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Aula 2
Dedicada à citologia
Métodos de coloração
MGG (May Grunwald- Giemsa): utilizado para coloração de células de sangue periférico,
medula óssea ou para estudo citológico de elementos celulares. É normalmente destinada à
técnica de esfregaço, conferindo melhor detalhe na visualização do citoplasma.
Podem-se considerar duas regiões – endo-colo e exo-colo –, separadas pela designada zona de
transição. É a este nível que é feito o escavado, de forma a recolher células das duas regiões.
Células parabasais: redondas/ ovais, núcleo maior face às intermédias, embora com
cromatina igualmente fina. Pouco citoplasma e são células que têm elevada atividade.
No papanicolau têm uma coloração azul, contudo devido à elevada densidade do
citoplasma, este é bastante intenso e escuro.
O endo-colo apresenta um epitélio colunar simples, com células glandulares (são mais
alongadas), que podem formar agregados 3D: arranjo em favo de mel (honey comb)- visto de
frente e em “picket-fence”- visto de lado. Tratam-se de células pequenas, com núcleo grande.
Incluem células brônquicas, com núcleo redondo, citoplasma abundante e ciliadas, podendo
formar agregados 3D (picket fence e favo de mel).
Além disso, podem estar presentes macrófagos (e outras células inflamatórias), que são células
arredondadas, com núcleo excêntricos e citoplasmas vacuolizados (espumosos), dado a sua
atividade fagocítica.
Secreção brônquica
Células Brônquicas;
Células pavimentosas (passa-se pela laringe);
Macrófagos.
Inclui eritrócitos (fundo, incolor), linfócitos (núcleos redondos e coloração roxa), células
polimorfonucleares (muito pequenas e de forma irregular), macrófagos e células mesoteliais.
Aula 3
A tiroide é envolvida por uma cápsula de tecido conjuntivo que deriva da fáscia cervical, sendo
formada por dois lobos conectados pelo istmo (pode existir neste um terceiro lobo, o lobo
piramidal (Lalouette), que é um vestígio embrionário do ducto tiro-glosso). Trata-se de uma
glândula assimétrica, em que o lobo direito é muitas vezes duas vezes maior do que o
esquerdo.
Estes folículos são depois rodeados por células provenientes de um epitélio cubóide simples,
designadas por células foliculares, que poderão ter uma forma cúbica, achatada ou cilíndrica.
Quando se observa uma amostra citológica, estas células poderão estar dispostas em folhetos.
Além disso, pode encontrar-se uma larga rede de capilares entre os folículos, onde é possível
observar eritrócitos.
Existe, ainda, um número mais reduzido de células parafoliculares (ou células C), produtoras
de calcitonina. Estas, normalmente, não são visíveis em citologias nem em análises
histológicas. Para a sua visualização deve-se utilizar um microscópio eletrónico ou técnicas de
imunohistoquímica (que recorrem à calcitonina como marcador).
Células foliculares
Coloide (fundo- forma amorfa, arroxeados/azuis e não tem células)
Eritrócitos (fundo a cinzento)
Macrófagos
O nervo ótico, à semelhança dos restantes nervos cranianos, é um nervo do SNC, pelo que
poderá apresentar tumores. Isto implica, também, que a mielina que envolve o seu axónio será
formada por oligodendrócitos e não por células de Schwann (como acontece nos nervos
periféricos).
Quando se observa o nervo ótico em corte histológico, pode-se observar não só o nervo, mas
também feixes de axónios divididos por septos originados na pia-máter: como células da glia
(neuróglia) e as próprias meninges que fazem o isolamento do encéfalo.
Observa-se ainda a esclera, camada mais superficial que reveste o olho, a lâmina
crivosa/cribriforme da esclera/ esclerótica e ainda a retina.
Um corte histológico desta região inclui, principalmente, músculo esquelético, que se distingue
dos dois outros tipos (liso e cardíaco) por apresentar fibras com uma forma mais linear e
núcleos redondos.
Pode ainda incluir algum tecido adiposo, que apresenta células com vacúolos grandes, nos
quais a gordura foi dissolvida, deixando um espaço vazio e núcleos empurrados para a
periferia e rodeados por vasos sanguíneos. Por vezes, destacam-se também gânglios linfáticos.
