Você está na página 1de 42

Licensed to Breno Pinheiro - pagar@pequenosarteiros.com.

br - HP157816

DESENVOLVENDO HABILIDADES
MOTORAS E PROMOVENDO
A INCLUSÃO

ESTRATÉGIAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E


PSICOMOTRICIDADE PARA CRIANÇAS
AUTISTAS
Licensed to Breno Pinheiro - pagar@pequenosarteiros.com.br - HP157816

AVISO IMPORTANTE

Esse material agora é seu, mas perceba que consta no


cabeçalho seu nome, e-mail e CPF, isso é para
combater a pirataria, não repasse em grupos ou redes
sociais, pois assim você estará repassando também
seus dados.
Licensed to Breno Pinheiro - pagar@pequenosarteiros.com.br - HP157816

INTRODUÇÃO
O autismo é um transtorno do
neurodesenvolvimento que afeta diversas
áreas da vida de uma pessoa, incluindo a
área psicomotora. Neste ebook, vamos
explorar as características e os desafios
específicos que as crianças autistas
enfrentam na área psicomotora.

Compreender essas dificuldades é


fundamental para proporcionar um ambiente
inclusivo e estratégias adequadas na
Educação Física e na Psicomotricidade.
No autismo, as características podem variar
de uma pessoa para outra, mas existem
alguns aspectos comuns relacionados à área
psicomotora. As crianças autistas podem
apresentar atrasos no desenvolvimento
motor, dificuldades de coordenação motora
fina e grossa, problemas de equilíbrio e
dificuldades na percepção corporal. Essas
características podem afetar suas
habilidades motoras e o modo como
interagem com o ambiente ao seu redor.
Licensed to Breno Pinheiro - pagar@pequenosarteiros.com.br - HP157816

02

As crianças autistas enfrentam desafios


específicos na área psicomotora, como
dificuldades na aquisição de habilidades
motoras básicas, como andar, correr e pular.
Elas podem ter problemas de equilíbrio e
coordenação, o que pode afetar suas
habilidades esportivas e atividades físicas em
geral. Além disso, a percepção corporal e a
noção espacial podem ser comprometidas,
dificultando a compreensão do próprio corpo e
do espaço ao redor.

Os desafios na área psicomotora também


podem influenciar a socialização e a
comunicação das crianças autistas.
Dificuldades de coordenação e equilíbrio
podem levar a situações em que elas se
sintam inseguras para participar de atividades
em grupo. A falta de consciência corporal e de
percepção espacial pode dificultar a
compreensão de gestos e expressões
corporais, prejudicando a comunicação não
verbal.
Licensed to Breno Pinheiro - pagar@pequenosarteiros.com.br - HP157816

03

É fundamental adaptar as aulas de Educação


Física e Psicomotricidade para atender às
necessidades das crianças autistas na área
psicomotora. Isso inclui oferecer atividades
adequadas ao nível de desenvolvimento
motor de cada criança, fornecer suporte e
orientação individualizada, criar um
ambiente inclusivo e seguro, e utilizar
estratégias que estimulem o
desenvolvimento motor e a interação social.

Existem diversas abordagens terapêuticas


que podem ser utilizadas para auxiliar no
desenvolvimento da área psicomotora em
crianças autistas. A Psicomotricidade, por
exemplo, utiliza atividades lúdicas e
expressivas para estimular o
desenvolvimento motor, emocional e
cognitivo. Terapias ocupacionais também
podem ser empregadas para trabalhar
habilidades motoras específicas e promover a
independência nas atividades diárias.
Licensed to Breno Pinheiro - pagar@pequenosarteiros.com.br - HP157816

04
CAPÍTULO 1- ENTENDENDO A
PSICOMOTRICIDADE
FUNCIONAL E RELACIONAL

A psicomotricidade é a capacidade psíquica


de realizar movimentos, não se
tratando da relação do movimento
propriamente dito, mas sim da atividade
psíquica que transforma a imagem para a
ação em estímulos para os procedimentos
musculares adequados (ASSIS; JOBIM, 2008).

A Psicomotricidade é uma ciência que tem


como objetivo, o estudo do homem através
do seu corpo em movimento, em relação ao
seu mundo interno e externo, bem como suas
possibilidades de perceber, atuar, agir com o
outro, com os objetos e consigo mesmo. Está
relacionada ao processo de maturação, onde
o corpo é a origem das aquisições cognitivas,
afetivas e orgânicas. Psicomotricidade,
portanto, é um termo empregado para uma
concepção de movimento organizado e
integrado, em função das experiências
vividas pelo sujeito, cuja ação é resultante de
sua individualidade e sua socialização.
Licensed to Breno Pinheiro - pagar@pequenosarteiros.com.br - HP157816

Para os propósitos dos fundamentos da 05


psicomotricidade, Falkenbach
(2003) nos explica que, de uma forma geral, a
psicomotricidade está subdividida em três
grandes vertentes: a reeducação, a terapia e a
educação.

