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EDUCAÇÃO
PSICOMOTORA

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Educação psicomotora
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Leão, Luana, 2020


Educação Psicomotora - Jupiter Press - São Paulo/SP
26 páginas;

Inserir palavras chaves: 1. Psicomotricidade 2. Desenvolvimento motor 3.


Sistema Nervoso 4. Movimento 5. Ludicidade

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Educação psicomotora
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO...................................................................................................................................................4
1. ELEMENTOS BÁSICOS DA PSICOMOTRICIDADE..................................................................6
2. MOVIMENTO HUMANO .......................................................................................................................9
3. DESENVOLVIMENTO MOTOR...........................................................................................................12

s
4. APRENDIZAGEM DA LEITURA E ESCRITA..................................................................................14
5. APREDIZAGEM MOTORA ....................................................................................................................16
6. AVALIAÇÃO MOTORA.............................................................................................................................18
7. PSICOMOTRICIDADE E ASPECTOS AFETIVOS.......................................................................19
8. LUDICIDADE COMO FERRAMENTA PSICOMOTORA.......................................................21
CONSIDERAÇÕES FINAIS.........................................................................................................................24
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................................................25

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INTRODUÇÃO

Ainda que a psicomotricidade apresente conceitos e estruturas bem


caracterizados, ela ainda permanece sendo uma disciplina pouco ofertada em
cursos bases voltados para área da educação e saúde. Uma vez que as dificuldades
ou atrasos no desenvolvimento psicomotor passaram a ser observados em sala de
aula, junto com ele surgiu a incapacidade do profissional da área da educação em
lidar com esses problemas, muitas vezes encaminhando os alunos para clínicas
especializadas, como se a criança apresentasse alguma doença.

Criou-se o estereótipo de alunos preguiçosos ou diagnosticados com alguma


doença, sendo esta uma justificativa bastante cômoda tanto para os educadores
quanto para as famílias. A partir disso surgiu o questionamento sobre: Não seria
possível para esse educador conseguir solucionar o problema de atraso no
desenvolvimento dessas crianças realizando apenas atividades direcionadas e
planejadas próprias para a estimulação dessas crianças?

Visto que, a educação psicomotora é a base fundamental para o processo


de aprendizagem da criança compreendemos que a psicomotricidade contribui
para o desenvolvimento global da criança, tanto físico, afetivo e cognitivo, ou seja,
ela vê o ser humano em sua totalidade.

O desenvolvimento cognitivo é o processo do surgimento da capacidade


de processar informações com a finalidade de perceber, integrar, compreender
e responder adequadamente aos estímulos do ambiente, levando o indivíduo a
pensar e avaliar como cumprir uma tarefa ou uma atividade social (SCHACTER,
2009). O processamento dessas informações é realizado em diversas áreas
cerebrais, as quais precisam estar íntegras e maduras de acordo com a idade e
se interconectarem adequadamente para que haja uma boa resposta do cérebro
aos estímulos do ambiente e, por extensão, a concretização da aprendizagem e
evolução adaptativa para novas aprendizagens.

O desenvolvimento de uma criança deve ser bem acompanhado, pois


identificar possíveis problemas, precocemente, do desenvolvimento infantil
podem ajudar a dar remediações e tratamentos revertendo ou diminuindo certos
problemas (BRITES, 2016). Somada a isso, o brincar é de extrema relevância para
o desenvolvimento da criança em qualquer etapa da sua vida, pois por meio das
brincadeiras a criança compreende o mundo a sua volta sendo uma ferramenta
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pedagógica que contribui nos processos de ensino aprendizagem.

Nesse sentido, a escola juntamente com a família e profissionais da área da


saúde que trabalham com especial atenção para o desenvolvimento psicomotor
da criança tende a contribuir com aprendizado permitindo à mesma resolver mais
facilmente os possíveis problemas de sua escolaridade e a auxilia para que tenha
uma aprendizagem mais significativa.

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1. ELEMENTOS BÁSICOS DA PSICOMOTRICIDADE

A Psicomotricidade é caracterizada pela utilização de movimento para


atingir outras aquisições mais elaboradas, como as intelectuais Oliveira (2015,
p.9). Ao observarmos nossos alunos em sala de aula ou em atividade recreativa,
visualizamos movimentando-se, agitando-se ou parados. É comum notarmos
que algumas crianças não possuem dificuldade em correr, brincar e participar
de todas as atividades, bem como não apresentarem alteração de postura, de
atenção, de leitura e escrita.

Contudo, notamos crianças com comportamento diferente, apresentando


dificuldade de movimento, bem como atraso de desenvolvimento. A problemática
está relacionada com o que podemos fazer para que as crianças se desenvolvam
normalmente, e o que podemos fazer para promover o desenvolvimento
psicomotor de crianças que apresentem dificuldade em desempenhar tais
atividades.

