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INTRODUÇÃO

Com a evolução dos tempos a técnica foi sendo aperfeiçoada


de tal maneira que a necessidade de formar homens especializados se
tornou imprescindível.
As famosas locomotivas a vapor de outrora deram lugar a
possantes e modernas locomotivas elétricas, diesel elétricas ou diesel
hidráulica, que, através de seu complexo mecânico, operem em trações
múltiplas, movimentando trens de até 250 vagões.
O Brasil opera atualmente com trens de minério de 160 vagões
em estrada com bitola métrica e com trens de 200 ou mais veículos em
estradas com bitola 1,60 m.
A movimentação desses grandes trens nas ferrovias está
ligada a dois fatores importantes: a “Tração e a Frenagem”. Ao primeiro
caberá movimentar o trem e mantê-lo à velocidade de regime,
independente do trecho onde opera; e ao segundo caberá o controle dessa
velocidade, a fim de evitar excessos e fazê-lo parar em tempo e distância
adequados.
Apesar da grande variedade de tipos de freios usados no
mercado comum, há somente dois tipos basicamente utilizados nas
ferrovias: o freio a ar comprimido e o freio a vácuo.

O objetivo deste curso é fornecer conhecimentos sobre o freio a ar


comprimido para que os operadores operem com melhor performance.

Se por um lado sentimo-nos orgulhosos por estar no Brasil a


ferrovia que atualmente traciona os maiores trens do mundo em bitola
métrica, por outro sofremos as conseqüências de não podermos contar
com outras fontes de referências, que se adaptem totalmente dentro de
nossas normas de operação, o que obriga, em alguns casos, a criar com
os nossos próprios recursos, normas de operação com o objetivo de
melhorar o comportamento destes grandes trens.
É de vital importância para os Mecânicos de Freio, o
conhecimento pleno de todo o sistema de freio do vagão, para que possa
entender o funcionamento no conjunto do trem, possibilitando assim a
agregação de valores ao trabalho.
PRINCÍPIOS BÁSICOS DE FUNCIONAMENTO DO SISTEMA DE
FREIO
FRICÇÃO
O freio é um dispositivo para introduzir fricção, a fim de retardar o
movimento de um trem.
A fricção é o princípio fundamental do freio e pode ser definido como
a resistência entre dois corpos em contato. Toda e qualquer superfície, por
mais altamente polida que seja, possui reentrâncias e saliências, e a teoria
da fricção é a de que esses altos e baixos das superfícies em contato
tendem a entravarem-se como duas engrenagens. A fricção entre essas
superfícies depende de dois pontos importantes: primeiro, a velocidade,
entre elas; e segundo, sua natureza, isto é, o tipo de material em contato,
se está lubrificado ou seco, limpo ou sujo, etc...
A medida que aumenta a velocidade dificulta o intertravamento dos
altos e baixos das superfícies, diminuindo a fricção, pois o contato dar-se
á somente nos pontos mais altos A natureza das superfícies também
aumenta ou diminui a fricção, pois quanto mais áspera ela for, maior será a
fricção. Um lubrificante como óleo ou graxa tende a preencher os baixos,
tornando as superfície mais lisas, diminuindo conseqüentemente a fricção;
por outro lado, se adicionarmos um abrasivo, como areia entre as partes
em contato, tornando-as mais ásperas, aumentando a fricção.
Para se obter a retardação do movimento de um trem temos que
levar em consideração a fricção entre a sapata e a roda e o atrito entre esta
e o trilho. A fricção da sapata na roda provoca um esforço entre ela e o
trilho, isto é, uma força aplicada ao trem de um ponto externo ao mesmo é
que causa sua parada. A fricção entre a sapata e a roda é obtida através do
cilindro de freio. O cilindro de freio, recebendo pressão de ar dos
reservatórios, criará uma força que, através de um sistema de alavancas,
provocará a fricção das sapatas contra as rodas.

