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UNIVERSIDADE LÚRIO

Faculdade de Ciências de Saúde

Curso de Licenciatura em Nutrição

Saúde da Comunidade IV

2º Semestre/ 2º Ano

Tema: Factores de Risco e Protectores da Febre Tifóide nas famílias abrangidas pelo
Programa Um Estudante Uma Familia na Comunidade de Mucupoa

Dicentes: Docentes:

Turma de Nutrição Dra. Atija


Dra. Cecília Boaventura
. Dra. Francy Riane
Dr. Issa Horta
Dr. Suale Puchar
Dra. Zena Albino

Nampula, Março de 2022


UNIVERSIDADE LÚRIO

Faculdade de Ciências de Saúde

Factores de Risco e Protectores da Febre Tifóide nas famílias abrangidas pelo Programa Um
Estudante Uma Familia na Comunidade de Mucupoa

Trabalho de carácter avaliativo e científico a ser entregue aos docentes da Saúde de


Comunidade com requisito parcial para aquisição de nota na disciplina de Saúde da
comunidade IV

Nampula, Março de 2022


Conteúdos
Resumo........................................................................................................................................5

Lista de abreviaturas....................................................................................................................6

1. INTRODUÇÃO...................................................................................................................7

1. REVISÃO LITERÁRIA....................................................................................................8

2.1 Conceito de Febre Tifóide................................................................................................8

2.2 Etiologia.......................................................................................................................8

2. Distribuição Histórico-Geográfica....................................................................................9

4. Epidemiologia global.......................................................................................................9

4.1. Em África.....................................................................................................................9

5. Fontes de Infecção..........................................................................................................11

6. Modo de Transmissão.....................................................................................................12

7. Sinais e sintomas............................................................................................................13

8. Período de Incubação.....................................................................................................13

9. Factores de Risco............................................................................................................13

10. Factores Protectores....................................................................................................14

11. Diagnóstico.................................................................................................................15

14. Tratamento......................................................................................................................15

15. MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE DA FEBRE TIFÓIDE..............................16

15.1 Água e Saneamento........................................................................................................16

15.2. Alimentos....................................................................................................................19

16. Importância económica da febre tifóide...............................................................................21

17. METODOLOGIA DE PESQUISA.............................................................................22

18.1 Pergunta de pesquisa......................................................................................................22

18.2 Hipóteses........................................................................................................................22

18.3 Justificativa e relevância.................................................................................................22

18.4 Objectivos......................................................................................................................22

18.5 Descrição do local de estudo..........................................................................................23

18.6 Tipo de estudo................................................................................................................23


18.9 Definição de universo e amostra.....................................................................................23

18. Critérios de seleção.....................................................................................................23

19.1 Definição de variáveis....................................................................................................23

19.2 Técnica de colheita de dados..........................................................................................23

19.3 Considerações éticas.......................................................................................................24

19.4 Análise estatística...........................................................................................................24

19.5 Recursos necessários......................................................................................................24

19.6 Orçamento......................................................................................................................24

19.7 Cronograma....................................................................................................................24

19.8 Resultados esperados......................................................................................................25

20. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................26

21. APÊNDICE...................................................................................................................28

21.1 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido................................................................28


Resumo
Contextualização: febre tifoide é uma doença sistémica aguda, provocada pela infeção
da Salmonela typhi. A Salmonela typhi causa doença natural apenas em seres humanos e
é transmitida somente por alimentos ou água contaminados por fezes. As principais
fontes de infeção constituem os indivíduos doentes e os portadores. A sua
sintomatologia clinica é constituída de dores de barriga, cefaleia, presença de roséolas
tíficas no tronco, esplenomegalia, falta de apetite, febre alta, sensação de mal-estar;
sendo maioritariamente confundida com a malaria. O seu diagnostico pode ser
diferencial e laboratorial. Objectivo: Avaliar os fatores de risco e protetores da febre
tifoide nas famílias abrangidas pelo programa 1E1F, no 2º semestre de 2021 na
comunidade de Mucopoua. Metodologia: Trata-se de um estudo observacional
descritivo transversal com abordagem qualitativa. O estudo será realizado na cidade de
Nampula, no posto administrativo de Mucopoa, especificamente, nas famílias
abrangidas pelo programa inovador da Faculdade de ciências de saúde (FCS) Um
Estudante Uma Família (1E1F) do 2º semestre de 2021, com vista a auferir a realidade
da condição patológica na comunidade acima citada. Os resultados poderão ser obtidos
pela aplicação de um questionário, a posterior os dados serão processados e analisados
pelos programs SPSS e Microaoft Excel. Resultados esperados: espera-se que a
comunidade não disponha de conhecimentos profundos a respeito dos fatores de risco e
protetores da Febre tifoide e que com a intervenção das abordagens da educação para
saúde, contribua para a melhoria do conhecimento desta doença e consequentemente o
controlo desta por parte das famílias.

Palavras-chave: Febre Tifoide, Fatores de risco, Fatores de protetores.

