Você está na página 1de 19

CURSO DE LICENCIATURA EM FARMÁCIA

4º Nível/II Semestre
Disciplina de Bromatologia e Hidrologia

(14.0/20.0) Hélio

RESUMO SOBRE ISO 9001, ISO 22000, ISO 17025


E
LEGISLAÇÃO MOÇAMBICANA SOBRE ALIMENTOS

Discente:
Luís Martinho

Docente:
Dra. Célia Cassamo
(Química Marinha)

1
Nampula, Outubro de 2023
Luís Martinho

RESUMO SOBRE
ISO 9001, ISO 22000, ISO 17025 e Legislação Moçambicana sobre Alimentos

O presente trabalho foi concebido como requisito


no estudo da disciplina de Bromatologia e
Hidrologia, a qual será entregue e levado a cabo
para fins de carácter avaliativo.

Nampula, Outubro de 2023

2
Comentário [H1]: tamanho 14 e
maiúsculo todos títulos
Índice
Resumo..................................................................................................................................... 3

INTRODUÇÃO ........................................................................................................................5

ISO 9001:2015 - SISTEMA DE GESTÃO DE QUALIDADES ................................................6

Generalidades .......................................................................................................................6
Objectivo da ISO 9001 .......................................................................................................... 7
Situação actual ......................................................................................................................7
Abordagem por processos ..................................................................................................... 8
ISO 22000: SISTEMAS DE GESTÃO DA SEGURANÇA ALIMENTAR................................9

Conceitos ..............................................................................................................................9
Generalidades .....................................................................................................................10
Objectivos...........................................................................................................................11
Política da segurança alimentar ...........................................................................................12
ISO/IEC 17025: 2018 - REQUISITOS GERAIS PARA A COMPETÊNCIA DE
LABORATÓRIOS DE ENSAIO E CALIBRAÇÃO................................................................13

Definição ............................................................................................................................13
Objectivo ............................................................................................................................14
Diploma Ministerial nº 137/2007 ............................................................................................14

Conceito .............................................................................................................................14
Objectivos...........................................................................................................................14
CODEX Alimenterius (FAO/WHO Food Standards) ...............................................................15

Conceito .............................................................................................................................15
Historial ..............................................................................................................................15
Situação actual ....................................................................................................................15
Normas de qualidade para segurança alimentar segundo o INNOQ.......................................... 16

Objectivos...........................................................................................................................17
CONCLUSÃO ........................................................................................................................18

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .....................................................................................19

3
RESUMO

Introdução: O crescimento populacional e o aumento na demanda por alimentos


prontos para o consumo levaram os governos a editarem leis e normas regulamentares,
visando assegurar a melhor qualidade do produto e forçar a observância de requisitos
mínimos de higiene e sanitização (1,2). A normalização da qualidade nos diversos
segmentos e actividades organizacionais tem sido o grande desafio da International
Organizational Standardization (ISO). A expressão ISO tem o significado semântico de
igualdade ou padrão, a missão que norteia as actividades da ISO é promover a
normalização de produtos e serviços para que a qualidade dos mesmos seja sempre
melhorada. Objectivo: Descrever as normas ISO 9001, ISO 2200, ISO 17025 e de
algumas normas ministeriais moçambicanas relacionadas aos alimentação.
Metodologia: trata-se dum trabalho de uma revisão de literaturas, que foram obtidas em
dois motores de busca, Google e Google académico. Conclusão: Após uma leitura
minuciosa das normas, percebe-se que não são nada mais que leis alimentares criadas
pelos entidades que regem o controlo dos alimentos de modo a proteger e promover a
saúde da população assim como facilitar a comunicação comercial diversos pais pelos
padrões criados.

Palavras-chave: Sistemas de gestão, qualidade, Codex alimentar, Normas ISO,


Decretos alimentares Moçambicanas. Comentário [H2]: corpo do resumo o
tamanho é 10

Abstract (Resumo em inglês) ?

