Tecido Epitelial

O tecido epitelial se diferencia em dois tipos:

 O Tecido epitelial de revestimento constituído por células que revestem toda a superfície corporal e as
cavidades corporais (oral, nasal, tubo digestivo etc.). Ele tem por função a absorção (microvilosidades em
células modificadas do trato digestivo), a proteção e a percepção de sensações (olfato, paladar, tato etc.).
 O Tecido epitelial glandular produz secreções importantes para o nosso corpo (suor, saliva, hormônios
etc.).

Dentre as funções do tecido epitelial, temos:

 O revestimento;
 A secreção glandular;
 A proteção mecânica (as células são muito unidas);
 A absorção (microvilosidades);
 A percepção de sensações (neuroepitélio);
 E a excreção.

As características do tecido epitelial são:

 Ele é avascular (está associado sempre ao tecido conjuntivo, que é altamente vascularizado);
 A alta taxa de renovação celular (por conter células tronco associadas);
 O transporte transcelular e permeabilidade seletiva;
 A membrana basal (localizada entre o tecido epitelial e o tecido conjuntivo) que é um tecido conjuntivo,
dividido em lâmina basal e lâmina reticular;
 E a polaridade celular que diz respeito ao domínio apical, basal e lateral com moléculas diferentes em
cada área que podem ser funcionalmente, morfologicamente e molecularmente diferentes. As
propriedades dos domínios fazem com que eles desempenhem suas funções com perfeição.
Anotações:
Os epitélios podem se originar de qualquer folheto embrionário:
Ectodérmica: epiderme, epitélios do nariz e da boca e as glândulas sebáceas, mamárias e salivares.
Mesodérmica: endotélio e epitélio do sistema urogenital.
Endodérmica: revestimento interno do tubo digestivo, da árvore respiratória e da bexiga urinária.
Ausência de substância intercelular e vasos sanguíneos.
Células justapostas.

Os complexos juncionais presentes entre as células do tecido epitelial são:

 Zônula de oclusão: une uma célula a outra por ocludinas (glicoproteínas); sela as células vizinhas na
camada epitelial impedindo que moléculas extracelulares passem entre elas; auxilia na polarização
celular;
 Zônula de adesão: espaço preenchido por adesão de claudinas (glicoproteínas); une um feixe de actina de
uma célula a um feixe similar na célula adjacente;
 Desmossomos: parecido com a zônula de adesão com desmogleína e desmoplaplaquina (glicoproteínas);
une os filamentos intermediários de uma célula com aqueles da célula adjacente;
 Interdigitações: conjunto de invaginações das membranas celulares que se encaixam em células vizinhas
e que garantem maior aderência. As interdigitações aumentam a superfícies de contato entre as células,
dando maior coesão entre elas e se assemelham a dedos entrelaçados;
 GAP junções ou junção tipo fenda (troca de metabólitos e corrente elétrica): junção comunicante através
das moléculas conexinas; forma canais que permitem que pequenas moléculas intracelulares solúveis em
água, incluindo íons inorgânicos e metabólitos, passem de uma célula para outra;
 Hemidesmossomos: fazem a junção da membrana com a membrana basal; ancora os filamentos
intermediários de uma célula à lâmina basal.

Especializações da membrana
 Cílio: formados por microtúbulos, são espaçados e pequenos; podem se movimentar ou não e são muito
importantes no sistema respiratório;
 Estereocílios: formados por microfilamentos de actina, são espaçados e longos; são encontrados no
sistema reprodutor masculino;
 Microvilosidade: formado por microfilamentos de actina, são invaginações e evaginações da membrana;
aumentam o poder de absorção das células por aumentarem a área.

Anotações:
Planura: cílios adensados e pequenos.
Flagelo: um único cílio longo.
Tecido epitelial de revestimento

Classificação
Quanto ao número de camadas:
 Simples: uma camada de células (todas em contato com a membrana basal);
 Estratificado: mais de uma camada de células (só a camada inferior tem contato com a membrana basal);
 Pseudoestratificado: uma única camada de células com diferentes tamanhos. Dá impressão que o tecido
possui mais de uma camada de células, pois seus núcleos estão em posições diferentes, mas todas têm
contato com a membrana basal. Nessa classificação, só existem células epiteliais com o formato
cilíndrico.

Quanto ao formato celular:

 Pavimentoso: achatado na horizontal. Corpúsculo renal, capilares sanguíneos e alça de Henle.
 Cúbico: formato tridimensional cúbico. Túbulos contorcido proximal e distal e glândulas exócrinas.
 Cilíndrico: alongado na vertical. Mucosa gástrica e tuba uterina.
 Transição: célula globosa em forma de raquete. Sistema urinário.

Tecido epitelial glandular

Origina-se no tecido epitelial de revestimento, onde as células se multiplicam e invadem o tecido conjuntivo
formando uma glândula (ocorre na embriogênese). O tecido conjuntivo associado ao tecido epitelial
glandular recebe o nome de estroma e fornece um suporte metabólico à glândula. A região chamada de
parênquima compõe o tecido epitelial da glândula (ducto e porção secretora ou somente porção secretora).

Classificação
 Unicelular: células caliciformes (glândula exócrina) e células de Leydig.
 Multicelular: glândula adrenal, sudorípara ou suprarrenal.

Tipos
 Endócrina: não possuem contato com o tecido de origem (não possui ducto). Essas glândulas se
especializaram tanto que viraram órgãos. São responsáveis por liberar secretas para a corrente sanguínea,
como os hormônios por exemplo. Sua morfologia pode ser do tipo:
☺ Cordonal (as células se organizam em cordões celulares e sua produção vai direto para a corrente
sanguínea).
☺ Folicular (as células se organizam em folículos tireoidianos, onde os hormônios são sintetizados e
armazenados quando recebem alguma sinalização).
 Exócrina: possuem contato com o tecido de origem. Possui duas regiões: porção secretora (onde secreta
substâncias) e ducto (onde a secreção caminha para ser liberada – epitélio de revestimento). Essas
glândulas liberam substâncias para fora do corpo e para as cavidades.
☺ Mucosa (viscosa, pegajosa): a porção secretora das glândulas que produzem muco é clara com
núcleos achatados. A secreção é rica em mucopolissacarídeos (ex.: catarro).
☺ Serosa (líquida, rica em enzimas): a porção secretora é corada e os núcleos são arredondados. (ex.:
suor).
☺ Mista (intermédio entre a mucosa e serosa): possui regiões claras e escuras, com meia lua serosa.
(ex.: saliva)
Classificação de acordo com o mecanismo de secreção
 ☺ Holócrina: as células acumulam secreção e para a secreção ser liberada, a célula necrosa e estoura, e
seu conteúdo citoplasmático é liberado pelo ducto. A glândula não morre pois possui células tronco
associadas. Exemplo: as glândulas sebáceas.
☺ Merócrina: Secretam substâncias por meio da exocitose. Compõe a maior parte das glândulas.
Exemplo: glândulas sudoríparas e salivares.
☺ Apócrina: o ápice da célula sai junto com a secreção e se refaz logo depois. Exemplo: glândulas
mamárias.

Glândulas exócrinas multicelulares

 Glândula tubulosa simples;
 Glândula tubulosa ramificada simples;
 Glândula tubulosa enovelada simples;
 Glândula acinosa simples;
 Glândula acinosa ramificada simples;
 Glândula tubulosa composta;
 Glândula acinosa composta;
 Glândula tubuloacinosa composta;

Tecido Conjuntivo
As células do tecido conjuntivo não são unidas, como do tecido epitelial, e possuem matriz
extracelular entre elas. A origem das células do tecido conjuntivo é no mesoderma e pode ser de duas
famílias de células tronco: célula mesenquimal indiferenciada e célula tronco hematopoiética. É um tecido
altamente vascularizado, sendo o tecido mais abundante do corpo animal.

Funções
 Suporte estrutural: o tecido é rico em fibras que dão sustentação a outros tecidos (tecido ósseo, tecido
conjuntivo propriamente dito e o tecido cartilaginoso têm essa função);
 Meio de trocas: o tecido conjuntivo permite a passagem de substancias para nutrir outros tecidos. Além
disso, o tecido sanguíneo funciona como transportador de substâncias pelo corpo todo.
 Defesa e proteção: a produção de anticorpos acontece no tecido conjuntivo.
 Armazenamento de energia: tecido adiposo responsável por armazenar gordura.
 Absorção de choques: o tecido cartilaginoso nas articulações e tecido conjuntivo propriamente dito forma
as capsulas que envolvem os órgãos.

Classificação
 Tecido Conjuntivo Propriamente Dito;
 Tecidos Conjuntivos Especializados: Cartilaginoso, Ósseo e Sanguíneo.

Tecido Conjuntivo Propriamente Dito

O tecido conjuntivo propriamente dito é altamente vascularizado e estabelece continuidade entre os tecidos,
sendo responsável pela integração funcional do organismo. Além disso, desempenha todas as principais
características do tecido conjuntivo, como suporte, meio de trocas, defesa e proteção e armazenamento
energético. Possui células fixas e transitórias, que vem da corrente sanguínea para desempenhar alguma
função e depois morrem.

