉
A equação acima tem as soluções 𝒅 = 𝟔𝒉 𝐜𝐨𝐭 𝜽 e 𝒅 = −𝟐𝒉 𝐜𝐨𝐭 𝜽. O valor negativo seria o que
encontraríamos prolongando a parábola para a esquerda.
Gabarito: C
Questão 22.

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(ITA) O esquema indica a trajetória de um objeto que foi lançado obliquamente do ponto (𝑷), a
partir do solo e passa rente à bandeira de altura 𝒉, e finalmente atingindo o ponto (𝑴). Pode-se
afirmar que a altura 𝑯 máxima atingida pelo objeto, em função de 𝒂, 𝒃 e 𝒉 vale:

𝒉(𝒃+𝟐𝒂)𝟐
a) 𝑯 = .
𝟐𝒂𝒃
𝒉(𝒃+𝒂)𝟐
b) 𝑯 = .
𝟒𝒂𝒃
𝒉(𝟐𝒃+𝒂)𝟐
c) 𝑯 = .
𝟒𝒂𝒃
𝒉(𝒃−𝒂)𝟐
d) 𝑯 = .
𝟐𝒂𝒃
𝒉(𝟐𝒃−𝒂)𝟐
e) 𝑯 = .
𝟐𝒂𝒃

Comentários:
Por Torricelli, temos que a altura máxima é dada por:
𝟎𝟐 = (𝒗𝟎 ∙ 𝒔𝒆𝒏𝜽)𝟐 − 𝟐 ∙ 𝒈 ∙ 𝑯𝒎𝒂𝒙
𝒗𝟐𝟎 𝐬𝐞𝐧𝟐 𝜽
𝑯𝒎𝒂𝒙 =
𝟐𝒈
Devemos determinar a velocidade inicial e o ângulo de lançamento pelos dados do problema.
Além disso o alcance do lançamento é dado por:
𝟐𝒗𝟐𝟎 𝐬𝐞𝐧 𝜽 𝐜𝐨𝐬 𝜽
𝑨= = 𝒂 + 𝒃 (𝒆𝒒. 𝟏)
𝒈
Isolando a velocidade inicial:
𝒈(𝒂 + 𝒃)
𝒗𝟐𝟎 = (𝒆𝒒. 𝟐)
𝟐 𝐬𝐞𝐧 𝜽 𝐜𝐨𝐬 𝜽
Escrevendo a equação da parábola:
𝒈𝒙𝟐 𝟐
𝒚(𝒙) = 𝒙 𝐭𝐠 𝜽 − 𝟐 (𝟏 + 𝒕𝒈 𝜽)
𝟐𝒗𝟎
O problema nos fornece que 𝒚(𝒃) = 𝒉, assim:
𝒈𝒃𝟐
𝒉 = 𝒃 𝐭𝐠 𝜽 − 𝟐 (𝟏 + 𝒕𝒈𝟐 𝜽)
𝟐𝒗𝟎

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Substituindo (2) na equação acima nos rende:


