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Centro Universitário do Instituto Mauá de Tecnologia

Escola de Engenharia Mauá - Engenharia de Produção

Carlos Guilherme Fisher – 18.00268-4


Gabriel Madeira Cordeiro – 20.00093-6
Luiza Carosi Damha – 20.00409-5
Pedro Henrique Fló Patrocínio – 20.01449-6
Carlos Eduardo Leal Bossato – 20.02189-5

Auditoria IATF 16949

Prof. Duilio H. Pinton EPM404 - Qualidade

31 de outubro de 2023
São Caetano do Sul

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Sumário
CONCEITOS BÁSICOS E CONTEXTUALIZAÇÃO ................................................................ 3
A Norma................................................................................................................................... 3
A Auditoria IATF16949:2016: ................................................................................................. 5
SGQ – Sistema de Gestão de Qualidade................................................................................... 5
Tipos de Auditoria.................................................................................................................... 7
Competências de um Auditor ................................................................................................... 8
ÓRGÃOS CERTIFICADORES ................................................................................................... 9
ETAPAS DA AUDITORIA .......................................................................................................... 9
MÉTODO DE AVALIAÇÃO DOS REQUISITOS ................................................................... 14
Conformidade......................................................................................................................... 14
Declaração de não conformidade ........................................................................................... 16
Avaliação por pontos.............................................................................................................. 18
Fluxograma Resumo............................................................................................................... 20
Desaprovação ......................................................................................................................... 20
REFERÊNCIAS ......................................................................................................................... 21

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CONCEITOS BÁSICOS E CONTEXTUALIZAÇÃO
A Norma

• Histórico

A norma IATF 16949:2016, sigla para International Automotive Task Force, tem suas
raízes no setor automotivo. Ela surgiu como uma evolução da antiga norma QS-9000,
visando estabelecer requisitos de qualidade mais rigorosos para a indústria
automobilística global. Desenvolvida pela IATF, uma parceria entre as principais
montadoras e organizações do setor, a norma busca padronizar os sistemas de gestão da
qualidade e promover a excelência na produção de componentes e veículos, assegurando
a satisfação do cliente, a segurança e a eficiência operacional em toda a cadeia de
suprimentos. Sua criação resultou em uma abordagem mais ampla e integrada para
garantir a qualidade e a conformidade em toda a indústria automotiva.

A norma IATF 16949 contém 10 capítulos que abrangem os requisitos para sistemas de
gestão da qualidade em organizações que fornecem produtos e serviços para a indústria
automotiva.

1. Introdução

i. Generalidades;
ii. Princípios da gestão de qualidade;
iii. Abordagem em processo;
iv. Ciclo PDCA (Plan, Do, Check, Act);
v. Mentalidade de risco;
vi. Relacionamento com outras normas de Sistema de gestão;
vii. Sistema de gestão de qualidade;
viii. Escopo.

2. Referência normativa
i. Documentos referenciados;
ii. Conformidade com normas.

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3. Termos e definições
i. Termos relacionados ao SGQ na indústria automobilística;
ii. Eliminação de ambiguidades.

4. Contexto da organização
i. Entendimento da organização;
ii. Necessidades e expectativas de partes interessadas;
iii. Determinando o escopo do SGQ;
iv. SGQ e seus processos.

5. Liderança
i. Liderança e comprometimento;
ii. Política;
iii. Papéis, responsabilidades e autoridades organizacionais.

6. Planejamento
i. Ações para abordar riscos e oportunidades;
ii. Objetivos da qualidade e o planejamento para alcançá-los;
iii. Planejamento de mudanças.

7. Apoio
i. Recursos;
ii. Competência;
iii. Conscientização;
iv. Comunicação;
v. Informação documentada.

8. Operação
i. Planejamento e controle operacionais;
ii. Requisitos para produtos e serviços;
iii. Projeto e desenvolvimento de produtos e serviços;

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iv. Controle de processos, produtos e serviços providos externamente;
v. Produção e provisão de serviços;
vi. Liberação de produtos e serviços;
vii. Controle de saídas não conformes.