A psicomotricidade pode ser trabalhada em qualquer ambiente, sem nenhum


recurso, onde os educadores poderão ter uma meta a si planejar, usar técnicas
para avaliar o desempenho do aluno. O professor é detentor de autonomia
para trabalhar a psicomotricidade de forma prática e efetiva, fazendo uso de
material, espaços físicos e diversos recursos de qualidade. Vale ressaltar, que a
psicomotricidade promove a formação do desenvolvimento motor, afetivo e
psicológico da criança (Oliveira, 2015), sendo visto como experiência ativa, mas
pouco se sabe sobre sua importância pro desenvolvimento do indivíduo.

A criação de autonomia corporal e desenvolvimento da maturidade individual


ocorre de forma tranquila e prazerosa, a partir da relação entre movimento e ação,
induzidas pelas atividades psicomotoras. De acordo com Vayer (1984), todas as
experiências da criança são sempre vividas corporalmente. Se acrescentarmos
valores sociais que o meio dá ao corpo e a certas partes, esse corpo termina
por ser investido de significações, de sentido e de valores muito particulares e
absolutamente pessoais.

Segundo Fonseca (2003) todo processo de aprendizagem escolar está


diretamente relacionada com a coordenação motora e com o controle muscular
que quando não aprimorados resulta numa inconsistência na elaboração do

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esquema corporal causando na criança movimentos descoordenados e


lentidão ao realizar atividades do seu cotidiano.

O desenvolvimento motor é muito importante para o avanço de cada criança,


pois o sistema nervoso auxilia o pensamento a interagir e liberar os movimentos
efetuados pelos músculos. Assim sendo, as crianças devem estar em completa
interação com os sujeitos que a cercam e com o mundo. Através disso, passam
por constantes transformações, transformações estas que repercutem em todas
as suas vidas, tanto em aspectos culturais, como intelectuais e sociais.
O movimento, as ações, a integração do homem às condições do meio
ambiente estão associadas ao desempenho do Sistema Nervoso. O sistema
nervoso coordena e controla todas as atividades do organismo, desde as
contrações musculares até o funcionamento dos órgãos. É responsável por integrar
sensações e ideias, opera os fenômenos de consciência, interpreta os estímulos
que chegam da superfície corporal, das vísceras e de todas as funções orgânicas,
sendo responsável pela resposta a cada uma delas. O sistema nervoso é capaz de
selecionar as informações relevantes para processamento e, consequentemente,
convertidas em resposta adequadas, de acordo com a vivência e experiência de
cada indivíduo.

O sistema nervoso é composto por neurônios e gliócitos, unidades funcionais


responsáveis pelo processamento das informações sensoriais e conversão em
resposta. Cada célula neuronal é capaz de fazer em torno de 60 mil sinapses,
sendo que cada sinapse pode receber até 100 mil impulsos por segundo, o que
nos permite observar a complexidade da estrutura e do funcionamento das redes
neurais.

Os neurônios são células excitáveis que se comunicam entre si e também com


outras células efetoras, tais como células musculares e secretoras. A comunicação
interneural é realizada por dois tipos de sinapses: a elétrica e a química. Elas atuam
basicamente ao mesmo tempo, mas possuem diferenças básicas. A elétrica está
relacionada ao processo do desenvolvimento neuropsicomotor, ao passo que a
química está mais ligada ao aprendizado em si.

Cada neurônio é dividido em corpo celular, dendritos e axônio, sendo que a


membrana celular que circunda a célula é constituída de uma dupla camada de
lipídios com uma camada de proteínas interpostas entre elas. A membrana delimita
cada neurônio e também exerce a importante função de manter diferenças nos
íons e nas cargas elétricas dentro e fora da célula. Além disso, eles podem ser

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classificados em três grandes grupos: neurônios aferentes: também


chamados de sensitivos, aqueles que recebem informações; neurônios eferentes:
conhecidos como neurônio motor, encarregado de enviar a informação ao meio
externo e neurônios de associação: fica no interior do sistema nervoso central e
corresponde ao maior contingente de células.

Apesar do que muitos imaginam, os hemisférios cerebrais não são os únicos


a participarem do processo de aprendizagem. A atenção, pré-requisito para a
aprendizagem, depende de uma complexa interação entre estruturas do tronco
encefálico e suas conexões com o córtex frontal. O cerebelo é uma estrutura
motora e também participante do processo de mudança do foco da atenção,
manutenção da atenção, aprendizagem e linguagem, além de outras funções.