Corte histológico
A grelha costal apresenta uma ossificação endo-condral, o que implica que, no feto, este
desenvolvimento ainda não se encontre completo. Pode-se já observar algum osso, mas
principalmente cartilagem hialina a formar um esqueleto provisório (depois substituído pelo
osso).
Aqui é relevante considerar que a cartilagem hialina é avascular e não inervada, sendo que os
nutrientes a alcançam por difusão através da matriz extracelular.
A unir os tendões destes à cartilagem hialina existe fibrocartilagem (uma mistura das duas
estruturas), que será altamente eosinófila, apresentando, no corte histológico, uma cor mais
rosa; enquanto a cartilagem hialina, basófila, apresenta uma coloração de um roxo intenso.
No feto
Cartilagem hialina: condrócitos (células roxas com uma “aura” à volta, “em
lacunas”, e matriz (roxa compacta, sem vasos/nervos, obtendo nutrientes através
de difusão);
Tecido muscular;
Pericôndrio (área mais rosa);
Fibrocartilagem (roxa intensa, situada entre o tecido muscular e a cartilagem;
“mais externa ao pericôndrio)
Vasos.
Aos onze anos, a cartilagem hialina já foi totalmente substituída por osso, podendo observar-
se osteoblastos osteoclastos, células que permitem a produção e destruição de osso,
respetivamente, levando a que este esteja em constante renovação.
Aos 11 anos
Medula óssea: “ilhas roxas”, onde é possível ver tecido adiposo (bolhas brancas) e as
células percursoras sanguíneas (células hematopoiéticas, como eritrócitos, leucócitos e
megacariócitos - plaquetas);
Trabécula óssea
Na trabécula é possível observar os canais de Havers (percorridos pelos capilares),
osteócitos (presentes em lacunas) e lamelas ósseas (que os rodeiam). Os osteócitos
comunicam entre si através dos canalículos.
Aula 4
O tegumento é o maior órgão do corpo, sendo composto pela pele e pelos seus apêndices –
unha, pêlo, glândulas sudoríparas e glândulas sebáceas.
A pele varia de espessura consoante a região, atingindo a sua maior espessura na região da
palma das mãos e planta dos pés; e a sua menor espessura nas pálpebras.
Córnea- constituída por queratina e por células cornificadas que perderam o núcleo
(mortas);
Lúcida- indistinta da anterior, só existe na pele espessa, como na do dorso ou acral;
Granulosa- células pavimentosas à superfície com grânulos querato-hialinos (agregam
os filamentos de queratina do estrato córneo e por isso ajudam a impermeabilizar a
pele);
Espinhosa- células poligonais com prolongamentos citoplasmáticos (“espinhas”);
Basal- muito celular, sendo a camada germinativa, que está em divisão contínua.
Células a encontrar:
➢ Derme:
Divide-se em 2 zonas:
Hipoderme: não faz parte da pele, mas serve de suporte e união aos órgãos adjacentes.
Constituída por tecido conjuntivo laxo com bastante tecido adiposo, numerosos vasos,
algumas glândulas sudoríparas e corpúsculos nervosos (Vater- Paccini).
Glândulas sudoríparas: écrinas (toda a superficíe corporal, exceto lábios e parte dos
genitais externos) e apócrinas (axilas, mamilo e aréola);
Folículos pilosos e pêlo: existem em quase toda a superfície corporal (exceto nos lados
e superfície palmar das mãos, lados e superfície plantar dos pés, lábios e à volta dos
orifícios urogenitais). O pêlo constitui uma estrutura alongada queratinizada que cresce
através do folículo piloso. Este último regista diferentes estruturas:
O pelo possui diferentes camadas, de superficial para profundo: fibrosa, externa (prolonga-se
com a epiderme) e interna
Ao nível dos dedos, há alterações na epiderme, ao nível do estrato córneo, formando-se uma
região formada por queratina mais dura do que a que se observa na restante pele-
modificação especializada do estrato córneo da epiderme (unha). Além disso, a epiderme será
mais espessa na região da palma da mão.