1.Reeducação Psicomotora: A reeducação


psicomotora é voltada para indivíduos que
apresentam dificuldades no desenvolvimento
motor e na integração dos aspectos
psicológicos e motores. O objetivo é promover
a reorganização do esquema corporal,
aperfeiçoar habilidades motoras e estimular a
expressão emocional por meio do movimento.
Essa vertente é frequentemente utilizada em
contextos educacionais e de saúde, visando
facilitar a aprendizagem, melhorar a
coordenação e desenvolver a autonomia e a
sociabilidade.

2.Terapia Psicomotora: A terapia psicomotora


é direcionada a indivíduos que apresentam
dificuldades emocionais, cognitivas ou
comportamentais. Ela utiliza o corpo e o
movimento como meio de intervenção
terapêutica. Por meio de atividades lúdicas,
expressivas e corporais, busca-se promover a
consciência corporal, a regulação emocional, o
autoconhecimento e a integração de aspectos
cognitivos e afetivos. A terapia psicomotora é
frequentemente aplicada em crianças com
transtornos do desenvolvimento, distúrbios de
aprendizagem, dificuldades sociais e
emocionais, bem como em adultos com
transtornos psiquiátricos ou condições
neurológicas.
Licensed to Breno Pinheiro - pagar@pequenosarteiros.com.br - HP157816

06
3.Educação Psicomotora: A educação
psicomotora é aplicada em ambientes
educacionais, buscando promover o
desenvolvimento global da criança por meio
de atividades psicomotoras. Essa vertente
enfatiza o papel do movimento e da
expressão corporal no processo de
aprendizagem, estimulando a coordenação
motora, a lateralidade, a percepção espacial
e a organização temporal. A educação
psicomotora valoriza a exploração do corpo e
do espaço, o jogo simbólico, o equilíbrio
emocional e a interação social, contribuindo
para o desenvolvimento cognitivo, afetivo e
social das crianças.

Esta também possui uma divisão em duas


correntes principais: Psicomotricidade
funcional e a Psicomotricidade relacional.

Na psicomotricidade funcional, o educador é


o modelo a ser seguido, este direciona o
trabalho que será realizado, dificultando que
aconteça a interatividade dos envolvidos, e
muito menos o desenvolvimento da
criatividade e autonomia. Este processo é
previsível e planejado, ou seja, o
educador sabe sempre o que irá acontecer,
diferente da relacional onde o
improvável muitas vezes acontece
possibilitando uma maior riqueza de
experiências, pois cada aluno traz uma
bagagem de conhecimentos adquiridas no
meio em que vive.
Licensed to Breno Pinheiro - pagar@pequenosarteiros.com.br - HP157816

07

A Psicomotricidade Relacional pode ser vista


como um processo mais
espontâneo e consiste em atividades mais
livres onde possui modelos
diversificados. Os seres são livres, o que
propicia o desenvolvimento da criatividade e
da interatividade entre os educandos,
fazendo um ambiente que possibilite aos
alunos transferirem situações de conflitos do
mundo real para o imaginário assumindo
diferentes papéis e atitudes assimilando a
realidade. O educador não é o centro da
atividade e sim um facilitador da mesma.
Licensed to Breno Pinheiro - pagar@pequenosarteiros.com.br - HP157816

08

CAPÍTULO 2- OS BENEFÍCIOS
DA ATIVIDADE FÍSICA E DA
PSICOMOTRICIDADE PARA
CRIANÇAS AUTISTAS
Neste capítulo, vamos explorar os benefícios
que a atividade física e a psicomotricidade
podem trazer para crianças autistas. Ambas
as abordagens desempenham um papel
importante no desenvolvimento global
dessas crianças, promovendo melhorias
significativas em sua saúde física, emocional
e social. Vamos explorar os benefícios
específicos que essas práticas oferecem e
como podem impactar positivamente a vida
das crianças autistas.
Licensed to Breno Pinheiro - pagar@pequenosarteiros.com.br - HP157816

09
1.Melhoria da saúde física: A atividade física
e a psicomotricidade proporcionam às
crianças autistas oportunidades para
desenvolver suas habilidades motoras e
melhorar sua condição física geral. Essas
práticas podem ajudar a aprimorar a
coordenação motora, o equilíbrio, a força
muscular e a resistência física. Além disso, a
prática regular de exercícios pode contribuir
para a manutenção de um peso saudável,
prevenir problemas de saúde relacionados ao
sedentarismo e promover a qualidade de
vida.

