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Essa afirmativa aponta para uma questão importante, qual seja: durante a
antiguidade, na terra que os portugueses denominaram chamar de África, a mulher assumiu
posição de destaque, uma vez que a matrilinearidade fora uma realidade as sociedades
africanas; condição para além do que os europeus estavam acostumados a lidar.
Essa característica das sociedades africanas, talvez explique o porquê de os
cientistas ocidentais terem construídos interpretações depreciativas acerca do modelo de
organização social e política dos africanos, sobretudo, porque nas sociedades ocidentais
antes da era moderna a mulher não esteve à frente das decisões políticas e administrativas,
conforme desde a antiguidade vivera na cultura africana.
[...] exercia o poder político e espiritual em conjunto com Ísis, sua irmã
e esposa. Ísis ensinou ao povo o conhecimento da agricultura, e Osíris
prontamente o transmitiu á humanidade como um todo, para isso,
viajando a outras terras e visitando outros povos. De acordo com esse
mito fundador da sociedade egípcia, o deus Set, divindade dos desertos,
das doenças e das tempestades, assassinou Osíris e dilacerou seu corpo
em uma infinidade de pedaços, que espalhou pelos quatro cantos do
mundo. Ísis saiu à procura dos pedaços, recolheu-os, reconstituiu o
corpo de Osíris e o ressuscitou (NASCIMENTO, 2008, p. 76).
Referências
BOOF, Leonardo. O rosto materno de Deus: ensaio interdisciplinar sobre o feminino e
suas formas religiosas. Petrópolis: Vozes, 1979.
HERNANDEZ, Leila Maria Gonçalves Leite. A África na sala de aula: uma visita à
história contemporânea. São Paulo: Sumus, 2005.
NASCIMENTO, Elisa Larkin. (Org.) A Matriz africana no mundo. São Paulo: Selo
Negro, 2008.
OLIVEIRA, David Eduardo de. Cosmovisão africana no Brasil: elementos para uma
filosofia afrodescendente. Curitiba: Popular, 2006.