Você está na página 1de 125

AFA

2024

AULA 07
Introdução ao Magnetismo

Prof. Toni Burgatto


Prof. Toni Burgatto

Sumário
Introdução 3

1. Magnetismo 4

1.1. O campo magnético 6

1.2. A experiência de Oersted 9


1.2.1. Regra da mão direita (RMD) 11

1.3. A lei de Briot-Savart-Laplace 11


1.3.1. Indução magnética no centro de uma espira circular 15
1.3.2. Indução magnética devido a um solenoide e toroide 19

2. Interação magnética 26

2.1. Módulo da força magnética 27

2.2. Orientação da força magnética 28

2.3. As propriedades da força magnética sobre uma partícula 29

2.4. O movimento das partículas com carga elétrica em um campo magnético homogêneo. 30
2.4.1. Retilínea 30
2.4.2. Circunferência 30
2.4.3. Helicoidal 33

2.5. Força magnética expressa na forma vetorial 35

2.6. Efeito Hall 36

3. Lista de questões nível 1 38

4. Gabarito sem comentários nível 1 54

5. Lista de questões nível 1 comentada 55

6. Lista de questões nível 2 80

7. Gabarito sem comentários nível 2 89

8. Lista de questões nível 2 comentada 90

9. Lista de questões nível 3 112

10. Gabarito sem comentários nível 3 115

2
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

11. Lista de questões nível 3 comentada 116

12. Referências bibliográficas 125

13. Considerações finais 125

Introdução
Nesta aula vamos iniciar os estudos sobre o Magnetismo. Faremos algumas considerações iniciais
e estudaremos a experiência de Oersted. Além disso, veremos como é a interação de uma carga elétrica
em uma região onde existe um campo magnético.

Após a experiência de Oersted, estudaremos como determinar a indução magnética gerada pelos
condutores com corrente. Para isso, enunciaremos a Lei de Briot-Savart-Laplace. É legal tentar entender
a construção da demonstração da intensidade do vetor indução magnética por essa lei, mas sem gastar
muito tempo, caso não esteja entendendo muito bem.

Estes assuntos não são comuns no ensino médio. Por isso, peço que estude com calma e não se
prenda aos rigores do Cálculo. Só os resultados são importantes.

Além disso, estudaremos a interação da carga eletrizada em um campo magnético. Tenha as


propriedades da interação bem consolidadas, pois os nossos vestibulares adoram cobrar esta parte com
questões que realmente provam se o aluno entendeu as definições. Preste atenção em Lei de Lenz,
movimento helicoidal e movimento circular.

Conte comigo nessa jornada. Quaisquer dúvidas, críticas ou sugestões entre em contato pelo
fórum de dúvidas do Estratégia ou se preferir:

@proftoniburgatto

3
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

1. Magnetismo
Chamamos de magnetismo a propriedade que certas substâncias apresentam, em especial, alguns
minérios de ferro, cobalto e níquel, de atrair alguns corpos como pedacinhos de ferro, por exemplo. O
primeiro material com propriedades magnéticas observadas pelo homem na natureza foi a magnetita,
Fe3 O4 , que possui o magnetismo em forma natural e é um material sólido natural metálico que pode
atrair ferro.

Alguns metais, quando submetidos a um processo chamado imantação, transformam-se em ímãs.


São denominados ímãs artificiais.

Quando colocamos limalha de ferro próximo a um ímã em forma de barra, observa-se que a
limalha é mais fortemente atraída pelas regiões extremas do ímã. Chamamos essas regiões de polos do
ímã.

Os ímãs permanentes possuem as mais variadas formas, de acordo com a sua utilização:

Figura 1: Representações de ímãs.

Quando suspendemos um ímã de barra pelo seu centro de gravidade com um fio, de tal maneira
que pode girar livremente por esse ponto. Observa-se que a barra sempre se orienta em uma mesma
direção.

Tal direção coincide, aproximadamente, com as orientações norte e sul da Terra. Por isso, os polos
de um ímã são chamados de polo norte e polo sul.

Figura 2: Ímã se orientando de acordo com o campo magnético terrestre.

Essa propriedade mostra a existência do campo magnético terrestre. Além disso, podemos
construir as bússolas, instrumento formado por uma agulha magnética, que são capazes de orientar o
homem geograficamente.

4
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

Figura 3: Orientação de uma bússola com o campo magnético terrestre.

O fato de a agulha magnética apontar para o polo norte geográfico é porque no polo norte
geográfico existe um polo sul magnético. Consequentemente, no polo sul geográfico existe um polo
norte magnético. Vale lembrar que os polos geográficos e os polos magnéticos da Terra não estão
exatamente no mesmo local, como na figura abaixo.

Figura 4: Representação simplificada do campo magnético terrestre. O polo sul magnético terrestre está próximo do polo norte geográfico.
Assim, o polo norte magnético terrestre está próximo do polo sul geográfico.

Outra propriedade dos ímãs consiste na inseparabilidade dos polos magnéticos. Quando dividimos
um ímã ao meio, produzimos outros dois ímãs com seus respectivos polos norte e sul, como na figura
abaixo.

Figura 5: Princípio da inexistência do monopolo magnético.

Dessa forma, é impossível obter um ímã com somente um polo magnético, semelhante a um corpo
carregado com uma carga um único sinal. Além disso, ao manusear dos ímãs de polos magnéticos bem
conhecidos, facilmente você observará que:

Polos magnéticos de mesmo nome se repelem e de nomes diferentes se atraem.

Figura 6: Interação magnética entre polos.

5
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

1.1. O campo magnético

Um ímã cria uma região de influências, que se manifestam tanto em outros ímãs quanto em alguns
materiais. Denominamos essa região por campo magnético e representamos, matematicamente, pelo
vetor indução magnética 𝐵 ⃗ , cuja unidade no SI é o tesla (𝑇).

Neste momento, iremos apenas definir a direção e o sentido de 𝐵⃗ . Para definir as linhas de força
é necessário utilizar um elemento sensível ao campo. Para o caso do campo magnético deve ser usado
uma agulha magnética.

Ao colocar uma série de agulhas dispostas sequencialmente ao redor de um ímã e fazendo


coincidir o polo norte de um com o polo sul da seguinte, podemos definir a linha de força como na figura
abaixo.

Figura 7: Orientação das linhas de força do campo magnético.

O sentido das linhas de força é determinado pela direção estabelecida pelo polo norte da agulha
magnética. Por isso, observa-se que as linhas de indução magnética saem do polo norte e entram no polo
sul. Nas linhas de indução, o vetor 𝐵 ⃗ tangencia as linhas em cada um de seus pontos e tem sentido
concordante com elas.

Figura 8: Orientação da indução magnética, dada as linhas de força.

⃗ de vetor campo magnético ou até mesmo de


É comum chamar o vetor indução magnética 𝐵
campo magnético.

6
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

Observações sobre as linhas de indução:

1) As linhas de indução do campo magnético de um ímã se estabelecem no seu interior, não


apenas no seu interior. Por isso, dizemos que as linhas são fechadas. E com isso, podemos
enunciar a Lei de Gauss do magnetismo:

Figura 9: Representação das linhas de força perfurando cada um dos contornos fechados A, C e D.

Se as letras A, C e D indicam superfícies fechadas, note que o número de linhas de campo


magnético que atravessam qualquer uma das três superfícies A, C e D de fora para dentro
é igual ao número de linhas de campo que passam de dentro para a fora, de modo que o
fluxo magnético total, para cada superfície, é nulo. Tal fato comprova a inexistência do
monopolo magnético, como na figura abaixo:

Figura 10: As linhas de força no interior do ímã se orientam do sul para o norte.

Note que as linhas de indução na região externa ao ímã, por convenção, saem do norte para o sul,
mas na região interna elas se orientam do sul para o norte.

⃗ teria
2) As linhas de indução magnética nunca se cruzam. Caso isso acontecesse, o vetor 𝐵
duas orientações possíveis, gerando um absurdo.

7
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

Figura 11: As linhas de força nunca se cruzam. Se elas se cruzassem, geraria um absurdo.

Lembre-se que essa propriedade também existe com relação às linhas de força de um campo
elétrico.

3) Quando representamos um conjunto de linhas de indução, a região onde a concentração


de linhas (densidade de linhas) é mais intensa é onde o campo magnético é mais intenso.
Tal fato ocorre nas proximidades dos polos do ímã.

Um campo magnético que possui vetor indução magnética de mesma intensidade em todos os
pontos, a mesma direção e o mesmo sentido é denominado campo magnético uniforme. Para atender
essas restrições, as linhas de indução de um campo magnético uniforme são retas, paralelas, igualmente
orientadas e igualmente espaçadas.

Podemos ter uma boa aproximação de um campo magnético uniforme na região entre duas faces
polares norte e sul próximas, como na figura abaixo:

Figura 12: Campo magnético uniforme ou homogêneo.

Quando colocamos um pequeno ímã no interior de um campo magnético uniforme de indução


⃗ , o campo exerce forças magnéticas nos polos do ímã. Verifica-se experimentalmente que a
magnética 𝐵
força magnética sobre o polo norte tem o mesmo sentido do vetor 𝐵⃗ e a força magnética sobre o polo sul
⃗ e ainda, essas forças possuem a mesma intensidade.
tem sentido contrário ao de 𝐵

Figura 13: Ao inserir um ímã com as polaridades dispostas como na imagem, as forças magnéticas nos polos do ímã levarão a um equilíbrio
estável, quando ele está submetido a um campo magnético homogêneo.

Em Magnetismo, é comum usarmos uma bolinha com um ponto para representar o vetor saindo
do plano da folha e uma bolinha com uma “cruzinha”.

8
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

Figura 14: Representação de vetores saindo e entrando do plano da folha.

1.2. A experiência de Oersted

Hans Christian Oersted (1777 – 1851), professor de filosofia natural na Universidade de


Copenhague, em 1807 iniciou os estudos a respeito da eletricidade em uma agulha magnética de uma
bússola.

A experiência de Oersted foi a seguinte: colocou um arrame por onde circulava uma corrente
elétrica em cima de uma bússola e observou que o polo norte da agulha se desviava para oeste.

Figura 15: Deflexão da bússola para oeste ao fechar a chave do circuito, quando o fio de arame está em cima da bússola.

A partir desses resultados, Oersted conclui que a agulha imantada da bússola só poderia se mover
pois ela sofreu ação de uma força magnética, e que a corrente elétrica no arame quem gerou esta força.
Assim, Oersted deduziu que a corrente elétrica produziu o efeito magnético.

Consequentemente, o efeito magnético da corrente elétrica não estava apenas confinado no


interior do arame, mas em todo espaço ao redor do fio, onde estava inserida a agulha.

A conclusão da experiência de Oersted é que quando passa corrente elétrica por um condutor, em
torno deste se estabelece um campo magnético.

Ampere fez passar uma corrente por uma bobina (solenoide), que é um conjunto de espiras
circulares com um eixo comum, e percebeu que o campo magnético estabelecido na bobina era
semelhante ao de um ímã de barra.

Figura 16: Se aproximarmos limalhas de ferro em um solenoide, elas terão forma semelhante ao aproximá-las de um ímã de barra, pois os
campos magnéticos são semelhantes.

9
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

Afinal, qual é a essência da experiência de Oersted? As partículas com carga elétrica em


movimento são as fontes do campo magnético.

Figura 17: Quando a carga elétrica está em repouso, temos apenas um campo elétrico associado a ela. Entretanto, quando a carga está em
movimento, se associa um campo elétrico e um campo magnético.

Assim, podemos dizer que para um condutor atravessado por uma corrente, o campo elétrico que
há em torno dele é consequência do movimento orientado dos elétrons livres.

Figura 18: Representação do campo magnético e da movimentação orientada dos elétrons livres no condutor.

Por volta de 1900, A. Einstein desenvolveu a leis do eletromagnetismo e, em 1905, em sua teoria
especial da relatividade demonstrou que o campo magnético é um efeito relativístico do campo elétrico.
A partir de agora, vamos representar o campo magnético que há em torno de um condutor sendo
atravessado por uma corrente utilizando as linhas de indução magnética.

Figura 19: Regra da mão direita para determinar a indução magnética, de acordo com as linhas de força.

De acordo com a orientação das agulhas magnéticas ao redor do fio, foi possível criar uma regra
prática para determinar o sentido das linhas de indução.

10
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

1.2.1. Regra da mão direita (RMD)


A regra que permite estabelecer o sentido das linhas que representam o campo magnético que
envolve um condutor percorrido por corrente é denominada regra da mão direita. Aplicamos a regra da
seguinte maneira:

O polegar da mão direita tem que estar orientado no sentido da corrente e os outros
4 dedos tem que envolver ou abraçar o condutor. A forma como se orienta estes
últimos será o sentido das linhas de indução magnética. A figura abaixo mostra como
se aplica a RMD.

Figura 20: Aplicação da regra da mão direita.

Deve-se ter em mente que as linhas de indução sempre envolvem o condutor seja reto seja curvo,
como veremos logo adiante em espira circular percorrida por corrente.

Figura 21: O campo dessa espira é chamado campo dipolar magnético, pois se assemelha também ao de um ímã de barra.

Observação: embora a regra da mão direita (RMD) tenha sido aplicada sabendo o sentido da
corrente elétrica e, com isso, determinamos o sentido das linhas de indução, podemos estabelecer o
sentido da corrente elétrica a partir das linhas de indução.

1.3. A lei de Briot-Savart-Laplace

Após termos estudado a origem do campo, a direção e o sentido, vamos aprender como calcula a
intensidade do vetor indução magnética.

A lei que se formula matematicamente para uma pequena porção de um condutor (Δ𝑙) percorrido
por uma corrente deve relacionar essas três características destacadas.

11
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

Figura 22: Desenho esquemático para a formulação da Lei de Briot-Savart-Laplace. O plano P contém o condutor a uma distância 𝑟.

Devido ao elemento pequeno do condutor de comprimento Δ𝑙, em 𝑃 se estabelece um elemento


de toda a indução magnética Δ𝐵, por causa da corrente elétrica atravessando o condutor e a magnitude
de Δ𝐵 é dada por:

𝜇0 ⋅ 𝐼 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(𝜃) ⋅ Δ𝑙
Δ𝐵𝑃 =
4𝜋𝑟 2

Em que:

 𝐼 é a corrente em ampere (A).

 𝑟 e Δ𝑙 são distâncias dadas em metro (m).

 𝐵𝑃 é a indução magnética em 𝑃 gerada pelo elemento Δ𝑙 percorrido por uma corrente.

 𝑏 é uma constante de proporcionalidade.

 𝜇0 é a permeabilidade magnética do vácuo. No SI, 𝜇0 vale 4𝜋 ⋅ 10−7 𝑇 ⋅ 𝑚/𝐴.

Na matemática do ensino superior, quando os elementos pequenos se levam ao limite, isto é,


tendem a zero, se transformam em elementos diferenciais. Portanto, a lei de B.S.L. se tornam:

𝜇0 ⋅ 𝐼 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(𝜃) ⋅ d𝑙
d𝐵𝑃 =
4𝜋𝑟 2

Observação: a indução magnética dada por 𝑑𝐵 ⃗ 𝑃 tem uma direção tal que é perpendicular à
distância 𝑟 e ao elemento condutor (d𝑙). Portanto, a indução magnética é perpendicular ao plano formado
pelo condutor e pela distância.

Em sua forma vetorial, a lei de B.S.L. é escrita como:

𝜇0 ⋅ 𝐼
⃗ =
𝑑𝐵 ⋅ 𝑑𝑙 × 𝑟
4𝜋𝑟 3

Como vemos pela expressão logo acima, para determinar a indução magnética em 𝑃 devido a todo
condutor, devemos somar a contribuição de cada elemento do condutor (𝑑𝑙), isto é, integrar a lei de
Briot-Savart-Laplace. Nosso objetivo aqui não é ficar resolvendo integrais, então vamos apenas mostrar
como aplica a lei e o resultado na maioria das vezes.

12
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

Quando aplicamos a lei de Briot-Savart-Laplace a um condutor reto finito, encontramos a seguinte


relação:

Figura 23: Condutor finito reto percorrido por uma corrente 𝐼.

O módulo da indução magnética em 𝐴 é expresso por:

𝜇0 ⋅ 𝐼
𝐵𝐴 = ⋅ [𝑠𝑒𝑛(𝛼) + 𝑠𝑒𝑛(𝛽)] (𝑒𝑞. 1)
4𝜋 ⋅ 𝑟

Observação: observe que 𝑟 é perpendicular a 𝐵 ⃗ 𝐴 e ao condutor. Dessa forma, o sentido que fixa
para os ângulos 𝛼 (horário) e 𝛽 (anti-horário), a partir de 𝑟, são considerados positivos. Do contrário,
devemos inserir na expressão com sinal negativo.

À medida que o comprimento do condutor aumenta, os segmentos que unem os extremos do fio
ao ponto 𝐴 se tornam cada vez mais próximos de serem paralelos ao condutor.

Figura 24: Condutor finito sendo extrapolado para um fio infinito.

Como podemos ver, os ângulos 𝛼 e 𝛽 tende a 90°:

𝛼 → 90°
{ ⇒ 𝑠𝑒𝑛(𝛼) = 𝑠𝑒𝑛(𝛽) = 1
𝛽 → 90°

13
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

Substituindo estes valores na equação 1, temos:

Figura 25: Indução magnética de um fio condutor infinito.

𝜇0 ⋅ 𝐼
𝐵𝐴 = ⋅ [𝑠𝑒𝑛(90°) + 𝑠𝑒𝑛(90°)]
4𝜋 ⋅ 𝑟

𝜇0 ⋅ 𝐼
𝐵𝐴 = (𝑒𝑞. 2)
2𝜋 ⋅ 𝑟

⃗ é inversamente proporcional a distância


Como podemos ver pela equação 2, a intensidade de 𝐵
𝑟.

Observe que pela regra da mão direita, se a corrente está entrando no plano da folha, as linhas de
campo possuem sentido horário. Por outro lado, se a corrente está saindo do plano da folha, então as
linhas de campo possuem sentido anti-horário, como na figura abaixo:

Figura 26: Sentido das linhas de campo de acordo com o sentido da corrente elétrica.

Obviamente, não precisamos decorar este resultado, basta apenas aplicar a regra da mão direita
envolvente. Se tomarmos um fio condutor muito longo e desejarmos o campo na direção radial no plano
⃗ será dada por:
que contém uma das extremidades, a intensidade de 𝐵

14
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

Figura 27: Calculo da indução magnética para um condutor semi-infinito.

𝛼 → 0 e 𝛽 → 90° ⇒ 𝑠𝑒𝑛(𝛼) ≈ 0 e 𝑠𝑒𝑛(𝛽) ≈ 1

𝜇0 ⋅ 𝐼 𝜇0 ⋅ 𝐼
𝐵𝐴 = ⋅ [𝑠𝑒𝑛(0) + 𝑠𝑒𝑛(90°)] ∴ 𝐵𝐴 =
4𝜋 ⋅ 𝑟 4𝜋 ⋅ 𝑟

Figura 28: Campo resultante no ponto A.

1.3.1. Indução magnética no centro de uma espira circular


Uma espira percorrida por uma corrente elétrica nada mais é que um dipolo magnético. Lembre-
se que o campo magnético associado a uma espira com corrente se assemelha a um ímã de barra, como
mostra a figura abaixo.

Figura 29: Representação das linhas de indução em uma espira circular.

Para aplicações futuras, tenha em mente que uma espira com corrente tem um norte e um sul
⃗ no centro da espira:
magnético. Aplicando a RMD, podemos determinar a orientação do vetor 𝐵

15
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

Figura 30: Indução magnética no centro da espira circular de acordo com a RMD.

⃗ é dada pela Lei de B.S.L. da seguinte forma:


O módulo de 𝐵

𝜇0 ⋅ 𝐼
𝑑𝐵 = ⋅ 𝑑𝑙 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(𝜃)
4𝜋 ⋅ 𝑟 2
Neste casso, 𝜃 = 90° e o comprimento da espira é de 2𝜋 ⋅ 𝑟. Portanto:

𝜇0 ⋅ 𝐼
𝑑𝐵 = ⋅ 𝑑𝑙
4𝜋 ⋅ 𝑟 2
2𝜋𝑟
𝜇0 ⋅ 𝐼
⇒𝐵= ∫ 𝑑𝑙
4𝜋 ⋅ 𝑟 2
0

𝜇0 ⋅ 𝐼
⇒𝐵= ⋅ [2𝜋𝑟 − 0]
4𝜋 ⋅ 𝑟 2

𝜇0 ⋅ 𝐼
⇒ 𝐵= (𝑒𝑞. 3)
2⋅𝑟

Se você não é muito familiarizado com o Cálculo, então apenas guarde o resultado e saiba aplicar
a fórmula.

Caso deseje-se saber a indução magnética no centro devido apenas a uma parte da espira,
devemos usar a equação 3 tomando apenas uma fração correspondente à porção desejada. Por exemplo:

Figura 31: Vetor indução magnética devido aos arcos da espira.

Em que:

𝜇0 ⋅ 𝐼 1 𝜇0 ⋅ 𝐼 1
𝐵𝑂′ = ⋅ ( ) e 𝐵𝑂′′ = ⋅( )
2⋅𝑟 2 2⋅𝑟 4

16
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

Podemos generalizar este resultado para o caso de um arco qualquer. Note que a indução no
ponto 𝑂 será perpendicular ao plano onde se encontra o arco e expresso matematicamente por:

Figura 32: Vetor indução magnética para um condutor em formato de um arco de circunferência.

𝜇0 ⋅ 𝐼 𝜃
𝐵𝑂 = ⋅( )
2 ⋅ 𝑟 2𝜋

Em que 𝜃 é o ângulo central em radianos.

1.
Um condutor muito longo tem o formato conforme indica a figura abaixo, determine o módulo da indução
magnética em 𝑂.

Comentários:
Para resolver este problema, vamos dividir o condutor em 3 partes e determinar a indução no
ponto 𝑂 devido a cada parte.

Cada condutor estabelece em 𝑂 uma certa indução magnética e o vetor resultante é dado pela
soma vetorial:
⃗𝑂 = 𝐵
𝐵 ⃗1+𝐵
⃗2+𝐵
⃗3
Note que para os condutores 1 e 3, o ponto 𝑂 está situado no prolongamento dos fios. Pela lei de
B.S.L. a indução magnética gerada pelos fios na direção dos seus prolongamentos deve ser nula, já que o
ângulo formado entre 𝑑𝑙 e 𝑟 ser igual a zero. Então:
𝑑𝑙 × 𝑟 = ⃗0

17
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

𝜇0 ⋅ 𝐼
⃗ =
⇒ 𝑑𝐵 ⋅ 𝑑𝑙 × 𝑟 = ⃗0
4𝜋𝑟 3
Ou seja:
⃗ 3 = ⃗0
⃗1 = 𝐵
𝐵
Portanto, o campo no ponto 𝑂 dependerá apenas do arco com corrente:
𝐵𝑂 = 𝐵2
Como vimos anteriormente, 𝐵2 é dado por:
𝜇0 ⋅ 𝐼 𝜋
𝐵2 = ( )
2 ⋅ 𝑟 2𝜋
𝜇0 ⋅ 𝐼
⇒ 𝐵𝑂 = 𝐵2 =
4⋅𝑟
⃗ 2, que é o mesmo de 𝐵
O sentido de 𝐵 ⃗ 𝑂 é dado pela RMD.

Propriedade:

De acordo com a Lei de Briot-Savart-Laplace podemos demonstrar que a indução


magnética (𝐵 ⃗ ) no prolongamento do condutor é nula.

Uma forma de intensificar o campo magnético associado a uma espira com corrente é colocar mais
espiras de mesmo raio e percorridas pela mesma intensidade de corrente.

18
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

Figura 33: Campo magnético sendo intensificado devido à associação de N espiras circulares iguais.

1.3.2. Indução magnética devido a um solenoide e toroide


Chamamos de solenoide um fio metálico enrolado sobre uma superfície cilíndrica, que forma uma
bobina de secção circular.

Figura 34: Representação de um solenoide.

Neste caso, a bobina é formada por 𝑁 voltas. Quando passamos uma corrente pelo condutor, se
estabelece um campo magnético semelhante ao de um ímã de barra. Por isso, dizemos que o solenoide
com corrente é um dipolo magnético.

Figura 35: Linhas de indução magnética em um solenoide.

O campo magnético no interior do solenoide pode ser considerado homogêneo se o comprimento


𝐿 é bem grande com respeito a secção 𝐴. A partir dessa consideração e aplicando a Lei de B.S.L. (utilizando
o cálculo integral), pode-se mostrar que o módulo da indução magnética no interior é dado por:

Figura 36: Representação do corte longitudinal de um solenoide com corrente elétrica.