Velocidade
FORÇA
PE

O
S

Força de Atrito
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO FREIO AR COMPRIMIDO

No início os trens além de lentos eram curtos e com uma deficiência


enorme no sistema de freios, que era manual, ou seja, existia um operador
(Guarda-Freio) em cada vagão, que atendiam ao comando de buzina da
locomotiva para o controle dos freios. Em função da falta de sincronismo
ao acionar os freios, ocorriam acidentes leves ou fatais, causados por
solavancos da composição. No ano de 1869, GEORGE WESTINGHOUSE
idealizou o sistema de freio a ar comprimido de ação direta, baseado na
observação da perfuração de uma mina, em que se utilizava um
compressor, uma torneira e um reservatório, para executar as perfurações.

Em 1872, para suprir as deficiências surgidas com freio a ar direto,


principalmente a de não ser automático, inventou o freio a ar automático.
Até a presente data, muitos melhoramentos foram introduzidos,
aperfeiçoando o seu funcionamento, a fim de atender o desenvolvimento
da tecnologia ferroviária, porém o ponto básico desse sistema continua
sendo o mesmo: as válvulas que comandam a aplicação e o alívio dos
freios funcionam por meio de desequilíbrio de pressão.

O freio a ar comprimido é uma combinação de dispositivos que


podem ter a sua operação manual, pneumática, eletrônica ou automática.

O freio de trem consiste em freios individuais para cada veículo e


locomotiva que são acoplados entre si e operados de um só ponto.

Essa combinação de dispositivos inclui: encanamentos, ferragem,


reservatórios cilindros, etc.
Tabela de funções dos equipamentos básicos do sistema de freio da
locomotiva e vagão.

FREIO LOCOMOTIVAS
EQUIPAMENTOS DESCRIÇÃO (FUNÇÃO)
Compressor de ar Comprimir o ar da atmosfera a uma pressão desejada
Reservatório Armazenar o ar comprimido vindo do compressor, além de
principal resfriar e condensar a unidade, assim como retém as
impurezas.
Válvula de Controlar a pressão do ar comprimido que vai alimentar o
alimentação encanamento geral.
Manipulador Controlar o carregamento, a aplicação e o alívio dos freios
Automático
Reservatório Volume que permite ao maquinista efetuar reduções
equilibrante controladas no encanamento geral, e proporciona estabilidade
ao sistema, evitando, assim, alívio dos primeiros vagões
Manômetro Aparelho que se destina a medir a pressão.
Válvula de Controlar as aplicações de freio pelo manipulador automático.
Controle
Cilindro de Freio Aplica os freios da locomotiva

FREIO VAGÕES
EQUIPAMENTOS DESCRIÇÃO (FUNÇÃO)
leva o ar comprimido da locomotiva para os reservatórios
Encanamento auxiliares e emergência de todos os veículos do trem, através
geral das válvulas de controle; sua continuidade é garantida pelas
ligações das mangueiras flexíveis entre os veículos
Válvula de Controla as aplicações e alívios do freio dos vagões.
controle
Reservatório armazena nos vagões o ar comprimido vindo da locomotiva
auxiliar e para ser usado na aplicação dos freios
emergência
recebe o ar comprimido do reservatório auxiliar através da
Cilindro de freio válvula de controle, e, com a pressão criada, produz força que
é transmitida para as sapatas de freios, através de um sistema
de alavancas

PRINCIPAIS FATORES QUE INFLUEM NA MANIPULAÇÃO DE UM TREM

Vazamento - Gradiente - Curso do cilindro de freio


VAZAMENTO
É a perda de ar do encanamento geral para atmosfera, medida na unidade
de tempo. As principais fontes de vazamento do encanamento geral são:
 Juntas de bocal das mangueiras,
 Conexões de tubos (ligações, uniões e tês),
 Flanges do coletor de pó,
 Tampas de torneiras,
 Junta câmara do coletor de pó,
 Furos ou rachaduras nos encanamentos, roscas ou elementos de ligação,
 Juntas da válvula de serviço e válvulas AB-5 e VTA para o caso de vagões
com cilindro de freio de simples ação.

