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1ª) Forças Gravitacionais. Estas forças já foram estudadas nos 1º e 2º anos de Física, e são
descritas pela lei de Gravitação Universal (Newton e Kepler);
2ª) Forças Elétricas e Magnéticas: Estas forças relacionam-se de perto. Alguns dos efeitos
das forças elétricas foram e estão sendo estudadas neste Bimestre. As forças magnéticas
serão tratadas neste momento.
3ª) Forças Nucleares: Estas são responsáveis pelas reações que se dão nas estrelas, sol ou
nas Usinas Nucleares que produzem energia para nosso planeta.
Tais fenômenos fascinam as pessoas. Até mesmo Albert Einstein, considerado um dos
maiores cientistas do século XX, dizia sempre que foi levado a pensar em ciências físicas a
partir de observações curiosas da atração e da repulsão entre imãs.
IMÃS
Os imãs naturais nada mais são do que fragmentos do minério de ferro chamado
magnetita, que recebeu esse nome devido a uma região Asiática chamada Magnésia,
localizada na Turquia, local essas pedras foram encontradas.
Quando suspensas por seus centros de massa, tais pedras orientavam-se sempre no sentido
norte-sul. Só mais tarde, muitos anos depois, descobriu-se a possibilidade de fabricar
ímãs artificiais.
Esses imãs artificiais levam grande vantagem sobre os imãs naturais por terem maior
poder atrativo e também porque podem ser construídos na forma mais conveniente ao seu
uso.
Todo ímã (natural ou artificial) apresenta duas regiões distintas, denominadas pólos, que
possuem comportamentos opostos: são os chamados pólos norte e pólos sul dos imãs.
Tanto os imãs naturais como os imãs artificiais apresentam algumas propriedades
importantes:
1º) Atraem substâncias como ferro, cobalto, níquel, cobre, ouro, prata entre outros metais.
2º) Quando podem mover-se livremente, orientam-se na direção dos pólos geográficos.
3º) Exercem forças de atração e de repulsão, de origem magnética, dependendo dos pólos
que se aproximam:
Cortando-se um imã em duas partes, cada uma delas será um novo imã completo.
Se subdividirmos as duas partes diversas vezes até obtermos pequeníssimos fragmentos
(pedacinhos), cada um deles será um nome imã com todas as suas propriedades
conservadas.
Campo Magnético
Assim como uma carga elétrica cria ao seu redor uma região chamada campo elétrico, um
imã também gera, na região que o envolve, ou seja, ao seu redor, um campo e forças
denominado campo magnético. A sua representação é feita por linhas de campo ou
linhas de indução, que são linhas imaginárias fechadas que saem do pólo norte e entram no
pólo sul.
Já em seu interior (dentro do Imã), as linhas de campo magnética vão do pólo sul para o
pólo norte.
Abaixo está um exemplo clássico: Um imã é colocado em uma bancada e em volta dele
coloca-se limalha de ferro. Essa limalha, como vê-se abaixo, forma as linhas de campo
magnética orientadas.
Experiência de Oersted
Nos meados do ano de 1820, o Físico e Engenheiro Dinamarquês Hans Christian
Oersted (1777 – 1851) construiu um CKT ligando uma bateria a um fio condutor esticado,
disposto na direção norte – sul. Sob o fio, colocou uma agulha magnética, que, por ação do
campo magnético terrestre, ficava orientada nessa mesma direção.
Ao fechar o CKT (interruptor), ele observou que a agulha sofria um desvio. Quando a
corrente era muito alta (intensa), a agulha chegava a ficar perpendicular ao fio condutor. Já
quando o CKT era aberto (interruptor), a agulha voltava a se orientar ao longo do campo
magnético terrestre.
Essa experiência deu origem ao eletromagnetismo, pois mostrou que a corrente elétrica
produz campo magnético.
A terra comporta-se como um enorme imã, cujos pólos magnéticos se encontram próximos
dos pólos geográficos. No entanto, os nomes dos pólos geográficos e magnéticos são
invertidos, isso é, o pólo norte magnético fica próximo ao pólo sul geográfico, e o pólo
sul magnético fica próximo ao pólo norte geográfico.
