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Absorção e

Desabsorção de Gás

Prof. Dr. Clóvis Sacardo da Silva


Doutorado pela UFSCar
A ciência é o motor da prosperidade.
Operações unitárias.
Aula 2 – Absorção e Desabsorção
Objetivo da Aula

 Estudar e compreender a teoria que envolve a operação unitária


de absorção e desabsorção de gás.

 Bem como os fundamentos necessários para projetar e avaliar


um sistema de absorção e desabsorção.
Operações unitárias.
Aula 2 – Absorção e Desabsorção de gás
Referência Bibliográfica.

 Seader, J.D. ; Henley, E.J.; Roper, D.K. Separation Process Principles, Wiley
& sons Ltd, 3ª ed., 1998.
 Foust, A. S.; Wenzel, L. A,; Clump,C. W.; Maus, L.; Andersen,L. B. Princípios
das Operações Unitárias, Guanabara Dois, 2ª ed. ,1982.
 McCabe, W. L.; Smith, J.C.; Harriott, P. Unit Operations of Chemical
Engineering, McGraw-Hill, 5ª ed., 1993.

 Smith, J. M.; Van Ness, H. C.; About M. M. Introdução à Termodinâmica da


Engenharia Química, McGraw-Hill, 8a ed., 2007.

 Henley, E. J.; Seader, J. D. Equilibrium-Stage Separation Operations in


Chemical Engineering, Wiley & sons Ltd, 1ª ed., 1981.

 http://labvirtual.eq.uc.pt/siteJoomla/index.php?
option=com_content&task=view&id=35&Itemid=152 (05/05/2017)
Operações unitárias.
Aula 2 – Abosrção e Desabsorção de gás
Conteúdo Programático
5. Método gráfico para coluna de
1. Introdução
prato
2. Processo de Absorção
5.1. Linha de operação
2.1. Seleção de solvente
5.2. Fluxo de solvente mínimo
2.2. Tipos de absorção
5.3. Números de pratos
3. Equipamentos de Absorção
Exercícios
3.1. Coluna de pratos
3.2. Coluna de recheios
3.3. Coluna de spray e
borbulhamento
4. Projeto de coluna

4.1. Considerações gerais


Operações unitárias.
Aula 2 – Absorção e Desabsorção de gás
1. Introdução

Na absorção (também chamada “gas scrubbing” ou lavagem de gás), uma


mistura de gás é colocado em contato com um líquido (solvente ou absorvente),
para dissolver seletivamente um ou mais componentes (Soluto ou absorvato) de
transferência de massa do gás para o líquido;

A desabsorção (ou extração) é a operação inversa da absorção. Neste caso, gás


solúvel é transferido do líquido para a fase gasosa em virtude de a concentração
no líquido ser maior que a concentração de equílibrio com o gás.
Operações unitárias.
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1. Introdução

Alguns aplicação da absorção e desabsorção:

a) Na produção, separação e purificação de misturas gasosas e concentração de


gases;
b) Na produção de ácidos;
c) No tratamento de gases de combustão do carvão e de refinarias do petróleo;
d) Na remoção de compostos tóxicos ou de odor desagradável;
e) Na purificação de gases industriais e na separação de hidrocarbonetos
gasosos;
f) Na biosseparação de bioproduto que esta em baixa concentração no caldo e é
mais volátil do que água;
Operações unitárias.
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1. Introdução

Para regenerar o solvente, ou para obter


a corrente gasosa na sua forma pura,
pode elevar-se a temperatura ou pode
usar-se vapor de água numa coluna de
desabsorção, também designada coluna
regeneradora.

Processos de absorção e Desabsorção,


exemplo:
Refira-se a absorção de NH3 em água
(NH4OH) a partir do ar, seguido de Absorção seguida de Desabsorção
elevação de temperatura para para regeneração do solvente.
recuperação do NH3.
Operações unitárias.
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2. Processo de Absorção 2.1. Seleção de solvente

Para um processo de absorção ser eficiente e econômico, é crítico selecionar um


solvente apropriado.

