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Chimoio
Abril,2023
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Chimoio
Abril,2023
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Índice
1.1Introdução.....................................................................................................................4
1.1.Objectivos....................................................................................................................4
1.2.Objectivo geral............................................................................................................4
1.3.Metodologias...............................................................................................................4
2.3.Diálogo social..............................................................................................................5
2.4.Confidencialidade........................................................................................................5
2.5.Prevenção....................................................................................................................6
3.Conclusão.....................................................................................................................12
Referencias bibliográficas...............................................................................................13
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1.1Introdução
O HIV/SIDA para além de ser uma doença, é também um fenómeno social e
cultural, circunstância que os ordenamentos jurídicos não podem ignorar, sob pena dos
regimes jurídicos por estes apresentadas serem ineficazes. Em Moçambique, a pandemia
do HIV/SIDA atinge proporções catastróficas que exigiram, e cada vez mais exigem, da
parte do legislador, uma intervenção vigorosa, sob pena de se agravarem os, por si só já
nefastos, efeitos da doença.
Ao nível do Direito do Trabalho, ramo do Direito sobre qual versa a presente
exposição,ma matéria do HIV/SIDA ganha uma especial relevância em virtude das
implicações sociais, económicas e humanas associadas à situação jurídico-laboral. Pela
sua natureza, ao Direito do Trabalho estão geralmente associadas não só as questões
jurídicas de natureza prática de maior impacto social, como também as iniciativas
legislativas de maior visibilidade.
Nesta matéria, o Direito do Trabalho espelha, de modo evidente, a nem sempre fácil
conciliação entre os interesses dos trabalhadores e das entidades empregadoras. Por ser
uma matéria de vital importância para o desenvolvimento do país, foram tomadas
algumas iniciativas legislativas visando regular directamente a situação jurídico-laboral
afectada pela doença.
1.1.Objectivos
1.2.Objectivo geral
Estudar as vicissitudes do HIV/SIDA no Mundo e em Moçambique.
Objectivos específicos
Caracterizar a situação do HIV/SIDA no mundo e em Moçambique;
Identificar as formas de transmissão do HIV/SIDA em geral;
Descrever a situação actual do Mundo face ao fenômeno .
1.3.Metodologias
Para a elaboração do trabalho em destaque, recorreu-se a dois métodos principais sendo:
1. Método de abordagem (indutivo), com este método foi possível trazer as
informações com a clareza que se tem no trabalho.
2. Método de procedimento (bibliográfico), com o método foi possível acessar
outras fontes bibliográficas que retratam sobre o assunto criando assim uma
relação com a realidade nacional.
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2.3.Diálogo social
A cooperação e a confiança entre a entidade patronal, os trabalhadores e os seus
representantes e, caso necessário, o governo, bem como a implicação activa dos
trabalhadores infectados e afectados pelo HIV/SIDA, são necessárias para que a
aplicação das políticas e programas relativos ao HIV/SIDA tenha sucesso.
2.4.Confidencialidade
Nada justifica exigir dos candidatos a um emprego ou aos trabalhadores
informações pessoais relacionadas com o HIV. Nenhum trabalhador deve ser obrigado a
revelar informações deste tipo relativas a outros trabalhadores. O acesso aos dados
pessoais relacionados com o estatuto HIV de um trabalhador deve ser submetido a
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Para além do sofrimento que impõe aos indivíduos e às suas famílias, a epidemia
afecta profundamente o tecido social e económico das sociedades. O HIV/SIDA tornou-
se numa terrível ameaça para o mundo do trabalho: atinge o segmento mais produtivo
da mão-de-obra, reduz os seus lucros, aumenta consideravelmente as despesas das
empresas de todos os sectores de actividade porque reduz a produção, aumenta os custos
do trabalho, conduz a uma perda de competências e de experiência (Genebra, 1999).
Representa, por outro lado, uma ameaça para os direitos fundamentais no
trabalho, nomeadamente com a discriminação e a estigmatização de que são vítimas os
trabalhadores e as pessoas que vivem com o HIV/SIDA ou que por ele são afectadas.
A epidemia, com as suas consequências, atinge mais profundamente os grupos
vulneráveis, as mulheres e as crianças, uma vez que acentua as desigualdades entre
homens e mulheres e agrava o problema do trabalho infantil (Vancouver, 1990).
trabalhadores infectados pelo HIV ou doentes com SIDA. Uma instrução eficaz pode
aumentar a capacidade de protecção dos trabalhadores contra a infecção do HIV. Pode
diminuir sensivelmente a angústia e o ostracismo associados ao HIV, reduzir ao mínimo
as perturbações no local de trabalho e desencadear uma alteração de atitude e de
conduta.
Devem ser elaborados programas, após consulta aos governos, empregadores e
trabalhadores e seus representantes, de forma a garantir um apoio ao mais alto nível e a
maior participação possível de todos os interessados. Informação e educação devem
revestir-se de múltiplas formas e não devem apenas ser fornecidas por escrito. Caso
necessário, deverão ter em conta o ensino à distância (Vancouver, 1990).