Campo Magnético de um Fio Retilíneo “Infinito”
As linhas de indução do campo magnético de um condutor reto, percorrido por uma corrente
elétrica, são circunferências concêntricas com o condutor, situadas em planos perpendiculares a
ele, conforme mostra o exemplo novamente com limalha de ferro colocada sobre uma bancada.
Da observação da figura anterior, teremos uma regra, chamada de Regra da Mão Direita.
A Regra da mão direita diz: evolvendo-se um condutor com a mão direita, de tal forma que o
polegar fique voltado para o sentido da corrente elétrica, os ouros dedos indicam o sentido das
Para desenhar o vetor indução magnética de forma correta, observe o desenho a seguir, no qual
estão dois planos perpendiculares. O plano α é o plano do papel no qual está contido o fio
condutor, e o plano β é ortogonal ao plano α tal que o fio condutor “fura” esse plano.
A intensidade do vetor indução magnética gerado por um condutor retilíneo percorrido por
uma corrente elétrica de intensidade I a uma distância d do fio é dada pela expressão:
Onde:
µ é uma constante que depende do meio onde se encontra o fio condutor, essa constante é
denominada Permeabilidade Magnética.
OBS.: Para o vácuo: µ0 = 4 · · 10-7 T . m / A
I = Intensidade da Corrente Elétrica dada em A [Ampères];
d = Distância dada em m [metros].
Se o fio tiver a forma de uma circunferência por onde circula uma corrente elétrica tem-se uma
espira circular que produz campo magnético como se visualiza nas figuras abaixo, uma com
limalha de ferro e um fio, e a outra mais didática com a condução da corrente e vetor campo
magnético indicados:
Nesse caso, no centro da espira circular temos:
Onde:
µ é uma constante que depende do meio onde se encontra o fio condutor, essa constante é
denominada Permeabilidade Magnética.
OBS.: Para o vácuo: µ0 = 4 · · 10-7 T . m / A
I = Intensidade da Corrente Elétrica dada em A [Ampères];
R = Raio do Condutor Circular dada em m [metros].
Se tivermos várias espiras circulares formando um espiral cilíndrico, está constituído um solenóide
(bobina), que ao ser percorrido por uma corrente também produz um campo magnético como se
visualiza nas figuras a seguir:
A intensidade do vetor indução magnética gerado por um solenoide, é dado pela expressão:
Onde:
µ é uma constante que depende do meio onde se encontra o fio condutor, essa constante é
denominada Permeabilidade Magnética.
OBS.: Para o vácuo: µ0 = 4 · · 10-7 T . m / A
I = Intensidade da Corrente Elétrica dada em A [Ampères];
N = número de voltas do fio condutor;
L = Comprimento do fio (solenoide) dado em m [metros].
Exercícios
1) Um fio retilíneo é percorrido por uma corrente elétrica continua de intensidade I = 3A.
Calcule a intensidade do campo magnético produzido num ponto à distância d = 0,25m do fio
no vácuo.
2) (PUC–SP) Qual é a corrente elétrica de um fio retilíneo que tem a intensidade de campo
magnético B = 5 · 10– 6 T, sabendo que ele está num ponto a distância d = 0,01m do fio no vácuo.
3) Calcule o vetor indução magnética de um condutor retilíneo que possui uma corrente
elétrica circulante de 10A, sabendo que o mesmo está no vácuo a uma distância de 2 · 10 – 3 m.
4) Qual é o raio de uma expira circular sabendo que por ela existe uma corrente circulante de 300mA,
e tendo intensidade de campo magnético B = 3,5 T.
5) Se uma expira circular tem raio de 50cm e é percorrido por uma corrente elétrica de 5mA.
Calcule a intensidade do vetor campo magnético.
6) Uma espira circular de raio 20cm, contida no plano da página, é percorrida por uma
corrente elétrica de 5A no sentido horário. Determine as características do vetor campo magnético
no centro da espira.
7) Calcule o vetor indução magnética de um condutor retilíneo que possui uma corrente
elétrica circulante de 10A, sabendo que o mesmo está no vácuo a uma distância de 2 · 10 – 3 m.