Você está na página 1de 31

Oi, gente, tudo bom?

Sejam bem-vindos ao módulo de gênese e, principalmente, à


histologia e embriologia <3
No começo, eu sei que é tipo isso:

Renan Soares – T122- 2019.2


E que a gente sai da aula assim:

Mas, vai melhorar! Espero que vocês gostem da histo e da


embrio e não acabem assim (pq todos os memes de histo são em
espanhol?!)

Enfim, brincadeiras à parte... Espero que esse resumo ajude


você e que descomplique sua vida.
Tentarei fazer de todas as aulas... Talvez não consiga? Talvez.
Mas tentarei 😊
Qualquer dúvida pode chamar no zap ou se me ver nos meios
dos corredores pode chamar
É HISTO

Renan Soares – T122- 2019.2


RESUMO DE HISTOLOGIA
GÊNESE E DESENVOLVIMENTO
1º e 2º AULA – TECIDO EPITELIAL DE REVESTIMENTO E GLANDULAR

Introdução Geral: Os tecidos são constituídos basicamente por células e MEC (Matriz
Extracelular). A MEC se relaciona intimamente com as células do tecido, funcionando de modo
coordenado. A MEC tem como funções: Suporte mecânico, troca de nutrientes, sinalização,
arcabouço par renovação tecidual e migração de células.
O organismo humano é constituído por 4 principais tecidos: conjuntivo, muscular, epitelial e
nervoso, cada um com suas funções, composição e origem embriológica. É importante ressaltar
que os tecidos funcionam em conjunto, formando os diferentes órgãos, com exceção do sistema
nervoso, que é constituído quase somente por tecido nervoso. Os órgãos são constituídos
principalmente por: Parênquima (células responsáveis pelas funções típicas do órgão) e
Estroma (Tecido de sustentação).
Principais funções do Epitelial: Revestimento: Tudo é revestido por um epitélio no corpo.
Cumpre a função de proteção, absorção de íons e de moléculas, bem como até percepção de
estímulos. Outra importante função é secreção.
Principais características das células epiteliais: Poliédricas, justapostas (pouca MEC entre
elas) e aderidas firmemente por junções intercelulares. O núcleo dos vários tipos de células tem
forma característica, acompanhando o tipo de célula: células cuboides – núcleos esféricos;
células pavimentosas – núcleos achatados. Os epitélios estão apoiados sobre conjuntivo, uma
vez que precisam ser nutridos. Em órgãos ocos, o conjuntivo abaixo do epitélio é chamado de
lâmina própria.
Lâminas basais: Entre as células epiteliais e o conjuntivo abaixo, existe a lâmina basal, formada
por uma delicada rede de fibrila, geralmente de colágeno tipo IV, glicoproteínas laminina e
entactina e proteoglicanos. Se prende ao conjuntivo através de fibrilas de ancoragem de
colágeno tipo VII. A junção de duas lâminas basais, forma uma membrana basal. A membrana
basal é visível ao microscópio óptico, enquanto a lâmina basal somente no eletrônico. Pode
se formar também, a lâmina reticular, quando fibras reticulares do conjuntivo se associam à
lâmina basal. As lâminas basais possuem diversas funções, como influenciar polaridade da célula
e regular diferenciação celular.
Especializações das células epiteliais: Se configuram como adaptações que permitem aumentar
adesão e comunicação. São encontradas na maioria dos tecidos.
Superfície basolateral:
Caderinas: Glicoproteínas transmembranas que promovem a adesividade.
Interdigitações: Dobras nas membranas de duas células, que se encaixam
Junções Intercelulares (JIC) – Podem servir como locais de adesão, vedantes ou para
comunicação. Podendo ser classificadas funcionalmente como junções de adesão (zônulas de
adesão, hemidesmossomos e desmossomos), junções impermeáveis (zônulas de oclusão) e
junções de comunicação (Junções GAP).
Junções de oclusão: O termo zônula se refere ao fato que a junção circunda toda a célula. Oclusão
é devido ao fato que veda o espaço intercelular.