Jean Piaget aponta a maturação nervosa como um dos fatores relevantes


do desenvolvimento mental. Contudo, destaca não conhecer as condições
da maturação nervosa, assim como a relação entre as operações intelectuais
e o cérebro. A maturação desempenha uma papel muito importante no
desenvolvimento mental, embora não fundamental. visto que existem outros
fatores como a transmissão social, a interação do indivíduo com o meio, através
de exercícios e de experimentação em um processo de autorregulação.

De acordo com os critérios anatômicos, o sistema nervoso pode ser dividido


em dois grandes contingentes: sistema nervoso central, composto por cérebro,
cerebelo e medula; e sistema nervoso periférico, representado por nervos,
gânglios e terminações nervosas. Basicamente, existem dois tipos de vias de
comunicação neural, as aferentes e as eferentes. As vias aferentes são aquelas que
recebem a informação do sistema nervoso periférico e a encaminha até o sistema
nervoso central, enquanto as vias eferentes são as vias que recebem a informação
do sistema nervoso central e a conduz até o sistema nervoso periférico ou mesmo
até os efetores, como os órgãos e músculos.

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2. MOVIMENTO HUMANO

O movimento de cada ser humano é único nas suas pequenas variações e


combinações. Essa individualidade provém de uma realidade na qual os fatores
psicológicos e fisiológicos estão fundidos. Retornando às funções básicas do
movimento humano, chega-se à sua relação com os instintos de sobrevivência:
o movimento é a forma de relação do ser humano consigo mesmo e com o meio,
é a forma pela qual o ser humano se expressa, se protege, busca alimento e
desempenha suas funções vitais (Damásio, 1994/1996; Schilder, 1950/1999).

O movimento é resultado da interação de três tipos de restrições: do


indivíduo, da tarefa e do meio ambiente (Newell, 1986). Na escola, é exigido que
a criança adapte-se às exigências impostas e que tenha um controle sobre si
mesma. As restrições vinculadas ao indivíduo podem ser tanto estruturais quanto
funcionais. Exemplo de restrições estruturais são o peso corporal, a altura e a
relação músculo–gordura.

As restrições funcionais se referem à dimensão qualitativa, tais como


aspectos genéticos e neurais que estão vinculados aos processos de percepção
e cognição. Mediante a percepção, as informações sensoriais sobre o estado do
corpo e sobre as características do ambiente são integradas e utilizadas durante a
execução dos movimentos. Alguns movimentos dependem de nossa vontade e
outros não.

Os movimentos são executados em uma grande variedade de contextos


ambientais. As restrições do ambiente são aquelas que não são manipuladas
pelo executante e são relativamente independentes do tempo. Essas restrições
incluem a força de gravidade, a temperatura ambiental, a natureza da luz e outras
características ambientais que não representam adaptações da tarefa.

As restrições da tarefa envolvem contextos mais específicos do que as


restrições do ambiente e estão diretamente relacionadas aos objetivos e ao tipo
de tarefa a ser executada. Com isso, os movimentos podem ser classificados em
três grandes grupos: voluntários, reflexo e automáticos.

Os movimentos voluntários dependem da nossa vontade em realizá-los.


Decidimos conscientemente de acordo com a nossa história passada, de acordo

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com a nossa personalidade que reações nos parece mais gratificantes diante da
complexidade de estímulos que recebemos diariamente. Como, por exemplo, a
visualização de um objeto, de um acontecimento, lembranças e sensações. Então,
neste movimento, primeiramente ocorre uma representação mental e global do
movimento, uma intenção, um desejo ou uma necessidade e, por fim, a execução
do movimento propriamente dito.

O movimento reflexo é independente de nossa vontade e normalmente


só depois de executado é que tomamos conhecimento dele. A informação do
meio ambiente é captado pelo sistema sensorial e levado ao centro nervoso, de
onde provoca uma resposta motora direta. Além disso, os movimentos reflexos
podem ser divididos em inatos e adquiridos. Os movimentos reflexos inatos são
independentes de aprendizagem e são determinados pela bagagem biológica.
Por exemplo, a incidência de luz provoca a contração da pupila. Já os movimentos
reflexos adquiridos são aprendidos e condicionados, sua ocorrência depende de
uma história de associação entre estímulos inatos, que produzem resposta reflexa
a outros estímulos.

O movimento automático depende da aprendizagem, da história de vida e


de experiências próprias de cada um. Depende, portanto, do treino, da prática
e da repetição. Esse movimento propicia formas de adaptação ao meio em que
vivemos com uma economia de tempo e esforço, pois não exige muito trabalho
cognitivo. Ele se inicia de forma voluntária e, uma vez iniciado, pode-se interrompê-
lo a qualquer momento, de acordo com a nossa vontade.

Esses movimentos não surgem ao acaso, eles são controlados pelo sistema
nervoso através das contrações musculares. Quando nos movimentamos, alguns
músculos estão se contraindo e outros relaxado-se. Os músculos são estruturas
distribuídas em torno dos ossos e se contraem quando há um encurtamento do
comprimento de alguns segmentos do corpo.

