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SISTEMAS INTEGRADOS DE GESTÃO EM LABORATÓ-

RIOS E ACREDITAÇÃO ABNT NBR ISSO/IEC 17025

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NOSSA HISTÓRIA

A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empre-


sários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação
e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade ofere-
cendo serviços educacionais em nível superior.

A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de


conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a partici-
pação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação
contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos
e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber atra-
vés do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação.

A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma


confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica,
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido.

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Sumário

SISTEMAS INTEGRADOS DE GESTÃO EM LABORATÓRIOS E


ACREDITAÇÃO ABNT NBR ISSO/IEC 17025 ............................................................ 1

NOSSA HISTÓRIA ........................................................................................... 2

INTRODUÇÃO.................................................................................................. 5

O QUE É NORMA ISO/IEC 17025................................................................... 6

Objetivos da norma ........................................................................................ 6

A NORMA SERVE............................................................................................ 7

LEGISLAÇÃO E NORMAS ............................................................................. 8

GESTÃO DE LABORATÓRIOS .................................................................... 10

Gestor: Conhecimento e capacidade ............................................................ 10

Gestor: Motivação ........................................................................................ 12

ABNT NBR ISSO/IEC 17025.......................................................................... 15

Requisitos da direção................................................................................ 15

Requisitos técnicos ................................................................................... 16

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS NBR ISO/IEC 17025 ........................... 18

PRINCÍPIOS DAS BOAS PRÁTICAS DE LABORATÓRIO ....................... 19

RISCOS QUÍMICOS EM LABORATÓRIOS ................................................ 21

Dados de segurança ...................................................................................... 21

Identificação da substância ou preparação e do responsável pela sua venda:


................................................................................................................................ 21

Ingredientes e informações sobre ingredientes: ....................................... 21

Identificação de perigo: ............................................................................ 22

Primeiros socorros: ................................................................................... 22

Métodos de combate ao incêndio: ............................................................ 22

Medidas a serem tomadas em caso de vazamento acidental: ................... 22

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Manuseio e armazenamento: .................................................................... 23

Controle de exposição / proteção pessoal: ............................................... 23

Propriedades físicas e químicas:............................................................... 23

Estabilidade e reatividade:........................................................................ 24

Informações Toxicológicas: ..................................................................... 24

Informação ecológica: .............................................................................. 24

Disposição: ............................................................................................... 24

Informação de transporte: ......................................................................... 25

Informação Regulatória: ........................................................................... 25

Outra informação:..................................................................................... 25

PLANEJAMENTO DE UM LABORATÓRIO ............................................... 26

TÉCNICAS LABORAIS ................................................................................. 30

REFERÊNCIAS ............................................................................................... 31

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INTRODUÇÃO

O sistema de gerenciamento de laboratório baseado na norma ISO / IEC 17025


não só garante que o laboratório possa operar com competência e possa produzir resulta-
dos eficazes, mas também visa aumentar a confiança na operação do laboratório.
O laboratório deve ser capaz de ser usado com equipamentos, pessoal compe-
tente e métodos de medição confiáveis para garantir precisão e exatidão, bem como ras-
treabilidade no Sistema Internacional de Medição (SI). Deve garantir a qualidade e eficá-
cia da medição, incluindo calibração de equipamentos, monitoramento ambiental, verifi-
cação técnica da metodologia, pessoal treinado e qualificado etc.
Diferentemente de outras normas certificadas por organismos de certificação ter-
ceirizados, o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) é o ór-
gão oficial do governo brasileiro, responsável pela implantação e manutenção do sistema
de certificação (Acreditação) dos laboratórios de calibração.
O laboratório deve documentar o sistema de gestão da qualidade. Um manual de
qualidade documentado é um requisito básico para a certificação de laboratório. Além
disso, os procedimentos de gestão da qualidade devem ser estabelecidos para garantir que
o sistema seja mantido e gerenciado.

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O QUE É NORMA ISO/IEC 17025

ABNT NBR ISO / IEC 17025 ou geralmente ISO 17025 é uma norma escrita
para laboratórios. Este padrão inclui o sistema de gestão da qualidade e requisitos gerais
para procedimentos de teste e / ou calibração (incluindo amostras).
A escolha de um laboratório credenciado pela norma ISO / IEC 17025 mostra
que ele pode ter um desempenho competente e produzir resultados eficazes. Ou seja, os
laudos emitidos por esses laboratórios são reconhecidos nacionalmente e internacional-
mente.
Ela serve para os seguintes laboratórios:
 Calibração
 Ensaio
 Amostragem

Objetivos da norma

Aumente a confiança na operação do laboratório. Os requisitos padrão permitem


que os laboratórios demonstrem:
 Operam competentemente
 Geram resultados válidos
A norma é constituída por duas partes:
 Área técnica
 Sistema de gestão de qualidade
Os laboratórios que implementam este padrão podem escolher um dos dois se-
guintes certificados:
 Reconhecido pela rede metrológica dos estados brasileiros
 Certificado pela Cgcre / Inmetro

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A NORMA SERVE

Assegurar a qualidade dos serviços prestados pelo laboratório nas relações co-
merciais e permitir os seguintes comportamentos:
 Verifique o desempenho do processo e do produto.
 Demonstrar conformidade com leis, regulamentos e costumes estabele-
cidos, e grande atenção à saúde, segurança e meio ambiente, exigindo
medidas confiáveis em novas áreas complexas.
 Devido à enorme demanda por coordenação e coordenação na atual
muito acirrada, complexa e envolvendo muitas relações de troca, para
garantir a globalização irreversível das relações comerciais globais e dos
sistemas de produção, a necessidade de medição aumentou e medidas
mais confiáveis foram tomadas para superar o comércio barreiras técni-
cas.
Por este motivo, é necessário testar em um laboratório confiável. Os laboratórios
que implementam as normas ISO / IEC 17025 em seus sistemas de gestão da qualidade
podem operar com competência e produzir resultados eficazes e aumentar a confiança.

