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UNIVERSIDADE LÚRIO

Faculdade de Ciências de Saúde


Licenciatura em Farmácia; 4o Ano; Semestre II
Cadeira de Bromatologia e Hidrologia

(16.0/20.0) Hélio
ISO 17025, ISO 9001(SISTEMA DE GESTÃO DE QUALIDADES), ISO 22000
(SISTEMAS DE GESTÃO DA SEGURANÇA ALIMENTAR) & DM 137/2007

Discente:
Masoka Numbe
Docentes:

dra. Célia Cassamo

dr. Hélio João

Nampula,Setembro de 2023 Comentário [H1]: nao negrir


Discente:
Masoka Numbe

ISO 17025, ISO 9001(SISTEMA DE GESTÃO DE QUALIDADES), ISO 22000


(SISTEMAS DE GESTÃO DA SEGURANÇA ALIMENTAR) & DM 137/2007

Docente:

______________________________
dra. Célia Cassamo
Sumário

I. Introdução ...................................................................................................................................... 4

1.1. Objectivo Geral .................................................................................................................. 4

1.2. Objectivos específicos ....................................................................................................... 4

II. Revisão de Literatura .................................................................................................................... 5

2.1. ISO/IEC 17025: 2017............................................................................................................ 5

2.2. Conceito ............................................................................................................................. 6

2.3. Objectivos .......................................................................................................................... 6

3. ISO 9001:2015 Sistema de gestão de qualidades ..................................................................... 11

3.1. Conceito................................................................................................................................ 11

3.2. Objectivo .............................................................................................................................. 12

3.3. Princípios de gestão da qualidade ........................................................................................... 14

4. ISO 22000: Sistemas de gestão da segurança alimentar .......................................................... 14

4.1. Conceito................................................................................................................................ 14

4.2. Objectivos............................................................................................................................. 14

5. DM 137/2007 .............................................................................................................................. 15

5.1. Conceito................................................................................................................................ 15

5.2. Objectivos............................................................................................................................. 15

III. Conclusão ................................................................................................................................ 17

IV. Referências bibliográficas ........................................................................................................... 18


Comentário [H2]: todos titulos
I. Introdução tamanho 14 e maiusculo

A segurança alimentar é uma questão complexa, que tem ganhado cada vez mais relevância
em debates nacionais, assim como em organizações internacionais. Este tema tem estado no topo
das agendas de várias organizações internacionais e constitui um aspecto muito importante para
muitos países, em especial, para os países africanos. Um estudo do Secretariado Técnico de
Segurança Alimentar e Nutricional – SETSAN (2014) concluiu que em Moçambique, cerca de Comentário [H3]: usar norma
Vancouver, nao APA
24% dos agregados familiares estão em situação de insegurança alimentar crônica. O mesmo
estudo refere que os baixos níveis de produtividade e de produção agrícola, o acesso limitado aos
alimentos, a fraca diversificação de alimentos em muitas zonas do país, bem como os elevados
níveis de pobreza são aspectos que contribuem para os atuais níveis de insegurança alimentar no
país.

O sistema de gestão da qualidade é composto por um conjunto de recursos e regras


mínimas, que podem ser implantadas, com objetivo de orientar cada parte de uma organização
para que execute de maneira correta sua tarefa. Os requisitos da ISO 9001, foca na orientação das
empresas quanto à gestão da qualidade, buscando a melhoria contínua e assegurando a
competitividade da empresa. A ISO 17025 permite reforçar os laboratórios na sua competência
técnica, que continua para a qualidade de vida e segurança da sociedade, como forma de
diferenciação e da sua competitividade, da sua sustentabilidade no contexto da avaliação da
conformidade. Moçambique como vários países adoptou as normas que regem a padronização
dos alimentos, para garantir a boa saúde da população e facilitar o comércio internacional Comentário [H4]: citar

1. Objectivos
1.1. Objectivo Geral:
 Conhecer ISO 9001: sistemas de qualidade; ISO 2200: Segurança alimentar; ISO 17025:
Laboratórios de ensaios e Legislação Moçambicana referente a Alimentação.

