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Índice
INTRODUÇÃO....................................................................................................................................... 6
Células Procarióticas.......................................................................................................................... 10
VÍRUS ................................................................................................................................................. 13
TRANSMISSÃO .................................................................................................................................. 13
Hepatite A .......................................................................................................................................... 13
Hepatite B .......................................................................................................................................... 13
Saliva .................................................................................................................................................. 13
Hepatite C .......................................................................................................................................... 13
Sangue ............................................................................................................................................... 13
Sexual................................................................................................................................................. 13
Poliomielite ........................................................................................................................................ 13
Fecal-oral ........................................................................................................................................... 13
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Gripe .................................................................................................................................................. 13
Aérea ................................................................................................................................................. 13
Sarampo............................................................................................................................................. 13
Aérea ................................................................................................................................................. 13
Rubéola .............................................................................................................................................. 13
Aérea ................................................................................................................................................. 13
Raiva .................................................................................................................................................. 13
Febre amarela.................................................................................................................................... 13
Picada de inseto................................................................................................................................. 13
Amigdalite.......................................................................................................................................... 14
Endocardite ....................................................................................................................................... 14
Meningite .......................................................................................................................................... 14
Pneumonia......................................................................................................................................... 14
Lepra .................................................................................................................................................. 14
Tuberculose ....................................................................................................................................... 14
Difteria ............................................................................................................................................... 14
Tétano................................................................................................................................................ 14
Tifo ..................................................................................................................................................... 14
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12 O COURO CABELUDO............................................................................................................. 23
13 EPIDERME .............................................................................................................................. 23
14 DERME ................................................................................................................................... 29
15 HIPODERME ........................................................................................................................... 37
17 CONCLUSÃO........................................................................................................................... 46
18 BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................................ 46
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INTRODUÇÃO
Este manual foi estruturado tendo em conta as horas de duração do módulo, sendo
uma base de apoio à formação.
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Toda a matéria viva e não viva é constituída por átomos. Nos seres vivos, os átomos raramente
aparecem isolados, normalmente agrupam-se formando moléculas.
Cada átomo é constituído por três diferentes tipos de partículas fundamentais: protões,
neutrões e eletrões, ou seja, estes combinam-se de várias formas para formar mais de 100
átomos diferentes.
No núcleo (centro do átomo) estão os protões e os neutrões, enquanto que os eletrões giram
em seu redor.
As moléculas simples (de pequenas dimensões) podem ligar-se entre si para formarem
moléculas de grandes dimensões, as macromoléculas.
Uma célula não é nada mais do que uma organização espacial bem determinada de
macromoléculas – por exemplo, quer as membranas dos organitos, quer as membranas
celulares resultam da organização dos fosfolípidos em bicamada.
As células reúnem-se para formarem os tecidos (grupo de células com forma e funções
semelhantes, exemplo: tecido epitelial). Estes podem associar-se de modo a constituírem os
órgãos (formados, na maioria das vezes, por diferentes tipos de tecidos, mas que trabalham
para um fim comum, exemplo: o estômago).
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Apesar da variedade das suas formas e tamanhos e da diversidade dos papeis que cumprem,
as células apresentam grandes semelhanças na sua estrutura e modo de funcionamento.
Todos os organismos são formados por células. Os organismos mais simples possuem uma única
célula (são unicelulares), mas os mais complexos, como o homem, possuem milhares a milhões de
células (são pluricelulares). Todas as células provêm de
células preexistentes, pois qualquer célula se forma a partir
da divisão de outra. Isto é possível, graças à existência no
interior da célula de material genético/hereditário - o DNA,
ácido desoxirribonucleico e o RNA, ácido ribonucleico - que
permite a reprodução de outra exatamente igual àquela que
lhe deu origem, pois o DNA e o RNA, são responsáveis pelo
controle de toda a atividade celular (Figura 2).
