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EMT 022
SECAGEM E CALCINAÇÃO
DE MATERIAIS METÁLICOS
5/1
5-1 - INTRODUÇÃO
O máximo volume de vapor d'água que pode ser arrastado num secador industrial pode
ser calculado usando a lei das pressões parciais de Dalton[1].
PH2O VH2O
= (5.1)
Par Var
ou
PH2O
VH2O = Var ⋅ (5.2)
Par
Na realidade, o volume real de vapor d'água removido é menor que o máximo teórico,
indicado nas equações 5.1 e 5.2, porque a pressão real de vapor d'água na mistura
ar/vapor d'água é menor que o máximo valor de pressão, o que indica que o ar não
está saturado com vapor de água.
5/3
GÁS %
CO2 10.6
O2 6.5
N2 74.8
H2O 8.1
Solução:
pH O = ¼ . 526 = 131,5 mm
2
O volume de água arrastado por estes gases por dia é calculado usando a equação:
VH O = VG x pH O /PG
2 2
Q = 100 / (1 + X) (5.3)
S=X (5.4)
♦ Umidade ligada (XL) – Refere-se à umidade contida por uma substância que exerce
uma pressão de vapor menor que aquela exercida pelo líquido puro à mesma
temperatura.
♦ Umidade não-ligada (XNL) – É a umidade contida por uma substância que exerce
uma pressão de vapor de equilíbrio igual à do líquido puro na mesma temperatura.
X* = X – X0 (5.6)
Deve ser notado que somente a umidade livre pode ser evaporada e que o conteúdo
de água livre de um sólido depende da concentração do vapor no gás. As inter-
relações entre os anteriores parâmetros são mostrados graficamente na Figura 5.2
para um sólido de conteúdo de umidade X exposto a um gás de umidade relativa A.
Solução:
Onde:
hG = coeficiente do filme de gás (Btu/h.ft2.oF)
Tg = temperatura da massa gasosa (oF)
Ts = temperatura da superfície sólida (oF)
As = área da superfície do sólido (ft2)
5/8
Na equação (5.9) pode-se indicar que enquanto os valores de A, Tm, Ts e L são obtidos
facilmente, as várias resistências à transferência de calor dependem não só do sólido e
líquido a ser evaporado, mas também do meio de aquecimento e da forma de operação
do equipamento[2].
O uso e a aplicação das equações acima expostas a processos industriais não está
dentro do escopo deste curso. Elas foram simplesmente apresentadas de modo
informativo e suas aplicações deverão ser estudadas no curso de fenômenos de
transporte.
Pode-se observar que parece que muitos dos secadores térmicos de uso comum hoje
foram desenvolvidos para o tratamento de um produto específico sem tomar em
consideração as devidas teorias de correlação de projeto e engenharia. Como
5/9
Uma outra classificação estrutural mais recente proposta por Dittman[4] é feita segundo
o processo de secagem. Assim é considerada uma distinção geral entre processos
adiabáticos e não-adiabáticos. Esta classificação geral é dada no quadro 5.1.
Secadores verticais
Secadores rotativos
O fenômeno de fluidização tem muitas características que fazem dele uma opção
particularmente aplicável a operações de secagem. Um leito de sólidos em condições
de fluidização exige o mais alto grau de contato entre sólidos e fluidos, possível. Como
conseqüência deste último contato, as taxas de transferência de massa e calor são
maximizadas.
Num secador de leito fluidizado os sólidos são usualmente tratados como fluidos; desta
maneira, o controle de vazão de ar e nível do leito são grandemente simplificados.