19
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

𝑁
𝐵𝐴 = 𝜇0 ⋅ 𝐼 ⋅ ( )
𝐿
Como o campo é considerado uniforme no interior do solenoide, temos que:

𝑁
𝐵𝐴 = 𝐵𝐽 = 𝐵𝐷 = 𝜇0 ⋅ 𝐼 ⋅ ( )
𝐿
𝑁
Chamamos o termo de número de espira por unidade de comprimento e denotamos pela letra
𝐿
𝑁
𝑛: 𝑛 = 𝐿 . Se o arame possui diâmetro igual a 2𝑟, então os 𝑁 enrolamentos ao longo do comprimento 𝐿,
definem que:

𝑁 1
𝐿 = 𝑁 ⋅ 2𝑟 ⇒ = =𝑛
𝐿 2𝑟

Logo, o módulo da indução magnética no interior do solenoide pode ser escrito como:

𝐵𝐴 = 𝜇0 ⋅ 𝑛 ⋅ 𝐼

Utilizando limalhas de ferro, podemos ver que o campo em um solenoide se distribui da seguinte
forma:

Figura 37: Ao colocar limalha de ferro em um solenoide com corrente, temos a seguinte disposição das limalhas.

Pela RMD, as linhas de campo são representadas por:

Figura 38: Regra da mão direita para determinação das linhas de indução em um solenoide.

Quando as espiras do solenoide se encontram muito afastadas, as linhas de campo são dadas por:

20
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

Figura 39: Linhas de indução em um solenoide que possuem enrolamentos não tão próximos.

Experimentalmente, nota-se que as linhas de indução magnética no interior do solenoide estão


muito concentradas, mas fora dele são muito dispersas. Caso o solenoide fosse infinitamente longo, o
campo em seu exterior seria nulo.

Figura 40: Solenoide com enrolamentos muito próximos, o campo fora dele é praticamente nulo.

Quando dobramos um tubo de secção transversal circular aos poucos e juntamos seus
extremos, se forma um toroide. Dessa forma, se enrolarmos um fio condutor envolta do tubo
toroidal, formamos uma bobina denominada toroide.

Figura 41: Representação de uma bobina toroidal.

O módulo da indução magnética nos pontos inteiros do toroide é dado por:

𝑁
𝐵 = 𝜇0 ⋅ ⋅𝐼
𝐿𝑚

21
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

Em que:

𝑅1 + 𝑅2
𝐿𝑚 = 2𝜋𝑅𝑚 e 𝑅𝑀 =
2
Chamamos 𝑅𝑚 de raio médio. Uma propriedade muito importante de uma bobina toroidal com
corrente está no fato do campo magnético associado a ela se encontrar confinado no interior do toroide,
além do módulo da indução em todos os pontos ser praticamente o mesmo.

2.
Um condutor muito longo é dobrado como na figura abaixo. Determine a intensidade da indução
magnética em 𝐴.

Comentários:
Vamos dividir o condutor em dois fios condutores semi-infinitos nos eixos 𝑂𝑋 e 𝑂𝑍 e superpor as
induções magnéticas no ponto 𝐴:

Os sentidos de 𝐵1 e 𝐵2 devido aos fios semi-infinitos 𝑂𝑋 e 𝑂𝑍, respectivamente, geram campos


em 𝐴 com orientações dadas pela RMD, como na figura logo acima. Note que 𝐵 ⃗1e𝐵 ⃗ 2 estão em um plano
paralelo ao formado por 𝑂𝑋 e 𝑂𝑍. Os módulos destes campos são dados por:

22
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

𝜇0 𝐼
𝐵1 = 𝐵2 = 𝐵 =
4𝜋𝑏
Conforme vimos o campo para um fio semi-infinito. Então, o módulo da indução magnética em 𝐴
é dado pela soma vetorial:
⃗𝐴 = 𝐵
𝐵 ⃗1 +𝐵
⃗ 2, com 𝐵
⃗1 ⊥ 𝐵
⃗2
𝜇0 𝐼
𝐵𝐴 = √𝐵12 + 𝐵22 = √𝐵 2 + 𝐵 2 = 𝐵√2 ∴ 𝐵𝐴 = √2
4𝜋𝑏
3.
O aro da figura abaixo tem secção uniforme. Calcule o módulo da indução magnética em 𝑂.

Comentários:
Ao chegar no nó 𝐴, a corrente se divide nos arcos 𝐴𝐶 e 𝐴𝐹𝐶, retornando o seu valor ao sair por
𝐶. Para calcular a indução magnética em 𝑂 vamos dividir nosso condutor em 4 partes:

Como (1) e (4) são fios semi-infinitos retos e seus prolongamentos passa por 𝑂, esses trechos não
geram indução magnética em 𝑂. Dessa forma, a indução em 𝑂 é devido a (2) e (3):
⃗𝑂 = 𝐵
𝐵 ⃗2+𝐵
⃗3
⃗2e𝐵
Pela RMD podemos determinar os sentidos de 𝐵 ⃗ 3. Se supormos que 𝐵2 > 𝐵3, então:
𝐵𝑂 = 𝐵2 − 𝐵3
Como vimos, um arco de circunferência condutor, percorrido por corrente, gera um campo no
centro dado por:
𝜇𝐼 𝜃
𝐵= ( )
2𝑅 2𝜋
Assim, para os arcos (2) e (3), temos:

23
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

𝜇0 𝐼 𝛽 𝜇0 (𝐼 − 𝑖) 2𝜋 − 𝛽
𝐵0 = ( )− ( )
2𝑅 2𝜋 2𝑅 2𝜋
𝜇0
⇒ 𝐵𝑂 = [𝛽𝑖 − (𝐼 − 𝑖)(2𝜋 − 𝛽)]
4𝜋𝑅
Para determinar uma relação entre 𝐼 e 𝑖, devemos notar que os terminais dos arcos (2) e (3) estão
submetidos a mesma ddp:
𝑈2 = 𝑈3
⇒ 𝑅2 𝑖 = 𝑅3 (𝐼 − 𝑖)
Como o fio tem secção uniforme, podemos usar a segunda lei de Ohm e determinar uma relação
entre as correntes a partir da medida dos arcos:
𝜌𝐿𝐴𝐶 𝜌𝐿𝐴𝐹𝐶
𝑖= (𝐼 − 𝑖)
𝐴 𝐴
⇒ 𝐿𝐴𝐶 𝑖 = 𝐿𝐴𝐹𝐶 (𝐼 − 𝑖)
Mas da geometria plana, temos que:
𝐿𝐴𝐶 = 𝑅 ∙ 𝛽 e 𝐿𝐴𝐹𝐶 = 𝑅 ∙ (2𝜋 − 𝛽)
Portanto:
𝑅 ∙ 𝛽 ∙ 𝑖 = 𝑅 ∙ (2𝜋 − 𝛽) ∙ (𝐼 − 𝑖)
⇒ 𝛽 ∙ 𝑖 = (2𝜋 − 𝛽) ∙ (𝐼 − 𝑖)
𝛽 ∙ 𝑖 − (2𝜋 − 𝛽) ∙ (𝐼 − 𝑖) = 0
Assim:
𝜇0
𝐵𝑂 = [𝛽𝑖 − (𝐼 − 𝑖)(2𝜋 − 𝛽)]
4𝜋𝑅
𝜇0
⇒ 𝐵𝑂 = [0]
4𝜋𝑅
∴ 𝐵𝑂 = 0

NÍVEL HARD!!!!!
4.
Uma partícula se move com velocidade constante. Calcule para o instante considerado o módulo da
indução magnética que se estabelece em 𝐴.

Comentários:
Como vimos em teoria, a uma partícula com carga elétrica em movimento se associa um campo
eletromagnético. No ponto 𝐴, a partícula estabelece um campo elétrico e um campo magnético.

24
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

Pela Lei de Briot-Savart-Laplace permite determinar a indução magnética para condutores com
corrente elétrica, mas neste caso não temos uma corrente, temos apenas uma carga. Por isso, devemos
fazer um certo artifício. (Por este motivo colocamos esta questão no material, pois ela traz uma ideia
nova).
Vamos dizer que a carga se move no interior de um elemento imaginário, de tal forma que o
pequeno condutor tenha uma corrente 𝐼 e, com isso, podemos aplicar a Lei de Briot-Savart-Laplace.

⃗ 𝐴 se estabelece em 𝐴 saindo do plano da folha e seu


Pela regra da mão direita (RMD), vemos que 𝐵
módulo é calculado por:
𝜇0 𝐼𝑠𝑒𝑛(𝜃)𝑑𝑙
𝐵𝐴 = 4𝜋𝑟 2

Pela definição de corrente, temos que:


|𝑞|
𝐼= ∆𝑡

Logo:
|𝑞|
𝜇0 ∆𝑡 𝑠𝑒𝑛(𝜃)𝑑𝑙 𝜇0 |𝑞|𝑠𝑒𝑛(𝜃) 𝑑𝑙
𝐵𝐴 = ⇒ 𝐵𝐴 =
4𝜋𝑟 2 4𝜋𝑟 2 ∆𝑡
𝑑𝑙
Mas ∆𝑡 = 𝑣, então:

𝜇0 |𝑞|𝑣𝑠𝑒𝑛(𝜃)
𝐵𝐴 =
4𝜋𝑟 2
O resultado encontrado corresponde a um elemento de condutor imaginário, mas se deve
entender que ele também corresponde a uma carga em movimento.
Observação:
A indução magnética 𝐵⃗ devido a uma partícula com carga elétrica em movimento em pontos
pertencentes a reta suporte da orientação da velocidade é nula. Esta propriedade vem do fato de
considerarmos 𝜃 = 0 no resultado deduzido anteriormente.

25
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

2. Interação magnética
Antes da experiência de Oersted pensava-se que uma forma de relacionar eletricidade e
magnetismo era analisar de qual forma uma carga em repouso interagia com um ímã, mas na prática não
se observava nenhum efeito.

Figura 42: Ao se aproximar um ímã de uma carga em repouso, a carga não se desvia.

Por outro lado, quando colocava a carga para realizar um movimento pendular e aproximava um
ímã da carga, notava-se que havia uma conexão entre o ímã e a carga, alterando a trajetória da carga no
movimento pendular.

Figura 43: Carga elétrica realizando um movimento pendular. Quando aproximamos um ímã, há um desvio na trajetória.

Diante disso, podemos dizer que um ímã pode desviar a trajetória de uma carga elétrica em
movimento. Quando a partícula está em repouso, ela sofre apenas influência de campo elétrico, mas
quando ela está em movimento deve ser associado um campo magnético e este campo é responsável
pela interação com o ímã.

Em tubos de raios catódicos este efeito é mais evidente. Os raios catódicos, como na figura abaixo,
são elétrons (cargas negativas) muito rápidos que se obtém entre os eletrodos submetidos a uma grande
diferença de potencial.

26
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

Figura 44: Representação de um tubo de raios catódicos sem e com a presença de um campo magnético.

Denominamos a ação magnética sobre as cargas em movimento de força magnética (𝐹𝑚𝑎𝑔 ).

2.1. Módulo da força magnética

Após todas as observações a respeito do experimento com um tubo de raios catódicos, podemos
dizer que o módulo da força magnética é expresso por:

Figura 45: Carga elétrica em movimento em uma região onde existe um campo magnético de intensidade B.

𝐹𝑚𝑎𝑔 = |𝑞| ⋅ 𝑣 ⋅ 𝐵 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(𝛼)

Em que:

 |𝑞| é o módulo da carga da partícula dada em coulomb (𝐶).

 𝑣 é a intensidade da velocidade da partícula em 𝑚/𝑠.

 𝐵 a intensidade da indução magnética na região onde a partícula está se movendo. Sua


unidade é o tesla (𝑇).

 A força magnética, como toda força, é expressa em newton (𝑁).

⃗.
O ângulo 𝛼 formado entre a velocidade 𝑣 e a direção do campo magnético 𝐵

27
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

2.2. Orientação da força magnética

Vimos que para determinar o sentido das linhas de indução magnética usamos a regra da mão
direita envolvente (𝑅𝑀𝐷). Entretanto, para determinar a direção da força magnética vamos utilizar a
regra da mão direita espalmada (𝑅𝑀𝐷𝐸). Nesta regra, utilizamos a seguinte configuração dos elementos
da mão para uma carga positiva:

1) Com a mão espalmada, os dedos da mão direita, exceto o polegar, indicam a direção do
vetor indução magnética.

2) O polegar deve ter a orientação do vetor velocidade da partícula positiva.

3) Consequentemente, a força magnética é determinada pelo tapa (empurrão) com a


palmada da mão direita.

Figura 46: Aplicação da regra da mão direita espalmada (RMDE) para a determinação da orientação da força magnética.

A ação magnética sobre a partícula em movimento é perpendicular à direção de seu movimento e


a direção do campo magnético. Portanto, a força magnética é perpendicular ao plano formado pela
velocidade e pelas linhas de indução magnética. Vetorialmente, temos:

Figura 47: Os três vetores são perpendiculares, induzindo a utilização de produto vetorial para a definição de força magnética.

Os experimentos em laboratórios mostram que ao inverter o sinal da carga, mantendo as demais


condições de campo e de velocidade, as partículas se desviam em sentidos opostos.

Figura 48: Inversão de sentido de deslocamento, quando a carga tem sinal negativo, em um campo entrando no plano da folha.

28
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

5.
Determine a direção da força magnética em uma partícula com carga +𝑞, que se aproxima de um fio que
é percorrido por uma corrente elétrica de intensidade 𝐼, como na figura abaixo.

Comentários:
Primeiramente, devemos determinar a direção da indução magnética devido ao fio percorrido pela
corrente 𝐼. Para isso, devemos usar a regra da mão direita envolvente, como vimos anteriormente.
Portanto, o campo magnético na partícula está entrando no plano da folha.
Agora, basta aplicar a regra da mão direita espalmada e determinaremos o sentido de 𝐹𝑚𝑎𝑔 :

Para a configuração mostrada no enunciado do problema, a força magnética é horizontal e


orientada para a esquerda. Analisando a dinâmica do problema, vemos que a força magnética é sempre
perpendicular à velocidade e este fato traz consequências importantes.

2.3. As propriedades da força magnética sobre uma partícula

Como estudamos em Dinâmica, se a força é perpendicular à velocidade, ela não altera seu módulo,
mas sim a sua direção. Por este motivo, a 𝐹𝑚𝑎𝑔 pode somente alterar a direção de 𝑣.

Como consequência desta propriedade, podemos inferir que se não varia o módulo da velocidade,
também não varia a energia cinética e, ao variar a direção da velocidade, altera-se a direção da quantidade
de movimento da partícula (𝑝 = 𝑚 ⋅ 𝑣).

Além disso, vimos na aula de Trabalho e Energia que quando uma força é perpendicular a
velocidade (a trajetória), o trabalho mecânico produzido por esta força é nulo (𝑊𝐹𝑚𝑎𝑔 = 0).

𝐹𝑚𝑎𝑔 ⊥ 𝑣 ⇒ 𝐹𝑚𝑎𝑔 ⊥ 𝑑 (𝑒𝑚 𝑡𝑜𝑑𝑜𝑠 𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜𝑠 𝑑𝑎 𝑡𝑟𝑎𝑗𝑒𝑡ó𝑟𝑖𝑎)

Logo:

29
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

𝑊𝐹𝑚𝑎𝑔 = 𝐹𝑚𝑎𝑔 ⋅ 𝑑 = 0

Vale lembrar que todas essas propriedades aqui enunciadas são válidas para um campo
magnetostático, isto é, que não depende do tempo, um campo magnético estacionário. As propriedades
acima não são válidas em um campo magnético variante no tempo e no espaço.

2.4. O movimento das partículas com carga elétrica em um campo magnético


homogêneo.

Dizemos que campo magnético é homogêneo quando ele é invariável no espaço e no tempo, isto
⃗.
é, em qualquer posição e em qualquer instante temos o mesmo 𝐵

Quando uma partícula carregada entra em uma região onde existem um campo homogêneo, ela
pode seguir três trajetórias muito particulares na região do campo. A forma da trajetória vai depender de
como a partícula entra na região do campo e de como se manifesta ou não a ação magnética na partícula.
As três trajetórias são: retilínea, circunferência e helicoidal.

2.4.1. Retilínea
Quando a partícula tem velocidade paralela as linhas de indução magnética (LIM), a partícula não
experimenta nenhuma força magnética. Então, ela apresenta trajetória retilínea, sem sofrer desvio.

Figura 49: Partícula entrando paralelamente as linhas de indução e não sofrendo desvio.

2.4.2. Circunferência
Neste caso, a partícula deve entrar na região do campo magnético homogêneo
perpendicularmente, ou seja, sua velocidade deve formar 90° com as LIM.

30
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

⃗.
Figura 50: Partícula entrando com um ângulo de 90° entre 𝑣 e 𝐵

Para que a trajetória seja uma circunferência, ao entrar a perpendicularmente na região do campo
magnético homogêneo, a força e a velocidade são sempre perpendiculares. Assim, a força não altera a
magnitude da velocidade, apenas a sua direção.

Além disso, como a força é perpendicular à velocidade, então a partícula descreverá um


movimento circular uniforme (MCU), em que a força magnética sempre apontará para o centro da
trajetória.

O raio da trajetória circular 𝑅 pode ser determinado pela segunda lei de Newton.

𝑅𝑐𝑝 = 𝑚 ⋅ 𝑎𝑐𝑝

Mas:

𝑣2
𝑎𝑐𝑝 =
𝑅
Como a força magnética é a resultante centrípeta do movimento, então:

𝐹𝑚𝑎𝑔 = 𝑅𝑐𝑝

𝑣2
|𝑞| ⋅ 𝑣 ⋅ 𝐵 = 𝑚 ⋅
𝑅
𝑚⋅𝑣
∴ 𝑅=
|𝑞| ⋅ 𝐵

Neste caso, as unidades são dadas em:

 𝑚: quilograma (𝑘𝑔).

 𝑣: 𝑚/𝑠.

 |𝑞|: coulomb (𝐶).

 𝐵: tesla (𝑇).

31
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

 𝑅: metro (𝑚).

Como a partícula descreve um MCU, sabemos que este tipo de movimento é periódico. O período
é dado por:

2𝜋 𝑣 2𝜋
𝜔= ⇒ =
𝑇 𝑅 𝑇
Mas da expressão do raio 𝑅, podemos dizer que:

𝑣 𝑞⋅𝐵
=
𝑅 𝑚
Portanto:

𝑞 ⋅ 𝐵 2𝜋
=
𝑚 𝑇

2𝜋 ⋅ 𝑚
∴ 𝑇=
𝑞⋅𝐵

6.
Determine em que ponto a partícula irá sair da região do campo. Despreze os efeitos gravitacionais e
considere que 𝑞 = +2 𝑚𝐶 e 𝑚 = 4 𝑔.

Comentários:
Inicialmente, calculamos o raio da trajetória da partícula na região dentro do campo magnético.
𝑚𝑣
𝑅=
𝑞𝐵
(4 ⋅ 10−3 )(5)
⇒𝑅= ⇒ 𝑅 =5𝑚
(2 ⋅ 10−3 )(2)
Aplicando a regra da mão direita espalmada, dado que a carga é positiva (não precisa inverter o
sentido da força), a partícula descreverá uma semicircunferência, como na figura abaixo:

32
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

Portanto, a partícula deve sair no ponto (5,0).

2.4.3. Helicoidal
Quando a partícula ingressa em um campo formando um ângulo 𝛼 entre os vetores 𝑣 e 𝐵⃗, a
trajetória descrita é espiralada de raio fixado pela chamada hélice circular da helicoide.

Figura 51: Partícula descrevendo um movimento helicoidal.

Para melhor entender a natureza deste movimento, basta decompor a velocidade na direção
paralela e perpendicular ao campo.

Figura 52: Decomposição da velocidade paralelamente e perpendicularmente ao campo.

Em que // denota paralelo e ⊥ perpendicular. Como a componente paralela ao campo 𝑣// não
gera força na partícula, o movimento nesta direção será um movimento retilíneo uniforme (MRU), com
velocidade constante nesta direção.

Por outro lado, a componente perpendicular ao campo (𝑣⊥ ) descreverá uma trajetória circular
(MCU). Quando compomos o movimento circular com o movimento retilíneo de avanço paralelo ao
campo, formamos a trajetória helicoidal.

Uma característica importante da trajetória helicoidal é o passo (𝑙). Quando a partícula completa
uma volta no MCU, no MRU ela avançou uma distância denominada passo da helicoide. Então, podemos
dizer que o passo é igual a:

𝑙 = 𝑣// ⋅ ∆𝑡

33
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

O intervalo definido pelo passo é o período do MCU da partícula. Portanto:

2𝜋 ⋅ 𝑚 2𝜋 ⋅ 𝑚
𝑙 = 𝑣// ⋅ ⇒ 𝑙 = 𝑣 ⋅ cos 𝛼 ⋅
𝑞⋅𝐵 𝑞⋅𝐵

2𝜋 ⋅ 𝑚 ⋅ 𝑣 ⋅ cos 𝛼
∴ 𝑙=
𝑞⋅𝐵

Quando uma partícula entra em um campo não homogêneo, ela descreve uma trajetória helicoidal
com raio variável. Dependendo de como ela entra na região do campo, podemos ter a seguinte trajetória.

Figura 53: Carga em um campo variável com a posição 𝑥. Note que neste caso, a intensidade do campo está aumentando com 𝑥, já que o
número de linhas de força por unidade de área está aumentando.

Neste caso, a velocidade da partícula 𝑣 não varia, enquanto sua velocidade de deriva 𝑣𝐷 , aquela
velocidade de avanço ao longo do campo, vai diminuindo até anular-se e depois volta a aumentar.

Esta propriedade mostra que a partícula é de volta pela região onde o campo é mais intenso,
apresentando, assim, um espelho magnético.

Figura 54: Trajetória de uma partícula com carga positiva ao ingressar em um campo deste tipo.

Este tipo de reflexão que experimentam as cargas em um campo magnético convergente resulta
na explicação dos cinturões de Van Allen, que são regiões onde existem grandes densidades de partículas
com carga elétrica. A formação destes cinturões é consequência da captura de elétrons e prótons de alta
energia de origem cósmica.

Figura 55: Elétrons e prótons ao chegar próximo do campo magnético terrestre.

34
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

As partículas nas regiões descrevem trajetórias espiraladas com raio variável e oscilante.

2.5. Força magnética expressa na forma vetorial

Como vimos, o módulo da força magnética é expresso por:

𝐹𝑚𝑎𝑔 = |𝑞| ⋅ 𝑣 ⋅ 𝐵 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(𝛼)

⃗ , podemos associar
De acordo com esta expressão e pelo fato de 𝐹𝑚𝑎𝑔 ser perpendicular a 𝑣 e a 𝐵
⃗ . A determinação do vetor 𝐹𝑚𝑎𝑔 pode ser feita
a força magnética a um produto vetorial dos vetores 𝑣 e 𝐵
pela expressão:

⃗)
𝐹𝑚𝑎𝑔 = 𝑞(𝑣 × 𝐵

Figura 56: Disposição geométrica dos vetores.

No caso da aplicação da forma vetorial da força magnética, devemos trabalhar com o valor
algébrico da carga, isto é, levar em conta o sinal da carga e não apenas calcular utilizando o módulo dela.

Aplicando a definição da força magnética pelo produto vetorial, não precisamos utilizar a RMDE
para determinar o sentido da força. Para calcular a força, basta escrever os vetores em função dos seus
componentes:

𝑣 = (𝑣𝑥 , 𝑣𝑦 , 𝑣𝑧 ) = 𝑣𝑥 𝑖̂ + 𝑣𝑦 𝑗̂ + 𝑣𝑧 𝑘̂
{
⃗ = (𝐵𝑥 , 𝐵𝑦 , 𝐵𝑧 ) = 𝐵𝑥 𝑖̂ + 𝐵𝑦 𝑗̂ + 𝐵𝑧 𝑧̂
𝐵

Assim, a força magnética é dada por:

𝑖̂ 𝑗̂ 𝑘̂
𝐹𝑚𝑎𝑔 = 𝑞 ⋅ | 𝑣𝑥 𝑣𝑦 𝑣𝑧 | = 𝑞[(𝑣𝑦 𝐵𝑧 − 𝑣𝑧 𝐵𝑦 )𝑖̂ − (𝑣𝑥 𝐵𝑧 − 𝑣𝑧 𝐵𝑥 )𝑗̂ + (𝑣𝑥 𝐵𝑦 − 𝑣𝑦 𝐵𝑥 )𝑘̂]
𝐵𝑥 𝐵𝑦 𝐵𝑧

Como exemplo, podemos ver que para uma partícula com 𝑣 = +𝑣0 𝑖̂, que ingressa em um campo
⃗ = +𝐵0 𝑘̂. Neste caso, temos:
com indução magnética igual a 𝐵

35
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

𝑣𝑥 = +𝑣0 ; 𝑣𝑦 = 𝑣𝑧 = 0
{
𝐵𝑧 = +𝐵0 ; 𝐵𝑥 = 𝐵𝑦 = 0

Substituindo na expressão deduzida, temos:

𝐹𝑚𝑎𝑔 = 𝑞[(𝑣𝑦 𝐵𝑧 − 𝑣𝑧 𝐵𝑦 )𝑖̂ − (𝑣𝑥 𝐵𝑧 − 𝑣𝑧 𝐵𝑥 )𝑗̂ + (𝑣𝑥 𝐵𝑦 − 𝑣𝑦 𝐵𝑥 )𝑘̂]

𝐹𝑚𝑎𝑔 = 𝑞[(0 − 0)𝑖̂ − (𝑣0 𝐵0 − 0)𝑗̂ + (0 − 0)𝑘̂]

𝐹𝑚𝑎𝑔 = −𝑞𝑣0 𝐵0 𝑗̂

Esquematicamente:

Figura 57: Representação dos vetores em uma carga no espaço.