𝒃𝟐
𝒉 = 𝒃 𝐭𝐠 𝜽 − (𝟏 + 𝒕𝒈𝟐 𝜽)
𝒂+𝒃
(𝒂 + 𝒃 )𝒉
𝐭𝐠 𝜽 = (𝒆𝒒. 𝟑)
𝒂𝒃
Voltaremos à equação (1):
𝟐𝒗𝟐𝟎 𝐬𝐞𝐧 𝜽 𝐜𝐨𝐬 𝜽
= 𝒂+𝒃
𝒈
Para reescrevê-la:
𝟐𝒗𝟐𝟎 𝐬𝐞𝐧𝟐 𝜽
=𝒂+𝒃
𝒈 𝐭𝐠 𝜽
𝒗𝟐𝟎 𝐬𝐞𝐧𝟐 𝜽 (𝒂 + 𝒃) 𝐭𝐠 𝜽
=
𝟐𝒈 𝟒
Substituindo (3) na equação acima e notando que o lado esquerdo dela é 𝑯𝒎𝒂𝒙 , representado no
início, temos:
(𝒂 + 𝒃 )𝟐 𝒉
𝑯𝒎𝒂𝒙 =
𝟒𝒂𝒃
Gabarito: B
Questão 23.
Um corpo foi lançado com uma velocidade inicial 𝒗𝟎 , formando um ângulo 𝜶 com a horizontal.
Qual é o tempo de duração do voo? Em qual distância do local de lançamento cairá o corpo? Para
qual valor de ângulo 𝜶 a longitude de voo será a maior?
Em qual altura estará o corpo após um intervalo de tempo 𝝉 desde o início do movimento? Quais
serão a grandeza e direção da velocidade do corpo nesse instante? Considerar 𝝉 maior do que o
tempo de ascensão do corpo até uma altura máxima. A resistência do ar é desprezada.
Comentários:
Na vertical temos um movimento com aceleração constante, logo:
𝒗𝒚 = 𝒗𝟎𝒚 − 𝒈𝒕
No fim do movimento sua velocidade vertical deverá ser igual a inicial (pode-se deduzir isso por
simetria do problema físico), mas com o sentido oposto, assim seu tempo de voo é dado por:
−𝒗𝟎𝒚 = 𝒗𝟎𝒚 − 𝒈𝒕𝒗𝒐𝒐
𝟐𝒗𝟎𝒚
𝒕𝒗𝒐𝒐 =
𝒈
𝟐𝒗𝟎 𝐬𝐞𝐧 𝜶
𝒕𝒗𝒐𝒐 =
𝒈
O movimento horizontal da partícula apresenta velocidade constante, assim:

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𝒙(𝒕) = 𝒗𝟎𝒙 𝒕
Como a longitude do voo é a distância horizontal percorrida até o fim da queda:
𝒗𝟐𝟎 𝐬𝐞𝐧 𝟐𝜶
𝑨 = 𝒙(𝒕𝒗𝒐𝒐 ) =
𝒈
Essa expressão tem seu valor máximo quando o seno é igual a 1, considerando que o ângulo de
lançamento é um ângulo entre 𝟎 e 𝟗𝟎°, devemos ter:
𝟐𝜶𝒄𝒓í𝒕𝒊𝒄𝒐 = 𝟗𝟎°
𝜶𝒄𝒓í𝒕𝒊𝒄𝒐 = 𝟒𝟓°
A equação horária da posição vertical da partícula é dada por:
𝒈𝒕𝟐
𝒚(𝒕) = 𝒗𝟎𝒚 𝒕 −
𝟐
Após se passar um tempo 𝝉, teremos:
𝒈𝝉𝟐
𝒉 = 𝒗𝟎 𝐬𝐞𝐧 𝜶 𝝉 − (𝒆𝒒. 𝟏)
𝟐
Por Torricelli, temos que:

𝒗(𝝉) = √𝒗𝟐𝟎 − 𝟐𝒈𝒉

Lembre-se que a velocidade horizontal do corpo se mantém constante durante todo o trajeto,
desse modo apresentando a seguinte configuração:

A direção da velocidade é determinada por 𝜽:


𝒗𝟎 ⋅ 𝐜𝐨𝐬 𝜶 𝒗𝟎 ⋅ 𝐜𝐨𝐬 𝜶 𝐜𝐨𝐬 𝜶
𝐜𝐨𝐬 𝜽 = = =
𝒗(𝝉)
𝟐𝒈𝒉 𝟐𝒈𝒉
𝒗𝟎 √ 𝟏 − 𝟐 √𝟏 − 𝟐
𝒗𝟎 𝒗𝟎

Onde 𝒉 é dado por (1).


