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Campo magnético gerado por uma corrente elétrica

Quando uma corrente elétrica percorre um fio condutor retilíneo, um


campo magnético circular forma-se ao longo de toda a sua extensão. As
linhas de indução desse campo são concêntricas em relação ao fio. O seu
sentido é determinado pela regra da mão direita, de acordo com ela,
quando apontamos o polegar no sentido da corrente elétrica, os demais
dedos da mão fecham-se no sentido do campo magnético.

O campo magnético produzido por uma corrente elétrica, denotado


pelo símbolo B, pode ser calculado pela fórmula a seguir:

B – campo magnético (T)

μ0 – permeabilidade magnética do vácuo (4π.10 –7


T.m/A)

i – corrente elétrica (A)

R – distância ao fio (m)

Campo magnético de uma espira condutora

Uma espira é um fio condutor fechado, em formato circular. O campo


magnético produzido na região central dela pode ser calculado
pela fórmula seguinte, confira:

Campo magnético de uma bobina (solenoide)


Bobinas, também conhecidas como solenoides, são formadas por um
longo fio condutor enrolado diversas vezes, tratando-se, portanto, da
combinação de um grande número de espiras.

A fórmula usada para calcular o campo magnético no interior do


solenoide é esta:

N – número de voltas do solenoide

L – comprimento do solenoide
Campos magnéticos são gerados por correntes elétricas de acordo com a Lei de
Ampère, uma das equações fundamentais do eletromagnetismo. A Lei de Ampère
estabelece que o campo magnético ao redor de um condutor retilíneo é diretamente
proporcional à corrente elétrica que passa pelo condutor. Isso significa que, quando
uma corrente elétrica flui através de um fio condutor, ela gera um campo magnético ao
seu redor.

Existem algumas características importantes a serem consideradas quando se trata de


campos magnéticos criados por correntes elétricas:

1. Direção do Campo Magnético: A direção do campo magnético criado por uma corrente
elétrica é determinada pela "regra da mão direita". Segure o fio condutor com a mão
direita, com o polegar apontando na direção da corrente elétrica. Os dedos enrolados
ao redor do fio indicam a direção do campo magnético.
2. Intensidade do Campo Magnético: A intensidade do campo magnético depende da
magnitude da corrente elétrica. Quanto maior a corrente, mais intenso é o campo
magnético. Além disso, a distância do fio condutor também afeta a intensidade do
campo, seguindo uma lei de inverso do quadrado.
3. Forma do Campo Magnético: O campo magnético criado por um fio retilíneo é em
forma de círculos concêntricos ao redor do fio.
4. Regra da Mão Direita: A regra da mão direita é uma ferramenta útil para determinar a
direção do campo magnético ao redor de uma corrente. Ela pode ser usada para
entender como o campo magnético se comporta em várias configurações, como loops
de fio ou solenoides.
Além disso, quando várias correntes elétricas passam por fios paralelos, os campos
magnéticos gerados interagem uns com os outros, podendo se somar ou se anular,
dependendo das direções das correntes e das posições dos fios.

Essa interação entre campos magnéticos e correntes elétricas é fundamental para


entender os princípios de dispositivos eletromagnéticos, como motores elétricos,
transformadores e solenoides. A relação entre campos magnéticos e correntes elétricas
é uma parte essencial da teoria eletromagnética e tem aplicações em diversas áreas da
tecnologia e engenharia.

Os campos magnéticos gerados por correntes elétricas são fundamentais para a


compreensão do eletromagnetismo e têm várias características importantes. Aqui estão
algumas descrições dos campos magnéticos criados por correntes elétricas:

1. Lei de Ampère: A relação entre correntes elétricas e campos magnéticos é descrita pela
Lei de Ampère, uma das equações fundamentais do eletromagnetismo. Ela estabelece
que o campo magnético (�B) ao redor de um condutor é diretamente proporcional à
corrente elétrica (�I) que passa pelo condutor.
2. Forma do Campo: O campo magnético criado por uma corrente elétrica em um fio
retilíneo tem a forma de círculos concêntricos que circundam o fio. A direção do campo
é tangente a esses círculos e segue a regra da mão direita. Se você enrolar os dedos da
mão direita em torno do fio com o polegar apontando na direção da corrente, a direção
dos dedos representa a direção do campo magnético.
3. Intensidade do Campo: A intensidade do campo magnético depende da magnitude da
corrente elétrica. Quanto maior a corrente, mais intenso é o campo magnético gerado.
Isso significa que o campo magnético pode ser enfraquecido ou fortalecido,
aumentando ou diminuindo a corrente.
4. Lei do Inverso do Quadrado: A intensidade do campo magnético diminui à medida
que você se afasta do fio condutor. A relação entre a intensidade do campo magnético
e a distância do fio segue uma lei de inverso do quadrado, semelhante à lei de Coulomb
para campos elétricos.
5. Correntes Paralelas: Quando várias correntes elétricas fluem em fios paralelos, seus
campos magnéticos interagem entre si. Se as correntes estiverem fluindo na mesma
direção, os campos magnéticos se somarão, aumentando a intensidade resultante. Se as
correntes estiverem fluindo em direções opostas, os campos magnéticos se anularão em
certas regiões.
6. Loop de Corrente: Quando uma corrente elétrica flui através de um circuito fechado,
como um loop de fio, o campo magnético gerado dentro do loop é direcionado de uma
maneira específica, de modo que todo o campo magnético se fecha dentro do loop.
7. Solenoides e Bobinas: Solenoides são dispositivos compostos por muitas voltas de fio
condutor, que geram campos magnéticos fortes no interior quando uma corrente
elétrica é aplicada. Esses dispositivos são essenciais em aplicações como eletroímãs e
transformadores.

Os campos magnéticos gerados por correntes elétricas desempenham um papel crucial


em muitas aplicações tecnológicas, incluindo motores elétricos, geradores, dispositivos
de armazenamento de dados (como discos rígidos), equipamentos médicos de imagem
por ressonância magnética (MRI) e muito mais. Eles também desempenham um papel
importante na teoria eletromagnética e na compreensão da interação entre eletricidade
e magnetismo.

Histerese
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A histerese é a tendência de um sistema de conservar suas propriedades na ausência


de um estímulo que as gerou, ou ainda, é a capacidade de preservar uma deformação
efetuada por um estímulo. Podem-se encontrar diferentes manifestações desse
fenômeno. A histerese mais conhecida ocorre no magnetismo[1], mas também pode
ocorrer em diversas áreas como mecânica
clássica[2], tráfego[3], biologia[4], epidemiologia[5] entre outras[6][7]. A palavra "histerese"
deriva do grego antigo υστέρησις, que significa 'retardo', que foi cunhada por James
Alfred Ewing em 1890.

Saturação magnética
Quando um campo magnético (ampere-espira por metro) é aplicado a um material
ferromagnético, passa a circular neste uma densidade de fluxo magnética (ou indução
magnética) (tesla = weber por metro quadrado). A relação entre densidade de fluxo e
campo magnético é dada pela expressão [8].
Para uma geometria fixa, como o caso de uma bobina com núcleo fixo ou
transformador, uma variação do campo magnético é dada por uma variação na
corrente da bobina que está sendo alimentada. Quanto maior a corrente , maior o
campo magnético [9].
Na região magnética linear com constante (e da ordem de ou mais), contudo, à
medida que o campo magnético cresce, o material entra em uma região não linear
(saturação magnética), onde passa a diminuir à medida que a saturação cresce.
Inconveniente da saturação
Quando atingida a saturação o transformador, mesmo a vazio, passa a demandar
correntes maiores para manter o fluxo magnético imposto pela tensão. A relação entre
fluxo magnético e tensão induzida é dada pela Lei de Faraday[10]. Uma das formas de
expressá-la é por , onde é o fluxo magnético, é o tempo , o número de espiras e é a
tensão induzida. Para simplificar a análise (e sem prejuízo de conceitos)
consideraremos a tensão induzida no primário igual a tensão aplicada pela fonte.
Imaginando uma tensão de entrada sinusoidal , o fluxo demandado pelo núcleo do
transformador será dado por , ou seja, o fluxo é diretamente proporcional a tensão e a
frequência de entrada. Trabalhando mais um pouco, pode-se chegar a expressão que o
fluxo de pico de um sinal sinusoidal é dado por , onde é a frequência em hertz.
A densidade de fluxo que atenda ao fluxo demandado é dada pela relação , onde é a
área da secção transversal à passagem do fluxo magnético[10]. Associada a densidade
de fluxo magnético está o campo magnético que o gera, dado por . Perceba que com a
redução da permeabilidade (na saturação), um maior campo magnético muito maior é
demandado, e este, por fim, está associado à corrente elétrica que o gera, que por
consequência, pode aumentar para valores muito acima dos nominais, mesmo com o
transformador a vazio.
Para evitar este inconveniente deve-se trabalhar com valores baixos de saturação,
limitando a tensão aplicada, aumentando a área de ferro ou aumentando a qualidade
dos materiais.
Histerese magnética