2.6. Efeito Hall

O efeito Hall é o surgimento de uma ddp (𝑉𝐻 ) entre as laterais de um condutor percorrido por
corrente elétrica e submetido a um campo magnético.

Edwin Hall projetou um experimento para descobrir o sinal positivo ou negativo da carga das
partículas que formam a corrente elétrica em um condutor.

Nas ilustrações abaixo, 𝑅1 e 𝑅2 são regiões retangulares, condutoras, percorridas por correntes
elétricas no sentido indicado. Essas regiões estão imersas em um campo magnético que está saindo
perpendicularmente ao plano da página.

36
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

Figura 58: Representação esquemática do experimento de Edwin Hall.

Note que, nas duas ocasiões, os portadores de carga estão sujeitos a forças magnéticas orientadas
para a esquerda. Portanto, haverá um acúmulo de cargas positivas no lado esquerdo na região 𝑅1 . Assim,
o potencial elétrico no ponto 𝑃 será maior que o do ponto 𝑄.

Na região 𝑅2 , haverá um acúmulo de cargas negativas, também do lado esquerdo.


Consequentemente, o potencial no ponto 𝑃 será menor que o do ponto 𝑄.

Assim, mede-se a diferença de potencial entre 𝑃 e 𝑄, a fim de descobrir o sinal da carga elétrica
na corrente. Ao medir essa ddp, verificou-se que 𝑉𝑃 era menor que 𝑉𝑄 , portanto, sabemos que os
portadores de carga têm sinal negativo. A partir disso, podemos determinar alguns resultados teóricos
importantes neste experimento.

Vamos fazer uma representação do condutor em formato de um paralelepípedo e entendermos


um pouco mais a dinâmica do experimento.

Figura 59: Detalhamento dos elementos no efeito Hall.

Da eletrostática, sabemos que:

𝑈=𝐸⋅𝑑

⇒ 𝑉𝐻 = 𝐸 ⋅ 𝑎

37
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

𝑉𝐻
⇒ 𝐸= (𝑒𝑞. 1)
𝑎

No estado estacionários, temos que a força elétrica é igual a força magnética, em módulo, então:

𝐹𝑚𝑎𝑔 = 𝐹𝑒𝑙

⇒ 𝑒 ⋅ 𝑣𝑑 ⋅ 𝐵 = 𝑒 ⋅ 𝐸

⇒ 𝑣𝑑 ⋅ 𝐵 = 𝐸 (𝑒𝑞. 2)

Em que 𝑣𝑑 é a velocidade de deriva dos elétrons. Substituindo 1 em 2, temos:

𝑉𝐻
𝑣𝑑 ⋅ 𝐵 =
𝑎

𝑉𝐻
⇒ 𝑣𝑑 = (𝑒𝑞. 3)
𝐵⋅𝑎

Vimos em eletrodinâmica que a velocidade de deriva dos elétrons é dada por:

𝑖
𝑣𝑑 = (𝑒𝑞. 4)
𝑁 ⋅ Á𝑟𝑒𝑎 ⋅ 𝑒

Em que a Á𝑟𝑒𝑎 = 𝑏 ⋅ 𝑎 = 𝐴 no nosso caso (área de secção). Igualando 3 e 4, vem:

𝑉𝐻 𝑖
=
𝐵⋅𝑎 𝑁⋅𝐴⋅𝑒

𝐵⋅𝑎⋅𝑖
⇒ 𝑁=
𝑉𝐻 ⋅ 𝐴 ⋅ 𝑒

Com isso, podemos determinar o número de elétrons por unidade de volume, por exemplo. Na
verdade, temos todas informações para determinar qualquer informação sobre o efeito Hall. Não quero
que você decore as equações, mas que você lembre as condições:

𝑖
𝑈 = 𝐸 ⋅ 𝑑; 𝐹𝑚𝑎𝑔 = 𝐹𝑒𝑙 ; 𝑣𝑑 =
𝑁 ⋅ Á𝑟𝑒𝑎 ⋅ 𝑒

3. Lista de questões nível 1


(AFA – 2017)

38
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

Dois longos fios paralelos estão dispostos a uma distância 𝑙 um do outro e transportam correntes
elétricas de mesma intensidade 𝑖 em sentidos opostos, como ilustra a figura abaixo.

Nessa figura o ponto P é equidistante dos fios. Assim, o gráfico que melhor representa a intensidade
do campo magnético resultante B, no ponto P, em função da abscissa x, é

A) B)

C) D)

(AFA – 2013)
Na região próxima a uma bobina percorrida por corrente elétrica contínua, existe um campo de
indução magnética 𝐵⃗ , simétrico ao seu eixo (eixo 𝑥), cuja magnitude diminui com o aumento do
módulo da abscissa 𝑥, como mostrado na figura abaixo.

Uma partícula de carga negativa é lançada em 𝑥 = 𝑥0 com uma velocidade ⃗⃗⃗⃗


𝑣0 , formando um
ângulo 𝜃 com o sentido positivo do eixo 𝑥.
O módulo da velocidade 𝑣 descrita por essa partícula, devido somente à ação desse campo
magnético, em função da posição 𝑥, é melhor representado pelo gráfico

39
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

A) B)

C) D)

(AFA – 2002)
Uma partícula de carga positiva, com- velocidade dirigida ao longo do eixo x, penetra, através de
um orifício em O, de coordenadas (0,0), numa caixa onde há um campo magnético uniforme de
módulo B, perpendicular ao plano do papel e dirigido "para dentro” da folha.
Sua trajetória é alterada pelo campo, e a partícula sai da caixa passando por outro orifício, P, de
coordenadas (a,a), com velocidade paralela ao eixo y. Percorre, depois de sair da caixa, o trecho PQ,
paralelo ao eixo y, livre de qualquer força. Em Q sofre uma colisão perfeitamente elástica, na qual
sua velocidade é simplesmente invertida, e volta peto mesmo caminho, entrando de novo na caixa,
pelo orifício P. A ação da gravidade nesse problema é desprezível.

As coordenadas do ponto, em que a partícula deixa a região que delimita o campo magnético, são
a) (0,0). b) (a,-a). c) (2a,0). d) (2a,-a).
(AFA – 2002)
Dois fios metálicos retos, paralelos e longos são percorridos por correntes 3i e i de sentidos iguais
(entrando no plano do papel).

40
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

O campo magnético resultante produzido por essas correntes é nulo num ponto 𝑃, tal que
𝑎 1 𝑎 𝑎 1 𝑎
A) 𝑏 = 3 B) 𝑏 = 3 C) 𝑏 = 9 D) 𝑏 = 9
(AFA – 2000)
Os dois condutores retilíneos e compridos da figura produzem um campo magnético resultante no
ponto A de intensidade 10−5 𝑇, saindo perpendicularmente do plano do papel. Se substituirmos os
dois condutores por um único condutor, colocado exatamente onde se encontra o condutor 2, a
intensidade de corrente e o sentido, para que o campo em A continue inalterado, serão

a) 2i, para a direita. b) 4i, para a direita.


c) 2i, para a esquerda. d) 4i, para a esquerda.
(AFA – 2000)
Uma carga lançada perpendicularmente a um campo magnético uniforme realiza um movimento
circular uniforme (MCU) em função de a força magnética atuar como força centrípeta.
Nesse contexto, pode-se afirmar que, se a velocidade de lançamento da carga dobrar, o
a) período do MCU dobrará.
b) raio da trajetória dobrará de valor.
c) período do MCU cairá para a metade.
d) raio da trajetória será reduzido à metade.
(AFA – 1999)
Sabe-se que um condutor percorrido por uma corrente elétrica pode sofrer o efeito de uma força
magnética devido ao campo magnético uniforme em que o condutor estiver inserido. Nessas
condições, pode-se afirmar que a força magnética
a) atuará sempre de modo a atrair o condutor para a fonte do campo magnético.
b) atuará sempre de modo a afastar o condutor da fonte do campo magnético.
c) será máxima quando o ângulo entre a direção do condutor e o vetor for 90°.
d) será sempre paralela à direção do condutor e o seu sentido será o da movimentação das cargas
negativas
(AFA – 1999)
Pode-se afirmar que o campo magnético existente na região em torno de um ímã natural é devido
a) à vibração das moléculas no interior do material do imã.

41
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

b) aos movimentos específicos dos elétrons existentes nos átomos do material do imã.
c) à repulsão, causada pelo núcleo dos átomos do material, que atua gerando uma corrente elétrica.
d) a pequenos ímãs de magnetita existentes no interior de cada átomo de óxido de ferro.
(AFA – 1999)
Assinale a alternativa incorreta.
a) A agulha magnética de uma bússola é um ímã que se orienta na direção do campo magnético
terrestre.
b) O pólo sul geográfico atrai o pólo sul de uma agulha magnetizada.
c) Uma carga elétrica submetida à ação de um campo magnético sempre sofrerá a ação de uma
força magnética.
d) Se um fio for percorrido por uma corrente elétrica, será produzido um campo magnético, que
poderá atuar sobre cargas em movimento, exercendo sobre elas uma força magnética.
(EN – 2017)
Uma partícula localizada em um ponto P do vácuo, em uma região onde há um campo
eletromagnético não uniforme, sofre a ação da força resultante ⃗⃗⃗
𝐹𝑒 + ⃗⃗⃗⃗
𝐹𝑚 , em que ⃗⃗⃗
𝐹𝑒 é a força elétrica
⃗⃗⃗⃗
e 𝐹𝑚 é a força magnética. Desprezando a força gravitacional, pode-se afirmar que a força resultante
sobre a partícula será nula se
A) a carga elétrica da partícula for nula.
B) a velocidade da partícula for nula.
⃗⃗⃗𝑒 , 𝐹
C) as forças (𝐹 ⃗⃗⃗⃗𝑚 ) tiverem o mesmo módulo, e a carga da partícula for negativa.
⃗⃗⃗𝑒 , ⃗⃗⃗⃗
D) as forças (𝐹 𝐹𝑚 ) tiverem a mesma direção, e a carga da partícula for positiva.
E) no ponto P os campos elétrico e magnético tiverem sentidos opostos.
(Simulado EsPCEx)
Uma partícula 𝛼, com carga 𝑞 > 0 e massa 𝑚, incide em uma região onde existe um vetor indução
⃗ , conforme a figura abaixo.
magnética 𝐵

Quando a partícula incide perpendicularmente as linhas de indução, verifica-se que ela descreveria
um MCU, em que o período é igual a 𝑇. Em seguida, a partícula é lançada novamente na região onde

42
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

existe o mesmo campo magnético, com a mesma velocidade. Entretanto, ela é lançada formando
um ângulo 𝛼, conforme figura logo a seguir.

Nessa nova situação, a partícula também descreveria um MCU, com um novo período igual a:
[A] 𝑇/cos(𝛼) [B] 𝑇/𝑠𝑒𝑛(2𝛼) [C] 𝑇/𝑡𝑔(𝛼)
𝛼
[D] 𝑇/𝑡𝑔 ( 2 ) [E] 𝑇
(Simulado EsPCEx)
Uma partícula com massa 𝑚 e carga 𝑞 (𝑞 < 0), está girando em uma região onde existe um campo
magnético homogêneo de vetor indução magnética com módulo 𝐵, conforme figua logo a seguir. A
velocidade angular da partícula é dada por:
Dados: despreze os efeitos gravitacionais.

𝑞𝐵 𝑞𝐵 2𝑞𝐵 𝑞𝐵 √2𝑞𝐵
[A] 2𝑚 [B] [C] [D] [E]
𝑚 𝑚 √2𝑚 𝑚

(Simulado EN)
A figura indica o sentido de fluxo de corrente por um fio muito longo. No ponto 𝑃, é colocada uma
bússola, cujo lado mais escuro corresponde ao polo “Norte”, representado por 𝑁. Assinale a
alternativa que indica corretamente como seria a posição da bússola na ausência de forças externas.

43
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

(A) (B) (C)

(D) (E)
(Simulado EsPCEx)
A figura logo a seguir representa seis fios, bem longos, paralelos, por onde passam correntes
elétricas de mesma intensidade 𝐼, mas com os sentidos indicados em cada fio. Sabe-se que o
hexágono formado é regular e possui lado igual a 𝑎. Os fios estão colocados perpendicularmente ao
plano da página. Apenas em 𝐹 a corrente está entrando no plano da página. Dessa forma, a
intensidade do vetor indução magnética no centro do hexágono é dada por:
Dados: a permeabilidade magnética do meio é 𝜇0 .

𝜇0 𝐼 √6𝜇0 𝐼 3𝜇0 𝐼 √3𝜇0 𝐼 𝜇 𝐼


0
[A] [B] [C] [D] [E] 3𝜋𝑎
𝜋𝑎 2𝜋𝑎 𝜋𝑎 2𝜋𝑎

(AFA – 2012)
Uma partícula de massa 𝑚 e carga elétrica negativa de módulo igual a 𝑞 é lançada com velocidade
𝑣0 , na direção 𝑦, numa região onde atuam, na direção 𝑧, um campo elétrico 𝐸⃗ e o campo
⃗⃗⃗⃗
⃗⃗⃗ , todos uniformes e constantes, conforme
gravitacional 𝑔 e, na direção 𝑥, um campo magnético 𝐵
esquematizado na figura abaixo.

44
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

Sendo retilínea a trajetória dessa partícula, nessa região, e os eixos 𝑥, 𝑦 e 𝑧 perpendiculares entre
si, pode-se afirmar que o gráfico que melhor representa a sua velocidade 𝑣 em função do tempo 𝑡
é

A) B)

C) D)

(AFA – 2011)
Considere um elétron partindo do repouso e percorrendo uma distância retilínea, somente sob a
ação de um campo elétrico uniforme gerado por uma ddp 𝑈, até passar por um orifício e penetrar
numa região na qual atua somente um campo magnético uniforme de intensidade 𝐵. Devido à ação
desse campo magnético, o elétron descreve uma semicircunferência atingindo um segundo orifício,
diametralmente oposto ao primeiro. Considerando o módulo da carga do elétron igual a 𝑞 e sua
massa igual a 𝑚, o raio da semicircunferência descrita é igual a
1 1
𝐵𝑞 𝐵𝑞 2 1 2𝑚𝑈 2 2𝑚𝑈 2
a) 𝑚𝑈 b) (𝑚𝑈) c) .( 𝑞 ) d) ( 𝐵𝑞 )
𝐵

(AFA – 2010)
Uma partícula de massa 𝑚 carregada eletricamente com carga 𝑞, é solta em queda livre de uma
altura ℎ acima do plano horizontal 𝑥𝑦, conforme ilustra a figura abaixo.

Se nesta região, além do campo gravitacional 𝑔 , atua também um campo magnético uniforme 𝐵̅ na
direção 𝑂𝑦, a energia cinética da partícula ao passar pelo plano 𝑥𝑦 valerá
a) 𝑚𝑔ℎ b) 𝑚ℎ √𝑔2 + 𝐵 2 c) 𝑚𝑔ℎ (𝑔 + 𝐵) d) 𝑚𝑔ℎ (𝑔2 − 𝐵 2 )
(AFA – 2007)

45
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

A figura mostra uma região na qual atua um campo magnético uniforme de módulo B. Uma partícula
de massa 𝑚, carregada positivamente com carga 𝑞, é lançada no ponto 𝐴 com uma velocidade de
módulo 𝑣 e direção perpendicular às linhas do campo. O tempo que a partícula levará para atingir
o ponto 𝐵 é

𝜋𝐵𝑞 𝜋𝑚 2𝜋𝑚 𝜋𝐵𝑞


a) b) c) d)
𝑚 𝐵𝑞 𝐵𝑞 2𝑚

(AFA – 2006)
O esquema a seguir é de um aparelho utilizado para medir a massa dos íons.

O íon de carga +q é produzido, praticamente em repouso, por meio da descarga de um gás, realizada
na fonte F. O íon é, então acelerado por uma d.d.p U, penetrando, depois num campo magnético B.
No interior do campo, o íon descreve uma órbita semicircular de raio r, terminando por atingir uma
placa fotográfica, na qual deixa uma imagem. A massa do íon pode ser calculada por
B2 r2 |q| 2B2 r2 B2 r2 2B2 r2 |q|
a) b) c) 2U|q| d)
2U U|q| U

(AFA – 2005)
A figura seguinte representa duas espiras circulares, concêntricas e coplanares percorridas por
correntes elétricas contínuas cujo sentido está indicado.

46
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

O campo magnético gerado por estas duas espiras poderá ser nulo
a) em C ou D.
b) apenas em D.
c) em nenhum deles.
d) apenas em C.
(AFA – 2005)
Um campo magnético uniforme B é aplicado na direção e sentido do eixo y onde um elétron é
lançado no sentido positivo do eixo z.

A trajetória descrita pelo elétron é


a) retilínea, na direção do eixo Ox.
b) parabólica, situada no plano yz.
c) hélice cilíndrica, com eixo Oz.
d) circular, situada no plano xz.
(EN – 2014)
Observe a figura a seguir.

Paralelo ao eixo horizontal x, há dois fios muito longos e finos. Conforme indica a figura acima, o fio
1 está a 0,2m de distância do eixo x, enquanto o fio 2 está a 0,1m. Pelo fio 1, passa uma corrente
i1 = 7,0mA e, pelo fio2, i2 = 6,0mA, ambas no sentido positivo de x. Um elétron (carga =

47
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

e, massa = me ) se desloca sobre o eixo x com velocidade constante. Sabendo que os dois fios e a
trajetória do elétron estão no mesmo plano, qual o módulo, em mm/s, e o sentido do vetor
velocidade do elétron em relação ao sentido das correntes i1 e i2?
Dados: 𝑔 = 10𝑚/𝑠 2
𝑇. 𝑚
𝜇0 = 4𝜋. 10−7
𝐴
𝑒 𝐶
= 2.1011
𝑚𝑒 𝑘𝑔
A) 10 e contrário. B) 20 e igual. C) 30 e contrário.
D) 40 e igual. E) 50 e contrário.
(EN – 2013)
Na figura abaixo, e1 e e2 são duas espiras circulares, concêntricas e coplanares de raios r1 = 8,0 m e
r2 = 2,0 m, respectivamente. A espira e2 é percorrida por uma corrente i2 = 4,0 A, no sentido anti-
horário. Para que o vetor campo magnético resultante no centro das espiras seja nulo, a
espira e1 deve ser percorrida, no sentido horário, por uma corrente i1, cujo valor, em amperes, é de

A. 4,0 B. 8,0 C. 12 D. 16 E. 20
(EN – 2012)
Um plano horizontal α contém determinado ponto O sobre o equador (geográfico), num local onde
o campo magnético terrestre tem componente horizontal . Sob a ação única desse campo, a
agulha magnetizada AA' de uma bússola de eixo vertical se alinhou ao meridiano magnético que
passa por O, como mostra a figura. Considere que as propriedades magnéticas do planeta são as de
uma barra cilíndrica imantada com polos magnéticos M e M', ambos pontos da superfície terrestre.
Já o eixo de rotação da Terra passa pelos polos geográficos G e G'. Se esses quatro polos têm suas
projeções verticais em α ( Mα,...,G'α ) alinhadas com a agulha, um navegante, partindo de O no
sentido sul indicado inicialmente pela bússola, e que gygse desloque sem desviar sua direção,
primeiramente passará próximo ao polo

48
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

A) geográfico sul, se o polo mais próximo de O for o polo magnético norte (barra imantada).
B) geográfico sul, se o polo mais próximo de O for o polo magnético sul (barra imantada).
C) geográfico norte, se o polo mais próximo de O for o polo magnético norte (barra imantada).
D) magnético norte, se o polo mais próximo de O for o polo magnético sul (barra imantada).
E) magnético sul (barra imantada), se esse for o polo mais próximo de O.
(EN – 2008)
Uma partícula eletrizada de massa m e carga elétrica + q é lançada, com velocidade 𝑉 ⃗ =
(𝑣 𝑐𝑜𝑠 𝜃). 𝑖̂ + (𝑣 𝑠𝑒𝑛𝜃). 𝑗̂, no interior de um campo magnético uniforme 𝐵 ⃗ = 𝐵0 . 𝑖̂ (𝐵0 =
constante). Despreze a ação da gravidade. O trabalho realizado pela força magnética, que atua
sobre a partícula, em um intervalo de tempo ∆𝑡, é
(A) 𝑞𝑣 2 𝐵0 (𝑠𝑒𝑛 𝜃)(cos 𝜃). ∆𝑡 (B) 𝑞𝑣 2 𝐵0 (cos 𝜃). ∆𝑡
(C) 𝑞𝑣𝐵0 . ∆𝑡 (D) zero
(E) 𝑞𝑣𝐵02 (cos 𝜃) ∆𝑡
(EN – 2008)
Dois fios condutores (1) e (2), longos e paralelos, são percorridos por correntes elétricas constantes
𝐼1 e 𝐼2 = 3𝐼1 , de sentidos contrários. A relação entre os módulos das forças magnéticas |𝐹𝑚(1) |sobre
o fio (1) e |𝐹𝑚(2) | sobre o fio (2) é
(A) |𝐹𝑚(2) | = 3. |𝐹𝑚(1) | (B) |𝐹𝑚(1) | = 3. |𝐹𝑚(2) |
(C) |𝐹𝑚(1) | = |𝐹𝑚(2) | (D) |𝐹𝑚(2) | = 6. |𝐹𝑚(1) |
(E) |𝐹𝑚(1) | = 6. |𝐹𝑚(2) |
(EFOMM – 2020)
Uma partícula de massa m = 1,0 x 10-26 Kg e carga q = 1,0 nC, com energia cinética de 1,25 KeV,
movendo-se na direção positiva do eixo x, penetra em uma região do espaço onde existe um campo
elétrico uniforme de módulo 1,0 KV/m orientado no sentido positivo do eixo y. Para que não ocorra

49
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

nenhum desvio da partícula nessa região, é necessária a existência de um campo magnético de


intensidade Dado: 1 eV = 1,6 x 10-19 J
A) 1,0 mT B) 2,0 mT C) 3,0 mT
D) 4,0 mT E) 5,0 mT
(EFOMM – 2019)
Um tenente da EFOMM construiu um dispositivo para o laboratório de Física da instituição. O
dispositivo é mostrado na figura a seguir. Podemos observar que uma barra metálica, de 5 m de
comprimento e 30 Kg, está suspensa por duas molas condutoras de preso desprezível, de constante
elástica 500 N/m e presas ao teto. As molas estão com uma deformação de 100 mm e a barra está
imersa num campo magnético uniforme de intensidade 8,0 T. Determine a intensidade e o sentido
da corrente elétrica real que se deve passar pela barra para que as molas não alterem a deformação.

A) 2,5 A, esquerda B) 2,5 A, direita C) 5 A, esquerda


D) 5 A, direita E) 10 A, direita
(EFOMM – 2018)
Uma partícula com carga elétrica penetra, ortogonalmente, num campo magnético uniforme com
velocidade v no ponto cujas coordenadas (x,y) são (0,0) e sai do campo no ponto (0,3R). Durante a
permanência no campo magnético, a componente x da velocidade da partícula, no instante t, é dada
por:
πvt vt vt
A) vsen( ) B) vcos(3R) C) vsen(3R)
R
vt 3vt
D) vcos(1,5R) E) vcos(1,5R)

(EFOMM – 2017)
Uma partícula com carga elétrica de 5 ⋅ 10−6 𝐶 é acelerada entre duas placas planas e paralelas,
entre as quais existe uma diferença de potencial de 100 V. Por um orifício na placa, a partícula
escapa e penetra em um campo magnético de indução magnética uniforme de valor igual a 2,0 ⋅
10−2 𝑇, descrevendo uma trajetória circular de raio igual a 20 cm. Admitindo que a partícula parte
do repouso de uma das placas e que a força gravitacional seja desprezível, qual é a massa da
partícula?
A. 1,4 ⋅ 10−14 𝑘𝑔 B. 2,0 ⋅ 10−14 𝑘𝑔 C. 4,0 ⋅ 10−14 𝑘𝑔
D. 2,0 ⋅ 10−13 𝑘𝑔 E. 4,0 ⋅ 10−13 𝑘𝑔
(EFOMM – 2015)
Em cada uma das figuras dadas abaixo, pequenas bússolas estão dispostas próximas a um ímã.