2
Lista de abreviaturas
FCS: Faculdade de Ciências de Saúde;

1F1F: um estudante, uma família;

OMS: Organização Mundial da Saúde;

FT: Febre Tifoide;

GBD: Global do Fardo da Doença;

CDM: Cerveja de Moçambique;

EUA: Estados Unidos da América.

3
1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho aborda sobre factores de risco e protectores da febre tifóide nas
famílias abrangidas pelo programa um estudante, uma família do 2º semestre de 2021
bairro de Mucopoa. Dentro do trabalho abordamos sobre a epidemiologia da febre
tifoide a nível global, a nível de Moçambique e pouco sobre epidemiologia da província
de Nampula. A febre tifoide é classificada como uma doença bacteriana transmissível,
no entanto, as doenças de origem bacteriana são altamente transmissíveis e são um
problema de saúde pública dos indivíduos que habitam em regiões endémicas. A
vigilância das doenças transmissíveis baseia-se em intervenções que, atuando sobre um
ou mais elos conhecidos da cadeia epidemiológica de transmissão, sejam capazes de vir
a interrompê-la. (1)

Em 1907, Mary Mallon Typhi foi o primeiro portador a ser identificado após uma
epidemia, nos E.U.A. A febre tifóide (FT) é uma infeção sistémica aguda, causada por
Salmonella enterica serotipo typhi. É comum em países em desenvolvimento e está
associada a baixos níveis socioeconómicos e pobres condições de saneamento básico, de
higiene pessoal e ambiental. (1)

Por ser uma doença associada a baixos níveis socioeconómicos e olhando a nossa
população de estudo, a população de Mucopoua, este estudo teve como objetivo avaliar
o nível de conhecimento sobre os fatores de risco e protectores da febre tifoide nas
famílias abrangidas pelo programa um estudante, uma família.

4
1. REVISÃO LITERÁRIA
2.1 Conceito de Febre Tifóide
A febre tifóide é uma doença bacteriana aguda de distribuição mundial, que é causada
pela Salmonella entérica sorotipo typhi. Esta doença, está associada a baixos níveis
socioeconômicos, relacionando-se, principalmente, com precárias condições de
saneamento e de higiene pessoal e ambiental. (2)

No entanto, a OMS considera febre tifoide se um individuo se apresenta com febre e


qualquer dos seguintes: diarreia ou obstipação intestinal, vómitos, dor abdominal,
cefaleias ou tosse, especialmente se a febre tiver mais de sete dias de duração e tiver
sido excluída malaria. (3)

2.2 Etiologia
O agente etiológico da febre tifóide é a Salmonella enterica sorotipo typhi, pertencente à
família Enterobactereaceae. (2)

Ela consiste em bactérias de coloração Gram-negativa com motilidade, em forma de


bacilo, anaeróbias facultativas, maioritariamente flageladas e não esporuladas. (3)

Devido às peculiaridades do agente etiológico, o seu tempo de sobrevivência difere


entre diferentes meios: (2)

 Na água doce: varia consideravelmente com a temperatura (temperaturas mais


baixas levam a uma maior sobrevivência), com a quantidade de oxigênio
disponível (as salmonelas sobrevivem melhor em meio rico em oxigênio) e com
o material orgânico disponível (águas poluídas, mas não tanto a ponto de
consumir todo o oxigênio, são melhores para a sobrevivência do agente). Em
condições ótimas, a sobrevivência nunca ultrapassa de três a quatro semanas;
 No esgoto: em condições experimentais, é de aproximadamente 40 dias;
 Na água do mar: para haver o encontro de salmonela na água do mar, é
necessária uma altíssima contaminação;
 Em ostras, mariscos e outros moluscos: a sobrevivência demonstrada é de até
quatro semanas;
 Nos alimentos: leite, creme e outros laticínios constituem excelentes meios,
chegando a perdurar até dois meses na manteiga, por exemplo;

5
 Em carnes e enlatados: são raros os casos adquiridos por intermédio desses
alimentos, provavelmente porque o seu processo de preparo é suficiente para
eliminar a salmonela. Mas, uma vez preparada a carne ou aberta a lata, a
sobrevivência do agente é maior do que a vida útil desses alimentos.

2. Distribuição Histórico-Geográfica
(2)
Não existe uma distribuição geográfica especial. A ocorrência da doença está
directamente relacionada às condições de saneamento existentes e aos hábitos
individuais. (5) Estão mais sujeitas à infecção as pessoas que habitam ou trabalham em
ambientes com precárias condições de saneamento. (2,5)

No entanto, a doença acomete com maior frequência a faixa etária entre 15 e 45 anos de
idade em áreas endêmicas, no entanto, taxa de ataque diminui com a idade. (5)

4. Epidemiologia global
Apesar de se apresentarem em declínio nos países ditos desenvolvidos, as infecções por
Salmonella spp. continuam a ser uma das infecções gastrointestinais de origem
alimentar mais comuns a nível mundial. (3)