Os vazamentos ao longo do Encanamento Geral , além de atuarem na


diferença de pressão existente entre os veículos da composição,
interferem também nos seguintes aspectos da frenagem:
 Tempo de carregamento,
 Tempo de aplicação,
 Tempo de alívio,
 Tempo de recarregamento,
 Distância de parada do trem,
 Diferença da pressão de aplicação dos freios entre os diversos vagões da
composição.

O QUE É MAIS IMPORTANTE:

• Reduzir e eliminar os vazamentos para que nunca ultrapassem a ZERO


PSI, no caso do vagão visto individualmente.

CONSEQUÊNCIAS DE EXCESSO DE VAZAMENTO:

• Comprometimento da manipulação dos freios, já que as aplicações de


freios são obtidas através da redução gradual da pressão do
encanamento geral;
• Paralisação do trem, em vez de redução da velocidade;
• Impedimento de uma reaplicação de freios, por falta de tempo para
recarregamento mínimo de sistema de freios;
• Ocorrência de Emergência indesejada que ocorre em função do
excesso de vazamento que é provocado por bocais de mangueira muito
gastos e grandes vazamentos da válvula VTA conforme foi observado
nas viagens de inspeção nos pátios ao longo da linha. Toda vez que o
maquinista faz uma redução para aplicação dos freios, o vazamento
causa uma aceleração da velocidade de redução da pressão do
encanamento geral, fazendo com que ocorra uma emergência sem que
exista uma causa comprovada que o maquinista possa de imediato
verificar no seu trem.
• Freio agarrado nos vagões.
Através de estudo do problema de FREIO AGARRADO, verificamos que
alguns vagões que apresentaram o problema, estes não tinham
vazamentos. Este fato ocorre quando o vazamento está nos vagões
vizinhos.
• Maior trabalho do compressor.
• Descontrole das operações do maquinista.

VAZAMENTO DE CILINDRO DE FREIOS

Causa sérios transtornos, pois o vagão fica sem freio, tornando as


reduções de controle de velocidade, insuficientes.

É importante que se identifique os vagões que estejam com este problema e


sejam enviados a Oficina.
Para que seja possível identificar o vagão com cilindro de freio aliviado, é
necessário vistoriar o trem com uma redução de 15 psi e caso o vagão não
esteja isolado e o cilindro de freio esteja aliviado indica que ele esteja com
vazamento:
 No cilindro de freio;
 No Encanamento do cilindro de freio.
 No encanamento do reservatório Auxiliar
 No reservatório auxiliar.

GRADIENTE

É a diferença de pressão existente entre a pressão do encanamento geral


da locomotiva e do último veículo de um trem.

Principais fatores que influem no gradiente de um trem são:


 Quantidade total de vazamento do Encanamento Geral e dos componentes
do sistema de freio,
 Pressão de Alimentação do Encanamento Geral,
 Localização dos vazamentos,
 comprimento do trem.

CONSEQUÊNCIAS DE EXCESSO DE VAZAMENTO:


• Impossibilita a aplicação de freio nos últimos veículos.
• Causa choques e esticões na composição,
• Anula o funcionamento da Válvula limitadora de serviço rápido da
válvula de serviço.

Para mantê-lo dentro da faixa aceitável, a pressão mínima da cauda deverá


obedecer aos seguintes valores:

Pressão mínima de 85 psi – Teste de Cauda no Pátio de Formação.

CURSO DO CILINDRO DE FREIO


É a distância que o êmbolo percorre quando recebe pressão, a fim de
imprimir esforço timoneira do trem.

CAUSAS EFEITOS

Desgaste da sapata do freio com Aumento do curso do cilindro, com redução


ajustador travado ou com defeito. da pressão no seu interior, diminuindo o
esforço das sapatas contra as rodas.

