Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
SISTEMAS ELÉTRICOS E
MAGNÉTICOS
Curso: Engenharias
Semestre: 2022/2
Professora: Elisete Cunha
Análise de Circuitos – 12ª Edição – Robert L.
Boylestad
INDUTORES - Introdução
Três componentes básicos aparecem na maioria dos sistemas eletroeletrônicos usados hoje em dia.
Eles incluem o resistor e o capacitor, que já foram estudados, e o indutor, que iremos estudar agora.
• De muitas maneiras, o indutor é o dual do capacitor; isto é, o que vale para a tensão de um é
aplicável à corrente do outro, e vice-versa.
• Assim como o capacitor, o indutor exibe suas verdadeiras características apenas quando ocorre
uma mudança na corrente do circuito.
• Embora os resistores dissipem a energia fornecida a eles na forma de calor, capacitores ideais
armazenam a energia fornecida a eles na forma de campo elétrico. Indutores, no sentido ideal, são
como capacitores no sentido de que também armazenam a energia fornecida a eles — mas na forma
de campo magnético
3
INDUTORES - Introdução
O módulo do campo gerado por esta corrente elétrica em um condutor retilíneo é calculado através da seguinte
relação:
𝜇𝑜 ∙ 𝐼
𝐵=
2∙𝜋∙𝑟
sendo:
B = Campo magnético, dado em tesla (T);
I = corrente elétrica, dada em ampère (A);
r = distância do condutor (fio) até o ponto onde
queremos calcular o campo, dada em metro (m);
µo = permissividade magnética no vácuo.
Seu valor é uma constante!
𝜇𝑜 = 4 ∙ 𝜋 ∙ 10−7 𝑇 ∙ 𝑚/𝐴
PERMEABILIDADE MAGNÉTICA - 𝜇𝑜
A permeabilidade magnética do vácuo é definida por:
O fluxo magnético é um produto escalar entre o vetor campo magnético e o vetor área:
𝑩 = 𝑩 ∙ 𝑨 ∙ 𝐜𝐨𝐬(𝜽)
sendo:
B = fluxo magnético, dado em Weber (Wb)
B = campo magnético, dado em Tesla (T);
A = área, dada em metro quadrado (m2);
= ângulo entre o vetor campo magnético (B) e Atenção!
o vetor área (A). O vetor área (A) é sempre perpendicular ao plano da espira.
Por isto muito vezes é desenhado como o vetor normal (n)
Possibilidades do fluxo magnético:
Exemplo 1:
Uma garrafa plástica de refrigerante, cuja boca tem diâmetro de 2,5 cm, é
colocada sobre uma mesa. Um campo magnético uniforme de 1,75 T
orientado de baixo para cima forma um ângulo de 25o a partir da vertical que
engloba a garrafa. Qual é o fluxo magnético total que passa pelo plástico da
garrafa?
Vamos usar a fórmula do módulo do fluxo magnético:
Dados:
= 2,5 cm;
𝐵 = 𝐵 ∙ 𝐴Ԧ ∙ cos(𝜃)
𝑑
𝜀 = −𝑁 ∙ Bobina de N espiras
𝑑𝑡
O sinal negativo existe para indicar que a força eletromotriz induzida vai ser gerada no
sentido contrario à variação do fluxo magnético.
𝐵𝑖𝑛𝑑𝑢𝑧𝑖𝑑𝑜
Corrente induzida no sentido horário.
INDUTORES - Introdução
EXPERIÊNCIA DE OERSTED
Oersted montou um circuito elétrico simples – uma bateria alimentando
uma lâmpada e colocou nas proximidades uma agulha magnética.
18
INDUTORES - Introdução EXPERIÊNCIA DE OERSTED
Conclusão
20
INDUTÂNCIA
A corrente elétrica através de uma bobina de espiras, com ou sem núcleo, estabelece
um campo magnético pelo interior e em torno dessa bobina.
A bobina (essa construção física – fio enrolado com ou sem núcleo) é denominada de
INDUTOR!!!!
O nível de Indutância determina a força do campo magnético!!!!
INDUTÂNCIA
INDUTÂNCIA
• A indutância é medida em Henry (H)
• A maioria dos indutores está na faixa de milihenry (mH)
Indutores e autoindutância
Quando existe uma corrente em um circuito, ela produz um
campo magnético que gera um fluxo magnético através do
próprio circuito; quando a corrente varia, esse fluxo
também varia.