Ainda que os músculos estejam em repouso, existe um estado permanente


de relativa tensão que é conhecido como tônus muscular. O tônus muscular
está presente em todas as funções motrizes do organismo como o equilíbrio, a
coordenação, o movimento, dentre outros.

Todo movimento é realizado sob um fundo tônico e um dos aspectos


fundamentais é sua ligação com as emoções. A evolução da afetividade é expressa
através da postura, das atitudes e do comportamento. Podemos transmitir, sem

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palavras, através da linguagem corporal, todo o nosso estado interior. Transmitimos


a dor, o medo, a alegria, a tristeza e até nosso conceito de nós mesmos.

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3. DESENVOLVIMENTO MOTOR

O desenvolvimento motor está associado a compreensão dos processos


de melhoria na execução de habilidades perceptivo-motoras ao longo dos anos
(idade) influenciados por fatores genéticos (maturação) e ambientais (meio
ambiente e experiências). Uma vez que nos primeiros anos de vida e durante a
infância ocorrem grandes mudanças físicas e comportamentais, é muito comum
fazer a associação entre desenvolvimento motor e crianças, educação infantil e
outros.

Para Gallahue e Ozmun (2005) o desenvolvimento motor está associado


às áreas cognitiva e afetiva do comportamento humano sendo influenciado por
muitos fatores. Dentre eles destacam os aspectos ambientais, biológicos, familiar,
entre outros. Esse desenvolvimento é a contínua alteração da motricidade, ao
longo do ciclo da vida, proporcionada pela interação entre as necessidades da
tarefa, a biologia do indivíduo e as condições do ambiente.

Cada pessoa desenvolve habilidades diferentes, muitas vezes dependendo


de suas necessidades, porém há crianças com desenvolvimentos motores atípicos,
atrasadas para o desenvolvimento real de suas idades, que merecem atenções
específicas de profissionais que auxiliem ou avancem o desenvolvimento motor
delas, já que esses problemas podem se prolongar até a vida adulta.

Dentre as habilidades a serem desenvolvidas, destacam-se: coordenação


global, fina e oculomanual; esquema corporal; lateralidade; estruturação espacial,
estruturação temporal e discriminação visual e auditiva.

Coordenação global: está associada a atividade dos grandes músculos, sendo


dependente da capacidade de equilíbrio postural do indivíduo. Este equilíbrio
está subordinado às sensações proprioceptivas cinestésicas e labirínticas. Por
meio da movimentação e experimentação, o indivíduo procura seu eixo corporal,
buscando um equilíbrio cada vez melhor, conscientizando-se de seu corpo e das
posturas.

Coordenação fina e oculomanual: diz respeito a habilidade e destreza


manual e constitui um aspecto particular da coordenação global. É o movimento
que permite desenvolver formas diferentes de pegar os objetos, visto que
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uma coordenação elaborada dos dedos da mão facilita a aquisição de novos


conhecimentos, como o desenvolvimento da habilidade da escrita.

Esquema corporal: neste desenvolvimento motor a criança percebe-se e


percebe as coisas que a cercam em função do seu próprio corpo. Isso significa que
conhecendo-o, terá maior habilidade para se diferenciar, para sentir diferenças.
Ela passa a distingui-lo em função dos objetos circundantes, observando-os,
manejando-os. O desenvolvimento do esquema corporal é dividido em três
etapas, sendo elas: corpo vivido (até três anos de idade), fazendo correspondente
à inteligência sensório-motora de Jean Piaget. Fase do corpo percebido ou
corpo “descoberto” (3 a 7 anos), correspondente a organização do esquema
corporal devido à maturação da “função de interiorização”. E a etapa do corpo
representado (7 a 12 anos), observa-se a estruturação do esquema corporal.

Lateralidade: é a propensão que o ser humano possui de usar preferencialmente


mais um lado do corpo do que outro em três níveis: mão, olho e pé. Isso quer dizer
que existe um predomínio motor, ou melhor, uma dominância de um dos lados.
O lado dominante apresenta maior força muscular, mais precisão e mais rapidez,
sendo ele que inicia e executa a ação principal.

Estruturação espacial: É através do espaço e das relações espaciais que nos


situamos no meio em que vivemos, em que estabelecemos relações entre as
coisas, em que fazemos observações, comparando-as, combinando-as, vendo
as semelhanças e diferenças entre elas. Nesta comparação entre os objetos
constatamos as características comuns a eles.