Curso de cilindro de freio variado, Choque e esticões entre os veículos,


num mesmo trem. ocasionando possíveis quebras de
mandíbulas, engates, ou até o
descarrilamento do trem.

Com a finalidade de manter o curso do cilindro do freio dos vagões numa


regulagem estabelecida, foram desenvolvidos os ajustadores automáticos de
folgas, de funcionamento pneumático ou mecânico , que são introduzidos nas
timoneiras de freio.
ESQUEMA DE FREIO DE VAGÃO
VÁLVULAS E COMPONENTES DE FREIO DE VAGÕES
EQUIPAMENTO/ COMPONENTE DESCRIÇÃO / FUNÇÃO

VÁLVULA K-2
VÁLVULAS TRÍPLICE K2
(Primeiro modelo de válvulas de freio)

COMPOSIÇÃO:
Formato de “T”. É acoplada diretamente ao
reservatório.

FUNÇÕES BÁSICAS DA VÁLVULA


TRÍPLICE K2.
• Carregamento
• Aplicação
VÁLVULA K-2 • Alívio

USO
São usadas nos vagões tipo PCB, PDB e em
RESERVATÓRIO
vagões de uso cativo com: FNB, PNB, GNB.

CILINDRO FREIO

Válvula AB
VÁLVULAS AB

Compõe-se de três partes principais:


• Suporte dos encanamentos;
• Porção de serviço
• Porção de emergência.

FUNÇÕES BÁSICAS DA VÁLVULA.


• Carregamento
• Aplicação
VÁLVULA
• Alívio
EMERGÊNCIA VÁLVULA • Emergência
SERVIÇO

SUPORTE DE
ENCANAMENTOS
EQUIPAMENTO/ COMPONENTE DESCRIÇÃO / FUNÇÃO
Válvula ABD

VÁLVULA ABD/ABDF E ABDW


Foi desenvolvida em 1963 / 1964, em função
das crescentes necessidades da ferrovias.

FUNÇÕES:
• Alívio acelerado nas aplicações de serviço;
• Atuação mais sensível para pequenos
VÁLVULA
EMERGÊNCIA SUPORTE DE VÁLVULA diferenciais de pressão.
ENCANAMENTOS SERVIÇO • Aceleração das aplicações de serviço
Válvula ABDW ( com a introdução da parte W ).

INFORMAÇÕES:
• Válvulas ABDW sem a parte W
denominam-se ABDF.
Recebeu, no lugar da parte “W”, uma tampa.

Válvula DB-60

VÁLVULA DB-60

CONSTITUIÇÃO:
Funciona através de pistão com diafragmas e
anéis de borracha tipo “K”.
É a mais moderna e já possui a função “W”,
no seu corpo.

FUNÇÕES:
VÁLVULA SUPORTE DE VÁLVULA Possui as mesmas funções das válvulas da
EMERGÊNCIA ENCANAMENTOS SERVIÇO
família AB.
Utiliza o mesmo suporte de encanamento,
podendo trafegar junto de vagões com
válvulas de família AB.
CILINDRO DE FREIO

Função Básica:
Transformação de pressão em força, transferindo-a para a timoneria.

USO:
Nos vagões da EFVM são usados 03 tipos de cilindros de projeto WABCO:
• Cilindro freio “8” x “8”
• Cilindro freio 10” x “12”
• Cilindro freio 7 5/8” x 12” x 9”

EQUIPAMENTO/ COMPONENTE DESCRIÇÃO / FUNÇÃO

CILINDROS DE FREIO 8” X 8”

São usados em vagões PNS e FNS.

CILINDRO DE FREIO 10” X12”


São usados em vagões de carga geral e
minério.
EQUIPAMENTO/ COMPONENTE DESCRIÇÃO / FUNÇÃO

CILINDROS E FREIO 7 5/8” X 12” X 9”


São usados em vagões GDT, é o cilindro
NicoPack, atualmente existem 2 Duplas de
GDT com este tipo de Cilindro na EFC.