𝑁 ∙ Φ𝐵
𝐿= Autoindutância ou indutância
𝑖
Quando não existe nenhuma possibilidade de confusão com a indutância mútua, a autoindutância pode ser simplesmente
chamada de indutância. A unidade SI é a mesma, henry (1 H).
1 H = 1 Wb/A = 1 V· s/A = 1 · s = 1 J/A2
Quando a corrente i no circuito varia, o fluxo magnético Φ𝐵
também varia.
𝑁 ∙ Φ𝐵 𝒅𝒊 𝒅𝜱𝑩
𝐿 ∙ 𝑖 = 𝑁 ∙ Φ𝐵 𝑳∙ =𝑁∙
𝐿=
𝑖 𝒅𝒕 𝒅𝒕
Usando a lei de Faraday: 𝑑Φ𝐵
𝜀 = −𝑁 ∙
𝑑𝑡
temos:
𝒅𝒊
𝜺 = −𝑳 ∙ fem autoinduzida
𝒅𝒕
Indutores como elementos do circuito.
O dispositivo de um circuito projetado para possuir um valor particular de indutância
denomina-se indutor ou reator. O símbolo geralmente usado para designar um indutor em
um circuito é:
Assim como os resistores e os capacitores, os indutores são elementos indispensáveis na eletrônica moderna.
O objetivo de um indutor é criar uma corrente que se oponha à variação da corrente no circuito.
Um indutor colocado em um circuito de corrente contínua ajuda a manter a corrente
constante, apesar de eventuais flutuações da fem aplicada; em um circuito de corrente
alternada, o indutor pode ser usado para suprimir variações da corrente que sejam mais
rápidas que as desejadas.
Atenção !
A fem autoinduzida se opõe às variações na corrente: Note que a fem autoinduzida não se opõe à própria corrente i; em
vez disso, ela se opõe a qualquer variação (dildt) da corrente. Portanto, o comportamento de um indutor em um circuito é
completamente diferente do comportamento de um resistor.
Para um resistor: 𝑉𝑎𝑏 = 𝑅 ∙ 𝐼 𝑑𝑖
Para um indutor: 𝑉𝑎𝑏 =𝐿∙
𝑑𝑡
Circuitos R-L.
Vamos examinar alguns exemplos do comportamento de indutores em circuitos. Um efeito já
está claro: um indutor inserido em um circuito toma difícil a ocorrência de variações bruscas
de corrente em virtude dos efeitos associados à fem autoinduzida.
Vimos que, quanto maior a taxa de variação da corrente di/dt, maior é a fem autoinduzida e
maior a diferença de potencial nos terminais do indutor.
𝑑𝑖
𝑉𝑎𝑏 =𝐿∙
𝑑𝑡
Aumento da corrente em um circuito RL.
Podemos aprender muitos conceitos básicos sobre o comportamento de um indutor analisando o circuito
indicado na Figura 30.11.
Um circuito com apenas um resistor e um indutor, e possivelmente uma fonte de alimentação, é
conhecido como circuito R-L.
O indutor torna difícil a ocorrência de variações bruscas de corrente, o que
pode ser útil quando se deseja manter uma corrente constante em um
circuito alimentado por uma fem que possui flutuações.
A corrente não poderia variar repentinamente de zero até seu valor final, porque di/dt e
a fem induzida seriam infinitas.
Em vez disso, a corrente começa a aumentar com uma taxa que depende do valor de L
existente no circuito.
Seja i a corrente para um dado instante t depois que fechamos a chave S1 e seja
di/dt sua taxa de variação no instante considerado.
𝑣𝑎𝑏 = 𝑟 ∙ 𝑖 Resistor.
𝑑𝑖
𝑣𝑏𝑐 = 𝐿 ∙ Indutor.
𝑑𝑡
Aplicamos a lei das malhas de Kirchhoff, começando no terminal negativo e percorrendo a malha no sentido
anti-horário:
Resistor. Indutor.
𝑑𝑖
𝑣𝑎𝑏 = 𝑟 ∙ 𝑖 𝑣𝑏𝑐 = 𝐿 ∙
𝑑𝑡
𝑑𝑖 𝑑𝑖 𝜀 𝑅
𝜀−𝑖∙𝑅−𝐿∙ =0
𝑑𝑡 = − ∙𝑖
𝑑𝑡 𝐿 𝐿
𝑑𝑖 𝜀
𝑑𝑖 𝜀 𝑅 =
= − ∙𝑖 𝑑𝑡 𝐿
𝑑𝑡 𝐿 𝐿 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙
𝑑𝑖 𝜀 𝑹
= − ∙𝒊
𝑑𝑡 𝐿 𝑳
Isso significa que a corrente se aproxima de um valor estacionário final I. Quando a corrente
atinge esse valor, sua taxa de aumento é igual a zero. Então, a equação acima fornece:
𝒅𝒊 𝜀 𝑅 𝑅 𝜀 𝜀 𝑳
=𝟎= − ∙𝐼 − ∙𝐼 =− 𝐼= .