Laço de Histerese.

1. Aumenta-se a densidade de fluxo magnética (ou indução magnética) aplicada a um


material ferromagnético até a saturação. A relação entre campo e densidade de fluxo
neste intervalo é dada por . Quando mais saturado o material menor o valor da
permeabilidade .
2. Diminuí-se a densidade de fluxo e como consequência também o campo diminui.
Contudo, quando chega a zero (corrente zero), ainda existe uma densidade de fluxo
remanescente, (o material fica imantado).
3. Para que chegue a zero, é necessário aplicar um campo negativo, chamado de força
coercitiva, .
4. Se continuar aumentando no sentido negativo, o material é magnetizado com
polaridade oposta. Desse modo, a magnetização inicialmente será fácil, até quando se
aproxima da saturação, passando a ser difícil.
5. A redução do módulo do campo novamente a zero deixa uma densidade de fluxo
remanescente, , e, para reduzir a zero, deve-se aplicar uma força coercitiva no sentido
positivo.
6. Aumentando-se mais ainda o campo, o material fica novamente saturado, com a
polaridade inicial.
Nesse fenômeno, observa-se o atraso entre densidade de fluxo e campo magnético
( quando ), chamado de histerese magnética.
O ciclo traçado pela curva de magnetização é chamado de ciclo de histerese.

Uma família de curvas de histerese


medida com uma densidade de fluxo modulada sinusoidal com frequência de 50 Hz (período de
0,02 s) e campo magnético variável de 0,3 T a 1,7 T.

B = Campo magnético [T] ou [Wb/m²]


H = Intensidade de campo magnético [A/m] ou [A.e/m]
B = Remanescência
R

H = Coercividade
C

Exemplo de histerese com metais


Quando o ferro não está magnetizado, seus domínios magnéticos estão dispostos de
maneira desordenada e aleatória. Porém, ao aplicar uma força magnetizante, os
domínios se alinham com o campo aplicado. Se invertemos o sentido do campo, os
domínios também inverterão sua orientação. Num transformador, o campo magnético
muda de sentido muitas vezes por segundo, de acordo com o sinal alternado aplicado.
E o mesmo ocorre com os domínios do material do núcleo. Ao inverter sua orientação,
os domínios precisam superar o atrito e a inércia. Ao fazer isso, dissipam uma certa
quantidade de potência na forma de calor, que é chamada de perda por histerese.
Em determinados materiais, a perda por histerese é muito grande. O ferro doce é um
exemplo. Já no aço, esse tipo de perda é menor. Por isso, alguns transformadores de
grande potência utilizam um tipo de liga especial de ferro-silício, que apresenta uma
perda por histerese reduzida. Esse tipo de problema também aumenta junto com
a frequência do sinal. Um transformador que apresenta baixa perda nas frequências
menores, pode ter uma grande perda por histerese ao ser usado com sinais de
frequências mais altas.
A histerese produz-se devido ao gasto de energia para inverter os dipolos durante uma
mudança de campo magnético.
Eletrônica

Curva de histerese de um Disparador Schmitt

Histerese pode ser utilizada para filtrar sinais de forma que a saída reaja de maneira
retardada à história desse sinal. Por exemplo, um termostato controlando um
aquecedor pode acioná-lo quando a temperatura cai abaixo da temperatura de 'A'
graus Celsius, mas só desligará quando a temperatura ultrapassar 'B' graus Celsius.
Um Disparador Schmitt é um circuito eletrônico simples que também exibe essa
propriedade. Geralmente, uma quantidade de histerese é intencionalmente adicionada
ao circuito eletrônico (ou algoritmo digital) para prevenir chaveamentos (troca de
estados) rápidos.

