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FORMAÇÃO DE AUDITOR

INTERNO

ISO 13485:2016
OBJETIVOS DO TREINAMENTO

Prover conhecimento sobre:


◼ Interpretação dos requisitos da norma ISO 13485:2016
◼ Desenvolver habilidades para avaliação dos requisitos na
organização
◼ Realizar auditorias internas com base na norma ISO
19011:2018

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O que é ISO?
◼ É uma entidade que atualmente congrega os grupos de
normalização de 170 países.
◼ Fundada em 1947, em Genebra, na Suíça, a ISO aprova
normas internacionais em todos os campos técnicos, exceto
na eletricidade e eletrônica.

Porque ISO e não IOS?


Embora popularmente se acredite que a expressão "ISO" é um acrónimo de "International Standards
Organization", na realidade o nome originou-se da palavra grega ("isos"), que significa igualdade. Evita-se
com isso que a organização possua diferentes acrônimos em diferentes idiomas, já que em inglês, o
acrônimo seria IOS (International Organization for Standardization), em portugues OIP (Organização
Internacional para padronização) e assim por diante.

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◼ Revisão baseada na versão 2008 da
ISO 9001

◼ ISO / DIS 13485


◼ Fevereiro 2015

◼ ISO / FDIS 13485


◼ Outubro 2015

◼ ISO 13485:2016
◼ Publicada 01/03/2016
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◼ Visão geral da nova versão da norma

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TERMINOLOGIA
Nova terminologia incluída na ISO13485:2016
ISO 13485:2016 Terminologia
3.2 Representante Autorizado
3.3 Avaliação Clínica
3.5 Distribuidor
3.7
f Importador
3.9 Ciclo de vida
3.10 Fabricante
3.12 Família de produtos medicos
3.13 Avaliação de desempenho
3.14 Vigilância de pós Mercado
3.15 Produto adquirido
3.16 Risco
3.17 Gerenciamento de risco
3.18 Sistema de barreira estéril
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PONTOS CHAVE DA ISO 13485

◼ Ênfase em requisitos regulamentares globais.


◼ Requisitos de gerenciamento de risco ao longo do
SGQ.
◼ Esclarecimentos para os requisitos de projeto,
validação e atividades de verificação.
◼ Melhoria dos processos de controle de fornecedores
◼ Requisitos adicionais para processos de retorno do
cliente
◼ Esclarecimento dos requisites para validação de
software
◼ Requisitos para identificação e rastreabilidade.

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REQUISITOS REGULATÓRIOS

◼ Ênfase para organizações atenderem os requisitos


do cliente e requisites regulatórios para segurança e
desempenho

◼ O fabricante deve avaliar o impacto dos requisitos


regulatórios em suas atividades

◼ Demonstrar comunicação com as autoridades


regulatórias de acordo com requisitos
regulamentares aplicáveis.

◼ Avaliar o impacto de uma mudança de projeto nos


requisitos regulamentares aplicáveis

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GERENCIAMENTO DE RISCO

◼ Documentação de um ou mais processos para


gerenciammento de risco de atividades de
realização de produto.

◼ Saídas de gerenciamento de risco devem ser


avaliadas como resultado de qualquer mudança de
projeto.

◼ Avaliação documentada do gerenciamento de risco


usando dados do processo de retorno do cliente.

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ATIVIDADES DE PROJETO

◼ Projeto & Desenvolvimento, planejamento e revisão


devem ser documentados ao longo do processo de
projeto.

◼ Saídas de projeto & desenvolvimento devem ser


rastreáveis às suas respectivas entradas.

◼ Recursos utilizados durante o Projeto &


Desenvolvimento devem ser documentados,
incluíndo competências do pessoal envolvido.

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ATIVIDADES DE VALIDAÇÃO

◼ Critérios de aceitação, técnicas estatísticas e


tamanhos de amostra usados durante as
validações devem ser documentados.

◼ Confirmação do uso do produto com outro produto


medico (se aplicável), deve ser confirmada durante
a validação.

◼ Softwares devem ser validados se sua aplicação


no processo pode proporcionar potencial risco ao
produto.

◼ Resultados, conclusões e ações vindas de


validações devem ser documentadas.

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PROCESSOS DE CONTROLE DE
FORNECEDORES

◼ Acordo documentado entre a organização e o fornecedor


para comunicação de mudanças.

◼ Verificação de produto adquirido deve ser baseada nos


dados de avaliação do fornecedor e ao seu risco
proporcionado ao produto.

◼ Mudanças no produto adquirido devem ser avaliadas em


relação ao seu impacto na realização do produto.

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PROCESSO DE RETORNO DO CLIENTE

◼ Métodos para obter o retorno do cliente devem ser


documentados.

◼ Dados para dar suporte ao retorno do cliente devem


ser derivados de atividades de produção e pós
produção.

◼ Retorno do cliente deve servir como entrada para o


gerenciamento de risco, realização do produto e
processos de melhoria.

◼ Requisitos detalhados e específicos para tratamento


de reclamações de cliente.

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IDENTIFICAÇÃO E RASTREABILIDADE

◼ Situação do produto deve ser identificada ao longo


do processo de realização.

◼ Um sistema para definir uma identificação única do


produto deve ser documentado.

◼ Requisitos específicos para registro de


rastreabilidade produtos médicos implantáveis.

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RESUMO

◼ Escopo da ISO 13485:2016 expandido para incluir


todas as organizações envolvidas no ciclo de vida
dos produtos médicos (fabricantes, distribuidores,
importadores).

◼ ISO 13485:2016 requer das organizações que


adotem uma abordagem baseada em riscos para o
gerenciamento do SGQ e sistemas de realização
do produto.

◼ Ênfase para que as organizações atendam os


requisitos regulamentares.

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DESENVOLVIMENTO FUTURO

◼ Organizações já certificadas na ISO 13485:2003


terão 3 anos para transferir para a nova versão.
◼ A transição de 3 anos finaliza em 28/02/2019

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◼ Introdução

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ESTRUTURA DA ISO 13485:2016

1. Escopo

2. Referências normativas

3. Termos e Definições
BEST PRACTICES
4. Sistema de Gestão da Qualidade

5. Responsabilidade da Direção

6. Gerenciamento de recursos

7. Realização do Produto

8. Medição, Análise e Melhoria

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ESCOPO

▪ Especifica requisitos para um SGQ onde a organização


precisa demonstrar sua capacidade de prover produtos
médicos e serviços relacionados que atendam
consistentemente os requisitos de clientes e regulamentares
aplicáveis.

▪ Podem estar envolvidas em um ou mais estágios do ciclo de


vida, incluindo: projeto e desenvolvimento, produção,
armazenamento e distribuição, instalação ou serviços para
um produto médico ou projeto e desenvolvimento ou
provisão de atividades associadas (ex. suporte técnico).

▪ Pode também ser usada por fornecedores ou partes externas


que provém produtos, incluindo serviços associados ao SGQ

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ESCOPO

▪ Se requisitos regulamentares aplicáveis permitem exclusão


de controles de projeto e desenvolvimento, isso pode ser
usado como justificativa para sua exclusão do SGQ

▪ Se qualquer requisito das clausulas 6, 7 e 8 não é aplicável


devido as atividades da organização ou a natureza do
produto, a organização não inclui este requisito no seu SGQ

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Requisitos 7. Realização do produto - FABRICAÇÃO

Regulamentares

Vendas Desenvolvimento

Requisitos

CLIENTE Logística Produção Compras


Retorno

Produto

8. Medição, análise e melhoria 6. Gestão de Recursos 5. Responsabilidade da direção

Auditoria e Inspeção Humanos, Infraestrutura e Políticas, Objetivos e Metas


Ambiente de trabalho

4. Sistema de Gestão da Qualidade

Requisitos normativos, regulamentares e de documentação

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SEÇÃO 4 - SISTEMA DE GESTÃO DA
QUALIDADE

◼ 4.1 Requisitos gerais


▪ 4.1.1
▪ 4.1.2
▪ 4.1.3
▪ 4.1.4
▪ 4.1.5
▪ 4.1.6
◼ 4.2 Requisitos de documentação
▪ 4.2.1 Generalidades
▪ 4.2.2 Manual da qualidade
▪ 4.2.3 Arquivo de produto médico
▪ 4.2.4 Controle de documentos
▪ 4.2.5 Controle de registros

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4. SISTEMA DE GESTÃO DE QUALIDADE

◼ 4.1 Requisitos gerais


▪ 4.1.1 Documentar o SGQ, manter sua eficácia e estabelecer,
implementar e manter qualquer requisito, procedimento,
atividade requeridos, de acordo com a norma e os requisitos
regulamentares
▪ Documentar o papel exercido de acordo com os requisitos
regulamentares (fabricante, representante autorizado,
importador, distribuidor)

▪ 4.1.2 Determinar os processos necessários ao SGQ,


considerando seu papel.
▪ Aplicar abordagem baseada em riscos para controlar
processos do SGQ
▪ Determinar a sequência e interação dos processos

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4. SISTEMA DE GESTÃO DE QUALIDADE

◼ 4.1 Requisitos gerais (cont.)