SISTEMA VAZIO CARREGADO DE VAGÕES

O vagão é veículo destinado a transporte de cargas. Em função disto, quanto


menor for a sua tara e maior a sua capacidade de carga, melhor será sua
performance. Como os vagões usam geralmente apenas um cilindro de freio,
para que sejam mantidas as taxas de frenagens recomendadas pelas norma,
tornou-se necessário o uso de um dispositivo para mudar o regime de frenagem
em função da carga do vagão. Vários são os métodos que são utilizados para
alterar o regime de frenagem em função da carga.

DISPOSITIVO VAZIO CARREGADO


Quando atuado, o dispositivo muda o fulcro da alavanca do cilindro de freio.
FORMAS DE ACIONAMENTO DO DISPOSITIVO
 Mecanicamente
Este tipo de acionamento não é utilizado nos vagões da EFVM.
 Pneumaticamente
 Manual
 Automático
EQUIPAMENTO/ COMPONENTE DESCRIÇÃO / FUNÇÃO
DISPOSITIVO VAZIO CARREGADO
MANUAL ACIONAMENTO PNEUMÁTICO
• MANUAL,
• Através da válvula de mudança AB-5 e
punho de acionamento localizado nas
Dispositivo Vazio Carregado Fresinbra laterais do vagão.
Funcionamento:
Quando o punho é posicionado para a posição
de carga, a válvula AB-5 libera o ar do
encanamento geral para acionar o pistão de
liberação do ferrolho, com isso libera o
dispositivo fazendo com que a força seja
transmitida através do tirante/barra de carga.

• AUTOMÁTICO
• Através da válvula de mudança
automática VTA, instalada na travessa
Sistema De Alavancas
e batente do sensor fixado na lateral
do truque do vagão.
DISPOSITIVO VAZIO CARREGADO Funcionamento:
AUTOMÁTICO Quando o vagão é carregado, as malas do
truque se comprimem e o sensor da VTA, toca
no batente, acionando a válvula para a
posição de carga. Com isso libera o ar do
Dispositivo Vazio Carregado SUECOBRAS encanamento geral para acionar o pistão de
liberação do ferrolho, com isso libera o
dispositivo fazendo com que a força seja
transmitida através do tirante/barra de carga.

Observação: O ar usado para abastecer a


VTA, AB-5 e comutador é do encanamento
geral.

Válvula VTA instalada no vagão


Válvula VTA

EQUIPAMENTO/ COMPONENTE DESCRIÇÃO / FUNÇÃO

VAZIO CARREGADO AUTOMÁTICO


COMPOSIÇÃO:
É composto de uma válvula Comutação
automática EL-60 ou ELX-B com sensor e um
reservatório de volume.
INSTALAÇÃO:
É Instalado na estrutura do vagão na região
próxima a linha de centro da travessa do vagão.
É colocada no encanamento do cilindro de freio
Válvula EL-60 entre o suporte de encanamentos e o cilindro de
freio.
Condição para funcionamento:
Visor
 Distância relativa entre a estrutura do
vagão e a lateral do truque.
 Válvula só funcionará quando houver
aplicação de freio.
Funcionamento:
Braço Sensor POSIÇÃO DE VAZIO: Quando houver uma
aplicação de freio e o vagão estiver vazio, o
Válvula EL-XB braço sensor da válvula permitirá que o ar flua
para o reservatório de volume adicional e o
cilindro de freio. Com isso a pressão do cilindro
de freio será menor ocasionando taxa de
frenagem menor do vagão.
POSIÇÃO DE CARREGADO: Quando houver uma
aplicação de freio e o vagão estiver carregado, o
braço sensor da válvula toca na lateral e
Visor interrompe a comunicação com o mencionado
volume adicional e a pressão do reservatório
auxiliar flui apenas para o cilindro de freio
permitirá que o ar flua somente para o cilindro
de freio. Com isso a pressão do cilindro de freio
será maior, permitindo taxa de frenagem maior
Instalação Válvula EL-XB do vagão.