As células são constituídas por uma substância chamada citosol ou hialoplasma, a qual é cercada
por uma membrana (membrana citoplasmática /celular), e contém várias estruturas imersas
chamados organitos - compartimentos delimitados por membranas que possuem funções
específicas, tais como: produção de energia, transporte, armazenamento, degradação e produção
de substâncias. O núcleo, limitado por uma membrana, a
membrana nuclear, é sem dúvida o organito mais
importante, pois é aí que se encontra o DNA. O
hialoplasma é uma massa homogénea, transparente e
gelatinosa. É composto predominantemente por água
(80%), sais minerais (2%), lípidos e proteínas (prótidos). O
termo citoplasma refere-se a todo o conteúdo celular
situado entre situado entre a membrana plasmática e o
núcleo. Figura 3 – Esquema representativo da célula
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As células mais complexas possuem inúmeros organitos e um núcleo delimitado por uma
membrana. Os seres constituídos por células eucarióticas chamam-se eucariontes, exemplos:
células animais e vegetais. Embora a célula seja o elo biológico que une todos os seres vivos, ao
observarmos as células as células eucarióticas vegetais e as células eucarióticas animais,
verificamos que existem algumas diferenças entre elas: a célula eucariótica vegetal apresenta
parede celular e cloroplastos, contrariamente à célula eucariótica animal (figura 5).
Figura 5 – Esquema representativo de célula eucariótica animal (à esquerda) e uma célula eucariótica vegetal (à direita)
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O material genético não está envolvido por uma membrana O núcleo está bem de definido e organizado pois existe uma
nuclear (não apresenta um verdadeiro núcleo - nucleoide) membrana a envolver o material genético.
As únicas membranas existentes são: Com vários organitos delimitados por membranas
Parede celular (não celulósica) e membrana celular Algumas possuem cílios ou flagelos
NOTA: os glícidos
desempenham a função
de reconhecimento de
substâncias
extracelulares (exemplo:
antigenes).
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4.2 OS VIRUS
Os vírus não são considerados células, uma vez que não possuem autonomia fisiológica nem
conseguem reproduzir-se. Só são capazes de realizar essas tarefas
quando se hospedam em células, obrigando os organitos da célula
hospedeira a funcionarem em seu detrimento. É deste modo, que os
vírus se reproduzem. Em cerca de meia hora uma célula hospedeira
consegue produzir 100 a 200 novos de vírus (iguais ao vírus invasor) e
prontos para repetir o ciclo nas células vizinhas
Figura 8 – Esquema geral de um vírus
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Figura 9 – Representação da forma de reprodução viral (esquerda). As diferentes formas e dimensões que os vírus podem tomar (direita)
Quando um vírus ataca uma célula os efeitos resultantes podem ser devidos a:
1- A ação direta do vírus rompe a célula hospedeira: a multiplicação viral pode causar a
degeneração ou a rutura da célula;
2- A presença do vírus aciona uma resposta imunológica que destrói a célula: as defesas
do corpo voltam-se contra a célula infetada. Por exemplo, o vírus da hepatite A não
danifica diretamente as células do fígado, porém a resposta das próprias células de
defesa atacam as células infetadas pelo vírus da hepatite A.
oro-fecal: boca esófago estômago intestino delgado intestino grosso (ex. salmonelas)
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A tabela III apresenta algumas doenças causadas por vírus e as suas vias de transmissão.
VÍRUS TRANSMISSÃO
Fecal-oral
Hepatite A Sangue
Tabela III – Doenças causadas por vírus e respetivas vias de transmissão
Sexual
Sangue
Hepatite B Sexual
Leite materno
Saliva
Hepatite C Sangue
Sexual
Poliomielite Fecal-oral
Gripe Aérea
Sarampo Aérea
Rubéola Aérea
6 TRANSMISSÃO DE BACTÉRIAS:
A transmissão das bactérias é feita por via aérea, pela água através do solo, pois as bactérias
existem em grande número no ar, no solo e na água. Contudo, na maior parte dos casos, são
inócuas, sendo mesmo totalmente favoráveis ao
homem. Algumas espécies estão normalmente
presentes na pele, boca, brônquios e intestino, e
não provocam doença. É o caso, da flora
bacteriana cutânea que protege a pele da
invasão pelas bactérias nocivas.
