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Evaporação

Operações Unitárias – D – Aula 2 Prof. Felipe D. Machado


Evaporação
• A evaporação é a operação de se concentrar uma
solução mediante a eliminação do solvente por
ebulição (McCabe, 1982).
• Processo físico que consiste em separar (evaporar)
uma parte do líquido contido em solução ou
suspensão.
Calor adicionado a solução  Evaporação do Solvente
• A grande maioria dos processos de evaporação
utilizam água como solvente.

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Evaporação
• Características Especiais:
– Pode ser etapa intermediária na obtenção de produtos
desidratados
– Devido à sensibilidade térmica de alguns produtos o
processo é conduzido sob vácuo para permitir a
evaporação em baixas temperaturas

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Evaporador
• Um evaporador consiste basicamente de um
trocador de calor capaz de fornecedor o calor latente
de vaporização a solução e um dispositivo para
separar a fase vapor do líquido em ebulição.

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Evaporador
Vapor direcionado
ao condensador

Alimentação

Vapor de água
saturado
Condensado

Produto concentrado

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Produção do Açucar
https://www.youtube.com/watch?v=Ghr98yLVoiY

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Operação de Simples e Múltiplo Efeito
• Evaporação de Simples Efeito: Este é o processo onde se utiliza somente 1
evaporador, o vapor procedente do líquido em ebulição é condensado e
descartado. Este método recebe o nome de evaporação.
– Ex.: Tachos usados antigamente para produção de açúcar mascavo (fogo direto ou vapor)

• Evaporação de Múltiplo efeito: O vapor procedente de um dos


evaporadores é utilizado como alimentação no elemento aquecedor de
um segundo evaporador, e o vapor procedente deste é condensado, essa
operação recebe o nome de duplo efeito. Ao utilizar uma série de
evaporadores o processo recebe o nome de evaporação de múltiplo
efeito.
– Sistema empregado nas usinas e que promove economia de vapor de aquecimento

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Operação de Simples e Múltiplo Efeito
• Evaporação de Múltiplo efeito: O vapor procedente de um dos
evaporadores é utilizado como alimentação no elemento aquecedor de
um segundo evaporador, e o vapor procedente deste é condensado, essa
operação recebe o nome de duplo efeito. Ao utilizar uma série de
evaporadores o processo recebe o nome de evaporação de múltiplo
efeito.
– Sistema empregado nas usinas e que promove economia de vapor de aquecimento
– Possibilidade de gerar vapor (vapor vegetal) para uso no aquecimento de caldo e no
aquecimento de cozedores a vácuo
– O condensado do vapor gerado é utilizado para alimentar a caldeira, suprindo a maior
parte de sua necessidade

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Operação de Simples e Múltiplo Efeito

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Operação de Simples e Múltiplo Efeito

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Evaporação
• Fatores importantes:
– Inicialmente...
• Solução diluída -> baixa viscosidade -> altos coef. De transferência
– A medida em que a solução se evapora...
• Solução concentrada  maior viscosidade  baixos coef. De
transferência

O escoamento do líquido deve ser otimizada!

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Evaporação
• Fatores importantes:
– Inicialmente...
• A solução é aquecida e a concentração do soluto aumenta com o
tempo
– A medida em que a solução se evapora...
• A solubilidade limite do soluto na solução por ser excedida e
cristais serem formados

A solubilidade limita a máxima concentração da solução

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Evaporação
• Fatores importantes:
– Pressão e Temperatura
• O ponto de ebulição da solução está relacionado com a pressão do
sistema
– Maior Pressão  Maior Temperatura de Ebulição
– Com o aumento da concentração do soluto na solução a
temperatura de ebulição pode aumentar. Este fenômeno é
chamado de “elevação do ponto de ebulição” (EPE)
– Maior Fração  Maior Temperatura de Ebulição

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Evaporação
• Fatores importantes:
– Formação de espuma durante a ebulição:

Usa-se dispositivo para evitar que a espuma seja


arrastada juntamente com o vapor

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Tipos de Evaporadores
Evaporadores de circulação natural de tubos curtos horizontais

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Tipos de Evaporadores
Evaporadores de circulação natural de tubos curtos verticais

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Tipos de Evaporadores
Evaporadores de circulação forçada

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Tipos de Evaporadores
Evaporadores de filme ascendente
Um evaporador de filme ascendente consta
de um feixe de tubos dentro de uma carcarça, os
tubos são mais compridos que o de outros
evaporadores (10-15 m).
O produto produto utilizado utilizado deve
ser de baixa viscosidade devido ao movimento
movimento ascendente ser natural.
Os tubos se aquecem com o vapor existente
no exterior de tal forma que o líquido ascende
pelo interior dos tubos, devido ao arraste
exercido pelo vapor formado. O movimento
desse vapor gera uma película que se move
rapidamente para o reservatório superior.

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Balanço de Massa e Energia
Vapor direcionado
ao condensador
(T1, hV)
Alimentação
(TF, hF, xF)

Vapor de água
Saturado Condensado
(TS, hS) (TC, hC)

Produto concentrado
(T1, hL, xL)
T do vapor = T produto concentrado = T ebulição da solução = T 1
T1 = Pressão de vapor da solução à T1

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Balanço de Massa e Energia
V
F (T1 , hV) Balanço de Massa:
(TF , hF , xF)
• Global:
S F=L+V
(TS , hS) C
(TC , hC ) • Soluto:
0
F . x F = L . xL + V . x V
L
(T1 , hL , xL) F . xF = L . xL
0
• Solvente:
F . (1-xF) = L . (1-xL)+ V . (1-xV)
Operações Unitárias – D – Aula 2 F . (1-x ) = L . Prof.
(1-x Felipe)+ V
D. Machado
Balanço de Massa e Energia
V
F (T1 , hV) Balanço de Energia:
(TF , hF , xF) • Global:
F.hF + S.hS = L.hL + V.hV + S.hS
S
(TS , hS) C
(TC , hC )

L
(T1 , hL , xL)

Calor transferido para a solução


q = S(hC – hS) = S. λ
λ = Calor latente

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Balanço de Massa e Energia
V
F (T1 , hV) Balanço de Energia:
(TF , hF , xF) • Equação da taxa de transferência
de calor:
S
(TS , hS) C q = U.A. ∆T
(TC , hC )
∆T = (hS – h1)
L
U = Coeficiente global de transferência de calor
(T1 , hL , xL)
A = área de troca

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Balanço de Massa e Energia

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Performance de Evaporadores

Principais medidas de performance:


• Capacidade: Massa de água vaporizada por unidade de tempo;
• Economia: Massa de água vaporizada por massa de vapor consumido
(menor que 1 no de simples efeito e elevado para múltiplo efeito);
• Consumo de vapor: massa de vapor consumida por unidade de tempo que
é igual à capacidade dividida pela economia.

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ELEVAÇÃO DA TEMPERATURA DE EBULIÇÃO E
A REGRA DE DÜHRING
A pressão de vapor de várias soluções aquosas é menor que
a da água pura na mesma temperatura.
Consequentemente, para uma dada pressão a temperatura
de ebulição da solução será maior que a da água pura.

• Soluções diluídas e colóides orgânicos  elevação


ebulioscópica pequena;

• Soluções de sais inorgânicos  elevação ebulioscópica


elevada;

• Regra de Dühring: a elevação ebulioscópica é linear com


relação à concentração da solução.

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