4
Comentário [H3]: todos títulos
tamanho 14 e maiúsculo
INTRODUÇÃO
O acentuado crescimento populacional e a elevada demanda de produção e procura de
alimentos prontos para o consumo levaram os governos a criar leis e normas
regulamentares, visando assegurar a melhor qualidade do produto e forçar a observância
de requisitos mínimos de higiene e sanitização. (1,2) A normalização da qualidade nos
diversos segmentos e actividades organizacionais tem sido o grande desafio da
International Organizational Standardization (ISO). A expressão ISO tem o significado
semântico de igualdade ou padrão. A Organização Internacional para a Normalização
foi fundada em 1947, tendo sua sede em Genebra, Suíça. A missão que norteia as
actividades da ISO é a de promover a normalização de produtos e serviços para que a
qualidade dos mesmos seja sempre melhorada. A International Organizational
Standardization é representada em vários países por organismos locais que seguem os
procedimentos definidos por este comité. (1) Comentário [H4]: a citação esta
desorganizada.
O sistema de gestão da qualidade é composto por um conjunto de recursos e regras
mínimas, que podem ser implantadas, com objectivo de orientar cada parte de uma
organização para que execute de maneira correcta sua tarefa. Os requisitos da ISO 9001,
foca na orientação das empresas quanto à gestão da qualidade, buscando a melhoria
contínua e assegurando a competitividade da empresa (7). O sistema de gestão de
qualidade, é o conjunto de processos de negócios que são implementados para ajudar
uma organização a entregar produtos que alcançam consistentemente a satisfação do
cliente. Enquanto a Gestão de Qualidade está focada nos processos por trás dos postes
que tocam as exigências legais, o Controle da qualidade está focado na parte final do
produto, garantindo sua consistência e segurança a fim de libera-lo aos consumidores
finais. A ISO 17025 permite reforçar os laboratórios na sua competência técnica, que
continue para a qualidade de vida e segurança da sociedade, como forma de
diferenciação e da sua competitividade, da sua sustentabilidade no contexto da avaliação
da conformidade. Moçambique como vários países adoptou as normas que regem a
padronização dos alimentos, para garantir a boa saúde da população e facilitar o
comércio internacional. (9) Comentário [H5]: onde você citou 8
para vir 9?

5
ISO 9001:2015 - SISTEMA DE GESTÃO DE QUALIDADES

Generalidades
A ISO 9001 é uma norma internacional que trata a adopção de uma abordagem por
processos ao desenvolver, implementar e melhorar a eficácia de um sistema de gestão
de qualidade, para aumentar a satisfação do cliente, ao satisfazer os seus requisitos.
(4,5)

A adopção de um sistema de gestão da qualidade é uma decisão estratégica de uma


organização que pode ajudar a melhorar o seu desempenho global e proporcionar
uma base sólida para iniciativas de desenvolvimento sustentável.

Os potenciais benefícios para uma organização ao implementar um sistema de gestão


da qualidade baseado nesta Norma envolve: a aptidão para fornecer de forma
consistente produtos e serviços que satisfaçam tanto os requisitos dos clientes como
as exigências estatutárias e regulamentares aplicáveis; facilitar oportunidades para
aumentar a satisfação do cliente; a aptidão para demonstrar a conformidade com
requisitos especificados do sistema de gestão da qualidade.
A ISO é uma rede que actua em diversos países, com um escritório central em
Genebra, Suíça. Devido ao conceito “International Organization for Standardization” ter
diferentes siglas em razão das diferentes línguas (IOS em Inglês, OIN em Francês, etc),
seus fundadores decidiram nomear a organização com um nome padrão para todos os
países. Eles escolheram ISO, derivado do grego ISO, que significa igual, seja qual for o
país, seja qual for a língua, a forma abreviada do nome da organização é ISSO. (5)

De modo geral, as normas ao longo dos anos sofreram alterações, tais como: Em 1987 a
norma era baseada na britânica ABS 5750 e subdividida em três grupos do
gerenciamento da qualidade: design, produção e inspecção final, sendo elementos
isolados com três níveis de requisitos. Em 1994, a norma preconizava a garantia da
qualidade, sendo considerada burocrática única norma com convergência para a 9001.
No ano 2000, a norma baseava-se em gestão de processos, tornando mais fácil a sua
interpretação e implementação nas empresas, perdendo a característica burocrática,
passando ser dinâmica. Já em 2008, foram realizadas pequenas alterações para melhorar
a clareza. (5)

