Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Programa da disciplina
OBJETIVO: possibilitar aos alunos conhecer e realizar programas de implantação da
qualidade em serviços e das normas ISO 9000, considerando os sistemas de medição,
calibração e gestão de processos.
OBJETIVO ESPECÍFICO: Apresentar aos estudantes a importância da estatística no controle
da qualidade e a norma ISO 9000, bem como o aprofundamento das normas relacionadas a
produto, serviços, processos, meio ambiente e equipamentos.
1
EMENTA: Normas NBR ISO 9000 nas empresas industriais e nas empresas de serviços.
Gestão Metrológica. Controle Estatístico da Qualidade. Gráfico de Controle. Inferência sobre a
Qualidade no Processo.
UNIDADE I: NORMAS NBR ISO 9000 NAS EMPRESAS INDUSTRIAIS E NAS EMPRESAS DE
SERVIÇOS. 02
INTRODUÇÃO
CONCEITOS E DEFINIÇÕES
SISTEMA DE QUALIDADE
AS NORMAS DA SÉRIE ISO 9000
REQUISIETOS BÁSICOS
CERTIFICAÇÃO DE SISTEMAS DE QUALIDADE
2
UNIDADE I: NORMAS NBR ISO 9000 NAS EMPRESAS INDUSTRIAIS E NAS
EMPRESAS DE SERVIÇOS.
Programa. Introdução. Conceitos e definições. Sistema de qualidade. As normas da
série ISO 9000: requisitos básicos, certificação de sistemas de qualidade
1. ISO 9000
A ISO 9000 é a série de normas mais famosas mundialmente. Com atualizações recentes,
esse grupo de regulamentos está voltado para a aplicabilidade do Sistema de Gestão da
Qualidade (SGQ) nas empresas.
Além de ressaltarem o objetivo e os termos do sistema que devem ser considerados para a
obtenção de melhorias na administração do negócio, as certificações de qualidade ISO 9000
oferecem meios para a implementação e o monitoramento contínuo de técnicas para a
otimização de processos.
Com foco na satisfação do cliente, a aplicação da ISO 9001 promove uma verdadeira
mudança na cultura de uma instituição. Isso acontece por conta da fundamentação da gestão
interna, que passa a ter um fluxo de trabalho mais claro, registrado e estratégico.
O conjunto ISO 9000 inclui as seguintes normas:
ISO 9001 — orienta a empresa quanto à qualidade em todos os processos internos. Sem
dúvidas, essa norma está entre as mais específicas e desejadas pelas empresas, englobando
também a 9002 e a 9003;
ISO 9004 — determina a conduta para o sucesso, sustentado por orientações
substanciais para a implantação do Sistema de Gestão da Qualidade;
ISO 19011 — detém as instruções para auditorias de sistemas de gestão.
Vantagens das certificações de qualidade ISO 9000
Dentre as principais vantagens da implementação da ISO 9000, podemos elencar:
aumento da produtividade;
redução de custos;
garantia da qualidade dos processos;
visão mais ampla do fluxo de trabalho;
a vantagem de se ter uma certificação de reconhecimento global;
credibilidade e diferencial competitivo nas relações comerciais;
segurança nos procedimentos e na tomada de decisões;
engajamento e integração entre os funcionários, entre muitos outros benefícios.
2. ISO 14000
Com base na série 9000, mas direcionada para propósitos diferentes, a ISO
14000 estabelece diretrizes para garantir a boa implementação do Sistema de Gestão Ambiental
(SGA) entre as empresas.
3
Ao convergir esforços para questões sustentáveis, as certificações dessa família asseguram o
equilíbrio e a proteção ambiental. Isso ocorre por meio da prevenção de problemas que podem
afetar a sociedade e a economia.
Se uma empresa obtém o certificado ISO 14000, ela precisa estar comprometida com toda a
legislação ambiental prevista em seu país. Uma vez que conquista a certificação, a organização
atesta sua preocupação com a natureza e demonstra suas responsabilidades ambientais em
padrões mundiais.
Não basta estar de acordo com as leis ambientais do país. Trata-se de uma reorganização da
corporação, levando-se em conta padrões que determinam a melhoria contínua de processos
pelo treinamento de seus funcionários.
Assim, a companhia estará pronta para encontrar soluções para todos os problemas que
pode vir a causar ao meio ambiente, reduzindo seu impacto ambiental. O conjunto ISO 14000
inclui as seguintes normas:
ISO 14001: se responsabiliza pelo Sistema de Gestão Ambiental (SGA);
ISO 14004: se responsabiliza pelo SGA, sendo voltada para o uso interno da instituição;
ISO 14010: se responsabiliza pelas Auditorias Ambientais.
ISO 14031: se responsabiliza pelo Desempenho Ambiental.
ISO 14020: se responsabiliza pela Rotulagem Ambiental.
ISO 14040: se responsabiliza pela Análise do Ciclo de Vida.
3. ISO 17025
A ISO 17025 trata da certificação de laboratórios de calibração e de ensaio. A acreditação é
dada para um escopo, conforme os serviços prestados e a capacidade de medição. Sendo assim,
esse certificado funciona como uma comprovação de que determinado laboratório realiza suas
tarefas com precisão, obtendo resultados de alta qualidade.
De maneira semelhante à obtenção das certificações de qualidade ISO 9000 ou ISO 14000,
para conquistar o selo final, a empresa é obrigada a passar por várias auditorias. No caso da ISO
17025, a análise é composta por critérios rigorosos, assegurando que o laboratório avaliado se
encaixe, de fato, em um padrão internacional.
Por outro lado, o cliente que contata uma organização acreditada por essa norma se sente
mais seguro e satisfeito. Isso porque a pessoa sabe que o laboratório é adequado para o controle
e a análise das amostras, segundo as padronizações ambientais e de segurança.
Todos os técnicos são preparados para realizar a coleta e a análise das amostras de resíduos
seguindo os parâmetros da norma. Eles recebem constantes qualificações.
4. ISO 22000
A ISO22000:2005 é mais uma das normas da família ISO (International Organization for
Standardization), porém esta norma tem como foco a segurança alimentar e a aplicação de
requisitos para um “Sistema de Gestão da Segurança de Alimentos” onde a organização deve
controlar os perigos e os chamados “pontos críticos de controle” com o intuito de evitar
qualquer tipo de contaminação do produto e garantir que ele esteja seguro no momento do
consumo.
A ISO22000 foi criada em 2005 em uma parceria da ISO, com a GFSI (Global Food Safety
Initiative) e a CIAA (Confederation of Food and Drink Industries of the European Union) e foi
baseada nos sete passos do APPCC (Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle, ou na
sigla em inglês, HACCP – Hazard Analysis of Critical Control Point), definidos no Codex
Alimentarius: um programa conjunto da FAO (Organização das Nações Unidas para a
Agricultura e a Alimentação) e da OMS (Organização Mundial de Saúde) onde foi criado um
fórum internacional, em 1962, para criar normas para a produção, manuseio e fornecimento de
alimentos de forma a proteger a saúde da população e remover barreiras tarifárias.