Renan Soares – T122- 2019.2


Junções de Adesão: Zônula de adesão: Circunda toda a célula, contribuindo para a aderência.
Em conjunto com as zônulas de oclusão, forma o complexo unitivo. Desmossomos: Estrutura
em forma de disco.
Junções Comunicantes (gap): Podem ser encontradas em outros tecidos, sendo o músculo
esquelético uma exceção. Permite a passagem de moléculas com massa de até 1500 Da.
Superfície apical:
Microvilos: São projeções em formas de dedos, de número variado, curtas ou longas. Muito
presente em células que exercem papel absortivo, como nas do intestino delgado. Essas células
que exercem intensa absorção possuem glicocálice espessado e o conjunto formado por ele e
microvilos é visto ao microscópio de luz, formando a borda em escova.
Estereocílios: São microvilos longos e imóveis, não devendo ser confundidos com cílios.
Presentes no epidídimo. Facilita o movimento de moléculas.
Cílios e flagelos: Cílios são prolongamentos dotados de motilidade. Estão inseridos em
corpúsculos basais. Presentes, principalmente, na traqueia. Flagelos, nos espermatozoides, são
únicos por células e mais longos.
Tipos de epitélios: A classificação de epitélio em de revestimento e de secreção é apenas
didática, uma vez que epitélios de revestimento podem secretar e que pode haver células
glandulares espalhadas entre as de revestimento.

Epitélios de revestimento
Se dispõem em folhetos que recobrem os espaços externos do corpo, as cavidades internas, tubos,
vasos etc. A classificação dos epitélios se dá principalmente pelo: Número de camadas →
Simples, estratificado ou pseudoestratificado. Forma das células → Pavimentoso, cúbico ou
prismático (colunar ou cilíndrico).
As células do epitélio simples pavimentoso são achatadas e seus núcleos alongados,
revestindo lúmen dos vasos (endotélio), as grandes cavidades do corpo e os órgãos nelas, sendo
denominado de mesotélio.
As células do epitélio simples cúbico são cuboides e seus núcleos esféricos, sendo encontradas
externamente ao ovário e nos ductos excretores de glândulas.
Epitélio simples colunar possui seu maior eixo perpendicular à lâmina basal, com núcleos
alongados, elípticos e acompanham o maior eixo da célula. Presente na vesícula biliar.
O epitélio estratificado cúbico e prismático é dificilmente encontrado no organismo. O
estratificado pavimentoso possui células basais (mais próxima à lâmina basal) prismáticas ou
cúbicas, enquanto as apicais são pavimentosas. Por isso, que para diagnosticar o epitélio é
preciso ver as células apicais. Revestem espaços sujeitos a atritos, geralmente. Pode ser
queratinizado ou não queratinizado. Outro tipo de tecido estratificado é o epitélio de
transição, que reveste a bexiga urinária, o ureter e a porção inicial da uretra. A forma das células
da camada mais superficial varia com o grau de distensão. Quando a bexiga está vazia, as células
são frequentemente globosas e de superfície convexa, e quando a bexiga está cheia, o número de
camadas parece diminuir, o epitélio se torna mais delgado e muitas células superficiais tornam-se
achatadas.
Além disso, o outro tipo de tecido é o pseudoestratificado, porque apesar de ter apenas uma
camada de células, parece que há mais de uma, dado a disposição dos núcleos. Contudo, todas

Renan Soares – T122- 2019.2


as células estão apoiadas na lâmina basal, mas nem todas alcançam a superfície do epitélio (é
como se uma estivesse se apoiando na outra e empurrasse essa para baixo). O epitélio
pseudoestratificado mais conhecido é o da traqueia, que é cilíndrico e ciliado. Outro é o do
epidídimo, estereociliado. Além disso, há o neuroepitélio, constituído por células neuroepiteliais,
com funções sensoriais especializadas, como as da mucosa olfatória.

