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Ariadne Maciel

Estudo dirigido da Anatomia e Histologia do Sist.


Reprodutor feminino:
1) Quais as partes da vulva? Quais estruturas localizam no vestíbulo
vaginal? Quais as partes anatômicas do clitóris?
R: A vulva é a região externa da genitália feminina e é composta por: monte pubiano, clitóris,
grandes e pequenos lábios, vestíbulo vaginal, meato uretral e glândulas vestibulares maiores
e menores. O vestíbulo vaginal possui as seguintes estruturas: hímen, óstio da vagina e óstio
externo da uretra. O clitóris é composto pelas partes: corpo do clitóris e glande do clitóris.

2) Quais os tecidos que estão localizados nas seguintes regiões da vulva:


a) monte pubiano: epitélio estratificado pavimentoso queratinizado
b) grandes lábios: epitélio estratificado pavimentoso queratinizado
c) pequenos lábios: epitélio simples
d) vestíbulo vaginal: epitélio escamoso estratificado não queratinizado
e) corpo do clitóris: corpo cavernoso
f) glande do clitóris: corpo esponjoso
g) Bulbo do vestíbulo: corpo esponjoso
h) glândula vestibular maior (Gl. De Bartholin): glândula mucosa
i) glândula vestibular menor (Gl. De Skene): glândula serosa

3) Qual o comprimento da parede anterior e posterior da vagina? Quais as relações


anatômicas da vagina (anteriormente e posteriormente)? Quais os tipos de músculos
e epitélio que se localizam na vagina?
R: A parede anterior da vagina possui um comprimento de 6 a 7,5 cm de comprimento,
enquanto a parede posterior possui de 9 cm de comprimento e pode dilatar-se com estímulos
necessários. As relaçoes anatômicas na porção dorsal tem-se o reto e na porção ventral tem-
se a bexiga. Seu epitélio é do tipo estratificado pavimentoso. É formada por fibras musculares
lisas.

4) Quais os tipos celulares que predominam nos esfregaços vaginais quando a


mulher está na fase secretora, proliferativa e menopausa respectivamente?
R: Fase proliferativa – células endometriais secretoras, elas aumentam de tamanho
e os limites celulares são mal definidos. O citoplasma é escasso, cianofílico e
finamente vacuolado. O núcleo é redondo ou oval, monótono no tamanho, nunca maior que
o núcleo das células escamosas intermediárias ou parabasais. A cromatina é uniformemente
distribuída, finamente granular e os nucléolos são muito pequenos e podem ser de difícil
visualização sem coloração especial.

Fase secretora - inicialmente vacúolos ou parabasais podem ser vistos e posteriormente a


vacuolização torna-se mais difusa. À medida que a secreção se acumula, a célula fica menos
cianofilia e um citoplasma levemente eosinofílico ou indefinido é observado. Com o acúmulo
da secreção, o núcleo se desloca para a periferia da célula, e pode se tornar denteado. Com
a saída da secreção da célula, ela reduz o tamanho e o núcleo se contrai (evidência de
degeneração).

Fase menopausa - As células intermediárias são as células mais comuns nos esfregaços no
período pós-ovulatório do ciclo menstrual, durante a gravidez e na menopausa precoce. O
seu predomínio é relacionado à ação da progesterona ou aos hormônios adrenocorticais.
Elas exibem citoplasma geralmente basofílico, poligonal, com tendência a pregueamento das
suas bordas. O núcleo da célula intermediária é vesicular, ou seja, redondo ou oval, medindo
cerca de 8 micrômetros, com cromatina delicada uniformemente distribuída e
cromocentros visíveis.

5) Qual o tipo celular que tem maior quantidade de glicogênio? Qual a finalidade
desse glicogênio no canal vaginal da mulher?
R: O tipo celular com maior quantidade de glicogênio são as células naviculares. No canal
vaginal têm função de protetor contra infecções impedindo a proliferação de microrganismos.