▪ 4.1.3 Para cada processo:
• Determinar critérios e métodos para operação e controle
• Garantir recursos e informações para operação e
monitoramento
• Monitorar, medir quando apropriado, e analisar os processos
• Estabelecer e manter os registros necessários para a norma e
requisitos regulamentares

▪ 4.1.4 Mudanças devem ser:


• Avaliadas e controladas em relação ao seu impacto no SGQ e
no produto

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4. SISTEMA DE GESTÃO DE QUALIDADE

◼ 4.1 Requisitos Gerais (cont.)


▪ 4.1.5 Monitorar e controlar processos terceirizados.
▪ Responsabilidade sobre a conformidade com a norma e
requisitos do cliente e regulamentares.
▪ Controles apropriados ao risco e habilidade do terceirizado
em atender aos requisitos.
▪ Acordos documentados

◼ 4.1.6 Procedimentos documentados para validação de


softwares usados no SGQ antes do uso e após mudanças
▪ Proporcionais ao risco associado
▪ Manter registros

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4. SISTEMA DE GESTÃO DE QUALIDADE

◼ 4.2 Requisitos de documentação


▪ 4.2.1 Generalidades
▪ A documentação deve incluir:
• Declarações documentadas da política e objetivos da qualidade
• Manual da Qualidade
• Procedimentos documentados e registros requeridos pela
norma
• Documentos e registros necessários para planejamento,
operação e controle dos processos
• Outras documentações especificadas por requisitos regulatórios

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4. SISTEMA DE GESTÃO DE QUALIDADE

◼ 4.2 Requisitos de documentação


▪ 4.2.2 Manual da Qualidade
• Escopo do SGQ e justificativa de exclusões e não aplicações
• Procedimentos documentados ou referência a eles
• Descrição da interação entre os processos
• Estrutura da documentação

▪ 4.2.3 Arquivo de Produto Médico


• Para cada tipo os família
• Conter ou referenciar documentos gerados para demonstrar
conformidade com a norma e requisitos regulamentares

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4. SISTEMA DE GESTÃO DE QUALIDADE

◼ Arquivo de Produto Médico (cont.)


▪ Descrição geral, intenção de uso, rotulagem e instruções de
uso
▪ Especificações do produto
▪ Especificações ou procedimentos para fabricação,
embalagem, armazenamento, manuseio e distribuição
▪ Procedimentos para medição e monitoramento
▪ Requisitos de instalação (se apropriado)
▪ Requisitos de serviços (se apropriado)

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4. SISTEMA DE GESTÃO DE QUALIDADE

◼ 4.2 Requisitos de documentação (cont.)


▪ 4.2.4 Controle de documentos
• Procedimento documentado para:
▪ Revisar e aprovar documentos ates do uso
▪ Revisar, atualizar e reaprovar documentos
▪ Garantir que a situação atual e mudanças sejam identificados
▪ Versões relevantes disponíveis nos locais de uso
▪ Documentos legíveis e prontamente identificáveis
▪ Documentos de origem externa identificados e com distribuição
controlada
▪ Prevenir deterioração ou perda
▪ Prevenir o uso não intencional de documentos obsoletos e aplicar
identificação devida

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4. SISTEMA DE GESTÃO DE QUALIDADE

◼ 4.2 Requisitos de documentação (cont.)


▪ 4.2.4 Controle de documentos (cont.)
• Mudanças nos documentos revisadas e aprovadas pela função
aprovadora original ou outra com acesso as informações
necessárias para basear suas decisões

• Definir período no qual pelo menos uma cópia dos documentos


obsoletos seja retida.

• Este período deve garantir que os documentos aos quais o


produto foi fabricado e testado estejam disponíveis pelo menos
pela vida útil do produto.

• Não menos que qualquer registro gerado ou o estabelecido em


requisitos regulamentares

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4. SISTEMA DE GESTÃO DE QUALIDADE

◼ 4.2 Requisitos de documentação (cont.)


▪ 4.2.5 Controle de registros
• Manter registros para prover evidência de conformidade aos
requisitos e efetiva operação do SGQ
• Procedimentos documentados para controles de:
▪ Identificação, armazenamento, segurança e integridade,
recuperação, retenção e disposição
• Métodos para proteger informação de saúde confidencial
contida nos registros, de acordo com requisitos regulamentares

• Registros devem ser mantidos legíveis, prontamente


identificáveis e recuperáveis. Mudanças devem permanecer
identificáveis

• Reter pelo menos pela vida útil do produto ou como


especificado em requisitos regulamentares. Não menos de 2
anos
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◼ 5.1 Comprometimento da ◼ 5.5 Responsabilidade,
direção autoridade e comunicação
▪ 5.5.1 Responsabilidade e
◼ 5.2 Foco no cliente
autoridade
◼ 5.3 Política da qualidade ▪ 5.5.2 Representante da
direção
◼ 5.4 Planejamento
▪ 5.5.3 Comunicação interna
▪ 5.4.1 Objetivos da qualidade
▪ 5.4.2 Planejamento do SGQ ◼ 5.6 Análise crítica pela direção
▪ 5.6.1 Generalidades
▪ 5.6.2 Entradas para análise
crítica
▪ 5.6.3 Saídas da análise crítica

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5. RESPONSABILIDADE DA DIREÇÃO

◼ 5.1 Comprometimento da direção


▪ A Alta Direção deve mostrar comprometimento por meio de:
• comunicação da importância do atendimento aos requisitos do
cliente, regulamentares
• estabelecimento dos objetivos e política da qualidade
• condução das análises críticas pela direção
• provisão de recursos necessários

◼ 5.2 Foco no cliente


▪ Determinar e atender aos requisitos de cliente e
regulamentares

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5. RESPONSABILIDADE DA DIREÇÃO

◼ 5.3 Política da qualidade


▪ Política da Qualidade deve:
• ser apropriada aos propósitos da organização

• incluir comprometimento com o atendimento aos requisitos e


manutenção da eficácia do SGQ

• proporcionar uma estrutura para estabelecimento e análise


crítica dos objetivos da qualidade

• ser comunicada e entendida por todos

• ser analisada criticamente para sua adequação

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5. RESPONSABILIDADE DA DIREÇÃO

◼ 5.4 Planejamento
▪ 5.4.1 Objetivos da qualidade
• Objetivos da qualidade, incluindo os requeridos para atender
requisitos regulamentares e de produto, são estabelecidos nas
funções e níveis relevantes.
• Devem ser mensuráveis e consistentes com a política

▪ 5.4.2 Planejamento do SGQ


• Deve ser realizado para atender os requisitos e objetivos da
qualidade
• Manter a integridade do SGQ quando mudanças são planejadas
e implementadas

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5. RESPONSABILIDADE DA DIREÇÃO

◼ 5.5 Responsabilidade, autoridade e comunicação


▪ 5.5.1 Responsabilidade e autoridade
• São definidas, documentadas e comunicadas
• Documentar a interpelação entre o pessoal que gerencia, realiza
e verifica o trabalho que afeta a qualidade
• Garantir a independência e autoridade necessários

▪ 5.5.2 Representante da direção


• Membro da direção com autoridade para:
▪ Garantir que os processos necessários sejam documentados
▪ Reportar à alta direção a eficácia do SGQ e qualquer melhoria
necessária
▪ Garantir a conscientização dos requisitos regulamentares e
requisitos do SGQ

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5. RESPONSABILIDADE DA DIREÇÃO

◼ 5.5 Responsabilidade, autoridade e comunicação


▪ 5.5.3 Comunicação interna
• Processos de comunicação interna estabelecidos
• Comunicação relativa à eficácia do SGQ

◼ 5.6 Análise crítica pela direção


▪ 5.6.1 Generalidades
• Procedimento documentado
• Revisar o SGQ em intervalos planejados para garantir sua
pertinência, adequação, e eficácia.
• Incluir avaliação de oportunidades de melhoria e necessidade
de mudanças, incluindo política e objetivos
• Manter registros

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5. RESPONSABILIDADE DA DIREÇÃO

◼ 5.6 Análise crítica da direção


▪ 5.6.2 Entradas
• Retorno do cliente
• Tratamento de reclamações
• Comunicações às autoridades competentes
• Auditorias
• Monitoramento e medição de processos e produtos
• Ações corretivas e preventivas
• Ações de análises críticas anteriores
• Mudanças que possam afetar o SGQ
• Recomendações para melhoria
• Requisitos regulamentares novos ou revisados

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5. RESPONSABILIDADE DA DIREÇÃO

◼ 5.6 Análise crítica da direção


▪ 5.6.3 Saídas
• Registradas
• Incluir as entradas analisadas e qualquer decisão relativa a:
▪ Melhorias de processo
▪ Melhorias de produto em relação aos requisitos do cliente
▪ Mudanças necessárias para responder a requisitos regulamentares
novos ou revisados
▪ Necessidade de recursos

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◼ 6.1 Provisão de recursos
◼ 6.2 Recursos humanos
◼ 6.3 Infraestrutura
◼ 6.4 Ambiente de trabalho
▪ 6.4.1 Ambiente de trabalho
▪ 6.4.2 Controle de contaminação

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6. GERENCIAMENTO DE RECURSOS