9. Avaliação de Desempenho
i. Monitoramento, medição, análise e avaliação;
ii. Auditoria interna;
iii. Análise crítica da direção.

10. Melhoria:
i. Generalidades;
ii. Não conformidade e ação corretiva;
iii. Melhoria contínua.

A Auditoria IATF16949:2016:

A auditoria da IATF é uma auditoria de qualidade que consiste no processo de avaliação


da conformidade do Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) de uma organização seguindo
o padrão IATF 16949:2016.

Ela é aplicada em organizações que atuam na indústria automotiva ou fornecem produtos


e serviços para essa indústria. Isso inclui empresas de fabricação de veículos automotivos,
fabricantes de peças e componentes automotivos, fornecedores de materiais e prestadores
de serviço de logística e distribuição.

SGQ – Sistema de Gestão de Qualidade

O SGQ é a estrutura organizacional, os processos, políticas e procedimentos


implementados por uma empresa para garantir que ela atenda consistentemente aos
requisitos de qualidade e melhoria contínua. Um Sistema de Gestão de Qualidade IATF
16949 completo deve atender a todos os requisitos da IATF 16949, incluindo os requisitos
de documentação da IATF 16949.

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O sistema de gestão de qualidade é a base sobre a qual a auditoria IATF 16949 é realizada.
Um Sistema de Gestão de Qualidade IATF 16949 completo deve atender a todos os
requisitos da IATF 16949, incluindo os requisitos de documentação da IATF 16949.

• 7 Requisitos Notáveis:

Essa informação não está presente na literatura, mas baseando-se nas experiências de
auditores da área, os 7 requisitos abaixo são frequentemente solicitados.

1. Controle de documentos

i. Envolve a organização minuciosa dos documentos pelo setor auditado,


considerando os procedimentos de aprovação, emissão e alteração, permitindo que
o auditor avalie a documentação sem consulta prévia, seguindo o cronograma e as
etapas da auditoria.

2. Controle de registros

i. Necessita que auditores sigam as normas e orientações ao verificar internamente


tarefas, contratos e contas. As supervisões e revisões garantem a qualidade e
registros para futuras auditorias.

3. Auditorias Internas

i. Objetiva avaliar conformidade do processo com padrões ideais de qualidade,


internamente ou por auditores autorizados (1ª ou 2ª parte). Ajuda a identificar
problemas internos e externos.

4. Treinamento e Competência

i. No cenário corporativo atual, capacitar funcionários para o desempenho,


profissionalismo e desenvolvimento é essencial ao sucesso da empresa,
reconhecendo o valor do capital humano.

5. Controle do produto não-conforme

i. Reclassificação (mudar classe), retrabalho (reparo sem mudanças), concessão


(uso limitado) ou refugo (rejeição). Redução de problemas na produção usando

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ferramentas de melhoria contínua. Após ação, inspecionar minuciosamente
conforme plano de qualidade e procedimento.

6. Ação corretiva

i. Ações corretivas evitam recorrência, tratando a causa-raiz do erro para corrigi-lo,


assegurando a eficácia da investigação das causas, com possíveis impactos no
produto.

7. Ação preventiva

i. Evita não conformidades, pois o departamento toma precauções para padronizar


e reduzir defeitos nos produtos.

Tipos de Auditoria

• Auditoria de primeira parte: Auditoria Interna

Autoavaliação do sistema de qualidade pela própria organização.

Este tipo de auditoria é realizada com o objetivo da própria organização avaliar seu
sistema de gestão da qualidade, conformidade com requisitos internos e externos, e
identificar áreas de melhoria. A auditoria interna é uma ferramenta importante para
garantir que a organização esteja aderindo aos seus procedimentos e padrões internos,
bem como para se preparar para auditorias de segunda e terceira partes.