Constituição
 Células;
☺ Fixas: são originadas e permanecem no tecido conjuntivo.
 Fibroblastos: se originam de células mesenquimais. Sintetizam e secretam os elementos de
matriz extracelular, participam da cicatrização e regeneração tecidual, deposita matriz
extracelular, sintetiza as proteínas que formam as fibras;
 Adipócito: se originam de células mesenquimais e armazenam gordura (triglicerídeos). O
adipócito unilocular armazena apenas uma gotícula de gordura e o multilocular armazena várias
 gotículas de gordura. Na microscopia, as gotículas de gordura não são visíveis devido ao uso de
solventes orgânicos, apenas dá pra ver a imagem negativa da gordura;
 Pericitos: se originam de células mesenquimais. Estão associados a parede de capilares e
vênulas (eles não têm fibra muscular e nem elástica por serem muito finos). Atuam na contração
e relaxamento da parede dos vasos e na reconstrução de vasos, se diferenciando e formando
novas células dos vasos quando este é danificado;
 Mastócitos: se originam de células tronco hematopoiéticas. É a maior célula do tecido
conjuntivo, onde seus grânulos armazenam mediadores químicos pró-inflamatórios
(desencadeiam processo de defesa quando reconhecem algum antígeno – uma reação de
hipersensibilidade imediata: choque anafilático).
 Macrófagos: são originados dos monócitos e fagocitam antígenos e resíduo dos tecidos e
células.
☺ Transitórias: são originadas de células tronco hematopoiéticas, que circulam na corrente sanguínea e
vão para o tecido conjuntivo quando há necessidade.
 Linfócitos: atuam na defesa do corpo no sistema imunológico. Os linfócitos T atuam
diretamente no antígeno, gerando uma resposta de defesa citotóxica; já os linfócitos B
desencadeiam a ação de anticorpos, gerando uma resposta humoral. Esses linfócitos se
diferenciam em plasmócitos, que produzem anticorpos.
 Plasmócitos: originam-se dos linfócitos B e produzem anticorpos.
 Neutrófilos: saem da corrente sanguínea para atuar em inflamações agudas.
 Basófilos: mediador químico pró-inflamatório que atua em processos antialérgicos (exagerado).
Seu citoplasma é repleto de grânulos com heparina (anticoagulante biológico) e histamina
(vasodilatador e promotor de aumento da permeabilidade celular).
 Eosinófilos: atuam em processos antialérgicos e combatem parasitas.
 Monócitos: se diferenciam em todas as células fagocíticas (sistema mononuclear fagocitário),
como por exemplo: macrófagos, microglia (defesa do tecido nervoso), osteoclasto (defesa do
tecido ósseo), macrófago de corpo tingível (timo), macrófago alveolar/célula de poeira
(pulmão), célula de Tupffer (fígado), célula de Langerhans (pele).
 Matriz extracelular (MEC): Composto basicamente por substância fundamental e fibras. A MEC é
produzida por fibroblastos e degradada por enzimas específicas da família metaloproteinases. O processo
de produção e degradação do tecido conjuntivo acontece continuamente e vai diminuindo conforme o
indivíduo envelhece. Os elementos de matriz que expressam a direção e o sentido das células (sinalização
celular).
☺ Substância fundamental:
 Glicosaminoglicanos (GAG): polissacarídeos longos e lineares compostos por
dissacarídeos que se repetem, que podem ser sulfatados (Condroitin sulfato, Dermatan
sulfato, Queratan sulfato, Heparan sulfato e Heparina) ou não (Ácido hialurônico). A
presença de GAG permite que o tecido conjuntivo seja resistente à estiramentos e
compressão;
 Proteoglicanos: são GAG sulfatado ligados a uma proteína, como o beriecan, o sindecan,
etc.;
 Glicoproteína de adesão: são qualquer açúcar não sulfatados ligado a uma proteína, como
a fibronectina, laminina, entactina, etc. É responsável por ligar as células à MEC.
☺ Fibras: permitem resistência a tensão mecânica, compressão e dão suporte físico mecânico.
 Colágenas: proteína mais abundante da natureza e presente em todos os seres. Podem
formar fibras, fibrilas ou tramas/malhas. Resistem as forças de tração e compressão,
importante para manter a forma dos órgãos, pois não possui elasticidade.
 Elásticas: formada pela elastina (proteína elástica), fornece elasticidade e estabilidade aos
tecidos onde são encontrados, como pele, orelha e tecido cardiovascular (auxilia na
dilatação dos vasos).
 Reticulares: é o colágeno tipo III, responsável por dar suporte estrutural aos órgãos do
sistema imunológico e fígado, pois são resistentes.
☺ Membrana basal:
 Lâmina basal: dá suporte estrutural ao tecido epitelial e possui duas regiões: lâmina
lúcida e lâmina densa. Composta por colágeno do tipo IV e VII, proteoglicanos,
glicosaminoglicanos sulfatados e glicoproteínas de adesão (fibronectina e laminina).
  Lâmina reticular: composta por fibras reticulares (colágeno tipo III), colágeno tipo IV e
VII. Essa lâmina permite a difusão das substâncias entre dois tecidos.

Tipos de tecido conjuntivo propriamente dito

 Tecido conjuntivo frouxo: possui mais células do que fibras na matriz extracelular;
 Tecido conjuntivo denso: possui mais fibras do que células na matriz extracelular. Pode ser:
☺ Modelado (fibras organizadas formando o tecido elástico)
☺ Não-modelado (fibras desorganizadas formando o tecido reticular).
 Tecido adiposo unilocular: composto por adipócitos uniloculares, gera energia em forma de ATP e
também é conhecido como tecido adiposo branco.
 Tecido adiposo multilocular: composto por adipócitos multiloculares, gera em forma de calor. No feto de
mamíferos placentários, o adiposo multilocular é importante na hora do nascimento; também é conhecido
como tecido adiposo pardo.

Tecido Cartilaginoso
É um tecido especializado do tecido conjuntivo, porém de consistência mais rígida com certa mobilidade,
como é perceptível nas orelhas, no nariz, na traqueia, etc. Sua rigidez é importante para dar forma a um
tecido.

Funções
 Sustentação;
 Absorção de choques: cartilagem entre os ossos e a traqueia;
 Reveste articulações, facilita o deslizamento dos ossos para realizar movimentos;

Características
 Resistente e flexível;
 Tecido delgado (o transporte de substâncias acontece por difusão por curtas distâncias, sem gasto
energético);
 Avascular (tem que estar associado a um tecido conjuntivo - pericôndrio);
 Sem inervação (sem nervos associados, a cartilagem não sente dor);

Composição
 Células
☺ Condrogênicas - células embrionárias que geram células condrogênicas e condroblastos. Se
originam das células mesenquimais.
☺ Condroblastos - células jovens que secretam elementos de matriz. Ao secretar os elementos de
matriz, os condroblastos ficam retidos em uma lacuna e, assim, passam a se chamar condrócitos.
☺ Condrócitos - células adultas que compõe as lacunas e mantém a integridade da matriz.
 Matriz cartilaginosa: matriz extracelular, com substância fundamental e fibras.
 Pericôndrio: camada de tecido conjuntivo que fica em torno do tecido cartilaginoso. É responsável pela
nutrição, oxigenação eliminação de refugos metabólicos das cartilagens; e é uma fonte de novos
condrócitos. Nele, estão localizados vasos sanguíneos e linfáticos, ausentes na cartilagem. Associam-se a
dois tipos de cartilagem: hialina e elástica. As cartilagens fibrosas estão associadas a um tecido
conjuntivo propriamente dito (TCPD).
☺ Pericôndrio celular (camada mais interna): possui células condrogênicas e condroblastos; não
possuem vasos sanguíneos.
☺ Pericôndrio fibroso (camada mais externa): camada de TCPD denso não modelado rico em
fibras colágenas do tipo I, vasos sanguíneos e nervos.

Tipos de crescimento tecidual

 Crescimento intersticial: crescimento em comprimento que todas as cartilagens realizam.
☺ As células mesenquimais originam as células conjuntivas no centro de condrificação, região
onde a cartilagem será formada. Elas realizam mitose, originando os condroblastos. Os
condroblastos são as células jovens da cartilagem, que produzem e secretam os elementos de
 matriz extracelular, formando as lacunas. Quando amadurecem, tornam-se condrócitos - células
adultas que ficam nas lacunas - onde realizaram mitoses formando grupos isogênicos. A
presença desses grupos no tecido indica que o mesmo ainda é jovem. Os condrócitos também
são capazes de secretar elementos de matriz e, com isso, os condrócitos na mesma lacuna se
separam.
 Crescimento aposicional: crescimento em espessura, a partir do pericôndrio, que as cartilagens hialina e
elástica realizam. Ocorre depois que a cartilagem já se formou.
☺ As células mesenquimais realizam mitose, formando as células condrogênicas que migram do
pericôndrio fibroso para o pericôndrio celular, se diferenciando em condroblastos. Os
condroblastos secretam os elementos de matriz, formando as lacunas e amadurecendo em
condrócitos. Os condrócitos realizam mitose e formam grupos isogênicos, que indicam que o
tecido é jovem; os condrócitos também são capazes de secretar elementos de matriz e, com isso,
os condrócitos na mesma lacuna se separam.
Anotações:
Existem dois tipos de grupos isogênicos:
1. Axial: condrócitos enfileirados paralelamente;
2. Coronal: condrócitos agrupados.
Há duas regiões da matriz:
1. Matriz territorial: localizada ao redor das lacunas
2. Matriz interterritorial: localizada entre as lacunas

Tipos de cartilagem
 Cartilagem hialina: transparente, homogênea e rica em H 2O, é predominante no corpo humano. Forma o
primeiro esqueleto do embrião, que depois é substituído pelo tecido ósseo. A matriz extracelular hialina
tem glicosaminoglicanos sulfatados e não sulfatados (ácido hialurônico), condroitin sulfato (na MEC
territorial) e fibrilas colágeno do tipo II (na MEC interterritorial) abundantes, proteoglicanos e
condronectina – uma glicoproteina de adesão que participa da associação da matriz com os condrócitos. É
encontrada na cavidade nasal, nasofaringe, traqueia, brônquio e as articulações (onde é encontrada sem
pericôndrio).
 Cartilagem elástica: cartilagem mais flexível do que a hialina, é forte e resistente. A matriz extracelular
possui fibras elásticas na matriz interterritorial, condroitin sulfatado na matriz territorial, condronectinas,
fibrilas colágenas do tipo II, glicosaminoglicanos sulfatados, glicoproteínas de adesão e proteoglicanos. É
encontrada no pavilhão auricular, no sistema respiratório e na epiglote. O tecido não é homogêneo como a
cartilagem hialina, devido a presença de fibras elásticas. Possui condrócitos maiores.
 Cartilagem fibrosa: assemelha-se a um tecido conjuntivo denso modelado. É uma cartilagem delgada com
muita fibra colágeno do tipo I. As fibras desse tecido são organizadas paralelamente e os condrócitos
seguem essa organização. Sua matriz extracelular é composta por condroitim sulfato (matriz territorial),
glicosaminoglicanos sulfatados, fibras elásticas, glicoproteínas de adesão, proteoglicanos, fibras colágeno
tipo I e fibrilas colágeno tipo II (matriz interterritorial). É encontrado associado a articulações, na sínfise
pubiana e nos discos intervertebrais.

Tecido Ósseo
O tecido ósseo é o tecido mais duro e ativo do corpo humano. Possui alta capacidade de regeneração e
controla a concentração de sais no corpo.

Funções
 Tecido conjuntivo especializado na sustentação do corpo e na proteção de órgãos;
 Alavancas para os músculos realizarem contração;
 Reservatório de minerais – 99% do cálcio está no tecido ósseo, 1% está circulante no plasma sanguíneo;
 Abriga a medula hematopoiética, responsável por desenvolver células de tecido conjuntivo.

Composição
 Células
☺ Osteoprogenitoras ou osteogênicas - originadas das células mesenquimais, são células embrionárias
que sofrem mitose e dão origem a células osteogênicas e osteoblastos;
 ☺ Osteoblastos: se localizam na periferia do osso e se organizam como um epitélio simples. São
células jovens que produzem e secretam elementos de matriz orgânica estimulas por hormônios
(chamada osteóide, é a matriz óssea formada a partir de osteoblastos ativos e que ainda não foi
calcificada) e liberam sais oriundos da alimentação para compor a matriz inorgânica. Calcificação da
matriz: o grande aumento da concentração de proteoglicanos e glicoproteínas de adesão gera cristais
de hidroxiapatita (contato entre cálcio e fosfato), esses cristais rompem a membrana da vesícula
fazendo o osteoblasto liberar cálcio para a matriz.
☺ Osteócitos: são células adulta que se localizam na lacuna e se interligam por junções do tipo GAP.
Tem por função a manutenção do tecido;
☺ Osteoclastos: são células fagocíticas gigantes e multinucleadas que atuam na reabsorção óssea. São
células móveis que escavam uma depressão na matriz, chamada lacuna de Howship.
 Borda ondulada: reabsorção óssea;
 Zona clara: rica em actina, que prende o osteoclasto na matriz;
 Zona vesicular: rica em vesículas;
 Zona basal: onde se localizam o núcleo e organelas.
*Reabsorção óssea: ela precisa de um estímulo para acontecer, como, por exemplo, um estímulo hormonal.
A ocorrência de leves fraturas imperceptíveis, a remodelação óssea e a destruição de um osso para formar
um osso novo, por lesões ou elementos que devem ir para o sangue, levam a reabsorção óssea.
Quando os níveis de cálcio do sangue abaixam, a paratireoide libera o paratormônio, que chega até o tecido
ósseo pela corrente sanguínea. O paratormônio vai se ligar a receptores presentes na membrana dos
osteoblastos, onde, este último, irá parar de secretar matriz óssea e passa a secretar o fator estimulador de
osteoclasto e o ligante osteoprotegerino. Os osteoclastos fazem a reabsorção óssea, aumentando os níveis de
cálcio no sangue.
Quando os níveis de cálcio no sangue aumentam, a tireoide libera calcitonina, que se liga ao osteoclasto,
paralisando a reabsorção.
Molecularmente, o osteoclasto produz a enzima anidrase carbônica que catalisa a formação do ácido
carbônico (H2O + CO2 → H2CO3), sendo um ácido instável, ele se dissocia (H 2CO3 → H+ + HCO-3). O
hidrogênio é carregado por uma ATPase até a borda ondulada, deixando a região mais ácida, fazendo com
que as interações inorgânicas se desfaçam. Em conjunto, as metaloproteinases digerem a parte orgânica do
osso. Ambas as partes irão ser fagocitadas pelo osteoclasto e liberadas no sangue.