A ISO22000 dá grande ênfase, também, à comunicação em todo o sistema de gestão durante
toda a cadeia produtiva do alimento. Seguindo a diretriz das outras normas da família ISO, a
ISO22000 também possui requisitos como os de documentação, responsabilidade e autoridade e
4
outros, até mesmo para facilitar sua incorporação em empresas ou organizações que já possuam
outras certificações como a ISO9001 e a ISO14001 possibilitando até mesmo a adoção de um
sistema de gestão integrado, tendo como diferenciação apenas alguns requisitos como a
definição de uma política de segurança alimentar (que porém, pode ser incorporada à política já
existente na empresa), o planejamento do sistema de gestão da segurança de alimentos, o
planejamento e realização de produtos seguros e o estabelecimento de “programas de pré-
requisitos operacionais” ou requisitos de boas práticas, e do plano de APPCC.
O ponto de destaque da norma é o controle de perigos (físicos, químicos ou
microbiológicos) que devem ser controlados através da definição dos “pontos críticos de
controle” (chamados de PCC), de níveis aceitáveis de perigos e de um programa de
monitoramento e melhorias.
As outras normas relacionadas à ISO22000 são: a ISO/TS 22004:2005, um guia para
implementação da ISO22000; ISO/TS 22003, requisitos para organismos que oferecem
auditoria e certificação do sistema de segurança de alimentos; e ISO 22005, sobre a
rastreabilidade na cadeia de alimentos.
5. ISO 50001
Por fim, a última da lista de certificações de qualidade ISO trata da gestão e da conservação
de energia, uma área essencial para a indústria. Em um cenário econômico dificultado,
a escalada de preços da energia leva as pessoas a procurarem por novas maneiras de
diminuir custos e melhorar o desempenho ambiental.
Com essa realidade no mercado, a ISO 50001 surge como um auxílio para as
organizações que desejam aprimorar o desempenho em energia, aumentando a eficiência
energética e reduzindo as mudanças climáticas.
A implementação de um Sistema de Gestão de Energia dentro das diretrizes dessa ISO pode
trazer ganhos não só para plantas industriais, mas também para instalações comerciais e até
mesmo para empresas inteiras.
Vale lembrar que essa norma foi publicada em 2011 e baseia-se em elementos comuns à
ISO 9001 e à ISO 14001. Isso assegura uma ótima compatibilidade.
Ao definir um sistema reconhecido pelo mundo todo, integrando a eficiência energética às
práticas de gestão e produção das empresas, podemos listar os seguintes benefícios
consequentes:
melhor utilização dos ativos consumidores de energia;
claridade e comunicação da gestão da fonte de energia;
melhorias nas práticas na gestão de energia;
verificação e priorização de novas tecnologias de energia eficiente;
promoção da eficiência energética pela cadeia de fornecedores;
melhorias em projetos para diminuir emissões dos gases do efeito estufa.
A implementação de normas voltadas para aprimorar as práticas de gestão das empresas é
um investimento único na cultura organizacional com foco na redução de custos, na satisfação
dos clientes e no aumento da produtividade.
Não há dúvidas de que, ao optar pela obtenção de um certificado desenvolvido pelas normas
ISO, a empresa dará um passo importante diante da concorrência. Assim, será possível
aumentar sua relevância perante o mercado.
Se você gostou de saber mais sobre as principais certificações de qualidade ISO, assine
nossa newsletter e fique por dentro das novidades do mercado!
Hoje pequenas e micro empresas têm condições de implementar e obter a certificação ISO
9001. A realidade do consultor-oráculo, aquele senhor de meia idade, barba branca e pasta de
executivo que tudo sabe e cobra caríssimo para lhe dar informações acerca de sua própria
empresa ficou no passado. Atualmente existem plataformas e sistemáticas modernas e que
visam transmitir conhecimento.
Essas novas formas de trabalho permitem que qualquer empresa, por menor que seja, tenha
condições de conhecer e controlar melhor seu processo, otimizar ganhos e minimizar perdas, e
acima de tudo buscar um alto nível de qualidade em seus produtos e serviços, se tornando uma
empresa mais competitiva e mais lucrativa.
O que é preciso para certificar uma empresa?
Para conquistar o certificado ISO 9001 a empresa precisa:
possuir um CNPJ;
cumprir a legislação pertinente ao negócio;
implementar os requisitos abaixo;
Identificar o contexto da organização
Identificação das partes interessadas
Mapeamento de Processos
Definição da Liderança
Política da Qualidade
Planejamento do Sistema de Gestão
Definição dos Recursos para atendimento do planejamento
Processos de Operação
Verificação do cumprimento dos objetivos
Ações corretivas
Realizar a auditoria interna
Contratar um organismo de certificação
6
A Templum Consultoria não é um organismo certificador. Optamos por nos especializar na
consultoria para implementação de Sistemas de Gestão, deixando a validação dos Sistemas
implementados a cargo de certificadoras renomadas.
Como funciona a auditoria de certificação ISO 9001? Normalmente esta auditoria acontece
em duas etapas.
Na primeira etapa o auditor verifica:
se a empresa atende os requisitos da norma ISO 9001;
se não existe nenhum item não contemplado em seu Sistema de Gestão;
possíveis ajustes necessários.
Essa auditoria pode ser realizada em sua empresa ou não. Você pode enviar os documentos
que são analisados no escritório da certificadora, sem a visita presencial. Estando tudo ok a sua
empresa passa para a segunda etapa, também conhecida como auditoria de conformidade.
Na segunda etapa, o auditor verifica a execução de todos os processos da empresa e a
conformidade dos produtos e serviços ofertados por meio de entrevistas e observação com os
responsáveis pelos processos. Se os requisitos estiverem consistentes o auditor recomendará a
certificação da empresa. Essa auditoria é presencial e o resultado dela é a emissão ou não da
recomendação para certificação ou da manutenção do certificado. O certificado leva em média
40 dias para ser emitido e entregue à empresa.
Dica: aproveite a experiência do auditor nas duas etapas para melhorar seu sistema de
gestão da qualidade.
O que acontece se a auditoria de certificação não der certo?
Quando o resultado da segunda etapa não é satisfatório é agendada uma auditoria de follow-
up em até 03 meses para que o auditor possa verificar a implementação das ações corretivas e
então emitir o resultado oficial.
7
Atividades de aprendizagem
8
UNIDADE II: GESTÃO METROLÓGICA
Programa: Introdução. Conceitos. Plano de calibração. Medição e resultado de
calibração. Incerteza de medição
2.1 - INTRODUÇÃO
Na vida cotidiana fazemos medições de maneira muito habitual. Por exemplo, pesamos as
frutas quando vamos comprá-las, observamos a velocidade do nosso veículo e também medimos
a temperatura corporal quando sentimos algum mal-estar físico. Necessitamos fazer medições
de maneira precisa, pois do contrário não poderíamos avaliar objetivamente certas situações do
dia a dia.
Em outras palavras, nossas decisões cotidianas dependem em grande parte do resultado das
medidas que realizamos.
Compreende um ramo científico focado no estudo dos mais variados sistemas de medição.
Trata-se de uma ciência auxiliar, pois seus dados são aplicados em todas as disciplinas
científicas.
Princípios gerais
Esta ciência tem como principal objetivo a avaliação correta de qualquer medida. Para que
isso seja possível, deve-se levar em conta uma série de indicadores ou parâmetros. Em primeiro
lugar, uma medida repetida deve oferecer os resultados sempre iguais (na linguagem da
metrologia, esta característica é conhecida como repetibilidade).