Fatores para influenciam na escolha de um solvente:

 Solubilidade: A solubilidade do soluto, deve ser elevada para se obter uma


maior velocidade de absorção e para necessitar de menor quantidade de líquido.
 Solvente não reativo: O pode ser um líquido não reativo e a solubilização do
soluto é apenas um processo físico (forças de interação de Van der Waals);
 Solvente reativo: O líquido produz uma reação rápida com o soluto o que faz
aumentar a velocidade de absorção e a quantidade a ser absorvida.
Operações unitárias.
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2. Processo de Absorção 2.1. Seleção de solvente

 Capacidade do solvente: A capacidade que um solvente tem de absorver um


soluto gasoso A é função da sua pressão parcial CA= f(pA), sendo CA a
concentração na fase líquida.
 Pressão de vapor: O solvente deve ter baixa pressão de vapor (baixa
volatilidade) para reduzir a perda de solvente para a corrente gasosa.
 Viscosidade: O solvente deve ter baixa viscosidade para a velocidade de
absorção e a transferência de calor serem elevadas e os custos de bombeamento
serem baixos.
Operações unitárias.
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2. Processo de Absorção 2.1. Seleção de solvente

O processo de Absorção/desabsorção é um processo de transferência de massa que


explora diferenças na solubilidade gás/líquido dos diferentes componentes de
uma mistura que se pretende tratar. Portanto, na maioria dos casos a propriedade
mais crítica é a solubilidade.

“Os valores de solubilidade são necessários para o projeto porque determinam


a taxa de líquido necessária para a recuperação econômica do soluto.”
Operações unitárias.
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2. Processo de Absorção 2.1. Seleção de solvente

Quando se coloca uma mistura gasosa em contacto com um líquido no qual um dos
componentes é solúvel, a composição do soluto no líquido vai evoluir até atingir um
valor de equilíbrio dinâmico.
Operações unitárias.
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2. Processo de Absorção 2.1. Seleção de solvente

A solubilidade de equílibrio do componente i pode ser expresssa em termos do


coeficiente da lei de Henry’s (Hi):
pi
Hi  (1)
xi

onde: pi é a pressão parcial i no gás;


xi é a fração molar de i no líquido;

Um termo relacionado, utilizado tanto na absorção e quanto na desabsorção, é a


razão de equílibrio , Ki :
yi
Ki  (2)
xi
Operações unitárias.
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2. Processo de Absorção 2.1. Seleção de solvente

É importante reconhecer que esses termos são baseados no equilíbrio


termodinâmico. Geralmente, Lei Dalton é aplicável, de modo que:

H i  Ki P (3)

onde: P é a pressão total do sistema.


Para sistemas não-ideais, normalmente encontrados nos processos de absorção e
dessorção, o valor de Ki é expresso da seguinte forma:

 i piSat
Ki  (4)
P
Sat
onde: pi é a pressão de vapor do componente i;
gi é o coeficiente de atividade do componente i.
Operações unitárias.
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2. Processo de Absorção 2.1. Seleção de solvente
Operações unitárias.
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2. Processo de Adsorção 2.2. Tipos de absorção

 Há dois tipos de absorção:


1. Absorção Física.
Exemplo - A água e óleos hidrocarbonetos quando usados como absorventes, não
ocorrem reações químicas significativas entre o absorvente e o soluto.
2. Absorção química (Absorção reativa)

a) Exemplo - A absorção de CO2 em NaOH (Aborção química irreversível);


b) Exemplo - A absorção CO2 ou H2S em amina monoetanol (reação reversível, na
fase líquida).

Pode incluir na absorção química;


i. Seletividade para um componente preferencial dissolvido do gás,
ii. Converter um composto perigoso para um composto seguro.
Operações unitárias.
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3. Equipamentos de Absorção 3.1. Coluna de pratos

 Oferecem maior tempo de


residência para as absorções de
reação lenta;
 Podem lidar melhor com elevados
fatores de absorção;
 São melhores em aplicações com
inclustações ;
 São mais robustas e menos sujeitas
a problemas de confiabilidade, tais
como aqueles resultantes da má
distribuição.
Operações unitárias.
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3. Equipamentos de Absorção 3.1. Coluna de pratos
Placa perfurada Placa com válvulas Placa com borbulhadores
Operações unitárias.
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3. Equipamentos de Absorção 3.2. Coluna de recheio

 Disponibilidade em materiais de recheio


resistentes à corrosão de baixo custo (como
plásticos e cerâmicas);
 O recheio usado nas colunas de absorção
permite o contato contínuo das fases
líquida e gasosa e é preferido quando a
eficiência do contato por estágio é baixa;
 Facilidade e adaptabilidade econômica
para colunas de pequeno diâmetro (menos
de 0,6 m) ;
 Excelente em manuseio de espumas.
Operações unitárias.
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3. Equipamentos de Absorção 3.2. Coluna de recheio

Tipos de recheios
Operações unitárias.
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3. Equipamentos de Absorção 3.2. Coluna de recheio

Materiais estruturados
Operações unitárias.
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3. Equipamentos de Absorção
3.3. Coluna de spray e borbulhamento

Coluna de spray Coluna de borbulamento


Operações unitárias.
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3. Equipamentos de Absorção
3.3. Coluna de spray e borbulhamento

Alguns aspectos das colunas de spray e borbulhamento:

Colunas de Spray Colunas de Borbulhamento


Apenas um ou dois estágios téoricos Apenas um ou dois estágios téoricos
podem ser alcançados; podem ser alcançados.
Queda de pressão muito baixa. Queda de pressão muito alta.

