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HISTOLOGIA

Professora: Katchucia Lima dos Santos.


Graduada em Tecnólogo em Radiologia.
Pós- Graduada em Docência do Nível superior.
Cursando Perícia Criminal e forense.
EXPERIÊNCIA :
COORDENADORA GERAL DO INSTITUTO DENIZARD RIVAIL -ASSESSORA TÉCNICA DE RADIOLOGIA DO GRUPO LITERATUS, PROFESSORA DO CURSO TÉCNICO EM RADIOLOGIA MÉDICA PELO CENTRO LITERATUS, LECIONOU NOS CURSOS DE RADIOLOGIA MÉDICA DAS SEGUINTES INSTITUIÇÕES DE ENSINO TÉCNICO: CENTRO DE
ENSINO METROPOLITANO DE MANAUS- CEMETRO, CENTRO DE EDUCAÇÃO TECNOLOGIA DO AMAZONAS CETAM, CENTRO GUARANI;
HISTOLOGIA HUMANA

  Histo= tecido/ Logia= estudo Ciência que estuda o


tecido humano.
  Os tecidos são formados por células com forma e
função semelhantes.
  O organismo humano é formado basicamente por
4 tipos de tecidos, são eles:
COMPONENTES DOS TECIDOS

 Tecido Epitelial
 Tecido Conjuntivo
 Tecido Muscular
 Tecido Nervoso
Principais funções e características do tecido epitelial

 O tecido epitelial é formado por camadas de células coesas que revestem as superfícies
corporais e formam as estruturas funcionais das glândulas de secreção, exócrinas e
endócrinas.
 Ele pode ter origem nos três folhetos embrionários:
 Ectoderma
 Origina a epiderme, as glândulas sebáceas e mamárias
 Mesoderma
 Dá origem ao epitélio de revestimento dos vasos sanguíneos e do sistema urogenital.
 Endoderma
 Origina o revestimento dos tratos gastrointestinal e respiratório, fígado, tireoide e pâncreas.
Os epitélios revestem as superfícies internas ou externas dos órgãos e do corpo
como um todo. Logo, tudo que entra ou deixa o nosso organismo atravessa
uma camada epitelial.
A função de revestimento está intimamente relacionada a outras atividades,
como proteção, absorção de moléculas e percepção de estímulos. Outra função
importante do tecido epitelial é a secreção, tanto pelas células epiteliais de
revestimento quanto pelas células epiteliais que formam estruturas
especializadas em secreção, as glândulas.
As células que formam os epitélios
são poliédricas e com pouca
substância extracelular entre elas. A
forma poliédrica se deve
à justaposição das células, formando
folhetos celulares ou aglomerados
tridimensionais. Além disso, a
justaposição está relacionada à forte
aderência que existe entre as células,
por meio das junções intercelulares.
A morfologia das células epiteliais varia bastante, desde células colunares altas até células pavimentosas,
achatadas. A forma nuclear também é característica, variando de esférica até alongada, e geralmente
acompanha a forma celular. Dessa forma, as células cuboides costumam ter núcleos esféricos, enquanto
células pavimentosas possuem núcleos achatados. Analisando a forma e a posição do núcleo, podemos
inferir se a organização celular se dá em uma única camada ou em várias delas.

Praticamente todos os epitélios apoiam-se sobre o tecido conjuntivo. No caso dos epitélios de revestimento
de órgãos ocos (dos aparelhos digestivo, respiratório e urinário), a camada de tecido conjuntivo é chamada
de lâmina própria.

A parte da célula epitelial voltada para o conjuntivo é chamada de região basal. Já a extremidade oposta é
a região apical. As superfícies celulares que estão voltadas para as células vizinhas são as laterais e
normalmente são continuações da base celular, sendo então chamadas de superfícies basolaterais.
Especializações das células epiteliais

Agora que já comentamos sobre as funções e características básicas das


células epiteliais, vamos discutir sobre especializações presentes na
superfície basolateral das células epiteliais.
Como você já sabe, as células epiteliais apresentam uma intensa adesão
mútua. Por isso, para que sejam separadas, são necessárias grandes forças
mecânicas.
Especializações das células epiteliais

A coesão entre as células epiteliais


varia conforme o tipo de epitélio,
mas é bastante desenvolvida nos que
são sujeitos à grande tração e
pressão, como o epitélio presente na
pele.
Diversas estruturas associadas à
membrana plasmática contribuem
para a coesão e comunicação entre
células. Nós podemos encontrá-las
na maioria dos tecidos, mas são
abundantes nos epitélios.
Biologia dos epitélios

Como já comentamos, os tecidos epiteliais estão apoiados sobre o tecido conjuntivo. O tecido
conjuntivo atua não só na sustentação do epitélio, como também na sua nutrição, no aporte de
substâncias necessárias para as células glandulares e na promoção da adesão do epitélio a estruturas
vizinhas.
O contato do epitélio com a lâmina própria pode ser aumentado pelas papilas, que são áreas irregulares
entre os dois tecidos na forma de invaginações do conjuntivo.