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LEGISLAÇÃO E NORMAS

No Brasil, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), fundada em


1940, é o órgão responsável pela normalização técnica, fornecendo a base necessária ao
desenvolvimento tecnológico brasileiro.
Desde a década de 1950, a ABNT realiza certificações de conformidade de pro-
dutos e serviços. A atividade assenta em diretrizes e princípios técnicos reconhecidos
internacionalmente e assenta numa estrutura técnica e de auditoria multidisciplinar para
garantir a credibilidade, a ética e o reconhecimento dos serviços prestados.
É a única e exclusiva representante no Brasil das seguintes entidades internaci-
onais: ISO (International Organization for Standardization), IEC (International Electro-
technical Comission); e das entidades de normalização regional COPANT (Comisión Pa-
namericana de Normas Técnicas) e a AMN (Associação Mercosul de Normalização).
As NRs, que se aplicam à atividade de uma empresa, devem ser utilizadas como
rotina no gerenciamento da segurança no trabalho. Segue algumas normas:
A NR 1 define as obrigações do empregador que são:
 Cumprir e fazer cumprir as normas de proteção.
 Elaborar ordens de serviço, procedimentos c normas internas de segu-
rança com o objetivo de garantir que o trabalho seja executado de forma
correta e segura.
 Determinar procedimentos a serem executados em casos de acidentes ou
doenças.
 Adotar medidas de proteção contra o trabalho insalubre ou perigoso.
 Informar os trabalhadores sobre os riscos no trabalho.
 Informar os trabalhadores sobre as medidas de proteção existentes.
 Informar os trabalhadores sobre os resultados dos seus exames médicos.
 Informar os trabalhadores dobre o resultado das avaliações ambientais
realizadas nos locais de trabalho.
 Permitir que os representantes dos trabalhadores acompanhem a fiscali-
zação das condições de trabalho.

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A NR 6 define o equipamento de proteção individual (EPI) que se deve dar nas
seguintes circunstâncias:
 Sempre que as medidas de proteção coletivas forem tecnicamente inviá-
veis ou não oferecem completa proteção contra os riscos.
 Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas.
 Para atender a emergências.
A adoção do EPI deve ser precedida das seguintes medidas obrigatórias
para o empregador:
a) adquirir o tipo adequado à atividade do empregado;
b) fornece ao trabalhador apenas o EPI com Certificado de Aprovação
do Ministério;
c) treinar o trabalhador sobre seu uso adequado;
d) substituir o EPI quando danificado ou extraviado; e
e) responsabilizar-se por sua higienização e manutenção periódica.

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GESTÃO DE LABORATÓRIOS

Com o objetivo descrever as principais características de um gestor, como co-


nhecimento, capacidade de motivação, habilidade numa instituição na qual o capital in-
telectual e o trabalho em equipe são valorizados. Assinala outros aspectos, como a im-
portância da generosidade e a capacidade de comemorar as conquistas dos colaboradores
na gestão de um setor que respeite a formação e a individualidade dos participantes da
equipe. Enfatiza a capacidade de delegar do gestor e a perspectiva de o desenvolvimento
do trinômio pensar, ideias e criatividade; que estimule o crescimento do indivíduo as mu-
danças de comportamento necessárias, priorizando, entretanto, a ética e profissional e a
meta de criar um bom clima organizacional. Deve definir e selecionar os talentos, pessoas
que estarão envolvidas nos processos e projetos. Descreve suas atribuições, tais como:
avaliar e fazer os ajustes necessários ao projeto/processo/programa durante o ciclo de
vida. Indica que, caso o perfil de algumas pessoas não seja adequado ao processo ou se
estas já tiverem realizado suas etapas, poderão ser remanejadas ou participar em outros
processos, visando suprir as necessidades e atingir as metas do setor.

Gestor: Conhecimento e capacidade

Para Oliveira Neto (2004), o conhecimento e as ações fazem parte dos compor-
tamentos profissionais, e esses comportamentos são os mais difíceis de avaliar com pre-
cisão e realismo.
No modelo inovador de gestão do conhecimento, o conhecimento foca em si
mesmo, por isso se coloca em uma posição prioritária. A tecnologia deve ser utilizada
como ferramenta, mas isoladamente e sem participação, a formação profissional e os in-
centivos não terão grande valor. Os gestores devem estimular a criatividade e o progresso
individual, o que determinará o desenvolvimento da empresa (OLIVEI-RA NETO, 2004).
Portanto, o foco está na competência, que, segundo Lea Depresbiterisf, é a ca-
pacidade de aplicar habilidades, conhecimentos e atitudes às tarefas ou operações de com-