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7 MOVIMENTOS TRANSMEMBRANARES
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EXEMPLOS:
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NOTA: O transporte ativo é sempre unidirecional, ao contrário do transporte passivo – tanto pode
ser feito do meio intracelular para o meio extracelular, como no sentido inverso.
Existem dois tipos de transporte transmembranar que interferem temporariamente com a forma
da membrana celular:
1. Endocitose: trata-se da inclusão de macromoléculas na célula, mediante invaginação da
membrana plasmática.
2. Exocitose: trata-se da exclusão de substâncias pela célula. As vesículas internas que
transportam as substâncias fundem-se com a membrana celular.
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8 OS TECIDOS EPITELIAIS
Características Classificação
Quanto à forma das Caracterização Função
Principais Quanto ao número de camadas
células
Simples Com uma só camada
Pavimentoso - Revestimento
de células planas
Com uma só camada interno e
Cilíndrico/prismático de células externo dos
prismáticas órgãos
- Células: geralmente - Proteção
Com uma só camada
poliédricas, justapostas Cúbico mecânica e
Tecido Epitelial de células cúbicas
(encostadas umas às térmica
de Revestimento Estratificado Com várias camadas
outras/sem espaço entre Pavimentoso (epiderme)
de células planas
si, sendo, por isso muito - Proteção
Com várias camadas
coesas) química (epitélio
Cilíndrico/prismático de células
- sem substância do estômago)
prismáticas
intersticial). - Absorção
Com várias camadas
- Sem vasos sanguíneos (intestino
Cúbico de células cúbicas
- As células são delgado)
alimentadas por difusão,
a partir dos capilares do Endócrinas – excretam os
tecido conjuntivo produtos diretamente
adjacente para o sangue; não
Classificação das glândulas possuem canal excretor As células produzem
- É delimitado substâncias
inferiormente por uma Exócrinas – Tubulosas:
(hormonas, enzimas,
lâmina basal (constituída excretam os cavidades
Tecido Epitelial etc.) Que lançam - Secreção
por glicoproteínas e produtos ou secretoras
Glandular em forma para o seu exterior.
fibras de reticulina) para
de tubo. Por isso, são ricas em
cavidades
Acinosas: RER e complexo de
do corpo ou
cavidades golgi.
para o secretoras
exterior com forma
esférica.
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9 TECIDOS CONJUNTIVOS
Características
Classificação Caracterização Função
Principais
- Possui todos os elementos estruturais sem Ligação dos tecidos entre si.
Constituídos por: Tecido
- Células: predomínio de nenhum deles. Exemplo: derme papilar, vasos sanguíneos
Conjuntivo Laxo - Fibras em malha larga (separadas umas das outras) e em torno dos órgãos.
- fibroblastos (produzem Tecido +: fibras de colagénio
as fibras e a matriz); -: células Proporciona força e permite resistir a
- macrófagos/histiócitos
Conjuntivo
--: matriz tensões exercidas em várias direções.
(defesa por fagocitose); Tecido Denso não - Fibroblastos e colagénio organizam-se ao acaso/em Exemplo: derme reticular.
- plasmócitos (defesa: Modelado várias direções
produção de anticorpos);
conjuntivo
propriamente Tecido +: fibras de colagénio
- mastócitos (defesa –
-: células Suporta grandes tensões/forças (exercidas
inflamação: regulam a dito Conjuntivo
permeabilidade dos --: matriz na direção das fibras).
Denso - Fibroblastos e colagénio organizam-se em Exemplo: tendões e ligamentos.
capilares);
- linfócito (defesa);
Modelado fileiras/feixes
- adipócitos (reserva de Tecido Permite a distensão (de vários órgãos).
gordura).
Conjuntivo +: fibras elásticas Exemplo: Tecido pulmonar e artérias
- Fibras:
Elástico elásticas.