• Auditoria de segunda parte: Auditoria pelo cliente

Avaliação direta do sistema de qualidade por parte do cliente, verificando se os requisitos


e expectativas estão sendo atendidos pela organização ou fornecedor.

✓ Acontece quando o próprio cliente audita a organização, ou o cliente contrata uma


empresa que audite a organização por ele;
✓ Quando o cliente tem interesse em auditar o sistema de gestão de qualidade do
fornecedor com objetivo de adicioná-lo ou não a sua lista de fornecedores.

• Auditoria de terceira parte:

Avaliação conduzida por um organismo independente que pode ou não ser um órgão
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certificador.

✓ Quando feita por um órgão certificador, o fornecedor busca se certificar.


✓ Quando feita por um organismo independente, que não é um órgão certificador:

o O próprio fornecedor tem interesse em criar uma cultura de


qualidade dentro de sua empresa, buscando saber como ele
está;
o Antecipando uma avaliação, para que futuramente chame
um órgão certificador para se certificar.

Competências de um Auditor

✓ Abordagem de processos da indústria automtiva para auditoria, incluindo o


pensamento baseado em riscos, e:
o Dos requisitos aplicáveis específicos do cliente e da organização;
o Dos requisitos aplicáveis da ISO 9001 e IATF 16949 relacionados ao escopo
da auditoria;
o Do(s) processo(s) de manufatura aplicável(is) a ser(em) auditado(s), incluindo
o PFMEA e o Plano de controle;
o Dos requisitos de core tools aplicáveis relacionados ao escopo da auditoria.
✓ Deve saber como planejar, conduzir, elaborar relatórios de auditoria e fechar
constatações de auditoria;
✓ Deve entender o processo referente a auditoria, além de ter o pensamento baseado em
risco;
✓ Deve entender os requisitos específicos demandados pelo cliente;
✓ Deve, dentro do escopo da auditoria, ter entendimento dos requisitos ISSO 9001 e
IATF 16949;
✓ Deve entender, dentro do escopo da auditoria, os requisitos dos “core tools”
aplicáveis;
✓ Deve ter pleno entendimento do passo a passo e das etapas da auditoria.

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ÓRGÃOS CERTIFICADORES

• TÜV Rheinland:
Uma organização global de certificação e inspeção, a TÜV Rheinland é reconhecida por
suas auditorias de conformidade em várias normas, incluindo IATF 16949.

• SGS:
A SGS é uma empresa líder em inspeção, verificação, testes e certificação. Ela realiza
auditorias IATF 16949 em empresas que desejamobter ou manter a certificação.

• IQA (Instituto da Qualidade Automotiva):


O IQA é uma instituição brasileira que oferece serviços de certificação, treinamento e
consultoria para a indústria automotiva, incluindo auditorias IATF 16949.

• BVQI:
Criado em 1828, o Bureau Veritas é líder mundial em serviços de avaliação de
conformidade e certificação.

ETAPAS DA AUDITORIA
Os três tipos de auditoria seguem as mesmas 4 etapas, sendo elas:

1. Primeira etapa – Análise Crítica de Documentos: Esta etapa inicial consiste na revisão
da documentação da organização, solicitada pelo cliente.

i. Alguns dos documentos normalmente solicitados:

1.i.1. Planos de negócios e controle;

1.i.2. Folhas de preparação para produção (set-up);

1.i.3. Procedimentos e processos de fabricação;

1.i.4. Políticas de qualidade.

Caso a primeira etapa seja cumprida, passa-se para a segunda etapa.

2. Segunda etapa – Auditoria na Planta: Esta etapa avalia a eficácia na implementação


do sistema de qualidade, processos e procedimentos documentados nas instalações do

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fornecedor, onde o auditor vê se o que está documentado é realmente aplicado.
i. A avaliação da prontidão deve ser submetida ao auditor antes da auditoria na
planta;
ii. Inclui agenda, reunião de abertura, investigação e reunião de fechamento.