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binações de tarefas. Em algumas empresas, esse conceito é entendido como a possibili-
dade de transformar conhecimento ou conhecimento em ação. Em outras palavras, capa-
cidade está relacionada a resultados, custos e produtividade. Você também pode definir
o que os profissionais esperam do seu trabalho como prioridade para priorizar a imagem
de pessoas que devem ter autonomia e espírito empreendedor, estar mais envolvidos com
a empresa e focar no seu desenvolvimento profissional.
Com relação à capacidade, embora parte seja inata, o tempo e a experiência po-
dem favorecer o desempenho dos indivíduos (ELLIOT, apud OLIVEIRA NETO, 2004),
e o espaço ocupacional, caso sejam oferecidos maiores desafios para as pessoas mais
competentes.
Em relação à capacidade, embora parte dela seja inata, o tempo e a experiência
beneficiarão o desempenho pessoal (ELLIOT, apud OLIVEIRA NETO, 2004) e o espaço
de carreira se maiores desafios forem apresentados às pessoas mais capazes.
Hoje em dia, a inteligência humana desempenha um importante papel de lide-
rança para o ser humano, as empresas e a sociedade. Segundo Oscar Johansen (SOTO,
2002), mudanças profundas estão ocorrendo e a inteligência ocupa um lugar importante
nas organizações. No passado, o foco era realizar o trabalho manual fazendo, em vez de
pensar. Ao longo dos anos, as máquinas vêm substituindo trabalhadores que precisam e
estimulam ideias (REIMAN, 2004).
O líder não deve ser o único que pensa. Deve indicar os funcionários e permitir
que tenham liberdade e autonomia para atingir seus objetivos e escolher como a equipe
pode executar as tarefas. Domenico de Masi (2003) apontou que grande parte da criação
humana é resultado de grupos e trabalho coletivo.
Em uma organização, no que diz respeito aos ativos humanos, o equilíbrio entre
P / CP (P = produzir os resultados desejados e CP = produtividade ou meio que produzirá
resultados) é igualmente importante e pode desempenhar um papel mais importante sob
o controle do pessoal Ativos e finanças (COVEY, 2005).
Quando o capital humano se tornar uma prioridade, a distribuição na comuni-
dade será mais justa. A distribuição da inteligência entre as diversas comunidades é mais
uniforme, o que difere do período em que os fatores de produção são definidos como
trabalho, recursos naturais e capital, neste último a desigualdade é mais evidente.

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Gestor: Motivação

A motivação pode ser entendida como algo inerente ao ser humano e a satisfação
com o trabalho que realiza deve considerar as diferenças pessoais e culturais. O motivo é
a motivação para inspirar atitude.
Os líderes devem estar cientes do capital intelectual da empresa durante as etapas
de seleção e aprimoramento. O modelo de gestão tradicional não valoriza os profissionais.
No modelo que valoriza talentos, os líderes devem usar a autorização, incluindo autori-
zação, automotivação, desenvolvimento global e criatividade dos profissionais em todos
os níveis, e devem buscar estratégias para aumentar a participação e integração dos fun-
cionários à organização.
Para implantar um modelo de gestão que valorize as pessoas, os líderes devem
ter alta sensibilidade interpessoal, pois os colaboradores devem ver neles a imagem de
pessoas que podem determinar suas qualidades, potencialidades e aspirações.
Os profissionais devem ter liberdade e autonomia para definir os métodos para
atingir os objetivos, o que vai de encontro ao modelo de gestão tradicional, em que os
objetivos e os métodos de execução são definidos pelo gestor.
Durante a execução da atividade, o uso do planejamento trinomial é importante
para atingir os objetivos recomendados. Que são: pensar (observação), ideias e criativi-
dade.
Desta forma, as tarefas podem ser desenvolvidas com alta qualidade e os resul-
tados podem ser obtidos.
Diferentemente dos modelos tradicionais de gestão, as organizações devem levar
em consideração que as pessoas não farão promessas na implementação das atividades,
ou seja, não participarão de atividades que não tenham sentido para elas. A motivação
específica do trabalho depende também do significado que a pessoa dá ao trabalho.
A motivação depende do neurotransmissor liberado pelos neurônios do sistema
nervoso: a descarga está relacionada à serotonina. Quando um indivíduo passa por es-
tresse, pode ser causado por repetidas experiências desagradáveis ou desmotivação, que
podem eventualmente levar à depressão ou frustração (isso corresponde ao obstáculo que
a pessoa pode encontrar ao enfrentar o objetivo, que pode ser interno ou externo).

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Pessoas deprimidas apresentam algumas características comportamentais, como
agressividade, resignação, negação, sublimação, fantasia etc. (SOTO, 2002).
Bergamini destacou que necessidades não atendidas podem levar a desequilí-
brios e ameaçar a integridade, o que pode ter impacto no âmbito físico e mental (OLI-
VEIRA NETO, 2004).
No entanto, se as pessoas têm capacidade, aptidões e não estão dispostas a fazê-
lo, é impossível obter resultados. O processo depende das pessoas, para obter resultados
é preciso ter liderança e estratégia e executar o processo. Em uma empresa, ainda é im-
portante motivar algumas pessoas e neutralizar aquelas que se opõem ao processo de mu-
dança.
Considerando que no ambiente de trabalho, em laboratórios, hospitais e demais
áreas da saúde, o papel do gestor é orientar, supervisionar (controlar) e tomar decisões
voltadas ao respeito às boas práticas, quando não estiver disposto a fazê-lo. Fazer este
trabalho prejudicará os resultados. É papel do gestor determinar e tomar decisões, ou seja,
é preciso entender as diferentes situações e pessoas e garantir os resultados.
Desde os tempos antigos, as pessoas discutem a ética ou seus conceitos. Sócra-
tes, que perguntou às pessoas sobre a base e a origem de seus valores de certo e errado,
acreditava que a capacidade de distinguir o certo do errado é a racionalidade (interna),
não a sociedade. Recentemente, ao discutir o significado de ética, é importante localizar
a situação no tempo, pois o conceito vai se modificando de acordo com o contexto histó-
rico (SELLETI; ALMEIDA, 2004).
A avaliação de um aspecto do processo de gestão do conhecimento (competência
profissional, nível de entrega e acúmulo de valor pessoal) pode ser obtida por meio da
complexidade, e suas expectativas são diferentes do nível exigido. Elliot (OLIVEIRA
NETO, 2004) identificou sete complexidades relacionadas à dimensão do tempo. Esses
níveis devem estar relacionados com a cultura da empresa, características da empresa e
elementos relevantes do mercado (OLIVEIRA NETO, 2004).
Os profissionais nem sempre apreciam a oportunidade de criar valor para as or-
ganizações, desbloqueando seu potencial. Por meio desse trabalho, o conhecimento como
informação, inteligência e expertise estabeleceu uma base técnica e a aplicou (COVEY,
2005).
A avaliação do processo de gestão do conhecimento pode ser realizada por meio
de taxas de retenção de clientes, novos registros de patentes e, por meio de práticas de