As papilas são encontradas com maior frequência nos revestimentos sujeitos a forças mecânicas, como
pele, língua e gengiva.
Polaridade
Em muitas células epiteliais, a distribuição das organelas no polo basal da célula (apoiado na lâmina
basal) é diferente daquela no polo apical. Essa diferente distribuição, constante em vários tipos de
epitélio, denomina-se polaridade das células epiteliais.
Mas o que isso efetivamente significa?
Significa dizer que diferentes partes da célula podem ter diferentes funções

Exemplo
Todos os nutrientes das células epiteliais entram nelas através da superfície basolateral, assim como
receptores para hormônios e neurotransmissores, que também estão localizados nessa região. Em
células epiteliais com grande atividade de absorção, a membrana apical pode ter enzimas que
completam a digestão de moléculas a serem absorvidas. Essa diferença entre as porções da
membrana provavelmente é mantida por junções estreitas, que impedem a passagem de proteínas
integrais da membrana de uma região para outra.
Inervação
A maioria dos tecidos epiteliais é altamente inervada por ramificações de fibras nervosas vindas da
lâmina própria. Além da inervação sensorial, a inibição ou o estímulo das atividades de várias
células epiteliais secretoras também depende da inervação.

Renovação das células epiteliais


A grande maioria dos tecidos epiteliais possui células que são continuamente renovadas a partir da
mitose.
A velocidade de renovação varia de
acordo com o local, podendo ser alta,
como no caso do epitélio intestinal, ou
baixa, como no fígado e no pâncreas.
Nos epitélios estratificados, as mitoses
ocorrem na camada mais próxima à
lâmina basal, onde encontramos as
células-tronco desses epitélios. As novas
células, então, migram para a superfície,
concomitantemente à descamação das
células superficiais.
Controle da atividade glandular
Normalmente, a atividade das glândulas é sujeita ao controle nervoso e endócrino. Porém,
geralmente um deles predomina sobre o outro.
Um exemplo é o caso das glândulas salivares, cuja atividade está principalmente sob o controle
nervoso.
Epitélios de revestimento
Didaticamente, os epitélios são divididos em epitélios de revestimento e epitélios glandulares.
Essa classificação se dá de acordo com a estrutura, arranjo de células e função principal.
warning
Atenção
É importante comentarmos que há epitélios de revestimento nos quais todas as células são
secretoras, como no epitélio que reveste a cavidade estomacal. Além disso, nos epitélios dos
intestinos e da traqueia, observa-se a presença de células glandulares, as células caliciformes,
entre as células de revestimento.
As células dos epitélios de revestimento se organizam em folhetos, cobrindo a superfície
externa do corpo ou revestindo as cavidades internas, as grandes cavidades do corpo,
o lúmen dos vasos sanguíneos, de todos os órgãos ocos e tubos de diversos calibres.
Esses epitélios são classificados em duas categorias principais – epitélio simples e epitélio
estratificado – de acordo com o número de camadas celulares e com o formato das células da
camada mais externa.
Epitélios simples
São formados por uma única camada de células e, de acordo com a morfologia celular, são
subdivididos em:

Pavimentoso: Possui células achatadas, como


ladrilhos, com núcleos alongados. Quando
reveste o lúmen dos vasos sanguíneos e
linfáticos, é chamado de endotélio. O epitélio
pavimentoso que reveste as grandes
cavidades do corpo, como a pleural,
pericárdica e peritoneal, bem como os órgãos
contidos nessas cavidades, é chamado
de mesotélio.
Cúbico