- colagénio: dispõem-se Reservatório de gordura/energia, reduz a
em feixes paralelos; Tecido perda de calor pela pele e protege contra
resistência à tração; são as Conjuntivo +: adipócitos choques.
mais grossas; cor branca – Adiposo Exemplo: Hipoderme, em torno do
transforma-se em coração e dos rins.
gelatina);
Células:
- elásticas : dão
Tecido 1) osteoblastos - osteócitos ( formam-se quando a
elasticidade e resistência
química; matriz endurece, ficando presos em cavidades
conjuntivo chamadas osteoplastos; possuem
- reticulares: são as mais Tecido Suporte e proteção (revestimento exterior
finas; ramificam-se;
especializado prolongamentos citoplasmáticos no interior de
Conjuntivo sólido)
reforçam o colagénio. canalículos ósseos).
Ósseo Exemplo: Partes exteriores de todos os
- Matriz intersticial: 2) osteoclastos: células grandes com muitos
contém quase todos os Compacto ossos e diáfises dos ossos longos.
núcleos que reabsorvem o tecido ósseo –
nutrientes. importante para o crescimento, manutenção e
- Com vasos sanguíneos e
reparação dos ossos.
linfáticos.
Matriz intersticial (produzida pelos osteoblastos) =
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TECIDO CONJUNTIVO LAXO TECIDO CONJUNTIVO DENSO NÃO TECIDO CONJUNTIVO DENSO TECIDO CONJUNTIVO ELÁSTICO
MODELADO MODELADO
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10 TECIDOS MUSCULARES
MÚSCULO ESQUELÉTICO MÚSCULO CARDÍACO MÚSCULO LISO
- Fibra longa e cilíndrica com - Fibra cilíndrica ramificada, usualmente
- Fibra fusiforme com um núcleo
Caracterização muitos núcleos localizados com um núcleo localizado centralmente;
central;
da célula (fibra) perifericamente; - Célula estriada;
- Célula sem estrias.
- Célula estriada não ramificada. - Possui discos que unem as fibras vizinhas.
Partes das vísceras ocas, vias
Localização Fixado nos ossos Coração respiratórias, vasos sanguíneos, irís,
músculo eretor do pelo.
Diâmetro da fibra Muito grande Grande Pequeno
Comprimento da fibra Muito grande Pequeno Intermédio
Retículo endoplasmático Sim Sim Escassos
Velocidade de contração Rápida Moderada Lenta
Controle nervoso Voluntário Involuntário Involuntário
Considerável (mas limitada quando
Capacidade de regeneração Limitada Nenhuma
comparada com o tecido epitelial)
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11 TECIDO NERVOSO
O tecido nervoso é constituído por:
Neurónios ou célula nervosa: é a unidade anatómica e funcional do tecido nervoso. Transmitem informação de uma parte do
corpo para outra. É constituído por corpo celular, dendrites e axónio.
Células de glia ou neuroglia: são células de sustentação e de defesa dos neurónios.
Existem 6 tipos distintos com funções distintas (exemplo: as células de Schawann envolvem os neurónios do SNP, astrócitos,
oligodendrócito, astrócito, microglia)
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12 O COURO CABELUDO
O couro cabeludo é a parte da pele onde se encontra fixada a cabeleira (conjunto de cabelos).
13 EPIDERME
A epiderme, cuja função protetora é fundamental, é tão fina como uma folha de papel. A sua
espessura, determinada pela camada córnea, oscila entre 0,04 mm ao nível das pálpebras e 1,5
mm na região da palma das mãos e planta dos pés. A sua face superior é ondulada, pontuada de
orifícios, (poros sudoríparos e orifícios pilo-sebáceos) repleta de dobras e ranhuras e em geral
abrangida por cabelos e penugem.
Na sua parte inferior, a epiderme liga-se á derme ao nível de uma membrana basal espessa,
sinuosa, chamada junção dermo-epidérmica. É através desta que se realizam as trocas nutritivas
entre a derme e a epiderme. A epiderme não possui vasos sanguíneos, porque se nela houvesse
vasos ficaria mais sujeita a ser "penetrada" por micro-organismos. Os nutrientes e oxigénio
chegam à epiderme por difusão a partir de vasos sanguíneos da derme.
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A epiderme é de certa forma uma construção que nunca termina, é renovada constantemente pela
subida de novas gerações de queratinócitos que crescem, empurram e expulsam gerações precedentes.