◼ 6.1 Provisão de recursos


▪ Determinar e prover recursos necessários para:
• Implementar e manter a eficácia do SGQ
• Atender requisitos regulamentares e de clientes

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6. GERENCIAMENTO DE RECURSOS

◼ 6.2 Recursos humanos


▪ Pessoal que realiza trabalho que afeta a qualidade do
produto deve ser competente com base em:
• Educação, treinamento, habilidade e experiência
▪ Determinar competências necessárias
▪ Prover treinamento ou outras atividades para atingir e manter
estas competências
▪ Avaliar a eficácia das ações (método proporcional ao risco)

▪ Garantir pessoal consciente da relevância e importância de


suas atividades e como contribuem para o atendimento aos
objetivos da qualidade
▪ Manter registros de educação, treinamento, habilidade e
experiência

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6. GERENCIAMENTO DE RECURSOS

◼ 6.3 Infraestrutura
▪ Documentar requisitos necessários para atingir a
conformidade aos requisitos do produto, prevenir misturas e
garantir o manuseio ordenado de produtos
• Prédios, espaço de trabalho e utilidades associadas
• Equipamentos de processo (hardware e software)
• Serviços de suporte (transporte, comunicação ou sistema de
informação)
▪ Documentar requisitos para atividades de manutenção,
incluindo periodicidade, quando puder afetar a qualidade do
produto.
▪ Como apropriado, os requisitos se aplicam a equipamentos
usados na produção, controle do ambiente de trabalho e
monitoramento e medição
▪ Manter registros

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6. GERENCIAMENTO DE RECURSOS

◼ 6.4 Ambiente de trabalho e controle de contaminação


▪ 6.4.1 Ambiente de trabalho
• Documentar requisitos necessários à conformidade do produto
• Quando as condições do ambiente de trabalho puderem afetar
adversamente o produto, documentar os requisitos e
procedimentos para monitorá-los e controlá-los

• Documentar requisitos para saúde, limpeza e vestuário do


pessoal, se o contato com o produto ou ambiente de trabalho
puder afetar a segurança e desempenho do produto
• Garantir que todo pessoal temporário sob condições ambientais
especiais é competente ou supervisionado por pessoa
competente

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6. GERENCIAMENTO DE RECURSOS

◼ 6.4 Ambiente de trabalho e controle de contaminação


(cont.)
▪ 6.4.2 Controle de contaminação
• Como apropriado, planejar e documentar planos de controle
para produtos contaminados ou potencialmente contaminados
para prevenir contaminação do ambiente de trabalho, pessoal
ou produto.

• Para produtos médicos estéreis, documentar requisitos para


controle de contaminação para microorganismos ou matéria
particulada
• Manter limpeza necessária durante montagem ou embalagem

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◼ 7.1 Planejamento da realização do produto
◼ 7.2 Processos relacionados a clientes
▪ 7.2.1 Determinação de requisitos relacionados ao produto
▪ 7.2.2 Análise crítica dos requisitos relacionados ao produto
▪ 7.2.3 Comunicação com o cliente
◼ 7.3 Projeto e desenvolvimento
▪ 7.3.1 Generalidades
▪ 7.3.2 Planejamento de projeto e desenvolvimento
▪ 7.3.3 Entradas de projeto e desenvolvimento
▪ 7.3.4 Saídas de projeto e desenvolvimento
▪ 7.3.5 Análise crítica de projeto e desenvolvimento
▪ 7.3.6Verificação de projeto e desenvolvimento
▪ 7.3.67Validação de projeto e desenvolvimento
▪ 7.3.8 Transferência de projeto e desenvolvimento
▪ 7.3.9 Controle de alterações de projeto e desenvolvimento
▪ 7.3.10 Arquivo de projeto e desenvolvimento

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7. REALIZAÇÃO DO PRODUTO

◼ 7.1 Planejamento da realização do produto


▪ Planejar e desenvolver os processos necessários para a
realização do produto, consistentemente com requisitos de
outros processos do SGQ
▪ Documentar um ou mais processos de gerenciamento de
risco na realização do produto.
▪ Manter registros

▪ Determinar
• Objetivos da qualidade e requisitos do produto
• Necessidade de estabelecer processos e documentos e prover
recursos, incluindo infraestrutura e ambiente de trabalho

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7. REALIZAÇÃO DO PRODUTO

◼ 7.1 Planejamento da realização do produto (cont.)


▪ Determinar
• Objetivos da qualidade e requisitos do produto
• Necessidade de estabelecer processos e documentos e prover
recursos, incluindo infraestrutura e ambiente de trabalho
• Atividades de verificação, validação, monitoramento, medição,
inspeção e teste, manuseio, armazenamento, distribuição e
rastreabilidade específicos para o produto, junto aos critérios de
aceitação
• Registros necessários para prover evidência da realização dos
processos e atendimento aos requisitos

▪ A saída do planejamento deve ser documentada de forma


adequada aos métodos operacionais da organização

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7. REALIZAÇÃO DO PRODUTO

◼ 7.2 Processos relacionados ao cliente


▪ 7.2.1 Determinação dos requisitos relacionados ao produto
• Determinar:
▪ Requisitos especificados pelo cliente, incluindo entrega e pós
entrega
▪ Requisitos não declarados pelo cliente mas necessários para o uso,
onde conhecidos
▪ Requisitos regulamentares aplicáveis ao produto
▪ Qualquer treinamento necessário ao usuário para garantir o
desempenho e uso seguro do produto
▪ Qualquer requisito adicional determinado pela organização

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7. REALIZAÇÃO DO PRODUTO

◼ 7.2 Processos relacionados aos clientes (cont.)


▪ 7.2.2 Análise crítica dos requisitos relacionados ao produto
• Analisar criticamente os requisitos relacionados ao produto ante
de se comprometer a fornecê-lo para garantir:
▪ Requisitos de produto estão definidos e documentados
▪ Requisitos que difiram dos previamente estabelecidos estejam
resolvidos
▪ Requisitos regulamentares aplicáveis são atendidos
▪ Treinamento do usuário identificado está disponível ou planejado
▪ A organização tem a habilidade de atender aos requisitos
• Registros devem ser mantidos
• Confirmar os requisitos do cliente antes da aceitação caso o
mesmo não forneça uma declaração documentada.
• Atualizar documentos e comunicar o pessoal em caso de
mudança dos requisitos

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7. REALIZAÇÃO DO PRODUTO

◼ 7.2 Processos relacionados aos clientes (cont.)


▪ 7.2.3 Comunicação
• Planejar e documentar planos para comunicação com o cliente
relativo a:
▪ Informações de produto
▪ Questionamentos, contratos ou pedidos, incluindo revisões
▪ Retorno do cliente, incluindo reclamações
▪ Notas de aviso

• Comunicação com as autoridades regulatórias conforme


requisitos regulamentares aplicáveis

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7. REALIZAÇÃO DO PRODUTO

◼ 7.3 Projeto e desenvolvimento


▪ 7.3.1 Generalidades
• Procedimento documentado

▪ 7.3.2 Planejamento de projeto e desenvolvimento


• Planejar e controlar o projeto e desenvolvimento de um produto
• Como apropriado, manter e atualizar documentos de
planejamento
• Documentar:
▪ Estágios de projeto e desenvolvimento,
▪ Análises críticas necessárias em cada estágio
▪ Atividades de verificação, validação e transferência
▪ Responsabilidades e autoridades
▪ Métodos para manter a rastreabilidade das saídas em relação às
entradas
▪ Recursos necessários, incluindo competências do pessoal

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7. REALIZAÇÃO DO PRODUTO

◼ 7.3.3 Entradas de projeto e desenvolvimento


▪ Entradas relativas aos requisitos de produto devem ser
determinadas e registros devem ser mantidos
• Requisitos funcionais, de desempenho, usabilidade e
segurança, de acordo com o uso pretendido
• Requisitos regulamentares e normas aplicáveis
• Saídas aplicáveis do gerenciamento de risco
• Informações de projetos anteriores, como apropriado
• Outros requisitos essenciais para projeto e desenvolvimento de
produtos e processos

• Devem ser analisados criticamente quanto a sua adequação e


aprovados
• Requisitos devem ser completos, não ambíguos, passíveis de
serem verificados ou validados e sem conflito

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7. REALIZAÇÃO DO PRODUTO

◼ 7.3.4 Saídas de projeto e desenvolvimento


▪ Saídas devem:
• Atender aos requisitos de entrada
• Prover informações apropriadas para compras, produção e
serviços
• Conter ou referenciar critérios de aceitação do produto
• Especificar as características do produto que são essenciais
para seu uso seguro e adequado.