2. Estímulo à integração sensorial: Crianças


autistas frequentemente apresentam
sensibilidades sensoriais específicas. A
atividade física e a psicomotricidade
oferecem estímulos sensoriais variados,
contribuindo para o desenvolvimento da
integração sensorial. Por meio de exercícios
que envolvem diferentes texturas, sons,
movimentos e sensações, as crianças autistas
podem aprender a processar e integrar as
informações sensoriais de maneira mais
eficiente, promovendo uma maior
adaptabilidade ao seu ambiente.
Licensed to Breno Pinheiro - pagar@pequenosarteiros.com.br - HP157816

10

3.Desenvolvimento das habilidades sociais e


de interação: A prática de atividades físicas e
psicomotoras em grupo proporciona às
crianças autistas oportunidades valiosas para
interagir com seus pares. Durante essas
atividades, elas podem aprender a
compartilhar, cooperar, esperar sua vez e se
comunicar de maneira mais eficaz. Além
disso, as atividades em grupo estimulam a
construção de amizades, a empatia e a
compreensão das emoções dos outros,
auxiliando no desenvolvimento de
habilidades sociais importantes.

4.Redução do estresse e ansiedade: A prática


regular de atividades físicas e psicomotoras
pode ajudar a reduzir o estresse e a
ansiedade em crianças autistas. O exercício
físico libera endorfinas, substâncias químicas
responsáveis pela sensação de bem-estar e
relaxamento. Além disso, a psicomotricidade
utiliza técnicas que estimulam a expressão
emocional, ajudando as crianças a lidar com
suas emoções de forma saudável. Essas
práticas podem se tornar uma forma eficaz de
aliviar a ansiedade e promover um maior
equilíbrio emocional.
Licensed to Breno Pinheiro - pagar@pequenosarteiros.com.br - HP157816

11
5. Estímulo ao desenvolvimento cognitivo: A
atividade física e a psicomotricidade também
exercem um papel importante no
desenvolvimento cognitivo das crianças
autistas. O envolvimento em atividades que
requerem planejamento motor, solução de
problemas e tomada de decisões estimula o
funcionamento cognitivo e o desenvolvimento
das habilidades de pensamento.

6.Aumento da autoconfiança e autoestima:


Participar de atividades físicas e psicomotoras
bem-sucedidas pode aumentar a
autoconfiança e a autoestima das crianças
autistas. Ao adquirirem novas habilidades
motoras, superarem desafios e se sentirem
bem-sucedidas em suas realizações, elas
desenvolvem uma imagem mais positiva de si
mesmas e ganham confiança para enfrentar
novas situações.
Licensed to Breno Pinheiro - pagar@pequenosarteiros.com.br - HP157816

12

CAPÍTULO 3- ADAPTANDO AS
AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA
PARA CRIANÇAS COM
AUTISMO
Neste capítulo, vamos explorar estratégias
práticas para adaptar as aulas de Educação
Física a fim de atender às necessidades das
crianças com autismo. Entendemos que cada
criança é única, com suas próprias
características e desafios específicos. Adaptar
as aulas de forma inclusiva é essencial para
promover a participação ativa, o
desenvolvimento motor e o bem-estar das
crianças autistas.
Licensed to Breno Pinheiro - pagar@pequenosarteiros.com.br - HP157816

13
1.Conheça as necessidades individuais: Antes
de iniciar as aulas, é fundamental conhecer
as necessidades individuais de cada criança
autista. Realize uma avaliação inicial para
compreender suas habilidades motoras,
interesses, sensibilidades sensoriais e
preferências. Isso ajudará a personalizar as
atividades de acordo com as necessidades
específicas de cada criança.

2.Crie um ambiente inclusivo: Garanta que o


ambiente de aula seja inclusivo e acolhedor
para as crianças com autismo. Considere
aspectos como a organização do espaço, a
redução de estímulos sensoriais excessivos e
a criação de rotinas visuais claras. Utilize
recursos visuais, como cartões de instruções
ou quadros de horários, para auxiliar na
compreensão das atividades e na transição
entre elas.

3.Adapte as atividades motoras: Faça


adaptações nas atividades motoras para
atender às necessidades das crianças
autistas. Considere níveis de dificuldade,
tempo de execução e possíveis sensibilidades
sensoriais. Proporcione opções de escolha,
permitindo que as crianças participem de
atividades que sejam do seu interesse. Inclua
momentos de pausa e estratégias de
autorregulação para que as crianças possam
se acalmar e se concentrar, se necessário.
Licensed to Breno Pinheiro - pagar@pequenosarteiros.com.br - HP157816

14

4.Promova a comunicação e interação: A


comunicação é essencial durante as aulas de
Educação Física para crianças autistas.
Utilize estratégias visuais, como cartões de
comunicação ou pictogramas, para facilitar a
expressão de necessidades e desejos.
Incentive a interação entre as crianças,
promovendo atividades em grupo e jogos
cooperativos. Estimule a prática da
comunicação não verbal, como gestos e
expressões faciais, para auxiliar na
compreensão e na expressão de emoções.