Em corte histológico, pode-se observar o osso da falange (já ósseo, ou, dado que estes cortes
são, normalmente, feitos com dedos de fetos; ainda formado pelo molde cartilaginoso).
Eponíquio: camada superficial de epiderme que degenera exceto na base para dar
origem à cutícula;
Prato da unha: tem várias camadas de células pavimentosas queratinizadas (derivadas
das células germinativas da matriz da unha);
Leito da unha/ Hiponíquio: semelhante à epiderme, mas as papilas dérmicas estão
paralelas à superfície da unha, facilitando o crescimento;
Derme
Neste caso em particular, apresenta papilas linguais. Além disso, tratando-se de uma região
altamente vascularizada também apresenta vasos sanguíneos.
Mais internamente, na região mucosa, observa-se tecido conjuntivo e glândulas labiais, sendo
que também pode existir músculo estriado esquelético (proveniente do músculo orbicular dos
lábios).
As glândulas labiais (à semelhança das restantes glândulas salivares) serão constituídas por
células produtoras de muco e células acinares serosas (caso das glândulas mucosserosas).
Observam.se, ainda, os ductos, que permitem a comunicação destas glândulas com a cavidade
oral.
O ser humano possui dois conjuntos de dentes, um primeiro conjunto, conhecido como
primeira dentição, dentição decidual ou dentição temporária, que surge aos 7 meses e começa
a cair entre os 6 e os 12 anos, sendo formado por 20 dentes. O segundo conjunto, conhecido
como segunda dentição, dentição definitiva ou dentição permanente, apresenta 32 dentes.
Em corte histológico, pode-se observar todo o dente, estando este ligado ao periósteo
alveolar. Consegue-se observar a coroa do dente, com a dentina envolvida superiormente pelo
esmalte, o colo do dente e a raiz do dente, com a dentina envolvida pelo cimento. Existe,
ainda, uma membrana periodontal, que envolve a raiz do dente, ligando-a ao alvéolo.
No interior do dente, envolvida pela dentina, existe, ainda, uma cavidade, designada por
cavidade pulpar.
É formada por cartilagens hialinas e elásticas unidas por músculo esquelético e tecido
conjuntivo.
Em relação ao epitélio, este será epitélio respiratório (estratificado colunar ciliado) ao longo de
todo o corte, com exceção da região das cordas vocais, onde este é pavimentoso estratificado
não queratinizado.
Aula 5
No embrião os gâmetas são formados a partir das células germinativas primordiais (CGP). Estas
formam-se na 2ª semana de desenvolvimento e entre a 4ª e a 5ª semanas migram para as
gónadas em desenvolvimento.
Oogénese
começa antes do nascimento
O desenvolvimento continua com a acumulação de fluído por entre os espaços das células da
granulosa e a coalescência destes espaços forma um antro, passando a ser designado de
vesicular ou antral maduro. Em cada ciclo ovárico desenvolve-se um determinado número de
folículos, mas apenas um atinge a maturidade final. Um pico de LH induz a ovulação e a
finalização da 1ª divisão da meiose, com a formação do oócito secundário, haplóide. A segunda
divisão da meiose só será concretizada se ocorrer fertilização.
Espermatogénese
começa na puberdade
Formação do embrião
Estado de blastocisto: entra fluído através da zona pelúcida dentro dos espaços celulares do
zigoto. Os espaços intercelulares tornam-se confluentes e forma-se uma única cavidade: o
blastocisto (blasto de blastómeros + cisto de cavidade quística no centro)
As células do hipoblasto migram e formam uma membrana que recobre a face interna do
citotrofoblasto- membrana exocelómica
1 Forma-se a linha primitiva (na linha média do epiblasto) e define-se os primeiros eixos do
embrião (ântero-posterior e dto/esq);
2 A linha primitiva expande-se para formar um nó primitivo (com uma depressão central que se
continua até à porção caudal e forma o sulco caudal);
3ª a 8ª Semanas do Desenvolvimento
➢ Ectoderme: origina SN
Fígado
Encontra-se logo abaixo do coração. O primórdio hepático na 3ª semana sofre uma dilatação e
a partir da endoderme (“bud” hepático) e penetra no septo transverso (entre a cavidade
pericárdia e a haste do saco vitelino).