50
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

Em relação à disposição dos polos magnéticos norte e sul, podemos afirmar que as figuras certas
são apenas
A) I e III. B) I e II. C) II e IV. D) I e IV. E) III e II.
(EFOMM – 2013)
Uma carga positiva q penetra em uma região onde existem os campos elétrico E e magnético B
dados por
⃗E = Ex i + Ey j + Ez ⃗k 𝑁/𝐶
{ ⃗ = vz ⃗k = (2,0 x 103 )k
, com vetor velocidade v ⃗ m/s. Desprezando a
⃗B = By j = (8,0 x 10−3 )j T
força gravitacional, para que o movimento da carga sob a ação dos campos seja retilíneo e uniforme,
as componentes do campo elétrico Ex , Ey e Ez , em N/C, devem valer, respectivamente,
A) +16, zero e zero B) -16, zero e zero C) zero, zero e -4
D) -4, zero e zero E) zero, zero e +4
(EFOMM – 2012)
Uma pequena esfera de massa m = 2,0.10-6 kg e carga elétrica positiva q=+0,30 coulombs gira, no
sentido anti-horário (vista superior), ao redor de uma haste condutora vertical. A esfera e o pequeno
anel em contato com a haste são interligados por um fio isolante e inextensível, de massa
desprezível e comprimento L=2√3 m (ver figura). O ângulo entre a haste e o fio é θ = 30o, e pela
haste sobe uma corrente elétrica I=100 amperes. A velocidade escalar da esfera, em m/s, é

51
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

A) 0,5 B) 1,0 C) √3 D) 2,0 E) √10


(EFOMM – 2011)
Analise a figura a seguir.

A figura expõe as linhas de campo de duas regiões isoladas do espaço, sendo uma de campo
magnético uniforme B ⃗ e a outra de campo elétrico uniforme E ⃗ . Se em cada uma das regiões for
lançada uma partícula carregada de carga +q com velocidade v ⃗ , conforme indicado acima, quais
serão, respectivamente, as trajetórias das partículas na região de campo B ⃗ e de campo E
⃗?
A) Circular e retilínea. B) Helicoidal e parabólica.
C) Helicoidal e retilínea. D) Circular e parabólica.
E) Circular e helicoidal.
(EFOMM – 2010)
Observe a figura a seguir.

Uma partícula de carga negativa q e massa m penetra com velocidade 𝑉 ⃗ pelo orifício X em uma
região de campo magnético uniforme, e desta região sai pelo orifício Y, conforme indica a figura
acima. Observe que a velocidade da partícula é perpendicular às linhas de campo magnético.

52
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

Desprezando os efeitos gravitacionais e considerando (𝑞/𝑚) = 1,2. 1011 𝐶/𝑘𝑔, 𝐵 = 1,0. 10−2 𝑇 e
𝑣 = 6,0. 106 𝑚/𝑠, a distância D entre os orifícios X e Y é igual a quantos milímetros?
A) 3,0 B) 4,0 C) 5,0 D) 6,0 E) 7,0
(EFOMM – 2009)
Seja uma partícula de massa 20 gramas, carregada com 18 microcoulombs, viajando a 500 km/h,
deslocando-se horizontalmente da esquerda para a direita sobre a folha da prova. Suponha que,
nessa região do espaço, exista um campo magnético uniforme de intensidade 120 T, perpendicular
à folha de prova, apontando para dentro. O módulo da força resultante (em newtons) que sobre ela
atua é, aproximadamente, de
(dado : g = 10 𝑚/𝑠 2 )
A) 0,26 B) 0,36 C) 0,46 D) 0,56 E) 0,66
(EFOMM – 2007)
Assinale a alternativa INCORRETA.
a) É impossível separar os polos de um imã natural.
b) A imagem formada por reflexão em espelho plano é virtual, direita e igual ao objeto.
c) Num circuito elétrico onde todos os resistores estão em paralelo, sempre que se acrescentar
outros resistores paralelos aos anteriores, a intensidade da corrente elétrica diminuirá.
d) As forças peso e normal, que agem sobre um bloco assentado num plano horizontal, não formam
um par ação-reação porque uma não origina a outra.
e) O calor sempre flui do corpo de maior temperatura para o de menor temperatura.
(EFOMM – 2006)
Uma carga elétrica de 5 x 10−5 C, de massa 2 x 10−3 kg , penetra um campo magnético de 74,6 T
com velocidade de 200 m/s, em ângulo de 60o (dado → sen 60 o = 0,866); desprezando os efeitos
gravitacionais, a aceleração imposta à partícula carregada é, em m/s2
A) 122 B) 199 C) 253 D) 323 E) 401
(EFOMM – 2005)
Em uma instalação elétrica residencial, um fio 10 (diâmetro = 0,254 cm) é atravessado por corrente
de 40 ampères. A intensidade do campo magnético, em 𝑊𝑏/𝑚2 , na sua superfície é de
( Dado: constante de permeabilidade magnética 𝜇𝑜 = 4𝜋 𝑥 10−7 weber/A.m )
A) 2,7 × 10−3 B) 3,8 × 10−3 C) 4,9 × 10−3
D) 6,3 × 10−3 E) 7,1 × 10−3
(EFOMM – 2005)
Suponha que uma partícula de vidro, de massa 4,5 𝑋 10−7 Kg, viajando a 18 Km/h, tenha adquirido,
por atrito, carga de 3,4 𝑋 10−7 𝐶. Se ela penetrar ortogonalmente em um campo magnético de
4,4 𝑤𝑒𝑏𝑒𝑟/𝑚2 , o módulo da força resultante, em newtons, que nela atua será de,
aproximadamente
Considere:

53
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

- a força magnética ortogonal ao peso; e


- 𝑔 ≅ 10 𝑚/𝑠 2 .
A) 8,7 × 10−6 B) 10,8 × 10−6 C) 12,1 × 10−6
D) 15,2 × 10−6 E) 19,4 × 10−6

4. Gabarito sem comentários nível 1


1) A 15) A 29) D

2) D 16) C 30) E

3) C 17) A 31) D

4) B 18) C 32) B

5) A 19) A 33) E

6) B 20) A 34) B

7) C 21) D 35) C

8) B 22) A 36) B

9) B ou C 23) D 37) C

10) A 24) B 38) D

11) E 25) D 39) D

12) B 26) C 40) A

13) B 27) E

14) A 28) D

54
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

5. Lista de questões nível 1 comentada


(AFA – 2017)
Dois longos fios paralelos estão dispostos a uma distância 𝑙 um do outro e transportam correntes
elétricas de mesma intensidade 𝑖 em sentidos opostos, como ilustra a figura abaixo.

Nessa figura o ponto P é equidistante dos fios. Assim, o gráfico que melhor representa a intensidade
do campo magnético resultante B, no ponto P, em função da abscissa x, é

A) B)

C) D)

Comentários:

Pela regra da mão direita, vemos que se x=0 os campos se somam, além de serem máximos (menor
distância), o que nos leva somente a alternativa A. Além disso, no infinito, os campos são nulos pois o
campo é inversamente proporcional à distância.

Gabarito: A
(AFA – 2013)

55
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

Na região próxima a uma bobina percorrida por corrente elétrica contínua, existe um campo de
indução magnética 𝐵⃗ , simétrico ao seu eixo (eixo 𝑥), cuja magnitude diminui com o aumento do
módulo da abscissa 𝑥, como mostrado na figura abaixo.

Uma partícula de carga negativa é lançada em 𝑥 = 𝑥0 com uma velocidade ⃗⃗⃗⃗


𝑣0 , formando um
ângulo 𝜃 com o sentido positivo do eixo 𝑥.
O módulo da velocidade 𝑣 descrita por essa partícula, devido somente à ação desse campo
magnético, em função da posição 𝑥, é melhor representado pelo gráfico

A) B)

C) D)

Comentários:

Sabemos que o campo magnético não altera a velocidade, ela permanece constante.

Gabarito: D
(AFA – 2002)
Uma partícula de carga positiva, com- velocidade dirigida ao longo do eixo x, penetra, através de
um orifício em O, de coordenadas (0,0), numa caixa onde há um campo magnético uniforme de
módulo B, perpendicular ao plano do papel e dirigido "para dentro” da folha.
Sua trajetória é alterada pelo campo, e a partícula sai da caixa passando por outro orifício, P, de
coordenadas (a,a), com velocidade paralela ao eixo y. Percorre, depois de sair da caixa, o trecho PQ,
paralelo ao eixo y, livre de qualquer força. Em Q sofre uma colisão perfeitamente elástica, na qual
sua velocidade é simplesmente invertida, e volta peto mesmo caminho, entrando de novo na caixa,
pelo orifício P. A ação da gravidade nesse problema é desprezível.

56
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

As coordenadas do ponto, em que a partícula deixa a região que delimita o campo magnético, são
a) (0,0). b) (a,-a). c) (2a,0). d) (2a,-a).

Comentários:

Pela regra da mão direita, quando a partícula atinge o ponto P pela segunda vez, a força magnética
(que age como centrípeta) é para direita, logo a partícula sai no ponto simetricamente oposto a onde
entrou, com coordenadas iguais (2a, 0)

Gabarito: C
(AFA – 2002)
Dois fios metálicos retos, paralelos e longos são percorridos por correntes 3i e i de sentidos iguais
(entrando no plano do papel).

O campo magnético resultante produzido por essas correntes é nulo num ponto 𝑃, tal que
𝑎 1 𝑎 𝑎 1 𝑎
A) 𝑏 = 3 B) 𝑏 = 3 C) 𝑏 = 9 D) 𝑏 = 9

Comentários:

Pela regra da mão direita o campo feito pelo fio da esquerda em P é para baixo e o campo feito
pelo fio da direita em P para cima.

𝜇(3𝑖) 𝜇𝑖 𝑎
= → =3
2𝜋𝑎 2𝜋𝑏 𝑏
Gabarito: B
(AFA – 2000)

57
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

Os dois condutores retilíneos e compridos da figura produzem um campo magnético resultante no


ponto A de intensidade 10−5 𝑇, saindo perpendicularmente do plano do papel. Se substituirmos os
dois condutores por um único condutor, colocado exatamente onde se encontra o condutor 2, a
intensidade de corrente e o sentido, para que o campo em A continue inalterado, serão

a) 2i, para a direita. b) 4i, para a direita.


c) 2i, para a esquerda. d) 4i, para a esquerda.

Comentários:

Pela regra da mão direita, o fio com 2i faz um campo entrando no papel e o fio com 4i faz um
campo saindo do papel, logo temos um campo resultante saindo do papel de intensidade:
𝜇(4𝑖) 𝜇(2𝑖) 𝜇𝑖
𝐵= − =
2𝜋 ⋅ 10 2𝜋 ⋅ 10 10𝜋
Na segunda situação:

𝜇𝑖 ′ 𝜇𝑖
𝐵′ = = → 𝑖 ′ = 2𝑖
2𝜋 ⋅ 10 10𝜋
Para que o campo saia da folha de papel a corrente deve ser para direita.

Gabarito: A
(AFA – 2000)
Uma carga lançada perpendicularmente a um campo magnético uniforme realiza um movimento
circular uniforme (MCU) em função de a força magnética atuar como força centrípeta.
Nesse contexto, pode-se afirmar que, se a velocidade de lançamento da carga dobrar, o
a) período do MCU dobrará.
b) raio da trajetória dobrará de valor.
c) período do MCU cairá para a metade.
d) raio da trajetória será reduzido à metade.

Comentários:

Como a força magnética na partícula desempenha o papel de resultante centrípeta, temos:

58
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

𝑚𝑣 2 𝑚𝑣
= 𝐵𝑞𝑣 → 𝑅 =
𝑅 𝐵𝑞

𝑚𝜔𝑅 𝐵𝑞
𝑅= →𝜔=
𝐵𝑞 𝑚

2𝜋 2𝜋𝑚
𝑇= =
𝜔 𝐵𝑞

Se a velocidade dobrar o raio dobrará e o período continuará inalterado

Gabarito: B
(AFA – 1999)
Sabe-se que um condutor percorrido por uma corrente elétrica pode sofrer o efeito de uma força
magnética devido ao campo magnético uniforme em que o condutor estiver inserido. Nessas
condições, pode-se afirmar que a força magnética
a) atuará sempre de modo a atrair o condutor para a fonte do campo magnético.
b) atuará sempre de modo a afastar o condutor da fonte do campo magnético.
c) será máxima quando o ângulo entre a direção do condutor e o vetor for 90°.
d) será sempre paralela à direção do condutor e o seu sentido será o da movimentação das cargas
negativas

Comentários:

A força magnética vale

𝐹𝑚 = 𝑞𝑣𝐵 sin 𝜃

E é máxima quando o ângulo entre a corrente e o campo vale 90°

Gabarito: C
(AFA – 1999)
Pode-se afirmar que o campo magnético existente na região em torno de um ímã natural é devido
a) à vibração das moléculas no interior do material do imã.
b) aos movimentos específicos dos elétrons existentes nos átomos do material do imã.
c) à repulsão, causada pelo núcleo dos átomos do material, que atua gerando uma corrente elétrica.
d) a pequenos ímãs de magnetita existentes no interior de cada átomo de óxido de ferro.

Comentários:

Um imã natural tem sua nuvem eletrônica se comportando tal maneira que é formado um campo
magnético não nulo em cada molécula, que somados formam um campo magnético maior. A única
alternativa que faz sentido é a B.

59
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

Gabarito: B
(AFA – 1999)
Assinale a alternativa incorreta.
a) A agulha magnética de uma bússola é um ímã que se orienta na direção do campo magnético
terrestre.
b) O pólo sul geográfico atrai o pólo sul de uma agulha magnetizada.
c) Uma carga elétrica submetida à ação de um campo magnético sempre sofrerá a ação de uma
força magnética.
d) Se um fio for percorrido por uma corrente elétrica, será produzido um campo magnético, que
poderá atuar sobre cargas em movimento, exercendo sobre elas uma força magnética.

Comentários:

A. Correta. É o que ocorre em uma agulha magnética.

B. Incorreta. O polo sul magnético atrai o polo sul de uma agulha magnetizada.

C. Incorreta. Se a partícula estiver em repouso ou sua velocidade for paralela ao campo magnético a força
magnética será nula

D. Correta. Nenhum erro.

Gabarito: B ou C
(EN – 2017)
Uma partícula localizada em um ponto P do vácuo, em uma região onde há um campo
eletromagnético não uniforme, sofre a ação da força resultante ⃗⃗⃗
𝐹𝑒 + ⃗⃗⃗⃗
𝐹𝑚 , em que ⃗⃗⃗
𝐹𝑒 é a força elétrica
e ⃗⃗⃗⃗
𝐹𝑚 é a força magnética. Desprezando a força gravitacional, pode-se afirmar que a força resultante
sobre a partícula será nula se
A) a carga elétrica da partícula for nula.
B) a velocidade da partícula for nula.
⃗⃗⃗𝑒 , 𝐹
C) as forças (𝐹 ⃗⃗⃗⃗𝑚 ) tiverem o mesmo módulo, e a carga da partícula for negativa.
⃗⃗⃗𝑒 , ⃗⃗⃗⃗
D) as forças (𝐹 𝐹𝑚 ) tiverem a mesma direção, e a carga da partícula for positiva.
E) no ponto P os campos elétrico e magnético tiverem sentidos opostos.

Comentários:

I. Correto. Se a carga for nula ambos os campos serão nulos.

II. Incorreto. Se a velocidade for nula, inicialmente não haverá campo magnético, mas haverá campo
elétrico

III. Incorreto. Além de terem o mesmo módulo elas devem ter a mesma direção e sentidos opostos

60
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

⃗⃗⃗𝑒 , ⃗⃗⃗⃗
IV. Incorreto. (𝐹 𝐹𝑚 )Veja alternativa anterior.

V. Incorreto. Se os campos magnéticos e elétrico tiverem a mesma direção as forças que esses campos
geram serão perpendiculares.

Gabarito: A
(Simulado EsPCEx)
Uma partícula 𝛼, com carga 𝑞 > 0 e massa 𝑚, incide em uma região onde existe um vetor indução
⃗ , conforme a figura abaixo.
magnética 𝐵

Quando a partícula incide perpendicularmente as linhas de indução, verifica-se que ela descreveria
um MCU, em que o período é igual a 𝑇. Em seguida, a partícula é lançada novamente na região onde
existe o mesmo campo magnético, com a mesma velocidade. Entretanto, ela é lançada formando
um ângulo 𝛼, conforme figura logo a seguir.

Nessa nova situação, a partícula também descreveria um MCU, com um novo período igual a:
[A] 𝑇/cos(𝛼) [B] 𝑇/𝑠𝑒𝑛(2𝛼) [C] 𝑇/𝑡𝑔(𝛼)
𝛼
[D] 𝑇/𝑡𝑔 ( 2 ) [E] 𝑇

Comentários:

Quando a partícula incide perpendicularmente às linhas de indução, então o período é dado por:

2𝜋𝑚
𝑇=
𝑞𝐵

61
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

Note que esse período não depende da velocidade e da forma como a partícula está incidindo.
Logo, mantido o vetor indução magnética, então teremos o mesmo período.

Gabarito: E
(Simulado EsPCEx)
Uma partícula com massa 𝑚 e carga 𝑞 (𝑞 < 0), está girando em uma região onde existe um campo
magnético homogêneo de vetor indução magnética com módulo 𝐵, conforme figua logo a seguir. A
velocidade angular da partícula é dada por:
Dados: despreze os efeitos gravitacionais.

𝑞𝐵 𝑞𝐵 2𝑞𝐵 𝑞𝐵 √2𝑞𝐵
[A] 2𝑚 [B] [C] [D] [E]
𝑚 𝑚 √2𝑚 𝑚

Comentários:

Fazendo o diagrama de forças na partícula, utilizando a regra da mão direita, temos a força
magnética como resultante centrípeta. Logo:

Portanto:

𝐹𝑚 = 𝑅𝑐𝑝

𝑞𝑣𝐵 = 𝑚𝜔2 𝑅

𝑞 ⋅ 𝜔𝑅 ⋅ 𝐵 = 𝑚𝜔2 𝑅

62
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

𝑞𝐵
𝜔=
𝑚

Gabarito: B
(Simulado EN)
A figura indica o sentido de fluxo de corrente por um fio muito longo. No ponto 𝑃, é colocada uma
bússola, cujo lado mais escuro corresponde ao polo “Norte”, representado por 𝑁. Assinale a
alternativa que indica corretamente como seria a posição da bússola na ausência de forças externas.

(A) (B) (C)

(D) (E)

Comentários:

Sabe-se que as linhas de indução causadas pela passagem de corrente por um fio retilíneo são
conforme a seguinte figura:

Dessa forma, a bússola posta no campo no ponto 𝑃 estaria alinhada conforme a figura do item 𝐵,
de modo que o campo a percorre no sentido 𝑆 → 𝑁.

Gabarito: B
(Simulado EsPCEx)
A figura logo a seguir representa seis fios, bem longos, paralelos, por onde passam correntes
elétricas de mesma intensidade 𝐼, mas com os sentidos indicados em cada fio. Sabe-se que o
hexágono formado é regular e possui lado igual a 𝑎. Os fios estão colocados perpendicularmente ao
plano da página. Apenas em 𝐹 a corrente está entrando no plano da página. Dessa forma, a
intensidade do vetor indução magnética no centro do hexágono é dada por:
Dados: a permeabilidade magnética do meio é 𝜇0 .

63
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

𝜇0 𝐼 √6𝜇0 𝐼 3𝜇0 𝐼 √3𝜇0 𝐼 𝜇 𝐼


0
[A] [B] [C] [D] [E] 3𝜋𝑎
𝜋𝑎 2𝜋𝑎 𝜋𝑎 2𝜋𝑎

Comentários:

Como o sentido do vetor indução magnética é definido pela regra da mão direita envolvente, note
que as correntes em 𝐼 e em 𝐹 possuem sentidos opostos e eles estão diametralmente dispostos no
hexágono regular, então eles produzirão vetores indução magnética de mesma direção, mesmo sentido
e mesma intensidade. Logo, tudo se passa como se em 𝐹 tivéssemos uma corrente de 2𝐼, entrando no
plano da página.

Assim, o vetor indução magnética no centro do hexágono regular é dado por:

𝜇0 ⋅ 2𝐼
𝐵=
2𝜋𝑎

𝜇0 𝐼
∴ 𝐵=
𝜋𝑎

Note que 𝐴 e 𝐷 estão diametralmente opostos e as correntes são de mesmo sentido, então
produzirão vetores em mesma direção e sentidos opostos, ou seja, eles irão se anular. O mesmo ocorre
entre 𝐵 e 𝐸.

Gabarito: A
(AFA – 2012)

64
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

Uma partícula de massa 𝑚 e carga elétrica negativa de módulo igual a 𝑞 é lançada com velocidade
𝑣0 , na direção 𝑦, numa região onde atuam, na direção 𝑧, um campo elétrico 𝐸⃗ e o campo
⃗⃗⃗⃗
⃗⃗⃗ , todos uniformes e constantes, conforme
gravitacional 𝑔 e, na direção 𝑥, um campo magnético 𝐵
esquematizado na figura abaixo.

Sendo retilínea a trajetória dessa partícula, nessa região, e os eixos 𝑥, 𝑦 e 𝑧 perpendiculares entre
si, pode-se afirmar que o gráfico que melhor representa a sua velocidade 𝑣 em função do tempo 𝑡
é

A) B)

C) D)

Comentários:

Considere a partícula com carga positiva. Veja que a força magnética tem orientação paga baixo,
a força elétrica para cima e o peso para baixo. Para que a partícula descreva trajetória retilínea todas essas
forças têm que anular, e a velocidade da partícula permanecerá constante. Analogamente para a partícula
negativa. Podemos ainda obter uma relação:

𝐸𝑞 − 𝑚𝑔
𝑞𝑣0 𝐵 + 𝑚𝑔 = 𝐸𝑞 → 𝑣0 =
𝑞𝐵

Gabarito: A
(AFA – 2011)

65
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

Considere um elétron partindo do repouso e percorrendo uma distância retilínea, somente sob a
ação de um campo elétrico uniforme gerado por uma ddp 𝑈, até passar por um orifício e penetrar
numa região na qual atua somente um campo magnético uniforme de intensidade 𝐵. Devido à ação
desse campo magnético, o elétron descreve uma semicircunferência atingindo um segundo orifício,
diametralmente oposto ao primeiro. Considerando o módulo da carga do elétron igual a 𝑞 e sua
massa igual a 𝑚, o raio da semicircunferência descrita é igual a
1 1
𝐵𝑞 𝐵𝑞 2 1 2𝑚𝑈 2 2𝑚𝑈 2
a) 𝑚𝑈 b) (𝑚𝑈) c) . ( ) d) ( 𝐵𝑞 )
𝐵 𝑞

Comentários:

A velocidade que o elétron chega no orifício pode ser calculada por conservação de energia:

𝑚𝑣 2 2qU
= 𝑞U → v = √
2 m

Já depois do orifício a força magnética age como centrípeta:

𝑚𝑣 2 𝑚𝑣 1 2𝑚𝑈
𝑞𝑣𝐵 = →𝑅= = √
𝑅 𝑞𝐵 𝐵 𝑞

Gabarito: C
(AFA – 2010)
Uma partícula de massa 𝑚 carregada eletricamente com carga 𝑞, é solta em queda livre de uma
altura ℎ acima do plano horizontal 𝑥𝑦, conforme ilustra a figura abaixo.

Se nesta região, além do campo gravitacional 𝑔 , atua também um campo magnético uniforme 𝐵̅ na
direção 𝑂𝑦, a energia cinética da partícula ao passar pelo plano 𝑥𝑦 valerá
a) 𝑚𝑔ℎ b) 𝑚ℎ √𝑔2 + 𝐵 2 c) 𝑚𝑔ℎ (𝑔 + 𝐵) d) 𝑚𝑔ℎ (𝑔2 − 𝐵 2 )

Comentários:

Como o campo magnético não muda a velocidade, por conservação de energia:

𝑚𝑣 2
𝑚𝑔ℎ =
2

66
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

Gabarito: A
(AFA – 2007)
A figura mostra uma região na qual atua um campo magnético uniforme de módulo B. Uma partícula
de massa 𝑚, carregada positivamente com carga 𝑞, é lançada no ponto 𝐴 com uma velocidade de
módulo 𝑣 e direção perpendicular às linhas do campo. O tempo que a partícula levará para atingir
o ponto 𝐵 é

𝜋𝐵𝑞 𝜋𝑚 2𝜋𝑚 𝜋𝐵𝑞


a) b) c) d)
𝑚 𝐵𝑞 𝐵𝑞 2𝑚

Comentários:

Sabemos que a partícula descreverá uma semicircunferência, com a força magnética atuando
como centrípeta:

𝑞𝐵 2𝜋 2𝜋𝑚
𝑚𝜔2 𝑅 = 𝑞𝜔𝑅𝐵 → 𝜔 = = →𝑇=
𝑚 𝑇 𝑞𝐵

Gabarito: C
(AFA – 2006)
O esquema a seguir é de um aparelho utilizado para medir a massa dos íons.