Esta incessante renovação celular permite à epiderme conservar a espessura e a sua função durante
toda a vida. O “turn-over” celular dura cerca de 20 a 30 dias. A epiderme é por sua vez constituída pelas
seguintes camadas de dentro para fora respetivamente:
- Camada Basal
- Camada Espinhosa
- Camada granulosa
- Camada Lúcida
- Camada Córnea
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Camada/ Características
Camada córnea
A Camada basal germinativa
Os queratinócitos possuem uma forma cilíndrica ou cúbica.
Esta fileira de células assenta na lâmina basal.
É alimentada pelos vasos sanguíneos da derme.
Produz todas as células da epiderme: queratinócitos; células de
Langerhans, melanócitos e células de Merkel.
Ao dividir-se, um queratinócito origina duas células: uma migra
Camada
para a superfície (leva 28 a 50 dias a atingir a última camada ou
seja a descamar) e a outra mantém-se na camada basal para se granulosa
poder dividir novamente.
Esta camada é caracterizada por uma intensa atividade mitótica.
Camada
A camada espinhosa filamentosa
Os queratinócitos apresentam-se poligonais.
Produz mais fibras de queratina e forma corpos lamelares.
Normalmente, as células separam-se umas das outras, exceto nos Camada basal
locais onde estão ligadas pelos desmossomas, daí o seu aspeto
espinhoso.
Podem ocorrer divisões celulares.
É a camada mais espessa. Figura 19 – Em cima esquema
representativo das sub-camadas da
epiderme, a baixo corte microscópico de
A camada granulosa
um corte
Os queratinócitos possuem uma forma plana.
Deve o seu nome aos grânulos de querato-hialina.
Os corpos celulares deslocam-se para as membranas e depositam
os lípidos no espaço intercelular.
O núcleo e restantes organitos degeneram, ou seja, as células
morrem.
A camada lúcida
Constituída por células planas e anucleadas.
É constituída por células anucleadas e planas. Esta camada apenas
é encontrada nas zonas de pele glaba (sem pelos), tais como a
palma da mão e a planta dos pés.
A camada córnea
Os queratinócitos encontram-se completamente preenchidos com
queratina (tomando assim a designação de corneócitos).
A membrana celular encontra-se reforçada por um invólucro
proteico.
As células superficiais são chamadas descamantes, pois já não se
encontram ligadas entre si por desmossomas.
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O que é a queratina?
Figura 21 – Queratina
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É a camada que está mais à superfície da pele. É uma película situada na camada córnea que
contacta diretamente com o meio exterior. É essencialmente composta por suor (fase aquosa) e
por sebo (fase oleosa), constituindo uma emulsão natural. Para além destes compostos também se
podem observar algumas células descamantes. A ajudar a função do manto hidrolipídico está
presente uma flora cutânea que ajuda a manutenção da acidez da pele (pH 5,2 a 5,6). Para o
correto desenvolvimento e funcionamento da pele, esta necessita que o seu pH não seja alterado,
o qual se deve manter ácido. O pH influenciado por uma série de agentes internos (saúde,
alimentação) e externos (sol, meio ambiente). Para que a pele se mantenha sã vai depender da
influência que sobre ela exercem os fatores e da harmonia entre eles.
- Fração lipossolúvel (de origem sobretudo sebácea e epidérmica): colesterol, ceras, triglicerídeos
e ácidos gordos.
Quando se destrói o manto hidrolipídico da pele, esta responde aos estímulos com uma defesa
biológica que consiste em segregar aceleradamente substâncias hidrolipídicas que permitam
restituir o manto hidrolipídico. Este fabrico acelerado conduz a algumas modificações na qualidade
e fluência dessas substâncias hidrolipídicas e naturalmente isto afeta então o seu pH. A gordura
degradada não exerce a sua função de barreira, porque perde as suas substâncias que são
imprescindíveis para ela, tal como a água; as glândulas sebáceas, exageradamente estimuladas,
podem converter a pele em demasiado oleosa, ou então pelo contrário, esses mesmos estímulos
poderão influir na má qualidade de sebo e secar muito a pele. Todas estas transformações alteram
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o pH da pele, perdendo desta forma a sua proteção frente aos micróbios. Como conclusão,
diremos que a pele necessita que o seu pH não seja alterado.