𝟐𝒗𝟎 𝐬𝐞𝐧 𝜶 𝒗𝟐
𝟎 𝐬𝐞𝐧 𝟐𝜶 𝒈𝝉𝟐
Gabarito: 𝒕𝒗𝒐𝒐 = , 𝑨 = 𝒙(𝒕𝒗𝒐𝒐 ) = , 𝜶𝒄𝒓í𝒕𝒊𝒄𝒐 = 𝟒𝟓°, 𝒉 = 𝒗𝟎 𝐬𝐞𝐧 𝜶 𝝉 − , 𝒗(𝝉) =
𝒈 𝒈 𝟐

√𝒗𝟐𝟎 − 𝟐𝒈𝒉

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TÓPICO ESPECIAL: PARÁBOLA DE SEGURANÇA


ATENÇÃO:
Este tópico é um tópico de aprofundamento. Caso não queira ver, não se sinta culpado. Para a
matar a curiosidade de alguns alunos, resolvi colocar esse tópico.

Mas afinal, o que é a parábola de segurança?


Imagine que você deseja lançar um objeto da origem de um sistema de coordenadas cartesianas
⃗ 𝟎 . Dessa forma, você decide variar o ângulo de
𝑶𝒙𝒚, e seu braço se limita apenas a velocidade 𝒗
lançamento para observar a região de espaço onde será possível seu objeto cair.
Sabemos que quando você lança o objeto, a trajetória dele será uma parábola dada por:
𝒈(𝟏 + 𝒕𝒈𝟐 𝜽) 𝟐
𝒚 = 𝒙. 𝒕𝒈𝜽 − .𝒙
𝟐𝒗𝟐𝟎
Assim, o conjunto de parábolas possíveis serão:

Figura 8: Família de parábola possíveis com uma determinada velocidade inicial constante.

Nessa figura, representamos as parábolas simétricas em relação ao eixo 𝑶𝒚 da mesma cor


e de acordo com a equação da trajetória, variamos o ângulo de lançamento a partir de 15° até
170°, em intervalos de 15° e encontramos está família de parábolas. Claro que existem infinitas
parábolas nesse conjunto de lançamento, mas usamos apenas essa para mostrar onde queremos
chegar.
Ao analisar essas parábolas, vemos que existe uma região no espaço onde elas estão
inseridas. Mas que região seria essa?
Essa pergunta está atrelada a outra pergunta: que ponto do plano, um observador pode
ficar parado no ponto 𝑷 e não ser atingido pelo objeto?

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Como o lançador está limitado a uma velocidade 𝒗 ⃗ 𝟎 , isto é, essa é a maior velocidade que o seu
braço pode lançar o corpo, podemos apenas variar o ângulo. Assim, devemos achar os possíveis
valores de ângulo de lançamento para atingir nosso observador:
𝒈(𝟏 + 𝒕𝒈𝟐 𝜽) 𝟐
𝒚 = 𝒙 ∙ 𝒕𝒈𝜽 − ∙𝒙
𝟐𝒗𝟐𝟎
Como sabemos que o observador está em um ponto conhecido 𝑷(𝒙𝒑 , 𝒚𝑷 ), vamos aplicar a
equação da parábola e isolar 𝒕𝒈𝜽:
𝟐𝒗𝟐 𝟐∙𝒗𝟐
𝟎 ∙𝒚𝑷
(𝒕𝒈𝜽)𝟐 − ( 𝟎
) ∙ 𝒕𝒈𝜽 + (𝟏 + ) = 𝟎 eq. (a)
𝒈.𝒙𝑷 𝒈∙𝒙𝟐
𝑷

Assim, temos uma equação do segundo grau para as tangentes de 𝜽 e, por isso, existem algumas
possíveis soluções para encontrarmos 𝜽:
a) Caso 𝚫 > 𝟎: se o discriminante da eq. (a) for maior que zero, isso implica dois possíveis
ângulos de lançamentos que irão atingir o observador.