6) Quais as partes do colo do útero? Onde se localiza a JEC? Qual o epitélio que
produz no muco?
R: O colo do útero possui as seguintes partes: fundo, corpo, istmo e colo. A JEC (Junção
escamocolunar) é o local onde o epitélio ectocervical se encontra com o epitélio endocervical,
está localizada na região do orifício externo da cérvice, portanto a sua real posição varia de
acordo com a idade da mulher, devido a eversão do epitélio colunar após a puberdade e
durante a gravidez que se segue da metaplasia das células basais de reserva para um
epetélio escamoso. Epitélio colunar simples mucossecretor.
7) Quais os epitélios observados colo uterino? Qual o epitélio que produz no
muco? Quais as mudanças observadas no muco durante a fase proliferativa, secretora
e na menopausa respectivamente?
R: O colo uterino é recoberto por epitélio escamoso e colunar estratificados não-
queratinizado. Fase Proliferativa: Durante a primeira fase do ciclo ovariano, o estrogênio faz
com que haja a proliferação das células do estroma e das células epiteliais, dobrando ou até
triplicando a espessura do endométrio, adicionando vasos sanguíneos e desenvolvendo
glândulas exócrinas. Fase secretora: Durante esta fase, o endométrio atinge sua espessura
máxima, o que equivale à 4 ou 6 vezes do endométrio do início do ciclo. O principal objetivo
das alterações que acontecem nesta fase, é de tornar o endométrio secretor e propício para
receber e nutrir o óvulo fertilizado.

8) A junção escamo-colunar (JEC) quando se localiza “pra fora” do orifício externo


falamos que o colo uterino está?

R: Diz-se que o colo uterino está evertido, havendo metaplasia escamosa.

9) A junção escamo-colunar (JEC) quando se localiza “pra dentro” do orifício


externo falamos que o colo uterino está?
R: Diz-se que o colo uterino está invertido.

10) Quais as partes do corpo do útero? Quais parte do endométrio descama durante
a menstruação?
R: O corpo do útero é divido em três partes, sendo: endométrio, uma parte serosa e o
miométrio. O endométrio é uma camada interna de revestimento, já a camada serosa cobre
a parte externa do útero e o miométrio é uma parte medial, sendo uma camada espessa de
músculo que é necessária durante o parto. A parte do endométrio que sobre descamação, é
a sua parte funcional, devido ao aumento da progesterona que vai inibir LH e o FSH,
provocando assim uma isquemia pelo fechamento das artérias responsáveis por levar
sangue para a parte funcional do endométrio, provocando assim a morte celular e a
descamação do tecido morto.

11) Quais as relações anatômicas do útero? Onde se localiza o fundo de saco de


Douglas?
R: As relações anatômicas do útero é que ele está anteriormente a bexiga e posteriormente
ao reto. O fundo de saco de Douglas se encontra na parte baixa do abdômen, entre o útero
e o reto.
12) Quais os ligamentos do útero?
R: O útero possui os ligamentos largo, redondo, prega uterossacral ou retouterina, ligamento
próprio do útero, ligamento cardinal e o pubocervical.

13) Descreva o processo de metaplasia escamosa no colo uterino?


R: A metaplasia escamosa do colo do útero é a mudança das células cilíndricas da região
uterina logo após o orifício cervical. Em outras palavras, ela é a transformação ou
substituição de um tecido adulto por outro da mesma classe. Na metaplasia escamosa, o
epitélio moo estratificado (aquele que possui apenas uma camada de células) se converte
em epitélio pluriestratificado (com várias camadas de células)

14) Descreva as características nucleares e citoplasmáticas da célula superficial


madura e imatura do epitélio escamoso.
R: O núcleo da célula intermediária é vesicular com cromatina delicada uniformemente
distribuída e cromocentros (condensações de cromatina), o núcleo da célula superficial
é psicótico, ou seja, com cromatina condensada, sem evidência de granulação.

15) Descreva as características nucleares e citoplasmáticas da célula intermediaria do


epitélio escamoso.
R: Os núcleos dessas células são vesiculares, medindo cerca de 10 a 12 micrômetros,
redondos ou ovais, com membrana cromatínica ou borda nuclear claramente visível e
cromatina finamente granular regularmente distribuída com cromocentros.

16) Descreva as características nucleares e citoplasmáticas da célula profunda do