5.Ofereça suporte individualizado: Durante as


aulas, ofereça suporte individualizado para
as crianças autistas. Tenha um profissional
de apoio, se possível, para auxiliar nas
necessidades específicas de cada criança.
Esteja atento às dificuldades e sensibilidades
sensoriais, fornecendo apoio e incentivo
adequados. Utilize estratégias de modelagem
e instruções claras, adaptando-as de acordo
com a compreensão de cada criança.

6.Valorize o progresso e a participação:


Reconheça e valorize o progresso e a
participação de cada criança autista. Celebre
suas conquistas, mesmo que sejam pequenas,
e promova um ambiente de apoio e
encorajamento. Incentive o respeito mútuo e
a valorização das habilidades únicas de cada
criança.
Licensed to Breno Pinheiro - pagar@pequenosarteiros.com.br - HP157816

15

7.Estrutura e previsibilidade: As crianças com


autismo se beneficiam de rotinas
estruturadas e previsíveis. É importante
estabelecer uma estrutura clara nas aulas de
Educação Física, com instruções claras,
sequências de atividades bem definidas e
sinais visuais ou verbais que ajudem a
criança a antecipar o que acontecerá em
seguida. Isso proporciona segurança e reduz
a ansiedade.
Licensed to Breno Pinheiro - pagar@pequenosarteiros.com.br - HP157816

16

CAPÍTULO 4- PROMOVENDO A
INCLUSÃO E A INTERAÇÃO
SOCIAL POR MEIO DA ATIVIDADE
FÍSICA

Neste capítulo, discutiremos a importância da


atividade física como uma ferramenta para
promover a inclusão e a interação social.
Através de atividades físicas adaptadas e
estratégias inclusivas, é possível criar um
ambiente em que pessoas com diferentes
habilidades possam participar de forma
igualitária, fortalecendo a interação social e
promovendo uma sociedade mais inclusiva.
Licensed to Breno Pinheiro - pagar@pequenosarteiros.com.br - HP157816

17

1.O papel da atividade física na inclusão: A


atividade física desempenha um papel
fundamental na inclusão de pessoas com
diferentes habilidades. Ela proporciona
oportunidades de participação em um
contexto não acadêmico, onde as habilidades
físicas e sociais podem ser desenvolvidas e
valorizadas. Além disso, a atividade física
estimula a autoconfiança, a autoestima e a
sensação de pertencimento, promovendo a
inclusão de forma ampla.

2.Adaptação das atividades físicas: A


adaptação das atividades físicas é essencial
para garantir a participação de todas as
pessoas, independentemente de suas
habilidades. Isso pode incluir ajustes no
espaço físico, na duração e intensidade das
atividades, na forma como as instruções são
apresentadas e na utilização de
equipamentos adaptados. A individualização
das adaptações é fundamental para atender
às necessidades específicas de cada pessoa.
Licensed to Breno Pinheiro - pagar@pequenosarteiros.com.br - HP157816

18

3.Criação de um ambiente inclusivo: A


criação de um ambiente inclusivo é crucial
para promover a interação social por meio da
atividade física. Isso envolve a valorização da
diversidade, o respeito às diferenças e a
promoção de um ambiente acolhedor e livre
de preconceitos. Garanta que todos sejam
incluídos nas atividades, encorajando a
participação ativa e proporcionando apoio e
suporte quando necessário.

4.Trabalho em equipe e cooperação: As


atividades físicas são uma ótima
oportunidade para promover o trabalho em
equipe e a cooperação entre os participantes.
Estimule a formação de grupos heterogêneos,
nos quais pessoas com diferentes habilidades
possam colaborar e aprender umas com as
outras. Valorize a importância da cooperação,
do respeito mútuo e da valorização das
contribuições individuais, incentivando a
criação de vínculos sociais positivos
Licensed to Breno Pinheiro - pagar@pequenosarteiros.com.br - HP157816

19
5.Estratégias de comunicação e interação: A
atividade física oferece um contexto propício
para o desenvolvimento e a prática de
habilidades de comunicação e interação
social. Utilize estratégias de comunicação
visual, como gestos e sinais, para facilitar a
compreensão e a expressão de ideias.
Incentive a escuta ativa, a empatia e a
capacidade de se colocar no lugar do outro.
Promova atividades que estimulem a
comunicação não verbal e a expressão de
emoções.