Possui células cuboides, com núcleos


arredondados e altamente polarizadas. As
células cúbicas são encontradas na
superfície externa do ovário, por exemplo,
e na parede de pequenos ductos excretores
de muitas glândulas. Participam, além da
secreção (da glândula tireoide, por
exemplo), da absorção e do transporte ativo
de íons (túbulo coletor dos rins).
Cilíndrico colunar ou prismático
Possui células alongadas, com núcleos
alongados e elípticos, que
acompanham o maior eixo da célula
(perpendicular à membrana basal).
Reveste o lúmen intestinal e o lúmen
da vesícula biliar. Algumas células são
ciliadas, como na tuba uterina,
facilitando o transporte dos
espermatozoides.
Epitélios estratificados
São compostos por duas ou mais camadas de células e, de acordo com a morfologia das
células presentes na camada mais externa, são subdivididos em pavimentoso, cúbico,
cilíndrico e de transição.
Vamos conhecer um pouco das características de cada um desses epitélios estratificados.
Epitélio estratificado pavimentoso
Possui células que se distribuem em várias camadas e com morfologia variável, de
acordo com o local onde se situam. As células mais próximas do tecido conjuntivo, as
células basais, são geralmente cúbicas ou cilíndricas. Porém, ao migrarem
gradativamente para a superfície do epitélio, essas células tornam-se mais achatadas.
O epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado reveste cavidades úmidas,
como a boca, o esôfago e a vagina, que são sujeitas ao atrito e a forças mecânicas. Essas
células descamam, sendo substituídas por outras que migram continuamente da base para
a superfície.
Já no epitélio estratificado
pavimentoso queratinizado,
como a superfície da pele, as
células mais superficiais morrem,
perdem suas organelas e seu
citoplasma é ocupado por grande
quantidade de queratina. Essa
camada de queratina é muito útil,
pois confere grande proteção e
impede a perda de líquido pela
pele.
Epitélio estratificado cúbico:

É raro, sendo encontrado em curtos trechos de ductos excretores de


glândulas, por exemplo.
Epitélio estratificado cilíndrico
Assim como o cúbico, é raro no organismo. É encontrado na conjuntiva do olho.
Epitélio estratificado de transição
Reveste a bexiga, o ureter e a porção inicial da uretra. Suas células têm morfologia variada, de
acordo com o estado de distensão ou relaxamento do órgão. Vejamos um exemplo:

Epitélio de transição em bexiga vazia Epitélio de transição em bexiga cheia


Quando a nossa bexiga está vazia, as células mais Quando a bexiga se enche, o número de camadas
superficiais apresentam-se frequentemente globosas, celulares parece diminuir, as células superficiais
de superfície convexa. ficam mais achatadas e o epitélio mais delgado.
Na figura, é possível observar as células epiteliais A figura mostra a bexiga cheia nota-se que as células
com morfologia globosa, mostradas pelas setas. tendem a apresentar morfologia mais achatada.
Epitélios pseudoestratificados
O epitélio pseudoestratificado tem esse nome porque, apesar de ser formado por apenas uma
camada de células, os núcleos são vistos em diferentes alturas, dando a impressão de existir
várias camadas.
Ocorre que, embora as células estejam apoiadas na lâmina basal, nem todas alcançam a
superfície, fazendo com que a posição dos núcleos varie.

O exemplo clássico é o epitélio


pseudoestratificado cilíndrico
ciliado, que reveste as
passagens respiratórias de
maior calibre, desde o nariz até
os brônquios.
Tecido epitelial glandular:
O tecido epitelial glandular é constituído por células especializadas em sintetizar, armazenar e
secretar proteínas (como o pâncreas), lipídeos (como a adrenal) ou complexos de carboidratos e
proteínas (como as glândulas salivares).
Porém, existem glândulas capazes de secretar todos os tipos de substâncias citadas, como as
glândulas mamárias, e glândulas que possuem baixa capacidade de síntese, como as
sudoríparas.
Geralmente, essas substâncias secretadas são temporariamente armazenadas em pequenas
vesículas celulares, nos grânulos de secreção.
As glândulas podem ser unicelulares ou
multicelulares. A célula caliciforme, presente
no intestino delgado ou no trato respiratório,
é um exemplo de glândula unicelular. Porém,
o termo glândula normalmente é utilizado
para caracterizar agregados multicelulares de
células epiteliais glandulares.
Partindo do conceito que são multicelulares,
as glândulas são sempre formadas por
epitélios de revestimento cujas células se
proliferam e invadem o tecido conjuntivo
vizinho, sofrendo então diferenciação
adicional.
Função
  Função: diferentes funções variando o local que compõe.