6
A ISO 90001:2015 é a 5 edição que substitui a (ISO 90001:2008), que foi objecto de
uma revisão de carácter técnico, através de uma revisão na sequência de secções, da
adaptação dos princípios de gestão de qualidade revistos e de novo qualidade, revisto e
de novos conceitos. (4)

Objectivo da ISO 9001


Esta norma, foi criada visando a implantação de um sistema de gestão da qualidade que
garante a melhoria dos processos de uma organização e, consequentemente, aumentar
satisfação de seus clientes com os produtos e serviços fornecidos. Comentário [H6]: citação ?

Situação actual
As normas da ISO estabelecem uma revisão sistemática a cada cinco anos, no mínimo,
para concluir se devem ser confirmadas, emendadas, revisadas ou descartadas. As
acções para enfrentar os riscos e oportunidades são uma das principais mudanças em
2015 na revisão da ISO 9001, sendo o estabelecimento de uma abordagem sistemática
ao risco, em vez de tratá-lo como um único componente de um sistema de gestão da
qualidade. (5)
Nas edições anteriores da ISO 9001, a acção preventiva era tratada em cláusula
separada, portanto, com a gestão do risco a prevenção é considerada explicitamente ao
longo de toda a norma. Por meio de uma abordagem baseada no risco, uma organização
torna-se pró-activa em vez de puramente reactiva. Esta, passa a prevenir ou reduzir os
efeitos indesejados e a promover melhoria. Na ISO 9001/2015 o risco é considerado
desde o início e em toda a norma, fazendo a acção preventiva parte do planejamento
estratégico, bem como da operação e da análise crítica. (5)
Actualmente é o modelo mais utilizado nas empresas brasileiras, esta norma busca
auxiliar as organizações a padronizar seu sistema de gestão permitindo aprimorar sua
habilidade em fornecer produtos e serviços com qualidade, satisfazendo as necessidades
dos seus clientes. (4,5)

7
Abordagem por processos

A abordagem por processos envolve a definição e a gestão sistemáticas dos


processos e das suas interacções, de forma a obter os resultados pretendidos de
acordo com a política da qualidade e a orientação estratégica da organização.
Os processos e o sistema podem ser geridos como um todo utilizando o ciclo
PDCA com um foco global no pensamento baseado em risco que vise tirar
vantagem das oportunidades e prevenir resultados indesejados.

A aplicação da abordagem por processos num sistema de gestão da qualidade permite:

• A compreensão e a satisfação consistente dos requisitos;

• A consideração dos processos em termos de valor acrescentado;

• A obtenção de um desempenho eficaz dos processos;

• A melhoria dos processos baseada na avaliação de dados e de informação.


O ciclo PDCA (Plan-Do-Check-Act)

O ciclo PDCA pode ser aplicado a todos os processos e ao sistema de gestão da


qualidade como um todo.

O ciclo PDCA pode ser descrito resumidamente da seguinte forma:

– Planear (plan): estabelecer os objectivos do sistema e os seus processos, bem como


os recursos necessários para obter resultados de acordo com os requisitos do cliente e
as políticas da organização e identificar e tratar riscos e oportunidades;
– Executar (do): implementar o que foi planeado;
--Verificar (check): monitorizar e (onde aplicável) medir os processos e os produtos e
serviços resultantes por comparação com políticas, objectivos, requisitos e actividades
planeadas e reportar os resultados;
--Actuar (act): empreender acções para melhorar o desempenho, conforme necessário.

O pensamento baseado em risco é essencial para se obter um sistema de gestão da


qualidade eficaz. Para estar conforme com os requisitos desta Norma, uma organização
deve planear e implementar acções para tratar os riscos e as oportunidades. Ao tratar
tanto os riscos como as oportunidades estabelece-se uma base para aumentar a eficácia
do sistema de gestão da qualidade, obter melhores resultados e prevenir efeitos
negativos.