NOTA:
1 - Localização do visor de posicionamento da
válvula
- Válvula EL-60 (Pino Vermelho)
Visor do lado oposto da alavanca sensora.
- Válvula EL-XB (Pino Branco)
Visor no centro e frente da válvula.
2 – Identificação posição válvula
Somente podemos verificar a posição da válvula
quando os freios estiverem aplicados.
O pino só aparecerá no visor quando o vagão
estiver vazio.

AJUSTADOR AUTOMÁTICO DE FOLGAS

FINALIDADE:

Ajustar a folgas provenientes do desgaste da sapata junto à timoneira de freio do


vagão, mantendo assim o curso padrão do cilindro de freio.

EQUIPAMENTO/ COMPONENTE DESCRIÇÃO / FUNÇÃO

Ajustador Pneumático Automático de CARACTERÍSITICAS:


Folgas Tipo D - Pneumáticos:
Funcionam em um só sentido (só diminui a
folga)
- Mecânicos:
Funcionam em duplo sentido (diminuem e
aumentam a folga)

Ajustador Mecânico de Freio de Duplo


Sentido Fresinbra 1700 DJ

Ajustador Mecânico de Freio SAB de


Dupla Ação Tipo DRV2AU – 19

Ajustador Mecânico Automático Dupla


Ação Sloan 5100 DJ
MANGUEIRAS DE FREIO

As mangueiras são componentes que permitem a interligação do


encanamento geral entre vagões e locomotivas.

De acordo com os tipos de vagões temos vários comprimentos de mangueiras


conforme abaixo:

No. 1 - 1 3/8” x 68” - São usadas em vagões de minério (GDE) para ligar entre os
vagões geminados.
o
N . 2 - 11/8” x 64” - São usadas em vagões de minério (GDE) para ligar
encanamento do cilindro de freio entre os dois vagões
No. 3 - 1 3/8” x 22” - São usadas em vagões de carga geral.
No. 4 - 1 3/8” x 34” - São usadas em vagões de carga geral tipo HAD c/
torneiras reta.
o
N . 5 - 1 1/8” x 30” niple de ¾” - São usadas em locomotivas - enc.
Equalização Cilindro de freio.
o
N . 6 - 1 1/8” x 30” niple de 1” - São usadas em locomotivas - enc.
Equalização reservatório principal.
o
N . 7 - 1 3/8” x 30” niple de 1 3/8” - São usadas em Vagões de minério
(GDE) e Locomotivas - Encanamento
Geral.
o
N . 10 – MP101 1 1/8” x 23” - São usadas em Vagões de minério (GDE) -
Encanamento Geral. – Coletor pó.
o
N . 11 – MP102 1 1/8” x 26” - São usadas em Vagões de minério (GDE) -
Encanamento Geral – Coletor pó.
No. 12 – MP103 1 1/8” x 30” - São usadas em Vagões de minério (GDE) -
Encanamento Geral – Coletor pó.

Temos também a mangueira não representada na foto :


1 3/8” x 19” - São usadas em Carros passageiros.

As mangueiras são compostas por niple, elemento de mangueira, bocal


com a junta e 02 braçadeiras com parafuso e porca.

NIPLE MANGUEIRA
BOCAL FP-5

BRAÇADEIRAS

Mangueira de Freio
EQUIPAMENTO/ COMPONENTE DESCRIÇÃO / FUNÇÃO

Torneira Reta 1 ¼”de Punho Auto TORNEIRAS


Travante Localização: São localizadas nas duas
extremidades do vagão.