▪ Devem estar numa forma adequada para verificação em


relação aos requisitos de entrada e devem ser aprovados
antes do uso

▪ Registros das saídas devem ser mantidos

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7. REALIZAÇÃO DO PRODUTO

◼ 7.3.5 Análise crítica de projeto e desenvolvimento


▪ Revisões sistemáticas em estágios apropriados devem ser
realizadas de acordo com planos documentados para:
• Avaliar a habilidade de os resultados atenderem aos requisitos
• Identificar e propor ações necessárias

▪ Participantes devem incluir representantes da funções


relativas ao estágio do projeto sendo avaliado, assim como
especialistas
▪ Registros dos resultados e qualquer ação necessária devem
ser mantidos, incluindo a identificação do projeto sob análise,
os participantes e a data

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7. REALIZAÇÃO DO PRODUTO

◼ 7.3.6 Verificação de projeto e desenvolvimento


▪ Deve ser realizada de acordo com planos documentados
para garantir que as saídas atendem as entradas
▪ Documentar os planos de verificação incluindo métodos,
critérios de aceitação e, como apropriado, técnicas
estatísticas com justificativa para o tamanho da amostra
▪ Se o uso pretendido requer que o produto seja conectado, ou
tenha uma interface, com outro produto médico, a verificação
deve incluir a confirmação de que as saídas de projeto
atendem aos requisitos de entrada quando conectados.

▪ Registros dos resultados e conclusões de verificação e


ações necessárias devem ser mantidos

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7. REALIZAÇÃO DO PRODUTO

◼ 7.3.7 Validação de projeto e desenvolvimento


▪ De acordo com planos documentados
▪ Garantir que o produto é capaz de atender aos requisitos
para a aplicação especificada ou intenção de uso
▪ Documentar planos de validação que incluam métodos,
critérios de aceitação e, como apropriado, técnicas
estatísticas e justificativa para o tamanho da amostra

▪ Deve ser realizada numa amostra representativa do produto


(unidades ou lotes da produção inicial, ou seus equivalentes)
▪ Registrar a justificativa para a escolha do produto usado na
validação

▪ Realizar avaliações clínicas ou avaliações de desempenho


de acordo com requisitos regulamentares aplicáveis
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7. REALIZAÇÃO DO PRODUTO

◼ 7.3.7 Validação de projeto e desenvolvimento (cont.)


▪ Se o uso protendido requer que o produto seja conectado ou
tenha uma interface com outro produto médico, a validação
deve incluir a confirmação dos requisitos para aplicação ou
uso pretendido quando conectado.

▪ Completada antes da liberação de uso do produto ao cliente

▪ Registros dos resultados e conclusão e ações necessárias


devem ser mantidos

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7. REALIZAÇÃO DO PRODUTO

◼ 7.3.8 Transferência de projeto e desenvolvimento


▪ Documentar procedimentos para transferência das saídas de
projeto e desenvolvimento para a fabricação.
▪ Garantir que as saídas são verificadas e apropriadas para a
fabricação antes de se tornar especificações de produto final
e que a capacidade da produção atende aos requisitos de
produto.

▪ Resultados e conclusões da transferência devem ser


registrados

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7. REALIZAÇÃO DO PRODUTO

◼ 7.3.9 Controle de alterações de projeto e desenvolvimento


▪ Procedimentos documentados para controlar alterações
▪ Determinar a significância da alteração para as funções,
desempenho, usabilidade, segurança e requisitos
regulamentares aplicáveis para o produto médico e sua
intenção de uso.
▪ Alterações devem ser identificadas e, antes da
implementação:
• Revisadas, verificadas, validadas como apropriado e aprovadas.

▪ Avaliação do efeito das alterações nas partes constituintes e


produtos em processo ou já entregues, entradas e saídas do
gerenciamento de risco e processos de realização do
produto
▪ Registrar alterações, sua analise crítica e ações necessárias

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7. REALIZAÇÃO DO PRODUTO

◼ 7.3.10 Arquivos de projeto e desenvolvimento


▪ Manter um arquivo de projeto e desenvolvimento para cada
tipo ou família de produto.
▪ Incluir ou referenciar registros gerados para demonstrar
conformidade com os requisitos de projeto e
desenvolvimento e registros de alterações

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◼ 7.4 Aquisição
▪ 7.4.1 Processo de aquisição
▪ 7.4.2 Informações de aquisição
▪ 7.4.3 Verificação do produto adquirido

◼ 7.5 Produção e prestação de serviço


▪ 7.5.1 Controle de produção e prestação de serviço
▪ 7.5.2 Limpeza do produto
▪ 7.5.3 Atividades de instalção
▪ 7.5.4 Atividades de serviço
▪ 7.5.5 Requisitos específicos para produtos médicos estéreis
▪ 7.5.6 Validação de processos de produção e serviço
▪ 7.5.7 Requisitos específicos para validação de processos de
esterilização e sistemas de barreira estéril

62
7. REALIZAÇÃO DO PRODUTO

◼ 7.4 Compras
▪ 7.4.1 Processo de compras
• Procedimentos documentados para garantir que o produto
adquirido atende as informações especificadas de compras

• Critérios de avaliação e seleção de fornecedores:


▪ Baseados na habilidade do fornecedor em prover produtos que
atendem aos requisitos
▪ Baseados no desempenho do fornecedor
▪ Baseado no efeito do produto adquirido na qualidade do produto
▪ Proporcional ao risco associado para o produto
• Planejar o monitoramento e reavaliação dos fornecedores.
• Monitorar desempenho do fornecedor em atender aos requisitos
• O resultado do monitoramento deve prover entradas para sua
reavaliação

63
7. REALIZAÇÃO DO PRODUTO

◼ 7.4 Compras
▪ 7.4.2 Informações de compras
• Informações de compras devem descrever ou referenciar o produto
a ser adquirido, incluindo como apropriado:
▪ Especificações do produto
▪ Requisitos de aceitação, procedimentos, processos e equipamentos
▪ Requisitos para qualificação do pessoal do fornecedor
▪ Requisitos de SGQ
• Garantir a adequação dos requisitos de compras antes de sua
comunicação com o cliente.
• Devem incluir, como apropriado, acordo escrito para o fornecedor
informar mudanças no produto adquirido antes da implementação
que afete a capacidade de atender aos requisitos.
• Manter documentos e registros na extensão requerida pela
rastreabilidade.

64
7. REALIZAÇÃO DO PRODUTO

◼ 7.4 Compras
▪ 7.4.3 Verificação de produto adquirido
• Estabelecer e implementar inspeção ou outras atividades para
garantir que o produto adquirido atenda aos requisitos
• A extensão da verificação deve ser baseada nos resultados da
avaliação do fornecedor e proporcionais ao risco associado ao
produto adquirido

• Determinar se alterações no produto adquirido afetam a


realização do produto ou o produto médico

• Declarar nas informações de aquisição quando a organização


ou seu cliente pretende realizar a verificação nas dependências
do fornecedor (atividades e método de liberação)

• Registros de inspeção devem ser mantidos

65
7. REALIZAÇÃO DO PRODUTO

◼ 7.5 Produção e provisão de serviços


▪ 7.5.1 Controle de produção e provisão de serviços
• Planejar, realizar, monitorar e controlar para garantir a
conformidade com as especificações:
▪ Documentação de procedimentos e métodos para controle de
produção
▪ Qualificação da infraestrutura
▪ Monitoramento e medição dos parâmetros de processo e
características do produto
▪ Disponibilidade e uso de equipamentos de medição e
monitoramento
▪ Implementação de operações definidas de rotulagem e embalagem
▪ Atividades de liberação de produto, entrega e pós-entrega
• Estabelecer e manter um registro para cada produto ou lote
para prover a rastreabilidade especificada e identificar a
quantidade fabricada e aprovada para distribuição. Verificar e
aprovar o registro

66
7. REALIZAÇÃO DO PRODUTO

◼ 7.5 Produção e provisão de serviços


▪ 7.5.2 Limpeza do produto
• Documentar requisitos de limpeza ou controle de contaminação
do produto se:
▪ O produto é limpo pela organização antes da esterilização ou uso
▪ Produto é fornecido não estéril e deve ser submetido a um processo
de limpeza antes da esterilização ou uso
▪ Produto não pode ser limpo antes da esterilização ou uso, mas a
limpeza é significante no uso
▪ Produto é fornecido para ser usado não estéril e sua limpeza é
significante no uso
▪ Agentes de processo devem ser removidos do produto durante a
produção

• Se o produto é limpo de acordo com a) ou b) o requisito 6.4.1


não se aplica antes do processo de limpeza

67
7. REALIZAÇÃO DO PRODUTO

◼ 7.5 Produção e provisão de serviços


▪ 7.5.3 Atividades de instalação
• Documentar requisitos de instalação e critérios de aceitação
para verificação da instalação, como apropriado.

• Se os requisitos do cliente já aceitos permitem a instalação por


outro que não a organização ou seu agente autorizado, prover
requisitos documentados de instalação e verificação

• Registros de instalação e verificação realizados pela


organização ou seu fornecedor devem ser mantidos

68
7. REALIZAÇÃO DO PRODUTO

◼ 7.5 Produção e provisão de serviços


▪ 7.5.4 Atividades de serviço
• Se o serviço é um requisito especificado, documentar
procedimentos, materiais e medições de referência, como
necessário para realizar as atividades de serviço e a verificação
se os requisitos do produto foram atendidos

• Analisar registros de serviços prestados pela organização e


seus fornecedores para:
▪ Determinar se a informação deve ser tratada como uma reclamação
▪ Entradas para processos de melhoria, como apropriado.