Renan Soares – T122- 2019.2


Epitélios Glandulares:
São constituídos por células especializadas na atividade de secreção. As células glandulares
podem eliminar proteínas (pâncreas), lipídios (adrenal) ou complexos de carboidrato e proteínas
(glândulas salivares). As mamárias secretam os três tipos.
Tipos de glândulas: Os epitélios que constituem as glândulas podem ser classificados:
Unicelulares ou multicelulares: O termo glândula, em geral, é usado para designar agregados
complexos, organizados, multicelulares de tecido epitelial glandular. Contudo pode ser usado para
designar células glandulares, como no caso da célula caliciforme, que é uma glândula
unicelular, presente no trato respiratório e digestório.
Exócrinas ou endócrinas: Depende do tipo de formação das glândulas. São sempre formadas a
partir do epitelial de revestimento, que invade o conjuntivo e se diferencia.
A exócrina mantém sua conexão com o epitélio do qual se originaram. Essa conexão toma a
forma de ductos tubulares revestidos geralmente por epitélio cúbico simples. Através desses
ductos a secreção é eliminada. A glândula exócrina libera sua secreção em cavidades ou na
superfície externa, ou seja, próxima à glândula.
Possuem 2 porções: uma porção secretora e ductos excretores. Podem ser classificadas:
De acordo com o ducto excretor:
Simples: Com um ducto excretor não ramificado ou Compostas: Ductos ramificados.
De acordo com a forma da porção secretora:
Simples: Tubular; Tubulares enoveladas (como se enrolasse uma mangueira várias vezes);
Tubulares ramificadas; Acinosa ou alveolar (arredondada ou esférica)
Composta: Tubulares, acinosas ou tubuloacinosas (mistas)
A endócrina a conexão com o epitélio é obliterada e reabsorvida. As secreções são lançadas no
sangue, com local de ação longe. A partir da organização das células, as glândulas endócrinas
podem ser divididas em cordonais, em que as células formam cordões anastomosados, e são a
maioria das glândulas, e as vesiculares, formadas por folículos, como a tireoide.
Modo pelo qual os produtos de secreção deixam a célula: Holócrina (sebáceas) – O produto de
secreção é eliminado junto com toda a célula. Merócrina (pâncreas) – Apenas a secreção é
liberada. Apócrina (mamária) – A secreção é liberada em conjunto com pequenas porções do
citoplasma apical.
Alguns órgãos têm funções tanto endócrinas como exócrinas, e um só tipo de célula pode
funcionar de ambas as maneiras, como no fígado, que as mesmas células secretam bile e produtos
na corrente. Em outros órgãos, algumas células são células exócrinas e outras endócrinas,
como no pâncreas.

Renan Soares – T122- 2019.2


Renan Soares – T122- 2019.2
Principais Glândulas:
Glândula unicelular: Célula caliciforme
Pâncreas: Glândula endócrina cordonal – Ilhota de Langerhans/ Glândula exócrina acinosa
composta
Tireoide: Glândula endócrina folicular
Glândulas Salivares: merócrinas
Parótida: Glândula exócrina acinosa composta serosa
Sublingual: Glândula exócrina túbuloacinosa composta mucoserosa
Submaxilar: Glândula exócrina túbuloacinosa composta seromucosas
Glândula sudorípara: Glândula merócrina exócrina tubulosa simples enovelada
Glândula sebácea: Glândula holócrina exócrina acinosa simples
Intestino grosso: Glândula exócrina tubulosa simples
Mama: Glândula apócrina exócrina tubuloacinosa composta

Biologia dos tecidos epiteliais:


Polaridade: Nome dado à diferente distribuição de organelas nas porções do citoplasma
(apical e basal), ou seja, diferentes partes das células têm diferentes funções. Por exemplo:
Geralmente, na superfície basolateral há receptores de hormônios, já que os hormônios chegam
pelo lado basal. Os epitélios não possuem vasos, com raras exceções.
Inervação: Proveniente da lâmina própria. Ricamente inervado (Ex.: Epitélio da córnea)
Renovação das células epiteliais: Taxa de renovação variável. Em tecidos estratificados, as
mitoses ocorrem na região basal e as células migram para a superfície.
Nota clínica: Metaplasia: Um tecido se transforma em outro. Um caso clássico é o do tabagismo.
Os componentes tóxicos do cigarro fazem com que o epitélio respiratório se transforme em
epitélio estratificado pavimentoso. Modificação benigna e que pode ocorrer no conjuntivo
também.
Controle da atividade glandular: Se dá por endócrino ou nervoso, com algum predominando
sobre o outro.
Alguns tipos característicos de células epiteliais:
Células que transportam íons: Há mais sódio fora do que dentro da célula, ou seja, há uma
tendência de o sódio entrar na célula, através do processo de difusão passiva. Para que isso não
aconteça é necessário haver o transporte ativo, com gasto de ATP, pela bomba de sódio/potássio,
através do transporte transcelular (ápice para a base). No rim, as células são permeáveis ao
sódio (difusão passiva), que entra acompanhado de cloreto e água (equilíbrio osmótico). Na região
basal, há um pregueamento, e entre essas invaginações há bastante mitocôndria para promover a
extrusão ativa. Desse modo, o sódio é devolvido à circulação. As junções de oclusão são
essenciais, visto que vedam o espaço intercelular e impedem que a energia gasta seja
desperdiçada, impedindo que o material transportado volte. O transporte pode acontecer do
ápice para a base ou da base para o ápice, dependendo do órgão e célula.