Figura 1 - Avaliação de prontidão – fonte: antigo QSA

Durante esta etapa, é utilizado pelo auditor um checklist de requerimentos que devem ser
analisados e avaliados. Esse checklist é encontrado na Lista de verificação para avaliação
do sistema de gestão de qualidade ISSO/TS 16949:2002, e contém:

1. Requisitos: Perguntas a serem feitas à empresa auditada referentes às


especificações técnicas ISSO/TS16949:2002;

2. O que procurar: Fornece uma orientação ao auditor sobre os elementos


objetivos a serem buscados na execução de uma auditoria na empresa, não é,
portanto, obrigatória, e deve ser apoiada e enriquecida com base na
experiência do auditor;

3. Resultado da avaliação: Espaço reservado para as anotações do auditor.

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É necessário definir com base na função da empresa, seus processos, seus
produtos/serviços fornecidos e objetivos do contratante, os elementos da auditoria e as
perguntas eventualmente não aplicáveis. Deve-se justificar todas as perguntas não
auditadas e consequentemente ajustar o cálculo da avaliação.

Figura 2 - Checklist - Fonte: Lista de verificação para avaliação do sistema de gestão de qualidade ISSO/TS 16949:2002

3. Terceira Etapa - Análise crítica da auditoria: Análise crítica dos resultados das duas
primeiras etapas.

i. É feita no escritório / sala de reunião do auditor, fora da organização avaliada;


ii. Pode ser feita em grupo (quando um grupo de auditores faz a auditoria de uma
empresa), ou sozinho.

4. Quarta etapa - Relatório da Auditoria

Todos os relatórios consistem em itens básicos como:

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i. Informações Gerais:

4.i.1. Nome da organização auditada;

4.i.2. Datas da auditoria (início e término);

4.i.3. Nomes dos auditores responsáveis pela auditoria.

ii. Escopo da Auditoria:

4.ii.1. Resultados das 3 etapas da auditoria antecedentes;

4.ii.2. Detalhes sobre quais requisitos da norma IATF 16949 foram avaliados.

iii. Resultados da Auditoria:

4.iii.1. Resumo das constatações, que podem incluir não conformidades maiores
e menores;

4.iii.2. Descrição das áreas que foram avaliadas de forma positiva em


conformidade com a norma.

iv. Não Conformidades:

4.iv.1. Detalhes de todas as não conformidades identificadas, incluindo sua


descrição, localização, requisito da norma violado e evidências – declaração de
não conformidade;
4.iv.2. Classificação das não conformidades como maiores (graves) ou menores
(menos graves).

v. Conclusão:

4.v.1. Conclusão geral sobre se a organização atende ou não aos requisitos da


norma IATF 16949.

vi. Assinaturas:

4.vi.1. Assinaturas dos auditores e representantes da organização auditada para


confirmar a precisão das informações apresentadas no relatório.

Caso esteja no contrato, o relatório pode conter:

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vii. Ações Corretivas e Prazos:

4.vii.1. Se foram identificadas não conformidades, o relatório pode incluir uma


seção dedicada a descrever as ações corretivas recomendadas para resolver esses
problemas;
4.vii.2. Prazos para a implementação das ações corretivas.

viii. Recomendações:

4.viii.1. Sugestões para melhorias ou áreas de foco que a organização pode


considerar para aprimorar seu sistema de gestão da qualidade;
4.viii.2. Boas Práticas.

Figura 3 - Folha de rosto do relatório - fonte: QSA segunda edição

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MÉTODO DE AVALIAÇÃO DOS REQUISITOS
Por Conformidade ou Avaliação por pontos.

Conformidade

Dependendo da avaliação, um item pode estar em: Não-conformidade maior, Não-


conformidade menor ou Em Conformidade.