Estima-se que 11 a 21 milhões de casos de febre tifóide e aproximadamente 128 mil a


161 mil mortes por ano e a maioria dos casos ocorre no sul e sudeste asiático e africa
subsariana. (6) O número total estimado de episódios de febre tifoide em 2010 foi de 13,5
milhões. (7)

Os relatórios da União Europeia reportaram em oito países mais de 196 casos de


Salmonelose confirmados e todos relacionados com o consumo de ovos contaminados.
(1)

4.1. Em África
A rede sanitária de muitos países do continente Africano apresenta ainda debilidades
estruturais, associada à ausência de políticas e programas adequados para o controlo de
muitas doenças transmissíveis, entre estas a febre tifóide. (5)

A ausência e/ou debilidades do saneamento do meio, a falta de água potável, a pobreza


assim como a fraca educação da população para as questões da saúde contribui
significativamente para a morbilidade e mortalidade das infecções por Salmonella spp.(5)
A organização mundial da saúde (OMS) estima que a região Africana possui a mais alta

6
incidência de doenças transmitidas por alimentos; estima-se que mais de 91 milhões de
pessoas são infectados e destes 137.000 morrem anualmente. (3)

Em África a febre tifóide ainda não foi estudada e acompanhada como noutras regiões
do mundo. Este facto deve-se em grande medida aos poucos recursos destinados para o
diagnóstico laboratorial assim como as insuficientes infraestruturas para apoiar estudos
clínicos e epidemiológicos. (5)

A febre tifóide na África do Sul é uma doença prevalente principalmente em crianças


entre 5-15 anos de idade; enquanto que nas áreas urbanas do Quénia (onde a incidência
da febre tifóide é alta com 247 casos por 100.000) a doença é registada
predominantemente em crianças menores de 10 anos, e a incidência em área urbana é 15
vezes maior do que a encontrada na área rural em Quénia. (5)

Em contraste no Gana a doença parece ser mais comum em crianças menores de 5 anos
e no Moshi, Tanzânia, a febre tifóide é diagnosticada quer em adultos quer em crianças.
(5)

No entanto, a febre tifóide não esta directamente ligada a sazonalidade. A patologia está
associada a baixas condições socioeconómicas e falta de higiene, com os seres humanos
os únicos hospedeiros naturais conhecidos e reservatório de infecção. (2)

Figure 1: Representação da prevalência da febre tifoide a nível mundial, adaptado de


(OMS, 2014). (4)

4.2 Epidemiologia da febre tifóide em Moçambique

7
A febre tifóide assola quase todos os países do mundo, e em Moçambique o primeiro
caso da febre tifóide surgiu em Maio de 2009 e criou alarme porque, inicialmente,
ninguém sabia do que se tratava.(8)

Surgiu numa região fronteiriça da província central moçambicana de Tete, próximo do


Malawi. (8) A febre tifóide surgiu em Tsangano, numa região onde na época não existia
nenhuma unidade sanitária, sendo por isso que os doentes recebiam tratamento no
Malawi.1 Em Moçambique as províncias com mais incidência de febre tifóide são:
província de Manica, em que no ano 2017 registou uma evolução de incidência de 74%,
a idade com maior incidência de casos suspeitos foi de 5 a 9 anos com 50% de
incidência;2 Província de Tete, província Nampula e província de Inhambane. As
províncias com menos incidência de febre tifóide são província de Gaza e de Cabo
delgado, sendo que no ano 2017 a província de Cabo delgado não registrou nenhum
caso da febre tifóide. (9)

Segundo o estudo Global do Fardo da Doença (GBD) estima que em 2016 Moçambique
tinha:

 48.374 casos de febre tifóide ou 168 por 100.000 por habitantes, 63% dos quais
entre crianças com menos de 15 anos de idade. (10)
 787 mortes por tifóide, 68% dos quais entre crianças menores de 15 anos. (10)

4.3 Epidemiologia da febre tifóide em Nampula

Na província de Nampula os dados actuais de registros de casos de febre tifoide ainda


não foram publicados, mas a prevalência de febre tifoide no ano de 2015 era de 93
números de casos positivos confirmados, 58% de casos diagnosticados eram indivíduos
de sexo masculino. (11)

Diz nutricionista Dra. Brígida Macasa, afecta na Universidade Lúrio em Nampula ʺ


Actualmente verifica-se, em algures da cidade, a venda de carnes em condições não
favoráveis […] a carne mal conservada apresenta microrganismos que causam doença
ao consumidor, exemplo disso, nos últimos temos a cidade de Nampula já apresenta
casos de febre tifóide que é consequência de má conservação dos produtos na sua
maioria de origem animalʺ 12

Diz o jornal portuguesa VOA em março de 16 de 2022, na cidade de Nampula, as


doenças diarreicas, a malária e a febre tifóide estão entres as doenças que têm dado

8
entrada na maior unidade sanitária da região norte devido a má qualidade da água
associada ao saneamento do meio precário. 13