Renan Soares – T122- 2019.2


Células que transportam por pinocitose: Geralmente possuem poucas organelas, além de suas
vesículas de pinocitose. Frequente em endotélios e em mesotélio
Células serosas: Geralmente se organizam em forma de ácinos serosos, com polaridade bem
definida. Na região basal apresenta intensa basofilia devido ao intenso acúmulo de retículo
endoplasmático rugoso. Na região apical possui diversos grânulos de secreção, que quando cheios
de enzimas digestivas, como acontece no pâncreas, são chamados de grânulos de zimogênio.
Células secretoras de muco: As mais conhecidas são as caliciformes e a dos túbulos mucosos. A
caliciforme contém muitos grânulos cheios de muco, material constituído por glicoproteínas
intensamente hidrofílicas. O núcleo fica na região basal, junto com o retículo granuloso. O
complexo de Golgi é bem desenvolvido.
Células mioepiteliais: Várias glândulas exócrinas (mamárias, sudoríparas e lacrimais), possuem
células mioepiteliais. Elas abraçam as unidades secretoras. O citoplasma possui filamentos de
actina e miosina. Ajudam na expulsão do material quando se contraem.
Células secretoras de esteroides: São células acidófilas com núcleo central, que frequentemente
têm gotículas de lipídios no citoplasma. Possui abundante retículo endoplasmático liso, que tem
enzima para sintetizar colesterol e transformar a pregnenolona produzida nas mitocôndrias em
andrógenos, estrógenos e progestágenos. As mitocôndrias são adaptadas para a produção desses
materiais.

Renan Soares – T122- 2019.2


LÂMINAS VISTAS NA AULA
1º Aula – Epitélio de revestimento
Checklist
Pele (Fina) – Lâmina 8
• Epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado
Bexiga – Lâmina 9
• Epitélio de Transição
Traqueia e esôfago – Lâmina 10

• Esôfago: Epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado


• Traqueia: Epitélio pseudoestratificado cilíndrico ciliado – Epitélio respiratório
• Traqueia: Célula caliciforme
Vesícula Biliar – Lâmina 26
• Epitélio cilíndrico simples
Tireoide – Lâmina 47
• Epitélio cúbico simples
Tem algumas coisas nas lâminas que a gente acha que é uma coisa muito diferente e
que não era para estar ali. Muitas vezes, isso é um artefato, ou seja, proveniente do
preparado histológico. Como algumas coisas, que se tornam pregueadas, que
fisiologicamente não são.

Renan Soares – T122- 2019.2


O objetivo desta primeira aula é apenas mostrar os diferentes tipos de epitélio. Então, em cada
lâmina há apenas o epitélio para se atentar. Apenas depois, que as lâminas serão vistas com mais
detalhes. Então, vamos lá <3
Lâmina 8 – Pele (Fina)
Aqui, temos um epitélio:

• Estratificado (várias camadas – nem todas as células tocam na lâmina basal)


• Pavimentoso (As células da camada apical são achatadas)
• Queratinizado (O tecido é recoberto por queratina, provenientes das células mortas)
Abaixo temos uma visão geral da lâmina, com o epitélio na parte de cima e logo abaixo o tecido
conjuntivo que o suporta com suas outras estruturas que serão abordadas em aulas posteriores.

Nessa outra imagem, a seta está apontada para a camada de queratina, que tem logo
abaixo o epitélio. Observe que a camada de queratina é delgada.