• Não-conformidade maior

o Ausência ou incapacidade total de um sistema em atender um requisito da norma, ou um


número de não conformidades menores para um dado requisito as quais combinadas
podem representar incapacidade total do sistema, sendo, portanto, consideradas uma não-
conformidade maior;
o Qualquer falta de cumprimento dos requisitos que resultaria no provável envio de um
produto não conforme, uma condição que pode resultar em uma falha ou redução na
utilização do produto;
o Uma falta de cumprimento que resultaria na falha do sistema de qualidade do fornecedor,
o que poderia reduzir sua capacidade de garantir processos e produtos controlados.

Exemplos:

- Falta de Análise de Riscos em Processos Críticos


A falta de análise de riscos pode resultar em falta de identificação e mitigação de possíveis
falhas, o que representa uma não conformidade maior com o requisito de análise de riscos
da IATF 16949.

- Inadequações nos Planos de Controle

A falta de planos de controle detalhados pode levar a produtos fora de especificação ou


inconsistências na qualidade, o que é considerado uma não conformidade maior com os
requisitos de planejamento de produto e processo da IATF 16949.

- Falta de Ação Corretiva Efetiva

A falta de ações corretivas adequadas pode resultar em recorrência de não conformidades

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e impactar negativamente a qualidade dos produtos, sendo uma não conformidade maior
em relação ao requisito de análise de causa raiz e ações corretivas da IATF 16949.

• Não-conformidade menor

o Uma falta de cumprimento que provavelmente:

- Não resulte em uma falha do sistema de qualidade e nem reduza sua capacidade de
garantir processos controlados;

- Não resulte no embarque de um produto não-conforme.

o Também pode ser:

- Uma falha em alguma documentação do sistema de qualidade;

- Uma ou mais, pequenas falhas pontuais observadas no atendimento de um requisito


do sistema de qualidade da empresa.

Exemplos:

- Falta de Registro Adequado de Treinamento:

Alguns treinamentos realizados não estão documentados ou não possuem informações


detalhadas, como datas, conteúdo e participantes.

- Problemas de Rotulagem de Produtos:

É identificado que alguns produtos acabados não possuem rótulos ou etiquetas com
informações completas, como número de série, data de fabricação ou instruções de uso.
Essa falta de informações completas dos produtos é considerada uma não conformidade
menor de acordo com a norma IATF 16949.

• Em Conformidade

Não foram observadas não conformidades maiores ou menores durante a auditoria.

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• Oportunidade para melhoria

Uma situação observada que não seja uma não-conformidade maior ou menor, mas cujos
resultados alcançados não são os melhores.

Declaração de não conformidade

Abaixo segue um exemplo de um modelo de uma declaração de não conformidade. Todas


as declarações devem conter informações básicas como:

• Requisito;

• Evidência Objetiva;

• Natureza da não-conformidade.

Figura 4 – Exemplo de template de relatório de não conformidade

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Figura 5 - Exemplo de declaração de não conformidade

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Avaliação por pontos

De acordo com as folhas de verificação da norma, a avaliação para cada pergunta é feita
atribuindo-se uma pontuação de: 0 – 2,5 – 5 – 7,5 – 10

• 10 pontos: Formalizado de modo completo e adequado ao sistema da qualidade e


aplicado com eficácia em todas as áreas.
• 7,5 pontos: Carências menores nas modalidades, na extensão da aplicação ou em
sua formalização, que requerem intervenções para completar.
• 5 pontos: Carência na aplicação ou na formalização, que requerem intervenções
de melhorias.
• 2,5 pontos: Graves inadequações na aplicação, evidencia-se uma não
conformidade.
• 0 pontos: Critério não aplicado.