5. Fontes de Infecção
A Salmonella typhi causa doença natural somente no homem, embora chimpanzés,
camundongos e outros animais possam ser infectados experimentalmente. (5)

As principais fontes de infecção são os portadores e os indivíduos doentes. O contágio


se dá por meio de excreções (fezes por exemplo) e, em algumas ocasiões, pelo vômito,
expectoração ou pus. (2)

Os indivíduos que, após a infecção aguda, mantêm eliminação de bacilos nas fezes e
urina por tempo prolongado são denominados portadores. (5)

Aproximadamente 2% a 5% dos doentes passarão ao estado de portador e se dividem


em três classes: (2)

 Portador convalescente: indivíduo que continua eliminando bactérias nos


quatro meses seguintes à infecção aguda (30% dos doentes);
 Portador crônico: indivíduo que, por um ano, continua eliminando bactérias
(5% dos doentes);
 Portador são: indivíduo que elimina bactérias, assintomaticamente, pelas fezes,
após um ano do início da infecção aguda (identificado em busca ativa).

A condição de portador é mais frequente em mulheres, de idade avançada e com litíase


biliar. (2)

6. Modo de Transmissão
São possíveis duas formas de transmissão da febre tifóide: (5)

 Direta: por contacto directo com as mãos do doente ou portadores animais ou


humanos. (2,5,6)

 Indireta: pela via fecal-oral (considera-se a principal via de transmissão)


estando a infeção por Salmonella vulgarmente associada ao contacto com um
ambiente e produtos alimentares contaminados com fezes ou principalmente
pela relação da água e alimentos sendo a febre tifoide conhecida, por isso, como
a “doença das mãos sujas”. (2,3,5)

9
Os principais pontos de preocupação são a contaminação de áreas de preparação de
alimentos e a contaminação cruzada com matéria fecal (2,5). Na sua origem estão as más
práticas de higiene, contaminação do equipamento ou dos próprios manipuladores e
processamento ou armazenamento inadequados. (1)

Os legumes irrigados com água contaminada, produtos do mar malcozidos ou crus


(moluscos e crustáceos), leite e derivados não pasteurizados, produtos congelados e
enlatados podem veicular salmonelas. O congelamento não destrói a bactéria, e
sorvetes, por exemplo, podem ser veículos de transmissão. (2)

No entanto, em países com fraco saneamento básico do meio ambiente, assim como
com comercialização de alimentos de forma informal e em locais não adequados e sem
segurança alimentar, é comum a transmissão cruzada entre os vários intervenientes na
cadeia epidemiológica desta infecção. (2)

Uma outra via com um grande peso na prevalência de salmonelose em humanos, é a


transmissão vertical de serovares não-tifóides nas aves para alimentação, sendo um
importante problema de saúde pública devido principalmente à disseminação de
Salmonella spp. pelos ovos, uma vez que estes são alimentos vulgarmente consumidos
crus ou presentes em preparados não (ou mal) cozinhados, e uma das fontes de
salmonelose humana, seguida de produtos derivados de suínos. (6,8,1)

7. Sinais e sintomas
A sintomatologia ou os principais sinais e sintomas da febre tifoide incluem: (5)

 Em febre alta;
 Dores de cabeça;
 Mal-estar geral;
 Dor abdominal;
 Falta de apetite;
 Esplenomegalia (aumento do volume do baço);
 Manchas rosadas no tronco (roséolas tíficas);
 Obstipação intestinal ou diarreia e;
 Tosse seca.

10
8. Período de Incubação
O período de incubação depende da dose infectante, mas, comumente ocorre de uma a
três semanas (duas semanas em média). (2)

9. Factores de Risco
Existem factores que contribuem para o surgimento e disseminação das doenças
infeciosas na era dos antibióticos. (2)

No entanto, os principais factores de risco para a ocorrência da febre tifoide são:

 Praticar o fecalismo a céu aberto;

 Deficiência de água potável;

 Pobreza;

 Proliferação incontrolada de lixo na comunidade (falta de saneamento do


meio);

 Processo de urbanização desordenado;

 Implantação de mercados em locais impróprios;

 Elevada densidade populacional e com precárias condições higiénicas;

 Não lavar bem os alimentos;

 Trabalhar em contacto com água contaminada e excreções humanas;

Associado a todos estes factores, junta-se um deficiente controlo pelos órgãos públicos
e privados de saúde pública, da qualidade dos alimentos disponíveis para consumo das
populações. (2)

10. Factores Protectores


Tendo em conta que a principal fonte de transmissão da salmonelose é através do
consumo de alimentos contaminados, a garantia da higiene dos mesmos tem como
principal objectivo encontrar métodos adequados para a produção, acondicionamento e
distribuição dos alimentos dentro de limites de segurança microbiológica, abrangendo
não só a manipulação dos géneros alimentícios e de bebidas, mas também o emprego de
utensílios e equipamentos para o seu preparo, uso de matéria-prima de boa procedência,

11
adopção de boas práticas de higiene pessoal dos manipuladores e qualidade higiénico-
sanitário da área de preparação. (6,14,15)

No entanto, os principais factores protectores para a ocorrência da febre tifoide são: (11)

 Boas ou adequadas práticas de higiene;

 Evitar o fecalismo a céu aberto, usando latrinas para este efeito;

 Saneamento básico do meio e preparo adequado dos alimentos;

 Controle adequado do lixo;

 Tratamento adequado da água;

 Participação da comunidade no efeito da promoção da saúde;

 Organização dos locais de venda dos alimentos;

 Distanciamento entre as latrinas e os poços de água.