• Célula Pavimentosa • Célula Cilíndrica • Célula Prismática


• Célula Colunar
• Célula Cúbica
Tipos de células
TECIDO EPITELIAL
  Classificação do epitélio: o epitélio é classificado de acordo com o tipo de
célula (cúbico, colunar e pavimentoso) e o número de camadas de células que
formam este tecido.

Tecido Epitelial de Revestimento Simples Cúbico • formado por uma


só camada de células cúbicas • função de absorção de substâncias •
encontrado nos túbulos renais

Tecido Epitelial de Revestimento Simples Pavimentoso • formado por


células achatadas e dispostas em uma única camada • função de
absorção e transferência de substâncias • encontrado nos alvéolos
pulmonares e revestindo os vasos sanguíneos (endotélio)
TECIDO EPITELIAL

 Tecido Epitelial de Revestimento Simples Prismático • formado


por uma só camada de células prismáticas • função de
digestão e absorção de substâncias • encontrado no estomago
e no intestino contendo glândulas
Tecido Epitelial de Revestimento Pseudo-estratificado
Prismático • formado por apenas uma camada de células com
altura diferente uma da outra, dando falso aspecto de
estratificado • função de proteção e lubrificação • encontrado
revestindo a cavidade nasal, traqueia e brônquios
TECIDO EPITELIAL
 Tecido Epitelial de Revestimento Estratificado Pavimentoso
• formado por várias camadas de células, onde apenas as
células da camada inferior fazem mitose • função de
proteção mecânica e contra a perda de água • encontrada
em locais de fácil atrito como a pele e as mucosas vaginal e
oral

Tecido Epitelial de Revestimento Estratificado Prismático •


formado por camadas de células prismáticas • função de
proteção • encontrado na uretra masculina e epiglote
TECIDO EPITELIAL GLANDULAR

  Produzem substâncias chamadas secreções que podem ser


utilizadas pelo corpo ou eliminadas.

 Tipos de secreções Serosas: rico em proteínas Mista


(serosas e mucosa) Mucosas: rica em muco

 Número celular Unicelular ,MulticelulaR.


TECIDO EPITELIAL GLANDULAR

 A glândula Multicelular pode ser: • Exócrina: lançam suas


secreções para fora do corpo (sudoríparas, lacrimal,
mamária e sebáceas) • Endócrina: as secreções chamadas
hormônios são lançadas diretamente nos vasos
sanguíneos ou linfáticos • Mistas: possuem regiões
endócrinas e exócrinas ao mesmo tempo (pâncreas,
porção exócrina secreta enzimas digestivas no duodeno
enquanto que a porção endócrina secreta insulina.
Existem dois tipos de glândulas:

Exemplo
O fígado, no qual as células secretam a bile pelos ductos, mas também secretam substâncias na
circulação sanguínea.
Além disso, existem órgãos nos quais algumas células são especializadas na secreção exócrina e
outras na secreção endócrina.
O exemplo nesse caso é o pâncreas: enquanto as células acinosas liberam enzimas digestivas na
cavidade intestinal, as células das ilhotas de Langerhans secretam insulina e glucagon na corrente
sanguínea.
Em algumas glândulas, como as mamárias, sudoríparas e salivares, as porções secretoras
são envolvidas pelas chamadas células mioepiteliais. Essas células ramificadas contêm
miosina e muitos filamentos de actina, sendo capazes de contração. Desse modo, ajudam
na expulsão da secreção dessas glândulas.
Tipos e mecanismos de secreção

 Com base no tipo de secreção, as glândulas exócrinas podem ser classificadas em:
 Glândulas mucosas: Quando seu produto secretado é rico em glicoproteínas e
água.
 Glândulas serosas: Com secreções ricas em proteína e água.
 Glândulas mistas: Que contêm células mucosas e células serosas
Além disso, de acordo com a maneira pela qual as substâncias são secretadas pelas células, as
glândulas exócrinas também podem ser classificadas em:

Merócrinas: Holócrinas Apócrinas


Nessas glândulas (pâncreas, Nesse tipo de glândula, como, por Nesse tipo de glândula, como a
por exemplo), a secreção exemplo, as glândulas sebáceas, a glândula mamária, a secreção ocorre
acumulada nos grânulos de substância a ser secretada é por um mecanismo intermediário – o
secreção é liberada por meio eliminada junto com toda a célula, produto da secreção é liberado
de exocitose, sem perda de em um processo que envolve a juntamente com pequenas porções de
qualquer outro material destruição das células cheias de citoplasma da região apical.
celular. secreção.
2º modulo Tecido conjuntivo

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