O íon de carga +q é produzido, praticamente em repouso, por meio da descarga de um gás, realizada
na fonte F. O íon é, então acelerado por uma d.d.p U, penetrando, depois num campo magnético B.
No interior do campo, o íon descreve uma órbita semicircular de raio r, terminando por atingir uma
placa fotográfica, na qual deixa uma imagem. A massa do íon pode ser calculada por

67
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

B2 r2 |q| 2B2 r2 B2 r2 2B2 r2 |q|


a) b) c) 2U|q| d)
2U U|q| U

Comentários:

Por conservação de energia:

𝑚𝑣 2 2𝑞𝑈
= 𝑞𝑈 → 𝑣 = √
2 𝑚

A força magnética age como centrípeta:

𝑚𝑣 2 𝑞𝐵𝑅 2𝑞𝑈 𝑞 2 𝐵 2 𝑅 2 2𝑞𝑈 𝑞𝐵 2 𝑅 2


= 𝑞𝑣𝐵 → 𝑣 = = √ → = →𝑚=
𝑅 𝑚 𝑚 𝑚2 𝑚 2𝑈

Gabarito: A
(AFA – 2005)
A figura seguinte representa duas espiras circulares, concêntricas e coplanares percorridas por
correntes elétricas contínuas cujo sentido está indicado.

O campo magnético gerado por estas duas espiras poderá ser nulo
a) em C ou D.
b) apenas em D.
c) em nenhum deles.
d) apenas em C.

Comentários:

Pela regra da mão direita, tanto em C quanto tem D temos campos com sentidos opostos, logo
ambos podem ser nulos.

Gabarito: A
(AFA – 2005)
Um campo magnético uniforme B é aplicado na direção e sentido do eixo y onde um elétron é
lançado no sentido positivo do eixo z.

68
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

A trajetória descrita pelo elétron é


a) retilínea, na direção do eixo Ox.
b) parabólica, situada no plano yz.
c) hélice cilíndrica, com eixo Oz.
d) circular, situada no plano xz.

Comentários:

Como a velocidade é perpendicular ao campo, a trajetória da partícula é circular no plano


perpendicular ao y, ou seja, xz.

Gabarito: D
(EN – 2014)
Observe a figura a seguir.

Paralelo ao eixo horizontal x, há dois fios muito longos e finos. Conforme indica a figura acima, o fio
1 está a 0,2m de distância do eixo x, enquanto o fio 2 está a 0,1m. Pelo fio 1, passa uma corrente
i1 = 7,0mA e, pelo fio2, i2 = 6,0mA, ambas no sentido positivo de x. Um elétron (carga =
e, massa = me ) se desloca sobre o eixo x com velocidade constante. Sabendo que os dois fios e a
trajetória do elétron estão no mesmo plano, qual o módulo, em mm/s, e o sentido do vetor
velocidade do elétron em relação ao sentido das correntes i1 e i2?
Dados: 𝑔 = 10𝑚/𝑠 2
𝑇. 𝑚
𝜇0 = 4𝜋. 10−7
𝐴
𝑒 𝐶
= 2.1011
𝑚𝑒 𝑘𝑔
A) 10 e contrário. B) 20 e igual. C) 30 e contrário.
D) 40 e igual. E) 50 e contrário.

69
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

Comentários:

Pela regra da mão direita o campo magnético de 2 entra na folha enquanto o de 1 sai dela. O
módulo da força de 2 é maior que a de 1, para equilibrar o corpo a força 2 deve ser para cima, logo a
velocidade do elétron deve ser para a esquerda.

𝐵2 𝑒𝑣 = 𝐵1 𝑒𝑣 + 𝑚𝑔
𝑚𝑔 𝑚𝑔
→𝑣= = = 10 𝑚𝑚/𝑠
(𝐵2 − 𝐵1 )𝑒 𝜇𝑒 ( 𝑖2 − 𝑖1 )
2𝜋 0,1 0,2

Gabarito: A
(EN – 2013)
Na figura abaixo, e1 e e2 são duas espiras circulares, concêntricas e coplanares de raios r1 = 8,0 m e
r2 = 2,0 m, respectivamente. A espira e2 é percorrida por uma corrente i2 = 4,0 A, no sentido anti-
horário. Para que o vetor campo magnético resultante no centro das espiras seja nulo, a
espira e1 deve ser percorrida, no sentido horário, por uma corrente i1, cujo valor, em amperes, é de

A. 4,0 B. 8,0 C. 12 D. 16 E. 20

Comentários:

Para que o campo magnético resultante no centro seja nulo, temos:

𝜇𝑖1 𝜇𝑖2
= → 𝑖1 = 16 𝐴
2𝑟1 2𝑟2

Gabarito: D
(EN – 2012)
Um plano horizontal α contém determinado ponto O sobre o equador (geográfico), num local onde
o campo magnético terrestre tem componente horizontal . Sob a ação única desse campo, a
agulha magnetizada AA' de uma bússola de eixo vertical se alinhou ao meridiano magnético que
passa por O, como mostra a figura. Considere que as propriedades magnéticas do planeta são as de
uma barra cilíndrica imantada com polos magnéticos M e M', ambos pontos da superfície terrestre.
Já o eixo de rotação da Terra passa pelos polos geográficos G e G'. Se esses quatro polos têm suas
projeções verticais em α ( Mα,...,G'α ) alinhadas com a agulha, um navegante, partindo de O no

70
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

sentido sul indicado inicialmente pela bússola, e que gygse desloque sem desviar sua direção,
primeiramente passará próximo ao polo

A) geográfico sul, se o polo mais próximo de O for o polo magnético norte (barra imantada).
B) geográfico sul, se o polo mais próximo de O for o polo magnético sul (barra imantada).
C) geográfico norte, se o polo mais próximo de O for o polo magnético norte (barra imantada).
D) magnético norte, se o polo mais próximo de O for o polo magnético sul (barra imantada).
E) magnético sul (barra imantada), se esse for o polo mais próximo de O.

Comentários:

Essa, para mim, é uma das questões mais difíceis que já caiu na Escola Naval. Não é uma questão
que exige cálculo nenhum, mas ela exige um conhecimento que quase nenhum aluno tem, além de a
questão ser bem difícil de entender e ter pegadinhas. Vamos então resolver.

Galera, a bússola sempre aponta para o polo sul magnético, grave isso. Esse polo, por coincidência
(coincidência mesmo pois ao longo da história os polos magnéticos sempre mudam/invertem de lugar) é
bem perto do polo norte geográfico. Veja a figura a seguir para ficar mais claro:

71
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

Veja que se o polo magnético mais próximo do observador é o Sul, quer dizer que ele está na parte
esquerda da imagem. Como segundo o exercício ele está indo no sentido sul da bússola (que na verdade
é o norte magnético, próximo do sul geográfico), ele está descendo o mapa. O primeiro polo que ele vai
encontrar é o sul geográfico, conforme a figura. Já se ele estiver mais próximo do norte magnético, que é
o lado direito, o primeiro polo que ele vai encontrar vai ser o norte magnético. Das alternativas, a única
que contempla uma das duas situações é B. O que pode ter ficado confuso para a maioria das pessoas é
que a imagem que o exercício forneceu tem a projeção de 𝑀𝛼′ , e não o próprio ponto, pois ele fica no
meridiano oposto, conforme a figura anterior.

Gabarito: B
(EN – 2008)
Uma partícula eletrizada de massa m e carga elétrica + q é lançada, com velocidade 𝑉 ⃗ =
(𝑣 𝑐𝑜𝑠 𝜃). 𝑖̂ + (𝑣 𝑠𝑒𝑛𝜃). 𝑗̂, no interior de um campo magnético uniforme 𝐵 ⃗ = 𝐵0 . 𝑖̂ (𝐵0 =
constante). Despreze a ação da gravidade. O trabalho realizado pela força magnética, que atua
sobre a partícula, em um intervalo de tempo ∆𝑡, é
(A) 𝑞𝑣 2 𝐵0 (𝑠𝑒𝑛 𝜃)(cos 𝜃). ∆𝑡 (B) 𝑞𝑣 2 𝐵0 (cos 𝜃). ∆𝑡
(C) 𝑞𝑣𝐵0 . ∆𝑡 (D) zero
(E) 𝑞𝑣𝐵02 (cos 𝜃) ∆𝑡

Comentários:

A força magnética não realiza trabalho.

Gabarito: D
(EN – 2008)
Dois fios condutores (1) e (2), longos e paralelos, são percorridos por correntes elétricas constantes
𝐼1 e 𝐼2 = 3𝐼1 , de sentidos contrários. A relação entre os módulos das forças magnéticas |𝐹𝑚(1) |sobre
o fio (1) e |𝐹𝑚(2) | sobre o fio (2) é
(A) |𝐹𝑚(2) | = 3. |𝐹𝑚(1) | (B) |𝐹𝑚(1) | = 3. |𝐹𝑚(2) |
(C) |𝐹𝑚(1) | = |𝐹𝑚(2) | (D) |𝐹𝑚(2) | = 6. |𝐹𝑚(1) |
(E) |𝐹𝑚(1) | = 6. |𝐹𝑚(2) |

Comentários:

Por ação e reação ambas as forças são iguais.

Gabarito: C
(EFOMM – 2020)
Uma partícula de massa m = 1,0 x 10-26 Kg e carga q = 1,0 nC, com energia cinética de 1,25 KeV,
movendo-se na direção positiva do eixo x, penetra em uma região do espaço onde existe um campo
elétrico uniforme de módulo 1,0 KV/m orientado no sentido positivo do eixo y. Para que não ocorra

72
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

nenhum desvio da partícula nessa região, é necessária a existência de um campo magnético de


intensidade Dado: 1 eV = 1,6 x 10-19 J
A) 1,0 mT B) 2,0 mT C) 3,0 mT
D) 4,0 mT E) 5,0 mT

Comentários:

É necessária a existência de um campo magnético no sentido positivo do eixo z, gerando uma força
em y negativo que anula o campo.

𝑚𝑣 2
= 1250 ⋅ 1,6 ⋅ 10−19 → 𝑣 = 2 ⋅ 105 𝑚/𝑠
2
𝐸
𝐸𝑞 = 𝑞𝑣𝐵 → 𝐵 = = 5𝑚𝑇
𝑣
Gabarito: E
(EFOMM – 2019)
Um tenente da EFOMM construiu um dispositivo para o laboratório de Física da instituição. O
dispositivo é mostrado na figura a seguir. Podemos observar que uma barra metálica, de 5 m de
comprimento e 30 Kg, está suspensa por duas molas condutoras de preso desprezível, de constante
elástica 500 N/m e presas ao teto. As molas estão com uma deformação de 100 mm e a barra está
imersa num campo magnético uniforme de intensidade 8,0 T. Determine a intensidade e o sentido
da corrente elétrica real que se deve passar pela barra para que as molas não alterem a deformação.

A) 2,5 A, esquerda B) 2,5 A, direita C) 5 A, esquerda


D) 5 A, direita E) 10 A, direita

Comentários:

A força elástica vale:

𝐹𝑒 = 2𝑘𝑑 = 100𝑁

Como a força elástica é menor que o peso, a força magnética deve ser para cima (para que a
resultante seja nula), consequentemente precisamos ter uma corrente para a direita.

𝐹𝑚 + 𝐹𝑒 = 𝑃 → 𝐹𝑚 = 200𝑁

𝐹𝑚
𝐹𝑚 = 𝐵𝑖𝑙 → 𝑖 = = 5𝐴
𝐵𝐿

73
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

Gabarito: D
(EFOMM – 2018)
Uma partícula com carga elétrica penetra, ortogonalmente, num campo magnético uniforme com
velocidade v no ponto cujas coordenadas (x,y) são (0,0) e sai do campo no ponto (0,3R). Durante a
permanência no campo magnético, a componente x da velocidade da partícula, no instante t, é dada
por:
πvt vt vt
A) vsen( ) B) vcos(3R) C) vsen(3R)
R
vt 3vt
D) vcos(1,5R) E) vcos(1,5R)

Comentários:

O raio da trajetória vale 1,5R, além disso, como a velocidade inicial é no sentido x positivo:
𝑣𝑡
𝑣𝑥 = 𝑣 cos 𝜔𝑡 = 𝑣 cos ( )
1,5𝑅

Gabarito: D
(EFOMM – 2017)
Uma partícula com carga elétrica de 5 ⋅ 10−6 𝐶 é acelerada entre duas placas planas e paralelas,
entre as quais existe uma diferença de potencial de 100 V. Por um orifício na placa, a partícula
escapa e penetra em um campo magnético de indução magnética uniforme de valor igual a 2,0 ⋅
10−2 𝑇, descrevendo uma trajetória circular de raio igual a 20 cm. Admitindo que a partícula parte
do repouso de uma das placas e que a força gravitacional seja desprezível, qual é a massa da
partícula?
A. 1,4 ⋅ 10−14 𝑘𝑔 B. 2,0 ⋅ 10−14 𝑘𝑔 C. 4,0 ⋅ 10−14 𝑘𝑔
D. 2,0 ⋅ 10−13 𝑘𝑔 E. 4,0 ⋅ 10−13 𝑘𝑔

Comentários:

Por conservação de energia:

𝑚𝑣 2 2𝑉𝑞
= 𝑉𝑞 → 𝑣 = √
2 𝑚

A força magnética age como centrípeta:

𝑚𝑣 2 𝑞𝐵𝑅 2𝑉𝑞
= 𝑞𝑣𝐵 → 𝑣 = =√
𝑅 𝑚 𝑚

𝑞𝐵 2 𝑅 2 (5 ⋅ 10−6 ) ⋅ (2 ⋅ 10−2 )2 ⋅ (2 ⋅ 10−1 )2


𝑚= = = 4 ⋅ 10−13 𝑘𝑔
2𝑉 2 ⋅ 100
Gabarito: E

74
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

(EFOMM – 2015)
Em cada uma das figuras dadas abaixo, pequenas bússolas estão dispostas próximas a um ímã.

Em relação à disposição dos polos magnéticos norte e sul, podemos afirmar que as figuras certas
são apenas
A) I e III. B) I e II. C) II e IV. D) I e IV. E) III e II.

Comentários:

Como sabemos polos opostos se atraem, logo os polos das bússolas mais próximos do norte terão
que ser S e os mais próximos do sul N. As alternativas I e IV estão corretas.

Gabarito: D
(EFOMM – 2013)
Uma carga positiva q penetra em uma região onde existem os campos elétrico E e magnético B
dados por
⃗ = Ex i + Ey j + Ez ⃗k 𝑁/𝐶
E
{ , com vetor velocidade v ⃗ = (2,0 x 103 )k
⃗ = vz k ⃗ m/s. Desprezando a
⃗B = By j = (8,0 x 10−3 )j T
força gravitacional, para que o movimento da carga sob a ação dos campos seja retilíneo e uniforme,
as componentes do campo elétrico Ex , Ey e Ez , em N/C, devem valer, respectivamente,
A) +16, zero e zero B) -16, zero e zero C) zero, zero e -4
D) -4, zero e zero E) zero, zero e +4

Comentários:

75
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

Pela regra da mão direita, temos uma força magnética em x negativo de intensidade igual:

𝐹𝑚 = 𝑞𝑣𝐵 = 16𝑞 𝑁

Logo devemos ter:

𝐸𝑥 = 16 𝑁/𝐶

𝐸𝑦 = 0

𝐸𝑧 = 0

Gabarito: B
(EFOMM – 2012)
Uma pequena esfera de massa m = 2,0.10-6 kg e carga elétrica positiva q=+0,30 coulombs gira, no
sentido anti-horário (vista superior), ao redor de uma haste condutora vertical. A esfera e o pequeno
anel em contato com a haste são interligados por um fio isolante e inextensível, de massa
desprezível e comprimento L=2√3 m (ver figura). O ângulo entre a haste e o fio é θ = 30o, e pela
haste sobe uma corrente elétrica I=100 amperes. A velocidade escalar da esfera, em m/s, é

A) 0,5 B) 1,0 C) √3 D) 2,0 E) √10

Comentários:

O campo magnético é paralelo à velocidade, logo a força magnética é nula.

𝑇 cos 𝜃 = 𝑚𝑔

𝑚𝑣 2
𝑇 sin 𝜃 =
𝑅

𝑣2 𝑔𝐿 sin2 𝜃
tan 𝜃 = → 𝑣 = √𝑔𝑅 tan 𝜃 = √ = √10𝑚/𝑠
𝑔𝑅 cos 𝜃

Gabarito: E
(EFOMM – 2011)

76
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

Analise a figura a seguir.

A figura expõe as linhas de campo de duas regiões isoladas do espaço, sendo uma de campo
magnético uniforme ⃗B e a outra de campo elétrico uniforme ⃗E. Se em cada uma das regiões for
lançada uma partícula carregada de carga +q com velocidade v ⃗ , conforme indicado acima, quais
serão, respectivamente, as trajetórias das partículas na região de campo ⃗B e de campo ⃗E?
A) Circular e retilínea. B) Helicoidal e parabólica.
C) Helicoidal e retilínea. D) Circular e parabólica.
E) Circular e helicoidal.

Comentários:

Para o campo magnético teremos uma velocidade paralela ao campo constante e uma velocidade
perpendicular ao campo formando um círculo, portanto um movimento helicoidal com eixo central para
direita. Já para o campo elétrico teremos uma velocidade constante para cima e uma aceleração
constante para direita, portanto um movimento parabólico.

Gabarito: B
(EFOMM – 2010)
Observe a figura a seguir.

Uma partícula de carga negativa q e massa m penetra com velocidade 𝑉 ⃗ pelo orifício X em uma
região de campo magnético uniforme, e desta região sai pelo orifício Y, conforme indica a figura
acima. Observe que a velocidade da partícula é perpendicular às linhas de campo magnético.
Desprezando os efeitos gravitacionais e considerando (𝑞/𝑚) = 1,2. 1011 𝐶/𝑘𝑔, 𝐵 = 1,0. 10−2 𝑇 e
𝑣 = 6,0. 106 𝑚/𝑠, a distância D entre os orifícios X e Y é igual a quantos milímetros?
A) 3,0 B) 4,0 C) 5,0 D) 6,0 E) 7,0

Comentários:

A força magnética age como centrípeta:

77
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

𝑚𝑣 2 𝑚𝑣
= 𝑞𝑣𝐵 → 𝑅 = = 5𝑚𝑚
𝑅 𝑞𝐵

Pela geometria do problema:

𝐷 = 𝑅 = 5 𝑚𝑚

Gabarito: C
(EFOMM – 2009)
Seja uma partícula de massa 20 gramas, carregada com 18 microcoulombs, viajando a 500 km/h,
deslocando-se horizontalmente da esquerda para a direita sobre a folha da prova. Suponha que,
nessa região do espaço, exista um campo magnético uniforme de intensidade 120 T, perpendicular
à folha de prova, apontando para dentro. O módulo da força resultante (em newtons) que sobre ela
atua é, aproximadamente, de
(dado : g = 10 𝑚/𝑠 2 )
A) 0,26 B) 0,36 C) 0,46 D) 0,56 E) 0,66

Comentários:

A força magnética tem sentido para cima da folha:

500
𝐹𝑚 = 𝑞𝑣𝐵 = (18 ⋅ 10−6 ) ⋅ ( ) ⋅ 120 = 0,3𝑁
3,6

O peso tem sentido entrando na folha (veja que ele se referiu à folha de prova, que está no plano
horizontal paralelo com o chão, provavelmente você aluno está vendo isso em uma tela de computador
vertical ao chão):

𝑃 = 𝑚𝑔 = 0,2𝑁

A força resultante vale:

𝐹 = √𝐹𝑚2 + 𝑃2 = 0,36𝑁

Gabarito: B
(EFOMM – 2007)
Assinale a alternativa INCORRETA.
a) É impossível separar os polos de um imã natural.
b) A imagem formada por reflexão em espelho plano é virtual, direita e igual ao objeto.
c) Num circuito elétrico onde todos os resistores estão em paralelo, sempre que se acrescentar
outros resistores paralelos aos anteriores, a intensidade da corrente elétrica diminuirá.
d) As forças peso e normal, que agem sobre um bloco assentado num plano horizontal, não formam
um par ação-reação porque uma não origina a outra.
e) O calor sempre flui do corpo de maior temperatura para o de menor temperatura.

78
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

Comentários:

A. Correta. Quando um imã natural é quebrado no meio, são formados dois outros imãs ambos com polos
norte e sul. Lembre-se que monopolos magnéticos ainda não foram descobertos

B. Correta. Perfeita.

C. Incorreta. Quando mais resistores são associados em paralelo, a resistência equivalente diminui, logo
𝑈
a corrente aumenta pois 𝑖 = 𝑅

D. Correta. A reação do Peso é a força gravitacional que o corpo atrai o núcleo da Terra. A reação à Normal
é a força que o corpo aplica no chão.

E. Correta. É a lei zero da termodinâmica.

Gabarito: C
(EFOMM – 2006)
Uma carga elétrica de 5 x 10−5 C, de massa 2 x 10−3 kg , penetra um campo magnético de 74,6 T
com velocidade de 200 m/s, em ângulo de 60o (dado → sen 60 o = 0,866); desprezando os efeitos
gravitacionais, a aceleração imposta à partícula carregada é, em m/s2
A) 122 B) 199 C) 253 D) 323 E) 401

Comentários:

Somente a parcela perpendicular do campo gera força magnética:

𝑞𝑣𝐵 sin 𝜃 (5 ⋅ 10−5 ) ⋅ (200) ⋅ (74,6) ⋅ (0,866)


𝐹𝑚 = 𝑚𝑎 = 𝑞𝑣𝐵 sin 𝜃 → 𝑎 = =
𝑚 2 ⋅ 10−3
𝑎 = 323 𝑚/𝑠 2

Gabarito: D
(EFOMM – 2005)
Em uma instalação elétrica residencial, um fio 10 (diâmetro = 0,254 cm) é atravessado por corrente
de 40 ampères. A intensidade do campo magnético, em 𝑊𝑏/𝑚2 , na sua superfície é de
( Dado: constante de permeabilidade magnética 𝜇𝑜 = 4𝜋 𝑥 10−7 weber/A.m )
A) 2,7 × 10−3 B) 3,8 × 10−3 C) 4,9 × 10−3
D) 6,3 × 10−3 E) 7,1 × 10−3

Comentários:

Galera, 𝑊𝑏/𝑚2 = 𝑇. Aplicando a equação da intensidade de campo para um fio, temos:

𝜇𝑖 (4𝜋 ⋅ 10−7 ) ⋅ (40)


𝐵= = = 6,3 ⋅ 10−3 𝑊𝑏/𝑚2
2𝜋𝑅 2𝜋 ⋅ 0,127 ⋅ 10−2

79
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

Gabarito: D
(EFOMM – 2005)
Suponha que uma partícula de vidro, de massa 4,5 𝑋 10−7 Kg, viajando a 18 Km/h, tenha adquirido,
por atrito, carga de 3,4 𝑋 10−7 𝐶. Se ela penetrar ortogonalmente em um campo magnético de
4,4 𝑤𝑒𝑏𝑒𝑟/𝑚2 , o módulo da força resultante, em newtons, que nela atua será de,
aproximadamente
Considere:
- a força magnética ortogonal ao peso; e
- 𝑔 ≅ 10 𝑚/𝑠 2 .
A) 8,7 × 10−6 B) 10,8 × 10−6 C) 12,1 × 10−6
D) 15,2 × 10−6 E) 19,4 × 10−6

Comentários:

Para a força magnética, temos:

18
𝐹𝑚 = 𝑞𝑣𝐵 = (3,4 ⋅ 10−7 ) ⋅ ( ) ⋅ (4,4) = 7,48𝜇𝑁
3,6

𝑃 = 𝑚𝑔 = 4,5𝜇𝑁

𝐹 = √𝑃2 + 𝐹𝑚2 = 8,7 ⋅ 10−6 𝑁

Gabarito: A

6. Lista de questões nível 2


(AFA – 2005)
Espectrômetros de massa são aparelhos utilizados para determinar a quantidade relativa de
isótopos dos elementos químicos. A figura mostra o esquema de um espectrômetro e a trajetória
descrita por um íon de massa m e carga 2e.