8
Esta Norma permite que uma organização utilize a abordagem por processos,
combinada com o ciclo PDCA e o pensamento baseado em risco, para alinhar ou
integrar o seu próprio sistema de gestão da qualidade com os requisitos de outras
normas de sistemas de gestão.

A política da qualidade deve ser:

a) disponibilizada e mantida como informação documentada;


b) comunicada, compreendida e aplicada dentro da organização;
c) disponibilizada às partes interessadas relevantes, conforme adequado
A certificação de Sistemas de Gestão da Qualidade é hoje uma das principais estratégias
competitivas nas diversas empresas e nos diversos sectores.
A melhoria contínua da qualidade está intimamente ligada à produtividade, aos
resultados e ao aumento de lucros, através de redução de perdas e do desperdício, ao
envolvimento de todos os colaboradores e parceiros na empresa e a consequente
motivação.
O modelo de gestão da qualidade disponibilizado pela Norma NM ISO 9001 serve,
hoje, de referência a nível internacional a um vasto conjunto de organizações,
independentemente da sua área de actividade e da sua dimensão.
Uma das formas das organizações demonstrarem este compromisso pode ser através da
certificação do seu Sistema de Gestão da Qualidade.

ISO 22000: SISTEMAS DE GESTÃO DA SEGURANÇA ALIMENTAR

Conceitos
Segurança alimentar - conceito de que um género alimentício não causará dano ao
consumidor quando preparado e/ou ingerido de acordo com a utilização prevista.
Cadeia alimentar - sequência de etapas e operações envolvidas na produção,
processamento, distribuição, armazenagem e manuseamento de um género alimentício e
seus ingredientes, desde a produção primária até ao consumo.
Perigo para a segurança alimentar - agente biológico, químico ou físico presente no
género alimentício, ou na condição de género alimentício, com potencial para causar um
efeito adverso para a saúde.

9
Política de segurança alimentar - conjunto de intenções e de orientações de uma Comentário [H7]: citação ?

organização, relacionadas com a segurança alimentar, como formalmente expressas pela


gestão de topo.

Generalidades
Em Setembro de 2005 a Organização Internacional de Normatização (ISO),
lançou uma norma para a certificação de sistema de gestão da segurança de alimentos: a
ISO 22000. (1,2)
A ISO 22000 foi criada em 2005 em uma parceria da ISO, com a GFSI (Global Food
Safety Initiative) e a CIAA (Confederation of Food and Drink Industries of the
European Union) e foi baseada nos sete passos do APPCC (Anallise de Perigos e Pontos
Criticos de Controle, ou na sigla em inglês, HACCP – Hazard Analysis of Critical
Control Point), definidos no Codex Alimentarius: um programa conjunto da FAO
(Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação) e da OMS
(Organização Mundial de Saúde) onde foi criado um fórum internacional, em 1962, para
criar normas para a produção, manuseio e fornecimento de alimentos de forma a
proteger a saúde da população e remover barreiras tarifárias. (11)
A ISO 22000:2005 é mais uma das normas da família ISO (International
Organization for Standardization), porém esta norma tem como foco a segurança
alimentar e a aplicação de requisitos para um “Sistema de Gestão da Segurança de
Alimentos” onde a organização deve controlar os perigos e os chamados “pontos
críticos de controle” com o intuito de evitar qualquer tipo de contaminação do produto e
garantir que ele esteja seguro no momento do consumo. (22000 a, NPEN)
Esta Norma especifica os requisitos para um sistema de gestão da segurança alimentar
combinando os seguintes elementos chave, geralmente reconhecidos como essenciais,
que permitem assegurar a segurança dos géneros alimentícios ao longo da cadeia
alimentar, até ao seu consumo final:
- Comunicação interactiva; - a gestão do sistema; - os programas pré-requisito; - os
princípios HACCP.
A segurança alimentar está relacionada com a presença de perigos associados
aos géneros alimentícios no momento do seu consumo (ingestão pelo consumidor).
Como a introdução desses perigos pode ocorrer em qualquer etapa da cadeia alimentar,
torna-se essencial a existência de um controlo adequado ao longo da mesma.