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trabalho inovadoras, do número de requerentes ou de candidatos a exames de admissão
em IES - instituições de ensino superior.
Se a gestão do conhecimento pode ser compartilhada, pode melhorar a eficiência
ou espalhe. Algumas empresas indicam que este processo colaborativo correspondente à
gestão de produtos comunitários ou de grupo, considere o ambiente interno e externo com
base em objetivos e interesses comuns e para enfrentar novos desafios e melhorar a com-
petitividade.
Como barreiras para a disseminação do conhecimento, barreiras culturais e ca-
pacidade política insuficiente de líderes e profissionais, pode-se considerar a escolha e
manutenção da forma de profissionais capacitados. A principal tarefa do líder é reorgani-
zar o background, que corresponde aos seus indicadores de qualidade de desempenho.
Segundo Ghosal e Bartlettestes (apud OLIVEIRA NETO, 2004), para beneficiar
o clima organizacional, as políticas organizacionais devem ser claras e ter quatro fatores,
tendo realizado seis anos de pesquisas em algumas empresas: disciplina (tudo será hon-
rado), Apoio, autoconfiança e relaxamento, essas características irão induzir as pessoas a
buscarem objetivos maiores (OLIVEIRA NETO, 2004).

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ABNT NBR ISSO/IEC 17025

A norma estabelece diretrizes para treinamento específico em laboratórios de


pesquisa Calibração e teste. Seu principal objetivo é especificar requisitos gerais A capa-
cidade de realizar testes e calibração (incluindo amostragem). Apresenta os requisitos
necessários para o trabalho de laboratório cumprir o sistema de gestão da qualidade.
A ISO / IEC 17025 tomou a NBR ISO / IEC 9001 como referência e incorporou
os requisitos relacionados às atividades de ensaio e calibração cobertos pelo sistema de
gestão do laboratório. Desta forma, os laboratórios que implementam a ISO / IEC 17025
também operam de acordo com a NBR ISO / IEC 9001.
A certificação ISO / IEC 17025 envolve reconhecimento global de capacidades
técnicas de laboratório. A qualidade comparável dos resultados constitui a base para a
aceitação mútua dos resultados entre os países.
"Manual da Qualidade" é Trabalho realizado de acordo com a ISO / IEC 17025
e utilizado como ferramenta de gestão para solicitação de políticas gestão e tecnologia.
A norma ISO / IEC 17025 é dividida em duas partes:

Requisitos da direção
São relacionados a:
 Organização: a estrutura e a empresa em que está envolvido.
 Sistema de Gestão: Documentação políticas, sistemas, procedimentos,
procedimentos e instruções necessárias garanta a qualidade do teste.
 Controle de documentos: controle de documentos, arquivos que fazem
parte do sistema gestão. Este controle envolve instruções detalhadas, ve-
rificar, aprovar, publicar, distribuir, mudança, substituição e descarte de
arquivo.
 Analise criticamente pedidos, propostas e contrato: requisitos mínimos
de garantia análise crítica do desempenho do laboratório.
 Teste e calibração de subcontratação: requisitos necessários para teste e
calibração de subcontratação.

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 Acesso a serviços e insumos: requisitos para seleção, celebração de con-
tratos e aquisição de serviços técnicos e insumos utilizados, e afeta a qua-
lidade do teste e calibração.
 Atendimento ao cliente: forma de cooperação (relacionamento) estabe-
lecida pelo laboratório com os clientes.
 Tratamento de reclamações: como lidar com isso o laboratório processa
e resolve reclamações recebidas de clientes ou outras partes.
 Controle não qualificado de operações de teste ou calibração: quando a
obra não atende aos procedimentos estabelecidos pelo laboratório ou aos
requisitos acordados pelo cliente.
 Melhoria: Melhorar continuamente a eficácia de seu sistema de gestão.
 Ações preventivas: Além de formular, implementar e monitorar planos
de ação, fontes potenciais de não-conformidades também devem ser
identificadas. Reduza a possibilidade de tais não conformidades e apro-
veite as oportunidades de melhoria.
 Ações corretivas: Quando trabalhos não conformes ou desvios de políti-
cas ou procedimentos são encontrados, políticas, procedimentos e res-
ponsabilidades para ações corretivas são formulados.
 Controle de registros: forma de identificação, coleta, indexação, acesso,
documentação, armazenamento, manutenção e descarte de registros téc-
nicos do sistema de gestão qualidade.
 Auditoria interna: auditoria interna das atividades para verificar se a ope-
ração atende aos requisitos do sistema de gestão da qualidade.
 Análise crítica realizada pela gerência: análise crítica regular pela alta
gerência do laboratório garanta aplicabilidade e eficácia contínuas e faça
as mudanças ou melhorias necessárias.

Requisitos técnicos
Relacionados a:
 Funcionários: como garantir competência de todos os participantes do
teste ou calibração.
 Alojamento e condições ambientais: Instalações laboratoriais para testes
e testes calibração para garantir o desempenho correto do teste.