Uso: são usadas para fechar o


encanamento geral do último vagão de um
trem.
Torneira reta e angular - sadas em vagões
de carga geral
Torneira reta Removível - vagões de
minério.

Nota: Para os carros passageiros, temos a


torneira angular com o punho removível.
Torneira Angular 1 ¼”punho Auto
Travante Tipos: Temos dois tipos de torneiras:
Reta e Angular de punho removível.
Reta punho auto travante.

Torneira Reta 1 ¼” de Punho Removível


EQUIPAMENTO/ COMPONENTE DESCRIÇÃO / FUNÇÃO

Coletor De Pó Com Torneira Combinada COLETOR DE PÓ COM TORNEIRA


COMBINADA

FUNÇÃO: tem por finalidade coletar pó, e não


pedras, pelotas, e partículas sólidas, que
entram no sistema devido ao arraste de
mangueira.
Torneira combinada - tem a função de isolar
o freio do vagão.

É importante que nas preventivas seja feita a


limpeza do copo do coletor de pó.

RETENTOR DE CONTROLE DE ALÍVIO


Retentor de Controle de Alívio
FUNÇÃO: Controlar o alívio do cilindro de
freio dos vagões no trechos de descida
para que os freios não solte rapidamente,
permitindo assim ganho de tempo para
recuperação da pressão do encanamento
geral do trem.

CARACTERÍSTICAS: É composto por um


corpo e punho, quando este estiver no
mesmo sentido da descarga o alívio é
direto, quando estiver sentido
perpendicular a descarga o alívio é restrito.

Obs.:
Na manutenção é importante que o
mecânico verifique se não há obstrução do
orifício nas posição de alívio direto ou
restrito. Temos alguns vagões em que o
retentor de alívio foi substituído por uma
ligação de 3/8” com bujão de restrição com
orifício de diâmetro médio entre os
orifícios direto e restrito.
INSPEÇÃO DE FREIO DE VAGÕES EM PÁTIO

Para que possamos fazer uma inspeção e correção de freio com qualidade
devemos ter:

1. Vagões com ar e com aplicação de 15 PSI.


2. Junta de bocal,
3. Mangueira,
4. Chave de mangueira,
5. Chave de conexão.
Tabela de itens de freio a serem observados:
ONDE O QUE EFEITOS DEFEITOS PROCEDIMENTO

Encanamento Geral
- Restrição para
Torneira com passagem do ar, Colocar o punho na
punho na afetando no posição correta.
posição carregamento e
intermediária aplicações de serviço e
emergência.

- Não consegue mover o


Torneira com punho, não permitindo Retirar o vagão da
punho travado, a abertura ou composição e Informar o
fechamento do defeito, série e número do
encanamento geral. vagão para o controle do
pátio, enviar para oficina.
Torneira com
vazamento,

Mangueira
Furada, rasgada, Trocar a manqueira e enviar
papo externo, - Vazamento do ar do a mangueira usada para a
frouxa e com encanamento geral Oficina de freios de TU.
bocal gasto afetando teste de cauda
(gradiente e vazamento)
do trem.
- Emergência indesejada. Apertar a porca da ligagão
- Freio agarrado. com a chave de conexão,
Conexões caso ainda permita aperto.
(ligações, uniões Caso não retirar o vagão da
e tê de ramal e composição e Informar o
com vazamento. defeito, série e número do
vagão para o controle do
pátio, enviar para oficina.