6.Promovendo a empatia e a compreensão


mútua: Ao envolver crianças com autismo em
atividades físicas com seus colegas, é
possível promover a empatia e a
compreensão mútua. As interações positivas
e o compartilhamento de experiências
durante as atividades físicas ajudam a
quebrar barreiras e reduzir estigmas,
promovendo uma cultura de inclusão e
respeito.
Licensed to Breno Pinheiro - pagar@pequenosarteiros.com.br - HP157816

20

7.Fomentando a participação ativa: A


atividade física oferece um ambiente propício
para promover a participação ativa de
crianças com autismo, proporcionando
oportunidades de interação com seus pares.
Ao criar atividades inclusivas e adaptadas, é
possível encorajar a participação ativa de
todas as crianças, promovendo um senso de
pertencimento e valorização.
Licensed to Breno Pinheiro - pagar@pequenosarteiros.com.br - HP157816

21

CAPÍTULO 5-JOGOS E ATIVIDADES


LÚDICAS QUE ESTIMULAM O
DESENVOLVIMENTO MOTOR E A
COMUNICAÇÃO NÃO VERBAL

Neste capítulo, exploraremos jogos e


atividades lúdicas que são eficazes para
estimular o desenvolvimento motor e a
comunicação não verbal. Essas atividades são
especialmente relevantes para pessoas com
diferentes habilidades, incluindo aquelas
com dificuldades de comunicação verbal. Ao
envolver-se em jogos e atividades lúdicas, é
possível promover o desenvolvimento motor,
a expressão emocional e a interação social
de forma divertida e inclusiva.
Licensed to Breno Pinheiro - pagar@pequenosarteiros.com.br - HP157816

22
1.Dança e movimento rítmico: A dança e o
movimento rítmico são excelentes atividades
para estimular o desenvolvimento motor e a
comunicação não verbal. Por meio da música e
da expressão corporal, os participantes podem
explorar diferentes movimentos, ritmos e
expressões emocionais. Essas atividades
promovem o equilíbrio, a coordenação motora,
a consciência corporal e a expressão de
emoções sem a necessidade de palavras.

2.Jogos de imitação e espelho: Jogos de


imitação e espelho são ótimas maneiras de
estimular o desenvolvimento motor e a
comunicação não verbal. Os participantes são
convidados a imitar os movimentos uns dos
outros, criando uma interação divertida e
desafiadora. Esses jogos ajudam a desenvolver
a coordenação motora, a atenção e a
capacidade de observação. Além disso, eles
promovem a comunicação não verbal,
incentivando gestos, expressões faciais e
contato visual.
Licensed to Breno Pinheiro - pagar@pequenosarteiros.com.br - HP157816

23
3.Jogos de mímica e expressão facial: Os jogos
de mímica e expressão facial são atividades
divertidas que estimulam a comunicação não
verbal. Os participantes são desafiados a
expressar emoções, objetos ou ações por meio
de gestos e expressões faciais. Esses jogos
promovem a consciência emocional, a
capacidade de interpretar sinais não verbais e
a criatividade. Eles também encorajam a
interação social, já que os participantes
precisam se comunicar e interpretar as pistas
uns dos outros.

4.Atividades com objetos manipulativos:


Atividades com objetos manipulativos, como
bolas, cordas e cones, são excelentes para
estimular o desenvolvimento motor e a
comunicação não verbal. Os participantes
podem praticar habilidades motoras finas,
como pegar, lançar, rolar ou empilhar objetos.
Essas atividades promovem a coordenação
motora, a destreza e a concentração. Além
disso, elas proporcionam oportunidades para a
comunicação não verbal, como gestos para
indicar o que fazer com os objetos.
Licensed to Breno Pinheiro - pagar@pequenosarteiros.com.br - HP157816

24

5.Jogos de equipe e cooperação: Jogos de


equipe e cooperação são atividades que
estimulam tanto o desenvolvimento motor
quanto a comunicação não verbal. Os
participantes trabalham juntos para alcançar
um objetivo comum, seja passar por um
obstáculo, construir uma estrutura ou resolver
um quebra-cabeça. Esses jogos promovem a
coordenação motora em grupo, a comunicação
não verbal através de gestos e sinais, e a
habilidade de tomar decisões e trabalhar em
equipe.

6.História corporal: Crie uma história em que


as crianças precisem imitar os movimentos e
as ações dos personagens. Por exemplo, você
pode contar uma história sobre animais na
selva e as crianças devem se movimentar
como esses animais. Essa atividade estimula a
imaginação, a expressão corporal e a
coordenação motora. Além disso, as crianças
podem se comunicar por meio de gestos e
expressões faciais para representar os
personagens da história.
Licensed to Breno Pinheiro - pagar@pequenosarteiros.com.br - HP157816

25

7. Jogo de balões: Use balões coloridos para


jogar e manter no ar. As crianças devem bater
no balão para mantê-lo no ar o maior tempo
possível, usando diferentes partes do corpo,
como mãos, pés ou cabeça. Esse jogo ajuda a
desenvolver a coordenação motora, o
equilíbrio e a noção de tempo. Além disso, as
crianças podem se comunicar através de
expressões faciais e gestos para cooperar e
interagir durante o jogo.