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 Métodos de teste e calibração e validação de método: use métodos e pro-
cedimentos apropriados para teste dentro de seu escopo, incluindo amos-
tragem, processamento, transporte, armazenamento e preparação de da-
dos os itens a serem testados e métodos para estimar a incerteza de me-
dição quando apropriado e técnicas estatísticas para análise de dados.
 Equipamento: identificação, controle, especificações, manutenção e re-
gistros relacionados ao equipamento.
 Rastreabilidade da medição: Rastreabilidade da medição obtida cali-
brando o equipamento que tem um impacto significativo na precisão ou
validade dos resultados do laboratório.
 Amostragem: planos e procedimentos amostragem.
 Manuseio de itens de teste e calibração: Transportar, receber, manusear,
proteger, armazenar, reter e / ou remover produtos de teste e calibrados,
incluindo medidas necessárias para proteger a integridade dos produtos
de teste e proteger os interesses de laboratórios e clientes.
 Garantia de qualidade dos resultados dos testes e calibrações: como o
laboratório monitora a eficácia dos testes e calibrações realizados.
 Apresentação de resultados: método relate os resultados para garantir a
precisão, clareza, objetividade e conformidade com as instruções especi-
ficadas no método de teste.

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PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS NBR ISO/IEC
17025

Por meio de testes do sistema de gestão da organização. Das atividades adminis-


trativas às atividades técnicas, o desenvolvimento dessas atividades leva em consideração
a situação de todo o laboratório.
Pessoal:
 Gerente de Qualidade: Deve garantir implementar e acompanhar o sis-
tema de gestão da qualidade.
 Gerente Técnico: Assumir total responsabilidade pela operação técnica e
garantir que a operação do laboratório atenda à qualidade exigida.
Etapas de realização:
 Analisar criticamente pedidos e propostas;
 Amostragem (se aplicável);
 Transporte da amostra (se aplicável);
 Recebimento e identificação de amostras;
 Armazenamento e controle de amostras;
 Realizar verificação metodológica quando necessário;
 Preparação de amostra;
 Desempenho de teste;
 Garantia de qualidade dos resultados da análise;
 Incerteza de cálculo;
 Escrever relatório.

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PRINCÍPIOS DAS BOAS PRÁTICAS DE LABORATÓ-
RIO

O GLP é baseado na série de princípios da OCDE (Organização para Coopera-


ção e Desenvolvimento Econômico) "Boas Práticas de Laboratório" (BPL). É um sistema
de qualidade que se concentra no planejamento e organização, condições, planejamento,
organização, monitoramento, registro e relato de pesquisas laboratoriais (experimento ou
pesquisa), de forma que todas as etapas da pesquisa possam ser gerenciadas e os dados
possam ser rastreados de uma determinada forma A fim de reorganizá-lo e confirmar as
conclusões alcançadas. Refere-se a pesquisas envolvendo saúde humana, vegetal, animal
e ambiental.
No Brasil, o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INME-
TRO) é a agência brasileira que monitora o cumprimento das Boas Práticas de Laborató-
rio (BPL) e faz parte do programa de monitoramento BPL da OCDE Brasil. O Departa-
mento de Avaliação de Laboratórios da Dicla é o órgão responsável pela coordenação,
gestão e execução das atividades relacionadas ao monitoramento e credenciamento de
instalações sanitárias. Teste de acordo com os princípios das BPL.
A coordenação geral da certificação Inmetro - Cgcre estabelece documentos nor-
mativos (NIE-Cgcre, NIT-Dicla), esses documentos também constituem os requisitos
para acreditação cumpra os princípios de GLP. Os principais documentos relacionados
aos princípios das BPL são:
 NIT-Dicla-035-Princípios das Boas Práticas de
 Laboratório–BPL;
 NIT-Dicla-034-Aplicação dos princípios de BPL
 aos estudos de campo;
 NIT-Dicla-036-Papel e Responsabilidade do
 Diretor de Estudo em estudos BPL;
 NIT-Dicla-037-Aplicação dos princípios de BPL a estudos de curta du-
ração;

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 NIT-Dicla-038-Aplicação dos princípios BPL aos sistemas informatiza-
dos;
 NIT-Dicla-039-O papel e responsabilidades do patrocinador na aplicação
dos princípios das BPL;
 NIT-Dicla-040-Fornecedores e BPL;
 NIT-Dicla-041-Garantia da qualidade e BPL;
 NIT-Dicla-043-Aplicação dos princípios de BPL à Organização e ao Ge-
renciamento de Estudos em Múltiplas Localidades (Multi-Site).
As diretrizes desta norma são aplicáveis às necessidades das organizações ao
realizar pesquisas específicas. Os requisitos das BPL para avaliação técnica da relevância
do método proposto são muito detalhados a capacidade técnica do pessoal relacionado
com os objetivos da pesquisa para implementar os procedimentos e conteúdo do relatório
e para especificar a preparação, execução e conclusão da pesquisa.

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RISCOS QUÍMICOS EM LABORATÓRIOS

Os riscos químicos são um dos principais riscos relacionados ao armazenamento


ou organização de substâncias químicas, alguns aspectos devem ser enfatizados para pre-
venir sua ocorrência, ou seja, reduzir os acidentes de trabalho.

Dados de segurança

Eles devem ser conhecidos, categorizados, abrangentes e facilmente acessíveis.