2.5.3.Formação dos agentes de saúde e de segurança
Os agentes de saúde e de segurança devem não apenas possuir um bom
conhecimento sobre os programas de informação e de educação que visam o conjunto
dos trabalhadores como também receber uma formação específica para:
1. terem os conhecimentos necessários sobre o conteúdo e os métodos utilizados na
prevenção do HIV/SIDA para poderem participar nos programas de informação
e de educação para os trabalhadores;
2. poderem avaliar o ambiente de trabalho e determinar os métodos ou as
condições de trabalho que poderiam ser alteradas ou melhoradas de forma a que
os trabalhadores infectados pelo HIV ou doentes com SIDA fiquem menos
vulneráveis;
3. verificarem se a entidade patronal garante e mantem um ambiente e
procedimentos de trabalho seguros e saudáveis para os seus efectivos, incluindo
os meios de administração dos primeiros cuidados;
4. assegurarem que as informações relacionadas com o HIV/SIDA, caso existam,
permaneçam estritamente confidenciais, bem como os outros dados médicos
referentes aos trabalhadores, e que não sejam reveladas senão em conformidade
com a Recolha de directivas práticas do BIT sobre a protecção dos dados
pessoais dos trabalhadores;
5. auxiliarem os trabalhadores na identificação e na diminuição dos factores de
risco na sua vida quotidiana;
6. estarem aptos a encaminhar os trabalhadores para os serviços médicos que, nos
locais de trabalho ou no exterior, tenham capacidade de resposta eficaz às suas
necessidades.
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precedido de toda uma actividade preliminar destinada a fazer confluir a vontade dos
contratantes e/ou a dar corpo ao próprio contrato (Genebra, 1999).
Tem-se por assente que mesmo antes da celebração de qualquer contrato, e
independentemente do seu surgimento, há deveres de conduta a cargo das partes que
assentam no princípio da boa-fé, sob pena de culpa in contrahendo (art.227º do CC),
também aqui não decorrem especiais diferenças em relação ao Direito Civil.
Se em relação ao tipo de informações de cariz essencialmente “técnico”- aquelas
informações que visam aferir as habilitações do trabalhador para o exercício da
actividade que o mesmo se propõe exercer - não se colocam problemas de maior, pois o
dever de prestação dessas informações decorre da boa-fé, o mesmo já não ocorre com os
deveres de informação relativos ao estado de saúde do trabalhador e a aspectos da sua
vida pessoal.
Na verdade, em relação à identificação dos deveres de informação a cargo do
trabalhador respeitantes ao estado de saúde e/ou aspectos da sua vida pessoal – que são
direitos de personalidade – a questão torna-se mais melindrosa, pois não é liquido que
haja um dever, à luz da boa fé, do trabalhador prestar informações.
O dever de informação do trabalhador sobre o seu estado de saúde, e em particular sobre
a seropositividade, enquadra-se numa das situações mais problemáticas na análise do
âmbito das informações a prestar pelo trabalhador na formação do contrato de trabalho.
A questão suscita dificuldades essencialmente por duas ordens de razão:
Primeiro, porque tal como em qualquer processo de formação do contrato de trabalho a
posição do candidato a trabalhador reveste-se de alguma fragilidade, pois, é
precisamente nesta fase que as desigualdades reais e negociais para com o empregador
são mais visíveis, quer pela debilidade económica, quer pela expectativa e necessidade
de emprego as quais geram no candidato uma maior susceptibilidade de abdicação dos
seus direitos (Ferney.Voltaire, 2000).
3.Conclusão
O fenómeno do HIV/SIDA analisado numa perspectiva juslaboral levanta, como
se demonstrou, sérios problemas ao nível da articulação daquilo que são os interesses do
trabalhador e da entidade empregadora, sendo nesse aspecto um verdadeiro viveiro de
criação de conflitos de interesses.
Nesta temática convergem diversos ramos do conhecimento jurídico que
exercem pressões sobre o vínculo laboral no sentido de acolher soluções que muitas
vezes se apresentam como inconciliáveis.
Ao nível do Direito do Trabalho, ramo do direito altamente susceptível à
influência ideológica e social vigente, cumpre referir que não há verdades absolutas, e
que aquilo que pode ser hoje um entendimento consensual num determinado aspecto,
amanhã poderá estar ultrapassado, sobretudo em matérias a que o conhecimento
científico está aliado.
Esta matéria deve ser abordada sem preconceitos nem dogmas jurídicos, pois o
HIV/SIDA é, tendencialmente, e cada vez mais, considerado uma doença crónica. A
pandemia do HIV/SIDA em Moçambique é hoje, infelizmente, uma realidade
absoluta e incontornável e que não pode ser ignorada por ninguém, nem mesmo pelos
juristas, os quais, na maioria das vezes, chamados a abordarem esta temática, se limitam
a proferir discursos demagógicos afastados do plano, que se pretende centrado
primacialmente nas questões jurídicas.
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Referencias bibliográficas
1. Agência dos Estados Unidos da América para o desenvolvimento internacional
(USAID): AIDS briefs, military populations (Washington, DC, não datado).
2. Civil-Millitary Alliance (CMA)/ONUSIDA: Winning the War against HIV and
AIDS: a handbook on planning, monitoring and evaluation of HIV prevention
and care programmes in the uniformed services (Genebra, 1999).
3. Internacional dos serviços públicos: Policy and programme on HIV/AIDS for
PSI affiliates and public sector workers (Ferney.Voltaire, 2000).
4. ONUSIDA: Le SIDA et l’armée: point de vue, colecção Melhores Práticas da
ONUSIDA /Genebra, 1998).
5. United Nations Military Planners and Commandres/Departamento das operações
de manutenção da paz da ONU e Civil-Military Alliance to Combat HIV/AIDS:
Policy guidelines on HIV/AIDS prevention and control for United Nations
military planners and commanders (Genebra, Fev. 2000).
6. Vancouver Health Department: AIDS in the workplace, education programs for
civic employees (Vancouver, 1990).