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Saúde da Comunidade IV
2º Semestre/ 2º Ano
Tema: Factores de Risco e Protectores da Febre Tifóide nas famílias abrangidas pelo
Programa Um Estudante Uma Familia na Comunidade de Mucupoa
Dicentes: Docentes:
Factores de Risco e Protectores da Febre Tifóide nas famílias abrangidas pelo Programa Um
Estudante Uma Familia na Comunidade de Mucupoa
Lista de abreviaturas....................................................................................................................6
1. INTRODUÇÃO...................................................................................................................7
1. REVISÃO LITERÁRIA....................................................................................................8
2.2 Etiologia.......................................................................................................................8
2. Distribuição Histórico-Geográfica....................................................................................9
4. Epidemiologia global.......................................................................................................9
4.1. Em África.....................................................................................................................9
5. Fontes de Infecção..........................................................................................................11
6. Modo de Transmissão.....................................................................................................12
7. Sinais e sintomas............................................................................................................13
8. Período de Incubação.....................................................................................................13
9. Factores de Risco............................................................................................................13
11. Diagnóstico.................................................................................................................15
14. Tratamento......................................................................................................................15
15.2. Alimentos....................................................................................................................19
18.2 Hipóteses........................................................................................................................22
18.4 Objectivos......................................................................................................................22
19.6 Orçamento......................................................................................................................24
19.7 Cronograma....................................................................................................................24
21. APÊNDICE...................................................................................................................28
2
Lista de abreviaturas
FCS: Faculdade de Ciências de Saúde;
3
1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho aborda sobre factores de risco e protectores da febre tifóide nas
famílias abrangidas pelo programa um estudante, uma família do 2º semestre de 2021
bairro de Mucopoa. Dentro do trabalho abordamos sobre a epidemiologia da febre
tifoide a nível global, a nível de Moçambique e pouco sobre epidemiologia da província
de Nampula. A febre tifoide é classificada como uma doença bacteriana transmissível,
no entanto, as doenças de origem bacteriana são altamente transmissíveis e são um
problema de saúde pública dos indivíduos que habitam em regiões endémicas. A
vigilância das doenças transmissíveis baseia-se em intervenções que, atuando sobre um
ou mais elos conhecidos da cadeia epidemiológica de transmissão, sejam capazes de vir
a interrompê-la. (1)
Em 1907, Mary Mallon Typhi foi o primeiro portador a ser identificado após uma
epidemia, nos E.U.A. A febre tifóide (FT) é uma infeção sistémica aguda, causada por
Salmonella enterica serotipo typhi. É comum em países em desenvolvimento e está
associada a baixos níveis socioeconómicos e pobres condições de saneamento básico, de
higiene pessoal e ambiental. (1)
Por ser uma doença associada a baixos níveis socioeconómicos e olhando a nossa
população de estudo, a população de Mucopoua, este estudo teve como objetivo avaliar
o nível de conhecimento sobre os fatores de risco e protectores da febre tifoide nas
famílias abrangidas pelo programa um estudante, uma família.
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1. REVISÃO LITERÁRIA
2.1 Conceito de Febre Tifóide
A febre tifóide é uma doença bacteriana aguda de distribuição mundial, que é causada
pela Salmonella entérica sorotipo typhi. Esta doença, está associada a baixos níveis
socioeconômicos, relacionando-se, principalmente, com precárias condições de
saneamento e de higiene pessoal e ambiental. (2)
2.2 Etiologia
O agente etiológico da febre tifóide é a Salmonella enterica sorotipo typhi, pertencente à
família Enterobactereaceae. (2)
5
Em carnes e enlatados: são raros os casos adquiridos por intermédio desses
alimentos, provavelmente porque o seu processo de preparo é suficiente para
eliminar a salmonela. Mas, uma vez preparada a carne ou aberta a lata, a
sobrevivência do agente é maior do que a vida útil desses alimentos.
2. Distribuição Histórico-Geográfica
(2)
Não existe uma distribuição geográfica especial. A ocorrência da doença está
directamente relacionada às condições de saneamento existentes e aos hábitos
individuais. (5) Estão mais sujeitas à infecção as pessoas que habitam ou trabalham em
ambientes com precárias condições de saneamento. (2,5)
No entanto, a doença acomete com maior frequência a faixa etária entre 15 e 45 anos de
idade em áreas endêmicas, no entanto, taxa de ataque diminui com a idade. (5)
4. Epidemiologia global
Apesar de se apresentarem em declínio nos países ditos desenvolvidos, as infecções por
Salmonella spp. continuam a ser uma das infecções gastrointestinais de origem
alimentar mais comuns a nível mundial. (3)
4.1. Em África
A rede sanitária de muitos países do continente Africano apresenta ainda debilidades
estruturais, associada à ausência de políticas e programas adequados para o controlo de
muitas doenças transmissíveis, entre estas a febre tifóide. (5)
6
incidência de doenças transmitidas por alimentos; estima-se que mais de 91 milhões de
pessoas são infectados e destes 137.000 morrem anualmente. (3)
Em África a febre tifóide ainda não foi estudada e acompanhada como noutras regiões
do mundo. Este facto deve-se em grande medida aos poucos recursos destinados para o
diagnóstico laboratorial assim como as insuficientes infraestruturas para apoiar estudos
clínicos e epidemiológicos. (5)
Em contraste no Gana a doença parece ser mais comum em crianças menores de 5 anos
e no Moshi, Tanzânia, a febre tifóide é diagnosticada quer em adultos quer em crianças.