O soluto for muito solúvel no líquido. Soluto com baixa soulibilidade e/ou
reação lenta.
Operações unitárias.
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4. Projeto de coluna 4.1. Considerações gerais
Considerações gerais de um projeto de coluna:
I. Fluxo de entrada do gás (líquido), composição, temperatura, pressão e,
II. Grau desejado de recuperação de um ou mais solutos;
III. Escolha do absorvente (agente de coleta);
IV. Pressão de operação e temperatura e queda de pressão de gás permitido;
V. Mínimo de absorvente (agente de coleta) necessária para fazer a separação;
VI. Número de estágios de equilíbrio;
VII. Efeitos de calor e necessidade de refrigeração (aquecimento);
VIII.Tipo de equipamentos;
IX. Altura do equipamento de absorção;
X. Diâmetro do absorvedor.
Operações unitárias.
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5. Método gráfico para coluna de prato

Considere uma torre de fluxo em contracorrente para absorção (ou desabsorção)


operando sob:

1. Isobárica, isotérmico, contínuos, condição de fluxo estado estacionário;


2. Assume-se que o equilíbrio de fase é alcançado em cada um dos estágios entre
as correntes de vapor e de líquido que saem do estágio;
3. Suponha, para um absorvente, que somente o soluto é transferido de uma fase
para a outra;

4. O gás de transporte é completamente insolúvel no solvente;


5. O solvente é completamente não-volátil, o gás de transporte e as taxas de
solventes permanecem constantes durante todo o processo;
Operações unitárias.
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5. Método gráfico para coluna de prato 5.1. Linha de operação

Descrição do processo
Nomenclatura:
L0 , x 0 V = Fluxo molares de gás (mol.s-1),
V1 , y1
L = Fluxo molares de líquido (mol.s-1),
y = frações molares de soluto no gás,
x = frações molares de soluto no líquido,
N = nº de estágios teóricos 

Índices:
0 – entrada de líquido no 1º estágio (topo);
1 – saída de gás (ascendente) ou de líquido
(descendente) do 1º estágio;
V N 1 , y N 1 LN , x N N – saída de gás (ascendente) ou de
líquido (descendente) do estágio N
(base);
N+1 – entrada de gás no estágio N,
Operações unitárias.
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5. Método gráfico para coluna de prato 5.1. Linha de operação

Para alguns problemas, a utilização de base isenta de soluto pode simplificar as


expressões. As concentrações de insenta de soluto são definidas como:

I. Frações de soluto para solvente III. Fluxo molar do solvente livre de


livre de soluto no líquido: soluto:

x X L
X   x (5) LS  L(1  x)  (7)
1  x  1 X 1 X

II. Frações de soluto para gás livre de IV. Fluxo molar do gás livre de soluto:
soluto no vapor:
y Y V
Y   y (6) VS  V (1  y )  (8)
1  y  1 Y 1 Y
Operações unitárias.
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5. Método gráfico para coluna de prato 5.1. Linha de operação

I. Absorção Balanço de massa total em torno do


estágio (n) e o topo da coluna:
L0 , x 0 V1 , y1
L0  Vn 1  Ln  V1 (9)

Balanço de massa para o soluto:

VC. I L0 x 0  Vn 1 y n 1  Ln x n  V1 y1 (10)

Resolvendo para y n 1

Ln V y  L0 x 0
y n 1  xn  1 1 (11)
V N 1 , y N 1 LN , x N Vn 1 Vn 1

Equação da linha de operação


para absorção
Operações unitárias.
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5. Método gráfico para coluna de prato 5.1. Linha de operação

II. Desabsorção Balanço de massa total em torno de


estágio (n) e o fundo da coluna:
𝐿  𝑁 +1 , 𝑥 𝑁+1 𝑉  𝑁 , 𝑦 𝑁
 𝐿𝑛+1 +𝑉 0 =𝐿1 +𝑉 𝑛 (12)