Estes aparelhos devem ser selecionados para o uso preferencialmente em lugares
onde é necessária a utilização efetiva de espaço físico devido aos tamanhos
compactos e aos pesos relativamente baixos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. BUTTS A., Metallurgical Problems; McGraw-Hill Book Company Inc.; New York,
1943, Cap. XIII, p. 222;
2. BELCHER D.W. et.alii.; Methods for Analyzing Drying Equipment; Chem. Eng.,
June 19, 1967, p. 167
4. DITTMAN F.W.; How to Classify a Drying Process; Chem. Eng., Jan. 17, 1977, p.
106
5. QUINN M.F.; Fluid Bed Dryers; Ind. & Eng Chemistry, Vol. 55, No 7, July, 1963, p.
18
a) Carbonatos:
b) Hidróxidos
c) Sulfatos
Anglesitas naturais com alto teor de Pb (≈68%) que ocorrem em regiões de oxidação
de veias de galenas (PbS) são calcinadas para a obtenção de óxidos de Pb.
Durante a produção de zinco em alto forno são coletadas poeiras nos precipitadores
eletrostáticos que contêm quantidades elevadas de óxido de cádmio. Através de um
processo de lixiviação ácida e precipitação seletiva são obtidos precipitados cuja
composição é, maiormente CdSO4. Estes precipitados podem ser enviados para
secadores e logo para calcinação a objeto de obter o óxido puro.
Por um processo similar, numa fase posterior de precipitação, são obtidos precipitados
de ZnSO4 e calcinados para a produção de ZnO usado na fabricação de tintas e
esmaltes de zinco.
Existem, porém, outros aspectos termodinâmicos que também devem ser analisados
com cuidado. Para ressaltar a utilidade desta classe de análise na prática industrial
será necessário voltar aos aspectos já considerados nos processos de ustulação. Estes
são:
♦ Estudo das condições de viabilidade ou espontaneidade das reações
♦ Reações em fase gás associadas ao sistema G/S
♦ Conversão das reações de calcinação
♦ Representação gráfica dos processos
a) Calcinação de CaCO3
5/18
Reação: CaCO3 (s) = CaO(s) + CO2 (g) ∆Go = 41796 – 36,19 T[1]
Supondo que, tanto o carbonato, quanto o óxido sejam puros, os valores da constante
de equilíbrio e o fator Q envolveram só a pressão parcial do gás. Para a reação se tem:
∆G = ∆Go + R T ln (PCO2)op
ou
ou
Teq = 41796 / 36,19 ≈1155 K = 882oC
Ou seja, a temperatura mínima de operação para Pt = PCO2 = 1 atm. deve estar pelo
menos um pouco acima de 882oC. Industrialmente a calcinação de CaCO3 é realizada
geralmente a temperaturas entre 900 e 1000oC.
b) Calcinação de Mg(OH)2
Condições de operação: Pt = 1,6 atm / Gás = 20% H2O – 80%N2, Calcular: Top
Neste caso a fase gasosa é uma mistura de H2O com um gás inerte, o que significa
que Q ≠1, vejamos:
Reação: 2 CuSO4 (s) = CuO. CuSO4 + SO3(g) ∆Go = 49646 – 43,19 T[3]
no equilíbrio ∆G = 0 e:
49646 43,19
lnp SO3
=− +
RT R
49646 43,19
lnpSO3 = − + = - 0,513
1,987 × 1123 1,987
Logo:
Logo, para que exista a decomposição do sulfato de cobre nas condições propostas,
segundo a lei de Le Chatelier será necessário que: PSO3 = PT = Pop < 0,60 atm
Logo para T = 850 oC, PSO3 = xSO3 e PT = PSO3 / xSO3 = 0,6 / 0,3 = 2 atm.
PT = Pop = 2 atm
Esta reação para PT = 1 atm, normalmente é processada acima de 1000oC (entre 1100
e 1300oC). Numa pesquisa realizada por Williams e Hixon[4] adições de C na proporção
Mn/C = 2 permitiram diminuir as temperaturas de operação até valores aproximados a
400oC. A reação proposta por eles é:
Visto que nestes sistemas não há reagente gasoso, sendo o único gás do sistema o
produzido pela evolução do gás do interior da partícula, não existem reações de fase
gasosa associadas ao sistema G/S, a não ser que existam outros gases adicionais no
forno que formem parte de uma mistura gasosa, por exemplo.
eq
NCO − NoCO2
F= T
2
o
(5-22)
NCO2
− NCO2
o
0nde: N = número de moles de CO2 inicial,
CO2
eq
N = número de moles de CO2 no equilíbrio,
CO2
T
N = número de moles de CO2 produzidos pela reação completa do
CO2
carbonato
Representação Gráfica
Este tipo de gráfico foi apresentado por A. Lúcio[5] e é ilustrado na Figura 5.5. As
equações de decomposição de carbonatos usadas para o traçado das linhas no gráfico
são dadas no quadro 5.2 [1]. O gráfico apresenta um diagrama de energia livre em
função da temperatura e é um guia preliminar na seleção das condições de
temperatura e pressão do aparelho calcinador.