• Manter registros dos serviços prestados pela organização e


seus fornecedores

69
7. REALIZAÇÃO DO PRODUTO

◼ 7.5 Produção e provisão de serviços


▪ 7.5.5 Requisitos específicos para produtos médicos estéreis
• Manter registros dos parâmetros do processo de esterilização
utilizados para cada lote de esterilização.

• Registros de esterilização devem ser rastreáveis a cada lote de


produção do produto médico

70
7. REALIZAÇÃO DO PRODUTO

◼ 7.5 Produção e provisão de serviços


▪ 7.5.6 Validação de processos para produção e provisão de
serviços
• Validar qualquer processo onde a saída resultante não pode ou
não é verificada por monitoramento ou medição subsequente e,
como consequência, deficiências se tornem aparentes somente
após o uso do produto ou o serviço entregue.
• Documentar procedimentos de validação, incluindo:
▪ Critérios definidos para revisão e aprovação dos processos
▪ Qualificação de equipamentos e pessoal
▪ Uso de métodos, procedimentos e critérios de aceitação específicos
▪ Como apropriado, técnicas estatísticas e justificativa para o tamanho
da amostra
▪ Requisitos de registro
▪ Revalidação, incluindo critérios
▪ Aprovação das alterações dos processos

71
7. REALIZAÇÃO DO PRODUTO

◼ 7.5 Produção e provisão de serviços


▪ 7.5.6 Validação de processos para produção e provisão de
serviços (cont.)
• Documentar procedimentos para validação de softwares usados
na produção e serviço antes de seu uso e, como apropriado,
após alterações.

• A abordagem e atividades associadas com a validação e


revalidação de software deve ser proporcional ao risco
associado com seu uso, incluindo o efeito na habilidade do
produto atender às especificações

• Manter registros dos resultados e conclusão da validação e


ações necessárias

72
7. REALIZAÇÃO DO PRODUTO

◼ 7.5 Produção e provisão de serviços


▪ 7.5.7 Requisitos específicos para validação de processos de
esterilização e sistemas de barreira estéril
• Documentar procedimentos para validação de processos de
esterilização e sistemas de barreira estéril

• Validar anter da implementação e seguindo alterações de


produto ou processo, como apropriado

• Manter registros dos resultados, conclusão e ações necessárias

73
◼ 7.5 Controle de produção e provisão de serviço (cont.)
▪ 7.5.8 Identificação
▪ 7.5.9 Rastreabilidade
▪ 7.5.10 Propriedade do cliente
▪ 7.5.11 Preservação do produto
◼ 7.6 Controle de equipamentos de medição e
monitoramento

74
7. REALIZAÇÃO DO PRODUTO

◼ 7.5 Produção e provisão de serviços


▪ 7.5.8 Identificação
• Documentar procedimentos para identificação do produto e
identificar o produto durante a sua realização de maneira
adequada
• Identificar a situação do produto em relação aos requisitos de
medição e monitoramento durante a sua realização.
• Manter durante a produção, armazenamento, instalação e
serviços para garantir que somente produtos aprovados nas
inspeções e testes requeridos ou liberados sob concessão
sejam despachados ou instalados
• Sistema para atribuir uma identificação única para o produto se
requerido por requisitos regulamentares
• Documentar procedimentos para garantir que produtos
retornados sejam identificados e distinguidos do produto
conforme

75
7. REALIZAÇÃO DO PRODUTO

◼ 7.5 Produção e provisão de serviços


▪ 7.5.9 Rastreabilidade
• 7.5.9.1 Generalidades
▪ Documentar procedimentos para rastreabilidade que definal sua
extensão de acordo com requisitos regulamentares e manter
registros
• 7.5.9.2 Requisitos específicos para produtos médicos
implantáveis
▪ Registros de rastreabilidade devem incluir: registros de
componentes, materiais e condições do ambiente de trabalho usado
se estes puderemfazer com que o produto não atenda seus
requisitos de segurança e desempenho.
▪ Requerer dos fornecedores de serviços de distribuição mantem
registros de distribuição do produto permitindo a rastreabilidade.
Registros devem estar disponíveis para a inspeção
▪ Registrar o nome e endereço do consignatário do pacote enviado

76
7. REALIZAÇÃO DO PRODUTO

◼ 7.5 Produção e provisão de serviços


▪ 7.5.10 Propriedade do cliente
• Identificar, verificar, proteger e salvaguardar a propriedade do
cliente fornecida para uso ou incorporação no produto enquanto
sob controle da organização ou sendo por esta utilizado.

• Propriedade do cliente perdida, danificada ou considerada não


adequada para uso

• Reportar ao cliente e manter registros

77
7. REALIZAÇÃO DO PRODUTO

◼ 7.5 Produção e provisão de serviços


▪ 7.5.11 Preservação do produto
• Documentar procedimentos para preservação da conformidade
do produto aos requisitos durante o processamento,
armazenamento, manuseio e distribuição. Preservação deve ser
aplicada as partes constituintes do produto

• Proteger o produto de alterações, contaminação ou dano


quando exposto a condições esperadas e perigos durante o
processamento, armazenamento, manuseio e distribuição:
▪ Projetando e construindo containers adequados para embalagem e
entrega
▪ Documentando requisitos para condições especiais necessárias se
a embalagem sozinha não pode prover preservação.

• Se condições especiais são requeridas, devem ser controladas


e registradas

78
7. REALIZAÇÃO DO PRODUTO

◼ 7.6 Controle de equipamentos de medição e


monitoramento
▪ Determinar as medições e monitoramentos e os
equipamentos necessários para prover evidência de
conformidade aos requisitos

▪ Documentar procedimentos para garantir que as medições e


monitoramentos podem ser realizados e que são realizados
de forma consistente com os requisitos de medição e
monitoramento

79
7. REALIZAÇÃO DO PRODUTO

◼ 7.6 Controle de equipamentos de medição e


monitoramento (cont.)
▪ Como necessário para garantir resultados válidos, os
equipamentos de medição devem:
• Ser calibrados, verificados ou ambos, em intervalos planejados
ou ates do uso, utilizando padrões rastreáveis a padrões
nacionais ou internacionais. Quando padrões não existirem,
registrar a base para calibração ou verificação
• Ser ajustados ou reajustados como necessário. Registrar
• Ter identificação para determinar a situação de calibração
• Protegidos de ajustes que invalidem os resultados de medição
• Protegidos de dano ou deterioação durante o manuseio,
manutenção e armazenamento
▪ Realizar calibrações e verificação de acordo com
procedimentos documentados

80
7. REALIZAÇÃO DO PRODUTO

◼ 7.6 Controle de equipamentos de medição e


monitoramento
▪ Avaliar e registrar a validade de medições prévias quando o
equipamento é achado não conforme aos requisitos. Tomar
ações apropriadas em relação ao equipamento e produtos
afetados
▪ Manter registros de calibração e verificação
▪ Documentar procedimentos para validação de softwares
usados para medição e monitoramento antes de seu uso
inicial e após alterações, como apropriado.
▪ Abordagem e atividades associadas à validação de software
deve ser proporcional ao risco associado ao seu uso,
incluindo efeitos sobre a habilidade do produto em estar
conforme aos requisitos.
▪ Manter registros dos resultados e conclusão da validação e
ações necessárias
81
◼ 8. Medição, análise e melhoria
▪ 8.1 Generalidades
▪ 8.2 Medição e monitoramento
• 8.2.1 Retorno do cliente
• 8.2.2 Tratamento de reclamações
• 8.2.3 Comunicação às autoridades competentes
• 8.2.4 Auditorias internas
• 8.2.5 Monitoramento e medição de processos
• 8.2.6 Monitoramento e medição do produto
▪ 8.3 Controle de produto não conforme
• 8.3.1 Generalidades
• 8.3.2 Ações em resposta a produtos não conformes detectados
antes da entrega
• 8.3.3 Ações em resposta a produtos não conformes detectados
após a entrega
• 8.3.4 Retrabalho
82
8. MEDIÇÃO, ANÁLISE E MELHORIA

◼ 8.1 Generalidades
▪ Planejar e implementar o monitoramento, medição, análise e
melhoria dos processos necessários para:
• Demonstrar a conformidade do produto, do SGQ e manter sua
eficácia

▪ Incluir a determinação de métodos apropriados, incluindo


técnicas estatísticas e a etensão de seu uso.

83
8. MEDIÇÃO, ANÁLISE E MELHORIA

◼ 8.2 Monitoramento e Medição


▪ 8.2.1 Retorno
• Como uma das medidas da eficácia do SGQ a organização
deve reunir e monitorar informação relativa se atendeu aos
requisitos do cliente. Documentar métodos
• Procedimento para o processo de retorno. Incluir provisões
para reunir dados de atividades de produção e pós produção

▪ A informação reunida deve servir de entrada potencial para o


gerenciamento de risco e monitoramento e manutenção dos
requisitos de produto ou processos de melhoria

84
8. MEDIÇÃO, ANÁLISE E MELHORIA

◼ 8.2 Monitoramento e Medição


▪ 8.2.2 Tratamento de reclamações
• Documentar procedimentos para tratamento de reclamações de
acordo com os requisitos regulamentares.