 Matriz óssea
☺ Matriz orgânica (35% da matriz): produzida por células do tecido ósseo. Possui fibras colágeno tipo
I, glicosaminoglicanos sulfatados e não sulfatados (condroitin sulfato, queratan sulfato e ácido
hialurônico), proteoglicanos e glicoproteínas de adesão (osteonectina, osteopontina e sialoproteína
óssea - específicas da MEC óssea).
☺ Matriz inorgânica (65% da matriz): composta por substâncias advindas do metabolismo celular
(depende da nossa alimentação). Possui cálcio, fósforo, bicarbonato, citrato, magnésio, sódio,
potássio, cristais de hidroxiapatita.
 Periósteo: é conjuntivo ao redor do osso. Possui uma camada fibrosa (periósteo fibroso) com fibras
colágeno tipo I, que sustentam o osso (fibras de Sharpey), e vasos e uma camada celular interna
(periósteo celular) com osteoblastos e células osteogênicas - parte compacta do osso.
 Endósteo: é conjuntivo interno do osso. Possui células osteogênicas e osteoblastos, formam o osso
trabecular (cavidades) e está presente no canal de Harvers e de Volkmann e na cavidade medular.
Os ossos são tecidos muito vascularizados e inervados, são as cartilagens mais desenvolvidas.

Técnicas para estudo do osso

 Osso preparado por desgaste: lixamento do osso, no qual os elementos da matriz orgânica são
desgastados. Desse modo, é possível observar a matriz inorgânica.
 Osso preparado por descalcificação: é usado um solvente (ácido) que retira a matriz inorgânica, assim, é
possível observar a matriz orgânica.

Histogênese
 Ossificação intramembranosa: ela forma ossos chatos, curtos e esponjosos, no centro primário de
ossificação;
 ☺ Aparece a partir de regiões mesenquimais (tecido conjuntivo), onde ocorre mitose e geração de
células osteogênicas, que se diferenciam em osteoblastos. No meio do mesênquima, os osteoblastos
produzem e liberam elementos de matriz orgânica. Em seguida, ocorre a formação de osteóides –
formados por matriz orgânica, que ficam ao redor dos osteoblastos – que sinalizam aos osteoblastos
para liberarem vesículas que depositam matriz inorgânica, ocorrendo assim a calcificação. A
mineralização da matriz óssea faz o osteoblasto se tornar osteócito na lacuna, que não liberam
matriz, apenas realizam a manutenção do tecido. A ligação entre as matrizes acontece entre os
cristais de hidroxiapatita (da matriz inorgânica) e as fibras colágeno do tipo I (da matriz orgânica)
que começam a crescer formando as trabéculas.
 Ossificação endocondral: ela forma ossos curtos e longos.
☺ Processo que ocorre a partir da cartilagem hialina. Os vasos sanguíneos invadem a diáfise do osso,
na peça de cartilagem hialina, numa região de ossificação primária. Os condrócitos da cartilagem
morrem, a MEC é degradada e células osteogênicas, vinda nos vasos, se estabelecem no local, se
multiplicando e originando osteoblastos. Os vasos sanguíneos também invadem as regiões de futura
epífise (região mais periférica do osso), no centro de ossificação secundária, ocorrendo o mesmo
processo. A cartilagem é importante para o crescimento em comprimento do indivíduo e fica restrita
a região chamada disco epifisário, localizado entre a diáfise e a epífise (entre o centro de ossificação
primária e secundária) que se organiza em:
 Zona de repouso: onde há cartilagem hialina;
 Zona de proliferação: onde os condrócitos se enfileiram para fazer apoptose;
 Zona de cartilagem hipertrófica: antes de morrer, os condrócitos aumentam de tamanho,
por acúmulo de glicogênio, e ficam concentrados nessa zona;
 Zona de calcificação: onde o condrócito morre e ocorre a ossificação intramembranosa;
 Zona de ossificação: onde ocorre a formação do osso.

Tipos
 Osso macroscópico:
☺ Osso compacto: as trabéculas se organizam paralelamente de forma que não haja espaço entre
elas;
☺ Osso esponjoso: há espaço entre as trabéculas, formando a cavidade medular, onde fica a
medula óssea.
☺ Diáfise: é a haste de um osso longo. Em um indivíduo em crescimento, ambas as extremidades
da diáfise são separadas da epífise pelo disco epifisário (ou placa epifisária);
☺ Epífise: são as extremidades articulares;
☺ Medula óssea vermelha
☺ Medula óssea amarela
 Osso microscópico
☺ Osso primário: possui osteócitos e fibras colágenas do tipo I que se orientam aleatoriamente em
todas as direções, e que são posteriormente substituídos e organizados como osso secundário.
Presente durante o desenvolvimento fetal e a reparação óssea, mas, no adulto, se mantém em
suturas dos ossos da calvária, nos locais de inserção de tendões e no osso alveolar ao redor dos
dentes;
☺ Osso secundário: é um osso maduro composto de lamelas ósseas paralelas ou concêntricas em
torno dos vasos, sendo mais resistentes;
☺ Sistema de Harvers: formado por canais de Harvers, onde, dentro, contém os vasos sanguíneos.
Os canais de Harvers se ligam através dos canais de Volkmann. Presente apenas nos ossos
compactos;
☺ Sistemas lamelares circunferenciais interno e externo;
 Sistemas lamelares circunferenciais interno: composto por três camadas de osteócitos
paralelos e rentes à medula óssea;
 Sistemas lamelares circunferenciais externo: composto por três a quatro camadas de
osteócitos paralelos e abaixo do periósteo;

Tecido sanguíneo
Tecido cartilaginoso líquido, constituído pelo tecido epitelial, matriz extracelular e células.

Características
 Fluido avermelhado, viscoso e alcalino (pH 7,4);
 Constitui 7% do peso corporal (5L).

Funções
 Transporte de nutrientes aos órgãos;
 Transporte de excretas (restos de metabolismo);
 Transporte de hormônios e moléculas de sinalização;
 Transporte de gases;
 Regulação da temperatura corporal;
 Via de migração de leucócitos (células de defesa) para regiões lesadas.

Anotações:
A coagulação sanguínea é um mecanismo de defesa para manter o sangue circulando dentro da árvore
vascular.
A distensão sanguínea é o processo de formação da lâmina histológica.

Constituição
 Elementos figurados:
☺ Plaquetas: não são células. São fragmentos de megacariócitos - células gigantes encontradas na
medula óssea, derivadas de células tronco-hematopoiéticas. Realizam a coagulação sanguínea:
migram para a região da lesão e aderem a parede do vaso. Elas sinalizam para as proteínas de
coagulação do plasma a liberarem substâncias que também vão atuar no processo de coagulação.
☺ Glóbulos brancos (leucócitos): no sangue não são funcionais, são apenas quando saem da corrente
sanguínea. Tem origem em células tronco-hematopoiéticas e são divididas em granulócitos e
agranulócitos.
 Granulócitos:
o Neutrófilos: 60-70% dos leucócitos, fagocitam bactérias, são uninucleares, multiloculados,
com formato de U ou S e são abundantes em inflamações agudas;
o Eosinófilos: 4% dos leucócitos, uninucleados e biloculados, com muitos grânulos, combatem
invasão parasitária e atuam em reações alérgicas;
o Basófilos: menos de 1% dos leucócitos, uninucleados e biloculados, com grânulos grandes
envolvidos em reações inflamatórias de defesa e alérgica.
 Agranulócitos:
o Monócitos: originam células fagocíticas, quando saem da corrente sanguínea. Seu núcleo
tem formato de U.
o Linfócitos: possuem função de defesa imunológica e núcleo gigante;
 Linfócito B: resposta de defesa humoral. Se diferencial em plasmócitos para produção de
anticorpos;
 Linfócito T: resposta de defesa citotóxica. A própria célula atua no antígeno.
☺ Glóbulos vermelhos (hemácias): células especializadas no transporte de gases; corresponde a 45% da
composição sanguínea. São discos bicôncavos de meia-vida de 120 dias. São células anucleadas e
sem organelas – possuem energia e enzimas no citoplasma necessárias ao transporte de gases. São
formadas na medula óssea, a partir de células tronco hematopoiéticas.
 Hematopoese: processo de formação dos elementos do sangue na medula óssea.
 Hematocaterese: processo de degradação das hemácias velhas no baço. As hemácias expressam
oligossacarídeos na membrana para macrófagos, para sua destruição;
 Hemoglobina: proteína polipeptídica constituída por 4 grupamentos heme (radical com Fe, onde
o O2 se liga) e 4 globinas (onde o CO 2 se liga). O CO2 pode ser transportado ligado a uma
globina ou no citoplasma em forma de bicarbonato. Quando a hemoglobina transporta O 2, é
formado o complexo oxi-hemoglobina. Quando transporta CO 2, é formado o complexo
carbaminohemoglobina. Além disso, a hemoglobina tem grande afinidade química com o
monóxido de carbono (CO), que se liga ao grupamento heme formando o complexo carboxi-
 hemoglobina. O CO tem mais afinidade com o grupamento heme do que o O 2, competindo com
ele pelo mesmo radical, o que o torna venenoso para o corpo pois impede o transporte de O 2.
 As hemácias expressam polissacarídeos na membrana que determinam o tipo sanguíneo da
pessoa:
o Cadeia antigênica A – sangue tipo A
o Cadeia antigênica B – sangue tipo B
o Cadeia antigênica A e B – sangue tipo AB
o Cadeia antigênica 0 (zero) - sangue tipo 0. sem antígenos.
 Fator Rh (polissacarideos)
o Com Rh - Rh+
o Sem Rh – Rh-
 Eritoblastose fetal: a mãe Rh- que gera um embrião Rh+ na primeira gestação, reconhece o
antígeno como uma substância invasiva. No parto do primeiro filho, devido a mistura de sangue
da mãe e do filho durante o parto, o corpo da mãe cria uma memória imune. Essa memória
imune pode ser evitada com tratamento médico logo após o nascimento do bebe. Caso não seja
realizado e se o segundo filho for Rh+, o corpo da mãe pode desencadear uma resposta imune
que destrói o embrião.
 Anemia falciforme: as hemácias possuem formato de foice, morfologia inadequada ao
transporte de gases.
 Matriz extracelular:
☺ Plasma: caracteriza o sangue como líquido e corresponde a 54% da composição sanguínea; é um
líquido de cor amarelada, composto por 90% de água, 9% de proteínas diversas e 1% de outros
elementos, como gases, hormônios, etc. Proteínas plasmáticas:
 Albumina: mantém a pressão coloidosmótica e transporta certos metabólitos insolúveis.
 Alfa e Beta Globulinas: transportam íons metálicos, lipídios ligados a proteínas e vitaminas
lipossolúveis.
 Gama Globulina: são os anticorpos da defesa imunológica.
 Proteínas da Coagulação Sanguínea: participam da cascata de coagulação.
 Proteínas do Sistema Complemento: atuam na destruição de micro-organismos e do início da
inflamação.
 Quilomícrons: transportam os triglicerídeos para o fígado.
 Lipoproteínas de Densidade Muito Baixa – VLDL: transportam os triglicerídeos do fígado para
as células.
 Lipoproteínas de Baixa Densidade – LDL: transportam o colesterol do fígado para as células.
 Lipoproteínas de Alta Densidade – HDL: transportam o colesterol das células para o fígado.