1.2. Objectivos específicos:

 Descrever ISO 9001: sistemas de qualidade; ISO 2200: Segurança alimentar; ISO 17025:
Laboratórios de ensaios e Legislação Moçambicana referente a Alimentação;

4
 Mencionar as vantagens das ISO 9001: sistemas de qualidade; ISO 2200: Segurança
alimentar; ISO 17025: Laboratórios de ensaios e Legislação Moçambicana referente a
Alimentação;

 Compreender ISO 9001: sistemas de qualidade; ISO 2200: Segurança alimentar; ISO
17025: Laboratórios de ensaios e Legislação Moçambicana referente a Alimentação;

 Identificar os princípios das ISO 9001: sistemas de qualidade; ISO 2200: Segurança
alimentar; ISO 17025: Laboratórios de ensaios e Legislação Moçambicana referente a
Alimentação.

II. Revisão de Literatura


2.1. ISO/IEC 17025: 2017
Internacionalmente, o processo de padronização das atividades dos laboratórios de ensaio e
calibração teve início com a publicação da ISO/IEC Guia 25 em 1978, revisado posteriormente
em 1993. Na Europa, em razão da não-aceitação da ISO Guia 25, vigorava a EN 45.001 como

5
norma para reconhecer a competência dos ensaios e calibrações realizados pelos laboratórios.
Tanto a ISO Guia 25 como a EN 45.001 continham aspectos cujos níveis de detalhamento eram
insuficientes para permitir uma aplicação/interpretação consistente e sem ambiguidades, como,
por exemplo, o conteúdo mínimo a ser apresentado na declaração da política da qualidade do
laboratório, a rastreabilidade das medições, as operações relacionadas às amostragens e o uso de
meios eletrônicos. Para suprir essas lacunas, a ISO iniciou em 1995 os trabalhos de revisão da
ISO Guia 25 através do Working Group 10 (WG 10) da ISO/CASCO (Committee on Conformity
Assessment). Dessa revisão resultou a norma ISO/IEC 17.025 – Requisitos gerais para a
competência de laboratórios de ensaio e calibração, oficialmente datada de 15 de dezembro de
1999 e publicada internacionalmente no início do ano 2000.(1)

2.2. Conceito
A ISO/IEC 17025 é uma norma exclusiva para laboratórios de ensaios e calibração. Assim,
independente de qual parte do mundo, os laboratórios que estiverem acreditados por esta norma
obterão resultados confiáveis e terão um sistema de gestão eficaz. Isso porque, antes de uma
empresa ser acreditada de acordo com a ISO/IEC 17025, ela passa por avaliações. Esta análise
criteriosa por parte dos avaliadores garante o padrão internacional dos laboratórios, de forma que
os resultados dos ensaios serão aceitos em outros países. (1)

A ISO/IEC 17.025 foi produzida como resultado de ampla experiência na implementação da


ISO Guia 25 e da EN 45.001, que foram canceladas e substituídas de modo a serem utilizados
textos idênticos nos níveis internacional e regional. Ela estabelece os critérios para aqueles
laboratórios que desejam demonstrar sua competência técnica, que possuam um sistema de
qualidade efetivo e que são capazes de produzir resultados tecnicamente válidos.

2.3. Objectivos
Os principais objetivos da 17.025 são:

Estabelecer um padrão internacional e único para atestar a competência dos labora�tórios para
realização de ensaios e/ou calibrações, incluindo amostragem. Tal padrão facilita o
estabelecimento de acordos de reconhecimento mútuo entre os organismos de credenciamento
nacionais;

6
 Facilitar a interpretação e a aplicação dos requisitos, evitando ao máximo opiniões
divergentes e conflitantes. Ao incluir muitas notas que apresentam esclarecimentos sobre
o texto, exemplos e orientações, a 17.025 reduz a necessidade de documentos
explicativos adicionais;

 Estender o escopo em relação à ISO Guia 25, abrangendo também amostragem e


desenvolvimento de novos métodos; (1)

As principais modificações introduzidas pela 17.025 com relação à ISO Guia 25 podem ser
divididas em dois grupos: mudanças estruturais e mudanças conjunturais. As estruturais dizem
respeito à introdução de novos conceitos e enfoques, bem como ao ordenamento e à disposição
dos requisitos listados na ISO/IEC 17.025, cuja apresentação difere completamente da estrutura
existente na ISO Guia 25. São diferenças não apenas de forma, mas também de conteúdo, e que
demonstram claramente a preocupação da nova norma em estabelecer orientações gerais e
modernas para que os laboratórios desenvolvam um sólido gerenciamento das suas atividades
segundo padrões de qualidade reconhecidos internacionalmente. Além disso, o aprofundamento
de alguns requisitos de caráter técnico, antes superficiais na ISO Guia 25, propiciará melhores
condições para que os laboratórios demonstrem de forma mais consistente sua competência
técnica. Dentre as principais mudanças de caráter estrutural introduzidas pela 17.025, destacam-
se:

 Na ISO/IEC 17.025 há uma nítida separação entre os requisitos gerenciais e os requisitos


técnicos; a seção 4 contém os requisitos para a administração, e a seção 5 especifica os
requisitos para a competência técnica dos ensaios e/ou calibrações que o laboratório
realiza. Essa separação facilita a condução das avaliações, quer sejam internas ou
externas;

 Maior atenção deve ser dada aos clientes do laboratório. Deverá ser privilegiada uma
cooperação mais estreita com os clientes no que tange aos aspectos contratuais e ao
acesso do cliente às áreas do laboratório para acompanhamento dos ensaios e/ou
calibrações. Embora não sejam requisitos auditáveis, os laboratórios são encorajados a
estabelecer canais de comunicação e obter feedback dos clientes;

7
 Foi incluído o requisito que trata das ações preventivas a serem tomadas pelo laboratório,
pelo qual deverão ser identificadas oportunidades de melhoria;

 Como consequência da extensão do escopo com o desenvolvimento de novos métodos


pelo laboratório, critérios e orientações específicos foram estabelecidos para a validação
de métodos;

 Compatibilidade e convergência com as normas ISO 9.001/9.002. Foram incorporados na


ISO/IEC 17.025 todos os requisitos da 9.001 e 9.002 que são pertinentes ao escopo dos
serviços de ensaio e calibração cobertos pelo sistema da qualidade do laboratório.
Portanto, se os laboratórios de ensaio e calibração atenderem aos requisitos da 17.025,
eles operarão um sistema da qualidade que também estará de acordo com os requisitos da
9.001 ou 9.002. Contudo, para efeitos de credenciamento do laboratório, a existência de
um sistema da qualidade é condição necessária, mas não suficiente para o pleno
atendimento da 17.025, uma vez que os laboratórios terão que demonstrar ainda sua
competência técnica para produzir dados e resultados tecnicamente válidos, o que não
está presente na 9.001 nem na 9.002. Com a nova versão da ISO 9.001:2000, é provável
que a ISO/CASCO forme um grupo de trabalho para estudar a possibilidade de serem
feitos aditamentos técnicos para alinhar a ISO/IEC 17.025:1999 com a ISO 9.001:2000.
(1)

O segundo grupo de mudanças introduzidas pela 17.025, em comparação à ISO Guia 25, são as
diferenças de natureza conjuntural, ou seja, melhorias e modificações pontuais que se constituem
em ponto de partida para a evolução de aspectos gerenciais e de competência técnica abordados
anteriormente na ISO Guia 25, mas que, por estarem redigidos de forma pouco abrangente,
davam margem a dúvidas, omissões e conflitos. (1, 2)
Dentre essas mudanças destacam-se:

 Definição do conteúdo mínimo a ser contemplado na declaração da política da qualidade


do laboratório;

 Inclusão de um requisito específico para a implementação de ações corretivas;

8
 Como consequência do alinhamento da ISO/IEC 17.025 com as ISO 9.001 e 9.002,
crítica dos pedidos, propostas e contratos, de modo a prover maior confiança na prestação
dos serviços e no relacionamento entre o cliente e o laboratório;
A rastreabilidade das medições é tratada no item 5.6 de modo detalhado e abrangente,
contendo inúmeras notas explicativas e de orientação. Há um tratamento diferenciado na
ISO/IEC 17.025 para a rastreabilidade a ser demonstrada pelos laboratórios de calibração
e pelos laboratórios de ensaio;

 Destaque maior é dado à apresentação dos resultados dos ensaios e/ou calibrações, sendo
este tópico muito mais extenso do que aquele contido na ISO Guia 25. Há uma distinção
clara entre a emissão de relatórios de ensaio e a emissão de certificados de calibração.

Entretanto, 17.025 nos permite afirmar que ela, por ser mais detalhada e explicativa, é de
aplicação mais pragmática e menos ambígua do que a ISO Guia 25. As regras do jogo foram
modernizadas, os requisitos ficaram mais claros, pontos obscuros foram mais bem explicitados e,
por demanda dos laboratórios e como consequência da proliferação do uso de sistemas da
qualidade, houve uma convergência completa com os requisitos das ISO 9.001 e 9.002. Como
mencionado anteriormente, em um futuro não muito distante será necessário fazer um
alinhamento entre a ISO/IEC 17.025 e a nova ISO 9.001:2000.