• Requisitos mínimos e responsabilidades para:


▪ Receber e registrar informações
▪ Determinar se o retorno contitui uma reclamação
▪ Investigar reclamações
▪ Determinar a necessidade de reportar a informação às autoridades
competentes
▪ Manuseio do produto relacionado à reclamação
▪ Determinar a necessidade de iniciar correções ou ações corretivas

85
8. MEDIÇÃO, ANÁLISE E MELHORIA

◼ 8.2 Monitoramento e Medição


▪ 8.2.2 Tratamento de reclamações (cont.)
• Se qualquer reclamação não for investigada, justificativa deve
ser documentada. Qualquer correção ou ação corretiva
resultante do processo de tratamento de reclamações deve ser
documentada.

• Se a investigação determinar que atividades fora da


organização contribuiram para a reclamação, informação
relevante deve ser trocada entre as partes

• Manter registros de tratamento de reclamações

86
8. MEDIÇÃO, ANÁLISE E MELHORIA

◼ 8.2 Monitoramento e Medição


▪ 8.2.3 Comunicação às autoridades competentes
• Se requisitos regulamentares aplicáveis requererem a
notificação de reclamações que atendam critérios de notificação
de eventos adversos ou emissão de nota de aviso, documentar
procedimentos para notificação

• Registros de notificação às autoridades competentes devem ser


mantidos

87
8. MEDIÇÃO, ANÁLISE E MELHORIA

◼ 8.2 Monitoramento e Medição


▪ 8.2.4 Auditoria interna
• Conduzir auditoria internas em intervalos planejados para
determinar se o SGQ:
▪ Está conforme as disposições planejadas e documentadas,
requisitos da norma, requisitos do SGQ estabelecidos pela
organização e requisitos regulamentares aplicáveis.
▪ Está eficazmente implementado e mantido
• Documentar procedimento para descrever responsabilidades e
requisitos para o planejamento e condução das auditorias,
registros e relato dos resultados
• Planejar programa de auditoria levando em consideração a
situação e importância dos processos e áreas a serem
auditadas, assim como resultados de auditorias anteriores.
• Definir e documentar critérios de auditoria, escopo, frequência e
métodos

88
8. MEDIÇÃO, ANÁLISE E MELHORIA

◼ 8.2 Monitoramento e Medição


▪ 8.2.4 Auditoria interna (cont.)
• A seleção de auditores e condução de auditorias deve garantir a
objetividade e imparcialidade no processo . Auditores não
devem auditar seu próprio trabalho

• Manter registros de auditorias e seus resultados, incluindo


identificação dos processos e áreas auditadas e conclusões

• A gerência responsável pela área auditada deve garantir que


qualquer correção e ação corretiva seja tomada sem atraso
indevido para eliminar não conformidades detectadas e suas
causas.

• Atividades de follow-up devem incluir verificação das ações


tomadas e relato dos resultados

89
8. MEDIÇÃO, ANÁLISE E MELHORIA

◼ 8.2 Monitoramento e Medição


▪ 8.2.5 Monitoramento e medição de processos
• Aplicar métodos adequados para o monitoramento e, como
apropriado, medição dos processos do SGQ para demonstrar a
capacidade do processo em atingir resultados planejados.

• Como apropriado, ações corretivas devem ser tomadas quando


resultados planejados não são atingidos

90
8. MEDIÇÃO, ANÁLISE E MELHORIA

◼ 8.2 Monitoramento e Medição


▪ 8.2.6 Monitoramento e medição do produto
• Medir e monitorar as características do produto para verificar se
os seus requisitos foram atendidos.
• Deve ser realizado em estágios apropriados do processo de
realização do produto de acordo com disposições planejadas e
documentadas e procedimentos documentados.
• Evidência de conformidade aos critérios de aceitação devem ser
mantidos. A identidade da pessoa quer autoriza a liberação do
produto deve ser registrada. Como apropriado, registros devem
identificar os equipamentos de teste utilizados
• Liberação do produto e entrega do serviço não devem
prosseguir até que as disposições planejadas sejam
satisfatoriamente completadas
• Para produtos médicos implantáveis, registrar a identidade do
pessoal que realiza qualquer inspeção ou teste

91
8. MEDIÇÃO, ANÁLISE E MELHORIA

◼ 8.3 Controle de produto não conforme


▪ 8.3.1 Generalidades
• Garantir que o produto que não está conforme aos seus
requisitos é identificado e controlado para prevenir seu uso ou
entrega não intencional.

• Documentar um procedimento para definir controles relativos a


autoridades para identificação, documentação, segregação,
avaliação e disposição do produto não conforme

• A avaliação da não conformidade deve incluir a determinação da


necessidade de uma investigação e notificação à qualquer parte
externa responsável pela não conformidade

• Manter registros da natureza da não conformidade e qualquer


ação tomada, incluindo avaliação, qualquer investigação e
justificativa para decisões
92
8. MEDIÇÃO, ANÁLISE E MELHORIA

◼ 8.3 Controle de produto não conforme


▪ 8.3.2 Ações em resposta a produtos não conformes
detectados antes da entrega
• Lidar com o produto não conforme por uma ou mais maneiras:
▪ Ação para eliminar a não conformidade detectada
▪ Ação para evitar seu uso pretendido ou aplicação original
▪ Autorizar seu uso, liberar ou aceitar sob concessão

• Garantir que o produto não conforme é aceito sob concessão


somente com justificativa, aprovação e atendimento aos
requisitos regulamentares.

• Manter registros de aceitação por concessão e a identidade da


pessoa que autorizou a concessão

93
8. MEDIÇÃO, ANÁLISE E MELHORIA

◼ 8.3 Controle de produto não conforme


▪ 8.3.3 Ações em resposta a produtos não conformes
detectados após a entrega
• Tomar ações apropriadas para os efeitos, ou potenciais efeitos,
da não conformidade
• Manter registros das ações tomadas
• Documentar procedimentos para emitir notas de aviso de
acordo com requisitos regulamentares aplicáveis. Estes
procedimentos devem ser capazes de serem postos em prática
à qualquer momento.
• Manter registros das ações relativas a emissão de notas de
aviso

94
8. MEDIÇÃO, ANÁLISE E MELHORIA

◼ 8.3 Controle de produto não conforme


▪ 8.3.4 Retrabalho
• Realizar retrabalho de acordo com procedimentos
documentados que considerem os efeitos adversos potenciais
do retrabalho no produto.

• Estes procedimentos devem ser submetidos à mesma análise


crítica e aprovação como o procedimento original

• Após a conclusão do retrabalho, o produto deve ser verificado


para garantir o atendimento aos critérios de aceitação e
requisitos regulamentares.

• Manter registros de retrabalho

95
◼ 8.4 Análise de dados
◼ 8.5 Melhorias
▪ 8.5.1 Generalidades
▪ 8.5.2 Ação corretiva
▪ 8.5.3 Ação preventiva

96
8. MEDIÇÃO, ANÁLISE E MELHORIA

◼ 8.4 Análise de dados


▪ Documentar procedimentos para determinar, coletar e
analisar dados apropriados para demonstrar a adequação e
eficácia do SGQ. O procedimento deve incluir a
determinação de métodos apropriados, incluindo técnicas
estatísticas e a extensão de seu uso.
▪ Incluir dados gerados como resultado de medição e
monitoramento e de outras fontes relevantes. No mínimo
entradas de:
• retorno; conformidade aos requisitos de produto; características
e tendências de processo e de produto incluindo oportunidades
para melhoria; fornecedores, auditorias e relatórios de serviço,
como apropriado
▪ Se demonstrar que o SGQ não é apropriado, adequado ou
eficaz, usar esta análise como entrada para melhorias
▪ Manter registros das análises de dados
97
8. MEDIÇÃO, ANÁLISE E MELHORIA

◼ 8.5 Melhorias
▪ 8.5.1 Generalidades
• Identificar e implementar qualquer alteração necessária para
garantir e manter a contínua a adequação e eficácia do SGQ e
a segurança e desempenho do produto usando a:

▪ política e objetivos da qualidade,


▪ resultados de auditorias,
▪ vigilância pós-venda,
▪ análise de dados,
▪ ações corretivas e preventivas e
▪ análise crítica pela direção

98
8. MEDIÇÃO, ANÁLISE E MELHORIA

◼ 8.5 Melhorias
▪ 8.5.2 Ação corretiva
• Tomar ações para eliminar a causa das não conformidades para
prevenir reocorrência. Qualquer ação corretiva deve ser tomada
sem atraso indevido. Devem ser proporcionais aos efeitos das
não conformidades encontradas.
• Procedimento documentado para definir requisitos para:
▪ Revisar não conformidades (incluindo reclamações)
▪ Determinar as causas das não conformidades
▪ Avaliar a necessidade de ações para garantir que a não
conformidade não se repita
▪ Planejar e documentar ação necessária e implementá-la, incluindo,
como apropriado, atualizar a documentação
▪ Verificar que a ação corretiva não afete adversamente a capacidade
de atender aos requisitos regulamentares ou a segurança e
desempenho do produto
▪ Revisar a eficácia das ações tomadas
▪ Registrar os resultados de qualquer investigação e ação tomada
99
8. MEDIÇÃO, ANÁLISE E MELHORIA

◼ 8.5 Melhorias
▪ 8.5.3 Ação preventiva
• Tomar ações para eliminar a causa das potenciais não
conformidades para prevenir ocorrência. Qualquer ação
corretiva deve ser tomada sem atraso indevido. Devem ser
proporcionais aos efeitos dos problemas potenciais.
• Procedimento documentado para definir requisitos para:
▪ Determinar as potenciais não conformidades e suas causas
▪ Avaliar a necessidade de ações para prevenir sua ocorrência
▪ Planejar e documentar ação necessária e implementá-la, incluindo,
como apropriado, atualizar a documentação
▪ Verificar que a ação não afete adversamente a capacidade de
atender aos requisitos regulamentares ou a segurança e
desempenho do produto
▪ Revisar a eficácia das ações tomadas
▪ Registrar os resultados de qualquer investigação e ação tomada

100
◼ Formação de auditor interno

101
ISO 19011:2018

◼ Fornece orientação sobre a gestão de programas de


auditoria;
◼ Orientação para a realização de auditorias internas ou
externas de sistemas de gestão;
◼ Recomendação sobre a competência e a avaliação de
auditores;

102
ISO 19011:2018

MÓDULO 01 – PENSANDO
EM AUDITORIA

103
ENTENDENDO A AUDITORIA

◼ O que é auditoria?