Tecido muscular
São todas as estruturas ditas músculos do corpo, tanto os músculos esqueléticos (que realizam movimentos
voluntários) como músculos cardíacos (músculos do coração) e músculos das vísceras (órgãos do corpo). São
células alongadas com proteínas citoplasmáticas que garantem a contração.

Funções
 Contração muscular.

Constituição
 Musculo estrado esquelético (contração voluntária);
 Músculo estriado cardíaco (involuntários, ritmados);
 Musculo liso (presenta nas vísceras, são involuntários, arrítmicos).

Nomes especiais
 Células musculares ou fibras musculares;
* A unidade de contração muscular se chama sarcômero, por isso, todas as estruturas celulares associadas a
ele irão receber nomes especiais;
 Membrana plasmática: sarcolema;
 Citoplasma: sarcoplasma;
 Retículo endoplasmático liso: reticulo sarcoplasmático;
 Mitocôndrias: sarcossomas.

Tecido Muscular Estriado Esquelético

 Fibras musculares: células cilíndricas, alongadas, estriadas (proteínas do citoesqueleto envolvidas no
processo de contração muscular), multinucleadas, com núcleos periféricos e células satélites associadas
no endomísio (possui característica de célula mesenquimal, sendo capaz de se diferenciar e se transformar
em uma célula muscular).
☺ Fibra muscular branca: possuem pouca mioglobina e mitocôndria (produz menos ATP), têm
contração rápida e fadigam rapidamente;
☺ Fibra muscular vermelha: possuem muita mioglobina e mitocôndrias, têm contração lenta e fadigam
mais lentamente;
☺ Fibra muscular intermediária: apresentam quantidades médias de mioglobina e mitocôndrias,
portanto, fadigam de forma intermediária.
 Envoltórios musculares (tecidos conjuntivos):
☺ Epimísio: tecido conjuntivo denso modelado com fibras colágenas do tipo I e fibroblastos; reveste o
músculo;
☺ Perimísio: tecido conjuntivo denso modelado com fibras colágenas do tipo I e fibroblastos (porém
menos denso, pois tem menos fibras); reveste o feixe ou fascículo muscular;
☺ Endomísio: tecido conjuntivo frouxo com fibras reticulares (formadas por fibras colágenas do tipo
III) e fibroblastos; reveste a fibra muscular.
 Organização molecular:
☺ Banda I, cortada por uma linha escura, o disco Z. Clara. Mais microfilamentos de actina;
☺ Banda A, cortada por uma linha clara, denominada banda H, que, por sua vez, tem uma linha ao
meio que é a banda M. Escura. Mais filamentos espessos de miosina.
*O espaço entre dois discos Z é denominado sarcômero, a unidade contrátil do músculo.

Sarcômero:
☺ Os microfilamentos de actina (cada bolinha é uma proteína actina) é formado por duas cadeias
filamentosas de actina. A actina tem seu sítio de ligação com a miosina mascarado pela
tropomiosina. Associada a essa actina tem três proteínas globulares: troponina I - faz com que a
troponina toda esteja ligada na actina; a troponina T - esta ligada a tropomiosina; e a troponina C -
vai se ligar ao cálcio, se mexendo.
☺ Os filamentos de miosina são filamentosos com a cabeça globular (região chamada de subfragmento
S1). O subfragmento S1 está abaixado com a ligação de uma molécula de ATP e com a quebra do
ATP ela se levanta (a ligação de uma nova molécula de ATP abaixa o subfragmento S1 novamente).

Contração muscular:
☺ Para a contração muscular, o SNC precisa enviar uma informação (neurotransmissores). Esses
neurotransmissores chegam numa região chamada de junção neuromuscular (junção da terminação
nervosa com a fibra muscular) e atuam no sarcolema gerando despolarização, ou seja, existe a
abertura de canais iônicos. O sarcolema possui invaginações pra dentro do sarcoplasma (túbulo T),
que fica em contato com as cisternas terminais do retículo sarcoplasmático, que também vão
despolarizar também (abertura de canais iônicos, inclusive de Ca 2+). O Ca2+ no sarcoplasma se liga a
troponina C, movimentando-a. Quando a troponina C se movimenta, ela movimenta também a
troponina T e a troponina I. Quando a troponina T se mexe, ela desmascara o sitio de ligação da
actina com a miosina, por movimentar a tropomiosina. Ao mesmo tempo, as mitocôndrias liberam
ATP ligando aos filamentos de miosina, o subfragmento S1 quebra o ATP e se levanta. A miosina
então se liga a actina pelo sítio de ligação. Os microfilamentos de actina se movimentam sobre
filamentos espessos de miosina, levando a contração muscular.
☺ Para ocorrer o relaxamento muscular, o SNC envia uma informação, que leva a ligação de uma nova
molécula de ATP ao subfragmento S1, abaixando-o.
* A diferença da contração do MEE para o MEC é que a abertura dos canais iônicos dos MEC dura uns
milissegundos a mais.
Tecido muscular estriado cardíaco:
 Encontrado no miocardio;
 Constituído de células cilíndrica, alongadas, estriadas, porém, mais delgadas do que as do TMEE, com
um ou dois núcleos centrais, podem ser bifurcadas e possuem disco intercalares (junções celulares do tipo
GAP);
 Sem capacidade de regeneração (sem células tronco associadas) e fibroblastos secretam colágeno no lugar
da fibra muscular cardíaca.

Tecido muscular liso:

 Não possuem estriações, pois apresenta um padrão diferente da organização dos microfilamentos de
actina e dos filamentos de miosina;
 Células alongadas, fusiformes, sem estriações, com um núcleo central;
 Possui célula mesenquimal no endomísio.

Tecido nervoso
Funções
 Integração das atividades do corpo (integração da função dos órgãos);
 Irritabilidade (capazes de responder a estímulos externos - ao corpo ou ao SN);
 Condutividade (condução do estímulo nervoso).

Características
 É organizado é sistema nervoso central e sistema nervoso periférico (SNC e SNP);
 O processo de condução da informação se dá quando receptores sensoriais percebem o estimulo e levam
aos centros superiores, onde vai ocorrer o processamento das informações e a elaboração de uma
resposta, que vai ser levada de volta aos órgãos efetores;
 Quanto mais neurônios de associação o animal tem, mais refinada é a resposta ao estímlo.

Constituição
 Neurônios: são células que têm a capacidade de irritabilidade e condutividade;
☺ Corpo celular: centro trófico – presença de núcleo, organelas, alta síntese proteica, corpúsculos de
Nissel (grânulos – expressão da presença de ribossomos no retículo endoplasmático rugoso), muitas
mitocôndrias (a célula libera muita energia devido às sinapses).
☺ Dendritos: são prolongamentos da membrana que podem se ramificar – geralmente é a região de
recepção do impulso nervoso.
☺ Axônio ou fibra nervosa: é um prolongamento único que se ramifica no seu terminal e que
geralmente transmite o impulso nervoso a outras células – pode ou não estar revestido pela bainha
de mielina (neurônio mielínico/mielinizado ou amielinico/não mielinizado). Transporte anterógrado:
do corpo celular ao axônio; transporte retrógrado: do axônio para o corpo celular.
 Células da glia: todas as células do tecido nervoso que não são neurônios;
 Matriz extracelular: escassa no SNC e abundante no SNP.

Classificação dos neurônios quanto a sua morfologia

 Neurônio unipolar: do corpo celular parte apenas um prolongamento, o axônio, não apresenta dendritos.
São encontrados em animais invertebrados e na embriogênese de vertebrados.
 Neurônio pseudounipolar: apresenta um prolongamento que se ramifica – de um lado dendritos pro outro
axônio. São encontrados em gânglios nervosos dos vertebrados.
 Neurônio bipolar: corpo celular com dois prolongamentos que partem em direções opostas (dendritos e
axônio). Encontrado em regiões sensoriais.
 Neurônio anaxônico: Não apresenta axônio apenas dendritos – encontrados só na retina.
 Neurônio multipolar: apresenta diversas ramificações dendríticas e na direção oposta um prolongamento
axônico – neurônio mais comum.

Classificação dos neurônios quanto ao formato do corpo celular

 Fusiforme: corpo celular alongado e achatado.
 Estrelado: corpo celular muito grande – neurônios motores – encontrados na região motora da medula
nervosa.
 Piramidal: corpo celular é um triangulo (visto a microscopia ótica) – encontrados no córtex cerebral.
 Piriforme (de Purkinje): corpo celular em formato de pera – encontrado no córtex cerebral

Classificação dos neurônios quanto a função

 Neurônios sensoriais ou aferentes: percebe a informação sensorial e levam ao SNC onde são elaboradas
as respostas;
 Interneurônios: recebem as informações nervosas e elaboram respostas; estão exclusivamente no SNC;
 Neurônios eferentes: levam as respostas nervosas até a região estimulada.

Células da Glia (SNC)

 Astrócitos: células com muitos prolongamentos axonais. Dois tipos:
☺ Astrócitos fibrosos: nas regiões de substancia branca;
☺ Astrócitos protoplasmáticos: nas regiões de substancias cinzenta.
Funções dos astrócitos:
☺ Suporte físico, estrutural e metabólico aos neurônios (neurônios não armazenam glicose – os
astrócitos enviam piruvato através de junções GAP).
☺ Equilibram o micro meio ambiente neuronal bombeando íons ao redor dos neurônios.
☺ Atuam no reparo tecidual onde houve uma lesão: vão secretar elementos de matriz e gerar novos
astrócitos (astrogliose).
☺ Induzem formação e manutenção da barreira hematoencefálica.
 Oligodendrócitos: revestem os axônios no SNC e produzem da bainha de mielina.
 Células ependimárias: células epiteliais cilíndricas simples ciliadas que revestem as cavidades do sistema
nervoso (ventrículos encefálicos e canal central da medula espinal) e, no plexo coroide (teto das
cavidades ventriculares), produzem o liquor - líquido cefalorraquidiano – para proteção mecânica e sitio
de nutrição e imunológico.
 Células microgliais: derivadas dos monócitos do sangue – células fagocitárias de tecido em degeneração
e antígenos.

Células da Glia (SNP)

 Células de Schwann: revestem os axônios no SNP e podem secretar mielina.
 Células satélite: ao redor aos corpos celulares dos neurônios – dão sustentação metabólica e controlam o
micro meio ambiente neuronal.
 Glia entérica: encontrados no sistema nervoso entéricos tem funções relacionada a questões
imunológicas, principalmente.

Bainha de mielina
 Capa de gordura que envolve o axônio. As células produtoras (oligodendrocitos e células de shwann) se
enrolando no axônio a medida em que depositam a mielina. A mielina é importante para tornar a
transmissão do impulso nervoso mais rápida e mais longe.