Por outro lado, é necessário que haja uma estabilidade temporal nas medições (quando
meço algo muitas vezes com o mesmo instrumento, o resultado deve sempre ser o mesmo).
Obviamente, as referências ou padrões empregados tem que ser com valores conhecidos
(por exemplo, o quilograma é um padrão reconhecido mundialmente).
Um dos aspectos mais importantes na metrologia é a exatidão, ou seja, na medição não pode
haver qualquer tipo de erro (por exemplo, o quilograma padrão é um protótipo que se encontra
no Bureau Internacional de Pesos e Medidas, em Paris, sendo que qualquer objeto de um
quilograma pode ser comparado com o protótipo deste organismo).
Deve-se destacar que existem padrões em todo tipo de magnitude, sejam físicas ou
químicas.
Diversas abordagens e aspectos fundamentais
Como qualquer outra área do conhecimento científico, esta disciplina apresenta diversos
ramos. São três os principais: metrologia industrial, metrologia científica e metrologia legal.
Na terminologia específica da metrologia são utilizados conceitos especializados: a
magnitude de influência, o valor verdadeiro e o valor nominal, a calibração, a reprodutibilidade
de medição, o erro máximo permitido, a incerteza da medida, entre outros.
Por último, deve-se ressaltar que existem três sistemas de unidade de medida: o
sistema métrico, o sistema inglês e o Sistema Internacional ou SI
- O sistema métrico está baseado em duas unidades, o metro e o quilograma.
- O sistema inglês está baseado em polegadas e jardas.
- O SI é uma versão modernizada do sistema métrico e existe desde 1960 (este modelo de
medição utiliza o metro como unidade de comprimento, a quilograma para a massa, o segundo
para o tempo, o ampère para a corrente elétrica e o kelvin para a temperatura).
9
2.2 - CONCEITO DE METROLOGIA
A metrologia é uma palavra de origem grega: metron = medida; logos = ciência. E é a
ciência das medidas e das medições.
“Quando você pode medir aquilo de que fala e expressá-lo em números, você sabe alguma
coisa sobre isto. Mas quando você não pode medi-lo, quando você não pode expressá-lo
em números, o seu conhecimento é limitado e insatisfatório. Se você não pode medir algo,
não pode melhorá-lo.” (Lord Kelvin)
Ciência da medição que abrange todos os aspectos teóricos e práticos relativos às medições,
qualquer que seja a incerteza, em quaisquer campos da ciência ou tecnologia.
(INMETRO. VIM - 2. ed. Brasília, SENAI/DN, 2000 75p).
É um conjunto de conhecimentos científico e tecnológico abrangendo todos os
aspectos teóricos e práticos relativos às medições.
A Metrologia é a ciência das medições,
• Abrangendo todos os aspectos teóricos e práticos que asseguram a exatidão exigida
no processo produtivo,
• Procurando garantir a qualidade de produtos e serviços através da calibração de
instrumentos e da realização de ensaios,
• Sendo a base fundamental para a competitividade das empresas.
A metrologia é uma ferramenta imprescindível para:
• Avaliar a conformidade de produtos e processos;
• Garantia de justas relações de troca (relações comerciais);
• Promover a cidadania (saúde, segurança e meio ambiente);
• Qualidade, inovação e competividade;
• Assegurar reconhecimento nacional e internacional.
Como tudo na vida, um equipamento de medição tem um tempo de vida útil. Esse fato
muitas vezes é esquecido pelos usuários e gestores de equipamentos de medição. O
entendimento da necessidade de avaliar o desempenho de um equipamento de medição ao longo
do tempo é fundamental para a confiabilidade dos resultados de medição e na obtenção da
qualidade de produtos e processos.
Esse artigo tem como objetivo apresentar a importância da calibração de equipamentos de
medição, bem como auxiliar no entendimento do conceito de calibração e seu impacto na
qualidade e na busca pela melhoria contínua.
A motivação
Ao longo do seu uso um equipamento de medição tende a degradar seu desempenho. É
previsível que quanto mais o equipamento for utilizado, maior a chance que seu erro esteja
acima do aceitável ou acima das especificações do fabricante. Vale ressaltar que o erro de
medição não depende só do equipamento. Outros fatores como o método de medição, as
condições ambientais, o padrão utilizado, etc., também afetam o erro de medição.
Quando não avaliamos o comportamento do erro de medição ao longo do tempo estamos
aumentando o risco de problemas no controle de qualidade e o risco de tomar decisões erradas
na busca pela melhoria de processos e produtos. Se um equipamento de medição apresenta um
erro e ele não é conhecido, esse erro estará no processo e afetará decisões, produtos, set-ups,
análises de matéria prima ou qualquer etapa do processo que esse equipamento for utilizado.
A forma mais usual de caracterizar e avaliar o desempenho de um equipamento de medição
é a CALIBRAÇÃO. A calibração deve ser realizada periodicamente e é uma condição
necessária para que os resultados de medição sejam confiáveis. A figura 1 apresenta o conceito
do processo de medição e a motivação para realizar a calibração de um equipamento de
medição.
12
Existem razões para que as calibrações sejam realizadas por entidades especializadas e
independentes. Calibrações realizadas por entidades especialistas, independentes e neutras são
mais facilmente aceitas pelas partes envolvidas em uma transação comercial ou no caso de
alguma disputa. Também é importante avaliar o alto custo de laboratórios, padrões e pessoal
qualificado.
Para que um laboratório ou entidade independente seja oficialmente considerada apta a
realizar calibrações, é necessário que seja atendido diversos requisitos técnicos e
organizacionais. Como exemplo: padrões, pessoal qualificado, estrutura de laboratórios com
ambiente controlado, procedimentos técnicos de calibração e avaliação de incerteza de medição,
etc. Também é necessário passar por severas auditorias e avaliações técnicas para obter a
acreditação e o reconhecimento da competência técnica.
5. Conclusão
Em plena era de globalização não existe mais espaço para produtos de baixa qualidade. Para
as empresas é crucial a manutenção e melhoria da qualidade de seus produtos e processos. A
qualidade deve ser obtida a qualquer custo, o que só acontece quando utilizamos equipamentos
de medição confiáveis e devidamente calibrados.
As normas da série ISO9000 estabelece requisitos auxiliara a gestão das empresas na busca
pela manutenção e melhoria da qualidade de seus produtos e processos. A calibração tem um
papel fundamental nesse processo, sendo um dos requisitos técnicos necessários para a obtenção
da certificação das normas da série ISO9000.
http://www.accpr.com.br/o-que-e-calibracao-e-sua-importancia-no-processo-e-na-
qualidade/
Escrever sobre o tema calibração é algo prazeroso para mim, pois gostaria de quebrar alguns
paradigmas como: “Eu faço a calibração para atender à Norma”, ou “É muito caro calibrar os
equipamentos, para que fazer este controle todo?”.
Conceitos – o que é calibração?
Qualidade e confiabilidade
Calibração – normas de gestão
Na prática
O que calibrar?
Como gerenciar?
Conceitos – O que é calibração?
Antigamente, era usual citar a Verificação e a Calibração como “Aferição”, porém, vale
ressaltar que o termo Aferição não faz mais parte do vocabulário mencionado no VIM –
Vocabulário Internacional de Metrologia (2012).