10
Consequentemente, a segurança alimentar é assegurada por meio dos esforços
combinados de todas as partes que integram a cadeia alimentar.
As organizações intervenientes na cadeia alimentar abrangem desde os
produtores de alimentos para animais e produtores primários, passando pelos fabricantes
de géneros alimentícios e pelos operadores e subcontratados encarregues do transporte e
da armazenagem, até ao retalho e postos de venda (em conjunto com as organizações
interrelacionadas, tais como os fabricantes de equipamento, de material de embalagem,
de agentes de limpeza, de aditivos e de ingredientes). Os prestadores de serviços
também estão incluídos.
Esta Norma foi alinhada com a ISO 9001, de forma a melhorar a compatibilidade entre
as duas normas.
Esta Norma integra os princípios do Sistema de Análise de Perigos e Pontos Críticos de
Controlo (HACCP) e as etapas de aplicação desenvolvidas pela Comissão do Codex
Alimentarius. Por via de requisitos auditáveis, associa o HACCP com os programas pré-
requisito (PPR).
A análise de perigos é o elemento essencial de um sistema eficaz de gestão da
segurança alimentar, dado que ajuda a organizar o conhecimento necessário para
estabelecer uma combinação eficaz das medidas de controlo. Esta Norma requer que
todos os perigos de ocorrência razoavelmente expectável na cadeia alimentar, incluindo
os perigos que possam estar associados ao tipo de processo e às instalações utilizadas,
sejam identificados e avaliados.
Durante a análise de perigos, a organização determina a estratégia a seguir para
assegurar o controlo dos perigos através da combinação do(s) PPR(s), do(s) PPR(s)
operacional(is) e do plano HACCP. Comentário [H8]: citação ?

Objectivos (1,2)
 Demonstrar a habilidade da organização em controlar os riscos e perigos na
fabricação de alimentos e procurar constantemente produtos finais seguros, que
atendam aos requisitos dos clientes bem como aos requisitos regulamentares.
 Dentro da visão da cadeia de fornecimento garantir que os alimentos são seguros
para o consumidor final.
 Garantir a integridade do alimento e a saúde do consumidor.

11
 Aplicação por parte das organizações que procuram um sistema de gestão da
segurança alimentar mais focalizado, coerente e integrado do que geralmente é
requerido pela legislação.
A documentação do sistema de gestão da segurança alimentar deve incluir:
 Declarações documentadas quanto à política da segurança alimentar e aos
objectivos relacionados;
 Procedimentos documentados e registos requeridos por esta Norma; e
 Documentos necessários para a organização assegurar o desenvolvimento,
implementação e actualização eficazes do sistema de gestão da segurança
alimentar.

Política da segurança alimentar


A gestão de topo deve definir, documentar e comunicar a sua política da segurança
alimentar. A gestão de topo deve assegurar que a política da segurança alimentar:
i. É apropriada ao papel da organização na cadeia alimentar;
ii. Está conforme com os requisitos estatutários e regulamentares e com os
requisitos, em matéria de segurança alimentar, definidos em acordo com o
cliente,
iii. É comunicada, implementada e mantida a todos os níveis da organização;
iv. É revista para se manter apropriada;
v. Contempla a comunicação adequada; e
vi. É suportada por objectivos mensuráveis.
As organizações associadas à cadeia alimentar devem implementar metodologias de
formas a assegurar que os riscos e perigos para a saúde dos consumidores sejam
eliminados ou reduzidos a níveis aceitáveis.
Se existe uma área para a qual os consumidores e os cidadãos em geral estão mais
expostos e sensíveis é a segurança alimentar, uma vez que ela interage directamente
com a sua saúde.
Por parecerem tão básicas, estas preocupações não são por vezes consideradas com
cuidado, e a importância que efectivamente merecem, uma vez que, antes de um
produto chegar às mãos do consumidor, podem existir vários intervenientes nesta
cadeia, desde os produtores e fabricantes, distribuidores, transportadores, fornecedores
de embalagens e matérias-primas manipuladoras e prestadores de serviços associados. Comentário [H9]: citação ?