Renan Soares – T122- 2019.2


Na próxima imagem, o epitélio é mostrado em destaque. Verifique que há diversas
camadas e que as células são justapostas. Além disso, a seta preta aponta para a camada
de queratina. A seta verde aponta para a célula pavimentosa da camada apical.

A próxima imagem é apenas para contrastar com a pele fina. Veja o tamanho da camada
de queratina

Renan Soares – T122- 2019.2


Bexiga – Lâmina 9:
O epitélio de transição presente na bexiga e outras partes das vias urinárias é um epitélio
estratificado com suas particularidades, que o diferencia dos demais. Uma das características é
que há uma mudança da forma das células de acordo com o grau de distensão, ou seja, quando
ela está cheia ou vazia. Quando vazia, as células se apresentam globosas, principalmente as
superficiais, que são células grandes e dão ao tecido uma característica que o faz ser chamado de
epitélio em abóbada. Quando cheia, o epitélio se adelgaça, parecendo que o número de folhetos
diminui e as células ficam mais achatadas.
Observe abaixo: Suas células globosas (as superficiais), grandes, que dão ao tecido um aspecto
de abóbada. Bem diferente dos tecidos estratificados pavimentosos.

Renan Soares – T122- 2019.2


Lâmina 10 – Traqueia e esôfago
Devido à posição anatômica dos dois órgãos, a traqueia e o esôfago ficam na mesma lâmina. A
traqueia é facilmente reconhecida pela sua luz ampla e pela presença da cartilagem. O epitélio
visto no esôfago é o epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado, enquanto na traqueia
há o epitélio respiratório, que é o epitélio pseudoestratificado cilíndrico ciliado. O
pseudoestratificado é que apesar da aparência de haver várias camadas de células, todas tocam a
lâmina basal, ou seja, é um epitélio simples.
Uma visão geral do esôfago:

A seta está apontando diretamente para o epitélio. Observe as inúmeras camadas de células, a
justaposição e que as células basais são esféricas e de acordo com que vamos progredindo para a
posição mais acima, vemos que as células vão se achatando.

Renan Soares – T122- 2019.2


Agora, temos a traqueia. A luz é bem ampla, uma vez que a cartilagem mantém a luz
aberta. A cartilagem está na parte de cima da imagem (seta verde).

Em destaque, apontado pela seta do microscópio, vemos o epitélio respiratório. Veja que
as células são cilíndricas e que apesar de parecer que tem mais de uma camada, só há
uma, logo pseudoestratificado. Além disso, é notável a presença de cílios.

Renan Soares – T122- 2019.2


Lâmina 26 – Vesícula Biliar
Mucosa em foco, epitélio colunar simples com sua lâmina própria de conjuntivo frouxo.
Nota-se que o corte do epitélio é feito em várias direções.

Renan Soares – T122- 2019.2


Tireoide – Lâmina 47
Por fim, temos a tireoide, uma glândula importantíssima no nosso corpo. Uma das
únicas glândulas endócrinas vesiculares ou foliculares. Contudo, o objetivo aqui é
apenas mostrar o epitélio cúbico simples que reveste os folículos e que produzem os
hormônios. Veja, principalmente, os núcleos esféricos.

Renan Soares – T122- 2019.2


LÂMINAS VISTAS NA AULA
2º Aula – Epitélio Glandular
Glândula unicelular: Célula caliciforme
Pâncreas: Glândula endócrina cordonal – Ilhota de Langerhans/ Glândula exócrina acinosa
composta
Tireoide: Glândula endócrina folicular
Glândulas Salivares: merócrinas
Parótida: Glândula exócrina acinosa composta serosa
Sublingual: Glândula exócrina túbuloacinosa composta mucoserosa
Submaxilar: Glândula exócrina túbuloacinosa composta seromucosas
Glândula sudorípara: Glândula merócrina exócrina tubulosa simples enovelada
Glândula sebácea: Glândula holócrina exócrina acinosa simples
Intestino grosso: Glândula exócrina tubulosa simples