epitélio escamoso.
R: As células basais raramente são vistas nos esfregaços, exceto em casos de atrofia
intensa ou ulceração da mucosa. Elas são redondas ou ovais, com citoplasma escasso
corando intensamente em verde ou azul. Os seus núcleos são redondos, de localização
central, com cromatina uniformemente distribuída, às vezes com um pequeno nucléolo.
Essas células descamam isoladamente ou representando pequenos agrupamentos. As
células parabasais predominam em condições fisiológicas associadas à deficiência
estrogênica, como acontece na infância, lactação e menopausa (epitélio atrófico). Elas
apresentam tamanho variado entre 15 e 25 micrômetros e são arredondadas. O
citoplasma é geralmente basofílico (cianofílico), com uma tonalidade menos intensa que
aquela vista nas células basais. O núcleo é redondo ou oval, um pouco menor em relação
ao das células basais e contém grânulos de cromatina ou cromocentros
17) Descreva as características nucleares e citoplasmáticas da célula endocervical do
epitélio colunar.
R: O citoplasma é delicado, semitransparente, cianofílico corando fracamente, finalmente
vacuolizado ou mais raramente apresentando vacúolo único, evidenciando-se às vezes
nos grânulos acidófilos. Na segunda fase do ciclo menstrual (fase progestacional), o
citoplasma pode se tornar distendido, globoso, pelo acúmulo de muco. Quando as células
são ciliadas, o que acontece raramente, elas exibem citoplasma corado mais
intensamente. O núcleo é localizado na região basal, redondo ou oval, com discreta
variação do tamanho, cromatina fi namente granular com cromocentros ou nucléolo.

18) Descreva as características nucleares e citoplasmáticas da célula do epitélio


metaplásico do colo uterino.
R: As células metaplásicas escamosas imaturas são do tamanho aproximado das células
parabasais e são redondas a ovais, com discreto aumento da relação
nucleocitoplasmática devido à relativa imaturidade celular. Elas apresentam citoplasma
delicado ou denso, às vezes com vacúolos. Os núcleos são um pouco maiores que
aqueles das células intermediárias, redondos ou ovais, paracentrais ou centrais, com
cromatina finamente granular regularmente distribuída e às vezes nucléolo. Essas
células se dispõem frequentemente em agrupamentos frouxos, lembrando um
calçamento de pedras. As células metaplásicas maduras são do tamanho aproximado
das células intermediárias, porém as primeiras apresentam citoplasma levemente mais
denso e bordas citoplasmáticas mais arredondadas. As células metaplásicas maduras
também podem se distribuir em conjuntos frouxos. Às vezes as células metaplásicas
tanto imaturas como maduras revelam prolongamentos citoplasmáticos assumindo um
aspecto estrelado. Outra característica é a presença de uma coloração dupla
citoplasmática sob a aparência de um citoplasma dividido em duas zonas, uma mais
externa densa (ectoplasma) e uma mais interna perinuclear, relativamente pálida.

19) Descreva a função ou porque está presente no esfregaço cervicovaginal os


elementos não epiteliais a seguir:
a) muco: proteção e lubrificação, ele está presente no esfregaço pois é secretado
pela endocervice no canal vaginal, onde ocorre a coleta da amostra.

b) Polimorfonucleares: normaliza o pH da vagina quando há um desequilíbrio, está


presente na fase pré-menstrual e pós menstrual ou quando o pH está basificado.
c) Histiócitos: monócitos de sangue, presentes em situações anormais, que estão
envolvidos em processos inflamatórios crônicos, relacionados a ulcerações ou
colo inflamado com hemorragias.
d) Hemácias: presente em sangramentos
e) Lactobacilos: mantém o pH ácido da vagina pois produzem ácido lático, eles
fazem parte da microbiota natural da vagina.
f) Espermatozoides: presentes em decorrência de ato sexual praticado antes da
coleta.
g) fungos contaminantes: podem fazer parte da microbiota vaginal.

Orientações para os estudos:


• Assistir os vídeos de histologia sobre o Sistema Genital feminino.
• Ver as aulas em PDF sobre Sistema Genital feminino.
• Ler sobre o assunto no livro Anatomia orientada para a clínica do Moore e Netter.
• Ler sobre o assunto de histologia no livro Junqueira e carneiro.
• Ler sobre o assunto de células do epitélio escamoso e colunar no livro do Koss e Consolaro.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

• NETTER, F. H. Atlas de Anatomia Humana. Porto Alegre: Artmed, 2003.


• MOORE, K. L., DALLEY, A. F., AGUR, A. M. R. Anatomia Orientada para a Clínica, 7ª Ed., Guanabara
Koogan. 2014.

• JUNQUEIRA, L.C.; CARNEIRO, J. Histologia Básica Texto e Altas. 12ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2013.
• CONSOLARO, M.E.L.; MARIA-ENGLER S.S. Citologia Clínica Cérvico-Vaginal. Texto e Atlas. São Paulo:
Roca, 2012.

• KOSS, L.G.; GOMPEL, C. Introdução à Citopatologia Ginecológica com Correlações Histológicas e


Clínicas. São Paulo: Roca, 2006.

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