Referências

1. ↑ Bertotti, Giorgio (21 de maio de 1998). Hysteresis in Magnetism: For Physicists, Materials
Scientists, and Engineers (em inglês). [S.l.]: Academic Press. ISBN 9780080534374
2. ↑ Almeida, M.P.; Costa, U.M.S. (março de 2000). «Exemplo de Histerese com um Sistema de Massa-
Mola» (PDF). Revista Brasileira de Ensino de Física. 22 (1): 49-53. Consultado em 26 de junho de
2018
3. ↑ Hu, Mao-Bin; Wen-Xu (2 de março de 2007). «Phase transition and hysteresis in scale-free network
traffic». Physical Review E (em inglês). 75 (3). 036102 páginas. doi:10.1103/PhysRevE.75.036102
4. ↑ Noori, Hamid Reza. Hysteresis Phenomena in Biology - Springer. [S.l.: s.n.] doi:10.1007/978-3-642-
38218-5
5. ↑ Chen, Li; Fakhteh (30 de março de 2016). «Phase transitions and hysteresis of cooperative
contagion processes». arXiv:1603.09082 [cond-mat, physics:physics, q-bio]
6. ↑ Chakrabarti, Bikas K.; Muktish (1 de abril de 1999). «Dynamic transitions and hysteresis». Reviews
of Modern Physics. 71 (3): 847–859. doi:10.1103/RevModPhys.71.847
7. ↑ Piquette, Jean C.; Elizabeth A. (1 de junho de 2002). «Generalization of a model of hysteresis for
dynamical systems». The Journal of the Acoustical Society of America. 111 (6): 2671–
2674. ISSN 0001-4966. PMID 12083200
8. ↑ Sadiku, Matthew N. O. (2004). Elementos de eletromagnetismo 3 ed. Porto Alegre:
Bookman. ISBN 9788536302751. OCLC 124029850
9. ↑ Assumpção., Bastos, João Pedro (2008). Eletromagnetismo para engenharia : estática e quase-
estática. Florianópolis: Ed. UFSC. ISBN 9788532804181. OCLC 817147229
10. ↑ Ir para:a b Bastos, João Pedro Assumpção (2008). Eletromagnetismo para engenharia: estática e
quase-estática. Florianópolis: Ed. UFSC. ISBN 9788532804181

A histerese é um fenômeno físico que descreve a dependência da resposta de um


sistema em relação à sua história. Em outras palavras, a histerese ocorre quando o
comportamento de um sistema não depende apenas das condições atuais, mas também
das condições passadas. Este fenômeno é observado em uma ampla variedade de
sistemas físicos, especialmente em materiais magnéticos e elásticos.

Um exemplo clássico de histerese é observado em materiais ferromagnéticos, como o


ferro e o aço. Quando um campo magnético externo é aplicado a um material
ferromagnético, ele induz a magnetização do material. No entanto, a magnetização não
aumenta linearmente com a intensidade do campo magnético; em vez disso, há uma
relação não linear devido à histerese magnética. O material permanece magnetizado
mesmo quando o campo externo é removido, e a magnetização só se desfaz quando o
campo é aplicado na direção oposta.

A curva de histerese magnética é um gráfico que mostra a relação entre a magnetização


(ou densidade de fluxo magnético) e o campo magnético aplicado. A curva geralmente
tem uma forma de laço, indicando que a magnetização depende não apenas da
intensidade atual do campo magnético, mas também da história do campo anterior.
Existem dois pontos importantes na curva de histerese:

1. Ponto de Saturação: O ponto no gráfico onde a magnetização atinge um valor máximo


para um campo magnético crescente. Neste ponto, os domínios magnéticos do material
estão todos alinhados na mesma direção.
2. Ponto de Coercividade: O ponto no gráfico onde a magnetização é reduzida a zero
quando o campo magnético é invertido. É a quantidade de campo magnético
necessário para "apagar" a magnetização do material.