Sistema nervoso
 SNC: encéfalo e medula espinhal que são protegidos por estruturas ósseas.
☺ Medula espinal: cervical, toráxica, lombar e sacral.
☺ Encéfalo: composto por cérebro (telencéfalo e diencéfalo), cerebelo e tronco encefálico
(mesencéfalo, ponte e bulbo).
 Sistema nervoso periférico: nervos, gânglios e terminações nervosas.
☺ Nervos: conjunto de axônio que saem da medula espinal e que tem uma mesma função. São
divididos em espinhais (31 pares) e cranianos (12 pares);
o Epineuro – formado por tecido conjuntivo denso modelado com fibras colágenas do tipo I e
fibroblastos e envolve o nervo;
o Perineuro – formado por tecido conjuntivo denso modelado com fibras colágenas do tipo I e
fibroblastos, porém com menos fibras, e envolve os feixes nervosos;
 o Endoneuro – formado por fibras reticulares (que são fibras colágenas do tipo III) e
fibroblastos e envolve as fibras nervosas.
☺ Gânglios: conjunto de corpos celulares espalhados pelo corpo e que tem uma mesma função. São
divididos em cérebroespinais (associados ao SNC) e autônomos (dentro de órgãos). Os
cerebroespinais possuem cápsula ao seu redor (tecido conjuntivo denso modelado com fibras
colágenas do tipo I e fibroblastos) e os autônomos possuem tecido conjuntivo associado. Possuem
neurônios pseudounipolares evidentes e células satélites associadas.
☺ Terminações nervosas: aferentes ou eferentes.

SNC
 Região de substancia branca é chamada assim pois apresentam muitos neurônios mielinizados e células
da glia.
 Região de substancia cinzenta apresenta corpos celulares, dendritos e axônios não mielinizados e células
da glia.
 No córtex cerebral são encontradas seis camadas: camada molecular, camada granular externa, camada
piramidal externa, camada granular interna, camada piramidal interna e camada de células fusiformes.
 O córtex cerebelar é todo pregueado. É dividido em camada molecular, camada de células de purkinje e
camada granulosa.
 A medula espinal é formada pelo H medular e pelo canal central da medula.
 São três meninges:
☺ Dura-máter: tecido conjuntivo denso modelado rico em fibras colágenas I e fibroblastos;
☺ Aracnoide: tecido conjuntivo denso modelado rico em fibras colágenas I e fibroblastos. Apresenta
duas regiões: porção membranar e trabecular (espaços subaracnóideos, onde circula o líquor)
☺ Pia-máter: composta por fibroblastos e associada aos astrócitos.
As camadas até as meninges são: pele → osso → meninges (dura-máter – aracnoide – pia-máter) → tecido
nervoso
 A barreira hematoencefálica separa o sangue do sistema nervoso central. Um capilar continuo revestido
por células epiteliais pavimentosas simples formando o endotélio. Essas células são unidas por junções
de oclusão que impedem que substancias entrem e saiam do capilar. Associado a lâmina basal temos os
pés vasculares dos astrócitos que sinalizam as células endoteliais a manterem as junções de oclusão.
* Algumas substancias conseguem ultrapassar essa barreira: álcool, cocaína, nicotina.

SNP
 Somático: atuam nos músculos de contração voluntária – inervações;
 Autônomo: inervações que atuam nos músculos de contração involuntária e nas glândulas. Dividido em
simpático e parassimpático que atuam de forma antagônica.
 Entérico: no esôfago, estomago e intestinos delgado e grosso. Ligado a questões imunológicas
 Sistema imunológico
Função:
 Defesa imunológica.

Constituição:
 Órgãos linfoides primários;
☺ Timo (aves e mamíferos);
☺ Medula óssea (mamíferos);
☺ Bursa de Fabricius (aves).
 Órgãos linfoides secundários;
☺ Linfonodos;
☺ Baço;
* Nos órgãos linfoides primários, linfócitos T e B (resposta imunológica adaptativa) são formados e se
tornam imunocompetentes. Ao se tornarem imunocompetentes elas migram para órgãos linfoides
secundários onde vão desencadear a resposta imunológica.
 Tecido linfoide difuso (estruturas localizadas dentro de outros órgãos, de outros sistemas que não fazem
parte do sistema imunológico).
* Resposta imunológica inata: resposta à presença antigênica mais rápida e não há formação de memória
imunológica.
* Resposta imunológica adaptativa: resposta à presença antigênica mais lenta e com formação de memória
imunológica.

Células:
 Macrófagos: são originados dos monócitos e fagocitam antígenos e resíduo dos tecidos e células (inata
ou adaptativa);
 Eosinófilos: 4% dos leucócitos, uninucleados e biloculados, com muitos grânulos, combatem invasão
parasitária e atuam em reações alérgicas (inata);
 Basófilos: menos de 1% dos leucócitos, uninucleados e biloculados, com grânulos grandes envolvidos
em reações inflamatórias de defesa e alérgica (inata);
 Neutrófilos: 60-70% dos leucócitos, fagocitam bactérias, são uninucleares, multiloculados, com formato
de U ou S e são abundantes em inflamações agudas (inata);
 Células NK: natural killer (assassinas naturais) – são as que efetivamente têm a capacidade de
reconhecer antígenos sem se diferenciar, já são formadas pelas moléculas capazes de reconhecer
antígenos(inata);
OBS.: Amadurecer/Célula madura – expressar diversas moléculas na superfície da membrana, uma célula
madura está expressando proteínas de membrana, moléculas.
 Células apresentadoras de antígenos: células fagocíticas (macrófagos) encontradas no sistema
imunológico que fazem parte do Sistema Mononuclear Fagocitário, originadas dos monócitos do sangue,
como os macrófagos. Quando detectam antígeno, elas o fagocitam, mas muitas vezes não são capazes de
destruir esse antígeno, então eles o apresentam para células que vão destruir o antígeno (inata ou
adaptativa);
 Linfócitos T – “T” de Timo, são formados na medula óssea, mas adquirem imunocompetência no Timo,
vão atuar diretamente sobre o antígeno (fagocitando-o, degradando-o ou liberando substâncias
químicas), é a Resposta Imunológica Citotóxica/Celular
☺ Linfócitos T Helper/Auxiliares – detectam a presença de antígenos (ou são apresentados pelas
células apresentadoras de antígenos) e sinalizam para os linfócitos B ou T citotóxico (através de
citocinas) estimulando-os a desencadear suas respostas imunológicas, se a resposta tiver que ser
mediada por anticorpos ele sinaliza para o linfócito B, e se tiver que ser pela célula ele sinaliza para
o linfócito T;
☺ Linfócitos T Citotóxicos – são os que efetivamente desencadeiam a resposta imunológica
citotóxica/celular, são os que atuam diretamente sobre o antígeno;
☺ Linfócitos T de Memória – iguais ao linfócito B de memória, eles geram clones, formando uma
população de memória, para que da próxima vez a resposta seja mais rápida;
☺ Linfócitos T Regulatórios/Supressores – são sinalizados pelo tecido, para que esses suprimam,
também por sinalização, a ação dos outros linfócitos e parem de fazer a defesa imunológica.
 Linfócitos B – foram descobertos na Bursa de Fabricius, por isso o “B”, se formam e se tornam
imunocompetentes na medula óssea (nas aves eles se formam na medula óssea e se tornam
imunocompetentes na Bursa de Fabricius). Desencadeiam uma resposta de defesa que será mediada pela
produção de anticorpos, é a Resposta Imunológica Humoral. Se diferenciam em:
☺ Plasmócitos – derivados dos linfócitos B, vão expressar anticorpos. O tipo de resposta imunológica
mediado pela formação e ação de anticorpos que vão atuar sobre os antígenos, é chamada de
Resposta Imunológica Humoral;
☺ Linfócitos B de Memória – toda vez que o linfócito B entra em contato com o antígeno e gera
plasmócitos para atuar sobre o antígeno ele ao mesmo tempo gera clones, que tem as informações
daquele antígeno com o qual ele entrou em contato. Gera uma população de memória para que da
próxima vez que entrar em contato com o antígeno a resposta seja mais rápida e mais eficaz.

Timo
 Órgão imunológico localizado no mediastino – região no centro da caixa torácica, por trás do coração;
 Funções:
☺ Instruir linfócitos T imunocompetentes a se tornarem imunocompetentes (capazes de gerar resposta
imunológica e a reconhecer o que é próprio e o que não é do corpo);
☺ Produção de hormônios: importante para a aquisição de imunocompetência dos linfócitos T.
Timosina, fator tímico Humoral, timopoetina e timulina;
*OBS.: Não é um órgão endócrino, pois sua função é exclusivamente amadurecer os linfócitos T.
 Histologicamente:
☺ Órgão imunológico localizado no mediastino – região no centro da caixa torácica, por trás do
coração. É muito desenvolvido até a adolescência, e depois vai involuindo. O timo vai ser revestido
externamente por uma cápsula de tecido conjuntivo denso não modelado com fibras colágenas tipo I
e fibroblastos. Essa cápsula enviar septos para o órgão e subdividi-lo em dois lobos tímicos e cada
lobo tímico vai ser subdividido em vários lóbulos tímicos;
☺ Cada lóbulo tímico tem duas regiões histológicas distintas, uma região externa com maior população
celular, o córtex, e uma região interna com menor população celular, medula;
 Constituição Histológica do Córtex:
☺ Timócitos – são linfócitos T imunoincompetentes que chegaram na região do córtex e ali vão
amadurecer, 99% desses linfócitos morrem, pois não são capazes de se tornar imunocompetentes,
apenas 1% consegue passar para a região da medula como linfócito T imunocompetente;
☺ Célula Reticular Epitelial do tipo I – formam a barreira hematotímica, barreira que existe na região
do córtex que vai separar o sangue do tecido imunológico, tal barreira é formada por junções de
oclusão das células reticulares epiteliais do tipo I e capilares contínuos, é importante para que
antígenos circulantes no sangue não entrem em contato com os timócitos e os destruam;
☺ Célula Reticular Epitelial do tipo II – produzem e secretam elementos de matriz extracelular de
tecido conjuntivo que ficam entre as células e, também, produzem hormônios (timosina, fator tímico
humoral, timopoetina e timulina), são células estreladas que estão espalhadas entre os timócitos;
☺ Célula Reticular Epitelial do tipo III – formam, junto com as células reticulares epiteliais do tipo IV,
a Barreira Córticomedular, barreira entre a região do córtex e da medula, só passam por ela os
linfócitos T maduros (impedem os imaturos de passar);
 ☺ Macrófagos de Corpo Tingível – fagocitam restos celulares dos timócitos que sofreram;
 Constituição Histológica da Medula:
 Célula Reticular Epitelial do tipo IV – formam também a Barreira Córticomedular;
 Célula Reticular Epitelial do tipo V – produz os elementos de matriz extracelular do tecido conjuntivo
que constitui a região da medula. São células estreladas;
 Célula Reticular Epitelial do tipo VI – forma uma estrutura chamada Corpúsculo de Hassal/Tímico, que
é composta por células reticulares epiteliais do tipo VI que se dispõem concentricamente e queratizam.
São outras células reticulares epiteliais envelhecidas que perderam sua função e migraram para a região
da medula, mas não se sabe a sua função;
 Macrófagos de Corpo Tingível – fagocitam timócitos que atravessam a barreira córticomedular e
fagocitam-os;
 Linfócitos T – se tornaram imunocompetentes, são capazes de passar para a corrente sanguínea, pois na
região da medula não há uma barreira hematotímica e irão ser transportados para os órgãos linfoides
secundários e tecidos linfoides difusos.