Figura 9: Caso em que existem dois possíveis lançamento para atingir o observador. O ponto está dentro da região de risco.

b) Caso 𝚫 < 𝟎: se o discriminante da eq. (a) for menor que zero, não existe solução real
para a equação, isto é, não existem ângulos que satisfaçam nossa equação. Então, não
importa a forma como atirar o objeto com a velocidade 𝒗 ⃗ 𝟎 , não será possível atingir o
observador. Dizemos que ele está em uma zona de segurança, pois nunca será atingido.

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Figura 10: Ponto P na zona de segurança, isto é, não pode ser atingido pelo objeto.

c) Caso 𝚫 = 𝟎: se o discriminante é igual a zero, temos apenas um único ângulo de disparo


que irá atingir o observador. Então podemos encontrar a equação do conjunto dos
pontos que terão essa propriedade:
𝟐
𝟐𝒗𝟐𝟎 𝟐 ∙ 𝒗𝟐𝟎 ∙ 𝒚𝑷
(𝒕𝒈𝜽) − ( ) ∙ 𝒕𝒈𝜽 + (𝟏 + )=𝟎
𝒈. 𝒙𝑷 𝒈 ∙ 𝒙𝟐𝑷
𝟐
𝟐𝒗𝟐𝟎 𝟐 ∙ 𝒗𝟐𝟎 ∙ 𝒚𝑷
𝚫=𝟎⇒( ) − 𝟒 ∙ (𝟏 + )=𝟎
𝒈. 𝒙𝑷 𝒈 ∙ 𝒙𝟐𝑷
𝒗𝟐𝟎 𝒈
∴ 𝒚𝒑 = − 𝟐 ∙ 𝒙𝟐𝒑
𝟐 ∙ 𝒈 𝟐 ∙ 𝒗𝟎
Esse resultado mostra que existe um conjunto de pontos que definem outra parábola,
onde só existe um ponto de alcance do objeto, trata-se da Parábola de Segurança (parábola
vermelha do gráfico a seguir). Ela define o limite da zona atingida pelo objeto e a zona de
segurança. Vemos também que ela é a envoltória para nossa família de parábolas, isto é,
as parábolas podem tocar nela apenas uma vez, como mostra a figura abaixo:

AULA 04 – CINEMÁTICA VETORIAL E LANÇAMENTOS OBLÍQUOS 149


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Parábola de Segurança não é a equação da trajetória do corpo. Ela é apenas uma envoltória de todas as
possíveis trajetórias, delimitando a região do espaço de segurança e região atingida pelo corpo.

Se o observador está na parábola de segurança, a eq. (a) tem 𝚫 = 𝟎 e apenas uma solução,
dado por:
𝟐𝒗𝟐𝟎 𝟐 ∙ 𝒗𝟐𝟎 ∙ 𝒚𝑷
(𝒕𝒈𝜽 )𝟐 −( ) ∙ 𝒕𝒈𝜽 + (𝟏 + )=𝟎
𝒈. 𝒙𝑷 𝒈 ∙ 𝒙𝟐𝑷
𝟐𝒗𝟐𝟎
𝒃 (− )
𝒈 ∙ 𝒙𝑷
𝒕𝒈𝜽 = − =−
𝟐𝒂 𝟐∙𝟏
𝒗𝟐𝟎
𝒕𝒈𝜽 =
𝒈 ∙ 𝒙𝑷
Desta forma, podemos otimizar o ângulo de disparo para atingir o observador. Repare que
depende apenas da posição 𝒙𝑷 , uma vez que a velocidade está limitada ao lançador e a gravidade
é suposta constante.