Conforme estabelece o VIM, temos os seguintes conceitos:
Verificação – Fornecimento de evidência objetiva de que um dado item satisfaz requisitos
especificados.
Calibração – Operação que estabelece, sob condições especificadas, numa primeira etapa,
uma relação entre os valores e as incertezas de medição fornecidos por padrões e as indicações
correspondentes com as incertezas associadas; numa segunda etapa, utiliza esta informação para
estabelecer uma relação visando a obtenção dum resultado de medição a partir duma indicação.
13
Ajuste – Conjunto de operações efetuadas num sistema de medição, de modo que ele
forneça indicações prescritas correspondentes a determinados valores duma grandeza a ser
medida.
Portanto, a calibração compreende uma operação mais detalhada, onde os valores são
verificados, e também são identificados erros e incertezas, registrados em um Certificado.
Quando constatado um erro durante a Calibração, faz-se necessário identificar as causas,
fazer a manutenção do Sistema de Medição e o Ajuste, para que o equipamento mostre o valor
exato que está sendo medido.
| APROFUNDE SEUS CONCEITOS ACESSANDO: VIM – Vocabulário Internacional de
Metrologia
Qualidade e confiabilidade – A Calibração vai te ajudar
A estrutura das Normas de Gestão agora passaram a seguir o Anexo SL, cujo fundamento é
a ciclo de melhoria do PDCA (Plan, Do, Check, Act – Planejar, Executar, Verificar, Agir);
seguindo esta lógica, a realização das verificações, calibrações e ajustes possuem um objetivo
grandioso, garantir a confiabilidade das medições realizadas dentro dos processos.
PROCESSO DE MEDIÇÃO
18
Avaliar a qualidade do processo de medição Participação em programas de
comparação inter laboratoriais, calibrações replicadas, etc.
19
A incerteza de medição geralmente engloba muitos componentes. Algumas delas podem
ser estimadas por uma avaliação do Tipo A da incerteza de medição, a partir da distribuição
estatística dos valores provenientes de séries de medições e podem ser caracterizadas por
desvios-padrão. As outras componentes, as quais podem ser estimadas por uma avaliação do
Tipo B da incerteza de medição, podem também ser caracterizadas por desvios-padrão
estimados a partir de funções de densidade de probabilidade baseadas na experiência ou em
outras informações.
Geralmente para um dado conjunto de informações, subentende-se que a incerteza de
medição está associada a um determinado valor atribuído ao mensurando. Uma modificação
deste valor resulta numa modificação da incerteza associada.
O conceito de incerteza como um atributo quantificável é relativamente novo na história
da medição, embora erro e análise de erro tenham sido, há muito, uma parte da prática da
ciência da medição ou metrologia. É agora amplamente reconhecido que, quando todos os
componentes de erro conhecidos ou presumidos tenham sido avaliados e as correções
adequadas tenham sido aplicadas, ainda permanece uma incerteza sobre quão correto é o
resultado declarado, isto é, uma dúvida acerca de quão corretamente o resultado da medição
representa o valor da grandeza que está sendo medida.
Da mesma forma como o uso quase universal do Sistema Internacional de Unidades (SI)
trouxe coerência a todas as medições científicas e tecnológicas, um consenso mundial sobre a
avaliação e expressão de incerteza de medição permitiria que o significado de um vasto
espectro de resultados de medições na ciência, engenharia, comércio, indústria e
regulamentação fosse prontamente compreendido e apropriadamente interpretado. Nesta era
de mercado global, é imperativo que o método para avaliar e expressar incerteza seja
uniforme em todo o mundo, de forma tal que as medições realizadas em diferentes países
possam ser facilmente comparadas.
A incerteza é fundamental em diversas situações, tais como:
a) na calibração de equipamentos, instrumentos e padrões, para verificar se os mesmos
encontram-se dentro das tolerâncias definidas;
b) na área de ensaios, para verificar se o resultado do ensaio pode ser aprovado ou não;
c) na área legal, para verificar conformidade de resultados de medições com limites de
tolerâncias legais;
d) no controle de riscos associados à tomada de decisão de aprovar ou rejeitar uma
amostra.
A incerteza do resultado de uma medição reflete a falta de conhecimento exato do valor
do mensurando.
O resultado de uma medição, após correção dos efeitos sistemáticos reconhecidos, é ainda
e tão somente uma estimativa do valor do mensurando oriunda da incerteza proveniente dos
efeitos aleatórios e da correção imperfeita do resultado para efeitos sistemáticos.
Conforme visto anteriormente, o erro é um conceito idealizado e os erros não podem ser
conhecidos exatamente. Na prática, associa-se uma variável aleatória (por exemplo, a
distribuição normal) para representar o erro de medição. Outras distribuições de
probabilidade também podem ser utilizadas, por exemplo, associamos o erro devido a
resolução do instrumento de medição com a distribuição retangular (ou, uniforme).
20
Representação do erro de medição para uma distribuição normal.
Na prática, existem muitas fontes possíveis de incerteza em uma medição, incluindo:
a) definição incompleta do mensurando;
b) realização imperfeita da definição do mensurando;
c) amostragem não representativa – a amostra medida pode não representar o mensurando
definido;
d) conhecimento inadequado dos efeitos das condições ambientais sobre a medição ou
medição imperfeita das condições ambientais;
e) erro de tendência pessoal na leitura de instrumentos analógicos;
f) resolução finita do instrumento ou limiar de mobilidade;
g) valores inexatos dos padrões de medição e materiais de referência;
h) valores inexatos de constantes e de outros parâmetros obtidos de fontes externas e usados
no algoritmo de redução de dados;
i) aproximações e suposições incorporadas ao método e procedimento de medição;
j) variações nas observações repetidas do mensurando sob condições aparentemente
idênticas.
Essas fontes não são necessariamente independentes e algumas das fontes de a) até i) podem
contribuir para a fonte j). Naturalmente, um efeito sistemático não identificado não pode ser
levado em consideração na avaliação da incerteza do resultado de uma medição, porém
contribui para seu erro. (https://metrologiaemedicoes.wordpress.com/incerteza-de-medicao/)
Ensaios: O ensaio é uma operação técnica que consiste na determinação de uma ou mais
características de um dado produto, processo ou serviço, de acordo com um procedimento
especificado, compondo um mecanismo de Avaliação da Conformidade mais utilizado, podendo
ser utilizado em conjunto com a inspeção. Os laboratórios de ensaios podem ser operados por
21
uma variedade de organizações, incluindo agências governamentais, instituições de pesquisa e
acadêmicas, organizações comerciais / industriais e institutos de normalização. Podem ser
divididos em duas principais categorias:
–Laboratórios que produzem dados que serão utilizados por terceiros
–Laboratórios que produzem dados para uso interno das organizações
Calibração: operação que estabelece, sob condições especificadas, numa primeira etapa,
uma relação entre os valores e as incertezas de medição fornecidos por padrões e as indicações
correspondentes com as incertezas associadas; numa segunda etapa, utiliza esta informação para
estabelecer uma relação visando obtenção dum resultado de medição a partir duma indicação.