“Processo sistemático, documentado e


independente para obter evidência de auditoria e
avaliá-la, objetivamente, para determinar a extensão
na qual os critérios de auditoria são atendidos.”

104
ENTENDENDO A AUDITORIA

Evidência de Auditoria Critério de Auditoria

Registros, apresentação de fatos Políticas, procedimentos ou


ou outras informações, requisitos usados como uma
pertinentes aos critérios de referência na qual a evidência de
auditoria e verificáveis. auditoria é comparada.

105
ENTENDENDO A AUDITORIA

Em outras palavras:

106
ENTENDENDO A AUDITORIA

Princípios da Auditoria

Integridade

Apresentação justa

Devido cuidado profissional

Confidencialidade

Independência

Abordagem baseada em evidência

Abordagem baseada em risco

107
ENTENDENDO A AUDITORIA

◼ Integridade
É o fundamento do profissionalismo. O auditor e indivíduos
que atuam na gestão do programa de auditoria devem
exercer seu trabalho com dedicação, honestidade e
responsabilidade. Devem aplicar e cumprir todas as
exigências legais e demonstrar a sua competência, bem
como realizar o seu trabalho de forma imparcial. Eles
também devem ser sensíveis a quaisquer influências que
podem ser exercidas sobre o seu julgamento, quando a
realização de sua auditoria.

108
ENTENDENDO A AUDITORIA

◼ Apresentação justa
Este princípio implica em informar com rigor e precisão as
constatações identificadas na auditoria. Quaisquer opiniões
divergentes não resolvidas (entre a equipe de auditoria e o
auditado) e quaisquer obstáculos encontrados devem ser
relatados. A comunicação deve ser objetiva, verdadeira
precisa, oportuna, clara e completa.

◼ Devido cuidado profissional


Aplicar diligência e julgamento na auditoria. Auditores devem
julgar com devido cuidado considerando a importância das
atividades e a confidencialidade necessária. Julgamentos
razoáveis e imparciais formam a base deste princípio.
109
ENTENDENDO A AUDITORIA

◼ Confidencialidade
Auditores devem ser discretos e assegurar a segurança da
informação obtida ao longo das atividades da auditoria. Este
tipo de informação não deve ser usado inapropriadamente
pelo auditor, pelo cliente da auditoria ou de qualquer maneira
não condizente com os interesses do auditado.

◼ Independência
Auditores devem ser independentes da atividade que estão
sendo auditada, ficando livres de tendências e conflitos de
interesse. A objetividade deve ser mantida pelo auditor como
forma de assegurar a aplicação da abordagem baseada em
evidência.
110
ENTENDENDO A AUDITORIA

◼ Abordagem baseada em evidência


As evidências de auditoria devem ser verificáveis e baseadas
em amostragem de informações disponíveis, a qual deve ser
realizada considerando os recursos finitos da auditoria
(incluindo tempo).

◼ Abordagem baseada em risco


Este princípio deve significativamente influenciar o
planejamento, a execução e o relatório da auditoria para
assegurar que auditores estão focados em questões
significativas para o cliente da auditoria e para o alcance dos
objetivos do programa de auditoria.

111
TIPOS DE AUDITORIA

◼ Primeira Parte
▪ Auditorias Internas

◼ Segunda Parte
▪ Auditorias em fornecedores

◼ Terceira Parte
▪ Auditorias independentes da organização, fornecedores e
clientes.

112
ISO 19011:2018

MÓDULO 02 –
GERENCIANDO O
PROGRAMA DE AUDITORIA

113
GERENCIANDO A AUDITORIA

Gerenciamento

O que é? Para que serve?


É a definição dos itens Definir as regras gerais
centrais do programa de do programa de auditoria
auditoria. da organização.

114
GERENCIANDO A AUDITORIA

O gerenciamento da auditoria deve estar focado nos


seguintes fatores (os quais serão estudados na sequência)
associados ao programa de auditoria:
◼ Objetivos;
◼ Riscos e oportunidades;
◼ Estabelecimento;
◼ Implementação;
◼ Monitoramento;
◼ Análise e melhoria.

115
GERENCIANDO A AUDITORIA

Objetivos do Programa de Auditoria

Devem ser baseados em:

✓ Nível de conformidade do sistema de gestão frente a requisitos legais e outros;

✓ Atendimento aos objetivos do sistema de gestão;

✓ Identificação de riscos e oportunidades;

✓ Avaliação da aderência do sistema de gestão à estratégia e contexto da


organização;

✓ Nível de confiança nos provedores externos.

116
GERENCIANDO A AUDITORIA

Riscos e Oportunidades do Programa de Auditoria

Planejamento e recursos
Seleção da equipe auditora
Comunicação
Riscos Implementação
Controle da informação documentada
Monitoramento
Disponibilidade e cooperação dos auditados

117
GERENCIANDO A AUDITORIA

Riscos e Oportunidades do Programa de Auditoria

Múltiplas auditorias
Minimização de tempos e distâncias
Oportunidades
Cumprimento da competência de auditores
Alinhamento da data da auditoria com auditado

118
GERENCIANDO A AUDITORIA

Estabelecimento do Programa de Auditoria


Determinar papéis e responsabilidades dos envolvidos, incluindo:

Contexto, riscos Seleção de


Extensão do
e oportunidades equipe
programa de
do programa de auditoria
auditoria
auditoria competente

Informação
Monitoramento, documentada e Recursos
análise e melhoria comunicação necessários para
do programa de do programa de a auditoria
auditoria auditoria

119
GERENCIANDO A AUDITORIA

Estabelecimento do Programa de Auditoria

✓ Coordenação do programa de
auditoria;

✓ Objetivo, escopo e critérios da


O estabelecimento da auditoria
auditoria;
deve incluir também:
✓ Métodos de auditoria;

✓ Equipe auditora.

120
GERENCIANDO A AUDITORIA

Implementação do Programa de Auditoria

❑ Treinamento(s);

❑ Experiência;

❑ Habilidades
Competência da equipe
❑ Conhecimento do produto ou serviço;
auditora deve ser baseada em:
❑ Conhecimento do mercado de atuação da organização;

❑ Tamanho e composição da equipe auditora.

121
GERENCIANDO A AUDITORIA

Estabelecimento do Programa de Auditoria

Auditor-Líder

✓ Elabora o plano de auditoria;

✓ Representa a equipe auditora na


Composição da Equipe Auditora: abertura e fechamento;

✓ Toma decisão final;

✓ Elabora o relatório da auditoria.

122
GERENCIANDO A AUDITORIA

Estabelecimento do Programa de Auditoria

Auditor Membro

✓ Coopera com o Auditor-Líder;

Composição da Equipe Auditora: ✓ Prepara documentos de trabalho da


auditoria;

✓ Audita os processos designados.

123
GERENCIANDO A AUDITORIA
PLANO DE AUDITORIA
Norma(s) de ISO 13485 :2016 Data(s) da 08/01/xx
Referência: auditoria no site:
Equipe Auditora: 2
Objetivo: Confirmar se o sistema de gestão está estabelecido e implementado em conformidade aos
requisitos da Norma de Referência.
Escopo: Desenvolvimento e fabricação de xxxx, wwws e yyy..