Essa informação é dada de uma maneira muito prática no gráfico, não só porque indica
a temperatura de equilíbrio para 1 atm de CO2, como também para pressões menores.
A temperatura de equilíbrio para pressões menores do que 1 atm é dada pelas linhas
A, B e C; por exemplo, para a decomposição de CdCO3 a PCO2 = 0,1 atm, Teq será
encontrada no ponto Y = 244oC e para o CaCO3 com PCO2 = 10-2 atm, Teq = 650oC
(ponto z).
5/20
∆Go = A – BT = - RT ln PH2O
Solução:
Devido a que p procedimento para a obtenção destas equações é similar para todos os
carbonatos, os detalhes de cálculo serão realizados só para um deles, por exemplo, o
carbonato de zinco, com reação de calcinação dada por:
As equações deste tipo para os carbonatos propostos são dados na Tabela 5.3
obedecendo a forma geral: log PCO2 = A' - B' T-1
5/23
Calcinação seletiva
Solução:
a) Calcinação de FeCO3
Neste caso, como (PCO2)op = 0,06 atm e sendo a pressão necessária para calcinação
menor que 0,18 o FeCO3 será decomposto em FeO e CO2.
Neste caso a pressão de operação para promover calcinação, deverá ser menor que
8,7.10-6 atm. Comparando este valor com a pressão do forno (0,06 atm) concluímos
que a decomposição de MnCO3, nas condições dadas, não ocorrerá; logo os produtos
finais serão:
FeO, MnCO3 e CO2
Teq ≈ 130oC
Observando a forma das equações 1 e 2, vemos que o MnCO3 será calcinado só a T >
306oC e o FeCO3 a T > 130oC e pode-se concluir que para evitar a decomposição de
qualquer carbonato deve-se operar a T< 130oC:
Camada Limite
Gasosa
Frente de
reação
Produto Sólido
Poroso
Núcleo de
material
sem reagir
CALOR CALOR
dW 4π(r0 ) 2 (C e − C 0 )
− = (5-26)
dt A+B+C
onde:
1 r r −r r 1
A= × ( 0 )2 , B = 0 i × 0 , C= (5-27)
RTi k c ri D ef PM ri k g PM
Onde:
W ≡ Massa do reagente sólido , S1
dW/dt ≡ taxa de variação da massa do núcleo
kc ≡ constante cinética da reação interfacial
Def ≡ coeficiente de difusão efetiva do gás na CPS
kg ≡ coeficiente de transferência de massa
PM ≡ peso molecular do sólido S1
onde
ro ≡ raio inicial da partícula
ri ≡ raio do núcleo sem reagir num tempo t
Co ≡ concentração do produto gasoso na fase gás
Cs ≡ concentração do produto gasoso na interface S/G
Ci ≡ concentração do produto gasoso na interface S/S
Ce ≡ concentração de equilíbrio na interface S/S
p ≡ pressão parcial do produto gasoso
dW
− = 4π(ri ) 2 k c RTi (C e − C i ) (5-28)
dt
dW 4πri r0 D e PM
− = (C i − C s ) (5-29)
dt r0 − ri
dW
− = 4π(r0 ) 2 k g PM (C s − C 0 ) (5-30)
dt
Os anteriores fenômenos de reação química e transporte de massa, ocorrem
simultaneamente e em seqüência. A taxa global de decomposição térmica, dada pela
relação 6-2, foi obtida a partir de uma combinação das equações 6-4 a 6-6. O modelo
de Hills-Asaki, é um modelo generalizado de extrema utilidade visto que permite ter
5/31
De posse dos parâmetros característicos para cada fenômeno, isto é, kc, Def e kg e das
condições do sistema, poderá ser elucidado o mecanismo ou mecanismos de controle.