A pele não é uma barreira impermeável, mas sim uma barreira seletiva. Essa barreira é assegurada
pela camada córnea e pelos lípidos intercelulares.
Existem várias vias de absorção cutânea, isto é, formas de transportar substâncias desde o exterior
até à derme (onde podem entrar na corrente sanguínea). Trata-se sempre de um transporte
passivo, pois as células da camada córnea são células mortas.
Via sudorípara: é levada também a cabo pelas células epiteliais das glândulas sudoríparas. É a
porta para produtos iónicos.
Via transcelular: certas substâncias de pequenas dimensões conseguem penetrar através dos
corneócitos, é o caso da água e do glicerol. Trata-se de um transporte passivo, pois as células da
camada córnea são células mortas.
Via intercelular: os compostos químicos desde que tenham afinidade com os lípidos conseguem
penetrar através dos espaços intercelulares, os quais estão repletos de lípidos.
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Fotoprotectora – a camada córnea e a melanina filtram os raios solares. Existe uma substância
presente no suor que também protege a radiação solar. Os raios solares provocam
hiperqueratinização.
14 DERME
"As papilas dérmicas elevam a epiderme formando as cristas papilares mais conhecidas
como impressão digital "
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Camada reticular: é mais espessa e composta por tecido conjuntivo denso não modelado.
Nesta camada observam-se os pelos e glândulas da pele (os chamados órgãos anexos).
Função essencialmente mecânica: “estrutura” da pele.
Glândulas sudoríparas
Encontradas na maior parte da superfície corporal; em determinadas zonas estas não existem, é
o caso do pénis, as bordas dos lábios, o ouvido externo e o
leito ungueal das unhas são desprovidas de Glândulas. A
palma das mãos e a plantas dos pés concentram uma
grande quantidade destas glândulas.
* APÓCRINAS - São maiores, a sua secreção contém partes das células secretoras e tem na sua
composição proteínas, aminoácidos, lípidos etc, produzem suor lactescente (leitoso). O suor recém-
produzido não tem cheiro. O mal odor da transpiração é resultado da degradação pelas bactérias da
secreção produzida por estas glândulas. As bactérias digerem esta secreção porque ela possui
"nutrientes" que as alimentam. Localizam-se nas axilas, região anal, no escroto e nos grandes lábios. Os
seus ductos geralmente abrem nos folículos pilosos. Tornam-se ativas no decorrer da puberdade.
"Pelo predomínio tanto de glândulas sudoríparas apócrinas como écrinas, as axilas são locais com
grande sudorese e, portanto, mais predispostas à produção de odores desagradáveis. Alem disso,
apresentam um ambiente morno e húmido, ideal para a proliferação de bactérias".
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Glândulas sebáceas
Função
O sebo é essencialmente constituído por gorduras e restos de células mortas. O sebo realiza várias
funções no nosso organismo:
- Função de proteção, o sebo desempenha uma função estética de primeira ordem na beleza da pele e
do cabelo. Contribui com as gorduras epidérmicas para manter a hidratação da camada córnea.
Contribui para a flexibilidade da pele. Protege a cutícula do cabelo atenuando a fricção de certas
técnicas capilares. A extremidade dos cabelos é seca sendo desprovida de sebo e nota-se a esse nível
alterações cuticulares importantes.
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- Função antimicrobiana, a acidez do sebo tem efeito fungicida (que trava o crescimento dos fungos) e
bacteriológico (que trava o crescimento das bactérias) a nível das camadas superficiais da pele.
Folículo pilo-sebáceo
Certos pelos parecem totalmente inúteis, sem graça, incomodativos. Outros parecem ter uma função
mais específica. Os pelos do corpo captam o mais leve e estranho contacto com a pele. Os pelos
situados no interior das narinas e das orelhas intercetam as ínfimas partículas de poeira. As
sobrancelhas impedem o suor de escorrer para os olhos.