Estruturação temporal: Não é possível conceber a idéia de espaço sem


abordarmos a noção de tempo. Eles são indissociáveis, sendo que da mesma
forma que a escrita exige que se tenha uma orientação no papel, através das
linhas e do espaço próprio para ela, a palavra falada exige que se emitam palavras
de uma forma ordenada e sucessiva, uma atrás da outra, obedecendo um certo
ritmo e dentro de um tempo determinado.

Discriminação visual e auditiva: a importância da discriminação visual e


auditiva são noções essenciais para a aprendizagem da leitura e escrita. A leitura
de um texto exige uma sucessão de movimentos oculares coordenados, ritmados,
orientados da esquerda para direita.

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4. APRENDIZAGEM DA LEITURA E ESCRITA

O saber ler e escrever tornou-se uma prática indispensável para que o


indivíduo, fundamental para que ele interaja com o meio em que vive, visto que
o homem sempre apresentou necessidade em se comunicar graficamente.
Além disso, a leitura e a escrita são algumas das formas de comunicação de
comunicação e expressão entre as pessoas. Contudo, não podem ser mencionadas
separadamente, pois ambas constituem manifestações de linguagem.

A aquisição de linguagem desempenha um papel decisivo na compreensão


do mundo e na transmissão de valores pessoais, sociais e culturais. A criança utiliza
o código da linguagem para formular seus sentimentos, suas sensações e valores,
para transmitir e receber informações. Depende muito do meio que está inserida,
de seus contatos sociais e de sua exercitação e treino.

Na etapa pré-linguística (2 meses), a criança apresenta gestos e mímicas


descoordenados que não tem qualquer significação de linguagem. Aos três ou
quatro meses, ela emite ruídos que também não fazem parte da língua falada. A
partir dos 12 meses, na etapa linguística, já com um certo nível de desenvolvimento
psicomotor, a criança passa a desenvolver uma linguagem, chamada de conjunto
das comunicações não verbais do primeiro ano de vida.

A fala da criança se desenvolverá a partir da necessidade em se comunicar,


por isso é importante que ela seja suficientemente estimulada. É comum muitas
situações onde a criança não precisa usar palavras, visto que os próprios adultos
já se antecipam em indicar o objeto de interesse.

Por volta dos dois anos a criança percebe que as palavras são símbolos
e servem para designar os objetos, as situações. A linguagem oral da criança,
portanto, tem como grande responsabilidade na aquisição da leitura e da escrita.
Contudo, antes que a criança desenvolva tais habilidades, inicia-se a fase da
linguagem gráfica.

As garatujas iniciais são longitudinais e os traços bem desordenados. À


medida que vai havendo um maior amadurecimento visomotor, a criança vai
conquistando novas estruturas de movimento e as garatujas se tornam mais
arredondadas, espiraladas. Por último surgem as bolinhas. Ela já não alcança mais

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o papel a ponto de rasgá-lo, ou desenha tão claro que não se enxerga.

O desenho é o primeiro meio gráfico que sofre o julgamento de um adulto.


Este tenta desde cedo corrigir seus desenhos mostrando como podem ser feitos,
o que é um erro, visto que é através do desenho que a criança expressa seus
sentimentos.

A leitura significa muito mais do que um simples processo pelo qual uma
pessoa decifra os sinais e símbolos. Ela sabe ler quando compreende o que lê,
quando retira o significado do que lê, interpretando os sinais escritos. Além disso,
no início da leitura a criança deve diferenciar visualmente as letras impressas e
saber que cada símbolo gráfico corresponde a um som.

Para que a criança desenvolva a habilidade da leitura, ela precisa ter a


capacidade de simbolização, de verbalização, de desenvolvimento intelectual,
algumas habilidades pessoais essenciais, bem com, o possuir capacidade de
memorização e acuidade visual, coordenação ocular, mínimo de atenção dirigida
e concentração, um mínimo de vocabulário e de compreensão, noção de
lateralidade, orientação espacial e temporal.

A escrita pressupõe, também, um desenvolvimento motor adequado, através


de habilidades que são essenciais para seu desenvolvimento. Por exemplo, a
coordenação fina que auxiliará na precisão dos traços, preensão correta do
lápis ou caneta, bom esquema corporal, boa coordenação oculomanual. Além
disso a criança deve possuir uma tonicidade adequada que irá determinar um
maior controle neuromuscular e consequentemente determinará uma maior
capacidade de inibição voluntária.

A escrita das crianças é verificada principalmente através da cópia, do ditado e


das redações ou composições livres. Basta que a criança tenha uma boa acuidade
visual para transpor símbolos impressos, uma coordenação fina razoável, postura
correta para escrever, para realizar uma cópia.

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5. APREDIZAGEM MOTORA

A aprendizagem motora está preocupado em entender como as pessoas


evoluem de um movimento inconsistente e cheio de erros para uma situação
com alto grau de precisão dentro dos objetivos previamente estabelecidos. Esta
área de estudo encontra-se relacionada com as mudanças que ocorrem desde os
primeiros movimentos até o momento em que a performance atinge estabilidade,
consistência e persistência e definem as fases ou os estágios da aprendizagem.