8. Caça ao tesouro sensorial: Crie uma caça ao


tesouro com elementos sensoriais, como
objetos de diferentes texturas, cores e formas.
As crianças devem seguir pistas e encontrar os
objetos escondidos. Essa atividade estimula a
coordenação motora, o planejamento de
movimentos e a exploração sensorial. Além
disso, as crianças podem se comunicar por
meio de gestos e expressões para indicar a
localização dos objetos.
Licensed to Breno Pinheiro - pagar@pequenosarteiros.com.br - HP157816

26
9. Dança das cores: Escolha diferentes cores e
atribua um movimento ou gesto a cada uma
delas. Por exemplo, quando a música tocar a
cor azul, as crianças devem pular; quando for
a vez da cor vermelha, devem girar. Crie
sequências de cores e movimentos para que as
crianças sigam. Essa atividade ajuda a
desenvolver a coordenação motora, a atenção
e a associação entre cores e movimentos.
Além disso, as crianças podem se comunicar
por meio de gestos e expressões faciais
durante a dança.

10. Jogo de imitação de sons: Nesse jogo, as


crianças devem imitar diferentes sons
produzidos pelo instrutor ou líder do jogo. Por
exemplo, o líder pode bater palmas, assobiar,
bater em um tambor, entre outros. As crianças
devem escutar o som e imitar o mesmo
movimento. Essa atividade estimula a
coordenação motora, a atenção auditiva e a
capacidade de imitação. Além disso, as
crianças podem se comunicar por meio de
expressões faciais e gestos para indicar o som
que estão imitando.
Licensed to Breno Pinheiro - pagar@pequenosarteiros.com.br - HP157816

27

Esses são apenas alguns jogos e atividades


lúdicas que podem ser adaptados para
promover o desenvolvimento motor e a
comunicação não verbal em crianças autistas.
Lembre-se de considerar as preferências
individuais e as necessidades de cada criança
ao planejar as atividades, proporcionando um
ambiente inclusivo e incentivando a
participação ativa de todos.
Licensed to Breno Pinheiro - pagar@pequenosarteiros.com.br - HP157816

28

CAPÍTULO 6-TRABALHANDO A
PERCEPÇÃO CORPORAL E A
CONSCIÊNCIA ESPACIAL EM
CRIANÇAS AUTISTAS

Neste capítulo, abordaremos estratégias e


atividades específicas para trabalhar a
percepção corporal e a consciência espacial
em crianças autistas. A percepção corporal
refere-se à consciência e compreensão do
próprio corpo, incluindo habilidades motoras e
sensações físicas. A consciência espacial
envolve a compreensão e a organização do
espaço ao redor do indivíduo. O
desenvolvimento dessas habilidades é
essencial para promover a autonomia, a
coordenação motora e o bem-estar das
crianças autistas.
Licensed to Breno Pinheiro - pagar@pequenosarteiros.com.br - HP157816

29

Segundo Maturana (2004), a Imagem corporal


é a figuração do próprio corpo
formada e estruturada na mente do mesmo
indivíduo, ou seja, a maneira pela qual o corpo
se apresenta para si próprio. É o conjunto de
sensações sinestésicas construídas pelos
sentidos (audição, visão, tato, paladar),
oriundos de experiências vivenciadas pelo
indivíduo, onde o referido cria um referencial
do seu corpo, para o seu corpo e para o outro,
sobre o objeto elaborado.

O termo Imagem Corporal vem sendo usado


frequentemente de maneira
permutável com a terminologia Esquema do
Corpo, em estudos neurológicos e
psicológicos, onde ocorrem também
resistências a determinadas definições e
muitas confusões metodológicas e conceituais
(PAILLARD, 2001).

Segue abaixo algumas estratégias e atividades


específicas para trabalhar a percepção
corporal e a consciência espacial em crianças
autistas.
Licensed to Breno Pinheiro - pagar@pequenosarteiros.com.br - HP157816

30
1. Atividades de consciência corporal: Inicie as
atividades com foco na percepção corporal,
ajudando as crianças autistas a desenvolverem
uma compreensão mais profunda do próprio
corpo. Alguns exemplos de atividades incluem:

Jogos de imitação de movimentos: Encoraje


as crianças a imitar diferentes movimentos
corporais, como alongamentos, saltos ou
giros. Isso ajuda a aumentar a consciência
das partes do corpo e a coordenação
motora.

Exploração sensorial: Crie oportunidades


para as crianças experimentarem
diferentes sensações físicas, como tocar
diferentes texturas, sentir a pressão de
objetos ou experimentar temperaturas
diversas. Isso ajuda a desenvolver a
percepção tátil e a consciência corporal.