11. Diagnóstico
13.1 Diferencial

Deve ser feito com todas as doenças entéricas de diversas etiologias, como, por
exemplo, Salmonella enterica sorotipo Paratyphi A, B, C, Yersinia enterocolitica, etc.
Devido ao quadro clínico inespecífico, as doenças abaixo devem fazer parte do
diagnóstico diferencial:

 Pneumonias;
 Tuberculose (pulmonar, miliar, intestinal, meningoencefalite e peritonite);
 Endocardite bacteriana;
 Colecistite aguda;
 Tripanossomíase;
 malária;
 toxoplasmose;
13.2 Laboratorial

O diagnóstico de laboratório da febre tifóide baseia-se, primordialmente, no isolamento


e na identificação do agente etiológico, nas diferentes fases clínicas, a partir do sangue

12
(hemocultura), fezes (coprocultura), aspirado medular (mielocultura) e urina
(urocultura).

14. Tratamento
O tratamento é quase sempre ambulatorial, reservando-se o internamento para os casos
de maior gravidade.

 Cloranfenicol: ainda é considerada a droga de primeira escolha;


 Ampicilina;
 Sulfametoxazol + Trimetoprima;
 Amoxicilna;
 Ceftriaxona;
 Quinolona

Há pelo menos duas quinolonas com eficácia comprovada contra a Salmonella enterica
sorotipo Typhi: a ciprofloxacina e a ofloxacina. São drogas eficazes e pouco tóxicas,
tendo como principal desvantagem a contra-indicação de sua utilização em crianças e
gestantes e, como fator limitante do seu uso, o preço elevado.

15. MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE DA FEBRE TIFÓIDE


Prevenção: o saneamento básico, o preparo adequado dos alimentos e higiene pessoal
constitui as principais medidas preventivas da febre tifoide. (15, 16)

Controle do portador: portadores são os indivíduos que, após a infecção aguda,


mantêm eliminação de bacilos nas fezes por tempo prolongado.

A existência de portadores entre os manipuladores de alimentos é de


extrema importância na epidemiologia da doença e geralmente 2% a 5% dos
pacientes, após a cura, transformam-se em portadores (geralmente mulheres adultas).
(2)

Na prática, é muito difícil identificar e, consequentemente, eliminar essa condição. A


busca de portadores somente deve ser feita no caso de surtos ou epidemias de
transmissão por alimentos. (2,15,16)

A pesquisa de portadores é feita pela realização de coproculturas, em dias sequenciais.


Essa pesquisa é indicada para as seguintes situações: (5, 16)

13
 Comunicante que possam constituir risco para a comunidade, tais como
indivíduos que manipulam alimentos em creches, hospitais;
 Em coletividades fechadas, como asilos, hospitais psiquiátricos e presídios.

Quando o portador for manipulador de alimentos, ele deverá ser afastado dessa função
enquanto durar a condição de portador. Caso isso não seja possível, um trabalho
educativo deve ser feito, visando promover mudanças de hábitos higiênicos que
possibilite a manutenção segura do manipulador nessa actividade. (15, 16)

15.1 Água e Saneamento


Água para consumo humano: o fornecimento de água de boa qualidade constitui
medida importante na prevenção e no controle de doenças de veiculação hídrica, como
a febre tifoide. Sua provisão terá reflexo na higiene pessoal, no preparo de alimentos e
no consumo. (5, 15)

Os reservatórios deverão ser submetidos à limpeza e desinfecção a cada período de


seis meses, ou sempre que houver suspeita de contaminação, ou ainda, quando se fizer
necessário. As áreas de captação (mananciais), sejam superficiais ou subterrâneas
(poços e fontes), devem estar protegidas de modo a evitar a contaminação da água a
partir de dejetos, lixo, lançamento de esgoto e outros agentes poluidores. 15

É recomendo que a água para o consumo deve ser tratada com Hipocloreto de sódio e
ou ferver àgua para eliminar a bacteria causadora de fébre tifóide e outros tipos de
microrganismos causadores de doenças fecais.

Figura
2: Fonte:
Manual
de

Saneamento – 2004

14
Equipamentos domésticos utilizados param tratamento da água: os equipamentos
usados para o armazenamento e tratamento da água para o consumo devem estar em
boas condições de higiene e é possível garantir tais condições higienizando bem os
recipientes. (2)

O recomendado é a utilização de hipoclorito de sódio, porém, atendendo a realidade


da comunidade pode não ser possível tal disponibilidade, que convém aconselhar o
uso de detergentes convencionais. (2)

15
Quadro 1: Orientações para Cloração de Água para Consumo Humano

Fonte: Manual Integrado de Prevenção e Controle da Cólera – CNPC/FNS/MS,1994.