Mas existem também os indispensáveis, aqueles de que cuidamos, os que merecem a nossa atenção.
Não os queremos tristes, raros ou ausentes. A sedução de um cabelo bonito agrada-nos certamente
mais do que o seu aspeto utilitário. No entanto, o objeto de culto e de sedução, o nosso cabelo
também existe para proteger o crânio das lesões da cabeça, do frio e do sol.
O cabelo desempenha uma função de proteção térmica (contra os raios solares). Os pelos que cobrem
o couro cabeludo são designados de cabelos 8 com pH 6,5 - 6,8). O cabelo é um anexo queratinizado da
pele, com forma cilíndrica e estrutura flexível. O cabelo, a nível do córtex, contém cerca de um milhão
de filamentos. Cada um deles com 10-11
protofilamentos.
Figura 25 – Corte representativo das porções que alongadas, fusiformes, dispostas compacta e
constituem o pelo
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paralelamente ao eixo do cabelo. Esta camada é responsável pela coloração do cabelo, pela sua solidez,
resistência elasticidade e permeabilidade.
A parte superficial e visível do cabelo é designada de haste ou talo. A porção do cabelo inserida no
interior da pele é chamada de raiz. O orifício por onde o cabelo sai é designado de poro ou óstio
folicular ou mais corretamente óstio pilo-sebáceo.
O cabelo encontra-se inserido no interior de uma estrutura chamada de folículo pilo-sebáceo (que
resultou de uma invaginação da epiderme na derme). É constituído por três camadas:
1- Camada dérmica (a mais externa) constituída por tecido da derme (tecido conjuntivo).
2- Camada epitelial externa: tecido da epiderme que reveste todo o folículo.
3- Camada epitelial interna: (a mais interna) tecido epidérmico que reveste internamente
o cabelo desde a base à zona da glândula sebácea.
- Folículo pilo-sebáceo
propriamente dito
- Glândula sebácea
- Músculo eretor do pelo
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Pelos lanugos: são só cabelos que acompanham o bebé ao nascer e duram até aos primeiros meses de
vida extrauterina possuem glândulas sebáceas.
Pelos Velus – são muito finos, ocasionalmente pigmentados e curtos. Toda a pele é coberta com pelos
velus com exceção da pele da palma das mãos, plantas dos pés, lado interdigital dos dedos, prepúcio,
pequeno e grande lábio.
Pelos terminais: são grossos, com pigmentação e possuem medula. Profundamente implantados na
pele, com glândulas sebáceas rudimentares.
Melanogénese
A melanina é responsável por filtrar os raios solares, protegendo o organismo contra malefícios dos
raios ultravioletas. O número de melanócitos é semelhante em todas as pessoas, independentemente
da raça ou sexo. As pessoas de raça negra possuem pele mais escura porque: os seus melanócitos são
maiores, com maior número de prolongamentos citoplasmáticos; os melanossomas, também são
maiores e apenas são degradados quando chegam às camadas superiores da pele.
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No homem, o pelo é uma estrutura em contínuo recâmbio e mutação. Cada folículo piloso sofre
ciclos de crescimento ativo, seguidos de um período de repouso, num processo que se traduz
clinicamente por fases de crescimento e posterior queda, sendo que o pelo antigo é empurrado
pela presença de um novo pelo, que emerge do mesmo orifício pilossebáceo.
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A unha
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A cutícula é formada pela camada córnea da epiderme e tem como função proteger a matriz
contra a entrada de micro-organismos e substâncias estranhas.
15 HIPODERME
Continuando a derme para a profundidade, a hipoderme é constituída por tecido conjuntivo que
contem, de acordo com as condições de nutrição e as zonas da pele, mais ou menos de tecido
adiposo. Este forma, nas zonas onde é muito abundante, um verdadeiro panículo adiposo
subcutâneo.
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Como vimos anteriormente, a pele desempenha inúmeras funções levadas a cabo pelas várias
estruturas que a constituem seguidamente encontra-se de forma resumida as funções dos
diferentes constituintes da pele.