Jogos de identificação de partes do corpo:


Peça às crianças que identifiquem e
apontem para diferentes partes do corpo,
como cabeça, ombros, joelhos ou dedos.
Isso ajuda a reforçar o conhecimento das
partes do corpo e a conexão entre ação e
localização.
Licensed to Breno Pinheiro - pagar@pequenosarteiros.com.br - HP157816

31
2. Atividades de consciência espacial: Após
trabalhar a percepção corporal, é importante
promover a consciência espacial, ajudando as
crianças autistas a compreenderem e se
orientarem no espaço ao seu redor. Algumas
atividades que podem ser úteis incluem:

Jogos de localização espacial: Crie jogos


em que as crianças precisam encontrar e
apontar para objetos em diferentes partes
do ambiente, como "Onde está a cadeira?"
ou "Toque na parede". Isso ajuda a
desenvolver a noção de direção e a
compreensão do espaço físico.

Exploração do ambiente: Encoraje as


crianças a explorarem diferentes espaços,
permitindo que elas se movimentem
livremente e interajam com os objetos ao
seu redor. Isso ajuda a desenvolver a
percepção de distância, altura e
profundidade.

Atividades de orientação espacial: Realize


atividades que envolvam seguir instruções
de movimento no espaço, como "Ande para
frente, vire à direita e pare". Isso ajuda a
desenvolver a consciência direcional e a
capacidade de se mover no espaço de
forma intencional.
Licensed to Breno Pinheiro - pagar@pequenosarteiros.com.br - HP157816

32

3. Utilização de recursos visuais: Para apoiar a


percepção corporal e a consciência espacial
em crianças autistas, é útil utilizar recursos
visuais como apoio. Alguns exemplos de
recursos visuais incluem:

Diagramas e esquemas: Utilize diagramas e


esquemas visuais que representem o corpo
humano e suas partes, ajudando as
crianças a identificar e nomear as
diferentes regiões e estruturas. Esses
recursos visuais podem ser utilizados tanto
durante as atividades quanto como
referência visual para reforçar o
aprendizado.

Mapas e plantas baixas: Utilize mapas ou


plantas baixas do ambiente em que as
atividades são realizadas. Isso ajuda as
crianças a compreenderem a disposição
dos espaços, a localização de objetos e a
se orientarem de forma mais eficiente
.
Símbolos e setas direcionais: Utilize
símbolos e setas direcionais para indicar
movimentos e direções durante as
atividades. Isso facilita a compreensão das
instruções espaciais e auxilia as crianças
autistas na orientação e no planejamento
dos movimentos.
Licensed to Breno Pinheiro - pagar@pequenosarteiros.com.br - HP157816

33
Trabalhar a percepção corporal e a consciência
espacial em crianças autistas é fundamental
para o desenvolvimento motor e o bem-estar
geral. Através de atividades lúdicas, recursos
visuais e práticas inclusivas, é possível
proporcionar experiências enriquecedoras que
promovam o autoconhecimento corporal, a
compreensão do espaço e a autonomia. Ao
adaptar as atividades às necessidades
individuais e fornecer apoio adequado,
podemos ajudar as crianças autistas a
aprimorarem suas habilidades motoras e sua
consciência espacial, promovendo seu pleno
potencial de desenvolvimento.
Licensed to Breno Pinheiro - pagar@pequenosarteiros.com.br - HP157816

34

CAPÍTULO 7-EXPLORANDO OS
RECURSOS E MATERIAIS

Neste capítulo, exploraremos uma variedade


de recursos e materiais que podem ser úteis
para profissionais que trabalham com
Educação Física e Psicomotricidade no
contexto do autismo. Esses recursos podem
oferecer suporte adicional, ajudar na
adaptação das atividades e promover o
desenvolvimento motor, cognitivo e social das
crianças autistas. Ao conhecer essas
ferramentas, os profissionais podem
enriquecer suas práticas e proporcionar
experiências mais inclusivas e eficazes para
seus alunos.
Licensed to Breno Pinheiro - pagar@pequenosarteiros.com.br - HP157816

35
1.Materiais sensoriais: Os materiais sensoriais
desempenham um papel fundamental no
trabalho com crianças autistas. Eles podem
ajudar a regular a sensibilidade sensorial,
promover a concentração e facilitar a
interação com o ambiente. Alguns exemplos
de materiais sensoriais úteis incluem bolas de
texturas variadas, almofadas sensoriais,
trampolins, escorregadores e equipamentos de
estimulação tátil. Esses materiais podem ser
incorporados às atividades de Educação Física,
permitindo que as crianças explorem
diferentes sensações e desenvolvam
habilidades motoras e de coordenação.