22
UNIDADE III - CONTROLE ESTATÍSTICO DA QUALIDADE
CONCEITOS
CONHECENDO E IMPLANTANDO O CEP
APLICAÇÃO DO CEP
AS SETE FERRAMENTAS E SUAS APLICAÇÕES
OUTRAS FERRAMENTAS DA QUALIDADE
Introdução
Segundo Montgomery (1985), a qualidade pode ser definida como o conjunto de atributos
que tornam um bem ou serviço plenamente adequado ao uso para o qual foi concebido.
Complementarmente, para Betersfield (1986), a qualidade é o conjunto de características de um
produto ou serviço que contribui para a satisfação dos clientes. Essa satisfação envolve preço,
segurança, disponibilidade, durabilidade e usabilidade.
De acordo com Irwin (1965), a engenharia da qualidade é o conjunto das técnicas e
procedimentos para estabelecer critérios e medidas da qualidade de um produto, identificar
produtos que não estejam conformes a tais critérios, evitando que cheguem ao mercado, e
acompanhar o processo de produção, identificando e eliminando as causas que levaram a não-
conformidades. O enfoque tradicional da engenharia da qualidade enfatiza a identificação das
causas dos problemas e a eliminação dessas causas, conduzindo a melhoria continua dos
processos.
O controle do processo é usualmente o método preferido para controlar qualidade, porque a
qualidade está sendo “construída” no processo em vez de ser inspecionada no final. (SLACK et
al., 1997). Resumidamente, o Controle Estatístico do Processo (CEP) é uma metodologia que
potencialmente permite conhecer o processo, manter o mesmo em estado de controle estatístico
e melhorar a capacidade do mesmo. Tudo isto se resume à redução de variabilidade do processo
(SCHISSATTI, 1998).
Inicialmente defendemos que o CEP somente tem chances de ser implantado
adequadamente em um ambiente onde as barreiras e os paradigmas sejam facilmente quebrados,
onde haja compromisso gerencial efetivo, a importância dos clientes reconhecida e outros
aspectos fundamentais a implantação de uma metodologia de trabalho sejam também relevados.
De forma geral, as etapas propostas são:
23
Dependendo do tamanho da organização talvez seja necessário indicar mais do que um
facilitador.
Uma das principais responsabilidades do facilitador é de ser o treinador, de fornecer
suporte às áreas que se propõem a implantar o CEP.
Principais características ou habilidades que o facilitador deve ter: boa comunicação,
habilidades em análises estatísticas práticas, adequado relacionamento com o chão-de-fábrica,
ter a confiança de todos os níveis da organização e ser um entusiasta do CEP.
A Equipe de Melhoria deve ser composta por representantes de 5 áreas: engenharia,
gerência, produção, manufatura, e controle da qualidade.
A principal responsabilidade da Equipe de Melhoria é a de participar das reuniões e
sessões de brainstorming na busca e eliminação de causas especiais de variação.
Responsável: Comitê
Ferramentas: Reuniões de trabalho.
24
5. Resultados de testes
6. Lições aprendidas do passado
Na utilização de FMEA’s sugerimos o seguinte critério:
D-FMEA detecta características de qualidade “potenciais” a serem avaliadas quando:
1. S = 10 ou 9 (S = Severidade)
2. S = 8 e se Ocorrência é estritamente maior do que 1
P-FMEA transforma características de qualidade “potenciais” em características
“confirmadas” quando:
1. S = 10 ou 9
2. S = 8 e se Ocorrência é estritamente maior do que 4
Aplicar MSA às características escolhidas.
Responsável: Gerentes, técnicos e facilitador.
Ferramentas: FMEA, MSA, Gráfico de Pareto.
sim sim 12
sim não 11
não sim 12
não não 10
Verificar as combinações e seguir a etapa (tomar um caminho).
Responsável: Facilitador, Técnicos e Equipe de Melhoria.
Ferramentas: Gráficos de controle, Cp, Cpk, Pp, Ppk.
26
Rotina
Coleta de dados
1 – Gráfico de Histogramas
Elementos de um histograma
55 56 55 56 54
56 59 56 50 53
55 55 55 53 53
55 56 58 60 52
55 55 50 56 55
56 54 55 56 55
52 53 56 59 56
53 54 57 55 57
60 52 58 56 58
55 55 55 55 50
28
Número de dados (n) = 100
Classe (k) = = 10 , quando o número de dados for maior que 50,
podemos considerar como 7 a 8 classes. Neste caso k = 8
Exercício de aplicação.
Os resultados de um programa interlaboratorial para determinação de ferro
em minério de ferro apresentaram os seguintes resultados:
55 56 55 56 54
56 59 56 50 53
55 55 55 53 53
55 56 58 60 52
55 55 50 56 55
56 54 55 56 55
52 53 56 59 56
53 54 57 55 57
29
60 52 58 56 58
55 55 55 55 50
Solução.
2 - Gráficos de Controle
O gráfico de controle é um tipo de gráfico em linha utilizado para avaliar e manter a
estabilidade do processo. Uma linha central e limites de controle superior e inferior são
desenhados no gráfico. Os dados são coletados no decorrer do tempo e os valores são plotados
no gráfico.
Os limites de controle servem como guias para controlar o estado do processo, distinguindo
causas aleatórias de variação de causas específicas, que deveriam ser investigadas e eliminadas.
Se os pontos plotados para exprimir a condição do processo correm dentro de limites de
controle e a distribuição dos pontos não é anormal, então a variação é considerada como
decorrente de causas aleatórias e o processo é considerado estável.
Pontos plotados que caiam fora dos limites de controle ou que sejam um modelo anormal de
distribuição significam instabilidade, ou seja, processo fora de controle. Pode-se tornar um
processo mais estável através da identificação e eliminação das causas de anormalidade e
adoção de ações para prevenir a recorrência.
Assim o gráfico de controle funciona como um sensor, permitindo que se acompanhe o
andamento de um processo no decorrer do tempo e identificações de variações críticas.
x→.
R→R=
30
Na tabela a seguir temos os valores para A 2, D2 e D3 utilizados para a construção de gráficos
de controle.
Exercício de aplicação.
Construa o gráfico de controle para o resultado do pH de entrada em uma estação de
tratamento, conforme dados existentes na tabela a seguir e avalie se existe algum ponto fora do
controle estatístico do processo.
Solução.
3 - Folha de verificação
31
Com a folha de verificação é possível avaliar os itens de controle do processo, os itens de
verificação, classificar os dados, localizar defeitos e identificar uma possível relação causa-
efeito (desde que o documento seja devidamente construído).
O livro de Hitoshi Kume Statistical Methods for Quality Improvement define os principais
tipos de folha de verificação:
Folha de verificação para a análise da distribuição de parâmetros de controle num processo
produtivo
Este tipo de folha de verificação é aplicado quando queremos conhecer a distribuição dos
valores de uma determinada característica de qualidade.
Para construí-lo dividimos a amplitude, com máximo valor, e mínimo valor, em intervalos,
como podemos observar na Figura 16(abaixo) e apontamos com um x no respectivo intervalo
cada peça retirada da produção, que você poderá conferir na Figura 17 (também abaixo).
32
3.1 - Folha de verificação de defeitos
33
Folha de verificação para localização de defeitos
É usada para localizar defeitos externos, tais como: mancha, sujeira, riscos, pintas e outros.
Geralmente esse tipo de lista de verificação tem um desenho do item a ser verificado, na qual é
assinalado o local e a forma de ocorrência dos defeitos.