No mundo globalizado, a padronização é de fundamental importância para viabilizar e


incrementar as trocas comerciais nos âmbitos regional, nacional e internacional. As organizações
que desenvolvem suas atividades e operam os seus processos produtivos de acordo com normas e
procedimentos harmonizados e aceitos como padrões estarão em condições mais favoráveis para
superar possíveis barreiras não-tarifárias e atender a requisitos técnicos especificados. Nesse
contexto, a aplicação da ISO/IEC 17.025 é de grande relevância econômica, pois confere um
valor diferenciado aos certificados de calibração e aos relatórios de ensaio emitidos por
laboratórios cuja competência técnica é reconhecida por um organismo de credenciamento. Esse
reconhecimento poderá se reverter em vantagens econômicas para os laboratórios, tais como:

 Diferencial competitivo, fator de divulgação e marketing, o que poderá resultar em maior


participação no mercado e, consequentemente, em maior lucratividade;

9
 Fidelização dos clientes atuais e conquista de novos clientes, uma vez que o
credenciamento confirma e reconhece a competência técnica do laboratório para produzir
dados e resultados tecnicamente válidos, o que aumenta a sua credibilidade perante o
mercado;
Laboratórios que fazem parte de organizações maiores e que operam em conformidade
com os requisitos da ISO/IEC 17.025 poderão comprovar que os produtos da organização
foram ensaiados e são tecnicamente capazes de atender às especificações de desempenho,
segurança e confiabilidade;

 Crescimento das atividades de certificação de produtos representa um novo mercado a ser


explorado pelos laboratórios de ensaio e/ou calibração;

 Os resultados de ensaio e calibração poderão ser aceitos em outros países, desde que o
laboratório utilize os critérios da ISO/IEC 17.025 e seja credenciado por um organismo
que estabeleça acordos de reconhecimento mútuo com organismos equivalentes de outros
países.

O uso da ISO/IEC 17.025 facilitará a cooperação entre laboratórios e outros organismos,


auxiliando na troca de informações e experiências, bem como na harmonização de normas e
procedimentos, o que poderá significar redução de custos.
Em suma, a adequação das atividades gerenciais e técnicas do laboratório de acordo com os
critérios da ISO/IEC 17.025 deve ser vista não como um custo, mas como um investimento de
médio e longo prazos, cujo retorno comercial e financeiro certamente será garantido pela
comprovação da competência técnica do laboratório perante o mercado. (1)

Atualmente é indiscutível a importância do trabalho com qualidade, em qualquer

esfera profissional. A demonstração da competência técnica alicerçada em regras internacionais


consensuadas é pré-requisito para a sobrevivência de qualquer laboratório. O artigo que
apresenta este capítulo é a prova cabal da importância da implantação da norma NBR ISO/IEC
17025.
O primeiro passo para a concretização de um Sistema de Qualidade em um laboratório é a
criação de uma Comissão Permanente da Qualidade, capitaneada por um gerente ou coordenador
10
da qualidade e um substituto ou vice-gerente, com a total aprovação da alta administração do
laboratório.

Esta comissão deve desenvolver várias atividades no sentido de implementar o Sistema de


Qualidade, de acordo com os requisitos da norma ABNT ISO/IEC 17.025, sendo que a maioria
delas diz respeito à motivação, conscientização e capacitação dos funcionários, preparando-os
para incorporar uma mentalidade proativa, capaz de lidar com as mudanças de forma dinâmica e
de enxergar as oportunidades de melhoria onde antes só viam problemas. Deve também, na
medida do possível, prover os laboratórios dos meios necessários para o desenvolvimento das
atividades relacionadas com a qualidade.
A grande maioria dos laboratórios que desenvolvem suas atividades no controle da qualidade de
alimentos deve optar pela Norma ABNT ISO/IEC 17.025. Entretanto, aqueles que, além das
atividades de rotina desenvolvem pesquisas como nos seguintes casos:

a) estudos que fundamentem a concessão, renovação ou modificação de registro de aditivos


para alimentos, agrotóxicos, alimentos transgênicos, rações e outros afins, por
organismos regulamentadores/fiscalizadores com fins de responsabilização para
comercialização.
b) estudos conduzidos em resposta a questionamentos de organismos de qualquer setor
governamental, deverão também seguir as Boas Práticas de Laboratório (BPL), além da
norma descrita acima para suas atividades de rotina.