O seguinte exemplo ilustra o uso prático do modelo de Hills-Asaki:
Num dos estudos que envolvem o anterior modelo, foram selecionadas partículas de
carbonato de cálcio com dimensões entre 16 e 28 # e processadas num reator de leito
fluidizado a 850 oC. Para uma determinada experiência, usando uma vazão de ar igual a
2,16 m3/h, foi verificado que a decomposição fracionária média das partículas, para um
tempo de 17 minutos, foi de 0,756.
4,26 × 10 8
kp = exp(-40565/RT) |kg m-2 h-1 atm-1|
(p CO 2 ) eq
8792,3
log (p CO2 ) eq = - + 7,6214
T
Ce 7
Ci 6
Cs 4
Co
2
5/32
Solução
dW
− = 4π(ri ) 2 k p [Pe (CO 2 ) − Pi (CO 2 )] (a-1)
dt
♦ Cálculo de ri
ro3 − ri3
Usando a relação : F = , se obtém
ro3
♦ Cálculo de (PCO2)eq
8792,3
Usando a expressão → log (p CO2 ) eq = - + 7,6214 , para T= 1123 K se obtém:
T
♦ Determinação de Pi(CO2)
♦ Cálculo de kp
4,26 × 10 8
kp = exp(-40565/1,987 × 1123) = 8,748 kg m-2 h-1 atm-1
0,62
5/33
♦ Cálculo de dw/dt
Modelamento Cinético
kf
→ MO(s) + CO2(g)
MCO3(s) ← (5-31)
ki
Onde:
kf ≡ constante cinética da reação frontal
ki ≡ constante cinética da reação inversa
Para sólidos puros, as taxas de reação frontal e inversa são escritas como:
rf = kf , ri = ki pCO2 (5-32)
rT = rf – ri = kf - ki pCO2 (5-33)
o
Para o processo no estado de equilíbrio, rT = 0 e, kf = ki x p CO 2
o
Onde: p CO 2
= pressão parcial de CO2 de equilíbrio, logo a relação 6-9 pode ser escrita
como:
o
rT = ki ( p CO - pCO2 ) (5-34)
2
o
Por outro lado, usando a relação de equilíbrio Keq = p CO 2
, podemos escrever :
o
p CO - p CO2
rT = ki Keq ( 2
) (5-35)
p oCO2
e como Keq = kf / ki , obtemos finalmente:
o
p CO - p CO2 (5-36)
rT = k f ( 2
o
)
p CO2
5/35
Pode-se notar que as expressões 5-33 e 5-35 permitem obter os valores das
constantes cinéticas ki e kf, respectivamente, a partir de dados experimentais que
permitam construir diagramas onde os valores das taxas de reação são graficadas em
função das pressões de equilíbrio e operação do produto gasoso. Estes gráficos são
ilustrados na Figura 5-9.
m = ki
m
rT
p eq
CO2
−p op
CO2
m = ki Keq= kf
m
rT
p eq
CO2
−p op
CO2
p eq
CO2
A constante específica para a reação de calcinação é determinada como 8,56 g/s. Deseja-
se calcular o tempo necessário para a calcinação completa do carbonato, supondo que
nesta temperatura, a cinética global é limitada pela reação química na interface
carbonato/óxido.
Solução
Para a qual: ∆Go = 18826 – 32,63 T. Logo, para 573 K se obtém: ∆Go = 129 cal/mol. ,
logo:
o
p CO 2
= exp ( -129/1,987x 573) = 0,893 atm
W = W o = 80000 g → t= 0 e W = W = 0 → t = ?