80
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

Esse íon é acelerado a partir do repouso, na região I, por um campo elétrico uniforme de intensidade
E.
Ao penetrar na região II, descreve uma trajetória circular sob efeito de um campo magnético de
intensidade B.
Desprezando-se as ações gravitacionais, a massa m do íon pode ser calculada por
REe RB2 RB2 e eB2
a) b) c) d) 2RE
B2 Ee 2E

(AFA – 2004)
Uma partícula eletrizada com carga negativa é lançada com velocidade 𝑣 numa região onde há dois
campos uniformes: um magnético 𝐵 ⃗ e um elétrico E , conforme a figura.

Sabendo que 𝑣 = 2,0.105 𝑚/𝑠 e 𝐵 = 1,0.10−3 𝑇, calcule a intensidade de vetor campo elétrico,
em volts por metro, de modo que a partícula descreva um movimento retilíneo uniforme.
a) 1,0.108 b) 2,0.102 c) 5,0.101 d) 5,0.100
(AFA – 2003)
A figura abaixo mostra uma região onde existe um campo elétrico de módulo 𝐸, vertical e
apontando para baixo. Uma partícula de massa m e carga 𝑞, positiva, penetra no interior dessa
região através do orifício 𝑂, com velocidade horizontal, de módulo 𝑣. Despreze os efeitos da
gravidade.

81
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

Introduz-se na região considerada um campo magnético de módulo 𝐵 com direção perpendicular à


folha de papel. Para que a partícula se mova, com velocidade 𝑣 e em linha reta nessa região, o valor
de 𝐵 será
𝐸𝑣 𝑚𝑣 𝐸 𝑚𝑞
A) B) C) 𝑣 D)
𝑞 𝐸𝑞 𝐸𝑣

(AFA – 2003)
Uma carga elétrica q de massa m penetra num campo de indução magnética 𝐵, conforme a figura
abaixo:

Sabendo-se que, ao penetrar no campo com velocidade 𝑣, descreve uma trajetória circular, é
INCORRETO afirmar que o tempo gasto para atingir o anteparo é
a) proporcional a 𝐵. b) independente de 𝑣.
c) proporcional a 𝑚. d) inversamente proporcional a 𝑞.
(AFA – 2003)
Um feixe de elétrons com velocidade 𝑣 penetra num capacitor plano a vácuo. A separação entre as
armaduras é 𝑑. No interior do capacitor existe um campo de indução magnética 𝐵, perpendicular
ao plano da figura.

A tensão em que se deve eletrizar o capacitor, para que o feixe não sofra deflexão, pode ser
calculada por
𝑣𝑑 𝐵 𝑣𝐵
A) B) 𝑣𝑑 C) 𝑣𝑑𝐵 D)
𝐵 𝑑

(AFA – 2009)
O trecho 𝐴𝐵, de comprimento 30 cm, do circuito elétrico abaixo, está imerso num campo magnético
uniforme de intensidade 4 T e direção perpendicular ao plano da folha. Quando a chave CH é
fechada e o capacitor completamente carregado, atua sobre o trecho 𝐴𝐵 uma força magnética de
intensidade 3 N, deformando-o, conforme a figura.

82
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

Sabe-se que os fios são ideais. A intensidade da corrente elétrica, em ampères, e a diferença de
potencial elétrico entre os pontos 𝐶 e 𝐷, em volts, são, respectivamente
a) 25 e 50 b) 5 e 10 c) 2,5 e 5 d) 1,25 e 2,5
(AFA – 2014)
Na figura abaixo, estão representados dois longos fios paralelos, dispostos a uma distância 𝑙 um do
outro, que conduzem a mesma corrente elétrica 𝑖 em sentidos opostos.

Num ponto 𝑃 do plano 𝑥𝑦, situado a uma distância d de cada um dos fios, lança-se uma partícula,
com carga elétrica positiva 𝑞 na direção do eixo 𝑦, cuja velocidade tem módulo igual a 𝑣.
Sendo µ a permeabilidade absoluta do meio e considerando desprezível a força de interação entre
as correntes elétricas nos fios, a força magnética que atua sobre essa partícula, imediatamente após
o lançamento, tem módulo igual a
µ𝑖𝑞𝑣 µ𝑖𝑙𝑞𝑣 µ𝑖𝑙𝑞𝑣
a) zero b) 2𝜋𝑑2 c) 2𝜋𝑑2 d) 2𝜋𝑑

(Simulado EFOMM)
Analise a figura abaixo.

83
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

A figura mostra dois fios condutores infinitos, percorridos por correntes de mesma intensidade 𝐼,
sendo que uma está saindo do plano da página e a outra entrando no plano da página. Se desejamos
a máxima intensidade do vetor indução magnética em 𝑃, o valor de 𝑥 e a intensidade de 𝐵 ⃗ , valem,
respectivamente:
Adote: a permeabilidade magnética do meio é 𝜇0 .
𝜇0 𝐼 𝜇0 𝐼 𝜇0 𝐼
(A) 0; (B) 0; (C) 𝑑/2;
𝑑 𝜋𝑑 𝑑
𝜇0 𝐼 𝜇0 𝐼
(D) 2𝑑; (E) 𝑑;
𝜋𝑑 𝑑

(Simulado EN)
Analise a figura abaixo.

Duas partículas com cargas iguais a +𝑞 entram perpendicularmente a uma região onde existe um
campo magnético homogêno. Sabe-se que as partículas possuem velocidades de mesma
𝑚 7
intensidade. Além disso, a razão entre as massas é dada por 𝑚1 = 8. Se os raios das trajetórias 𝑅1 e
2
𝑅2 , dados em cm, são os números inteiros tais que 𝑅1 /𝑅2 forma uma fração irredutível, então a
distância que separa as impressões deixadas pelas partículas ao colidir com a placa fotográfica, em
cm, é de:
(A) 1 (B) 2 (C) 3 (D) 4 (E) 5
(Simulado EsPCEx)
A figura abaixo representa dois fios finos, retilineos, muito longos, que estão no vácuo separados
por uma distância 𝑑 e por eles passam correntes elétricas de mesma intensidade, mas sentidos
opostos. No fio 𝑥, a corrente está saindo do plano da página e no fio 𝑦 a corrente está entrando no
plano da página. Sabe-se que a permeabilidade magnética do meio é 𝜇0 . Se a intensidade das
correntes é 𝑖, então a intensidade do vetor indução magnética em 𝑃 é dada por:

𝜇 𝑖𝑟
0 𝜇 𝑖𝑑
0 𝜇 𝑖
0 𝜇0 𝑖 𝜇 𝑖𝑟
0
[A] 2𝜋𝑑 2
[B] 2𝜋𝑟 2
[C] 2𝜋𝑟 [D] [E] 𝜋𝑑 2
𝜋𝑟

84
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

(Simulado EsPCEx)
A figura a seguir representa um triângulo retângulo e isósceles 𝑃𝑄𝑅, com hipotenusa igual a 𝑎. Uma
corrente 𝐼 passa pelo fio 𝑄, entrando perpendicularmente ao plano da página. No outro fio em 𝑅, a
corrente de mesma intensidade 𝐼 está saindo do plano da página. Dessa forma, a intensidade do
vetor indução magnética em 𝑃 é dada por:
Dados: a permeabilidade magnética do meio é 𝜇0 .

√2𝜇0 𝐼 𝜇0 𝐼 𝜇0 𝐼 √2𝜇0 𝐼 √2𝜇0 𝐼


[A] [B] [C] [D] [E]
2𝜋𝑎 𝑎 𝜋𝑎 2𝑎 𝜋𝑎

(EN – 2011)
Uma pequena esfera carregada, de massa m = 0,400kg e carga elétrica q = 7,50.10−1 C, está
presa à mola ideal de constante elástica K = 40,0N/m. O sistema esfera -mola oscila em M.H.S,
com amplitude A = 10,0cm, sobre uma rampa formando uma ângulo de 30° com a horizontal. A
esfera move-se numa região onde existe um campo magnético uniforme de módulo igual a 2,00
teslas, perpendicular ao plano do movimento (conforme a figura abaixo). Despreze os atritos e a
magnetização da mola. No instante em que a mola estiver esticada 10,0cm em relação ao seu
tamanho natural, se afastando da posição de equilíbrio do sistema esfera-mola, o módulo da força
normal (em newtons) exercida pelo plano inclinado (rampa) sobre a esfera é 𝐃𝐚𝐝𝐨: | 𝐠 | =
𝟏𝟎, 𝟎 𝐦 / 𝐬²

A) 1,50. √3 B) 2,20. √3 C) 2,75. √3


D) 3,15. √3 E) 3,50. √3
(EN – 2010)
A figura abaixo mostra uma superfície horizontal lisa (plano X Y) onde existe um campo elétrico
uniforme E = 30 î N/C seguido de outro campo magnético uniforme 𝐵 = 1,5 𝑘̂ 𝑇. Uma partícula
(1), de massa 𝑚1 = 𝑚 e carga elétrica q1 = + 4,0 µC, é lançada com velocidade V1 =
3,0. î (m/ s), da posição 𝐗 = 𝟎 e 𝐘 = 1,5 m, na direção de outra partícula (2), de massa m2 =
m e eletricamente neutra, inicialmente em repouso na posição indicada, num choque frontal. Sabe-

85
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

se que: o coeficiente de restituição do choque é 0, 80 e a massa m = 3,0 mg (miligramas).


Despreze a indução eletrostática e qualquer perda de carga da partícula (1). O módulo da
aceleração, em m/ s2 , da partícula (1) no interior do campo magnético uniforme é

A) 2,3 B) 2,6 C) 2,9 D) 3,1 E) 3,4


(EN – 2009)
Numa dada região do espaço, temos um campo elétrico constante (vertical para cima) de módulo
E = 4,0N/C e, perpendicular a este, um campo magnético também constante de módulo B = 8,0T.
Num determinado instante, uma partícula de carga positiva q é lançada com velocidade v nesta
região, na direção perpendicular, tanto ao campo elétrico quanto ao campo magnético, conforme
indica a figura. Com relação à trajetória da partícula, indique a opção correta.

A) Se v=2,0m/ s, a trajetória será a 2.


B) Se v= 1, 5m/ s, a trajetória será a 3.
C) Se V=1,0m/ s, a trajetória será a 2.
D) Se v= 0, 5m/ s, a trajetória será a 1.
E) Se V=0,1m/ s, a trajetória será a 3.
(EN – 2009)
Uma partícula de carga q e massa m foi acelerada a partir do repouso por uma diferença de potencial
V. Em seguida, ela penetrou pelo orifício X numa região de campo magnético constante de módulo
B e saiu através do orifício Y, logo após ter percorrido a trajetória circular de raio R indicada na
figura. Considere desprezíveis os efeitos gravitacionais. Agora suponha que uma segunda partícula
de carga q e massa 3m seja acelerada a partir do repouso pela mesma diferença de potencial V e,
em seguida, penetre na região de campo magnético constante pelo mesmo orifício X. Para que a
segunda partícula saia da região de campo magnético pelo orifício Y, após ter percorrido a mesma
trajetória da primeira partícula, o módulo do campo magnético deve ser alterado para

86
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

𝐵 𝐵√3
A) O campo não deve ser alterado. B) 3 C) 3

D) 𝐵√3 E) 3 √3𝐵
(EN – 2008)
Uma partícula de massa 𝒎 e carga elétrica positiva 𝒒 é lançada, no instante 𝑡0 = 0,
perpendicularmente no interior de um campo magnético uniforme 𝑩 ⃗⃗ , percorrendo uma trajetória
curvilínea de raio 𝑹. O módulo da componente em 𝑌 do vetor velocidade da partícula, no instante
𝑡 igual a três oitavos do período, vale

qBR√2 qBR qmB√3 BRm 2qBR


A) B) C) D) E)
2m m R 2q 3m

(EFOMM – 2007)
Para um gerador de haste deslizante, a potência dissipada em forma de calor pelo Efeito Joule é
dada pela relação 𝑃𝑑𝑖𝑠𝑠 = 𝐵 𝛼 𝑙 𝛽 𝑣 𝛾 𝑅 𝜂 onde B, l, v e R são, respectivamente, o campo magnético
externo à haste, o comprimento, a velocidade e a resistência elétrica da haste. Para que a expressão
acima esteja dimensionalmente correta no SI, a soma dos expoentes 𝛼, 𝛽, 𝛾 e 𝜂 deverá ser
A) 1 B) 2 C) 3 D) 4 E) 5

Dentro de um capacitor carregado existe um campo magnético uniforme cuja indução magnética é
𝐵 = 200 𝑚𝑇. Quando uma carga positiva entra com velocidade de 200 𝑚/𝑠 na região do campo
magnético e mantém sua velocidade, qual a diferença de potencial entre as placas? Despreze a força
gravitacional sobre a carga.

87
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

Uma esfera carregada com 𝑞 = −15 𝑚𝐶 e de 30 𝑔 é lançada em um campo magnético, como na


figura abaixo. Determine a intensidade do campo elétrico que deve ser colocado na região, para que
a esfera realize um movimento circular uniforme em um plano vertical. Calcule também a máxima
força de Lorentz (𝐹𝐿 = 𝐹𝑒𝑙 + 𝐹𝑚𝑎𝑔 ) que atua na esfera. Considere 𝑣0 = 5 𝑚/𝑠 e 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2 .

Uma partícula carregada com +2 𝑚𝐶 se move com velocidade 𝑣 = (0; 3; 4) 𝑚/𝑠. Repentinamente,
se estabelece um campo magnético uniforme de indução 𝐵 ⃗ = (0; 0; −2𝜋) 𝑚𝑇. Calcule o período
de seu movimento, desprezando os efeitos gravitacionais. Considere 𝑚𝑝𝑎𝑟𝑡 = 4 ⋅ 10−3 𝑔.

Uma partícula com +20 𝑚𝐶 e de 1 𝑔 tem velocidade 𝑣 = (3𝑗̂ + 4𝑘̂) 𝑚/𝑠 e passa pelo ponto
𝐴(80; 0; 40) 𝑐𝑚, em um campo magnético homogêneo de 𝐵 ⃗ = 0,5𝑗̂ 𝑇. Quantas voltas ela dá até
que passe por 𝐶(80; 240𝜋; 40) 𝑐𝑚? Despreze os efeitos gravitacionais sobre a partícula.
(ITA – 2011)
Uma corrente 𝐼𝐸 percorre uma espira circular de raio 𝑅 enquanto
uma corrente 𝐼𝐹 percorre um fio muito longo, que tangencia a
espira, estando ambos no mesmo plano, como mostra a figura.
Determine a razão entre as correntes 𝐼𝐸 /𝐼𝐹 para que uma carga 𝑄
com velocidade 𝑣 paralela ao fio no momento que passa pelo
centro 𝑃 da espira não sofra aceleração nesse instante.
(ITA – 2012)
Assinale em qual das situações descritas nas opções abaixo as linhas de campo magnético formam
circunferência no espaço.
a) Na região externa de um toroide.
b) Na região interna de um solenoide.
c) Próximo a um ímã com formato esférico.
d) Ao redor de um fio retilíneo percorrido por corrente elétrica.
e) Na região interna de uma espira circular percorrida por corrente elétrica.
(ITA – 2014)
As figuras mostram três espiras circulares concêntricas e coplanares percorridas por correntes de
mesma intensidade 𝐼 em diferentes sentidos. Assinale a alternativa que ordena corretamente as
magnitudes dos respectivos campos magnéticos nos centros 𝐵1 , 𝐵2 , 𝐵3 e 𝐵4.

88
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

a) 𝐵2 > 𝐵4 > 𝐵3 > 𝐵1 b) 𝐵1 > 𝐵4 > 𝐵3 > 𝐵2 c) 𝐵2 > 𝐵3 > 𝐵4 > 𝐵1


d) 𝐵3 > 𝐵2 > 𝐵4 > 𝐵1 e) 𝐵4 > 𝐵3 > 𝐵2 > 𝐵1

7. Gabarito sem comentários nível 2


1) C 13) B

2) B 14) B

3) C 15) D

4) A 16) A

5) C 17) E

6) C 18) 1,6 V

7) C 19) 20 𝑁/𝐶 e 0,3075 𝑁

8) B 20) 2 s

9) B 21) 4 voltas
1
10) B 22) 𝜋
11) C 23) D
12) C 24) C

89
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

8. Lista de questões nível 2 comentada


(AFA – 2005)
Espectrômetros de massa são aparelhos utilizados para determinar a quantidade relativa de
isótopos dos elementos químicos. A figura mostra o esquema de um espectrômetro e a trajetória
descrita por um íon de massa m e carga 2e.

Esse íon é acelerado a partir do repouso, na região I, por um campo elétrico uniforme de intensidade
E.
Ao penetrar na região II, descreve uma trajetória circular sob efeito de um campo magnético de
intensidade B.
Desprezando-se as ações gravitacionais, a massa m do íon pode ser calculada por
REe RB2 RB2 e eB2
a) b) c) d) 2RE
B2 Ee 2E

Comentários:

Por conservação de energia:

𝑚𝑣 2 8𝑒𝐸𝑅
= 𝐸(2𝑒)(2𝑅) → 𝑣 = √
2 𝑚

A força magnética age como centrípeta:

𝑚𝑣 2 2𝑒𝐵𝑅 8𝑒𝐸𝑅 4𝑒 2 𝐵 2 𝑅 2 8𝑒𝐸𝑅 𝑒𝐵 2 𝑅


= (2𝑒)𝑣𝐵 → 𝑣 = = √ → = →𝑚=
𝑅 𝑚 𝑚 𝑚2 𝑚 2𝐸

Gabarito: C

90
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

(AFA – 2004)
Uma partícula eletrizada com carga negativa é lançada com velocidade 𝑣 numa região onde há dois
campos uniformes: um magnético 𝐵 ⃗ e um elétrico E , conforme a figura.

Sabendo que 𝑣 = 2,0.105 𝑚/𝑠 e 𝐵 = 1,0.10−3 𝑇, calcule a intensidade de vetor campo elétrico,
em volts por metro, de modo que a partícula descreva um movimento retilíneo uniforme.
a) 1,0.108 b) 2,0.102 c) 5,0.101 d) 5,0.100

Comentários:

Pela regra da mão direita vemos que a força magnética é para baixo, além disso a força elétrica é
para cima. Para que a partícula descreva um MU, a aceleração deve ser nula:

𝐸|𝑞| = 𝐵|𝑞|𝑣 → 𝐸 = 𝐵𝑣 = 200 𝑁. 𝑚

Gabarito: B
(AFA – 2003)
A figura abaixo mostra uma região onde existe um campo elétrico de módulo 𝐸, vertical e
apontando para baixo. Uma partícula de massa m e carga 𝑞, positiva, penetra no interior dessa
região através do orifício 𝑂, com velocidade horizontal, de módulo 𝑣. Despreze os efeitos da
gravidade.

Introduz-se na região considerada um campo magnético de módulo 𝐵 com direção perpendicular à


folha de papel. Para que a partícula se mova, com velocidade 𝑣 e em linha reta nessa região, o valor
de 𝐵 será
𝐸𝑣 𝑚𝑣 𝐸 𝑚𝑞
A) B) C) 𝑣 D)
𝑞 𝐸𝑞 𝐸𝑣

Comentários:

Veja que, pela regra da mão direita, independente da carga da partícula (positiva ou negativa),
deve existir um campo magnético entrando na folha de papel para que as forças se cancelem, e além disso
a força resultante deve ser nula:

91
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

𝐸
𝐸|𝑞| = 𝐵|𝑞|𝑣 → 𝐵 =
𝑣
Gabarito: C
(AFA – 2003)
Uma carga elétrica q de massa m penetra num campo de indução magnética 𝐵, conforme a figura
abaixo:

Sabendo-se que, ao penetrar no campo com velocidade 𝑣, descreve uma trajetória circular, é
INCORRETO afirmar que o tempo gasto para atingir o anteparo é
a) proporcional a 𝐵. b) independente de 𝑣.
c) proporcional a 𝑚. d) inversamente proporcional a 𝑞.

Comentários:

A força magnética age como centrípeta:

𝑞𝐵 2𝜋 2𝜋 𝑚
𝑚𝑤 2 𝑅 = 𝑞𝑤𝑅𝐵 → 𝑤 = = →𝑇=
𝑚 𝑇 𝑞. 𝐵

Das afirmativas, somente a A está errada.

Gabarito: A
(AFA – 2003)
Um feixe de elétrons com velocidade 𝑣 penetra num capacitor plano a vácuo. A separação entre as
armaduras é 𝑑. No interior do capacitor existe um campo de indução magnética 𝐵, perpendicular
ao plano da figura.

A tensão em que se deve eletrizar o capacitor, para que o feixe não sofra deflexão, pode ser
calculada por
𝑣𝑑 𝐵 𝑣𝐵
A) B) 𝑣𝑑 C) 𝑣𝑑𝐵 D)
𝐵 𝑑

Comentários:

92
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

A força magnética deve ser igual à elétrica:

𝐸|𝑞| = |𝑞|𝑣𝐵 → 𝐸 = 𝑣𝐵 → Δ𝑈 = 𝐸𝑑 = 𝑣𝐵𝑑

Gabarito: C
(AFA – 2009)
O trecho 𝐴𝐵, de comprimento 30 cm, do circuito elétrico abaixo, está imerso num campo magnético
uniforme de intensidade 4 T e direção perpendicular ao plano da folha. Quando a chave CH é
fechada e o capacitor completamente carregado, atua sobre o trecho 𝐴𝐵 uma força magnética de
intensidade 3 N, deformando-o, conforme a figura.

Sabe-se que os fios são ideais. A intensidade da corrente elétrica, em ampères, e a diferença de
potencial elétrico entre os pontos 𝐶 e 𝐷, em volts, são, respectivamente
a) 25 e 50 b) 5 e 10 c) 2,5 e 5 d) 1,25 e 2,5

Comentários:

𝐹 3
𝐹 = 𝐵𝑖𝑙 → 𝑖 = = = 2,5 𝐴
𝐵𝑙 4 ⋅ 0,3

Veja que os capacitores de 4Ω estão em curto circuito.

𝑅𝑒𝑞 = 2Ω

𝑉 = 𝑅𝑒𝑞 𝑖 = 5 𝑉

Gabarito: C
(AFA – 2014)
Na figura abaixo, estão representados dois longos fios paralelos, dispostos a uma distância 𝑙 um do
outro, que conduzem a mesma corrente elétrica 𝑖 em sentidos opostos.

93
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

Num ponto 𝑃 do plano 𝑥𝑦, situado a uma distância d de cada um dos fios, lança-se uma partícula,
com carga elétrica positiva 𝑞 na direção do eixo 𝑦, cuja velocidade tem módulo igual a 𝑣.
Sendo µ a permeabilidade absoluta do meio e considerando desprezível a força de interação entre
as correntes elétricas nos fios, a força magnética que atua sobre essa partícula, imediatamente após
o lançamento, tem módulo igual a
µ𝑖𝑞𝑣 µ𝑖𝑙𝑞𝑣 µ𝑖𝑙𝑞𝑣
a) zero b) 2𝜋𝑑2 c) 2𝜋𝑑2 d) 2𝜋𝑑

Comentários:

Considerando que os fios vão infinitamente para baixo do plano da folha (caso contrário a resposta
seria diferente), pela regra da mão direita notamos que os campos se somam na direção positiva do eixo
x. mais uma vez pela regra da mão direita notamos que a força resultante tem direção z negativa.

2𝜇𝑖 𝜇𝑖𝑙
𝐵= sin 𝜃 =
2𝜋𝑑 2𝜋𝑑 2
𝜇𝑖𝑙𝑣𝑞
𝐹𝐵 = 𝑞𝑣𝐵 =
2𝜋𝑑 2
Gabarito: C
(Simulado EFOMM)
Analise a figura abaixo.

94
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

A figura mostra dois fios condutores infinitos, percorridos por correntes de mesma intensidade 𝐼,
sendo que uma está saindo do plano da página e a outra entrando no plano da página. Se desejamos
a máxima intensidade do vetor indução magnética em 𝑃, o valor de 𝑥 e a intensidade de 𝐵 ⃗ , valem,
respectivamente:
Adote: a permeabilidade magnética do meio é 𝜇0 .
𝜇0 𝐼 𝜇0 𝐼 𝜇0 𝐼
(A) 0; (B) 0; (C) 𝑑/2;
𝑑 𝜋𝑑 𝑑
𝜇0 𝐼 𝜇0 𝐼
(D) 2𝑑; (E) 𝑑;
𝜋𝑑 𝑑

Comentários:
Lembrando que o vetor indução magnética gerado por um fio infinito é dado por:
𝜇0 𝐼
𝐵=
2𝜋𝑟
Então, para intensificar o vetor indução magnética, nós devemos diminuir o valor de 𝑟.
Além disso, como as correntes estão em sentidos opostos, então os vetores indução magnética
em P dos dois fios estão no mesmo sentido.
Para que a intensidade seja máxima, então devemos pegar x = 0 e, assim, o ponto P está
no ponto médio entre os fios. Logo:
𝜇0 𝐼 𝜇0 𝐼
𝐵𝑚á𝑥 = +
2𝜋𝑑 2𝜋𝑑
𝜇0 𝐼
∴ 𝐵𝑚á𝑥 =
𝜋𝑑
Gabarito: B
(Simulado EN)
Analise a figura abaixo.