(adaptado)

O acondicionamento da água já tratada deve ser feito em recipientes higienizados,


preferencialmente de boca estreita, a fim de evitar a contaminação posterior pela
introdução de utensílios (canecos, conchas, etc.) para retirar a água.

A ebulição (fervura) da água, durante dois minutos, constitui um método de


desinfecção eficaz.

Resíduos sólidos: o lixo deve ser colocado em recipiente próprio, feito de material
resistente e de fácil limpeza (borracha, lata, chapa de ferro zincado) ou saco plástico.
(10,11)
. É importante que o recipiente de lixo seja mantido sempre tampado e, logo que
(16)
esvaziado, se proceda à sua limpeza.

A baixo apresenta-se um quadro com algumas alternativas para o tratamento de


superfícies contaminadas pela Salmonella thypi.

16
Quadro 2: Alternativas para o tratamento de superfícies contaminadas pela
Salmonella thypi.

Fonte: Manual integrado de vigilância e controle da febre tifoide, Brasilia-2018. (2)

15.2. Alimentos
Os alimentos desempenham papel relevante na qualidade de vida das populações em
função da sua disponibilidade, acessibilidade, qualidade sanitária e nutricional, e estas
(2)
influenciam no estado de saúde.

15.3. Formas de tratamento de alimentos para evitar a contamimação da


Salmonella typhi

 Tratar os alimentos com Hipoclorito de sódio (certeza) principalmente as


verduras antes de preparar;

17
 Cozer bem os ovos, ferver no minimo por 10 minuntos;
 Lavar bem os alimentos;
 Lavar sempre os aliemtos;
 Garantir a conservação adequada dos alimentos.

No entanto, existem algumas possibilidades de um alimento se contaminar com o


(17)
agente etiológico da febre tifoide, são elas:

 A partir da própria origem ou do seu próprio sítio de produção, como é o caso


de ostras ou mexilhões contaminados com Salmonella typhi devido aos seus
habitats aquáticos estarem contaminados;
 A partir da manipulação de alimentos por pessoas doentes ou portadores e com
hábitos de higiene deficientes, ou até mesmo;
 A partir do uso de água contaminada durante o preparo dos alimentos.

Entretanto, os alimentos podem ser classificados de acordo com o grau risco de


contaminação em: (11)

 Alimentos de alto risco: leite cru, moluscos, mexilhões, ostras, pescados crus,
hortaliças, legumes e frutas não lavadas, devido ao alto teor de humidade, de
proteína e de hidratos de carbono.
 Alimentos de médio risco: alimentos intensamente manipulados logo após o
cozimento, ou requentados, e massas.
 Alimentos de baixo risco: alimentos cozidos que são consumidos
imediatamente, verduras fervidas, alimentos secos e carnes cozidas ou assadas.

A partir disso, os procedimentos que devem ser adotados, de modo a evitar a infecção
(15,16)
pela Salmonella typhi a partir da ingestão de alimentos contaminados incluem:

 A origem da matéria-prima ou do alimento, datas de produção e validade


devem ser conhecidas;

 O armazenamento do alimento deve ocorrer em condições que lhe confiram


proteção contra a contaminação e reduza, ao mínimo, a incidência de danos e
deterioração;

18
 A manipulação dos alimentos deve ocorrer em ambientes higienicamente
saudáveis, por indivíduos possuidores de bons hábitos de higiene e que não
estejam portando doença infectocontagiosas;

 Os utensílios e equipamentos que interagem com o alimento devem estar


cuidadosamente higienizados de modo a evitar a contaminação do produto.

16. Importância económica da febre tifóide


A febre tifóide é uma doença que assola a população dos países em via do
desenvolvimento com baixo saneamento básico. Em Moçambique, a doença abrange
muita gente, e por ser um país pobre, o ministério de saúde não possui testes de
diagnostico rápidos para confirmar os casos suspeitos da doença, sendo muitas das
vezes tratada como qualquer infecção de origem bacteriana. O diagnostico
laboratorial é feito mediante a urocultura (cultura de urina) coprocultura (cultura de
fezes), hemocultura (cultura de sangue) e as vezes mielocultura (cultura da punção
medular) nos laboratórios de microbiologia localizados nos hospitais gerais e centrais.
Por ser um laboratório que usa equipamentos, materiais e reagentes carros, os
hospitais distritais e rurais não possuem laboratório de microbiologia, oque influencia
os profissionais de saúde a diagnosticarem e tratarem de forma empírica. Isso
contribui para resistência e disseminação crescente da febre tifóide, visto alguns
doentes viram portadores convalescentes e crónicos da doença.