A fim de adotar um sistema de informação voltado principalmente para usuários profis-
sionais para que possam tomar as medidas necessárias para proteger a saúde e segurança
do trabalho e proteger o meio ambiente, o pessoal responsável pela comercialização de
produtos químicos deve auxiliar os consumidores a obter uma ficha de segurança, e o
produto estará no produto Fornecido gratuitamente na primeira entrega. Alguns bancos
de dados de segurança química também fornecem registros de segurança. Essas fichas de
dados de segurança devem incluir o seguinte:

Identificação da substância ou preparação e do responsável pela sua


venda:
O nome utilizado para a identificação deve ser igual ao nome utilizado no rótulo.
A identificação do responsável de marketing incluirá endereço e telefone. Para comple-
mentar as informações anteriores, podemos incluir o número de telefone de emergência
da empresa e o órgão oficial responsável.

Ingredientes e informações sobre ingredientes:


Estas informações devem permitir ao destinatário conhecer facilmente os riscos
que a substância ou preparação pode representar. No caso das preparações, não é neces-
sário indicar a composição completa, mas a natureza e a concentração da substância pe-
rigosa serão indicadas.

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Identificação de perigo:
Especialmente aqueles cujas substâncias ou preparações representam uma ame-
aça para as pessoas ou para o meio ambiente. Deve também identificar aqueles produtos
cujos efeitos perigosos estão relacionados ao uso e abuso razoavelmente previsíveis.

Primeiros socorros:
Os primeiros socorros a serem usados serão descritos. No entanto, deve ser de-
terminado se um exame médico imediato é necessário. Para facilidade de referência, neste
item, os sintomas e efeitos devem ser descritos resumidamente, bem como "o que pode
ser feito no solo em caso de acidente e uma indicação se são esperados efeitos retardados
após a exposição. Em certas substâncias ou preparações, há indícios de que métodos es-
peciais devem ser usados para tratamento imediato específico no local de trabalho.

Métodos de combate ao incêndio:


Eles indicarão as regras a serem seguidas na extinção de incêndios causados por
substâncias ou agentes, e farão referência aos meios de extinção apropriados, meios que
não devem ser usados por razões de segurança e possíveis perigos devido ao contato com
a substância. Ele próprio, o produto da combustão ou o gás produzido. Você também será
avisado sobre o equipamento de proteção especial que os bombeiros usarão.

Medidas a serem tomadas em caso de vazamento acidental:


Dependendo da substância ou preparação, informações sobre:
 Precauções pessoais: fique longe de fontes inflamáveis, evite
contato com a pele e olhos, ventilação, respiração e proteção das
mucosas.
 Precauções para proteger o meio ambiente: Evite a poluição das
águas residuais (através de ralos) e áreas (especialmente o piso).
 Método de limpeza: Utilizar material absorvente, eliminar gás /
vapor, diluição, material radioativo por jato de água.

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Manuseio e armazenamento:
 Manuseio: Indique as medidas preventivas que devem ser toma-
das para garantir um manuseio seguro, incluindo medidas técni-
cas como ventilação local e de corpo inteiro, outras medidas para
prevenir e extinguir incêndios e equipamentos e procedimentos
recomendados ou proibidos.
 Armazenamento: indique as condições seguras de armazena-
mento, consulte os desenhos de locais ou depósitos de armazena-
mento, materiais incompatíveis, condições de temperatura e umi-
dade e dispositivos elétricos especiais para evitar o acúmulo de
eletricidade estática, se necessário.

Controle de exposição / proteção pessoal:


O controle de exposição inclui todas as precauções que devem ser tomadas ao
usar uma substância ou preparação para minimizar a exposição dos trabalhadores. Antes
de recorrer à proteção individual, devem ser tomadas medidas técnicas. Os parâmetros de
controle específicos e suas referências, como valores limites ou padrões biológicos, de-
vem ser indicados, bem como informações sobre os procedimentos de monitoramento
recomendados. Caso seja necessário o uso de equipamentos pessoais (proteção para mãos,
respiração, olhos, pele), deve-se indicar o tipo de equipamento que pode fornecer prote-
ção eficaz.

Propriedades físicas e químicas:


Dependendo de sua adequação para a substância ou preparação, você deve ter as
seguintes informações:
 Aparência: estado físico (sólido, líquido, gás) e a cor da substân-
cia ou pronto.
 Aroma: Se o aroma for óbvio, será descrito resumidamente.
 O pH de uma substância ou formulação comercialmente disponí-
vel ou solução aquosa, neste último caso, a concentração será in-
dicada.
 Ponto / intervalo de ebulição; ponto de fusão / intervalo de brilho.

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 Combustão inflamável / espontânea: existe perigo de explosão.
Desempenho de oxidação.
 Pressão do vapor.
 Solubilidade: solúvel em água, solúvel em gordura.
 Outros dados de segurança importantes, como densidade do va-
por, taxa de evaporação.

Estabilidade e reatividade:
Em alguns casos, indicará a estabilidade da substância ou preparação e a possi-
bilidade de reações perigosas:
 Condições a evitar: temperatura e pressão que podem causar rea-
ções perigosas.
 Materiais a evitar: Pode reagir perigosamente com a substância
ou preparação.

Informações Toxicológicas:
Ele satisfaz a necessidade de uma descrição breve e abrangente, mas compreen-
sível, dos diferentes efeitos tóxicos que os usuários podem observar quando entram em
contato com a substância ou preparação. O seguinte deve ser declarado: os efeitos nocivos
à saúde causados pela exposição ao produto durante a operação, incluindo informações
sobre as diferentes vias de exposição, descrevendo os sintomas relacionados ao desem-
penho do produto Deve-se notar também os efeitos tardios do conhecido c imediato, bem
como os efeitos crônicos causados pela exposição de curto e longo prazo.