Duas partículas com cargas iguais a +𝑞 entram perpendicularmente a uma região onde existe um
campo magnético homogêno. Sabe-se que as partículas possuem velocidades de mesma
𝑚 7
intensidade. Além disso, a razão entre as massas é dada por 𝑚1 = 8. Se os raios das trajetórias 𝑅1 e
2
𝑅2 , dados em cm, são os números inteiros tais que 𝑅1 /𝑅2 forma uma fração irredutível, então a
distância que separa as impressões deixadas pelas partículas ao colidir com a placa fotográfica, em
cm, é de:
(A) 1 (B) 2 (C) 3 (D) 4 (E) 5

95
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

Comentários:

Para a situação em questão, temos:

Pela equação do raio da trajetória, temos:


𝑚1 𝑣
𝑅1 =
𝑞𝐵
𝑚2 𝑣
𝑅2 =
𝑞𝐵

Dividindo as equações, temos:

𝑅1 𝑚1
=
𝑅2 𝑚2

𝑅1 7
=
𝑅2 8

Diante da condição sobre 𝑅1 e 𝑅2 , então 𝑅1 = 7 𝑐𝑚 e 𝑅2 = 8 𝑐𝑚. Pela figura, então:

𝑑 = 2(𝑅2 − 𝑅1 )

𝑑 = 2(8 − 7)

𝑑 = 2 𝑐𝑚

Gabarito: B
(Simulado EsPCEx)
A figura abaixo representa dois fios finos, retilineos, muito longos, que estão no vácuo separados
por uma distância 𝑑 e por eles passam correntes elétricas de mesma intensidade, mas sentidos
opostos. No fio 𝑥, a corrente está saindo do plano da página e no fio 𝑦 a corrente está entrando no
plano da página. Sabe-se que a permeabilidade magnética do meio é 𝜇0 . Se a intensidade das
correntes é 𝑖, então a intensidade do vetor indução magnética em 𝑃 é dada por:

96
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

𝜇 𝑖𝑟
0 𝜇 𝑖𝑑
0 𝜇 𝑖
0 𝜇0 𝑖 𝜇 𝑖𝑟
0
[A] 2𝜋𝑑 2
[B] 2𝜋𝑟 2
[C] 2𝜋𝑟 [D] [E] 𝜋𝑑 2
𝜋𝑟

Comentários:

Aplicando a regra da mão direita envolvente no ponto 𝑃, temos:

⃗ 𝑥 é igual a intensidade de 𝐵
Inicialmente, devemos perceber que a intensidade de 𝐵 ⃗ 𝑦 . As
intensidades são dadas por:

𝜇𝑜 𝑖
𝐵𝑥 = 𝐵𝑦 =
2𝜋𝑟
Pela geometria, vemos que os triângulos representados pelas induções magnéticas e o triângulo
das distâncias são semelhantes. Portanto:

𝐵 𝐵𝑥
=
𝑑 𝑟
Logo:

𝑑 𝜇𝑜 𝑖
𝐵= ⋅
𝑟 2𝜋𝑟

97
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

𝜇0 𝑖𝑑
∴ 𝐵=
2𝜋𝑟 2

Gabarito: B
(Simulado EsPCEx)
A figura a seguir representa um triângulo retângulo e isósceles 𝑃𝑄𝑅, com hipotenusa igual a 𝑎. Uma
corrente 𝐼 passa pelo fio 𝑄, entrando perpendicularmente ao plano da página. No outro fio em 𝑅, a
corrente de mesma intensidade 𝐼 está saindo do plano da página. Dessa forma, a intensidade do
vetor indução magnética em 𝑃 é dada por:
Dados: a permeabilidade magnética do meio é 𝜇0 .

√2𝜇0 𝐼 𝜇0 𝐼 𝜇0 𝐼 √2𝜇0 𝐼 √2𝜇0 𝐼


[A] [B] [C] [D] [E]
2𝜋𝑎 𝑎 𝜋𝑎 2𝑎 𝜋𝑎

Comentários:

Pela regra mão direita envolvente em cada um dos fios, temos:

Como as distâncias dos fios ao ponto 𝑃 são iguais a 𝑟 e as correntes são idênticas, então os módulos
dos vetores indução magnética são iguais. Portanto:

𝜇0 𝐼
𝐵𝑅 = 𝐵𝑄 =
2𝜋𝑟

Como o vetor resultante é definido por 𝐵⃗ 𝑟𝑒𝑠 = 𝐵


⃗𝑅+𝐵⃗ 𝑄 , então podemos aplicar a regra do
paralelogramo para os vetores com origem em comum. Além disso, os vetores possuem o mesmo módulo
e o ângulo formado por eles é de 90°, logo:

𝐵𝑟𝑒𝑠 = √2𝐵𝑅 = √2𝐵𝑄

Portanto:

𝜇0 𝐼
𝐵𝑟𝑒𝑠 = √2 ⋅
2𝜋𝑟

98
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

Pela geometria do triângulo 𝑃𝑄𝑅, temos:


𝑎
𝑟=
√2
Assim:

𝜇0 𝐼
𝐵𝑟𝑒𝑠 = √2 ⋅ 𝑎
2𝜋 ⋅
√2
2 𝜇0 𝐼
𝐵𝑟𝑒𝑠 = (√2) ⋅
2𝜋𝑎

𝜇0 𝐼
∴ 𝐵𝑟𝑒𝑠 =
𝜋𝑎

Gabarito: C
(EN – 2011)
Uma pequena esfera carregada, de massa m = 0,400kg e carga elétrica q = 7,50.10−1 C, está
presa à mola ideal de constante elástica K = 40,0N/m. O sistema esfera -mola oscila em M.H.S,
com amplitude A = 10,0cm, sobre uma rampa formando uma ângulo de 30° com a horizontal. A
esfera move-se numa região onde existe um campo magnético uniforme de módulo igual a 2,00
teslas, perpendicular ao plano do movimento (conforme a figura abaixo). Despreze os atritos e a
magnetização da mola. No instante em que a mola estiver esticada 10,0cm em relação ao seu
tamanho natural, se afastando da posição de equilíbrio do sistema esfera-mola, o módulo da força
normal (em newtons) exercida pelo plano inclinado (rampa) sobre a esfera é 𝐃𝐚𝐝𝐨: | 𝐠 | =
𝟏𝟎, 𝟎 𝐦 / 𝐬²

A) 1,50. √3 B) 2,20. √3 C) 2,75. √3


D) 3,15. √3 E) 3,50. √3

Comentários:

Primeiramente veja que a posição de equilíbrio ocorre em:

𝑘𝑥0 = 𝑚𝑔 sin 𝜃 → 𝑥0 = 5𝑐𝑚

99
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

Para o sistema massa-mola:

𝑘
𝑤=√ = 10 𝑟𝑎𝑑/𝑠
𝑚

Sabemos também que:

𝑣 2
𝑥 2 + ( ) = 𝐴2
𝑤
Substituindo:

𝑣 2
(0,1 − 0,05)2 + ( ) = 0,12
10

√3
𝑣= 𝑚/𝑠
2
A força magnética que age no objeto (normal entrando no plano inclinado) é:

3√3
𝐹 = 𝑞𝑣𝐵 = 𝑁
4
A força normal vale:

𝑁 = 𝐹 + 𝑚𝑔 𝑐𝑜𝑠𝜃 = 2,75√3𝑁

Gabarito: C
(EN – 2010)
A figura abaixo mostra uma superfície horizontal lisa (plano X Y) onde existe um campo elétrico
uniforme E = 30 î N/C seguido de outro campo magnético uniforme 𝐵 = 1,5 𝑘̂ 𝑇. Uma partícula
(1), de massa 𝑚1 = 𝑚 e carga elétrica q1 = + 4,0 µC, é lançada com velocidade V1 =
3,0. î (m/ s), da posição 𝐗 = 𝟎 e 𝐘 = 1,5 m, na direção de outra partícula (2), de massa m2 =
m e eletricamente neutra, inicialmente em repouso na posição indicada, num choque frontal. Sabe-
se que: o coeficiente de restituição do choque é 0, 80 e a massa m = 3,0 mg (miligramas).
Despreze a indução eletrostática e qualquer perda de carga da partícula (1). O módulo da
aceleração, em m/ s2 , da partícula (1) no interior do campo magnético uniforme é

A) 2,3 B) 2,6 C) 2,9 D) 3,1 E) 3,4

100
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

Comentários:

A velocidade imediatamente pré-colisão vale:

2
𝑚1 𝑣1𝑎 𝑚1 𝑣12 2𝐸𝑞1 𝑥
= + 𝐸𝑞1 𝑥 → 𝑣1 = √𝑣12 + = 13 𝑚/𝑠
2 2 𝑚1

Na colisão:

𝑚1 𝑣1𝑎 = 𝑚1 𝑣1𝑑 + 𝑚2 𝑣2𝑑 → 𝑣1𝑎 = 𝑣1𝑑 + 𝑣2𝑑


𝑣2𝑑 − 𝑣1𝑑
= 0,8 → 𝑣2𝑑 = 𝑣1𝑑 + 0,8𝑣1𝑎
𝑣1𝑎

𝑣1𝑎 = 𝑣1𝑑 + 𝑣1𝑑 + 0,8𝑣1𝑎 → 𝑣1𝑑 = 0,1𝑣1𝑎 = 1,3 𝑚/𝑠

No campo magnético:

𝐵𝑞𝑣
𝑎𝑐 = = 2,6 𝑚/𝑠 2
𝑚
Gabarito: B
(EN – 2009)
Numa dada região do espaço, temos um campo elétrico constante (vertical para cima) de módulo
E = 4,0N/C e, perpendicular a este, um campo magnético também constante de módulo B = 8,0T.
Num determinado instante, uma partícula de carga positiva q é lançada com velocidade v nesta
região, na direção perpendicular, tanto ao campo elétrico quanto ao campo magnético, conforme
indica a figura. Com relação à trajetória da partícula, indique a opção correta.

A) Se v=2,0m/ s, a trajetória será a 2.


B) Se v= 1, 5m/ s, a trajetória será a 3.
C) Se V=1,0m/ s, a trajetória será a 2.
D) Se v= 0, 5m/ s, a trajetória será a 1.
E) Se V=0,1m/ s, a trajetória será a 3.

Comentários:

101
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

Pela regra da mão direita, considerando o sentido cima como a referência para força, teremos uma
força para cima de intensidade:

𝐹 = 𝐸𝑞 − 𝑞𝑣𝐵 = 𝑞(𝐸 − 𝑣𝐵)

Logo:

1. Para que a partícula siga o caminho 2:

𝐸 − 𝑣𝐵 = 0 → 𝑣 = 0,5 𝑚/𝑠

2. Para que a partícula siga o caminho 1:

𝐸 − 𝑣𝐵 > 0 → 𝑣 < 0,5 𝑚/𝑠

3. Para que a partícula siga o caminho 3:

𝐸 − 𝑣𝐵 < 0 → 𝑣 > 0,5 𝑚/𝑠

A única alternativa que está correta é B

Gabarito: B
(EN – 2009)
Uma partícula de carga q e massa m foi acelerada a partir do repouso por uma diferença de potencial
V. Em seguida, ela penetrou pelo orifício X numa região de campo magnético constante de módulo
B e saiu através do orifício Y, logo após ter percorrido a trajetória circular de raio R indicada na
figura. Considere desprezíveis os efeitos gravitacionais. Agora suponha que uma segunda partícula
de carga q e massa 3m seja acelerada a partir do repouso pela mesma diferença de potencial V e,
em seguida, penetre na região de campo magnético constante pelo mesmo orifício X. Para que a
segunda partícula saia da região de campo magnético pelo orifício Y, após ter percorrido a mesma
trajetória da primeira partícula, o módulo do campo magnético deve ser alterado para

𝐵 𝐵√3
A) O campo não deve ser alterado. B) 3 C) 3

D) 𝐵√3 E) 3 √3𝐵

Comentários:

Por conservação de energia para a primeira partícula:

102
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

𝑚𝑣 2 2𝑉𝑞
= 𝑉𝑞 → 𝑣 = √
2 𝑚

A força magnética age como centrípeta:

𝑚𝑣 2 𝑚𝑣 1 2𝑉𝑚
= 𝑞𝑣𝐵 → 𝑅 = = √
𝑅 𝑞𝐵 𝐵 𝑞

Dessa forma:

√𝑚
= 𝑐𝑡𝑒.
𝐵

√𝑚 √3𝑚
= → 𝐵 ′ = 𝐵√3
𝐵 𝐵′
Gabarito: D
(EN – 2008)
Uma partícula de massa 𝒎 e carga elétrica positiva 𝒒 é lançada, no instante 𝑡0 = 0,
perpendicularmente no interior de um campo magnético uniforme ⃗𝑩 ⃗ , percorrendo uma trajetória
curvilínea de raio 𝑹. O módulo da componente em 𝑌 do vetor velocidade da partícula, no instante
𝑡 igual a três oitavos do período, vale

qBR√2 qBR qmB√3 BRm 2qBR


A) B) C) D) E)
2m m R 2q 3m

Comentários:

Primeiramente vamos calcular o raio da trajetória, veja que a força magnética age como resultante
centrípeta:

𝑚𝑣 2 𝑞𝐵𝑅
= 𝑞𝑣𝐵 → 𝑣 =
𝑅 𝑚
3𝑇 3 3
No instante → 𝜃 = 8 (2𝜋) = 4 𝜋 = 135°
8

Logo:

𝑣0 √2 𝑞𝐵𝑅√2
𝑣𝑦 = =
2 2𝑅

103
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

Gabarito: A
(EFOMM – 2007)
Para um gerador de haste deslizante, a potência dissipada em forma de calor pelo Efeito Joule é
dada pela relação 𝑃𝑑𝑖𝑠𝑠 = 𝐵 𝛼 𝑙 𝛽 𝑣 𝛾 𝑅 𝜂 onde B, l, v e R são, respectivamente, o campo magnético
externo à haste, o comprimento, a velocidade e a resistência elétrica da haste. Para que a expressão
acima esteja dimensionalmente correta no SI, a soma dos expoentes 𝛼, 𝛽, 𝛾 e 𝜂 deverá ser
A) 1 B) 2 C) 3 D) 4 E) 5

Comentários:

Sabemos que a dimensão de [𝑙] é 𝐿, e a dimensão de [𝑣] é 𝐿𝑇 −1

Já para a resistência, sabemos que:

𝑃 = 𝑅𝑖 2

Além disso:

[𝑃] = [𝐹𝑣] = [𝑚𝑎𝑣] = 𝑀𝐿2 𝑇 −3

Logo:

[𝑅] = [𝑃][𝑖]−2 = 𝑀𝐿2 𝑇 −3 𝐼 −2

Já para o campo magnético temos que:

𝐹 = 𝐵𝑖𝑙

Logo:

[𝐵] = [𝐹][𝑖]−1 [𝑙]−1 = [𝑚𝑎][𝑖]−1 [𝑙]−1 = (𝑀𝐿𝑇 −2 )(𝐼 −1 )(𝐿−1 ) = 𝑀 𝑇 −2 𝐼 −1

Juntando:

[𝑃] = [𝐵]𝛼 [𝑙]𝛽 [𝑣]𝛾 [𝑅]𝜂

𝑀𝐿2 𝑇 −3 = (𝑀𝑇 −2 𝐼 −1 )𝛼 (𝐿)𝛽 (𝐿𝑇 −1 )𝛾 (𝑀𝐿2 𝑇 −3 𝐼 −2 )𝜂

Isso forma um sistema:

𝑀 →1=𝛼+𝜂

𝐿 → 2 = 𝛽 + 𝛾 + 2𝜂

𝑇 → −3 = −𝛾 − 3𝜂

𝐼 → 0 = −𝛼 − 2𝜂

Somando a primeira equação com a última:

104
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

𝜂 = −1

𝛼=2

Resolvendo as outras duas:

𝛾 = 6 𝑒 𝛽 = −2

𝑆 =𝛼+𝛽+𝛾+𝜂 =5

Gabarito: E

Dentro de um capacitor carregado existe um campo magnético uniforme cuja indução magnética é
𝐵 = 200 𝑚𝑇. Quando uma carga positiva entra com velocidade de 200 𝑚/𝑠 na região do campo
magnético e mantém sua velocidade, qual a diferença de potencial entre as placas? Despreze a força
gravitacional sobre a carga.

Comentários:

Como vimos em eletrostática, a diferença de potencial entre as placas é dada por:

𝑈=𝐸⋅𝑑

Então, precisamos determinar o valor do campo elétrico no interior das placas para então
determinar 𝑈. Para que a carga mantenha sua velocidade constante (módulo, direção e sentido), ela deve
realizar um MRU no interior das placas. Portanto, analisando as forças elétricas e magnéticas, temos:

Para a condição do problema, temos:

𝐹𝑒𝑙 = 𝐹𝑚𝑎𝑔

105
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

𝐸 ⋅ 𝑞 = 𝑞 ⋅ 𝐵 ⋅ 𝑣 ⇒ 𝐸 = 𝐵 ⋅ 𝑣 ⇒ 𝐸 = 200 ⋅ 10−3 ⋅ 200 ⇒ 𝐸 = 40 𝑉/𝑚

Portanto:

𝑈 = 40 ⋅ 4 ⋅ 10−2 ⇒ 𝑈 = 1,6 𝑉
Gabarito: 𝟏, 𝟔 𝑽

Uma esfera carregada com 𝑞 = −15 𝑚𝐶 e de 30 𝑔 é lançada em um campo magnético, como na


figura abaixo. Determine a intensidade do campo elétrico que deve ser colocado na região, para que
a esfera realize um movimento circular uniforme em um plano vertical. Calcule também a máxima
força de Lorentz (𝐹𝐿 = 𝐹𝑒𝑙 + 𝐹𝑚𝑎𝑔 ) que atua na esfera. Considere 𝑣0 = 5 𝑚/𝑠 e 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2 .

Comentários:

De acordo com o enunciado, a partícula deve descrever uma trajetória circular em um MCU. Como
vimos, para que isto seja possível, a resultante 𝐹𝑟𝑒𝑠 sobre a esfera deve ser perpendicular a velocidade da
esfera (𝑣0 ) o tempo todo e, assim, seu módulo deve ser constante.

Esta condição só será possível se a força elétrica (𝐹𝑒𝑙 ) anular o efeito da força gravitacional (𝐹𝑔 ).
Logo, a resultante sobre a esfera será a força magnética (𝐹𝑚𝑎𝑔 ) e, consequentemente, a partícula
descreverá um MCU.

Portanto:

𝐹𝑒𝑙 = 𝐹𝑔 ⇒ 𝐸 ⋅ 𝑞 = 𝑚 ⋅ 𝑔 ⇒ 𝐸 ⋅ 15 ⋅ 10−3 = 30 ⋅ 10−3 ⋅ 10

𝐸 = 20 𝑁/𝐶

Este campo deve ser homogêneo e suas linhas de força estão orientadas de cima para baixo. Assim,
como a carga é negativa, a força elétrica estará orientada para cima, equilibrando com a força
gravitacional. A força de Lorentz é determinada pela soma da força elétrica com a força magnética.

106
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

𝐹𝐿 = 𝐹𝑒𝑙 + 𝐹𝑚𝑎𝑔

Para que 𝐹𝐿 seja máxima, 𝐹𝑒𝑙 e 𝐹𝑚𝑎𝑔 devem ter o mesmo sentido. Isto acontece quando a esfera
está na posição mais baixa de sua trajetória, como na figura logo abaixo:

Nesta condição de força de Lorentz máxima, temos:

𝐹𝐿 = 𝐹𝑒𝑙 + 𝐹𝑚𝑎𝑔

𝐹𝐿 = 𝐸 ⋅ 𝑞 + 𝑞 ⋅ 𝑣 ⋅ 𝐵

𝐹𝐿 = 20 ⋅ 15 ⋅ 10−3 + 15 ⋅ 10−3 ⋅ 5 ⋅ 0,1

𝐹𝐿 = 0,3075 𝑁

Gabarito: 𝟐𝟎 𝑵/𝑪 e 𝟎, 𝟑𝟎𝟕𝟓 𝑵

Uma partícula carregada com +2 𝑚𝐶 se move com velocidade 𝑣 = (0; 3; 4) 𝑚/𝑠. Repentinamente,
se estabelece um campo magnético uniforme de indução 𝐵 ⃗ = (0; 0; −2𝜋) 𝑚𝑇. Calcule o período
de seu movimento, desprezando os efeitos gravitacionais. Considere 𝑚𝑝𝑎𝑟𝑡 = 4 ⋅ 10−3 𝑔.

Comentários:

A velocidade da partícula é escrita em função de suas componentes:

𝑣 = (𝑣𝑋 ; 𝑣𝑌 ; 𝑣𝑍 ) = (0; 3; 4) 𝑚/𝑠

Note que no interior campo, a velocidade é constante e se move em um plano paralelo ao plano
𝑌𝑍.

107
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

Quando se estabelece o campo magnético uniforme de indução 𝐵 ⃗ = (𝐵𝑋 ; 𝐵𝑌 ; 𝐵𝑍 ) =


(0; 0; −2𝜋) 𝑚𝑇, as linhas de indução estão orientadas na direção −𝑍. Então, quando se estabelece o
campo, temos a seguinte situação:

Como a partícula está eletrizada com uma carga positiva, então magnética que surge na carga é
perpendicular à velocidade 𝑣𝑌 e às linhas de indução magnética. Dessa forma, a força magnética é dada
pela RME, utilizando a velocidade 𝑣𝑌 e o campo 𝐵𝑍 . A componente da velocidade 𝑣𝑍 apenas desloca a
partícula na direção de 𝑍. A direção da força magnética é dada pela RMDE:

Como bem sabemos, estes elementos são típicos de uma trajetória helicoidal. Então:

O período do movimento é calculado quando a partícula dá uma volta na trajetória circular no


plano 𝑋𝑌. Então:

108
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

Δ𝑆1 𝑣𝑜𝑙𝑡𝑎 = 𝑣𝑌 ⋅ 𝑇

2𝜋 ⋅ 𝑅 = 𝑣𝑌 ⋅ 𝑇

O raio da trajetória do movimento circular de uma partícula dentro de um campo magnético é


dado por:
𝑚 ⋅ 𝑣𝑌
𝑅=
𝑞⋅𝐵

Lembrando que é a componente 𝑣𝑌 que é perpendicular à força magnética e ao campo. Então:

𝑚 ⋅ 𝑣𝑌 2𝜋 ⋅ 𝑚
2𝜋 ⋅ = 𝑣𝑌 ⋅ 𝑇 ⇒ 𝑇 =
𝑞⋅𝐵 𝑞⋅𝐵

Substituindo valores, temos:

2𝜋 ⋅ 4 ⋅ 10−6
𝑇= ⇒ 𝑇 =2𝑠
2 ⋅ 10−3 ⋅ 2𝜋 ⋅ 10−3
Gabarito: 2 s

Uma partícula com +20 𝑚𝐶 e de 1 𝑔 tem velocidade 𝑣 = (3𝑗̂ + 4𝑘̂) 𝑚/𝑠 e passa pelo ponto
𝐴(80; 0; 40) 𝑐𝑚, em um campo magnético homogêneo de 𝐵 ⃗ = 0,5𝑗̂ 𝑇. Quantas voltas ela dá até
que passe por 𝐶(80; 240𝜋; 40) 𝑐𝑚? Despreze os efeitos gravitacionais sobre a partícula.

Comentários:

Segundo as condições do problema, temos:

109
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

Note que como 𝑣𝑌 //𝐵 ⃗ , a partícula descreverá um MRU na direção 𝑌. Por outro lado, 𝑣𝑍 é
⃗ . Logo, a partícula descreverá um MCU no plano 𝑋𝑍, devido à ação da força magnética.
perpendicular a 𝐵

Para determinar o número de voltas que a partícula dá até chegar em 𝐶, devemos calcular o tempo
gasta para executar uma volta (período) e o tempo para ele deslocar em 𝑌 deve ser múltiplos do período.

Em que Δ𝑡 = 𝑛 ⋅ 𝑇, 𝑐𝑜𝑚 𝑛 ∈ ℕ. No MRU, temos:

𝑑𝑌 = 𝑣𝑌 ⋅ Δ𝑡

O período do MCU é dado por:

2𝜋 ⋅ 𝑚
𝑇=
𝑞⋅𝐵

Logo:

𝑑𝑌 2𝜋 ⋅ 𝑚 240𝜋 ⋅ 10−2 (2𝜋 ⋅ 1 ⋅ 10−3 )


=𝑛⋅ ⇒ =𝑛⋅
𝑣𝑌 𝑞⋅𝐵 3 20 ⋅ 10−3 ⋅ 0,5

⇒ 𝑛=4

Gabarito: 4 voltas
(ITA – 2011)
Uma corrente 𝐼𝐸 percorre uma espira circular de raio 𝑅 enquanto
uma corrente 𝐼𝐹 percorre um fio muito longo, que tangencia a
espira, estando ambos no mesmo plano, como mostra a figura.
Determine a razão entre as correntes 𝐼𝐸 /𝐼𝐹 para que uma carga 𝑄
com velocidade 𝑣 paralela ao fio no momento que passa pelo
centro 𝑃 da espira não sofra aceleração nesse instante.