Salientar que é necessário que o ministério da saúde encontre alguma solução que
facilite o diagnostico e tratamento da febre tifóide que assola a maior parte da
população, além de reforçar as medidas preventivas.

Em Nampula, apenas o Centro de Saúde da PRM e o Hospital Militar é que dispõem


de capacidade laboratorial para testes de casos relacionados com a Febre Tifoide, a
preços acessíveis para o cidadão comum, que variam entre quinhentos e seiscentos
meticais. Os hospitais públicos não têm capacidade para o efeito. Para além destes
locais, os mesmos serviços só podem ser encontrados nas clínicas privadas onde
(18)
chegam a custar 12 mil meticais.

19
17. METODOLOGIA DE PESQUISA
18.1 Pergunta de pesquisa
A febre tifóide é uma doença que tem preocupado as entidades de saúde a todos os
níveis, sendo que ela está associada a certas causas que tem fortes ligações com os
hábitos alimentares por exemplo. No entanto, a par desse efeito, procura-se entender:
Qual é o nível de conhecimento, e o controlo em relação a febre tifoide nas famílias
abrangidas pelo programa um estudante, uma família?

18.2 Hipóteses
H0: A ocorrência de casos de febre tifoide nas nossas comunidades não esta
relacionado com a falta de acesso aos serviços de saúde, condições precárias de
habitação e higiene, o baixo grau de instrução escolar, o desemprego, ao deficiente
sistema de abastecimento de agua, falta de aquisição de informações relacionadas,
bem como a insegurança alimentar.

H1: A ocorrência de casos de febre tifoide nas nossas comunidades deve-se


principalmente a falta de acesso aos serviços de saúde, condições precárias de
habitação e higiene, o baixo grau de instrução escolar, o desemprego, ao deficiente
sistema de abastecimento de agua, falta de aquisição de informações relacionadas,
bem como a insegurança alimentar.

18.3 Justificativa e relevância


A Febre tifóide tem-se confundido com a malária, este por possuir sinais e sintomas
semelhantes, por este motivo, traz problemas sérios de saúde nas nossas comunidades,
e nem sempre se tem dado a atenção adequada quando o fenómeno acontece nas
comunidades. Portanto, sendo um problema de saúde ligado diretamente a
alimentação individual e coletiva, traz a importância de dar as devidas atenções
particularmente para a prevenção (a partir dos hábitos de higiene alimentar) de modo a
contribuir para redução dos casos de febre tifoide.

18.4 Objectivos
Geral:

 Avaliar o nível de conhecimento sobre os factores de risco e protectores da


febre tifóide nas famílias abrangidas pelo Programa um estudante, uma família
do 2º semestre de 2021.

20
Específicos:

 Identificar o conhecimento sobre a fébre a tifóide

 Determinar a prevalência da febre tifoide na comunidade de Mucopoa

 Descrever as medidas de prevenção de febre tifoide

 Relacionar os dados obtidos com os dados demograficos.

18.5 Descrição do local de estudo


O estudo realizar-se-á no bairro de Mucopoa, posto administrativo de Mucopoua, na
cidade de Nampula. O bairro Mucopoa localiza-se na cidade de Nampula, limitado a
norte pelo Hospital geral de Marrere a Sul pela N1 a este pelo Campos Universitário
de UniLúrio em Marrere a oeste pelo novo Matadouro de Nampula, envolve o
Instituto Politécnico Tenha Esperança e avizinhando-se também pela fábrica da CDN.
Observa-se que maioria dos residentes não possuem água canalizada e pouco tem
energia eléctrica se justifica por ser um bairro em expansão, ao certo não se tem o
número de habitantes.

18.6 Tipo de estudo


Trata-se de um estudo observacional descritivo transversal de dados obtidos em
actividades de inquérito e entrevista realizadas em moradores do bairro Mucopoa.

18.9 Definição de universo e amostra


 Universo: Todos os moradores da comunidade de Mucopoa de idade
compreendida entre 15 a 45 anos de idade.

 Amostra: Todas famílias abrangidas pelo programa Um estudante, uma


família, no ano de 2021.

18. Critérios de seleção


Critérios de inclusão: farão parte do estudo todas as famílias abrangidas pelo
programa um estudante, uma família do 2º semestre de 2021.

Critérios de exclusão: não farão parte do estudo todos os indivíduos das famílias
abrangidas pelo estudo que se apresentarem embriagados ou com condições
emocionais visivelmente não favoráveis para a participação no estudo (ex.: indivíduos

21
com distúrbios mentais), todos os individous que não mostarem vonatde de participar
na entrevista.

19.1 Definição de variáveis


 Dependente: Conhecimento sobre a febre tifoide, controlo da febre tifoide.

 Independentes: Sexo, Idade, Nível de Escolaridade.

19.2 Técnica de colheita de dados


Colher-se-á os dados mediante a aplicação de um questionário aos participantes da
pesquisa.

19.3 Considerações éticas


Serão observadas todas as normas de deontologia e ética profissional com vista a
preservar as informações e a integridade de todos os residentes do bairro de Mucopoa da
cidade de Nampula.