Checklist
Glândulas Salivares – Lâmina 21
• Parótida: Glândula merócrina exócrina acinosa composta serosa
• Sublingual: Glândula exócrina merócrina túbuloacinosa composta mucoserosa
• Submaxilar: Glândula exócrina merócrina túbuloacinosa composta seromucosas

Pele (Fina) – Lâmina 8

• Glândula sudorípara: Exócrina merócrina tubulosa simples enovelada


• Glândula sebácea: Exócrina holócrina acinosa simples
Tireoide – Lâmina 47

• Endócrina folicular
Intestino grosso – Lâmina 5
• Glândula exócrina tubular simples
Pâncreas – Lâmina 14
• Glândula endócrina cordonal – Ilhota de Langerhans
• Glândula exócrina acinosa composta

Mama – Lâmina 66 e 85
• Glândula apócrina exócrina túbuloacinosa composta antes e durante a lactação

Renan Soares – T122- 2019.2


Glândulas Salivares: Lâmina 21
São glândulas exócrinas que produzem saliva. Elas possuem porções secretoras (serosas
e mucosas) e um sistema de ductos que alteram o produto final.

Glândula parótida: Acinosa composta. Composta por células serosas (mais roxinhas).

Glândula submandibular ou submaxilar: Glândula tubuloacinosa composta. Possui


mais células serosas. Cerca de 90% são acinosas serosas e 10% são tubulosas com
semiluas serosas, ou seja, a maioria das células são roxinhas e uma parte é meio
esbranquiçada devido à presença de mucina, que tem esse aspecto na preparação
histológico.

Glândula sublingual: Tubuloacinosa composta. Predomina células mucosas, ou seja, o


tecido distoa dos outros dois porque há áreas brancas no tecido e poucas áreas roxas.

Na lâmina, a sublingual aparece em conjunto com a submandibular, devido à posição


anatômica, sendo facilmente distinguíveis pelo fato de a sublingual apresentar regiões
claras, enquanto a submandibular tem aspecto mais arroxeado em todo o parênquima. A
imagem abaixo mostra isso com detalhes: o lado esquerdo (sublingual)

Renan Soares – T122- 2019.2


Em destaque, na imagem abaixo, temos a glândula sublingual. Note os espaços centrais
em branco, devido à mucina, e regiões periféricas arroxeadas.

A glândula submandibular, ao contrário da sublingual, tem caráter quase todo


homogêneo, com poucas regiões mais claras. As regiões em rosa, são vasos e conjuntivos.
O parênquima da glândula mesmo, é o mais escuro.

Renan Soares – T122- 2019.2


A parótida possui todo seu parênquima homogêneo, já que há apenas células serosas. É
importante não confundir a parótida como o pâncreas, que possui as ilhotas de Langerhans

Renan Soares – T122- 2019.2


Pele (fina) – Lâmina 8

A lâmina de pele é bem útil para se estudar diferentes tecidos, como o epitelial de
revestimento, glandular e conjuntivo. Quanto ao glandular, existem as glândulas
sudoríparas e as sebáceas.
Geralmente, as sebáceas estão acompanhadas de um folículo piloso. Contudo, a presença
ou não do folículo não é necessária para se dar o diagnóstico da glândula.
A sebácea é uma glândula acinosa simples e a sudorípara é uma glândula tubulosa simples
enovelada.

Na imagem abaixo, vemos a glândula sebácea. É importante imaginar uma estrutura em


3D, para que depois você possa entender o corte e como se apresenta na lâmina. Note que
a estrutura acinosa simples é como se fosse várias bolsas secretoras, que ao serem
cortadas, se apresentam dessa forma, várias regiões globosas, saculares, com material
esbranquiçado dentro. Ao lado, estaria um folículo piloso, provavelmente.

Renan Soares – T122- 2019.2


Em destaque a glândula sebácea. Note o aspecto lobulado, cheio de material dentro, que
se apresenta esbranquiçado.

Agora, a glândula sudorípara, que é tubulosa simples enovelada, ou seja, imagine uma
mangueira toda enrolada entre si. Agora, imagine que seja feito um corte dessa mangueira
toda enrolada. As estruturas se apresentariam como a glândula abaixo, várias regiões
tubulares separadas.