Exemplo: Bolha estourada na superfície do vidrado, nas peças de cerâmica.
Esta folha nos mostrará o local onde mais aparece o tipo da bolha. Esse tipo de folha de
verificação é uma importante ferramenta para a análise do processo, pois nos conduz para onde
e como ocorre o defeito.
tabela 5
Construção de uma folha de verificação
Apesar de não existir uma regra para criá-la, já que cada caso merece um estudo diferente,
pode-se elencar as principais etapas para elaboração de uma folha de verificação:
1. Definir o objetivo da coleta de dados e o tipo da folha de verificação.
2. Incluir campo para o registro de:
34
a. Nomes e códigos das áreas.
b. Produtos e pessoas responsáveis.
c. Folha autoexplicativa para o preenchimento.
3. Conscientização para a coleta.
4. Executar um pré-teste.
Para todas as etapas, é importante atribuir responsável e treiná-lo.
4 - Diagrama de Pareto
Os diagramas de Pareto são gráficos de barra específicos que podem ser usados para
mostrar a frequência relativa dos eventos, tais como: produtos ruins, reparos, defeitos,
reclamações, falhas ou acidentes. O diagrama de Pareto apresenta a informação em ordem
decrescente, da maior categoria para a menor.
35
Apoia no princípio de Pareto: “A maior parcela de um problema em estudo é
responsabilidade de poucos fatores relacionados ao problema.”
36
Exercício de aplicação.
Uma empresa de serviços pesquisou os motivos pelos quais clientes rescindiam seus
contratos; foram encontrados os seguintes resultados.
Solução.
37
É uma técnica largamente utilizada, que mostra a relação entre um efeito e as possíveis
causas que podem estar contribuindo para que ele ocorra.
Objetivo
Visualizar, em conjunto, as causas principais e secundárias de um problema. Ampliar a
visão das possíveis causas de um problema, enriquecendo a sua análise e a identificação de
soluções. Analisar processos em busca de melhorias.
d) Faça um brainstorming para identificar o maior número possível de causas que possam
estar contribuindo para gerar o problema, perguntando “Por que isto está
acontecendo?”.
e) Agrupe as causas em categorias. Uma forma muita utilizada de agrupamento é o 6M:
Máquina, Mão-de-obra, Método, Medida, Meio Ambiente e Materiais
f) Para melhor compreensão do problema, busque as sub-causas das causas já
identificadas ou faça outros diagramas de causa e efeito para cada uma das causas
encontradas. Neste caso, seriam encontradas as causas das causas.
Exemplo: Faça o diagrama de causa e efeito para seguinte problema: camisas com defeito.
6 - Diagrama de Dispersão
O diagrama de dispersão é um método gráfico de análise que permite verificar se existe ou
não existe relação entre duas variáveis. A determinação da correlação pode ser útil para:
38
escolher fatores altamente correlacionados com as características de qualidade entre
vários fatores de x e y;
determinar o intervalo ótimo das variáveis que afetam as características de qualidade;
comparar resultados de medições precisas e simples, testes destrutivos e não destrutivos
e assim escolher características e métodos substitutos para condução de medições e
experimentos
É importante observar que apesar dos gráficos indicarem existência de correlação entre duas
variáveis, não significa que elas são correlacionadas. Podem existir razões pelas quais as duas
variáveis parecem relacionadas. Isto porque as duas variáveis podem estar relacionadas a uma
terceira variável que justifica o comportamento das duas variáveis supostas correlacionadas.
Outra observação é que é que apesar de duas variáveis aparentemente não ter relação, isso não
significa que elas não são correlacionadas. Pode haver diversas razões para isto:
39
A amostra de pares de dados pode ter sido pequena (não tendo abrangido todas as
classes).
Pode existir mais de uma categoria de dados coletados sem separação. (neste caso, seria
necessário fazer vários diagramas, um para cada categoria de dados utilizados no
estudo.
Exercício de aplicação.
É esperado que a massa muscular de uma pessoa diminua com a idade. Para estudar essa
relação, uma nutricionista selecionou 18 mulheres, com idade entre 40 e 79 anos, e observou em
cada uma delas a idade (X) e a massa muscular (Y).
Massa XY X2 Y2
Idade (X)
muscular (Y)
82.0 71.0
91.0 64.0
100.0 43.0
68.0 67.0
87.0 56.0
73.0 73.0
78.0 68.0
80.0 56.0
65.0 76.0
84.0 65.0
116.0 45.0
76.0 58.0
97.0 45.0
100.0 53.0
105.0 49.0
77.0 78.0
73.0 73.0
78.0 68.0
40
120
110
100
M.muscular
90
80
70
60
40 50 60 70 80
Idade
No gráfico de dispersão entre a variável massa muscular e idade, pode-se observar que há
um forte indício de relação linear decrescente entre as variáveis em estudo. Nota-se que a massa
muscular das pessoas diminui à medida que a idade aumenta.
18
2
S XX X i2 18 X 70362 18(61,556) 2 2157,460
i 1
18
2
S YY Yi 2 18 Y 133300 18(85) 2 3250
i 1
18 18
( X i X )(Yi Y )
i 1
X Y
i 1
i i 18 XY
91964 18(85)(61,556)
r -0,837
S XX S YY S XX S YY (2157,460)(3250)
Segundo o resultado da correlação obtida, pode-se notar que há uma forte correlação linear
entre a variável massa muscular e idade. Nota-se que à medida que a idade da pessoa aumenta a
massa muscular diminui, o que é coerente com o gráfico de dispersão apresentada
anteriormente.
(c) Ajuste uma reta de regressão para a relação entre as variáveis Y: massa muscular
(dependente) e X: idade (independente).
S 91964 18(85)(61,556)
ˆ1 XY -1,027
S XX 2157,460
41
e
ˆ 0 Y ˆ1 X 85 1,027(61,556) 148,218
A reta de regressão estimada da variável Massa muscular (Y) em função da Idade (X) é
Y 148,218 1,027 X
(d) Considerando a reta estimada dada no item (c), estime a massa muscular média de
mulheres com 50 anos.
Y 50 ˆ0 ˆ1 X 148,218 - 1,027(50) 96,868
Exercício. Construir um diagrama de dispersão para os valores abaixo (temperatura e
rendimento):
TEMPERATURA RENDIMENTO
__________________________________________
17 0,20
19 0,25
19 0,30
20 0,35
22 0,40
22 0,60
23 0,50
23 0,60
25 0,55
25 0,65
____________________________________________
Existe correlação entre temperatura e rendimento?
Solução.
7 – Os 6 Sigmas e o DMAIC
Introdução
O Seis Sigma ou Six Sigma (em inglês) pode ser definido como um conjunto de práticas
desenvolvidas para maximizar o desempenho dos processos dentro da empresa, eliminando os
seus defeitos e as não conformidades de acordo com as especificações de fábrica.
Esta ferramenta foi desenvolvida em meados de 1987, por Bill Smith na Motorola.
Posteriormente, em 1995, ganhou força com a utilização de seus métodos por Jack Welch, na
GE. Tornando-se popular entre empresas de todo mundo devido à sua eficiência e eficácia. É
considerado um dos principais temas da Qualidade Total.