3. ISO 9001:2015 Sistema de gestão de qualidades


O Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) é a estrutura organizacional criada para gerir e garantir
a Qualidade, os recursos necessários, os procedimentos operacionais e as responsabilidades
estabelecidas.

3.1. Conceito
A ISO 9001 é uma norma internacional que trata a adopção de uma abordagem por processos
ao desenvolver, implementar e melhorar a eficácia de um sistema de gestão de qualidade, para
aumentar a satisfação do cliente, ao satisfazer os seus requisitos. (4,)

11
A ISO é uma rede que actua em diversos países, com um escritório central em Genebra,
Suíça&. Devido ao conceito “ International Organization for Standardization” ter diferentes
siglas em razão das diferentes línguas (IOS em Inglês, OIN em Francês, etc.), seus fundadores
decidiram nomear a organização com um nome padrão para todos os países. Eles escolheram
ISO, derivado do grego ISO, que significa igual, seja qual for o país, seja qual for a língua, a
forma abreviada do nome da organização é ISSO. (4)

De modo geral, as normas ao longo dos anos sofreram alterações, tais como: Em 1987 a
norma era baseada na britânica ABS 5750 e subdividida em três grupos do gerenciamento da
qualidade: design, produção e inspeção final, sendo elementos isolados com três níveis de
requisitos. Em 1994, a norma preconizava a garantia da qualidade, sendo considerada burocrática
única norma com convergência para a 9001. No ano 2000, a norma baseava-se em gestão de
processos, tornando mais fácil a sua interpretação e implementação nas empresas, perdendo a
característica burocrática, passando ser dinâmica. Já em 2008, foram realizadas pequenas
alterações para melhorar a clareza. A ISO 9001:2015 é a 5 edição que substitui a (ISO
9001:2008), que foi objecto de uma revisão de carácter técnico, através de uma revisão na
sequência de secções, da adaptação dos princípios de gestão de qualidade revistos e de novo
qualidade, revisto e de novos conceitos. ((4,5)

3.2. Objectivo
Implantação de um sistema de gestão da qualidade propiciando a melhoria dos processos de uma
organização e, consequentemente, aumentar satisfação de seus clientes com os produtos e
serviços fornecidos. Situação actual as normas da ISO estabelecem uma revisão sistemática a
cada cinco anos, no mínimo, para concluir se devem ser confirmadas, emendadas, revisadas ou
descartadas. As acções para enfrentar os riscos e oportunidades são uma das principais mudanças
em 2015 na revisão da ISO 9001, sendo o estabelecimento de uma abordagem sistemática ao
risco, em vez de tratá-lo como um único componente de um sistema de gestão da qualidade. (3)

Nas edições anteriores da ISO 9001, a acção preventiva era tratada em cláusula separada,
portanto, com a gestão do risco a prevenção é considerada explicitamente ao longo de toda a
norma. Por meio de uma abordagem baseada no risco, uma organização torna-se pró-ativa em
vez de puramente reactiva. Esta passa a prevenir ou reduzir os efeitos indesejados e a promover
12
melhoria. Na ISO 9001/2015 o risco é considerado desde o início e em toda a norma, fazendo a
acção preventiva parte do planejamento estratégico, bem como da operação e da análise crítica.
(4,5)

Actualmente, esta norma busca auxiliar as organizações a padronizar seu sistema de gestão
permitindo aprimorar sua habilidade em fornecer produtos e serviços com qualidade,
satisfazendo as necessidades dos seus clientes. (3)

A norma ISO 9001:2015 estabelece que a organização deve:

 Identificar os processos necessários para o SGQ e para a sua aplicação em toda a


organização;

 Determinar a sequência e interacção dos processos;

 Determinar critérios e métodos necessários para assegurar que, tanto a operação, como o
controlo dos processos são eficazes;

 Assegurar a disponibilidade de recursos e de informação necessários, para suportar a


operação e a monitorização dos processos;
Monitorizar, medir e analisar os processos;

 Implementar acções necessárias para atingir os resultados planeados e a melhoria


contínua dos processos.