𝒅𝒕 𝒇𝒊𝒏𝒂𝒍
𝐿 𝐿 𝐿 𝐿 𝑳 𝑅
𝜀
𝐼= Corrente final em um circuito R-L.
𝑅
A corrente final I não depende da indutância L; ela seria a mesma caso a resistência R estivesse conectada
sozinha à mesma fonte com fem .
O gráfico na Figura 30.12 indica o comportamento da corrente em função do tempo.
𝜀 −
𝑅
∙𝑡
𝑖 = ∙ (1 − 𝑒 𝐿 )
𝑅 Corrente carregando em um circuito RL.
𝐿
𝜏= Constante de tempo
𝑅
(b)
(c)
TRANSITÓRIOS EM CIRCUITOS R-L: Aumento da corrente
Se mantivermos R constante e aumentarmos L, a razão L/R aumenta, e o
tempo de elevação de 5ζ aumenta para níveis cada vez maiores de L. A
variação na resposta transitória é esperada, porque quanto mais alto o
nível de indutância, maior a ação de asfixia sobre o nível de corrente
que varia, e mais tempo ela levará para alcançar as condições de estado
estacionário.
𝑡 = 5𝜏
b) Faça o gráfico do comportamento da tensão vL(t) no
indutor , a partir do instante em que a chave é fechada; 10𝐻
𝑡=5
16Ω
𝑡 = 3,125s
Exemplo 4:
A chave S no circuito a seguir é fechada por tempo suficiente para carregar completamente
o capacitor.
𝐸 30𝑉
Logo a corrente em i1 = i1 = i1 = 10mA
𝑅1 3000Ω
b) i2 = 0 e c) i3 = 0 .
d) Após o capacitor estar totalmente carregado, chega alguma carga até ele?
Como o capacitor está totalmente carregado, não irá chegar mais carga
nele, ou seja a carga que chega nele é zero Q = 0.
Energia armazenada em um indutor.
Podemos calcular a energia total U necessária para estabelecer uma corrente final I em um
indutor com indutância L, supondo que a corrente inicial seja igual a zero. Admitindo que a
resistência do indutor seja igual a zero, nenhuma corrente é dissipada no interior do indutor.
Supondo que a taxa de variação da corrente i em determinado instante seja igual a di/dt, a
corrente está aumentando, de modo que di/dt > 0.
A energia total U fornecida enquanto a corrente está aumentando de zero até um valor final I é dada por:
1
𝑈 = ∙ 𝐿 ∙ 𝐼2 I é a corrente máxima.
2
Depois que a corrente atinge seu valor estacionário final I, obtemos dildt = 0 e nenhuma energia adicional é
fornecida ao indutor.
Quando a corrente diminui de I até zero, o indutor atua como uma fonte que fornece a energia total
1/2·L·I2 para o circuito externo. Se interrompemos repentinamente o circuito, abrindo uma chave, a
corrente diminui rapidamente, a fem induzida fica muito grande e a energia pode ser descarregada por
meio de um arco voltaico entre os contatos da chave.
Exemplo 5:
1 1 7,2 𝑥 106
𝑈 = ∙ 𝐿 ∙ 𝐼2 3,6 𝑥 10 = ∙ 𝐿 ∙ (200)2
6 𝐿= 𝐿 = 180 𝐻
2 2 40000
Conclusões e resumo das equações
Circuito Carga Descarga Tempo de
carga (t)
t=0 t=∞ t=0 t=∞
RC curto aberto aberto curto t = RC
RL aberto curto curto aberto t = L/R
Equações
VR Velemento I
−t −t −t
Circuito RC Carga E
vRC = Ee vc = E (1 − e ) iC = e
R
−t −t −t
Descarga E
vRC = − Ee iC = − e
vc = Ee R
−t −t −t
Circuito RL Carga E
vRL = E (1 − e ) vL = Ee iL = (1 − e )
R
Descarga −t −t −t
E
vL = − Ee i = e
vRL = Ee R 46