12
Todos estes agentes têm portanto a sua parte de responsabilidade em garantir aos
consumidores a confiança nos produtos que consomem, e para tal podem adoptar o
modelo de Gestão de Segurança Alimentar, estabelecido pela norma ISO 22000, que
especifica um conjunto de requisitos, reconhecidos como essenciais, que permitem
garantir a segurança dos géneros alimentícios ao longo da cadeia alimentar, até ao
consumidor final.
A importância da implementação de um Sistema de Gestão de Segurança Alimentar vai
para além do controlo dos perigos e do cumprimento de requisitos legais, devendo as
organizações estarem conscientes de um conjunto de benefícios e vantagens adicionais a
que podem aceder tais como:
 Transmitir maior confiança aos consumidores, reforçando a sua imagem no
mercado;
 Melhorar a satisfação dos clientes;
 Comunicar com maior eficácia a todas as partes interessadas sobre as questões
relativas à segurança alimentar;
 Assegurar que actua em conformidade com a sua política declarada sobre
segurança alimentar;
 Gerir com maior eficácia os seus recursos internos;
 Reduzir os custos em função da melhoria da eficiência do sistema de gestão
implementado;
 Aceder à possibilidade de concretizar a entrada noutros mercados.

ISO/IEC 17025: 2018 - REQUISITOS GERAIS PARA A COMPETÊNCIA DE


LABORATÓRIOS DE ENSAIO E CALIBRAÇÃO

Definição

A ISO/IEC 17025 é uma norma exclusiva para laboratórios de ensaios e calibração.


Assim, independente de qual parte do mundo, os laboratórios que estiverem acreditados
por esta norma obterão resultados confiáveis e terão um sistema de gestão eficaz. Isso
porque, antes de uma empresa ser acreditada de acordo com a ISO/IEC 17025, ela passa
por avaliações. Esta análise criteriosa por parte dos avaliadores garante o padrão
internacional dos laboratórios, de forma que os resultados dos ensaios serão aceitos em
outros países. Comentário [H10]: citação ?

13
Esta nova versão de veio com um escopo revisado para abranger todas as actividades do
laboratório, incluindo ensaios, calibração e amostragem associadas a calibrações e
ensaios subsequentes, com foco no processo enfatizando os resultados, a tecnologia da
informação e os pensamentos baseados em riscos.

Objectivo

Promover a confiança na operação dos laboratórios, identificando aqueles que


oferecem a máxima confiança em seus serviços.

Actualmente,

Identificam-se diferenças substâncias face a sua versão 2005, na sua estrutura, no


conceito de imparcialidade e confidencialidade, na identificação de riscos e
oportunidade de melhoria contínua, conducente a efectividade do sistema de gestão.
Mantêm-se a sua filosofia em termos de estabelecimentos de requisitos gerais
focados na competência dos laboratórios de ensaio e de calibração, sendo por isto
mesmo, uma norma por excelência aplicada a comunidade laboratorial
Por meio da ISO a 17025 na sua versão 2017 continua conduzindo os sistemas de
gestão da qualidade dos laboratórios de ensaios e calibrações com o objectivo de
garantir a competência técnica e a qualidade seguindo padrões internacionais.

Diploma Ministerial nº 137/2007 (9)

Conceito
Diploma ministerial n0 137/2007 é um conjunto de normas moçambicanas para os
ministérios da saúde, agricultura, pesca, da indústria e comércio alinhadas a comissão
do Codex Alimentarius, orégão das nações unidas, internacionais que promove a
coordenação de todos os trabalhos sobre as normas alimentares internacionais
governamentais e não governamentais.
Objectivos: Proteger a Saúde do consumidor e assegurar praticas equitativas no
comércio internacional de alimentos.