Exemplos adicionais de histerese podem ser encontrados em sistemas elásticos, como


molas. Quando uma mola é deformada e depois liberada, a força necessária para
restaurá-la ao seu estado original não é a mesma que a força necessária para a
deformação inicial. Isso ocorre devido à histerese elástica.

A histerese também é observada em muitos outros sistemas, como eletrônica, mecânica


de materiais, controle de temperatura, entre outros. Em sistemas de controle, a histerese
é usada deliberadamente para evitar flutuações indesejadas em torno de um ponto de
ajuste, criando uma banda morta na resposta do sistema.

Em resumo, a histerese descreve a dependência do estado atual de um sistema em


relação ao seu histórico, e é um fenômeno observado em diversos contextos, desde
materiais magnéticos até sistemas mecânicos e de controle.
Indução eletromagnética: o que é, resumo, experiências e aplicações!
 julho 5, 2020

Entenda tudo sobre indução eletromagnética, suas características e aplicações!

Indução eletromagnética: o que é, resumo, experiências e aplicações!

Existem diversos fenômenos físicos com aplicações muito úteis na prática. No campo
do eletromagnetismo, isso é ainda mais abrangente, uma vez que vários conceitos fazem parte do
dia a dia das pessoas.

Neste post, vamos falar tudo sobre um desses fenômenos: a indução eletromagnética, um dos
temas bastante cobrados no Enem. Continue lendo para saber o que é, quais experiências podem
ser feitas e como a indução pode ser aplicada!

CONTEÚDO DESTE POST


 O que é indução eletromagnética?
 Aquecimento por indução eletromagnética
 Experiências de Faraday
 Leis de Faraday e de Lenz
o Lei de Faraday
o Lei de Lenz
 Aplicações da indução eletromagnética
o Geradores de corrente alternada
o Transformadores

O que é indução eletromagnética?

Indução eletromagnética é um fenômeno da Física que está relacionado ao surgimento de


uma corrente elétrica por meio de um condutor, imerso em um já existente campo magnético,
no momento em que se dá a variação do fluxo que atravessa tal campo.

No ano de 1820, o físico Hans Christian Oersted observou que, ao passar uma corrente elétrica
em um condutor, o mesmo mudava a direção da agulha de uma bússola. Essa foi a primeira
constatação do que mais tarde viria a ser conhecido como eletromagnetismo.

A partir de então, vários cientistas passaram a experimentar e realizar investigações profundas da


conexão existente entre os fenômenos em campos elétricos e os fenômenos magnéticos.

A ideia era, principalmente, descobrir se a recíproca também era verdadeira. Ou seja,


se fenômenos magnéticos poderiam gerar uma corrente elétrica. Dessa forma, no ano de 1831, o
físico londrino Michael Faraday descobriu, em suas experiências, o fenômeno e os efeitos da
indução eletromagnética.

Desse momento em diante, a Lei de Faraday e a Lei de Lenz (que faz referência ao físico russo
Heinrich Lenz) se tornaram os mandamentos fundamentais do eletromagnetismo, explicando e
determinando os efeitos da indução eletromagnética.

Aquecimento por indução eletromagnética

O aquecimento por indução eletromagnética é um fenômeno muito utilizado para


o endurecimento ou o amolecimento de metais e quaisquer outros materiais condutores de
energia elétrica.

O aquecedor por indução é composto por uma bobina eletroímã, sendo que através da mesma
é passada uma corrente alternada de alta frequência, responsável pela geração de calor. A
indução da corrente leva os elétrons a se movimentarem com grande velocidade, aquecendo o
material a cerca de 1200 ºC.