Esses estágios estão divididos em três: o estágio inicial, onde a preocupação


do indivíduo é compreender a tarefa a ser relacionada Segundo Magill (2000, p.
151), o aprendiz deve “captar a idéia do movimento”. Além disso, é a necessidade
de discriminar os aspectos reguladores do ambiente. Este estágio inicial também
é conhecido como um estágio cognitivo. Alguns comportamentos típicos desse
estágio são grande números de erros, desempenho variável e movimentos lentos
e variados.

O segundo estágio é conhecido como associativo, intermediário ou motor.


Esta fase é iniciada quando o executante consegue realizar o movimento,
mesmo sendo de forma rudimentar. O indivíduo adquire a ideia do movimento
após algumas tentativas e quando o envolvimento cognitivo inicial está sendo
direcionado para a correção do movimento. A atenção é focada para os estímulos
relevantes, diminuição na quantidade de erros e aumento da confiança na
realização dos movimentos.

O estágio final da aprendizagem motora é denominado de estágio autônomo


ou avançado. Nesta fase, o indivíduo é capaz de realizar duas atividades ao mesmo
tempo. Outra característica deste estágio é a capacidade de detectar os erros
e saber corrigi-los durante a execução da habilidade. O padrão motor estável e
fluente, o desempenho preciso e consistente e a capacidade de adaptação dos
seus movimentos dependendo do ambiente são os marcos dessa fase.

O planejamento de qualquer atividade motora passa necessariamente pela


interpretação das informações sensoriais que vêm do corpo e do meio ambiente.
As teorias perceptivas tradicionais ditas indiretas têm como pressuposto básico
a afirmação de que os sentidos são providos de descrições empobrecidas do
mundo (Michaels & Carello, 1981). Isto quer dizer que os estímulos vindos do meio

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ambiente não fornecem informações seguras.

A classificação das habilidades motoras baseia-se na existência de elementos


comuns entre elas. Por meio de um sistema de classificação unidimensional, o
elemento comum é subdividido em duas categorias, que representam lados
extremos de um contínuo.

Uma primeira forma de classificação considera o grau de precisão requerido


pela habilidade motora. Neste contínuo temos as habilidades motoras grossas e
as habilidades motoras finas, sendo que a primeira consiste no envolvimento de
grandes grupos musculares, e o grau de precisão não é tão elevado. Podemos
exemplificar como habilidade motora grossa as habilidades motoras fundamentais,
tais como nadar, correr, pular, saltar e arremessar. Já a habilidade motora fina
requerem muita precisão e envolvem o controle de grupos musculares menores.
Atividades manuais (pintar, desenhar, digitar) e habilidades esportivas, tais como
arco-e-flecha e tiro.

Outra classificação está relacionada com a maneira que o movimento é


organizado em termos de início e fim. Nessa classificação existem as habilidades
motoras discretas, as habilidades motoras contínuas e entre elas as habilidades
motoras seriadas, sendo que a primeira são aquelas que apresentam de forma
clara o seu início e o seu fim. A segunda são constituídas por um conjunto de
movimentos que se repetem e a última compostas por duas ou mais habilidades
discretas conectadas em uma sequência.

E por fim, existem situações onde o ambiente é completamente previsível,


nada além do executante irá afetar a execução da habilidade motora. Nesse caso,
denominamos de habilidade motora fechada. Diferente disso, onde é altamente
influenciada pelas condições ambientais, tais como o adversário, as características
do objeto e as alterações do ambiente. temos a habilidade motora aberta.

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6. AVALIAÇÃO MOTORA

Segundo Bretas et al., (2005), a investigação do processo de desenvolvimento


motor de uma criança e a identificação de problemas relacionados ao seu
desenvolvimento psicomotor possibilitam a intervenção precoce em atrasos
evolutivos e a implementação de programas de estimulação para crianças
com distúrbios de desenvolvimento, em risco, ou somente com a intenção de
enriquecimento do ambiente estimulador.

A organização e hierarquização psicomotora, a relação da praxia da criança


com o meio ambiente proporcionam a vivência de toda gama de relações que
resultam em explorações sensório-motoras, coordenação visomotora, espaço
perceptivo-motor, equilíbrio, tempo, ritmo, linguagem e esquema corporal; além
da importância de um ambiente com oportunidades de experiências sociais,
sensoriais e afetivas, que possibilitam a passagem da inteligência prática à
inteligência reflexiva, indispensável à alfabetização e adaptação escolar.