Bursa de Fabricius
 Divertículo cloacal;
 Funções:
☺ Amadurecimento dos linfócitos B nas aves;
☺ Produção do hormônio bursina (estimula os linfócitos B a se tornarem imunocompetentes).
 Composição:
☺ A cápsula é de tecido conjuntivo denso não modelado formado por fibras colágenas tipo I e
fibroblastos. O epitélio da Bursa é pseudoestratificado cilíndrico e é associado a um tecido
conjuntivo frouxo que é a lâmina própria. No meio desse tecido conjuntivo (lâmina própria) há os
folículos da Bursa que vão ser formados por uma região externa, o córtex, e por uma região interna,
a medula. No córtex há linfócitos B imunoincompetentes e células que produzem a bursina, e na
região da medula há os linfócitos B imunocompetentes. Nessas duas regiões há macrófagos e
separando a região do córtex e da medula há um epitélio indiferenciado, um epitélio cúbico simples;

Linfonodos
 Existem muitos linfonodos espalhados pelo corpo, já que a linfa se acumula em todos os tecidos
conjuntivos e precisa ser drenada. A linfa circula pelo Sistema Vascular Linfático, pelos vasos linfáticos.
Nos capilares sanguíneos e nas vênulas pós capilares, ocorre um extravasamento de plasma sanguíneo. A
linfa filtrada retorna à circulação sanguínea através das veias cava.
 Funções:
☺ Filtração da linfa: para que haja remoção de antígenos, antes que ela volte para o sistema
cardiovascular;
 Constituição Histológica do Linfonodo:
☺ É um órgão ovalado com uma região côncava onde entram e saem os vasos sanguíneos (hilo) e saem
vasos linfáticos, e uma região convexa onde há a entrada dos vasos linfáticos, que se tornam cada
vez menores dentro do linfonodo até que em uma determinada região do linfonodo a linfa será
filtrada, e então os vasos linfáticos vão sair do linfonodo levando a linfa filtrada pelo lado côncavo.
A cápsula do linfonodo é formada por tecido conjuntivo denso não modelado com fibras colágenas
tipo I e fibroblastos. Ela envia septos pra dentro do linfonodo que vão subdividi-lo incompletamente.
 Regiões Histológicas:
☺ Córtex: região periférica do linfonodo subdividida incompletamente pelos septos. Onde se localizam
os nódulos linfáticos primários e secundários. Onde há linfócitos B imunocompetentes armazenados
pelos nódulos linfáticos. Nódulo linfático primário não está ativado, só tem linfócito B. Nódulos
linfáticos secundários são nódulos ativados, que receberam a sinalização da presença antigênica. A
região externa mais escura se chama coroa (somente linfócitos B) e a mais interna clara se chama
centro germinativo (linfócitos B de memória e plasmócitos);
☺ Paracórtex: região intermediaria que separa o córtex da medula, onde há linfócitos T
imunocompetentes organizados em cordões celulares;
 OBS.: Só é possível observa-lo no microscópico se houver marcação específica para linfócito T;
☺ Medula: região interna voltada para a superfície côncava do linfonodo, com cordões medulares,
estrutura formada por plasmócitos, linfócitos T e macrófagos quando se é detectado algum antígeno.
 E por espaços chamados seios medulares ou sinusóides medulares, que são capilares linfáticos por
onde a linfa passa;
 Filtragem da Linfa:
 VLA - vasos linfáticos aferentes entram com a linfa na superfície convexa
 VLE - vasos linfáticos eferentes saem com a linfa na superfície côncava
 Quando o VLA entra com a linfa e é detectado antígeno, ocorre uma sinalização para as regiões com
uma população de linfócitos B (córtex) e uma população de linfócitos T (paracórtex), fazendo com que
os linfócitos B se diferenciem em plasmócitos e com os linfócitos T migrem para a região da medula,
que é onde efetivamente ocorre a filtração da linfa.
 Na região convexa a linfa, nos vasos linfáticos aferentes, entra pela cápsula, passa pelo córtex, onde têm
os nódulos linfáticos, e vai passar pela região do paracórtex, com linfócitos T, na medula esses capilares
linfáticos (sinuzóide/seios medulares) passam pelos cordões medulares, e enquanto a linfa passa por eles
as células dos cordões (plasmócitos, macrófagos e linfócitos T) capturam e fagocitam os antígenos,
realizando a resposta imunológica e assim filtrando a linfa que sai pela superfície côncava pelos vasos
linfáticos eferentes;

Baço
 É um órgão hematopoiético e tem troca rápida
 Função:
☺ Filtração do Sangue – para remoção de antígenos;
☺ Hematopoese – responsável formação das células sanguíneas no período fetal, se estimulado pode
voltar a produzir células sanguíneas;
☺ Hemocaterese – destruição de hemácias e plaquetas, a hemácia quando vai envelhecendo começa a
expressar oligossacarídeos de membrana que são reconhecidos especificamente por macrófagos que
estão no baço, quando as hemácias passam por ele esses macrófagos as fagocitam;
* OBS.: Uma pessoa pode viver tranquilamente sem o baço, pois todas as suas funções podem passar a ser
exercidas pelo fígado, pois ele tem a função de detoxificar tudo que é ruim para o corpo;
 Constituição Histológica do Baço:
☺ É o maior órgão imunológico do corpo localizado na cavidade peritoneal, na região abdominal do
lado esquerdo do corpo. Possui formato reniforme. O baço é revestido por uma cápsula formada por
tecido conjuntivo denso modelado com fibras colágenas tipo I, fibroblastos e células musculares
lisas associadas. Essa cápsula envia trabéculas para dentro do baço, por onde os vasos sanguíneos
entram, se ramificam e a partir delas originam os capilares que passam por entre as células;
 No parênquima encontram-se duas regiões:
☺ Polpa Branca: Nódulos linfáticos - com os linfócitos B -, Bainha Linfática Periarterial - local de
armazenamento dos linfócitos T ao redor da arteríola central - Artéria Central/Arteríola Central;
☺ Polpa Vermelha: Cordões Esplênicos ou da Polpa - linfócitos T, plasmócitos e macrófagos -
Sinusóides Esplênicos ou da Polpa - capilares sinusóides que permitem uma troca rápida nos órgãos
hematopoeiético;
 Filtragem do Sangue:
 O vaso se ramifica em vasos cada vez menores, capilares sinusóides, o sangue passa por eles entre os
cordões esplênicos, que é quando suas células, os linfócitos T e os plasmócitos vão capturar os antígenos
realizando a resposta imunológica e filtrando o sangue;

Tecido Linfoide Difuso

 Estruturas do sistema imunológico localizadas em outros órgãos e sistemas;
 Infiltrados Linfocitários – são agregados de linfócitos T em uma determinada região de um órgão;
 Nódulos Linfáticos Isolados - são agregados de linfócitos B em uma determinada região de um órgão;
 MALT - tecido linfoide difuso associado a mucosa;
☺ BALT - tecido linfoide difuso associado à mucosa do brônquio ou bronquíolo;
☺ GALT - tecido linfoide difuso associado a mucosa gastrointestinal, como a Placa de Peyer que é um
agregado de nódulos linfáticos isolados encontrado na mucosa do Íleo;
 Tonsilas - estruturas que não são consideradas órgãos, pois não são totalmente encapsuladas por tecido
conjuntivo e por isso entram na classificação de tecido linfoide difuso. (Palatinas – semiencapsulada -,
Faríngeas, Linguais). As tonsilas palatinas são revestidas por epitélio pavimentoso estratificado não
 queratinizado no lado voltado para a cavidade oral. Com tecido conjuntivo propriamente dito frouxo
entre os nódulos. E uma capsula de tecido conjuntivo denso não modelado, com fibras colágenas do tipo
I e fibroblastos voltada para outra região.

Sistema endócrino
Função
 Regular as atividades metabólicas e promover a homeostasia: responsável pela produção e secreção de
hormônios no corpo, regular as atividades metabólicas para promover um funcionamento equilibrado do
corpo (homeostasia);
 Secreção de hormônios;
Constituição
 Formado por órgãos endócrinos (as glândulas endócrinas) e por estruturas endócrinas isoladas (células
endócrinas isoladas), aparecem em órgãos que não fazem parte do sistema endócrino;

Hipófise
 Localizada na base do encéfalo associado ao hipotálamo (órgão do sistema nervoso central);
*OBS.: substâncias hormonais produzidas no hipotálamo, serão armazenadas na neuro-hipófise e atuam
estimulando ou inibindo células na adeno-hipófise. Os hormônios do hipotálamo são lançados na corrente
sanguínea e através d sistema porta hipofisário, esses hormônios chegam na adeno-hipófise;
 Adeno-hipófise ou Hipófise Anterior:
☺ Revestida por uma cápsula de tecido conjuntivo denso modelado, fibras colágenos tipo I e
fibroblastos;
☺ Estroma – tecido conjuntivo da glândula – fibras colágeno tipo I, fibroblastos e por capilares
fenestrados não verdadeiros;
☺ Parênquima – parte funcional da glândula. Vai ser formado por células cromófilas (células com
afinidade por cor – acidófilas e basófilas) e células cromófobas (fobia a cor);
o Células Cromófobas: são células cromófilas envelhecidas que perdem sua funcionalidade,
perdendo assim sua afinidade por cor;
o Células Cromófilas: produzem e secretam os hormônios. São as células funcionais da Adeno-
hipófise.
 Acidófilas:
1. Mamotróficas - produzem o hormônio Prolactina – atua sobre as glândulas mamárias, estimulando-
as a produzirem e secretarem o leite;
2. Somatotróficas - produzem a Somatotrofina (Hormônio do Crescimento ou Hormônio Somatotrófico
- GH): O GH atua nas células adiposas uniloculares, no músculo estriado esquelético e no osso: nas
células Adiposas Uniloculares – estimula a quebra do triglicerídeo em ácidos graxos -, nos músculos
estriados esqueléticos - estimula a quebra do glicogênio do músculo liberando glicose – contribui
para hiperglicemia (aumento de glicose no sangue) – nos ossos - atua no osso, na região do disco
epifisário estimulando o crescimento ósseo. Seu pico de produção é na madrugada.
 Basófilas:
1. Adrenocorticotrófica - produz hormônio Adrenocorticotrófico (ACTH) – atua sobre a glândula
adrenal/suprarrenal na região do córtex, estimulando-a a produzir e secretar seus hormônios;
 2. Tireotróficas – produz Hormônio Tireotrófico ou Hormônio Estimulador da Tireóide (TSH), que
estimula as células da tireoide a produzir e secretar seus hormônios (T3 e T4);
3. Gonadotróficas – produz:
a) Hormônio Luteinizante (LH) – nos testículos está relacionado estimulação das células de Leydig
à produção e secreção da testosterona e nos ovários que está relacionado estimulação da
ovulação e à produção e secreção progesterona;
b) Hormônio Folículo Estimulante (FSH) - nos testículos estimula a espermatogênese e nos ovários
estimula o amadurecimento dos folículos ovarianos e que as células das tecas produzam
estrógeno;
 Neuro-hipófise ou Hipófise Posterior:
☺ Não possui células produtoras de hormônios, apenas os armazena.
☺ Revestida também por uma cápsula de tecido conjuntivo denso modelado, fibras colágenos tipo I e
fibroblastos;
☺ Estroma – formado por pituicitos (células da glia);
☺ Parênquima – formados por axônios não mielinizados de corpos celulares localizados no hipotálamo
e por corpos de Herring (terminações dilatadas onde ficam armazenados os hormônios);
☺ Há também capilares fenestrados não verdadeiros nessa região;
 Hormônios Armazenados na Neuro-hipófise:
☺ Ocitocina
☺ Hormônio Antidiurético (ADH).
 Existem dois núcleos hipotalâmicos:
☺ Núcleos paraventriculares hipotalâmicos: produzem a Ocitocina, com atuação:
o Nas glândulas mamárias estimulando a ejeção (saída) do leite;
o Nas contrações musculares do miométrio uterino, na hora do coito, parto e na descarga
hemorrágica (cólicas);
☺ Núcleos supra-ópticos: produzem o Hormônio Antidiurético (ADH), que atua sobre a região dos
túbulos coletores dos rins estimulando a absorção de água pelos tubos coletores dos rins causando
diminuição do volume da urina, ela fica com pouca água (hipertônica);