Coletor pó - Não permite o Isolar o vagão e drenar o ar


quebrado carregamento do dos reservatórios e
encanamento geral. comunicar para torre a
série e número do vagão e
defeito

Punho da - Não permite o Retirar o vagão da


torneira de isolamento dos freio do composição e enviar para
isolamento vagão. oficina, comunicando a
travada torre série e número do
vagão e defeito.
ONDE O QUE EFEITOS DEFEITOS PROCEDIMENTO
- Causará o alivio dos
Válvula AB-5
Vazamento em freios,
vagões com - Ocasionará choques e
cilindro de 7 esticões no trem, Inverter a posição do
5/8”x 12”x 9” - descontrole da punho, informar a torre
velocidade do trem. série e número do vagão e
- - Vazamento do ar do o defeito do vagão.
Vazamento em encanamento geral
vagões com afetando teste de cauda
cilindro de 8”x (gradiente e vazamento)
8” e 10”x 12” do trem.
- Emergência indesejada.
- Freio agarrado.
- Impedirá a mudança de Retirar ou o vagão da
vazio/carregado. composição e Informar o
Punho travado / - Ocasionará choques e defeito, série e número do
quebrado esticões no trem, vagão para o controle do
descontrole do trem. pátio, enviar para oficina.
Dispositivo Vazio

- Vazamento do ar do
Carregado

encanamento geral Vagão comandado -


afetando teste de cauda Inverter a posição do
Vazamento (gradiente e vazamento) punho. Para ambas as
do trem. situações informar a torre
- Emergência indesejada. série e número e defeito do
- Freio agarrado. vagão.
ou EL-XB Válvula de mudança automática VTA

- Vazamento do ar do
Vazamento em encanamento geral
carga afetando teste de cauda
(gradiente e vazamento)
do trem. Isolar os freios do vagão,
Vazamento em - Operação de frenagem drenar todo o ar,
vazio do trem, Informar a torre série e
- Emergência indesejada. número e defeito do vagão.
- Freio agarrado.
Sensor - Vazio carregado
desregulado inoperante causando
Suporte choque e esticões no
quebrado trem.
Válvula EL-60

Vazamento Informar a torre série e


Sensor quebrado - Vagão sem freio número e defeito do vagão.
Desregulagem
do sensor
ONDE O QUE EFEITOS DEFEITOS PROCEDIMENTO

Retentor de Informar o defeito, série e


alívio Punho travado - Choque e esticões no número do vagão para o
ou quebrado alívio dos freio do trem controle do pátio e
comunicar a oficina.

Se for Cilindro de freio de 7


Cilindro de freio

5/8”x 12” x 9” e o vagão


estiver carregado, virar o
- Vagão sem freio. punho da válvula AB-5 para
Vazamento - Provoca choques e vazio. Informar o defeito,
esticões no trem; série e número do vagão
- Perda do controle do para o controle do pátio e
trem. comunicar a oficina
- Aumento da distancia
Curso de parada.
desregulado
(maior) Informar o defeito, série e
número do vagão para o
- Vagão com excesso de controle do pátio e
Curso freio. comunicar a oficina.
desregulado - Provoca choques e
(menor) esticões no trem;
- Queima sapata de freio
Reservatório de Reservatório auxiliar

Apertar a porca da ligação


- Provocará o alívio dos com a chave de conexão,
Vazamento por freios do vagão. caso ainda permita aperto.
trinca, nas - Provoca choque e Caso não Isolar os freios
ligações do esticões no trem do vagão, drenar todo o ar,
reservatório - Perda do controle do Informar o defeito, série e
trem número do vagão para o
controle do pátio e
comunicar a oficina.
emergência

Isolar os freios do vagão,


Vazamento por - Dificultará o drenar todo o ar,
trinca ou na carregamento dos Informar o defeito, série e
ligação do freios do vagão número do vagão para o
reservatório. controle do pátio e
comunicar a oficina.
ONDE O QUE EFEITOS DEFEITOS PROCEDIMENTO
- Provocar alívio dos
Ajustador Válvula de controle freios;
Vazamento - Freio Agarrado;
- Não carregar os freios Isolar os freios do vagão,
do vagão; drenar todo o ar,
- Não permite o Informar o defeito, série e
Válvula carregamento do número do vagão para o
disparada encanamento geral. controle do pátio e
comunicar a oficina.
folgas

Quebrado
Inoperante - Vagão sem freio
(travado)

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