A avaliação faz parte do processo de ensino e aprendizagem que exige


preparo técnico e grande capacidade de observação dos profissionais envolvidos.
A compreensão do processo de avaliação tem sido pautada pela lógica da
mensuração, isto é, associa-se ao ato de medir as habilidades, comportamentos e
conhecimentos adquiridos.

Estudos sobre a motricidade infantil, em geral, são realizados com objetivo de


conhecer melhor as crianças e de poder estabelecer instrumentos de confiança
para avaliar, analisar e estudar o desenvolvimento de alunos nas diversas etapas
evolutivas. Além disso, existe uma variabilidade de técnicas que nos permite
avaliar o desenvolvimento motor das crianças, mas nenhuma engloba todos os
aspectos necessários.

Pode-se utilizar de atividades com o objetivos de medir uma determinada


característica motora de um indivíduo e comparar seus resultados com os de
outros indivíduos. Os resultados permitem determinar o avanço ou atraso motor
de uma criança naquele aspecto avaliado.

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7. PSICOMOTRICIDADE E ASPECTOS AFETIVOS

Para entendermos o que são os aspectos afetivos desenvolvidos pelas


crianças Veronese e Oliveira (2008, p. 37) escrevem que:

Por aspecto afetivo e social “podemos entender que é a relação da crian-


ça com o adulto, com o ambiente físico e com outras crianças”. Aqui são
entendidos como todos os aspectos de socialização e desenvolvimento
de traços de personalidade tais como organização, disciplina, responsa-
bilidade, coragem e solidariedade. (VERONESE e OLIVEIRA, 2008, p. 37).

Os aspectos afetivos são anteriores a qualquer tipo de comportamento, pois


são através dos gestos ligados às esferas afetivas que as crianças começam a se
expressar, sendo um escape para as emoções já vividas. Para Meur e Staes (1989)
própria criança percebe-se e percebe os seres e as coisas que a cercam, em função
de sua pessoa. Sua personalidade se desenvolverá graças a uma progressiva
tomada de consciência de seu corpo, de seu ser, de suas possibilidades de agir e
transformar o mundo à sua volta.

Vários estudiosos afirmam que todas as concepções que a criança tem sobre
caráter, honestidade, solidariedade, condutas sociais são formadas até os três
anos de idade pela sua convivência doméstica e social. É por isso que a família é
importante e deve estar próxima para educar plenamente essa criança.

As crianças passam por dificuldades de adaptações sociais que podem ter


três causas: a personalidade o estágio de desenvolvimento e o grupo. Mütschele
(1996, p. 39) diz que isso ocorre devido aos traços de personalidades que são natos
de cada ser humano, as atitudes dependerão da faixa etária da criança e dentro
do grupo social teremos todos esses fatores interligados.

As experiências afetivas são determinantes para o estabelecimento de


padrões de comportamentos e habilidades de lidar com as próprias emoções,
essas experiências são adquiridas a partir da qualidade da relação de troca e de
laços afetivos (Mutschele, 1996).

As emoções, têm um padrão muscular programado e um padrão tubário para


aceleração ou redução de atividade. Embora seja o mesmo sentimento, a resposta
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de cada um se intensifica na medida em que avança ou aumenta. Portanto, se


emoções e sentimentos são acompanhadas de ideias e certos modos de pensar,
os sentimentos são a principal forma do corpo reagir durante uma emoção.

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8. LUDICIDADE COMO FERRAMENTA PSICOMOTORA

O brincar é de extrema relevância para o desenvolvimento da criança em


qualquer etapa da sua vida, pois por meio das brincadeiras a criança compreende
o mundo a sua volta sendo uma ferramenta pedagógica que contribui nos
processos de ensino aprendizagem.

Por isso é essencial trabalhar o lúdico na Educação Infantil e isso requer


buscar novos caminhos e possibilidades para tornar o trabalho mais prazeroso,
vivenciar e observar as brincadeiras das crianças para fazer um trabalho a partir
das experiências vivenciadas.

A partir disso, cabe ao educador promover um cenário rico em estímulos,


de modo que a criança consiga resgatar seus próprios talentos. Inventando,
reinventando, criando, construindo seu saber através do lúdico. As brincadeiras
propostas podem estar relacionadas com diversas área do saber, dentre elas:
oralidade, conceitos lógicos matemáticos, visão de mundo de maneira muito mais
suave e produtiva.

Com o passar dos anos houve um grande avanço com relação aos laços
afetivos entre as crianças e suas cuidadoras. Os pequenos eram criados por amas
de leite e por volta dos sete anos eram considerados adultos em miniatura. ARIÈS
(2012) relata:

“(...) Por esta razão, assim que a criança tinha condições de viver sem a so-
licitude constante de sua mãe ou de sua ama, ela ingressava na sociedade
dos adultos e não distinguia mais destes.” (p.99)

Posteriormente, passe a existir a descoberta do sentimento na infância após


a mudança comportamental na família. A educação deixa de ser oferecida apenas
para o clérigo e passa a fazer parte da iniciação social da criança, claro que com
muito rigor, mas com isso há uma preocupação das famílias com a educação de
seus filhos.