O Seis Sigma pode ser definido, também, como uma estratégia gerencial planejada, com
foco nos resultados de qualidade e financeiros, com o objetivo de promover mudanças
significativas nas organizações, buscando sempre melhorias nos processos, produtos e serviços
oferecidos aos clientes. Podemos dizer que o foco principal do Seis Sigma é a satisfação dos
clientes, através da redução de defeitos nos processos e o ótimo desempenho da empresa.
42
Muitas pessoas acham que o Seis Sigma é apenas uma ferramenta para a empresa estar em
dia com as normas e requisitos de qualidade. Porém, ele vai muito além disso. Segundo Jack
Welch,
“o grande engano é supor que o Seis Sigma trate de controle de qualidade e de
fórmulas estatísticas. Em parte é isso, mas não fica só nisso. Vai muitíssimo além.
Em última instância, impulsiona a melhoria da liderança, ao fornecer
instrumentos para que se raciocine sobre assuntos difíceis. No âmago do Seis
Sigma, agita-se uma ideia capaz de virar uma empresa pelo avesso, deslocando o
foco da organização para fora de si própria e convergindo-o no cliente.”
Como funciona o Seis Sigma?
O termo Seis Sigma se origina do “Sigma”, símbolo que em qualidade significa uma medida
de variabilidade utilizada para indicar quanto dos dados apresentados se inserem nos requisitos
dos clientes. Quanto maior for este sigma, melhores serão os produtos ou serviços produzidos.
Ou sob outra ótica, menores serão os defeitos apresentados por estes produtos e serviços.
análise de padrões estatísticos a respeito de dois ou mais eventos, aos quais pretende-se definir
uma relação de ocorrência e distribuição de características numa determinada amostra.
Tendo adaptado os conceitos da curva de distribuição normal, desenvolvidos por Carl F.
Gauss (século XIX), o engenheiro Bill Smith, da empresa Motorola, estudou a correlação entre
falhas dos produtos ainda na produção, comparados com as falhas identificadas pelos clientes.
Dessa forma, ao invés de considerar um limite de até três desvios padrões para amostra, ou 3
sigma, levou em consideração a premissa de que as distribuições de frequência estariam dentro
de variações correspondentes a um valor de até seis vezes o desvio identificado na amostra,
caracterizando assim, a metodologia 6 sigma.
Sua atuação se estende desde a área de manufatura, quando ocorre a concepção dos
produtos, atuando em cada um dos processos componentes da sua cadeia de criação; até a área
comercial (marketing, finanças, jurídico, etc.) buscando assim, atingir níveis de excelência na
qualidade dos produtos e serviços e ganhos de produtividade nos processos.
44
Dessa forma, os processos que atendem aos padrões Six Sigma apresentam uma
probabilidade de 99,99966% de perfeição, de acordo com as distribuições normais apresentadas
estatisticamente. Por conta disso, os projetos Six Sigma estão voltados para a criação ou
modificação de processos, diferentemente da abordagem tradicional de projetos, quando a
ênfase é dada sob o aspecto de produtos. Normalmente, o desenvolvimento desse tipo de projeto
pode ser dividido em cinco fases, de acordo com o ciclo DMAIC:
Benefícios do Six Sigma. Existem diversos benefícios para as empresas que adotam o Six
Sigma, sejam eles na produção ou nas equipes de trabalho com um todo. São eles:
Redução dos custos organizacionais;
Aumento significativo da qualidade e produtividade de produtos e serviços;
Acréscimo e retenção de clientes;
Eliminação de atividades que não agregam valor;
Maior envolvimento das equipes de trabalho;
Mudança cultural benéfica;
Diminuição da variação dos processos.
Porém, para atingir os objetivos do programa e colher os benefícios da implementação, é
preciso que a empresa saiba exatamente como planejar e implementar o Six Sigma. É
importante, também, que os funcionários sejam devidamente treinados para receber o Seis
Sigma na empresa.
7.3 - Como a metodologia Seis Sigma pode ser aplicada em diferentes áreas
Você é o tipo de pessoa que não mede esforços na hora de complementar sua formação e
adquirir novos conhecimentos para ter sucesso profissional? Então, muito provavelmente, a
metodologia Seis Sigma pode fazer uma grande diferença na sua carreira.
46
A metodologia Seis Sigma contribui para que os profissionais e as empresas utilizem a
análise de dados para tomar decisões. Na prática, o principal resultado é a redução de custos.
Afinal, um projeto Seis Sigma só é aprovado com a comprovação dos resultados financeiros.
Sendo assim, ao adquirir esse tipo de conhecimento, você se torna um profissional
extremamente valioso, já que torna-se capaz de tomar decisões estratégicas que geram economia
para a organização, além de maior eficiência e qualidade nos processos.
Quer entender como aproveitar essa vantagem competitiva na sua área profissional? Veja
agora como a metodologia Seis Sigma pode ser aplicada em diferentes segmentos!
Como a metodologia Seis Sigma funciona?
A metodologia Six Sigma (em inglês) ou Seis Sigma (em português) utiliza a análise de
dados e a estatística para aprimorar os processos, ampliar a qualidade, reduzir os gastos e ajudar
nas tomadas de decisões importantes dentro das empresas.
O uso da análise de dados e da estatística é justificado pelo seguinte fato: para promover
uma melhoria empresarial, a organização precisa conhecer as variáveis que afetam determinada
situação. É somente a partir daí que torna-se possível encontrar respostas e soluções partindo de
dados concretos.
Com os dados em mãos, o Seis Sigma se encarrega de gerar um ciclo virtuoso, no qual os
aprimoramentos são cíclicos e constantes. A consequência é a gradual redução dos desperdícios,
dos erros e dos custos, bem como o frequente aumento da qualidade, dos lucros e da satisfação
do consumidor.
A seguir, vamos compreender por que essa metodologia é tão versátil e quais são os cinco
passos necessários para aplicar esse ciclo virtuoso do sucesso.
Como a metodologia Seis Sigma pode ser aplicada para trazer melhorias em diversas áreas?
Seis Sigma é uma metodologia focada nas melhorias dos processos. Sendo assim, pode ser
aplicada em toda e qualquer empresa que possua processos. Ou seja, praticamente em qualquer
organização! Veja alguns exemplos a seguir.
Exemplos de aplicação da metodologia Seis Sigma em diferentes áreas
Para você ter uma ideia, a metodologia Six Sigma surgiu na gigante Motorola, no ramo
de telecomunicações, nos anos 80. Mais tarde, passou a ser utilizada por outras gigantes, como a
General Eletric, na área de energia e combustíveis, e a IBM, no setor de computação.
No Brasil, algumas das grandes empresas adeptas do Seis Sigma são:
Consul (eletrodomésticos); Braskem (química e petroquímica); Brahma (bebidas);
Gerdau (siderúrgica); Fiat (automóveis); entre diversas outras.
Em resumo, a metodologia Seis Sigma pode ser usada em qualquer área, desde que a
empresa deseje melhorar seus processos, aumentar a qualidade dos produtos e serviços e/ou
buscar crescimento.
O Seis Sigma não precisa ser utilizado apenas em indústrias; pode ser usado no dia a dia
empresarial em qualquer tipo de processo. Por exemplo: processos de recrutamento, gestão de
estoque, processos de vendas, fechamentos de contratos, redução de desperdícios de materiais,
gestão financeira, entre tantos outros.
