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PESSOAS1
1. INTRODUÇÃO
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Título do trabalho referente ao teste final, ofertada pela Faculdade de Economia e Gestão da Universidade
aberta ISCED, na cadeira de Seminário sobre Gestão Avançada de Recursos Humanos ministrado pelo O tutor:
Albino Alves Simione, Ph.D, Moçambique, 2023.
2
Graduada em Gestão de Recursos Humanos pela UNISCED, Moçambique. Mestranda em Contabilidade e
Auditoria e Gestão de Recursos Humanos pela UNISCED, Moçambique. E-mail:
mjanuario1@estudantes.unisced.edu.mz
organizações. Uma das principais dificuldades é a falta de conscientização e compreensão por
parte dos demais executivos da organização sobre a importância da gestão de recursos
humanos para o sucesso empresarial a longo prazo. Além disso, pode haver problemas para
coletar e analisar dados relacionados aos recursos humanos, tornando difícil para os
gerenciadores de recursos humanos apoiarem suas decisões com informações sólidas.
As organizações que não conseguem fazer isso podem perder membros valiosos da
equipe, o que pode prejudicar o desempenho da empresa a longo prazo. Considerando esses
desafios, a gestão estratégica de recursos humanos é uma atividade crítica para o sucesso
empresarial hoje em dia. É importante que as organizações entendam que seus funcionários
são um recurso valioso e que a gestão de recursos humanos deve ser vista como um
investimento estratégico em vez de um centro de custos. Ao adotar uma abordagem
estratégica e colaborativa para a gestão de recursos humanos, as organizações podem criar um
ambiente de trabalho positivo e eficiente que os ajuda a alcançar seus objetivos de negócios a
longo prazo.
A Gestão de Recursos Humanos é uma das áreas da Administração que mais tem sofrido
mudanças nos últimos anos. São tantas mudanças e tão grandes que até o nome da área
também está mudando (Chiavenato, 2014 cit. por (Cascaes, 2021 p. 7).
Segundo Caravantes, Panno e Kloeckner (2005) cit. por Editora Poisson, (2018) a
administração é o processo de alcançar metas empresariais de maneira eficaz utilizando
planejamento, gestão e gerência de recursos organizacionais (p. 8). Na visão de Chiavenato
(2000) cit. por Editora Poisson, (2018) em períodos de mudanças e incertezas, a
administração é vista como uma das áreas mais importantes da atividade humana (p. 8).
Afirmam Megginson, Moesley e Pietri (1986) cit. por Editora Poisson, (2018) o
planejamento estabelece a base das ações que proporciona a capacidade da administração de
prever e preparar para as modificações que afetam os objetivos empresariais sendo capaz de
integrar as funções administrativas necessárias para conduzir as atividades (p. 8).
A gestão de pessoas é uma área acadêmica que se utiliza de conceitos teóricos de áreas do
conhecimento como psicologia, sociologia, relações trabalhistas, economia, gestão estratégica
e teoria organizacional. Em especial, é muito importante identificar as contribuições da teoria
organizacional para compreender a atividade organizacional “gestão de pessoas”. Dentre as
várias vertentes teóricas da teoria organizacional relevantes para se compreender a área de
gestão de pessoa, a vertente dos sistemas, funcionalista e contingencial é a que tem mais
contribuições para compreender como a gestão de pessoas pode interferir na performance
organizacional (Watson, 2010).
2.1.1. Sistemas
A teoria dos sistemas aplicada à teoria organizacional teve sua origem em conceitos
introduzidos pelo biólogo austríaco Karl Von Bertalanffy, em 1968. De acordo com Teoria
Geral dos Sistemas (TGS) postulada pelo biólogo, existiriam leis gerais que podem ser
aplicadas a um grande número de sistemas, independente das propriedades particulares do
sistema específico e de seus elementos (Cascaes, 2021 p. 9). Um sistema pode ser entendido
como:
A partir dessa abordagem, a gestão de pessoas “[...] é vista como um sistema inserido em
um sistema maior com o qual interage” (Dutra, 2017, p. 6 cit. por Cascaes, 2021 p. 9).
Como um sistema, “[...] a gestão de pessoas é vista como constituída por subsistemas que
interagem entre si e modificam o todo” (Dutra, 2017, p. 6 cit. por Cascaes, 2021 p. 9)
As organizações são vistas como sistemas, entidades sociais, que trocam energia e matéria
com o meio para sobreviverem, elas “ingerem entradas (inputs) as quais são convertidas em
saídas (outputs).” (Watson, 2010, p. 113 cit. por Cascaes, 2021 p. 9).
2.1.2. Funcionalista
2.1.3. Contingencial
A partir da década de 1980, surgiu uma “versão contingencial” da teoria dos sistemas,
preocupada em identificar a influência das circunstâncias contingenciais das organizações nas
estruturas e processos internos. Diferentes estratégias de gestão de pessoas devem ser
escolhidas em diferentes circunstâncias contingenciais (Watson, 2010 cit. por Cascaes, 2021
p. 11).