Balanço de massa para o soluto:

VC. II  𝐿𝑛+1 𝑥 𝑛+1+ 𝑉 0 𝑦 0=𝐿1 𝑥1 +𝑉 𝑛 𝑦 𝑛 (13)


Resolvendo para yn

Ln 1 V y  L1 x1
V0 , y 0 L1 , x1 yn  x n 1  0 0 (14)
Vn Vn

Equação da linha de operação


para desabsorção
Operações unitárias.
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5. Método gráfico para coluna de prato 5.1. Linha de operação
Absorção Desabsorção
Usando as correntes isentas de soluto Usando as correntes isentas de soluto
eqs (5 a 8) na eqs (9 a 11) tem-se: eqs (5 a 8) na eqs (12 a 14) tem-se:
LS L LS L
Yn 1  X n  Y1  S X 0 (15) Yn  X n 1  Y0  S X 1 (16)
VS VS VS VS

L 
coef .angular   S 
 VS 
Operações unitárias.
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5. Método gráfico para coluna de prato 5.1. Linha de operação
Embora a expressão matemática da linha de operação (eq. 15) seja válida para
quaisquer valores de yn+1 e xn elas só tem significado físico para as composições
que deixam o estágio N.
a) Absorção
Balanço de massa global:
LS , X 0 VS ,Y1
LS X 0  VS YN 1  LS X N  VS Y1 (17)

Reorganizando a eq. 17 tem-se:


VC. I
LS YN 1  Y1
 (18)
VS XN  X0

Equação da linha de operação


VS , YN 1 LS , X N para absorção para estágio N
Operações unitárias.
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5. Método gráfico para coluna de prato 5.1. Linha de operação

b) Desabsorção

LS , X N 1 VS , YN Balanço de massa global:

LS X 1  VS YN  LS X N 1  VS Y0 (19)

VC. II Reorganizando a eq.19 tem-se:

LS Y0  YN
 (20)
VS X 1  X N 1
VS ,Y0 LS , X 1
Equação da linha de operação
para desabsorção para estágio N
Operações unitárias.
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5. Método gráfico para coluna de prato
5.2. Fluxo de solvente mínimo

 Quanto menor for a razão dos fluxos de líquido e gás de transporte, mais
próximas se encontram as condições de operação relativamente às condições
de equilíbrio (driving-force menor) pelo que o processo de transferência de
massa é dificultado.

 O fluxo de líquido não pode ser inferior a um valor limite (LSmin-mínimo)


correspondente à obtenção de condições de saturação no fundo da coluna
(XNmáx em equilíbrio com YN+1).

 A composição da corrente líquida de saída da coluna (Xnop, operatório)


depende do fluxo de líquido a usar, variando ao longo da linha horizontal que
representa YN+1.
Operações unitárias.
Aula 2 – Absorção e Desabsorção de gás
5. Método gráfico para coluna de prato
5.2. Fluxo de solvente mínimo

Valor limite para a Absorção Valor limite para a Desabsorção


LS min YN 1  Y1 LS Y0  YN max
 (22)  (23)
VS X N max  X 0 VS min X 1  X N 1

 LS min   LS 
   
 VS   VS min 
Operações unitárias.
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5. Método gráfico para coluna de prato 5.3. Número de pratos

Um prato teórico, ou ideal, é definido como aquele onde o gás que deixa o prato,
de composição média yn, está em equilíbrio com o líquido que sai do mesmo prato,

com a composição média xn.

a) b)

Relações da correntes líquido-vapor: a) linha de operação (fluxo


passando)
b) curva de equílibrio ( fluxo deixando)
Operações unitárias.
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5. Método gráfico para coluna de prato 5.3. Número de pratos

O número de pratos ideais, necessário para atingir uma dada recuperação do


componente A à ser absorvido, pode ser obtido graficamente, conhecido como o
método de McCabe-Thiele.
Construção dos estágios (pratos)
I. A construção dos andares pode ter início no topo ou na base;
II. Desenhar a linha operação e a curva de equilíbrio num diagrama XY.
III.A linha operação passa nos pontos de coordenadas (X0, Y1, ambas conhecidas) e (X1,
Y2) e que relaciona a composição do gás que entra no prato 1 (Y2) com a do líquido que
sai desse prato (X1).
IV. O estágio 1 é então construído graficamente usando uma linha horizontal (Y=Y1) que
intersecta a curva de equilíbrio no ponto de coordenadas (X1, Y1) e uma vertical que
passa nesse ponto e intersecta a linha operatória no ponto de coordenadas (X1, Y2).
V. A partir deste ponto constrói-se o segundo estágio seguindo a mesma metodologia até
chegar a um valor de Y≥YN+1.
VI. No caso de Y superar o valor de YN+1 (composição do gás que entra na coluna), calcula-
se a fração de prato através de (XNop-XN-1)/(XN- XN-1).
Operações unitárias.
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5. Método gráfico para coluna de prato 5.3. Número de pratos