Com o passar dos anos a concepção de infância foi se transformando. As


crianças vão ganhando espaço na sociedade e se constituem como seres capazes
de construir as suas próprias histórias através dos tempos. A Educação Infantil
nasceu da necessidade de obtenção de cuidados das crianças enquanto as mães
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trabalhavam, as mulheres se organizavam para ter como cuidar de seus filhos e


com o passar do tempo surgem as instituições filantrópicas com o objetivo de
cuidar daqueles menos favorecidos.

Na Educação Infantil há uma diferença na forma de se trabalhar os


conteúdos, pois para compreender o desenvolvimento da criança é preciso levar
em consideração vários aspectos como a idade, o espaço em que vive, as práticas
culturais e a maneira que constroem significados. No brincar a criança recria a
realidade utilizando o sistema simbólico, por isso o brinquedo e as brincadeiras
são ferramentas indispensáveis nas propostas pedagógicas da escola.

O brincar é uma atividade natural, espontânea e necessária da criança


e é através da brincadeira que a criança aprende e se desenvolve. Segundo
VYGOTSKY (1989) a brincadeira tem papel importante no desenvolvimento da
criança:

“A brincadeira cria para as crianças uma “zona de desenvolvimento pro-


ximal” que não é outra coisa senão a distância entre o nível atual de de-
senvolvimento, determinado pela capacidade de resolver independen-
temente um problema, e o nível atual de desenvolvimento potencial,
determinado através da revolução de um problema sob a orientação de
um adulto ou com a colaboração de um companheiro mais capaz.” (VY-
GOTSKY 1989 p. 97)

O professor assume papel de mediador diante dessas práticas, porém é


necessário que os objetivos de ensino estejam claros, de modo que o planejamento
das atividades possam ser aplicados no contexto educacional.

Em qualquer idade o ser humano tem necessidade do lúdico, a ludicidade


está presente na vida tanto da criança quanto do adulto, sendo um meio
facilitador da aprendizagem, pois além da diversão, proporciona a construção de
conhecimentos, de socialização e comunicação. Assim afirma SANTOS (1999):

“A ludicidade é uma necessidade do ser humano em qualquer idade e não


pode ser vista apenas como diversão. O desenvolvimento do aspecto lú-
dico facilita a aprendizagem, o desenvolvimento pessoal, social e cultural,
colabora com a boa saúde mental, prepara para um estado interior fértil,
facilita os processos de socialização, comunicação, expressão e constru-
ção do conhecimento.” (p. 12)

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Portanto se houver a promoção do desenvolvimento integral da criança


e ampliação de seus conhecimentos através do lúdico, certamente se estará
cumprindo com a função primordial da educação Infantil.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com base no exposto, a psicomotricidade torna-se uma disciplina de extrema


relevância para a contribuição no desenvolvimento adequado de crianças em
suas diferentes fases, haja vista que o desenvolvimento infantil pode ser definido
como um processo multidimensional e integral, que se inicia com a concepção e
que engloba o crescimento físico, a maturação neurológica, o desenvolvimento
comportamental, sensorial, cognitivo e de linguagem, assim como as relações
socioafetivas. Tem como efeito tornar a criança capaz de responder às suas
necessidades e as do seu meio, considerando seu contexto de vida.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRÊTAS, J.R.S; PEREIRA, S.R; CINTRA, C.C; AMIRATI, K.M. Avaliação de


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BRITES, L. O que é Psicomotricidade? Entenda o Conceito


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br/?s=o+que+e+psicomotricidade> Acesso em: 10
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Trads.) São Paulo: Companhia das Letras. (Trabalho original publicado em 1994).

FONSECA, V. Introdução as Dificuldades de Aprendizagem. Porto Alegre:


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MEUR, A; STAES, L. Psicomotricidade Educação e Reeducação. Rio de


Janeiro: Manole, 1989.

MÜTSCHELE, M. S. Como Desenvolver a Psicomotricidade. São Paulo:


Loyola, 1996.

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psique (R. Wertman, Trad.). São Paulo: Martins Fontes. (Trabalho original
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VAYER, P. O equilíbrio corporal – uma abordagem dinâmica dos problemas


da atitude e do comportamento. Porto Alegre: Artes Médicas, 1984.

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2008.

VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes,


1989.

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Desenho Instrucional: Veronica Ribeiro


Supervisão Pedagógica: Laryssa Campos
Revisão pedagógica: Camila Martins
Design editorial/gráfico: Trayce Melo

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