Obtém-se:
t = (W – W o) / rT = 80000 g / 7,02 g s-1 = 11396 s , logo:
t = 3,17 hs
5/37
Um dos sistemas mais eficientes para a calcinação de carbonato de cálcio usa um pré-
aquecedor de contato acoplado ao forno tal como ilustrado na figura acima. Este
esquema é especialmente adaptável na calcinação de materiais que não são pastosos
nas temperaturas de pré-aquecimento e também materiais de granulometria grossa.
Neste sistema a carga é alimentada pelo topo do pré-aquecedor a que desliza pelo
interior do reator assistia por braços hidráulicos. O gás quente gerado no forno entra
em contato contra-corrente com o material que desce lentamente pelo pré-aquecedor.
o
1000 C
CaCO3(s) → CaO(s) + CO2(g) ∆HR = 42 kcal/mol
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
11. WHITE F.S. & KINSALLA E.L. ; Mining Engineering Vol. 4 , p. 903, 1952
12. OTAMER D.F.; Fluidization; Reinhold Publishing Corp., New York, 1956
5/44
BIBLIOGRAFIA
PROBLEMAS
Termodinâmica da Calcinação
R: Calcinação possível
5/46
b) Se os gases utilizados tem 5% SO2 - X% O2 qual será o valor de X que deve ser
mantido para realizar a separação proposta em a para P = 1 atm e a temperatura
média de operação ?
R: X > 22,73 %
R: ∆T = 664 o
FORNO
T = 875o C
P = 5 atm
V = 400 lt
Calcinado
L a v a g e m
Solução Resíduo
Gases quentes
15%O2 - 7%SO2
D) Se a separação não for completa calcular a perda dos metais durante este
processo (g )
R: 37,64 g de Cobre
R: 48,23 g de Cobre
Cinética da Calcinação
0,050 0,035
0,200 0,350
0,333 0,590
0,467 0,820
0,617 1,000
R: Postulado correto
R: t = 58 min
Os seguintes resultados foram obtidos num estudo cinético das taxas de consumo do
material
- rT (mol/min) PH2O (atm)
0,1 0,083
0,2 0,164
0,3 0,216
0,4 0,259
5/50
R: ki = 5 , kf = 0,44
0,1 0,15
0,2 0,36
0,3 0,53
0,4 0,70
Observa-se que para este sistema se cumpre a relação kf + ki = const = 1,26. Deseja-
se usar esses resultados para determinar:
R: ∆G<
< 0 - Reação viável
R: 310 g de MgO
Para um leito de partículas uniformes aproximadamente esféricas (θp= 1,5 cm), a lei
cinética obtida é da forma
- d(W/W o)/dt = k (W/Wo)2/3
R: t = 228 min
R: L = 25,5 m
5/52
DADOS
R: [H2O] = 69,2 %
Balanço de Materiais
5-19. Deseja-se fazer uma calcinação num forno rotatório com um material que
contém 45%H2O-55%Al2O3 para se produzir o óxido puro. O consumo de combustível é
aproximadamente 0,2 lb de óleo / lb de óxido produzido. A análise do óleo indica
85%C-15%H2. Deseja-se determinar:
5-20. Um minério é secado num forno de calcinação por efeito dos gases quentes que
entram em contracorrente com o leito, tal como é mostrado na figura abaixo. Estima-se
que 10.000 m3 de gases (STP), com um conteúdo de 15% de vapor de água e o resto
CO2/N2/O2 são circulados no forno em 1 hora. O minério carregado contém 13% de
umidade a que é totalmente removida no processo e a pressão barométrica é 740 mm
de Hg. Deseja-se calcular quantas t de minério seco são produzidas por dia ( 16 h de
operação ).
5/53
FORNO
5-21. 40 t de material calcário são calcinadas num forno vertical num sistema em
contracorrente similar ao do anterior problema. Para promover o processo de
combustão, o material carregado é misturado com coque e tratado com 25% de ar em
excesso. Pede-se calcular a quantidade de coque requerida no processo se as
necessidades são de 20% em excesso. Pode-se supor que o material calcário é 100%
CaCO3 e o coque 87% C útil. Supor também que as perdas de calor através das
paredes do forno são desprezíveis.
R: 6,6 t (coque)