(5)
No entanto, a febre tifóide não esta directamente ligada a sazonalidade. A patologia está
associada a baixas condições socioeconómicas e falta de higiene, com os seres humanos
os únicos hospedeiros naturais conhecidos e reservatório de infecção. (2)
7
A febre tifóide assola quase todos os países do mundo, e em Moçambique o primeiro
caso da febre tifóide surgiu em Maio de 2009 e criou alarme porque, inicialmente,
ninguém sabia do que se tratava.(8)
Segundo o estudo Global do Fardo da Doença (GBD) estima que em 2016 Moçambique
tinha:
48.374 casos de febre tifóide ou 168 por 100.000 por habitantes, 63% dos quais
entre crianças com menos de 15 anos de idade. (10)
787 mortes por tifóide, 68% dos quais entre crianças menores de 15 anos. (10)
8
entrada na maior unidade sanitária da região norte devido a má qualidade da água
associada ao saneamento do meio precário. 13
5. Fontes de Infecção
A Salmonella typhi causa doença natural somente no homem, embora chimpanzés,
camundongos e outros animais possam ser infectados experimentalmente. (5)
Os indivíduos que, após a infecção aguda, mantêm eliminação de bacilos nas fezes e
urina por tempo prolongado são denominados portadores. (5)
6. Modo de Transmissão
São possíveis duas formas de transmissão da febre tifóide: (5)
9
Os principais pontos de preocupação são a contaminação de áreas de preparação de
alimentos e a contaminação cruzada com matéria fecal (2,5). Na sua origem estão as más
práticas de higiene, contaminação do equipamento ou dos próprios manipuladores e
processamento ou armazenamento inadequados. (1)
No entanto, em países com fraco saneamento básico do meio ambiente, assim como
com comercialização de alimentos de forma informal e em locais não adequados e sem
segurança alimentar, é comum a transmissão cruzada entre os vários intervenientes na
cadeia epidemiológica desta infecção. (2)
7. Sinais e sintomas
A sintomatologia ou os principais sinais e sintomas da febre tifoide incluem: (5)
Em febre alta;
Dores de cabeça;
Mal-estar geral;
Dor abdominal;
Falta de apetite;
Esplenomegalia (aumento do volume do baço);
Manchas rosadas no tronco (roséolas tíficas);
Obstipação intestinal ou diarreia e;
Tosse seca.
10
8. Período de Incubação
O período de incubação depende da dose infectante, mas, comumente ocorre de uma a
três semanas (duas semanas em média). (2)
9. Factores de Risco
Existem factores que contribuem para o surgimento e disseminação das doenças
infeciosas na era dos antibióticos. (2)
Pobreza;
Associado a todos estes factores, junta-se um deficiente controlo pelos órgãos públicos
e privados de saúde pública, da qualidade dos alimentos disponíveis para consumo das
populações. (2)
11
adopção de boas práticas de higiene pessoal dos manipuladores e qualidade higiénico-
sanitário da área de preparação. (6,14,15)
No entanto, os principais factores protectores para a ocorrência da febre tifoide são: (11)
11. Diagnóstico
13.1 Diferencial
Deve ser feito com todas as doenças entéricas de diversas etiologias, como, por
exemplo, Salmonella enterica sorotipo Paratyphi A, B, C, Yersinia enterocolitica, etc.
Devido ao quadro clínico inespecífico, as doenças abaixo devem fazer parte do
diagnóstico diferencial:
Pneumonias;
Tuberculose (pulmonar, miliar, intestinal, meningoencefalite e peritonite);
Endocardite bacteriana;
Colecistite aguda;
Tripanossomíase;
malária;
toxoplasmose;
13.2 Laboratorial
12
(hemocultura), fezes (coprocultura), aspirado medular (mielocultura) e urina
(urocultura).
14. Tratamento
O tratamento é quase sempre ambulatorial, reservando-se o internamento para os casos
de maior gravidade.
Há pelo menos duas quinolonas com eficácia comprovada contra a Salmonella enterica
sorotipo Typhi: a ciprofloxacina e a ofloxacina. São drogas eficazes e pouco tóxicas,
tendo como principal desvantagem a contra-indicação de sua utilização em crianças e
gestantes e, como fator limitante do seu uso, o preço elevado.
13
Comunicante que possam constituir risco para a comunidade, tais como
indivíduos que manipulam alimentos em creches, hospitais;
Em coletividades fechadas, como asilos, hospitais psiquiátricos e presídios.