Experiências de Faraday

Após observar o fenômeno do eletromagnetismo pela primeira vez, Faraday passou a realizar
uma série de experimentos em busca do melhor entendimento dos efeitos eletromagnéticos.

Em uma das experiências mais conhecidas, Faraday utilizou um anel de ferro, enrolando um fio
de cobre em uma metade da peça e outro pedaço de fio de cobre na outra metade. O primeiro
filamento foi ligado a uma bateria. Já o segundo foi conectado a um outro pedaço de fio,
passando-o por uma bússola estrategicamente posicionada a uma certa distância do anel.

Ao ligar a bateria, Faraday percebeu que a agulha da bússola mudava de direção. O mesmo
acontecia no exato momento em que o cientista desligava a conexão com a bateria. Entretanto, a
constância da corrente no sistema não produzia nenhum movimento na bússola.

Dessa forma, Faraday deduziu que uma corrente elétrica podia induzir uma corrente em um
outro material condutor. Contudo, ainda não era possível dizer se os mesmos efeitos
aconteceriam ao utilizar ímãs permanentes no lugar dos eletroímãs.

Assim, Faraday reproduziu o experimento movimentando um ímã de forma cilíndrica dentro de


uma bobina ligada a um galvanômetro. Percebeu, então, que esse movimento produzia uma
perturbação na agulha do aparelho.

Faraday concluiu, a partir dessas observações e experimentos, que o movimento de um ímã é


responsável pela geração de corrente elétrica em um condutor, descobrindo assim o que hoje é
conhecido como indução eletromagnética.

Leis de Faraday e de Lenz

As observações de Faraday e, mais tarde, de Lenz deram origem ao que conhecemos como
as leis do eletromagnetismo.

Lei de Faraday
Após observar e estudar os resultados encontrados em suas experiências, Faraday formulou uma
lei que explicava o fenômeno da indução eletromagnética, ficando conhecida como Lei de
Faraday.

A lei, em sua versão mais conhecida, enuncia que: “a força eletromotriz induzida em qualquer
circuito fechado é igual ao negativo da variação do fluxo magnético com o tempo na área
delimitada pelo circuito”.

Lei de Faraday: fórmula

A Lei de Faraday pode ser expressa, matematicamente, por meio da fórmula:

ε = – ΔΦ/Δt

Sendo que:

 ε: força eletromotriz induzida (V)


 ΔΦ: variação do fluxo magnético (Wb)
 Δt: intervalo de tempo (s)

Lei de Lenz

A partir da observação de resultados de seus próprios experimentos acerca da indução


eletromagnética, Heinrich Lenz constatou que a corrente induzida tem sentido oposto ao da
variação do campo magnético responsável pela sua geração.

Essa constatação corrigiu o problema de Faraday, que não conseguiu determinar com clareza
como ocorria a variação de sentido da corrente induzida. A Lei de Lenz enuncia, então, que o
sentido da corrente induzida é tal que o campo produzido por ela se opõe à variação do fluxo
magnético que a produziu.

Dessa forma, Lenz concluiu que:

 havendo diminuição do fluxo magnético, a corrente elétrica induzida criará um campo magnético
de mesmo sentido do fluxo;
 havendo aumento do fluxo magnético, a corrente elétrica induzida criará um campo
magnético com sentido oposto ao do fluxo.
Matematicamente, se ΔΦ for positivo, a corrente induzida terá sentido anti-horário. Já se ΔΦ
for negativo, a corrente induzida terá sentido horário.

Aplicações da indução eletromagnética

O descobrimento da indução eletromagnética levou a uma série de aplicações práticas. Podemos


destacar aqui duas das mais importantes: os geradores de corrente alternada e os
transformadores.

Geradores de corrente alternada

Os geradores são aplicados na geração de energia elétrica, possibilitando a produção de energia


em grande escala, como em usinas hidrelétricas. Nelas, a produção energética acontece por
meio da energia mecânica produzida pela rotação de um eixo quando da passagem da água pelo
canal.