14
CODEX Alimenterius (FAO/WHO Food Standards)
Comentário [H11]:
Conceito
O Codex Alimentarius do latim (significa Código ou Lei dos Alimentos) é um conjunto
de padrões alimentares que contem uma colecção de normas alimentares internacionais
aprovadas, apresentadas de uma maneira uniforme. Para melhorar a segurança é
recomendada, sempre que possível, uma abordagem baseada num sistema HACCP-
Sistema de Análise de Perigos e de Pontos Críticos de Controlo (HACCP) e Directrizes
para a sua Aplicação, que permite identificar, avaliar e controlar os perigos
significativos para a segurança dos alimentos. (3)

Historial
A Comissão do Codex Alimentarius (CAC) foi criada em 1962, durante a Conferência
Mundial da Saúde, organizada pela FAO (Organização das Nações Unidas para
Agricultura e Alimentação) e pela OMS (Organização Mundial da Saúde), com
objectivo de iniciar um programa conjunto FAO/OMS relativo a normas sobre
alimentos. Os integrantes da Comissão do Codex Alimentarius são os Estados-membros
da ONU, além de Associações Internacionais, representantes dos consumidores e
outros, que notificaram seu interesse em participar do grupo. (3)

Os objectivos da publicação desses padrões alimentares são: (3)


 Proteger a saúde do consumidor e garantir práticas leais no comércio
internacional de alimentos.
 Orientar e estimular a elaboração e o estabelecimento de definições e exigências
para alimentos de modo a promover sua harmonização e facilitar o comércio
internacional.

Situação actual
Actualmente, a comissão tem mais de 153 países-membros que representam
aproximadamente 97% da população mundial, sendo 36 países latino-americanos.
Apesar de a Códex ser uma organização de países, as organizações de indústrias e
consumidores são estimuladas a participar para permitir a normalização intra-setorial.
(3)

Moçambique como membro da Comissão do Codex Alimentarius desde 1984 e com a


adesão a organização mundial do comércio através da Resolução n 0 31//94, de 20 de

15
Setembro tem a obrigação de participar de trabalho de Codex Alimentarius e basear as
suas medidas sanitárias e suas medidas fitossanitárias nas normas, directrizes e
recomendações do Codex Alimentarius.

Normas de qualidade para segurança alimentar segundo o INNOQ


O Instituto Nacional de Normalização e Qualidade (INNOQ) é um Instituto
público, de âmbito nacional, tutelado pelo Ministério da Indústria e Comércio (MIC),
dotado de personalidade jurídica e com autonomia administrativa. O INNOQ foi criado
em 1993, e rege-se pelo Decreto 74/2013 de 31 de Dezembro, aprovado pelo conselho
de Ministros. Esta instituição foi criada com o objectivo fundamental de impulsionar e
coordenar a Política Nacional da Qualidade, através da concretização de actividades de
Normalização, Metrologia, Certificação e Gestão da Qualidade. Que visem o
desenvolvimento da economia nacional.
O INNOQ coordena a actividade normativa nacional, bem como colabora com as partes
interessadas.
É da responsabilidade do INNOQ a aprovação e disponibilização do Programa de
Normalização, bem como a homologação das Normas Moçambicanas.
Objectivo
O objectivo da Normalização é o estabelecimento de soluções, por consenso das partes
interessadas, para assuntos que têm carácter repetitivo, tornando-se uma ferramenta
poderosa na auto-disciplina dos agentes activos dos mercados, ao simplificar os
assuntos e evidenciando ao legislador se é necessária uma regulamentação específica
em matérias não cobertas por normas.
Normas Técnicas
As Normas Técnicas são documentos elaborados segundo procedimentos e conceitos
emanados da legislação específica. Estas resultam de um processo de consenso nos
diferentes fóruns do sistema, cujo universo abrange o Governo, o sector privado, o
comércio e os consumidores.
Qualquer norma é considerada uma referência idónea do mercado a que se destina,
sendo por isso usada em processos de legislação, de acreditação, de metrologia, de
informação técnica e, muitas vezes, nas relações Cliente – Fornecedor.