O SGQ de uma empresa é composto de processos operacionais, processos de suporte e de gestão,


bem como de procedimentos que orientam como executar determinada tarefa com o detalhe
requerido, bem como, a definição das respectivas responsabilidades.

É um factor essencial para a melhoria contínua dos processos, o estabelecimento, manutenção e


controlo dos registos que comprovem se as actividades foram e são executadas.

Os requisitos do SGQ constantes na série de normas que o rege destinam-se a prevenir a


ocorrência de desvios em qualquer fase da produção do produto ou serviço, iniciando-se no
planeamento e estendendo-se até às actividades do serviço pós-venda. (3)

13
3.3. Princípios de gestão da qualidade
A gestão da Qualidade baseia-se em oitos princípios, nomeadamente:
1. Focalização no cliente – as organizações dependem dos seus clientes, devem compreender as
suas necessidades actuais e futuras e esforçarem-se por exceder as suas expectativas;
2. Liderança – os líderes devem saber manter um ambiente interno motivador, de modo a
obterem a envolvência das pessoas para atingirem os objectivos previstos pela organização;

3. Envolvimentos das pessoas – as pessoas são a principal valia de uma organização, o seu
envolvimento permite que as suas aptidões sejam utilizadas em benefício da organização;

4. Abordagem dos processos – quando as actividades e os recursos que lhes estão associados
são geridos por processos, os resultados desejados são atingidos de forma mais eficiente;
5. Abordagem da gestão como um sistema – gerir processos inter relacionados como um
sistema, contribui para que a organização atinja os seus objectivos com eficácia;
6. Melhoria contínua – deve ser uma preocupação constante, com avaliação sistemática do
desempenho global da organização;

7. Abordagem factual – decisões eficazes, são baseadas na análise de factos, dados,


informações. (3)

4. ISO 22000: Sistemas de gestão da segurança alimentar


4.1. Conceito
A ISO22000:2005 é mais uma das normas da família ISO (International Organization for
Standardization), porém esta norma tem como foco a segurança alimentar e a aplicação de
requisitos para um “ Sistema de Gestão da Segurança de Alimentos” onde a organização deve
controlar os perigos e os chamados “ pontos críticos de controle” com o intuito de evitar
qualquer tipo de contaminação do produto e garantir que ele esteja seguro no momento do
consumo. (22000 a, NPEN)(4)

4.2. Objectivos
Demonstrar a habilidade da organização em controlar os riscos e perigos na fabricação de
alimentos e procurar constantemente produtos finais seguros, que atendam aos requisitos dos
clientes bem como aos requisitos regulamentares. Dentro da visão da cadeia de fornecimento
14
garantir que os alimentos são seguros para o consumidor final. Garantir a integridade do
alimento e a saúde do consumidor. (4, 5)

O crescimento da população e o aumento na demanda por alimentos prontos para o consumo


levaram os governos a editarem leis e normas regulamentares, visando assegurar a melhor
qualidade do produto e forçar a observância de requisitos mínimos de higiene e sanitização. Em
setembro de 2005 a Organização Internacional de Normatização (ISO), lançou uma norma para a
certificação de sistema de gestão da segurança de alimentos: a ISO 22000. (6)

A ISO 22000 foi criada em 2005 em uma parceria da ISO, com a GFSI (Global Food Safety
Initiative) e a CIAA (Confederation of Food and Drink Industries of the European Union) e foi
baseada nos sete passos do APPCC (Analise de Perigos e Pontos Crípticos de Controle, ou na
sigla em inglês, HACCP – Hazard Analysis of Critical Control Point), definidos no Codex
Alimentarius: um programa conjunto da FAO (Organização das Nações Unidas para a
Agricultura e a Alimentação) e da OMS (Organização Mundial de Saúde) onde foi criado um
fórum internacional, em 1962, para criar normas para a produção, manuseio e fornecimento de
alimentos de forma a proteger a saúde da população e remover barreiras tarifárias. (7,)

5. DM 137/2007
5.1. Conceito
Diploma ministerial n°139/2007 é um conjunto de normas moçambicanas para os ministérios da
saúde, agricultura, pesca, da indústria e comercio alinhadas a comissão do Codex Alimentarius,
orégão das nações unidas, internacionais que promove a coordenação de todos os trabalhos sobre
as normas alimentares internacionais governamentais e não governamentais. (8)