A partir da avaliação por pontos, pode-se calcular o índice de conformidade global do


processo, que leva a classificação da empresa:

𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑡𝑜𝑑𝑎𝑠 𝑎𝑠 𝑝𝑒𝑟𝑔𝑢𝑛𝑡𝑎𝑠


𝐼𝐺 = × 100 (%)
𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜𝑠 𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑜𝑠 𝑎𝑙𝑐𝑎𝑛çá𝑣𝑒𝑖𝑠

Índice de Conformidade Global (%) Classe


A: Empresas que atendem a maioria dos
90 ≤ 𝐼𝐺 ≤ 100 requisitos da norma, tendo um alto nível de
conformidade e eficácia em seu SGQ.
B: Empresas que atendem a uma parte
75 ≤ 𝐼𝐺 < 90 substancial dos requisitos da norma, mas
podem ter algumas não conformidades
menores e áreas para melhoria. Estão em um
nível intermediário de conformidade.
C: Empresas que têm várias não
60 ≤ 𝐼𝐺 < 75 conformidades menores e poucas maiores.
Precisa de melhorias substanciais em seu SGQ
para atender aos requisitos da norma.
D: Empresas que não atendem
significativamente aos requisitos da norma e
têm várias não conformidades maiores. Em
𝐼𝐺 < 60 situação precária em termos de conformidade
com os padrões e podem enfrentar desafios
significativos para melhorar seu SGQ.

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Observação: Os critérios inferiores a 5 são considerados não conformidades e implicam,
consequentemente, em uma queda de classe A para B, mesmo que o índice de
conformidade global seja superior a 90%.

As classes A, B, C e D são usadas para classificar o nível de conformidade das empresas


em relação à norma IATF 16949. A classe A representa o maior nível de conformidade,
enquanto a classe D representa o menor. Empresas que desejam fornecer produtos ou
serviços para a indústria automobilística ou buscam certificação, muitas vezes buscam
atingir pelo menos a classe B ou superior para garantir a aceitação de seus produtos neste
mercado.

De acordo com o antigo QSA:

Dentro de cada elemento, o resultado (0-10) é marcado na linha apropriada na página de


registros dos resultados. A pontuação final é obtida através da média da coluna de
pontuação. Para ser aprovado, a pontuação média mínima da coluna deve ser de 7 pontos.

Figura 6 - Avaliação por pontos - fonte: antigo QSA


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Fluxograma Resumo

Figura 7 - Fluxograma resumo - fonte: próprio autor

Desaprovação

Em caso de uma auditoria de terceira parte feita por um órgão certificador, caso ocorra
uma desaprovação e o fornecedor não seja recomendado para um certificado, a
organização é aconselhada a realizar as melhorias recomendadas e as correções das não
conformidades para poder tentar novamente a certificação.

Isso ocorre quando são identificadas muitas não conformidades maiores. No caso da IATF
16949:2016 não há um número fixo ou específico de não conformidades maiores que
automaticamente resulte em uma reprovação.

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REFERÊNCIAS

ISO/TS 16949:2002. Sistema de Gestão da Qualidade - Requisitos Específicos para a


Produção em Série e Peças de Reposição Automotivas. 1ª ed. Genebra: International
Organization for Standardization, 2002.

Avaliação do Sistema de Qualidade QSA, Segunda Edição, One World - One Quality
System.

BOZOLA, Patrícia Maria. Migrando da ISO TS 16949 para IATF 16949: Diretrizes
para implementação dos elementos acrescidos. Guaratinguetá, 2020. "Implementação da
IATF 16949: Diretrizes para o Sucesso." Disponível em: https:/
setecnet.com.br/home/artigo-iatf-16949/. Acesso em: 09 de agosto de 2023.

"O que é a IATF 16949:2016 e sua importância na gestão de qualidade." Disponível em:
https:/ blog.delogic.com.br/o-que-e-a-iatf-16949-2016-e-sua-i mportancia-na-gestao-de-
qualidade.

Lista de Verificação para Avaliação do Sistema de Gestão de Qualidade ISSO/TS


16949:2002

Normas IATF16949:2002 e IATF16949:2016

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