Por volta da 10º semana de desenvolvimento: fígado com função hematopoiética. Grandes
ninhos de células produzem eritrócitos e leucócitos, sendo que esta função vai desaparecendo
com o avançar da vida uterina.
Trato respiratório
Placenta
Vilosidades coriónicas
Placenta de termo: possui vilosidades mais pequenas, cada uma delas com múltiplos capilares
fetais (ocupam a quase totalidade da vilosidade). O trofoblasto vai-se tornando cada vez mais
fino, desaparecendo as 2 camadas celulares e passando a ter apenas uma membrana.
Esta evolução permite maximizar as trocas entre o sangue materno e fetal à medida que a
gestação vai evoluindo e o feto necessita cada vez mais de nutrientes.
Aula 6
Cólon
O PAS (Periodic Acid-Schiff) permite distinguir o muco dos enterócitos do das células
caliciformes.
Intestino Delgado
Por vezes, surgem agregados linfoides com centro germinativo (função imunitária) entre a
mucosa e submucosa denominados de Placas de Peyer (muito comuns no íleo!)
Pâncreas exócrino:
99% do pâncreas;
Produz e liberta enzimas digestivas para uma rede de ductos que drenam para o
duodeno para ajudar na digestão e absorção;
Ácinos e ductos.
Ductos: são constituídos primariamente por pequenas células, as células centroacinares, que
se estendem desde o centro dos ácinos, até aos ductos intralobulares. Estes ductos são
revestidos por um epitélio simples cuboide, indo desembocar nos ductos interlobulares. Estes
são revestidos por um epitélio simples colunar/cuboide, e terminam no ducto pancreático
principal.
Ácinos secretores: são constituídos por uma camada de células cuboides ou piramidais, em
torno de um lúmen central. Os núcleos das células secretoras vão se encontrar na parte basal
da membrana. As células pálidas encontradas no centro dos ácinos são as células
centroacinares, parte do sistema de ductos.
Pâncreas endócrino:
1% do pâncreas;
Ilhéus de Langerhans: distribuídos aleatoriamente pelos lóbulos, redondo, compacto e
muito vascularizado. Pouco tecido conjuntivo, provenientes de origem endodérmica e
compostos por várias células: alfa, beta, delta e PP ;
Produz hormonas: Glucagon, Insulina e Somatostatina
Duodeno e Pâncreas
Glândulas salivares
Major
Minor
Localização
Assim como a glândula parótida, a glândula submandibular, está revestida por uma camada
fibrosa exterior que emite fibras que vão formar septos que dividem a glândula em lobos e
lóbulos.
O que observar?
Ductos intralobulares
o Ducto intercalado: epitélio pavimentoso ou cubóide simples;
o Ducto estriado: epitélio colunar simples com estrias basais, ou seja, dobras da
membrana plasmática, que quando corada com H&E apresenta uma coloração
carregada, indicativa de um grande número de mitocôndrias presente.
Notas importantes
A porção da placenta fetal é designada de prato coriónico, enquanto aquela em contacto com o
endométrio designa-se decídua
Aula 7
Apêndice ileocecal
Constituído pela mucosa, possuindo esta uma camada denominada de lâmina própria,
submucosa, muscular e serosa. A camada mucosa, tal como noutras estruturas, é constituída
por células absortivas (enterócitos) e células caliciformes (Globlet).
Estômago
Porção mais dilatada do tubo digestivo. Está divido em diferentes porções: cárdia, fundo,
corpo, antro e piloro. O seu epitélio é colunar simples e a muscular própria, para além das
camadas longitudinal e circular, tem também uma oblíqua (mais interna).
Mucosa gástrica
A estrutura da mucosa é sempre idêntica, mas as populações celulares para produção de ácido,
muco e enzimas digestivas varia. Em toda a estrutura gástrica há dois compartimentos:
Área gástrica foveolar (pit)/ epitélio foveolar: invaginações que funcionam como canais
para saída de secreções (revestida por células mucosas)
Área glandular: sintetizam ácidos, enzimas e mucinas (diferentes tipos de células).