As pás da turbina desse eixo são ligadas ao gerador de corrente alternada, levando à geração de
eletricidade. Nesse caso, a corrente elétrica produzida é alternada, de sentido variável.
Transformadores

Após a produção de energia elétrica nas usinas, ocorre o transporte para os centros de
transmissão, que levarão a energia aos consumidores. Entretanto, para que esse transporte
aconteça sem muitas perdas, é preciso aumentar a tensão da corrente, evitando o desperdício da
energia gerada.

Ao chegar aos centros de transmissão, essa corrente precisa ter sua tensão reduzida. E esse
processo é realizado pelos transformadores, que nada mais são que dispositivos responsáveis
pela alteração da tensão de uma corrente alternada.

Agora você já sabe o que é indução eletromagnética e que esse é o tema de muitas questões da
prova de Ciências da Natureza no Enem. Essa descoberta trouxe para o mundo uma série de
avanços, possibilitando várias aplicações importantes que resultaram em grandes descobertas
tecnológicas anos depois.

Gostou do artigo? Então não deixe de conferir nossa base de exercícios de Física e nosso plano
de estudos para ajudar você a conquistar sua vaga na universidade.

A indução eletromagnética é um fenômeno fundamental da física que descreve a


geração de uma corrente elétrica em um circuito devido a uma mudança no fluxo
magnético através desse circuito. Esse fenômeno foi descoberto por Michael Faraday e é
uma das bases da teoria eletromagnética de Maxwell.

Aqui estão os principais aspectos da indução eletromagnética e os fenômenos


associados:

1. Lei de Faraday da Indução Eletromagnética: A Lei de Faraday afirma que a tensão


induzida (�V) em um circuito é diretamente proporcional à taxa de variação do fluxo
magnético (ΦΦ) através do circuito. Matematicamente, isso é expresso como:
�=−�Φ��V=−dtdΦ
O sinal negativo na equação indica que a tensão induzida tem uma polaridade que se
opõe à mudança do fluxo magnético, seguindo a Lei de Lenz.
2. Lei de Lenz: A Lei de Lenz é uma consequência da Lei de Faraday e estabelece que a
corrente induzida em um circuito sempre age para produzir um campo magnético que
se opõe à mudança no fluxo magnético que a induziu. Isso significa que a tensão
induzida e a corrente resultante agem para resistir à mudança no campo magnético.
3. Aplicações Práticas: A indução eletromagnética é a base para muitas aplicações na vida
cotidiana. Alguns exemplos incluem:
 Geradores elétricos: Usados para converter energia mecânica (por exemplo,
rotação de uma turbina) em energia elétrica.
 Transformadores: Usados para aumentar ou diminuir a tensão de corrente
alternada em sistemas de distribuição de eletricidade.
 Leis de Faraday da Eletrólise: A eletrólise é um processo que usa corrente elétrica
para separar substâncias químicas em seus componentes.
4. Fluxo Magnético: O fluxo magnético (ΦΦ) é uma medida da quantidade de campo
magnético que atravessa uma área específica em um circuito. É calculado como o
produto da intensidade do campo magnético ( �B) pela área (�A) perpendicular às
linhas de campo magnético: Φ=�∗�Φ=B∗A.
5. Variação do Fluxo Magnético: Para induzir uma tensão em um circuito, o fluxo
magnético deve variar. Isso pode ocorrer através de várias maneiras, como movendo um
ímã próximo a um circuito, alterando a intensidade do campo magnético, ou alterando
a área através da qual as linhas de campo magnético passam.
6. Lei de Ampère-Maxwell: A indução eletromagnética está relacionada à equação de
Ampère-Maxwell, uma das quatro equações de Maxwell que descrevem o
comportamento dos campos elétricos e magnéticos em relação às correntes elétricas e
às cargas. A Lei de Ampère-Maxwell relaciona as mudanças no campo elétrico com o
campo magnético variável e a corrente elétrica, unificando a eletricidade e o
magnetismo na teoria eletromagnética de Maxwell.

A indução eletromagnética é um conceito fundamental na física e é crucial para o


funcionamento de muitos dispositivos elétricos e eletrônicos que usamos diariamente.
Ela desempenha um papel vital na geração de eletricidade, transmissão de energia
elétrica e muitas outras aplicações tecnológicas.

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