Números estágio teóricos Números estágio teóricos


para a Absorção para Desabsorção

Curva de
Equilíbrio
Linha de
0,3
Operação
1

5 Curva de
2
Y Equilíbrio Y
4

3 3 Linha de
Operação
2
0,3
1
Topo
X X
Operações unitárias.
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5. Método gráfico para coluna de prato Exercícios
Operações unitárias.
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5. Método gráfico para coluna de prato Exercícios

Uma mistura de benzeno e ar vai ser lavada numa torre de absorção a


contracorrente simples usando – se como solvente hidrocarbônico não-volátil. O
gás de entrada contém 5% de Benzeno e a taxa injeção do gás na torre 600
kmol/h. A solubilidade do Benzeno no óleo segue a lei de Raoult. A torre opera
isotermicamente; a 80ºF. A massa molecular média do óleo é 200 g/mol e a
pressão da torre é 1 atm.

a) Qual é a taxa mínima de injeção de óleo (kg/h) necessária para se recuperarem


90% do Benzeno afluente?
b) Quantos pratos teóricos são necessária se taxa de injeção do óleo for 1,5 vezes
o mínimo?
Operações unitárias.
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5. Método gráfico para coluna de prato Exercícios

Solução:

1. Passo: Primeiro calcular a curva de equilíbrio com as coordenadas na


razão molar. A solubilidade do Benzeno no óleo segue a lei de Raoult:

Logo tem-se:
pa
y i P  p i xi  y a  xa
P
Como a 80ºF, pa =103mmHg e a P= 760mmHg então:

130
ya  x a  y a  0,136 x a
760
Operações unitárias.
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5. Método gráfico para coluna de prato Exercícios

Sendo que,

x X y Y
X   x Y   y
1  x  1 X 1  y  1 Y

Ya 0,005 0,01 0,02 0,03 0,04 0,05


Xa 0,038 0,0785 0,168 0,272 0,395 0,539
Plotar os dados obtidos

Como,
0,05
VS= 600 kmol/h X0=0 YN 1   0,0526
1  0,05
Operações unitárias.
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5. Método gráfico para coluna de prato Exercícios

Para a recuperação 90%, o bezeno que sai do gás totaliza:

 0,10   0,05   600  3,0kmol / h


Como:

V1  V N 1  VS  0,95  600  570kmol / h

Logo,
3,0
Y1   0,00526
570

Portanto, as condições no topo da torre estão determinadas e podem ser plotadas:


X0=0 ; Y1=0,00526.
Operações unitárias.
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5. Método gráfico para coluna de prato Exercícios

0,06
(XNmax, YN+1)LSmin/VS
YN+1
0,05
Ya moles de Benzeno/mol de ar

0,04

0,03

0,02

0,01

(X0, Y1) 0,00


0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6
Xa moles de Benzeno/mol de óleo absorvente
XNmax=0,52
Operações unitárias.
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5. Método gráfico para coluna de prato Exercícios

Da figura anterior tem-se que o coeficente angular da reta:


LS min YN 1  Y1 L 0,0526  0,00526
  S min   0,091
VS X N max  X 0 VS 0,52  0

Portanto a taxa mínima de óleo é

LS min  VS  0,091  LS min  570  0,091  200  10374kg / h


com
 LS VS  real  1,5 LS min VS  1,5  0,091  0,137
Ls  570  0,137  200  15561kg / h

A reta de operação real tem coeficiente angular igual 0,137, logo:


LS Y  Y1 0,0526  0,00526
 N 1  0,137  X N   0,346
VS XN  X0 0,137
Operações unitárias.
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5. Método gráfico para coluna de prato Exercícios

0,06
(XN, YN+1)
YN+1
0,05
0,17
Ya moles de Benzeno/mol de ar

0,04

5
0,03
Nº estágio = 5,17
4
0,02
3

0,01 2
1
(X0, Y1) 0,00
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6
Xa moles de Benzeno/mol de óleo absorvente

XN=0,346

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