Incluem a base, pescoço e istmo.
Cárdia
Corpo e fundo
Possuem mucosa oxíntica, glândulas de aspeto compacto e razão foveola/ glândulas 25:75
Antro
Vesícula biliar
Faz parte do sistema de ductos biliares. Armazena bilís, absorve água e eletrólitos,
concentrando-a. é constituída por 3 camadas: a mucosa, a muscular própria e a adventícia
(bordo hepático)/ serosa (bordo livre).
Nota: A camada adventícia é a mais externa, sendo constituída por tecido conjuntivo e fibras
de colagénio e elásticas. Não tem uma membrana limitante e, por isso, torna-se contínua com
o tecido conjuntivo adjacente
O seu epitélio é colunar simples, com microvilosidades e tem uma lâmina própria (mucosa)
com tecido conjuntivo muito celular. A camada muscular é formada por vários feixes oblíquos
de músculo liso, intercalado com tecido conjuntivo. Por vezes a mucosa cria invaginações para
a parede muscular- seios de Rokitansky Aschoff
Atenção! Não há muscular da mucosa nem submucosa. Não existem células caliciformes.
Próstata
Formada por lobos indistintos uns dos outros. Produz cerca de 15% do ejaculado e está dividida
em 3 zonas:
Zona periférica (70%): formada pelas glândulas principais; onde se desenvolve CaP;
Zona central (25%): formada por glândulas submucosas;
Zona de transição: formada por glândulas mucosas, rodeando a uretra prostática; onde
se desenvolve HBP.
O estroma fibromuscular é composto por fiexes que dividem vagamente os diferentes lobos
glandulares que compõe a próstata. O parênquima glandular é composto por epitélio
pseudoestratificado, com células basais e secretoras. Estas últimas produzem uma secreção
serosa composta por fosfatase ácida, PSA, protéases e enzimas fibrolíticas que garantem a
fluidez do sémen. Estas secreções podem acmular-se no lúmen formando corpos ovóides
concêntricos e eosinófilos- corpos amiláceos.
Vesícula Seminal: constituída por dobras internas de tecido conjuntivo que formam cistas que
se projetam no lúmen e são revestidas por epitélio secretor. A mucosa assemelha-se a um favo
e mel ramificado e anastomosado.
Lúmen: grande com cavidades separadas de tamanhos variáveis que comunicam entre si.
Contém material eosinofílico que se pensa ser secreção armazenada.
O epitélio é pseudoestratificado com células basais e colunares, sendo que aqui se regista um
pigmento lipocromático (amarelo). Contém ainda uma parede espessa de tecido muscular liso.
Aula 8
Embriologia da pele e anexos
3º mês de gestação: epiderme é invadida por células da crista neural que sintetizam melanina
em melanossomas
Derme: origem no mesênquima subjacente que tem 3 origens- placa mesodérmica lateral para
membros, tórax e abdómen; mesoderme paraxial no dorso; células da crista neural para face e
pescoço
Glândulas sebáceas: formam-se a partir da parede epitelial do folículo piloso que penetra na
derme
Glândulas sudoríparas:
Écrinas: têm origem na camada germinativa da epiderme, pelo que se abrem na pele.
São pequenas.
Apócrinas (axilas, mama, região púbica): têm origem na mesma camada germinativa
que o folículo piloso, pelo que se abrem no folículo e não na pele (são grandes e
secretam conteúdo do próprio citoplasma).
Formação das écrinas: são tubulares e espiraladas, existindo na maior parte do corpo.
Desenvolvem-se como “buds” celulares a partir da epiderme que crescem para o mesênquima
subjacente. Formam-se ductos primitivos cujas células da porção central degeneram para
formar lumens/ canais. As células à periferia das áreas secretoras diferenciam-se em células
mioepiteliais (células musculares lisas que ajudam a libertar os produtos de secreção)
Embriologia da mama
Aquando do nascimento, os ductos lactíferos não têm alvéolos (pelo que não há secreção
mamária), os alvéolos e células secretoras formam-se na puberdade por estimulação de
estrogénios e progesterona.