Informação ecológica:
O impacto, comportamento e destino relacionados com a natureza da substância
ou preparação, e produtos perigosos relacionados com a degradação da substância ou
preparação.

Disposição:
Se a eliminação da substância ou preparação (excedentes ou resíduos da utiliza-
ção previsível) representar um perigo, estes resíduos devem ser explicados e devem ser

24
fornecidas informações sobre como eliminá-los sem perigo. Indique o método adequado
de eliminação da substância ou preparação e o recipiente contaminado com ela.

Informação de transporte:
Saliente todas as precauções especiais que os usuários devem observar ao trans-
portar em locais internos e externos.

Informação Regulatória:
Fornecer informações no rótulo de acordo com os regulamentos sobre classifi-
cação, embalagem e rotulagem de substâncias e preparações perigosas. Existem também
regulamentos especiais sobre a proteção das pessoas e do meio ambiente.

Outra informação:
Outras informações importantes para a saúde, segurança e meio ambiente, como:
 Sugestões de treinamento.
 Sugeridos de usos e limitações.
 Ponto de contato técnico.
 A data em que o formulário foi emitido.
 As informações nos rótulos e fichas de segurança são essenciais
para o planejamento de medidas preventivas no manuseio de pro-
dutos químicos.

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PLANEJAMENTO DE UM LABORATÓRIO

Embora não existam normas rígidas para o planejamento de um laboratório, al-


guns princípios gerais devem ser observados para garantir a segurança de seus usuários.
O prédio onde o laboratório está localizado deve ser construído com materiais
não inflamáveis, como tintas, forros e divisórias. Todo edifício deve apresentar, no mí-
nimo, duas saídas em cada andar, assim como em cada sala. Uma das saídas deve ser uma
porta de comunicação entre duas salas adjacentes. Em salas de grandes dimensões, ou
onde estejam armazenadas (ou em uso) grandes quantidades de líquidos inflamáveis ou
reagentes tóxicos, deve haver duas ou mais saídas de emergência, que se comuniquem
diretamente com os corredores de saída ou com o exterior diretamente (ABNT/ NBR
11.742). Todas as saídas de emergência devem ser claramente identificadas.
Mínima resistência ao fogo recomendada para paredes externas de prédios de
laboratório (Norma NFPA-45) (quadro 1).

Quadro 1: Escala padrão para determinação de Risco ao Fogo (RF) em pré-


dios (RF>120 para edifícios com laboratórios de pesquisa e RF > 180 para edifícios
com laboratórios didáticos)
Grau risco Área Risco fogo
<190 m2 RF-60
Risco alto 190-460 m2 RF-120
>460 m2 Não permitido
<1900 m2 RF-60
Risco médio
>190 m2 Não permitido
Risco baixo RF-60

Os corredores devem ser espaçosos e mantidos livres de obs táculos que possam
impedir a circulação de pessoas. As portas devem abrir para o exterior e no sentido de
maior movimentação.

26
Nos corredores poderão ser colocados apenas extintores de incêndio, chuveiros,
caixas de primeiros socorros e aparelhagem respiratória, que deverão ser devidamente
identificados, sendo fixados à parede ou guardados em armários cujo acesso seja livre de
obstáculos.
O piso e as escadas devem ser revestidos com material antiderrapante. Nos cor-
redores e laboratório, esse revestimento deve ser resistente à ação da maioria dos reagen-
tes. O piso de todas as dependências deve ser lavado diariamente.
Segundo a Norma Regulamentadora n. 8, do Ministério do Trabalho, em pisos,
escadas, rampas, corredores e passagens dos locais de trabalho, onde houver perigo de
escorregamento, serão empregados materiais ou processos antiderrapantes. Os pisos e as
paredes dos locais de trabalho devem ser, sempre que necessário, impermeabilizados e
protegidos contra umidade (quadro 2).

Quadro 2: Características de alguns revestimentos para piso de laboratórios


(B = bom, M = médio, R = ruim)
Emborracha-
Produtos Madeira PVC Cerâmica vitrificada Pedra Cimento
dos
Acetona, éter M M R B B B
Solventes corados R M R B B M
Água M B B B B B
Álcool M B B B B B
Ácidos fortes R R B B R R
Bases fortes R R B B R R
H2O2 10% R B B M B R
Óleos R B B B M M
Facilidade de des-
R R M B R R
contaminação

É essencial que todos os locais sejam bem-iluminados. Recomenda-se a utiliza-


ção de lâmpadas fluorescentes no teto, protegidas de vapores e poeiras.
É indispensável que haja ventilação adequada que impeça o acúmulo de subs-
tâncias tóxicas e irritantes na atmosfera do laboratório. Considera-se satisfatório para um
laboratório um sistema de ventilação que efetue 6 a 10 mudanças de ar por hora, depen-
dendo do tipo de trabalho a ser realizado, independentemente da exaustão das capelas.