Renan Soares – T122- 2019.2


Tireoide – Lâmina 47

Uma das únicas glândulas endócrinas foliculares. Essa lâmina é basicamente para ver o
epitélio cúbico simples e os folículos cheios de hormônios dentro dos coloides (porções
rosas cercadas pelo epitélio)

Renan Soares – T122- 2019.2


Intestino grosso – Lâmina 5

A lâmina de intestino grosso será melhor vista posteriormente, no segundo semestre, no


módulo de digestório. Nesse momento é importante saber que há inúmeras células
caliciformes no intestino grosso, formando as glândulas tubulares simples.
No caso do intestino grosso, o epitélio glandular é constituído de células caliciformes em
abundância (secretam o muco lubrificante do epitélio), intercaladas com células
absortivas, cujas microvilosidades curtas participam do processo de absorção de água.
As chamadas criptas de Lieberkühn são as glândulas tubulares simples encontradas nas
pareces do intestino grosso.

Tem essa configuração. É importante fixar essa imagem e extrapolar para


a lâmina.

Renan Soares – T122- 2019.2


Em destaque, agora, temos a cripta e a sua estrutura tubular. Observe as setas vermelhas
apontadas para o ducto por onde sai a secreção e as setas verdes que apontam as células
caliciformes.

Renan Soares – T122- 2019.2


Pâncreas – Lâmina 14
O pâncreas apresenta estruturas glandulares exócrinas e endócrinas. A parte endócrina é
representada pela ilhota de Langerhans, que é cordonal, e a parte exócrina é acinosa
composta, formada pelos ácinos serosos.
Visão geral do pâncras. Está meio destruído? Está. Às vezes precisamos mentalizar e
abstrair que dá certo . Cuidado para não confundir com a parótida, que não tem a ilhota

Renan Soares – T122- 2019.2


Observe, mais uma vez, a diferença de coloração entre uma parte e outra, e a forma das
estruturas. A parte exócrina é formada pelos ácinos serosos, enquando a endócrina é
cordonal, como se tivesse cordões de células entremeados.

Renan Soares – T122- 2019.2


Mama – Lâmina 66 e 85
Finalmente a última lâmina \o/
Composta por 15 a 20 lóbulos de glândulas tubuloalveolares compostas. Cada lóbulo é
separado por conjuntivo denso e muito tecido adiposo e é na realidade uma glândula
individualizada com seu próprio ducto excretor, chamado ducto galactóforo, que
emergem no mamilo.
Estrutura da mama durante a puberdade e a mulher adulta: Durante a puberdade
ocorre um aumento no tamanho. Resultante do acúmulo de adiposo e conjuntivo, além do
crescimento dos ductos, proveniente do aumento do estrógeno. O lóbulo é a junção de
vários ductos intralobulares que se unem em um ducto interlobular terminal. Os ductos
galactóforos se dilatam para formar os seios galactóforos. As aberturas são revestidas por
estratificado pavimentoso.
Glândulas mamárias durante a gravidez e a lactação: Através de uma ação sinérgica
de vários hormônios, principalmente prolactina e lactogênio placentário humano. Ocorre
o desenvolvimento de alvéolos nas extremidades dos ductos interlobulares terminais, que
são as estruturas secretoras de leite. O conjuntivo e o adiposo diminuem muito em relação
ao parênquima.
Na lactação, as células secretoras se tornam cuboides pequenas e baixas e o seu
citoplasma possui gotículas esféricas de lipídios. Além disso, há, na porção apical, um
número grande de vacúolos com proteínas do leite, como a caseína.
Depois desse breve resumo sobre a mama, vamos ao que interessa. A lâmina 66 (período
estrogênico) em relação à lâmina 85 (período de lactação) é totalmente diferente, como
veremos nas imagens abaixo. Note que na lâmina 66, só há basicamente conjuntivo e
tecido adiposo, e quase nada de tecido glandular.

Renan Soares – T122- 2019.2


Olhe agora, como muda radicalmente, da 66 para 85. O parênquima cresce muito,
deixando quase todo o espaço ocupado pelas glândulas. Em contrapartida, o conjuntivo e
o adiposo decrescem ocupando pouco espaço.

Renan Soares – T122- 2019.2


É HISTO!

Renan Soares – T122- 2019.2

Você também pode gostar