5.2. Objectivos
Proteger a Saúde do consumidor e assegurar praticas equitativas no comércio internacional de
alimentos.

Moçambique como membro da Comissão do Codex Alimentarius desde 1984 e com a adesão a
organização mundial do comércio através da Resolução n0 31//94, de 20 de Setembro tem a
obrigação de participar de trabalho de Codex Alimentarius e basear as suas medidas sanitárias e
suas medidas fitossanitárias nas normas, diretrizes e recomendações do Codex Alimentarius.
15
Normas de qualidade para segurança alimentar segundo o INNOQ (9,10)

5.3. Conceito

INNOQ (Instituto Nacional de Normalização e Qualidade) é um regulamento interno aprovado


pelo diploma ministerial n.0 1/2021 de 4 de Janeiro do ministério da indústria e comércio de
Moçambique em substituição ao diploma ministerial entre n.0 107/2014, de 30 de Julho que tem
como objectivos implementar a política nacional da qualidade através das actividades de
normalização, metrologia, avaliação da conformidade e gestão da qualidade que visem o
desenvolvimento da economia nacional. Decreto 54/2013 (9,10))

O Decreto n.0 54/2013 de 07 de outubro é uma lei dada pelo conselho dos ministros sobre a
comercialização e consumo de bebidas alcoólicas que controla o comércio e o consumo nocivo
de bebidas alcoólicas, como forma de regularizar o consumo de bebidas alcoólicas, assim como
reduzir o seu impacto na sociedade. (8, 9, 10)

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III. Conclusão
De uma forma geral, foi possível constatar ao longo do trabalho que a implementação de um
SGQ pode encontrar a sua origem em duas razões principais, na decisão da gestão da
organização e na imposição de clientes, ou outras partes interessadas. Em qualquer dos casos, a
organização deve encarar o SGQ como um subsistema do sistema de gestão global e deve ajudar
a gerir de uma forma mais eficaz as actividades mais relevantes para a qualidade.
A organização deve definir a estrutura da documentação usada no sistema da qualidade e em
todas as actividades associadas.
Esta estrutura deve ser lógica, com uma hierarquia de documentos e assegurar a coerência do
conjunto da documentação. Para além disso, deve ser concebida de modo a identificar todos os
tipos de documentos a usar no controlo e gestão da qualidade, de tal forma que qualquer novo
documento a criar se enquadre na estrutura definida.
Todas as normas aqui citadas, sub entende-se que são princípios criadas pelas entidades que
regem o controle e sistema de Qualidades dos alimentos e de outros produtos de modo a proteger
e promover a saúde da população assim como facilitar a comunicação comercial diversos países
pelos padrões criados. Toda empresa que quer vender além do mercado nacional é necessária que
ele siga essas leis e para que os clientes saiam satisfeitos deve-se seguir ao pé da letra passo a
passo das normas criadas. A maioria dos produtos alimentares à venda em Moçambique que por
lei deviam ser fortificados, ou não o são ou carecem de identificação.

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IV. Referências bibliográficas
1.Fidelis, Gilberto Carlos, a história da evolução da ISO/IEC 17025

2. Norma Europeia, sistema de gestão de qualidade requisitos, ISO 9001:2015, setembro 2015

3. Roger Medeiros Esperança: Análise Comparativa dos Requisitos da Norma ISO 9001:2008
com a DIS ISO 9001:2015

4. Rossiter, Karina Walesca Lopes, Sistema de gestão de segurança de alimentos na produção


industrial: uma abordagem da implantação da norma NBR ISO 22000:20065- Em uma industria
do estado de Pernambuco,Recife, 2008

5 . Jacita Manfio Da Rocha, ett all, Gestão de processo, sustentabilidade e responsabilidade


social, ISO 22000: Gestão da segurança de alimentos, 2009

6. Da Rocha, Jacita Manfio et all, ISO 22000: Gestão da segurança de alimentos

7. Instituto português da qualidade, Norma portuguesa, Sistemas de gestão da segurança


alimentar, Requisitos para qualquer organização que opere na cadeia alimentar (ISO 22000:2005)

8. Republica de Moçambique, Ministério de saúde, agricultura, das pescas, da industria e


comercia, Diploma ministerial n.0 137/2007

9. Republica de Moçambique, ministério da industria e comercio, Diploma ministerial n.0 1/2021,

18
10. Regulamento Interno do instituto nacional de normalização e qualidade.Malagutti, Cintia,
nova versão da ISO 22000, visão geral das principais mudanças propostas e seus impactos, 2018

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