16
As Normas Técnicas têm em vista a: Comentário [H12]: citação ?

 Defesa dos interesses nacionais;


 Racionalização na fabricação ou produção e na troca de bens e serviços, por
meio de operações sistemáticas e repetitivas;
 Protecção dos interesses dos consumidores;
 Segurança de pessoas e bens; e
 Uniformidade dos meios de expressão e comunicação.

Certificação
Certificação de Sistemas de Gestão da Qualidade permite evidenciar que uma
organização opere de maneira estruturada e seja capaz de demonstrar a capacidade de
produzir ou oferecer produtos e serviços conforme as respectivas especificações e que
cumpram com os requisitos regulamentares vigentes.
A certificação de sistemas de gestão representa, para as organizações, benefícios e
contributos importantes na gestão do seu negócio, na avaliação de custos e riscos e nas
relações com as suas envolventes externas.

Objectivos
Implementar a politica nacional da qualidade através das actividades de normalização,
metrologia, avaliação da conformidade e gestão da qualidade que visem o
desenvolvimento da economia nacional. Comentário [H13]: citação ?

17
CONCLUSÃO
O modelo de gestão da qualidade disponibilizado pela Norma NM ISO 9001 serve,
hoje, de referência a nível internacional a um vasto conjunto de organizações,
independentemente da sua área de actividade e da sua dimensão.
Uma das formas das organizações demonstrarem este compromisso pode ser através da
certificação do seu Sistema de Gestão da Qualidade.
A ISO 22000:2005 é mais uma das normas da família ISO, porém esta norma tem como
foco a segurança alimentar e a aplicação de requisitos para um “Sistema de Gestão da
Segurança de Alimentos”. A importância da implementação de um Sistema de Gestão
de Segurança Alimentar vai para além do controlo dos perigos e do cumprimento de
requisitos legais, devendo as organizações estarem conscientes de um conjunto de
benefícios e vantagens adicionais
A lei visa proteger o homem e quando não seguida ela leva a uma condenação. Ao ler as
normas, percebe-se que não são nada mais que leis alimentares criadas pelos entidades
que regem o controle dos alimentos de modo a proteger e promover a saúde da
população assim como facilitar a comunicação comercial diversos pais pelos padrões
criados. Comentário [H14]: Até agora não
sabes que fazer conclusão é só respond
os objectivos especificos

18
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. Da Rocha, Jacita Manfio et all, ISO 22000: Gestão da segurança de alimentos

2. Rossiter, Karina Walesca Lopes, Sistema de gestão de segurança de alimentos


na produção industrial: uma abordagem da implantação da norma NBR ISO
22000:20065- Em uma industria do estado de Pernambuco, Recife, 2008

3. Comissão do Codex Alimentarius e o Programa de Normas Alimentares da


FAO/OMS, Código Internacional Recomendado de Práticas – Princípios Gerais
de Higiene dos Alimentos Versão Portuguesa CAC/RCP 1-1969 Rev. 4 – 2003

4. Norma Europeia, sistema de gestão de qualidade requisitos, ISO 9001:2015,


Setembro 2015
5. Fidelis, Gilberto Carlos, a história da evolução da ISO/IEC 17025

6. Jacita Manfio Da Rocha, ett all, Gestão de processo, sustentabilidade e


responsabilidade social, ISO 22000: Gestão da segurança de alimentos, 2009
7. Roger Medeiros Esperança: Análise Comparativa dos Requisitos da Norma ISO
9001:2008 com a DIS ISO 9001:2015
8. Instituto português da qualidade, Norma portuguesa, Sistemas de gestão da
segurança alimentar, Requisitos para qualquer organização que opere na cadeia
alimentar (ISO 22000:2005)
9. Republica de Moçambique, Ministério de saúde, agricultura, das pescas, da
industria e comercia, Diploma ministerial n. 0 137/2007
10. República de Moçambique, ministério da indústria e comercio, Diploma
ministerial n.0 1/2021, Regulamento Interno do instituto nacional de
normalização e qualidade.
11. Malagutti, Cintia, nova versão da ISO 22000, visão geral das principais
mudanças propostas e seus impactos, 2018

19

Você também pode gostar