4ª semana: as linhas mamárias desenvolvem-se ao longo de cada lado da superficíe ventral do
embrião (desde a região axilar até à região inguinal).
A epiderme no local de origem da glândula mamária fica deprimida- fossa mamária- local onde
surgirá o mamilo. Após o nascimento:
Histologia da mama
Epitélio do sistema ducto-lobular: 2 camadas de células que revestem os ductos, uma camada
interna com células secretoras (luminais- epitélio cúbico a colunar com citoplasma eosinofílico
claro) e uma camada externa de células mioepiteliais (células achatadas ou proeminentes, com
citoplasma vago e claro) que ajudam à saída do leite dos ductos. As células mesenquimatosas
dão origem a ambos os tipos de células (não são visíveis em HE)
Alvéolos (revestidos por epitélio cúbico simples) ficam maiores e pode haver secreção
intra-alveolar;
Células epiteliais alveolares ficam hiperplásicas e hipertróficas;
Há aumento do número e tamanho dos ductos;
Quantidade de tecido adiposo diminui.
Glândula pós-menopausa
O lóbulo atrófico consiste na regressão das células luminais, enquanto as células mioepiteliais e
basais ficam mais evidentes
Mamilo
Cada lobo consiste num sistema ramificado de ductos que se abrem num único orifício no
mamilo (ducto glactóforo ou lactífero). Perto da abertura do mamilo dá-se dilatação do ducto
galactóforo- seio galactóforo.
Estes seios possuem fibras musculares lisas de orientação circular e lisa à sua volta. Uma
glândula inativa pode ter rolhões de queratina na abertura do ducto, sendo que à sua volta se
localizam feixes de tecido muscular liso e estroma rico em colagénio.
O tecido fibroso denso e feixes de músculo liso cobertos por pele hiperpigmentada. A secreção
de leite ocorre nos ductos que drenam para a superfície do mamilo.
Ginecomastia fisiológica
Ginecomastia na puberdade: ocorre em 30% a 60% dos casos durante a adolescência. Graus
ligeiros de ginecomastia geralmente aparecem aos 13 ou 14 anos de idade, duram de 6 a 12
meses e regridem espontaneamente em 95% dos casos.
Ginecomastia no envelhecimento: mais prevalente e ocorre em cerca de 65% dos homens com
mais de 65 anos. (obesidade, diminuição da testosterona).
Fase ativa: ductos irregulares, ramificados; hiperplasia epitelial; estroma edemaciado, celular.
Fase intermédia
Ao longo destas fases existe proliferação de estroma e de ductos (ectasia), sendo que estes 3
padrões morfológicos não têm qualquer relação com a idade nem com a duração da lesão.
Articulação sinovial
Os ossos não estão diretamente unidos, compartilham a cavidade sinovial que é fechada pela
cápsula articular, a qual faz a ligação dos ossos. As articulações sinoviais permitem a
mobilidade entre as superfícies articulares dos ossos devido ao facto de serem constituídas por
cartilagem.
Cavidade sinovial: revestida pela membrana sinovial (ou sinovium) que produz líquido
sinovial (lubrifica a articulação, reduzindo o atrito entre as extremidades ósseas).
Cartilagem articular: a maioria das articulações sinoviais tem cartilagem hialina, sendo
que nalgumas esta surge “em cunha” sob a forma de mensicos (para absorção de
choque e distribuição do peso)
Cápsula articular: de tecido conjuntivo denso para proteção.
subíntima é mais profunda: e consiste em tecido fibroso laxo vascularizado com tecido
adiposo
A rede rica de capilares fenestrados cria um ultrafiltrado, com composição idêntica ao sangue,
mas com menos proteínas- líquido sinovial.
Osso
Formação da notocorda
Prato notocórdico dobra-se para formar o notocorda, que depois se separa da endoderme. O
crescimento rápido em comprimento- inicialmente é um tubo oco e por volta do 20º dia está
totalmente transformado num tubo sólido (o canal neuroentérico encerra).