Conforme indicado por Lengnick-Hall, Andrad e Drake (2009) cit por Raimunda e Leite,
(2013) as ideias iniciais acerca da gestão estratégica de pessoas remontam à década de 1920,
nos Estados Unidos, nas quais, políticas e práticas de gestão de pessoas eram debatidas por
economistas e acadêmicos das relações industriais (p. 804).
Nesse período, apenas uma pequena parte das organizações formulou e adotou,
conscientemente, práticas inovadoras de gestão, as quais representavam uma abordagem
estratégica. Grande parte das organizações operou, até cerca de trinta anos atrás, dentro da
orientação micro, quando, então, começou a despertar para a perspectiva macro e para a
propagação do conceito de gestão estratégica de pessoas (Raimunda & Leite, 2013 p. 804).
A preocupação com a estratégia tem ocupado um espaço cada vez maior nas discussões
empresariais, nos debates académicos e na literatura de administração. Esse fato está
relacionado com o acirramento da competição no nível local, regional e global, bem como
com a revolução tecnológica e a do conhecimento. por outro lado, o termo "estratégia' tem
sido utilizado com sentidos diferentes. ora traduzindo expectativas e anseios, ora acções
prescritivas e deliberadas, ora expressando a perplexidade dos atores sociais diante da
abrangência e da velocidade das mudanças no ambiente e de seus impactos sobre a gestão das
organizações (Albuquerque, 2002 p. 36).
Zaccarelli (1995) cit. por Albuquerque, (2002) resume alguns "marcos históricos" no
estudo da estratégia nas empresas. associando-os a autores clássicos e suas obras. Segundo
ele, em 1965 foi lançado o primeiro livro sobre estratégia empresarial, de autoria de Igor
Ansoff, com ênfase no planejamento estratégico, que demorou para ser reconhecido (p. 36).
Em meados dos anos 1990, a Competindo pelo futuro, de Prahalad e Hamel (1995), trouxe
novos conceitos à estratégia empresarial, entre eles arquitetura estratégica, intento e
competências essenciais, em continuidade à busca de foco pelas empresas, para sobreviverem
no jogo competitivo (Albuquerque, 2002 p. 36).
Uma contribuição importante para o entendimento do pensamento sob estratégia foi dada
em 1998 por Mintzberg, Ahlstrand e Lampel em Safari da estratégia (2000) cit. por
Albuquerque, (2002) a obra, ao mesmo tempo que auxilia o leitor a organizar o raciocínio a
respeito de diversas correntes e enfoques no estudo da estratégia, desafia-o a reconciliar as
diferentes tendências nessa área (p. 37). Utilizando a notória fabula dos cegos que queriam
ver o elefante e a metáfora de um "safari pela selva da administração estratégica" (Mintzberg
et al, 2000) cit. por Albuquerque, (2002), onde os autores apresentam a classificação e a
definição das dez escolas de pensamento em administração estratégica (as partes do elefante),
a perspectiva de cada uma delas. suas limitações e contribuições e seus autores mais
representativos (p. 37).
De acordo com Hyden (1985) cit. por Albuquerque, (2002) administração estratégica é o
processo de administrar uma entidade de forma a atingir seu propósito. Sua definição mais
ampla e administração da vantagem competitiva, que inclui identificar objetivos analisando
o ambiente, reconhecer ameaças e oportunidades formulando estratégias, implementando e
monitorando-as de forma a sustentar as vantagens competitivas no mercado. Os estrategistas
que se utilizam desse conceito abrangente veem a administração estratégica sob um enfoque
que permeia a administração de todos os aspectos da companhia. Eles consideram a
formulação da estratégia corporativa e da estratégia competitiva, o processo de planejamento
e a implementação de todos os precedentes como parles da administração estratégica (p. 37).
Dada a dificuldade de obter uma definição de estratégia que englobe todos os diferentes
sentidas, para fins didácticos deste capítulo determina-se conceito de estratégia; formulação
da missão e dos objectivos da organização, bem como de políticas e planos de acção para
alcançá-los, considerando impactos forças ambiente e a competição (Albuquerque, 2002 p.
38).
De acordo com Anthony et al (1996) cit. por Albuquerque, (2002) são as seguintes as
características da administração estratégica de recursos humanos:
Como prover a organização com as pessoas necessárias para viabilizar seus Objetivos
estratégicos? Como desenvolver as competências distintivas de que ela necessita para criar
vantagens competitivas sustentáveis a longo prazo? Como minimizar resistências ou
conseguir engajamento com as mudanças organizacionais e culturais imprescindíveis
implementações da estratégia? De que maneira poderão ser avaliados os resultados,
considerando os aspectos integrativos tangíveis e intangíveis da implementação da estratégia?