Independentemente do setor de atuação — marketing, saúde, indústria, comércio, varejo,
logística, finanças, etc. —, a metodologia Seis Sigma costuma ser uma excelente alternativa
para aumentar o desempenho dos processos, reduzir os custos, melhorar a qualidade e, ao final,
ter clientes ainda mais satisfeitos.
Tipos de FMEA
Existem vários tipos de fmeas utilizados no mundo todo. Dentre eles, alguns podem ser
mais utilizados do que outros diferindo em alguns aspectos como forma de classificar os riscos e
nomes dados aos elementos. Entretanto, todos possuem o mesmo objetivo: identificar falhas que
podem causar danos em potencial ou prejuízo para o usuário do produto ou serviço oferecido.
Os tipos mais comuns de fmea são os de produto e o de processo, mas existem outros a
citar:
fmea de Produto: Nele são analisadas falhas que poderão acontecer nas especificações do
produto focando em componentes e subsistemas. Este tipo também pode ser chamada fmea de
projeto.
fmea de Processos:Tem como objetivo analisar a falhas no planejamento e execução do
processo e consequentemente melhorá-lo.
fmea de Sistema: Foca nas funções globais de sistemas
fmea de Serviço: Foca em processos de manufatura e montagem
FMEA de Software: Foca em funções de software
É comum algumas empresas exigirem documentação FMEA para os fornecedores
submeterem seus produtos à compra. Por isso a documentação da análise FMEA deve ser o
mais detalhada possível. Este detalhamento também contribui para que futuras revisões sejam
efetuadas com qualidade. As análises FMEAs podem precisar de dados históricos e informações
importantes como: de que forma ocorreram as falhas? Como outros elementos similares
falharam? E se ocorreu mudanças nas falhas após melhorias nos processos. Isto é fundamental
para garantir a qualidade das análises em um processo de melhoria contínua.
50
Como elaborar uma análise FMEA
Primeiramente, vamos definir alguns termos que são utilizados em um documento FMEA.
São eles:
Falha: Perda de função quando ela é necessária.
51
Modo de Falha: Como você observa o dano causado.
Efeito da falha: Resultado ou consequência da falha.
Ocorrência de falha: Quantas vezes isto acontece.
Severidade de falha: O quão grave é a falha quando ela ocorre?
Detecção de falha: Posso encontrar a falha antes dela ocorrer?
RPN: Risk priority number – É o risco calculado que fica associado ao modo de falha.
O documento FMEA consiste de uma lista de componentes, funções ou serviços que podem
falhar. Para cada um destes itens, são determinadas a ocorrência, os efeitos e os modos de falha
para que então o risco inerente a falha possa ser calculado. O valor do risco (RPN) é um
múltiplo de 3 variáveis (Ocorrência, Severidade e Detecção), sendo estas três variáveis
tabeladas conforme o tipo de FMEA que está sendo utilizado. (ver tabela1, tabela2 e tabela3).
O FMEA funciona da seguinte forma: um grupo identifica as funções do produto e
processo, as possíveis falhas, as causas e os efeitos derivados desta. Em seguida, é analisado o
risco (RPN) que cada falha pode fornecer e então são avaliadas quais medidas de melhoria e
ações corretivas podem ser aplicadas de forma a diminuir os riscos analisados. Uma planilha ou
documento para a análise FMEA de processo inclui os seguintes campos.
Nome: Nome do componente, subcomponente ou sistema que está sendo analisado;
Função: é a função que o componente ou sistema desempenha;
Falha: é o evento que faz com o que o componente ou sistema perca sua função;
Efeitos: Aspecto aparente que o cliente irá notar. É o que a falha provoca;
Classificação da Severidade: Pode variar de Zero a Dez, sendo Zero igual a uma
gravidade mínima e Dez uma gravidade máxima;
Causa: Apresentação das possíveis causas para a falha ocorrer;
Classificação e Frequência da Ocorrência: Pode variar de Zero a Dez, sendo Zero igual
a uma frequência mínima e Dez uma frequência constante;
Classificação da detecção: Pode variar de Zero a Dez, sendo Zero igual a uma detecção
máxima e Dez uma detecção nula;
Ações e procedimentos atuais;
Ações Recomendadas;
Responsabilidade;
Data Prevista;
Ação Tomada;
Posteriormente a esta primeira rodada, são levantas as ações necessárias para poder diminuir
os maiores riscos que foram calculados. Estas ações podem ser levantadas através do
conhecimento e criatividade da equipe, sessões de brainstorm, etc. Após agrupar todas as
alternativas, será avaliado a viabilidade das mesmas e as tarefas serão distribuídas entre os
envolvidos da equipe.
O documento gerado deverá ser analisado e revisado periodicamente, afim de verificar se
houveram alterações no produto e processo ou mesmo se surgiram falhas não previstas durante
o processo anterior.
Agora que sabemos como funciona a análise FMEA, vamos então ao nosso formulário e a
um exemplo prático. Consideramos neste caso um simples exemplo de um motor que faz o
bombeamento de água para uma caixa d’água central. Vejamos o formulário:
52
FMEA – Formulário para análise de efeitos e modos de falha – Clique para ampliar
O cabeçalho do nosso formulário deve conter todas as informações importantes como área
onde o componente está localizado o sistema ao qual ele pertence, a data de início, revisão,
equipe, elaborador, etc. Isto porque como dito anteriormente, o FMEA é um documento
dinâmico que com o passar do tempo sofre revisões e melhorias. Por isto é muito importante
que esta documentação tenha o máximo de informações possíveis.
Na primeira coluna, devemos identificar o componente. Colocamos então o tag do motor
para identificar o motor exato no local e seu respectivo nome. Ele que será o objeto de análise
neste formulário e todas as causas de falha levantadas serão baseadas neste motor. A função
deste motor também é importante pois geralmente é a perda desta função que irá caracterizar a
falha.
O nosso motor possui a função de bombear água para a caixa d’água. Para tanto ele precisa
que todos os seus subcomponentes estejam em perfeitas condições. Neste exemplo, a equipe
levantou quais as falhas potenciais podem ocorrer. São elas:
Estator – Falha de isolamento;
Estator – Enrolamento danificado;
Estator – Rotor Queimado;
Estator – Vibração Excessiva;
Estator – Rolamento Travado;
Todas as falhas estão listadas na terceira coluna do nosso formulário. Note que qualquer
uma das falhas listadas que possam ocorrer, fazem com que haja perda imediata da função do
motor, que é bombear água para a caixa d’água. Por este motivo, podemos dizer que quando a
falha ocorre, gera um efeito de falha denominado perda de fluxo. Isto foi listado na quarta
coluna, como pode ser observado na figura.
Com as potenciais falhas listadas, podemos agora classificar estas falhas segundo os
critérios de Ocorrência, Severidade e Detecção para assim calcularmos o risco.
Para encontrarmos o valor de ocorrência, basta consultarmos a tabela abaixo. Nela é
possível encontramos facilmente o valor adequado:
53
Classif. Critério
2
Baixa severidade causando aborrecimento leve no
cliente
3
4
Severidade moderada: cliente hora insatisfeito com perda de deempenho
5
perceptível
6
7
Severidade alta com alta insatisfação do cliente
8
9
Severidade muita alta: risco potencial de segurança
e problemas graves de não-conformidades
10
54