Funciona com a mesoderme axial para induzir a formação da placa neural (a partir da qual
ocorre neurulação). Depois, define-se os eixos primordiais do embrião e confere-se suporte
estrutural ao embrião. Serve como base para o desenvolvimento do esqueleto axial, ajuda a
regular a diferenciação de estruturas adjacentes (ectoderme e mesoderme). Indica ainda o
futuro local onde vão surgir os corpos vertebrais. A notocorda degenera e desaparece à medida
que se formam os corpos vertebrais. A parte que fica entre os corpos vertebrais persiste como
o núcleo pulposo do disco intervertebral e remanescentes de tecido de notocorda podem dar
origem a tumores de Cordomas.
Somitogénese
Não se segmenta, ao contrário do que acontece com a mesoderme para-axial. Forma-se uma
cavidade- cavidade celómica intraembrionária- que divide a mesoderme lateral em 2 camadas:
A partir desta fase de divisão da mesoderme lateral o embrião começa a dobrar-se sobre si
próprio para ter a configuração que conhecemos.
Os membros surgem no final da 4ª semana, sendo primeiro o mais distal e só depois o proximal
(1-2 dias depois). O bud dos membros surge a partir de core de mesênquima da placa lateral da
mesoderme, revestida por uma camada de ectoderme.
A ectoderme da porção distal é mais espessa e forma a rede ectodérmica apical. A rígida
ectoderme apical (REA) surge como um espessamento da ectoderme na orla distal do bud do
membro. Esta estrutura induz a manutenção de uma população indiferenciada e proliferativa
na extremidade distal do membro. A REA está ao longo do eixo anterior-posterior do bud do
membro e separa o lado dorsal e ventral do membro.
Na 6ª semana surgem 2 constrições que definem os segmentos dos membros e zonas de morte
celular nos espaços interdigitais definem 5 dígitos. À medida que o membro cresce o
mesênquima mais afastado da rede ectodérmica apical diferencia-se em músculo e cartilagem.
As células musculares, ao migrarem pelo bud do membro dividem-se em grupos flexores/
extensores. Os nervos espinhais da ectoderme penetram e acompanham o bud (broto).
Os olhos são orgãos fotoreceptores pares. Comunicam com o cérebro através do nervo ótico (II).
Desenvolvem-se a partir de neuroectoderme, enquanto que a ectoderme superficial e mesoderme
dão origem aos anexos oculares (conjuntiva, músculos extrínsecos do olho, pálpebras, aparelho
lacrimal). Localiza-se dentro das cavidades oculares (órbitas) que contêm tecido adiposo, vasos
sanguíneos e três pares de músculos extraoculares esqueléticos.
• Coróide (posterior);
• Íris (anterior).
As fibras do nervo ótico que se originam na retina saem posteriormente através do disco ótico
(ponto cego).
• Câmara anterior
• Câmara posterior
Contêm humor aquoso, produzido nos processos ciliares (nutre a córnea e o cristalino) e
mantêm a pressão intraocular.
4ª semana de desenvolvimento:
Córnea:
Íris:
• Superfície posterior
Lente:
Mantida em posição pelas fibras zonulares (que se originam do corpo ciliado) e pelo corpo
vítreo
Corpo ciliar:
Consiste em cartilagem elástica revestida por pele. Observam-se foliculos pilosos, glândulas
sebáceas e glândulas seruminosas.
Glândulas seruminosas:
◦ Glândulas tubulares
Amígdalas
São agregados de tecido linfoide, que fazem parte do anel de Waldeyer (juntamente com os
adenoides).
Amígdalas palatinas são revestidas por epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado
que é intensamente infiltrado por linfócitos. A superfície epitelial contém inúmeras
invaginações criptas. A lâmina própria contém nódulos linfóides, alguns dos quais com
centros germinativos. Observam-se glândulas mucosas com ductos que drenam para a
superfície ou para as criptas.
Traqueia
• Mucosa
• lâmina propria
• Submucosa
• Glândulas seromucosas
• Camada fibromuscular
• Cartilagem hialina
• Adventícia
Esófago:
• Mucosa:
• Submucosa
• Muscular propria: 1/3 superior Músculo estriado esquelético; 1/3 médio Mistura
(músculo liso é interno em relação ao esquelético); 1/3 inferior Músculo liso.