Quando o portador for manipulador de alimentos, ele deverá ser afastado dessa função
enquanto durar a condição de portador. Caso isso não seja possível, um trabalho
educativo deve ser feito, visando promover mudanças de hábitos higiênicos que
possibilite a manutenção segura do manipulador nessa actividade. (15, 16)
É recomendo que a água para o consumo deve ser tratada com Hipocloreto de sódio e
ou ferver àgua para eliminar a bacteria causadora de fébre tifóide e outros tipos de
microrganismos causadores de doenças fecais.
Figura
2: Fonte:
Manual
de
Saneamento – 2004
14
Equipamentos domésticos utilizados param tratamento da água: os equipamentos
usados para o armazenamento e tratamento da água para o consumo devem estar em
boas condições de higiene e é possível garantir tais condições higienizando bem os
recipientes. (2)
15
Quadro 1: Orientações para Cloração de Água para Consumo Humano
Resíduos sólidos: o lixo deve ser colocado em recipiente próprio, feito de material
resistente e de fácil limpeza (borracha, lata, chapa de ferro zincado) ou saco plástico.
(10,11)
. É importante que o recipiente de lixo seja mantido sempre tampado e, logo que
(16)
esvaziado, se proceda à sua limpeza.
16
Quadro 2: Alternativas para o tratamento de superfícies contaminadas pela
Salmonella thypi.
15.2. Alimentos
Os alimentos desempenham papel relevante na qualidade de vida das populações em
função da sua disponibilidade, acessibilidade, qualidade sanitária e nutricional, e estas
(2)
influenciam no estado de saúde.
17
Cozer bem os ovos, ferver no minimo por 10 minuntos;
Lavar bem os alimentos;
Lavar sempre os aliemtos;
Garantir a conservação adequada dos alimentos.
Alimentos de alto risco: leite cru, moluscos, mexilhões, ostras, pescados crus,
hortaliças, legumes e frutas não lavadas, devido ao alto teor de humidade, de
proteína e de hidratos de carbono.
Alimentos de médio risco: alimentos intensamente manipulados logo após o
cozimento, ou requentados, e massas.
Alimentos de baixo risco: alimentos cozidos que são consumidos
imediatamente, verduras fervidas, alimentos secos e carnes cozidas ou assadas.
A partir disso, os procedimentos que devem ser adotados, de modo a evitar a infecção
(15,16)
pela Salmonella typhi a partir da ingestão de alimentos contaminados incluem:
18
A manipulação dos alimentos deve ocorrer em ambientes higienicamente
saudáveis, por indivíduos possuidores de bons hábitos de higiene e que não
estejam portando doença infectocontagiosas;
Salientar que é necessário que o ministério da saúde encontre alguma solução que
facilite o diagnostico e tratamento da febre tifóide que assola a maior parte da
população, além de reforçar as medidas preventivas.
19
17. METODOLOGIA DE PESQUISA
18.1 Pergunta de pesquisa
A febre tifóide é uma doença que tem preocupado as entidades de saúde a todos os
níveis, sendo que ela está associada a certas causas que tem fortes ligações com os
hábitos alimentares por exemplo. No entanto, a par desse efeito, procura-se entender:
Qual é o nível de conhecimento, e o controlo em relação a febre tifoide nas famílias
abrangidas pelo programa um estudante, uma família?
18.2 Hipóteses
H0: A ocorrência de casos de febre tifoide nas nossas comunidades não esta
relacionado com a falta de acesso aos serviços de saúde, condições precárias de
habitação e higiene, o baixo grau de instrução escolar, o desemprego, ao deficiente
sistema de abastecimento de agua, falta de aquisição de informações relacionadas,
bem como a insegurança alimentar.
18.4 Objectivos
Geral:
20
Específicos:
Critérios de exclusão: não farão parte do estudo todos os indivíduos das famílias
abrangidas pelo estudo que se apresentarem embriagados ou com condições
emocionais visivelmente não favoráveis para a participação no estudo (ex.: indivíduos
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com distúrbios mentais), todos os individous que não mostarem vonatde de participar
na entrevista.
Questionários 23;
19.6 Orçamento
Item/material Quantidade Preço unitário Total Observações
(MZN) (MZN)
Canetas 23 15 Indispensável
Questionários 23 300 Indispensável
19.7 Cronograma
Mês
Actividade
Março Abril Maio Junho
Escolha do tema
Revisão literária
22
Elaboração do
protocolo
Recolha dos
dados
Análise e
discussão de
dados
Apresentação dos
resultados
23
20. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
9. European Food Safety Authority (EFSA) & European Centre for Disease
Prevention and Control (ECDC). Summary report on trends and sources of
zoonoses, zoonotic agents and food-borne outbreaks in 2017.
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12. REVISTA MOÇAMBICANA DE CIÊNCIAS DE SAÚDE: Instituto Nacional
de Saúde. 2018. Volume 4. INSSN: 2311-3308
18. Info-media. Destaque: Febre Tifoide: um inimigo ignorado. INGANI. Edi. VII,
jornal. 22 de Novembro de 2021.
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21. APÊNDICE
21.1 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
Afirmo que aceitei participar por minha própria vontade, sem receber qualquer
incentivo financeiro ou ter qualquer ónus e com a finalidade exclusiva de colaborar para
o sucesso da pesquisa.
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