19.4 Análise estatística


A análise estatística será realizada com o auxílio do programa Statistical Package for the
Social Sciences (SPSS), versão 20.0, para Microsoft Office 2016.

19.5 Recursos necessários


 Caneta azul: 23;

 Questionários 23;

19.6 Orçamento
Item/material Quantidade Preço unitário Total Observações
(MZN) (MZN)
Canetas 23 15 Indispensável
Questionários 23 300 Indispensável

19.7 Cronograma
Mês
Actividade
Março Abril Maio Junho
Escolha do tema
Revisão literária

22
Elaboração do
protocolo
Recolha dos
dados
Análise e
discussão de
dados
Apresentação dos
resultados

19.8 Resultados esperados


Espera-se que a comunidade não disponha de conhecimentos profundos a respeito da
febre tifóide e que com a intervenção das abordagens da educação para saúde, contribua
para a melhoria do conhecimento desta doença e consequentemente o controlo desta por
parte das famílias.

23
20. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. MICAELLY DA SILVA, A. et al - Patologia das doenças 6; Ponta Grossa (PR):


Atena Editora, 2019.

2. FRANCISCO, M; - Caracterização microbiológica e molecular das estirpes de


Salmonella spp isoladas em amostras clínicas – o seu impacto na saúde pública.
Universidade Nova de Lisboa; Aveiro, Portugal. 2020

3. Ministério da saúde; Doenças Infeciosas e Parasitarias; Guia de Bolso; 8ª edição


revista; Brasília; 2018.

4. Organização Mundial da Saúde; Livro de bolso de cuidados hospitalares para


crianças: Norma para o manejo de doenças frequentes com recursos limitados;
OMS; 2015.

5. Ministério da saúde - Secretaria de Vigilância em Saúdem - Departamento de


Vigilância Epidemiológica; Manual integrado de vigilância e controle da febre
tifoide; Editora MS; Brasilia-2018.

6. PUI, C. F., et al. Simultaneous detecion of Salmonella spp., Salmonella Typhi


in sliced fruits using multiplex PCR. Food Control. 2011

7. BUCKLE GEOFFREY C; et-al; Journal global health Typhoid fever and


paratyphoid fever; Vol. 2; June 2012.

8. NSEVOLO, Samba. Vigilância Epidemiológica de Doenças Infecciosas de


Origem Bacteriana na Província do Cuanza-Norte. Angola: setembro 2015.

9. European Food Safety Authority (EFSA) & European Centre for Disease
Prevention and Control (ECDC). Summary report on trends and sources of
zoonoses, zoonotic agents and food-borne outbreaks in 2017.

10. UKUKU, D. O. Effect of sanitizing treatments on removal of bacteria from


cantaloupe surface and recontamination with Salmonella. Food Microbiology.
2012

11. ALMEIDA, C. R. et al. Contaminación microbiana de los alimentos vendidos


en la vía pública. 2021.

24
12. REVISTA MOÇAMBICANA DE CIÊNCIAS DE SAÚDE: Instituto Nacional
de Saúde. 2018. Volume 4. INSSN: 2311-3308

13. Oxord Vaccine group. Potencial das vacinas anti-tifóide conjugadas em


Moçambique. PATH: 2018- pag. 1.

14. Ministerio de saude. Relatorio de actividades 2013-2015. Moçambique: 2015

15. Jornal Ikweli. Má conservação de aliementos propicia a contaminação de


doenças em Nampula. Disponivel: <http://www.Ikweli.co.mz. publicado em
junho de 2021. acesso em Março 25 de Março de 2022

16. Adina Sualehe. Nampula enfrenta grandes desafios no combate às doenças


diarreicas: publicado em março de 16 de 2022 <http://www.oaportuguês.com>
Acesso em: 25 de Março de 2022

17. CHAVANE, Leonardo. Moçambique: casos de tifóide, cólera e Gripe A- VOA


Português. Disponível em: <http://www.voaportuguês.com> Acesso em: 25 de
Março de 2022

18. Info-media. Destaque: Febre Tifoide: um inimigo ignorado. INGANI. Edi. VII,
jornal. 22 de Novembro de 2021.

25
21. APÊNDICE
21.1 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Factores de risco e protectores da febre tifóide nas famílias abrangidas pelo


programa um estudante, uma família do 2º semestre de 2021

Eu ___________________________________________________ tomei conhecimento


do estudo em que serei incluído e compreendi a explicação que me foi fornecida a cerca
da investigação que se tenciona realizar.

Tive o conhecimento que a participação é voluntária e com possibilidade de me retirar


da investigação a qualquer altura sem qualquer tipo de prejuízo, por isso consinto que
me seja aplicado o questionário proposto pelo investigador.

Afirmo que aceitei participar por minha própria vontade, sem receber qualquer
incentivo financeiro ou ter qualquer ónus e com a finalidade exclusiva de colaborar para
o sucesso da pesquisa.

Nampula, _____ de ______________ de 20____

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