Exemplo:
Um jogador de basquete está parado a 𝟒√𝟑 𝒎 da base da cesta e consegue lançar a
bola com uma velocidade inicial de 𝟏𝟎 𝒎/𝒔. Qual pode ser a altura mais alta atingida
pela bola, quando ela passa pela vertical onde está o aro? Com qual ângulo deve ser
arremessada a bola para que possa atingir essa altura máxima?
Comentários:

AULA 04 – CINEMÁTICA VETORIAL E LANÇAMENTOS OBLÍQUOS 150


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A máxima altura alcançada pela bola na reta vertical, que contém o aro da cesta, será
a ordenada de um ponto que está na parábola de segurança, quando 𝒙𝑷 = 𝟒√𝟑.
Pela equação da parábola de segurança, temos que:
𝒗𝟐 𝒈
𝒚𝒑 = 𝟎
− ∙ 𝒙𝟐𝒑
𝟐∙𝒈 𝟐∙𝒗𝟐
𝟎
(𝟏𝟎)𝟐 𝟏𝟎 𝟐
𝒚𝑷 = − ∙ (𝟒√𝟑)
𝟐∙𝟏𝟎 𝟐∙(𝟏𝟎)𝟐
𝒚𝑷 = 𝟐, 𝟔 𝒎
O ângulo de lançamento é dado por:
𝒗𝟐
𝟎
𝒕𝒈𝜽 =
𝒈∙𝒙𝑷
𝟏𝟎𝟐 𝟓√𝟑
𝒕𝒈𝜽 = =
𝟏𝟎∙𝟒√𝟑 𝟔
𝟓√𝟑
𝜽 = 𝒂𝒓𝒄𝒕𝒈 ( )
𝟔
𝜽 ≅ 𝟓𝟓, 𝟑°

Outro problema clássico quando tratamos desse assunto é atingir um alvo usando a
velocidade mínima de disparo.

Exemplo:
Um jovem Padawan jogando futebol está frente ao goleiro adversário e decide fazer o
famoso “gol de cobertura”. Ele está a 𝟓 𝒎 do goleiro e o defensor consegue pegar a
bola até uma altura de 𝟑 𝒎. Considerando 𝒈 = 𝟏𝟎 𝒎/𝒔𝟐 e desprezando os efeitos do
ar, qual deve ser a mínima bola para que o jovem Padawan consiga encobrir o goleiro,
de tal forma que o defensor quase consiga fazer evitar o gol.
Comentários:
Neste caso, a bola deve ser lançada de tal forma que o goleiro não consiga chegar nela,
isto é, ela deve ser lançada num ponto que caía fora da parábola de segurança, na zona
de segurança, pois tira qualquer chance de o goleiro alcançar a bola. Por outro lado,
queremos a velocidade mínima, então, basta impor que as luvas do goleiro podem
alcançar apenas o ponto (𝟓, 𝟑) e que este ponto está na nossa parábola de segurança.
Assim, temos que:
𝒗𝟐 𝒈
𝒚𝒑 = 𝟎
− ∙ 𝒙𝟐𝒑
𝟐∙𝒈 𝟐∙𝒗𝟐
𝟎
𝒗𝟐 𝟏𝟎
𝟑= 𝟎
− ∙ 𝟓𝟐
𝟐∙𝟏𝟎 𝟐∙𝒗𝟐
𝟎
𝟐
(𝒗𝟐𝟎 ) − 𝟔𝟎𝒗𝟐𝟎 − 𝟐𝟓𝟎𝟎 = 𝟎
𝟔𝟎±√𝟔𝟎𝟐 −𝟒∙𝟏∙(−𝟐𝟓𝟎𝟎)
𝒗𝟐𝟎 =
𝟐∙𝟏
Somente interessa 𝒗𝟐𝟎 > 𝟎, então:
𝟔𝟎+𝟐𝟎√𝟑𝟒
𝒗𝟐𝟎 = = 𝟑𝟎 + 𝟏𝟎√𝟑𝟒
𝟐
Portanto, o módulo da velocidade deve ser:

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𝒗𝟎 = √𝟑𝟎 + 𝟏𝟎√𝟑𝟒
𝒗𝟎 ≅ 𝟗, 𝟒 𝒎/𝒔

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Considerações finais

Querido aluno(a),
Se as dúvidas persistirem, não se esqueça de acessar o Fórum de Dúvidas! Responderei suas
dúvidas o mais rápido possível!

Você também pode me encontrar nas redes sociais!


Conte comigo,
Vinícius Fulconi

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