2.Jogos e brincadeiras adaptados: Adaptar


jogos e brincadeiras é uma maneira eficaz de
promover a participação e a interação das
crianças autistas. Os profissionais podem
modificar as regras, simplificar as instruções,
oferecer suportes visuais e proporcionar
oportunidades de sucesso para os alunos.
Jogos como "Simon diz", "Estátua", jogos de
equilíbrio e jogos de memória corporal são
exemplos de atividades que podem ser
adaptadas para atender às necessidades das
crianças autistas, promovendo o
desenvolvimento motor, cognitivo e social.
Licensed to Breno Pinheiro - pagar@pequenosarteiros.com.br - HP157816

36
3.Suportes visuais: Os suportes visuais são
recursos poderosos para crianças autistas, pois
ajudam na compreensão de instruções, na
organização das atividades e na antecipação
de sequências de movimentos. Quadros de
rotina visual, cartões de instruções passo a
passo, calendários visuais e pictogramas são
exemplos de suportes visuais que podem ser
utilizados na Educação Física. Ao fornecer
informações visuais claras e estruturadas, os
profissionais podem ajudar as crianças
autistas a compreender e participar das
atividades com mais confiança e autonomia.

4.Material adaptado: Existem diversos


materiais adaptados disponíveis para auxiliar
no trabalho com Educação Física e
Psicomotricidade no autismo. Esses materiais
podem incluir equipamentos específicos, como
bicicletas adaptadas, bolas de diferentes
tamanhos e pesos, cones coloridos para
marcação de trajetos, colchonetes e almofadas
de equilíbrio. Além disso, existem também
recursos digitais, como aplicativos e jogos
interativos, que podem ser utilizados como
ferramentas complementares para promover o
desenvolvimento motor e a interação social.
Licensed to Breno Pinheiro - pagar@pequenosarteiros.com.br - HP157816

37
5.Formações e capacitações: Uma forma
importante de obter recursos e conhecimentos
adicionais é por meio de formações e
capacitações oferecidas por profissionais
especializados na área do autismo e da
Educação Física adaptada. Participar de
workshops, cursos e palestras pode fornecer
aos profissionais uma base sólida de
conhecimento sobre estratégias e abordagens
eficazes para trabalhar com crianças autistas
na área da Educação Física. Essas formações
podem abordar temas como adaptação de
atividades, uso de recursos específicos,
estratégias de comunicação e interação, e
inclusão de crianças autistas em ambientes
esportivos e recreativos.

6.Redes de apoio e troca de experiências:


Participar de redes de apoio, grupos de
discussão e comunidades online pode ser uma
maneira valiosa de obter recursos e
compartilhar experiências com outros
profissionais que trabalham com Educação
Física e Psicomotricidade no autismo. Esses
espaços permitem trocar ideias, obter
sugestões práticas, compartilhar desafios e
encontrar suporte emocional. Além disso, é
possível ter acesso a materiais, indicações de
livros, artigos e outras fontes de informação
relevantes para a prática profissional.
Licensed to Breno Pinheiro - pagar@pequenosarteiros.com.br - HP157816

38

Os recursos e materiais apresentados neste


capítulo oferecem suporte e auxílio no
trabalho com Educação Física e
Psicomotricidade no contexto do autismo. Eles
podem facilitar a adaptação das atividades,
promover o desenvolvimento motor, cognitivo
e social das crianças autistas e enriquecer a
prática dos profissionais. Ao utilizar esses
recursos de forma adequada e individualizada,
é possível criar experiências inclusivas e
significativas, promovendo o engajamento e o
bem-estar das crianças autistas nas aulas de
Educação Física

Se o mundo mudou e está mudando, a escola


não pode ficar presa ao “antigo mundo” e se
lamentar de que hoje os alunos não são como
os de tempos atrás, pois nem o mundo nem os
alunos são os mesmos. O homem e o mundo
sociocultural estão em constante mudança. E a
maioria da população mundial não consegue
acompanhar e usufruir dos avanços técnico-
científicos. Nessa acepção, a escola deve se
tomar uma aliada na democratização do
conhecimento, e não virar as costas para tais
mudanças (SILVA, 2006, p. 23).
Licensed to Breno Pinheiro - pagar@pequenosarteiros.com.br - HP157816

112

AVISO LEGAL

Este ebook é destinado apenas a fins


educacionais e informativos e não deve ser
considerado como uma avaliação médica ou
aconselhamento médico profissional. As
informações fornecidas neste ebook são
baseadas em pesquisas e experiências, mas
podem não se aplicar a todas as crianças
autistas. É importante sempre consultar um
profissional de saúde antes de iniciar
qualquer rotina de exercícios ou tratamento
para crianças autistas. Os autores e editores
deste ebook não são responsáveis por
qualquer uso indevido ou interpretação das
informações contidas neste ebook. .
Licensed to Breno Pinheiro - pagar@pequenosarteiros.com.br - HP157816

Qualquer dúvida, sugestão, elogio ou


reclamação segue aqui nosso contato
Email: contato@educacaofisicaexpert.com.br

Você também pode gostar