Tireoide
 Glândula localizada na região anterior do pescoço entre a laringe e a traqueia;
 É formada por dois lobos (septos da capsulas) ligados por um istmo;
 É envolvida por uma cápsula de tecido conjuntivo denso não modelado formado por fibras colágenas
tipo I e fibroblastos;
 Estroma – conjuntivo entre os folículos, formado por fibras reticulares, células do conjuntivo e capilares
fenestrados
 Parênquima – formado pelos folículos tireoidianos (formados pelas células foliculares e coloide) e
células parafoliculares;
☺ Folículo Tireoidiano composto por células foliculares, que produzem os hormônios Triiodotironina
(T3) e Tetraiodotironina ou Tiroxina (T4), elas são estimuladas pelo TSH, esses hormônios estão
relacionados ao metabolismo geral do corpo. E pelo coloide - ao invés de irem para a corrente
sanguínea, os hormônios produzidos pelas células foliculares, são armazenados dentro do folículo
ligados quimicamente a uma glicoproteína chamada tireoglobulina, essa ligação
(tireoglobulina+T3+T4) formam o coloide. Para que T3 e T4 possam ir para a corrente sanguínea, as
células foliculares absorvem o coloide, pelas vesículas de absorção, quebram a ligação com a
tireoglobulina e liberam os hormônios para o estroma ao redor, para que possam ir para a corrente
sanguínea;
☺ Células parafoliculares liberam a Calcitonina, hormônio relacionado à manutenção das
concentrações de cálcio no sangue (reabsorção óssea).

Paratireoides
 Quatro glândulas paratireoides associadas a tireoide, em cada extremidade dos lobos tireoidianos tem
uma;
 São envoltas por cápsula de tecido conjuntivo denso não modelado com fibras colágenas do tipo I e
fibroblastos;
 Estroma – formado por fibras colágenas do tipo I, fibroblastos e capilares fenestrados não verdadeiros.
 Parênquima – formado por células principais (que produzem paratormônio – também relacionado à
[Ca+] no sangue) e por células oxífílas (a qual não se sabe ao certo sua função)
Adrenais ou Suprarrenais
 Localizadas nos polos superiores dos rins;
 Constituídas por:
☺ Cápsula – formada por tecido conjuntivo denso modelado, com fibras colágenas do tipo I e
fibroblastos;
☺ Parênquima:
o Córtex – região externa, com espongiócitos. São formados hormônios derivados do colesterol;
 Dividido em três regiões:
 Zona Glomerulosa – as células se organizam formando uns arcos que lembram uns
glomérulos. Produz os mineralocorticoides que são hormônios que participam do
equilíbrio eletrolítico do corpo, balanço eletrolítico, manutenção das concentrações de
sais, íons (cálcio, hidrogênio, cloreto, sódio, potássio, etc.);
 Zona Fasciculada – as células de organizam de forma paralela, lembrando fascículos
anatômicos. Formando estruturas alongadas na vertical com as células bem paralelas.
Produzem os glicocorticoides que são hormônios que vão atuar no metabolismo das
células em geral e vai atuar inibindo sistema imunológico;
 Zona Reticulada – as células não têm um padrão de organização, elas estão embaralhadas,
misturadas, formando uma trama, que se chama reticulo. Produzem os androgênios que
são hormônios masculinizantes.
o Medula - região interna, com células cromafins e células ganglionares simpáticas;
 Células Cromafins - produzem as catecolaminas, que são adrenalina (epinefrina) e
noradrenalina (norepinefrina). São hormônios responsáveis por sinais de alerta (luta ou
fuga, aceleração dos batimentos cardíacos, aumento do fluxo sanguíneo);
 Células Ganglionares Simpáticas - são terminações nervosas do sistema nervoso
autônomo simpático que chegam com a informação do SNC para as células cromafins
produzirem e secretarem seus hormônios.
☺ Estroma – conjuntivo entre o córtex e a medula e é formado por fibras colágenas do tipo I,
fibroblastos e capilares fenestrados não verdadeiros;

Pineal
 É uma glândula endócrina que está localizada na região do encéfalo;
 É revestida por uma cápsula de conjuntivo derivado da pia-máter. A pia-máter, formada por uma camada
de fibroblasto, se expande dentro do encéfalo e reveste a pineal;
 Parênquima: constituído por pinealocitos (neurônios secretores, com terminações nervosas amielinicas),
que produzem o hormônio da pineal que é a melatonina, e por corpos arenosos ou areia cerebral, que são
estruturas calcificadas, no meio da pineal, as quais não se sabem a função, que aumentam em quantidade
com o avanço da idade;
 Estroma: formado por células intersticiais - células da glia
 A melatonina regula o ciclo circadiano:
 Ciclo que responde ao claro e escuro, dia e noite, na vida dos humanos e dos animais, e estabelece os
padrões comportamentais;
 A melatonina é regulada pelo ciclo do claro e escuro, nos humanos e em alguns animais, quando escuro
ela é secretada provocando sono e indicando que o hormônio do crescimento deve ser secretado;
 Em alguns animais que tem seu ciclo de vida no escuro, é importante, pois quando secretada indica ao
organismo que está escuro, podendo ele assim, fazer suas tocas, abrigos, rituais de acasalamento etc.

Ilhotas de Langerhans
 O pâncreas é uma glândula mista e sua parte endócrina constitui as Ilhotas de Langerhans ou
Pancreática;
 Cápsula de fibras reticulares;
 Parênquima é formado por:
☺ Células beta (insulina – diminuir o nível de glicose no sangue);
 ☺ Células alfa (glucagon – aumenta o nível de glicose no sangue);
☺ Células delta (somatostatina – estimula as células beta e alfa);
☺ Células G (gastrina – estimula a liberação de ácido clorídrico pela mucosa gástrica no estômago);
☺ Células PP (polipeptídio pancreático – estimula a secreção exócrina pelo pâncreas, ou seja, estimula
o processo digestivo)
 Estroma: formado por fibras reticulares, fibras colágenas do tipo I, fibroblastos e capilares fenestrados
não verdadeiros;

Sistema digestório
Funções
 Ingestão – ato de engolir;
 Mastigação – quebra de alimento para transformar em partículas menores que possam ser absorvidas e
formação do bolo alimentar;
 Digestão – atuação de enzimas sobre o bolo alimentar;
 Absorção de nutrientes;
 Eliminação de substâncias não absorvidas – formação do bolo fecal;

Constituição
 Cavidade oral;
 Tubo digestivo;
 Glândulas anexas.

Cavidade oral
 Lábios: é importante para apreender o alimento e composto por epitélio pavimentoso estratificado não
queratinizado em humanos. Em cachorros e ruminantes, por exemplo, é queratinizado. São constituídos
por uma mucosa, a mucosa labial. Associado ao epitélio temos uma lâmina própria de tecido conjuntivo
propriamente dito frouxo e mais abaixo denso não modelado com nervos, glândulas e vasos sanguíneos.
Presença de músculo estriado esquelético associado ao lábio, o músculo orbicular (permite a
movimentação do lábio).
 Vestíbulo: mucosa composta de epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado por dentro do lábio,
mas nas outras regiões (associadas à arcada dentária) é queratinizado.
 Cavidade oral propriamente dita:
☺ Bochechas: compostas por epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado.
☺ Gengiva: epitélio pavimentoso estratificado queratinizado. Com lâmina própria de tecido conjuntivo
denso não modelado.
☺ Dente: são estruturas ósseas inserida na gengiva formando a arcada, importante na mastigação. Osso
alveolar: onde o dente é inserido e o sustenta. Ligamento periodontal: formado por fibras colágenas
tipo I, está localizado entre o osso alveolar e o dente, é o que faz a ligação entre eles segurando o
dente. Tecido ósseo com muita vascularização. O dente é dividido em:
o Coroa: porção externa à gengiva, possui esmalte formado por osso compacto altamente
mineralizado que o deixa o dente branco; dentina é encontrada na coroa e na raiz, também
 mineralizada; e por dentro temos a polpa constituída de tecido conjuntivo propriamente dito
frouxo muito vascularizada e inervada.
o Raiz: porção interna à gengiva, dentro possui a dentina e a polpa dentária constituída de
tecido conjuntivo frouxo rico em vasos e nervos.
☺ Palato duro: céu da boca, composto por mucosa com epitélio pavimentoso estratificado
queratinizado, lamina própria de tecido conjuntivo denso não modelado, muitas glândulas mucosas,
cujas secreções ficam na superfície do palato duro protegendo contra atrito.
☺ Palato mole: separa a cavidade oral da entrada da orofaringe (onde tem a ulva), possui mucosa
composta por epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado, lamina própria de tecido
conjuntivo frouxo e glândulas mucosas.
☺ Língua: importante para produção do bolo alimentar, fala, percepção química e deglutição. Porção
dorsal composta por epitélio pavimentoso estratificado queratinizado com projeções que formam as
papilas gustativas e porção ventral não queratinizada. Possui abundante tecido conjuntivo denso não
modelado e frouxo mais perto do epitélio; muitas fibras musculares esqueléticas para movimentação;
muitas glândulas serosas e mistas; tecido adiposo unilocular e tecido nervoso composto por gânglios
e feixes nervosos.
o Papilas gustativas: localizadas na região dorsal da língua, com função sensorial ou
física, importantes para apreensão do alimento.
 Filiforme: projeção do epitélio em formato de garra de gato, é uma papila física
para apreensão de alimento; muito desenvolvida nos felinos.
 Fungiforme: projeção do epitélio em formato arredondado (fungi), é uma papila
sensorial, havendo percepção química do alimento (sabor). Possui corpúsculo
gustativo associado.
 Foliácea: é uma papila sensorial, possui corpúsculo gustativo associado.
Conjuntivo abaixo é constituído por glândulas serosas (glândula de Von Ebner)
que liberam substâncias que limpam as valas.
 Circunvalada: projeção do epitélio para dentro formando duas valas em volta da
papila ovalada (constituída por projeção do epitélio + tecido conjuntivo), possui
corpúsculos gustativos, é sensitiva. O alimento fica preso na vala e encosta nos
corpúsculos gustativos ali presentes. Conjuntivo abaixo é constituído por
glândulas serosas (glândula de Von Ebner) que liberam substâncias que limpam
as valas.
☺ Corpúsculo gustativo: revestido externamente por cápsula e formado por células pavimentosas
(basais) que são células tronco; células de revestimento cilíndricas simples para sustentação; células
sensoriais do corpúsculo: neurônio bipolar, dendritos dos neurônios formam poros gustativos que
ficam voltados para a vala e serão sensibilizados pelo alimento; os axônios dos neurônios ficam
voltados para o lado oposto dos poros e formam fibra nervosa sensorial que vai encaminhar a
informação até o SNC.

Região orofaringe
 Faringe: constituída por epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado e dividida em: nasofaringe
(faz parte do sistema respiratório), orofaringe e laringofaringe.