Como mobilizar pessoas para transformar as intenções da estratégia em acções efetivas que
conduzem a resultados exemplares? (Albuquerque, 2002 p. 40)
A resposta a essas questões passa por uma nova leitura da abordagem estratégica na gestão
de pessoas que possibilite sair do discurso para a prática e para a obtenção efetiva de
vantagens competitivas sustentáveis a longo prazo, com equipes qualificadas e
comprometidas com os objetivos mais amplos da organização (Albuquerque, 2002 p. 40).
4. INTEGRAÇÃO DA ESTRATÉGIA DE GESTÃO DE PESSOAS À
ESTRATÉGIA ORGANIZACIONAL
É importante ressaltar, entretanto, que a formulação estratégica não deve ser confundida
com um plano, que é a expressão escrita e sistematizada resultante desse processo em
determinado momento. Trata-se, sobretudo. de um processo, ele uma sequência interativa de
etapas que permite a organização refletir, discutir e definir seus propósitos e suas estratégias
fundamentais (Albuquerque, 2002 p. 41).
A importância do foco no processo fica mais evidente quando se examina a formulação
estratégica sob o enfoque de um ativo intangível, Corno o ativo intelectual humano. Nessa
abordagem, ressaltam-se as decisões ligadas 20 aprendizado, à comunicação, à participação e
ao comprometimento das pessoas com os objetivos e as estratégias, bem como aquelas
relativas à administração das mudanças necessárias pala viabilizá-los. Existem vários modelos
utilizados para ilustrar os componentes ou as etapas do processo de formulação estratégica
(Albuquerque, 2002 p. 41).
Com base na ideologia essencial, nos valores e no propósito é que se delineia o futuro
imaginado a estratégia em que são consideradas:
5. REFLEXÃO E SÍNTESE
Uma estratégia bem definida é crucial para o sucesso de qualquer organização, pois
fornece uma direção clara e um senso de propósito para todos os envolvidos. Uma empresa
deve ter uma compreensão clara de suas metas, visão e missão para poder desenvolver uma
estratégia eficaz. A estratégia também envolve a análise do ambiente empresarial, incluindo
fatores internos e externos que possam afetar o desempenho da organização.
No entanto, a estratégia da organização não pode ser implementada sem uma gestão
eficiente das pessoas. Os colaboradores são o ativo mais valioso de uma empresa e
desempenham um papel fundamental na realização dos objetivos estratégicos. A gestão
estratégica das pessoas envolve ações voltadas para atrair, desenvolver e reter talentos que
sejam compatíveis com a estratégia da organização.
Uma das principais estratégias utilizadas nesse sentido é o alinhamento dos indivíduos
com os objetivos organizacionais. Isso implica em garantir que os colaboradores entendam e
estejam comprometidos com a estratégia da empresa, de modo que possam direcionar seus
esforços para alcançar esses objetivos. Isso pode ser alcançado por meio da comunicação
clara, estabelecendo metas e indicadores de desempenho SMART, desenvolvendo programas
de treinamento e desenvolvimento e incentivando a participação ativa dos colaboradores.
Além disso, é fundamental que a gestão estratégica das pessoas esteja em constante
evolução. As organizações estão em constante mudança devido a avanços tecnológicos,
mudanças no ambiente de negócios e necessidades dos clientes. Portanto, a gestão estratégica
das pessoas deve acompanhar essas mudanças e ajustar as práticas de RH conforme
necessário.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Foi possível avaliar a estratégia da organização e a gestão estratégica das pessoas como
principal objetivo. Foi constatado que a estratégia da empresa estava alinhada com os
objetivos e metas estabelecidas, permitindo uma visão clara dos caminhos a serem seguidos.
No que diz respeito à gestão estratégica das pessoas, verificou-se que a empresa possui
políticas e práticas adequadas para gerenciar seus colaboradores de forma eficiente e eficaz.
Evidenciou-se a importância de um bom planejamento de recursos humanos, recrutamento e
seleção de profissionais qualificados, políticas de remuneração e benefícios competitivos,
além de programas de desenvolvimento e retenção de talentos.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Raimunda, N., & Leite, P. (2013). Gestão Estratégica de Pessoas , Estratégia de Retenção de
Profissionais e Comprometimento Organizacional em uma Estrutura Organizacional
Remota * Strategic Management of People , Retention Strategy of Professionals and
Organizational Commitment in a Remot. Rev. Adm. UFSM, Santa Maria, 6, 803–822.
https://doi.org/10.5902/198346597217
Webster, I. L., & Motta, A. C. (2012). Planejamento e gestão estratégica de TI. Em Rio de
Janeiro. Rede Nacional de Ensino e Pesquisa – RNP.