Data Horário Auditor Área/Departamento/Processo/Função Auditado(s)


08/01 08:30 Todos Reunião de abertura
09:00 1 Produção
09:00 2 Comercial
10:30 2 Projeto e desenvolvimento
12:00 Almoço
13:00 1 Compras

14:30 1 Controle de Equipamentos de Medição e


Monitoramento
13:00 2 Gestão de Recursos Humanos
14:30 2 Controle de Documentos e Registros
15:00 1 Monitoramento do Sistema (auditoria interna)
15:00 2 Ações Corretivas e Preventivas (Melhoria contínua)
15:30 1/2 Análise Crítica pela Alta Direção
15:30 1/2 Tempo privativo para elaboração do relatório
17:00 1/2 Reunião de Fechamento 124
GERENCIANDO A AUDITORIA

Monitoramento do Programa de Auditoria

Atendimento Desempenho
Atendimento ao
aos objetivos da equipe
planejamento
auditora

Adequação e
Habilidade da Feedback de
suficiência da
equipe clientes e demais
informação
auditora partes documentada

125
GERENCIANDO A AUDITORIA

Revisão e Melhoria do Programa de Auditoria

❑ Resultados e tendências de monitoramento;

❑ Conformidade com o programa de auditoria;

❑ Evolução da relação com partes interessadas;


Revisão e melhoria devem
❑ Registros do programa de auditoria;
considerar:
❑ Novos métodos de auditoria;

❑ Eficácia de ações sobre riscos e oportunidades;

❑ Confidencialidade e segurança das informações.

126
ISO 19011:2018

MÓDULO 03 – REALIZANDO
A AUDITORIA

127
CONDUÇÃO DA AUDITORIA

Condução

O que é? Para que serve?


É a realização da avaliação in- Avaliar o nível de
loco dos processos do sistema conformidade dos
de gestão da organização. processos do sistema
de gestão.

128
CONDUÇÃO DA AUDITORIA

Iniciando a auditoria

Recomenda-se realizar um contato inicial com o auditado para:

Determinar os contatos Coletar informações para a


para a auditoria seleção de auditores

Solicitar documentos e Fazer arranjos apropriados


registros necessários para a auditoria

129
CONDUÇÃO DA AUDITORIA

Análise crítica da documentação do sistema de gestão

Políticas e objetivos

Documentos e relatórios de
auditorias anteriores

Registros

130
CONDUÇÃO DA AUDITORIA

Informação Documentada

Lista de Verificação

✓ Auxilia na preparação do auditor;

✓ Ajuda a controlar a profundidade da


auditoria;

✓ Indica a duração da auditoria

✓ Forma de registrar a auditoria.

131
CONDUÇÃO DA AUDITORIA

Informação Documentada

Lista de Verificação

✓ Ser utilizada como “muleta” pelo


auditor;

✓ Restringir a liberdade do auditor;

✓ Possuir somente questões fechadas;

✓ Omitir áreas significativas.

132
CONDUÇÃO DA AUDITORIA

A condução da auditoria se divide em 4 partes:

Reunião de Realização
abertura da auditoria

Reunião de Revisão dos


fechamento resultados

133
CONDUÇÃO DA AUDITORIA

Reunião de abertura

◼ Apresentação
◼ Confirmação do escopo, critérios e abrangência
◼ Confirmação do Plano de auditoria (gerenciar mudanças)
◼ Explicar o processo amostral de auditoria
◼ Confirmar guias, instalações e equipamentos necessários
◼ Confidencialidade, segurança do trabalho
◼ Método de relatar não conformidades

134
CONDUÇÃO DA AUDITORIA

Informações podem ser obtidas por meio de:

◼ Entrevistas
◼ Observação de atividades
◼ Documentos (política, objetivos, planos, procedimentos,
instruções de trabalho, desenhos, contratos, etc.)
◼ Registros (inspeção, minutas de reunião, relatórios ou
livros de reclamação de clientes, entre outros)
◼ Dados (análises, indicadores mensuráveis e de
desempenho)
◼ Registros de outras fontes: realimentação de clientes,
desempenho do fornecedor

135
CONDUÇÃO DA AUDITORIA

A “trilha lógica da auditoria” para o auditor:

136
CONDUÇÃO DA AUDITORIA

PRATIQUE!!! CUIDADO!!!
◼ Esteja preparado.
◼ Tomar partido.
◼ Seja pontual.
◼ Ser levado ou desviado.
◼ Insista que as pessoas entrevistadas
respondam por si próprias. ◼ Se ater a uma única ideia.
◼ Fale apenas o necessário. ◼ Deixar o auditado determinar o ritmo da
◼ Evite mal entendidos. auditoria.

◼ Mantenha as questões claras e ◼ Fazer suposições ou presunções.


concisas.
◼ Seja educado e calmo.
◼ Cumprimente as pessoas.

137
CONDUÇÃO DA AUDITORIA

Uma constatação de auditoria pode ser de:

CONFORMIDADE NÃO CONFORMIDADE

✓ Atende aos critérios pertinentes à ✓ Não atende aos critérios


auditoria. pertinentes à auditoria.

Critérios são expressos por meio de requisitos:

138
CONDUÇÃO DA AUDITORIA

A descrição da não conformidade deve ser realizada em 3 etapas:

Constatação Tema central da não conformidade.

Evidência Relato detalhado da falha ocorrida.

Requisito Requisito não cumprido.

139
CONDUÇÃO DA AUDITORIA

1) EXEMPLO DE DESCRIÇÃO DE NÃO CONFORMIDADES


Norma: ISO 13485:2016 – Elemento 7.6 – Rastreabilidade de
medição
Procedimento: Não aplicável Área: Laboratório de Qualidade
Constatação – Falta pontual no registro de calibração.

Evidência: Não evidenciado o registro de calibração do equipamento


medição – Durômetro (código: 3008; marca: Mitutoyo; modelo: Shore “A”).

Requisito: ISO 13485:2016 – Elemento 7.6: “Quando a rastreabilidade de


medição for um requisito, ou for considerada pela organização uma parte
essencial da provisão de confiança na validade de resultados de medição, os
equipamentos de medição devem ser: a) verificados ou calibrados, ou
ambos, a intervalos especificados, ou antes do uso, contra padrões de
medição rastreáveis a padrões de medição internacionais ou nacionais;
quando tais padrões não existirem, a base usada para calibração ou
verificação deve ser retida como informação documentada”.

140
CONDUÇÃO DA AUDITORIA

REVISÃO DOS RESULTADOS

◼ Analisar informações e dados obtidos

◼ Reunião dos auditores:

▪ Analisar a Lista de Verificação;


▪ Listar as não conformidades

141
EXECUÇÃO DA AUDITORIA

NÃO
CONFORMIDADE

REQUISITO

142
CONDUÇÃO DA AUDITORIA

Reunião de Fechamento
Após a revisão dos resultados, os auditores devem
apresentar suas conclusões à área auditada e esclarecer
qualquer mal entendido/engano.
◼ Explicar todas as não conformidades e justificá-las
◼ Fornecer oportunidade para explicações
◼ Métodos de correção das não conformidades e tempo
necessário para implementação das ações (se possível)
◼ Prazo de entrega do relatório

143
ISO 19011:2018

MÓDULO 04 – FINALIZANDO
A AUDITORIA

144
RELATÓRIO E ACOMPANHAMENTO

Relatório

O que é? Para que serve?


É o relato formal do Evidenciar as constatações
resultado da auditoria. da auditoria.

145
RELATÓRIO E ACOMPANHAMENTO

❑ Registrar o nível de conformidade do sistema de


gestão frente aos critérios de auditoria;
O Relatório da
Auditoria tem ❑ Gerar conclusão sobre a pertinência e
como funções
suficiência do sistema de gestão;
básicas:
❑ Atestar a habilidade da análise crítica para
assegurar a eficácia do sistema de gestão.

146
RELATÓRIO E ACOMPANHAMENTO

Conteúdo mínimo para o relatório de auditoria

❑ Informações gerais da auditoria;

❑ Documentos de referência;

❑ Relação de processos auditados;

❑ Amostragem auditada em cada processo;

❑ Descrição de não conformidade(s);

❑ Descrição de observação(ões) e oportunidade(s) de melhoria.

147
RELATÓRIO E ACOMPANHAMENTO

O Relatório não deve incluir

❑ Opiniões pessoais;

❑ Informações confidenciais;

❑ Críticas a indivíduos;

❑ Detalhes triviais;

❑ Não conformidades, observações e/ou oportunidades de


melhoria não comunicadas na auditoria.

148
RELATÓRIO E ACOMPANHAMENTO

Acompanhamento

O que é? Para que serve?


É o andamento das Implementar correções e/ou
constatações da auditoria. melhorias no sistema de
gestão.

149
RELATÓRIO E ACOMPANHAMENTO

Acompanhamento
◼ Gerência do auditado responsável:
▪ Investigar causas;
▪ Determinar ações corretivas;
▪ Implementar ações corretivas.

◼ Ação corretiva deve:


▪ Estar direcionada para a causa;
▪ Determinar extensão do problema (abrangência);
▪ Prevenir a reincidência do problema.

150
RELATÓRIO E ACOMPANHAMENTO

Atividades de acompanhamento

◼ Obter resposta do auditado;


◼ Avaliar adequação da resposta;
◼ Confirmar a implementação da ação corretiva.

151
RELATÓRIO E ACOMPANHAMENTO

Registros de auditoria
◼ Plano da auditoria (Itinerário) / Relatório (incluindo as
observações) / Relatório de não-conformidades /
Respostas aos relatórios de não-conformidades /
Documentos associados com a condução da auditoria (Ex.
lista de verificação, etc.).
◼ Os registros dos auditores devem incluir evidências de
competência (educação, experiência, treinamento e
habilidades) dos auditores.

152
DÚVIDAS ?

153
WWW.SGS.COM

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