Tubo digestivo
 De maneira geral:
 Mucosa: epitélio de revestimento que varia de acordo com a função do órgão + lâmina própria de tecido
conjuntivo frouxo, pode ter glândulas. vasos e elementos linfoides + muscular da mucosa de músculo
liso.
 Submucosa: região de tecido conjuntivo denso não modelado com fibras elásticas, com plexo submucoso
de Meissner (sistema nervoso entérico) com glândulas só no esôfago e no duodeno.
 Muscular externa: composta por músculo variável (exceto no esôfago e no final do tubo) responsável
pelo peristaltismo e com plexo mioentérico de Auerbach (sistema nervoso entérico).
 Adventícia ou serosa: dependendo da localização do órgão. Adventícia quando estiver fora da cavidade
peritoneal, formada por conjuntivo que varia de frouxo a denso não modelado. Serosa quando o órgão
estiver dentro da cavidade peritoneal, formada por adventícia + mesotélio.
 Componentes do tubo digestivo:
 Esôfago:
 É um órgão de passagem do bolo alimentar, não há digestão só peristalse. É dividido em três terços:
superior, médio e inferior.
 - Mucosa: epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado + lâmina própria de tecido conjuntivo
frouxo com vasos, ocasionais nódulos linfoides (MALT), glândulas cárdicas esofágicas ou esofagianas
propriamente dita que liberam secreção que lubrifica a superfície do esôfago para proteger o epitélio
enquanto o bolo alimentar passa, são glândulas mistas mais mucosas que serosas. Muscular da mucosa:
músculo liso oblíquo, difícil de ver em lâminas.
 - Submucosa: tecido conjuntivo denso não modelado com fibras elásticas, com glândulas esofágicas
propriamente ditas (são mistas

 ) que produzem pepsinogênio e o agente antibacteriano lisozima. Também contém plexo submucoso de
Meissner (sistema nervoso entérico).
 - Muscular externa: com presença de plexo mioentérico de Auerbach.
 Terço superior - músculo estriado esquelético porque é a região que faz deglutição, não há
peristaltismo. Revestido por adventícia porque está fora da cavidade peritonial.
 Terço médio – primeiramente músculo estriado esquelético e depois músculo liso porque já passa a
ter peristaltismo. Revestido por adventícia porque está fora da cavidade peritonial.
 Terço inferior – apenas músculo liso e formado por serosa porque entra na cavidade peritoneal.
 - Adventícia ou serosa: adventícia até ultrapassar o diafragma, passando a ser serosa.
 Estômago:
 É responsável pela formação e processamento do alimento ingerido em um fluido denso e ácido
chamado de quimo. É um órgão que apresenta pregas, o que faz com que tenha cristas gástricas e
fossetas gástricas (região mais invaginada do epitélio). É a porção mais dilatada do tubo digestório e
dividido histologicamente em:
 Região cárdica – fosseta pouco profunda e glândulas pouco desenvolvidas
 Região fúndica - fosseta pouco profunda e glândulas muito desenvolvidas.
 Região pilórica – fosseta muito profunda e glândulas pouco desenvolvidas.
 As diferenças entre fossetas e glândulas gástricas presentes na lâmina própria permitem dizer qual a
região do estômago. Composição histológica do estômago:
 - Mucosa gástrica: epitélio cilíndrico simples (superfície pregueada) + lâmina própria com glândulas
tubulosas chamadas glândulas gástricas que podem ser cárdica, pilórica, etc. Células que compõem a
mucosa gástrica:
 Células de revestimento superficial cilíndricas: produzem substância mucosa que fica na superfície
do estômago protegendo-o contra HCl
 Células regenerativas: células tronco que renovam o epitélio de revestimento e da glândula.
 Células mucosas do colo: produzem lisozima que atua sobre bactérias.
 Células oxínticas ou parietais: produzem HCl e glicoproteína (fator intrínseco gástrico), importante
para haver absorção de vitamina B12 no íleo (é produzido no estômago e levado para o íleo) que será
importante para produção de hemácias.
 Células zimogênicas ou principais: só estão na região fúndica, produzem enzimas digestivas.
 Células enteroendócrinas ou DNES: produzem hormônio de ação local do sistema digestório, fazem
parte do sistema endócrino difuso.
 - Submucosa: tecido conjuntivo propriamente dito denso não modelado, com enervações, plexo
submucoso e ausência de glândulas.
 - Muscular externa: músculo liso com plexo mioentérico de Auerbach.
 - Serosa: mesotélio + adventícia.
 Intestino delgado:
 É dividido em três regiões: duodeno, jejuno e íleo. Possui muitas vilosidades na superfície e é onde
chega o quimo e ocorre o processo de absorção.
 Duodeno:
 - Mucosa: epitélio cilíndrico simples com células caliciformes e planura estriada (microvilosidades para
absorção) + lâmina própria com glândulas tubulosas chamadas de Criptas de Lieberkühn ou glândulas
intestinais.
 - Muscular da mucosa: músculo liso.
 - Submucosa: tecido conjuntivo denso não modelado, plexo submucoso de Meissner, glândulas túbulo
acinosas mucosas chamadas glândulas de Brunner ou glândulas duodenais que secretam substância que
alcaliniza o quimo ácido para que as enzimas digestivas atuem.
 - Muscular externa: músculo liso com plexo mioentérico de Auerbach.
 - Serosa: mesotélio + adventícia. Uma alça do duodeno possui adventícia.
 Jejuno:
 - Mucosa: epitélio cilíndrico simples com células caliciformes e planura estriada + lâmina própria com
criptas de Lieberkühn.
 - Submucosa: tecido conjuntivo denso não modelado com plexo submucoso de Meissner e sem
glândulas.
 - Muscular externa: músculo liso com plexo mioentérico de Auerbach.
 - Serosa: adventícia + mesotélio.
 Íleo:
 Região onde tem absorção no intestino.
 - Mucosa: epitélio cilíndrico simples com células caliciformes e planura estriada + lâmina própria com
aglomerados de nódulos linfáticos = Placa de Peyer = GALT -> MALT.
 - Submucosa: tecido conjuntivo denso não modelado com plexo submucoso de Meissner e ausência de
glândulas.
 - Muscular externa: músculo liso com plexo mioentérico de Auerbach.
 - Serosa: mesotélio + adventícia.
 Constituição da mucosa do intestino delgado:
 Célula absortiva superficial: está no revestimento e na glândula, absorve nutrientes, tem
microvilosidades
 Célula caliciforme: está no revestimento e na glândula, secreta substância mucosa que protege a
mucosa do intestino.
 Célula enteroendócrina: só está na glândula, produz hormônio de ação local.
 Célula regenerativa: só está na glândula, células tronco tanto do epitélio quanto da glândula.
 Células caliciformes: glândulas que produzem mucinogênio para proteger o intestino.
 Célula de Paneth: só está na glândula, produz lisozima, enzima bactericida.

 Intestino grosso
 Ainda há absorção de água, aminoácidos e íons, por exemplo. Não tem vilosidades, mas é pregueado.
Dividido em 3 regiões: cólon, ceco e reto que são histologicamente iguais.
 Algumas alças saem do peritônio e são revestidas por adventícia.
 Possuem muito mais células caliciformes porque elas produzem substância que vai proteger a parede do
intestino grosso (epitélio simples) da formação do bolo fecal. Constituição histológica:
 - Mucosa: epitélio cilíndrico simples com células caliciformes + lâmina própria com glândulas intestinais
ou criptas de Lieberkühn.
 - Muscular da mucosa: músculo liso.
 - Submucosa: tecido conjuntivo propriamente dito denso não modelado com plexo submucoso de
Meissner e sem glândulas.
 - Muscular externa: músculo liso com plexo mioentérico de Auerbach
 - Serosa: mesotélio + adventícia.
 Constituição da mucosa do intestino grosso:
 Células absortivas superficiais: fazem absorção
 Células caliciformes: secretam substância que protege a mucosa
 Células regenerativas: células tronco para epitélio ou glândulas
 Células enteroendócrinas: produzem hormônio de ação local.
 Junção reto-anal: há uma mudança histológica.
 No início da junção:
 - Superfície pregueada
 - Epitélio cilíndrico simples com células caliciformes
 No final da junção:
 - Epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado.
 No ânus:
 - Epitélio pavimentoso estratificado queratinizado.


 Glândulas anexas
 Associadas ao sistema digestório.
 Glândulas salivares: responsáveis por produzir a saliva, lubrificação e limpeza, atividade antibacteriana
(lisozima), sensação de paladar (bolo alimentar úmido facilita a sensação de paladar), digestão,
umidificação, coagulação e cicatrização de feridas (tem fatores de crescimento e proteínas da cascata de
coagulação sanguínea). Principais glândulas salivares:
 Parótida: 99% serosa
 Submandibular: mais secreção serosa que mucosa
 Sublingual: mais secreção mucosa que serosa.
 Parótida + submandibular = 95% da saliva diária.
 • Pâncreas:
 Grande glândula mista, produz sucos digestivos (exócrina) e hormônios (endócrina). Revestida por
cápsula que penetra e a divide em lóbulos. Possui 2 porções:
 Porção exócrina – glândula túbuloacinosa serosa
 Célula da porção secretora: secreta enzimas digestivas que atuam no intestino delgado
 Célula do ducto: secreção de líquido rico em bicarbonato: atua no duodeno e atua junto com as glândulas
de Brunner ajudando a alcalinizar o quimo.
 Porção endócrina – ilhotas de Langerhans – ficam entre os ácinos serosos da exócrinas. Possui uma
espécie de cápsula (região rica em fibras reticulares) separando a ilhota da porção exócrina. Parênquima:
 Células beta: produzem insulina
 Células alfa: produzem glucagon
 Células delta: produzem hormônio que estimula células da ilhota a produzirem seus hormônios
 Células G: produz gastrina que atua na mucosa gástrica estimulando as células parietais do estômago a
produzir HCl)
 Células PP: produz hormônio polipeptídeo pancreático que estimula a porção exócrina.
 Estroma: tecido conjuntivo com fibra reticular, capilar fenestrado não verdadeiro.
 • Fígado:
 É a maior glândula anexa do sistema digestório, é uma glândula mista com função de detoxificação
celular. Substâncias tóxicas têm que ir para o fígado onde vai ser transformada em solúvel não tóxica
para ser eliminada porque os meios de secreção são à base de água. Produz a bile (única secreção
exócrina) que emulsifica a gordura para que as enzimas possam atuar. É revestido por cápsula de Glisson
de tecido conjuntivo denso não modelado com fibroblastos e colágeno tipo I. A cápsula subdivide o
fígado em lóbulos hepáticos em que as células do fígado são chamadas de hepatócitos.
 Lóbulos:
 - Cordões de hepatócitos dispostos radialmente a um vaso sanguíneo que fica no meio do lóbulo (veia
centro lobular).
 - Capilares sinusóides ou sinusóides hepáticos: ficam entre os cordões hepáticos.
 - Células de Kupfer: células fagocíticas, ficam no sinusóide hepático.
 - Recebe circulação da artéria hepática (sangue com O2) e veia porta (sangue vindo do intestino delgado
rico em nutrientes).
 Espaço porta: encontro de três lóbulos hepáticos, formado pela tríade portal: ramo da artéria hepática,
ramo da veia porta (geralmente o maior dos três componentes da tríade portal), ducto biliar (epitélio
cúbico simples).
 Bile – canalículos biliares que drenam para o ducto biliar – intestino quando precisar.


 • Vesícula biliar:
 Armazena a bile e envia para o duodeno quando precisa.
 - Mucosa: epitélio cilíndrico simples + lâmina própria de tecido conjuntivo frouxo vascularizado.
 - Muscular da mucosa: músculo liso
 - Adventícia e pequena região tendo serosa. SNC: encéfalo e medula espinhal que são protegidos por
estruturas ósseas.
☺ Medula espinal: cervical, toráxica, lombar e sacral.