Comentários:

Aplicando a RMD, vemos que o campo gerado por 𝐼𝐹 no centro da espira está saindo do plano e o
gerado por 𝐼𝐸 está entrando no plano da página.

110
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

Para que a carga 𝑄 não sofra variação de sua velocidade no ponto 𝑃, a aceleração neste ponto
deve ser nula. Isto quer dizer que o campo magnético no ponto 𝑃 deve ser nulo. Portanto:

𝐵𝐹 = 𝐵𝐸

𝜇 ⋅ 𝐼𝐹 𝜇 ⋅ 𝐼𝐸 𝐼𝐸 1
= ⇒ =
2𝜋 ⋅ 𝑅 2 ⋅ 𝑅 𝐼𝐹 𝜋

𝑰𝑬 𝟏
Gabarito: =𝝅
𝑰𝑭

(ITA – 2012)
Assinale em qual das situações descritas nas opções abaixo as linhas de campo magnético formam
circunferência no espaço.
a) Na região externa de um toroide.
b) Na região interna de um solenoide.
c) Próximo a um ímã com formato esférico.
d) Ao redor de um fio retilíneo percorrido por corrente elétrica.
e) Na região interna de uma espira circular percorrida por corrente elétrica.

Comentários:

Dentro das opções, a única situação em que as linhas de campo magnético formam circunferências
no espaço é quando um fio retilíneo é percorrido por corrente elétrica.

Gabarito: D
(ITA – 2014)
As figuras mostram três espiras circulares concêntricas e coplanares percorridas por correntes de
mesma intensidade 𝐼 em diferentes sentidos. Assinale a alternativa que ordena corretamente as
magnitudes dos respectivos campos magnéticos nos centros 𝐵1 , 𝐵2 , 𝐵3 e 𝐵4.

a) 𝐵2 > 𝐵4 > 𝐵3 > 𝐵1 b) 𝐵1 > 𝐵4 > 𝐵3 > 𝐵2 c) 𝐵2 > 𝐵3 > 𝐵4 > 𝐵1


d) 𝐵3 > 𝐵2 > 𝐵4 > 𝐵1 e) 𝐵4 > 𝐵3 > 𝐵2 > 𝐵1

Comentários:

Vimos que neste caso, a intensidade do vetor indução magnética no centro de uma espira com
corrente constante é expresso por:

111
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

𝜇⋅𝐼
𝐵=
2⋅𝑅
Em que 𝑅 é o raio da espira. O sentido do vetor é dado pela RMD. Como 𝐵 é inversamente
proporcional ao raio, então fazendo a superposição dos vetores para cada uma das situações, temos que:

𝐵2 > 𝐵3 > 𝐵4 > 𝐵1

Gabarito: C

9. Lista de questões nível 3


(AFA – 2020)
Uma partícula de massa 1 g eletrizada com carga igual a − 4 mC encontra-se inicialmente em repouso
imersa num campo elétrico 𝐸⃗ vertical e num campo magnético 𝐵 ⃗ horizontal, ambos uniformes e
constantes. As intensidades de 𝐸⃗ e 𝐵
⃗ são, respectivamente, 2 𝑉/𝑚 e 1 T.
Devido exclusivamente à ação das forças elétrica e magnética, a partícula descreverá um movimento
que resulta numa trajetória cicloidal no plano xz, conforme ilustrado na figura abaixo.

Sabendo-se que a projeção deste movimento da partícula na direção do eixo oz resulta num
movimento harmônico simples, pode-se concluir que a altura máxima H atingida pela partícula vale,
em cm,

112
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

a) 50 b) 75 c) 100 d) 150
(EN – 2004)
Considere o circuito da figura 1 abaixo, sabendo que o capacitor está totalmente carregado.

O capacitor do circuito tem uma distância entre suas placas de 5,0mm. Uma ampliação dele está
apresentada na figura 2 abaixo. Suponha que uma partícula, de massa 2,8.10−6 kg e eletrizada com
carga de 1,4.10−6 C, seja lançada no interior deste capacitor, no ponto A, com velocidade|v ⃗⃗⃗⃗A | =
6,0m/s e em seguida descreve a trajetória indicada na figura. Por um pequeno orifício, esta partícula
escapa da região interna do capacitor com velocidade v⃗ B . Em seguida, esta partícula se desloca com
a mesma velocidade, v ⃗ B , até uma região de campo magnético constante, de intensidade 40T,
incidindo perpendicularmente à sua direção, conforme indica a figura 2.

Considerando que a região de campo magnético fica distante do circuito, calcule:


a) as intensidades das correntes no circuito da figura 1; (10 pontos)
b) a velocidade v
⃗ B (velocidade da partícula quando escapa do capacitor); e (5 pontos)
c) o intervalo de tempo que a partícula permanece no interior da região de campo magnético
constante. (5 pontos)
(Simulado EN)
Analise a figura abaixo.

113
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

A figura representa um condutor na forma de L e que é muito longo. Se uma carga, de 10−14 𝑘𝑔 e
de +4 𝜇𝐶, for lançada do ponto 𝑃(0, 0, 1)𝑚, com velocidade perpendicular ao vetor indução
magnética no ponto P, de intensidade 2√2 𝑚/𝑠, então o raio de curvatura da trajetória nesse ponto,
em cm, é de:
Despreze os efeitos gravitacionais e 𝜇0 = 4𝜋10−7 𝑇𝑚/𝐴.
5√2
(A) (B) 2,5 (C) 5√2 (D) 5,0 (E) 0
2

(Simulado EN)
Uma partícula com +4𝑚𝐶 de carga e 2 gramas de massa entra em um campo magnético uniforme,
conforme figura abaixo. Os efeitos gravitacionais podem ser desprezados. Dessa forma, a partícula
abandonará a região do campo magnético após:

1 1 1 1 1
(A) 2 𝑠 (B) 3 𝑠 (C) 4 𝑠 (D) 5 𝑠 (E) 6 𝑠

Uma partícula eletrizada com −1𝑚𝐶 tem uma velocidade 𝑣 = (4; 3) 𝑚/𝑠 e entra em um campo
⃗ = (𝑖̂ − 𝑗̂ − 𝑘̂) 𝑇. Determine o módulo da aceleração normal
magnético cuja indução magnética é 𝐵
que experimenta a partícula se sua massa é de√74 𝑔. Os efeitos gravitacionais podem ser
desconsiderados.
(ITA – 2010)
Uma corrente 𝐼 flui em quatro das arestas do cubo da figura (a) e produz no seu centro um campo
magnético de magnitude 𝐵 na direção 𝑦. cuja representação no sistema de coordenadas é (0, 𝐵, 0).
Considerando um outro cubo (figura (b)) pelo qual uma corrente de mesma magnitude 𝐼 flui através
do caminho indicado, podemos afirmar que o campo magnético no centro desse cubo será dado
por

114
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

a) (−𝐵, −𝐵, −𝐵).


b) (−𝐵, 𝐵, 𝐵).
c) (𝐵, 𝐵, 𝐵).
d) (0,0, 𝐵).
e) (0,0,0).

10. Gabarito sem comentários nível 3


1) C

2) A. 2A e 4A B. 10m/s C. 0,04s

3) B

4) B

5) 1 m/s²

6) B

115
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

11. Lista de questões nível 3 comentada


(AFA – 2020)
Uma partícula de massa 1 g eletrizada com carga igual a − 4 mC encontra-se inicialmente em repouso
imersa num campo elétrico 𝐸⃗ vertical e num campo magnético 𝐵 ⃗ horizontal, ambos uniformes e
constantes. As intensidades de 𝐸⃗ e 𝐵
⃗ são, respectivamente, 2 𝑉/𝑚 e 1 T.
Devido exclusivamente à ação das forças elétrica e magnética, a partícula descreverá um movimento
que resulta numa trajetória cicloidal no plano xz, conforme ilustrado na figura abaixo.

Sabendo-se que a projeção deste movimento da partícula na direção do eixo oz resulta num
movimento harmônico simples, pode-se concluir que a altura máxima H atingida pela partícula vale,
em cm,
a) 50 b) 75 c) 100 d) 150

Comentários:

Um dos melhores exercícios que a AFA já fez. Simples e extremamente difícil. Como o exercício
disse que o movimento é um MHS, sabemos que a aceleração/força nos pontos extremos é máxima e tem
mesmo módulo, com sentidos opostos, dessa forma:

𝐹𝑂 = 𝐹𝑡𝑜𝑝𝑜

2𝐸
𝐸|𝑞| = 𝐵|𝑞|𝑣 − 𝐸|𝑞| → 𝑣 = = 4𝑚/𝑠
𝐵
Além disso, como a força magnética não realiza trabalho, por conservação de energia no ponto
máximo:

𝑚𝑣 2
𝐸|𝑞|𝐻 = → 𝐻 = 1𝑚
2
Podemos também calcular a frequência desse MHS, para isso veja que a equação horária do eixo
z deve ser:

𝑧 = 𝑧𝑒𝑞𝑢𝑖𝑙í𝑏𝑟𝑖𝑜 + 𝐴 sin(𝜔𝑡 + 𝜙)

116
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

𝐻 𝐻
Sabemos que 𝑧𝑒𝑞𝑢𝑖𝑙í𝑏𝑟𝑖𝑜 = , 𝐴 = 2 , substituindo 𝑧(0) = 0:
2

𝐻 𝜋
0= (1 + sin(𝜙)) → 𝜙 = −
2 2
𝜋
Além disso, como sin (𝜔𝑡 − 2 ) = − cos(𝑤𝑡):

𝐻
𝑧= (1 − cos 𝑤𝑡)
2
Dessa forma a aceleração na origem vale:

𝜔2 𝐻 𝐸𝑞 2𝐸𝑞
𝑎𝑂 = = →𝜔=√ = 4 𝑟𝑎𝑑/𝑠
2 𝑚 𝑚𝐻

𝜔 2
𝑓= = 𝐻𝑧
2𝜋 𝜋
Gabarito: C
(EN – 2004)
Considere o circuito da figura 1 abaixo, sabendo que o capacitor está totalmente carregado.

O capacitor do circuito tem uma distância entre suas placas de 5,0mm. Uma ampliação dele está
apresentada na figura 2 abaixo. Suponha que uma partícula, de massa 2,8.10−6 kg e eletrizada com
carga de 1,4.10−6 C, seja lançada no interior deste capacitor, no ponto A, com velocidade|v ⃗⃗⃗⃗A | =
6,0m/s e em seguida descreve a trajetória indicada na figura. Por um pequeno orifício, esta partícula
escapa da região interna do capacitor com velocidade v⃗ B . Em seguida, esta partícula se desloca com
a mesma velocidade, v ⃗ B , até uma região de campo magnético constante, de intensidade 40T,
incidindo perpendicularmente à sua direção, conforme indica a figura 2.

117
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

Considerando que a região de campo magnético fica distante do circuito, calcule:


a) as intensidades das correntes no circuito da figura 1; (10 pontos)
b) a velocidade v
⃗ B (velocidade da partícula quando escapa do capacitor); e (5 pontos)
c) o intervalo de tempo que a partícula permanece no interior da região de campo magnético
constante. (5 pontos)

Comentários:

A. Suponha a corrente que passa pelo gerador de 150V como ascendente e as dos outros geradores
descendentes. Chame a corrente que passa pelo gerador de 50V de 𝑖1 e a corrente que passa pelo resistor
de 40V de 𝑖2 . Por Kirchoff na malha esquerda no sentido anti-horário:

150 − 10𝑖1 − 50 − 5𝑖1 − 20𝑖1 − 5(𝑖1 + 𝑖2 ) = 0

Por Kirchhoff na malha direita no sentido horário:

150 − 5𝑖2 − 40 − 5𝑖2 − 10𝑖2 − 5(𝑖1 + 𝑖2 ) = 0

Resolvendo:

100 = 40𝑖1 + 5𝑖2

110 = 5𝑖1 + 25𝑖2

𝑖1 = 2𝐴

𝑖2 = 4𝐴

B. É impossível que a partícula saia perpendicularmente ao capacitor, conforme mostra a figura.


De qualquer forma, para o capacitor:

U = 10𝑖2 + 5𝑖2 + 40 = 100𝑉

Logo a partícula percorreu:

3,2
𝑈𝑒 = 𝑉 = 64𝑉
5

𝑚𝑣𝐴2 𝑚𝑣𝐵2 2𝑞𝑈𝑒


+ Ue 𝑞 = → 𝑣𝐵 = √ 𝑣𝐴2 + = 10𝑚/𝑠
2 2 𝑚

118
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

C. A força magnética age como resultante centrípeta:

𝑚𝑣 2 𝑚𝑣
= 𝑞𝑣𝐵 → 𝑅 = = 50 𝑐𝑚
𝑅 𝑞. 𝐵

Como o raio é menor que a altura do campo:

𝑞𝐵
𝜔= = 20 𝑟𝑎𝑑/𝑠
𝑚
𝑦 = 𝑅(1 − cos 𝜔𝑡)
𝜋
arcsin 0,7 (4)
35 = 50 sin 20𝑡 → 𝑡 = =≈ = 0,04 𝑠
20 20
Gabarito: A. 2A e 4A B. 10m/s C. 0,04s
(Simulado EN)
Analise a figura abaixo.

A figura representa um condutor na forma de L e que é muito longo. Se uma carga, de 10−14 𝑘𝑔 e
de +4 𝜇𝐶, for lançada do ponto 𝑃(0, 0, 1)𝑚, com velocidade perpendicular ao vetor indução
magnética no ponto P, de intensidade 2√2 𝑚/𝑠, então o raio de curvatura da trajetória nesse ponto,
em cm, é de:
Despreze os efeitos gravitacionais e 𝜇0 = 4𝜋10−7 𝑇𝑚/𝐴.
5√2
(A) (B) 2,5 (C) 5√2 (D) 5,0 (E) 0
2

Comentários:

Para determinar o raio de curvatura no ponto, sabendo que apenas temos como força resultante
no corpo a força magnética, então devemos calcular a intensidade do vetor indução magnética no ponto
P. Esquematicamente:

119
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

Note que os fios 1 e 2 são fios semi infinitos. Logo, a intensidade devido a 1 e 2 são dadas por:

𝜇0 𝐼
𝐵1 = 𝐵2 =
4𝜋𝑑
4𝜋10−7 ⋅ 2
𝐵1 = 𝐵2 =
4𝜋 ⋅ 1
𝐵1 = 𝐵2 = 2 ⋅ 10−7 𝑇

Assim, o módulo do vetor indução magnética no ponto P é de:

𝐵𝑃 = 2√2 ⋅ 10−7 𝑇

Logo, o raio é dado por:


𝑚𝑣
𝑅=
𝑞𝐵

10−14 ⋅ 2√2
𝑅=
4 ⋅ 10−6 ⋅ 2√2 ⋅ 10−7

10−1
𝑅=
4
𝑅 = 0,025 𝑚

∴ 𝑅 = 2,5 𝑐𝑚

Gabarito: B
(Simulado EN)
Uma partícula com +4𝑚𝐶 de carga e 2 gramas de massa entra em um campo magnético uniforme,
conforme figura abaixo. Os efeitos gravitacionais podem ser desprezados. Dessa forma, a partícula
abandonará a região do campo magnético após:

1 1 1 1 1
(A) 2 𝑠 (B) 3 𝑠 (C) 4 𝑠 (D) 5 𝑠 (E) 6 𝑠

Comentários:

120
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

Lembre-se que a força magnética é definida a partir do produto vetorial do vetor velocidade com
o vetor indução magnética. Dessa maneira, a força magnética é perpendicular ao vetor velocidade e ao
vetor indução magnética. Aplicando a regra da mão direita espalmada, então a força magnética é definida
como:

Dessa forma, vemos que 𝑂 representa o centro de curvatura da trajetória descrita pela partícula
na região do campo. Pela geometria, podemos ver que 𝜃 = 60°. Repare que AOB forma um triângulo
isósceles pois AO = R e OB = R, com ângulos de 60°, na verdade, teremos um triângulo equilátero.

Como 𝜃 = 𝜔𝑡, então precisamos calcular a velocidade angular da partícula. Sabendo que a
resultante centrípeta é a força magnética, então:

𝑚𝜔2 𝑅 = 𝑞𝐵𝑣

Como 𝑣 = 𝜔𝑅, temos:

𝑚𝜔2 𝑅 = 𝑞𝐵𝜔𝑅

𝑞𝐵
𝜔=
𝑚
Substituindo valores:
𝜋
4 ⋅ 10−3 ⋅ 2
𝜔=
2 ⋅ 10−3
𝜔 = 𝜋 𝑟𝑎𝑑/𝑠

Portanto:

𝜃 = 𝜔𝑡
𝜋
=𝜋⋅𝑡
3

1
∴ 𝑡= 𝑠
3

Gabarito: B

121
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

Uma partícula eletrizada com −1𝑚𝐶 tem uma velocidade 𝑣 = (4; 3) 𝑚/𝑠 e entra em um campo
⃗ = (𝑖̂ − 𝑗̂ − 𝑘̂) 𝑇. Determine o módulo da aceleração normal
magnético cuja indução magnética é 𝐵
que experimenta a partícula se sua massa é de√74 𝑔. Os efeitos gravitacionais podem ser
desconsiderados.

Comentários:

Esse é um problema clássico para se utilizar a força magnética na sua forma vetorial, já que ele
forneceu os valores da velocidade e do campo em função de suas componentes. Então, a força magnética
é dada por:

⃗)
𝐹𝑚𝑎𝑔 = 𝑞(𝑣 × 𝐵

Em que:

𝑣 = (4; 3) 𝑚/𝑠 ⇒ 𝑣 = (𝑣𝑥 ; 𝑣𝑦 ; 𝑣𝑧 ) = (4; 3; 0) 𝑚/𝑠


{
⃗ = (𝑖̂ − 𝑗̂ − 𝑘̂ ) 𝑇 ⇒ 𝐵
𝐵 ⃗ = (𝐵𝑥 ; 𝐵𝑦 ; 𝐵𝑧 ) = (1; −1; −1) 𝑇

Se representarmos os vetores espacialmente, temos:

Matematicamente:

𝑖̂ 𝑗̂ 𝑘̂
⃗ = |4
𝑣×𝐵 3 0 | = (3 ⋅ (−1) − ((−1) ⋅ 0) )𝑖̂ − (4 ⋅ (−1) − 1 ⋅ 0)𝑗̂ + (4 ⋅ (−1) − 1 ⋅ 3)𝑘̂
1 −1 −1
⃗ = −3𝑖̂ + 4𝑗̂ − 7𝑘̂
𝑣×𝐵

A força magnética é de:

⃗ ) = (−10−3 )(−3𝑖̂ + 4𝑗̂ − 7𝑘̂) = (3𝑖̂ − 4𝑗̂ + 7𝑘̂) ⋅ 10−3 𝑁


𝐹𝑚𝑎𝑔 = 𝑞(𝑣 × 𝐵

Então, o módulo da força magnética é igual a:

|𝐹𝑚𝑎𝑔 | = √32 + 42 + 72 ⋅ 10−3 = √74 ⋅ 10−3 𝑁

122
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

Como a força magnética é a resultante centrípeta, então a aceleração normal (aceleração


centrípeta) é de:

𝐹𝑐𝑝 = 𝐹𝑚𝑎𝑔 ⇒ √74 ⋅ 10−3 ⋅ 𝑎𝑐𝑝 = √74 ⋅ 10−3 𝑁 ⇒ 𝑎𝑐𝑝 = 1 𝑚/𝑠 2

Gabarito: 𝟏 𝒎/𝒔𝟐
(ITA – 2010)
Uma corrente 𝐼 flui em quatro das arestas do cubo da figura (a) e produz no seu centro um campo
magnético de magnitude 𝐵 na direção 𝑦. cuja representação no sistema de coordenadas é (0, 𝐵, 0).
Considerando um outro cubo (figura (b)) pelo qual uma corrente de mesma magnitude 𝐼 flui através
do caminho indicado, podemos afirmar que o campo magnético no centro desse cubo será dado
por
a) (−𝐵, −𝐵, −𝐵).
b) (−𝐵, 𝐵, 𝐵).
c) (𝐵, 𝐵, 𝐵).
d) (0,0, 𝐵).
e) (0,0,0).

Comentários:

Inicialmente, na figura (a) temos o campo devido à contribuição de quatro arestas. Se cada aresta
gera um campo 𝐵0, vem:

Logo, o campo gerado pelo fio 1 no centro do cubo é igual a:

𝐵0 √2 𝐵0 √2
⃗1 = (
𝐵 , , 0)
2 2

De forma análoga ao fio 1, temos para as outras arestas:

123
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

𝐵0 √2 𝐵0 √2
⃗ 2 = (0,
𝐵 , )
2 2
𝐵0 √2 𝐵0 √2
⃗ 3 = (−
𝐵 , , 0)
2 2
𝐵0 √2 𝐵0 √2
⃗ 4 = (0,
𝐵 ,− )
{ 2 2

Portanto, o campo no centro do cubo, para a situação da figura (a), é dado por:

⃗ 𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜 = 𝐵
𝐵 ⃗1+𝐵
⃗2+𝐵
⃗3+𝐵
⃗4

⃗ 𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜 = (0, 2𝐵0 √2, 0)


𝐵

⃗ 𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜 | = 𝐵 = 2𝐵0 √2
|𝐵

Agora, utilizando novamente a RMD, o campo resultante no centro do cubo é igual a:

Em que cada aresta geram os seguintes campos:

𝐵0 √2 𝐵0 √2 𝐵0 √2 𝐵0 √2
⃗ 5 = (0,
𝐵 , ) ⃗ 8 = (0,
𝐵 , )
2 2 2 2
𝐵0 √2 𝐵0 √2 𝐵0 √2 𝐵0 √2
⃗ 6 = (−
𝐵 , 0, ) e ⃗ 9 = (−
𝐵 , 0, )
2 2 2 2
𝐵0 √2 𝐵0 √2 𝐵0 √2 𝐵0 √2
⃗ 7 = (−
𝐵 , , 0) ⃗ 7 = (−
𝐵 , , 0)
{ 2 2 { 2 2

Logo, o campo resultante no centro do cubo, na figura (b), é expresso por:

⃗ 𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜 = 𝐵
𝐵 ⃗5+𝐵
⃗6+𝐵
⃗7+𝐵
⃗8+𝐵
⃗9+𝐵
⃗ 10

⃗ 𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜 = (−2𝐵0 √2, 2𝐵0 √2, 2𝐵0 √2)


𝐵

⃗ 𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜 = (−𝐵, 𝐵, 𝐵)
𝐵

Gabarito: B

124
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo
Prof. Toni Burgatto

12. Referências bibliográficas


[1] Calçada, Caio Sérgio. Física Clássica volume 5. 2. Ed. Saraiva Didáticos, 2012. 576p.

[2] Bukhovtsev, B.B. Krivtchenkov, V.D. Miakishev, G.Ya. Saraeva, I. M. Problemas Selecionados de Física
Elementar. 1 ed. MIR, 1977.518p.

[3] Newton, Gualter, Helou. Tópicos de Física volume 3. 11ª ed. Saraiva, 1993. 303p.

[4] Toledo, Nicolau, Ramalho. Os Fundamentos da Física volume 3. 9ª ed. Moderna. 490p.

[5] Resnick, Halliday, Jearl Walker. Fundamentos de Física volume 3. 10ª ed. LTC. 365p.

[6] Associación Fondo de Investigadores y Editores. Una visión analítica del movimento volume II. 11ª ed.
Lumbreras editores. 989 p.

13. Considerações finais


Nessa aula estudamos os conceitos iniciais do Magnetismo. Releia com calma a experiência
Oersted e as leis para determinar o campo gerado por condutores com corrente. Anote no seu bizuário
os principais resultados e como utilizar as regras da mão direita envolvente e a regra da mão esquerda
espalmada.

Fique atento ao fato de a velocidade ser perpendicular à força magnética e relembre os conceitos
de produto vetorial da aula 00.

Na próxima aula continuaremos a estudar a interação entre fios percorridos por corrente, a
indução magnética, transformadores e corrente alternada, fechando o eletromagnetismo. As definições
feitas nesta aula são extremamente importantes para a próxima.

Conte comigo nessa jornada. Quaisquer dúvidas, críticas ou sugestões entre em contato pelo
fórum de dúvidas do Estratégia ou se preferir:

@proftoniburgatto

125
AULA 07 – Introdução ao Magnetismo

Você também pode gostar