27
Tanto a temperatura quanto a umidade dos laboratórios de vem ser controladas
com aparelhagem específica, principalmente para melhor controle dos experimentos su-
jeitos a mudanças de condições (termômetros, higrômetros e outros).
Em todos os laboratórios devem existir capelas que removam os vapores infla-
máveis e gases tóxicos, garantindo um local seguro para a realização de trabalhos que
envolvam risco de explosão e a manipulação ou liberação de gases nocivos, tóxicos ou
inflamáveis. A localização das capelas deve permitir que as saídas do laboratório não
fiquem expostas, em caso de explosão ou incêndio dentro de uma capela; em laboratórios
estreitos, as capelas não devem ser posicionadas de frente uma para a outra, para não
interferir na circulação do ar.
A ventilação de cada capela deve ser realizada por meio de exaustores individu-
ais posicionados acima dela, e por canais que conduzam diretamente ao telhado do edifí-
cio. A velocidade de exaustão recomendada pela American Conference of Govermmental
and Industrial Hyginist (ACGIH) é de 0,5 m/s com a janela da capela totalmente aberta.
As portas das capelas devem ser de vidro antichoque, de plástico acrílico ou de policar-
bonato, com pelo menos 7mm de espessura, deslizando de forma vertical ou horizontal-
mente. As capelas, operadas semi-abertas, permitem a utilização de duas pessoas por ope-
ração. Assim, deve ser calculado o número de pessoas a utilizarem os laboratórios con-
forme o número de capelas presentes.
O sistema de iluminação interna das capelas e locais como almoxarifados, onde
são estocados materiais que possam exalar gases, deve ser feito com lâmpadas especiais
com bojo de vidro e protetor metálico, evitando sempre a ignição dentro do local, isto é,
as chaves ficam na parte externa.
As saídas de água, de vapores de água e de gases devem ser claramente identifi-
cadas, pois o código de cores normalmente utilizado pode desbotar com o passar do tempo
ou sofrer alterações pela ação de reagentes químicos. As saídas da tubulação de gases
devem estar localizadas nas capelas.
A localização das bancadas do laboratório deve possibilitar a saída pelas duas
direções, podendo ser posicionadas de costas, uma para a outra, ou contra a parede, de-
pendendo do número e das dimensões da sala. A superfície superior das bancadas deve
ser revestida com materiais resistentes à ação de reagentes químicos e que seja fácil de
limpar.
A disposição de espaços ou de secretarias no próprio labora tório devem prevenir
a exposição a agentes tóxicos, vapores ou projéteis resultantes de explosões.

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Em todas as salas deve existir um telefone, junto ao qual deverá ser afixada uma
lista com números telefônicos que possam ser necessários em caso de emergência, como:
encarregado da central da segurança, corpo de bombeiros, ambulância, polícia e hospital
mais próximo.
Todo equipamento deve ser ligado a sistemas de aterramento e ser do tipo anti-
chama.
Os laboratórios ou almoxarifados, onde haja uma grande quantidade de produtos
inflamáveis, devem estar equipados com um sistema automático de emergência em caso
de incêndio.
Nas proximidades de cada laboratório, devem ser colocados extintores de incên-
dio. Em geral, utilizam-se extintores de neve carbônica (extintor com dióxido de carbono
sob pressão, que solidifica quando se expande bruscamente) ou pó químico seco. A quan-
tidade de extintores disponibilizados depende das dimensões do laboratório e do tipo de
trabalho que é realizado.
Todo prédio deve estar equipado com alarme anti-incêndio. No laboratório de
pesquisa, deve existir uma sala específica para experiências, utilizando substâncias muito
tóxicas ou com cheiro desagradável. Deve haver, também, uma sala onde as reações pos-
sam ser mantidas durante a noite ou em fins de semana para as precauções necessárias.
Existem no mercado vários adesivos ou placas com símbolos de aviso. Reco-
menda-se a colocação destes nas portas dos labora tórios, de acordo com o tipo de ativi-
dade a ser realizada.
Os equipamentos de segurança, listados a seguir, devem estar ao alcance de to-
dos os que trabalham em laboratórios, e o técnico ou funcionário responsável deve certi-
ficar-se de que todos sabem usá-los:
 extintores de incêndios;
 chuveiro de emergência;
 lavador de olhos;
 aventais e luvas de latex e contra produtos corrosivos e aquecidos;
 protetores faciais: máscaras e óculos de segurança;
 máscara contra gases;
 protetores auriculares;
 cobertores e mantas de amianto;
 caixas de areia e vermiculita.

29
TÉCNICAS LABORAIS

Ao iniciar um experimento, deve-se começar com uma bancada limpa, passagens


desobstruídas e o chão seco.
Remover da área de trabalho todos os reagentes e solventes inflamáveis que fo-
rem desnecessários. Verificar onde se encontram o equipamento de segurança e a caixa
de primeiros socorros. Ter ao alcance todo o material protetor necessário: luvas, visores
e filtros ou máscaras respiratórias.
Se for necessário tomar precauções especiais, avisar todos os usuários do labo-
ratório sobre o perigo envolvido e colocar um aviso adequado (não desligue, gases tóxicos
etc.), no local do experimento.
Se o trabalho envolver uso de substâncias altamente inflamáveis, verificar se,
nas proximidades, não há fontes de ignição (chamas, placas ou mantas de aquecimento,
roupas de material sintético ou outras fontes de eletricidade estática).
Lembrar-se sempre de usar óculos de segurança, guarda-pó, sapatos adequados
e máscara, se houver liberação de gases. Não deixar que outra pessoa distraia a atenção
quando estiver sendo realizada uma reação de destilação, por exemplo.
Ao efetuar a montagem de um sistema, usar sempre uma estrutura estável. O uso
de suportes é muito útil à montagem de sistemas compostos por várias partes. Ao fixar
material de vidro por meio de garras, não os apertar excessivamente, pois podem ocasio-
nar aumento de tensão provocando a quebra de material.
Terminado o experimento, o produto (ou produtos) obtido deve ser guardado em
recipientes devidamente rotulados. O excesso de solventes deve ser eliminado de modo
seguro (ver procedimentos de descarte).
Ao remover o sistema, repor as peças de equipamento nos seus devidos lugares;
lavar e limpar todo o material, que ficará, assim, pronto a ser novamente utilizado.
Remover os avisos que não forem relevantes.

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REFERÊNCIAS

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