Constituinte Funções
Oferece resistência à fricção, aos traumatismos e à
distensão;
É impermeável e resiste a um grande número de
substâncias – isto não só é devido ao facto da queratina
ser destruída com valores de pH abaixo dos 4 e acima dos
8, como também, é devido ao facto do filme hidrolipídico
possuir poder tampão, ou seja resiste a variações bruscas
Epiderme de pH;
Inibe o desenvolvimento de micro-organismos, pois o pH
ácido e os lípidos evitam a sua proliferação;
Fornece fotoprotecção: a camada córnea e a melanina
filtram os raios solares. Os raios solares provocam
hiperqueratinização;
Síntese de vitamina D a partir de um percursor e com
intervenção da radiação ultravioleta.
Protege contra choques mecânicos;
Confere resistência imunológica;
Derme Regulação da temperatura corporal (vasodilatação e
vasoconstrição);
É responsável pela hidratação profunda da pele;
Armazena gordura;
Hipoderme Combate o frio;
Amortece os choques
Contribui para a formação da emulsão epicutânea –
manto hidrolipídico;
Evita a desidratação, pois a gordura retém a água;
Ação protetora contra a penetração de substâncias
Glândulas sebáceas
hidrossolúveis;
Lubrificante: o sebo amacia e dá brilho ao couro cabeludo
e ao cabelo;
Ação bacteriostática.
Mantém a temperatura do corpo constante – a
evaporação do suor permite refrescar a pele;
Excreta toxinas;
Glândulas sudoríparas
Contribuiu para o pH ligeiramente ácido da pele;
Contribuiu para a formação do filme hidrolipídico;
Protege contra os raios solares.
Mantém a hidratação da camada córnea, graças à
presença de NMF’s;
Mantém a acidez cutânea, evitando o desenvolvimento de
Filme hidrolipídico micro-organismos e de fungos;
Evita as variações bruscas de pH, evitando os possíveis
danos causados por substâncias demasiado ácidas ou
alcalinas.
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Vermelhidão;
Descamação cutânea.
Inflamação crónica do couro cabeludo que ocorre nas Causas iguais à seborreia.
Dermatite áreas com hipersecreção sebácea.
seborreica - Eritema (lesões avermelhadas) com descamação
gordurosa (caspa oleosa) e prurido (coceira).
4- Radioterapia e
quimioterapia.
5- Medicamentos.
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cabeludo.
Hipertricose
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16.1 AS ALOPÉCIAS
O termo alopécia refere-se a todo o tipo de queda de cabelo. Estamo-nos a referir a uma rarefação
capilar, assim como a uma perda de cabelo generalizada ou local.
As alopécias classificam-se em dois grandes grupos:
1- Alopécias cicatriciais: caracterizadas por uma destruição do folículo e em que a
regeneração capilar é impossível.
2- Alopécias não cicatriciais: termo que engloba as restantes quedas ou perdas de
cabelo.
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Alopécia traumática
Alopécia areata – 1 placa Alopécia areata – várias placas
Hirsutismo
Psoríase
Hipertricose
Tinha ou Pediculose do
Dermatite seborreica couro cabeludo
Pediculose
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17 CONCLUSÃO
No final do estudo do módulo de Anatomia/Fisiologia – pele, couro cabeludo e cabelo, os
formandos deverão ser capazes de descrever a constituição da matéria e organização
celular dos seres vivos, bem como enunciar a estrutura e funções da pele e as alterações
do couro cabeludo.
18 BIBLIOGRAFIA
Manual de Apoio ao estudante – Anatomia 5 , Tradução: Dra. Manuela Lisboa Brites,
2006 Lisboa, Quidnovi;
Manual de Apoio ao estudante – Fisiologia 1; Tradução: Dra. Manuela Lisboa Brites,
2006 Lisboa, Quidnovi;
Biologia para o Cabeleireiro CAP, Simone Viale, Edições Romano, Lda 2007;
Enciclopédia de Ciência Larousse – O Corpo Humano, Circulo de leitores, sob a
orientação de Isabelle Bourdial, 2004 Rio de Mouro
Human Physiology- Stuart Ira Fox, 1999 McGraw-Hill, Inc. for
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