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UNIVERSIDADE LÚRIO

Faculdade de Ciências de Saúde

Licenciatura em Farmácia; 4° Ano; Semestre II

Cadeira de Bromatologia e Hidrologia

(12.0 / 20.0) Hélio

Resumo ISO’s

Discente:

Belita da Silva

Docente

Dr.a Celia Cassamo

Nampula, Outubro de 2023


1. RESUMO DOS SISTEMAS DE GESTÃO DA QUALIDADE (ISO
9001:2015)

Introdução

A adoção de um sistema de gestão da qualidade é uma decisao estratégica de uma


organização que pode ajudar a melhorar o seu desempenho global e proporcionar uma
base solida. Este estudo vai evidenciar os requisitos de gestão de qualidade, termos e
definições o campo de aplicação liderança entre outros aspectos.

 Esta norma basea-se nos principios de gestao de qualidade da ISO 9000, que
sao:
 Foco no cliente
 Lideranca
 Comprometimento das pessoas
 Abordagem por processo
 Melhoria
 Tomada de decisao baseada em evidencias
 Gestao das relacoes.

CEN (Comité Europeu de Normalização)

Abordagem por processo

Consiste em desenvolver, implementar e melhorar a eficacia de um sistema de gestao de


qualidade, para aumentar a satisfacao do cliente ao satisfazer os seus resquisitos. A
gestao de processos contribui para a eficacia e eficiencia da organizacao ematingir os
resultados pretendidos. Os processos e sistemas podem ser geridos utilizando o ciclo
PDCA (plan do check act) que pode ser aplicado em todos os processos e ao sistema
de gestao da qualidade como um todo:

Planear (plan): estabelecer os objectivos do sistemae os seus processos, e os recursos


necessarios para obter resultados de acordo com os requisitos do cliente e as politicas da
organizacao e identificar e tratar riscos e oportunidades.
Executar (do): implementar oque foi planeado.

Verificar (check): monitorizar e medir (se aplicável) os processos e os produtos e


serviços resultantes por compação com políticas, objectivos, requisitos e actividades
planeadas e reportar os resultados.

Actuar (act): empreender accoes para melhorar o desempenho, conforme necessario.

Esta norma relaciona-se com as norma ISO 9000 e ISO 9004:

A ISO 9000- sistemas de getao de qualidade: fundamentos e vocabularios que


proporciona uma base de suporte essencial para a correta compreensao e implementacao
desta norma.

ISO 9004- gestao do sucesso sustentado de uma organizacao: uma abordagem da gestao
de qualidade que proporciona orientações para as organizações que optam por progredir
para além dos requisitos deste norma

A presente norma (EN ISO 9001:2015) foi elaborada pelo comitê ISO/TC (quality
management and quality assurance). Um dos focos dessa norma é fornecer de forma
consistente produtos e serviços que satisfaçam tanto os requisitos da gestão tanto da
qualidade.

Objectivo e campo de aplicação


Esta norma especifica requisitos para um sistema de gestão da qualidade quando uma
organização necessita demonstrar a sua aptidão para, de forma consistente, fornecer
produtos e serviços que satisfaçam tanto os requisitos do cliente como as exigências
estatuarias e regulamentares aplicáveis.
Com isso visa aumentar a satisfação do cliente através das aplicações eficazes do
sistema, incluindo processos para a melhoria do sistema e para garantia da
conformidade tanto com os requisitos dos clientes como como as exigências estatuarias
e regulamentares aplicáveis.
No contexto da organização:
 Compreender a organizacao e o seu contexto: determinar questoes internas e
externas que sejam relevantes para o proposito e orientacao extrategica que
afectem sua capacidade para atingir resultados pretendidos do sue sistema de
gestao de qualidade;
 Compreender as necessidades e as expectativas das partes interessadas:
determinar as partes interressadas que sao relevantes para o sistema de gestao
da qualidade e os requisitos destas partes interessadas que são relevantes para o
sistema de gestão de qualidade;
 Determinar o âmbito do sistema de gestao da qualidade: determinar os
limites e aplicabilidade do sistema de gestão de qualidade para estebelecer o seu
ambito;
 Sistema de gestao de qualidade e respectivos processos: a organizacao deve
estabelecer, implementar manter e melhorar de forma continua um sistema de
gestao da qualidade, incluindo os processos necessarios e as suas interações, de
acordo com os requisitos desta norma.

Liderança e compromisso
A gestão de topo deve demonstrar liderança e compromisso em relação ao sistema de
gestão da qualidade, isto e, assegurar e assumir a responsabilidade pela eficácia do
sistema de gestão da qualidade e a que a política da qualidade e os objetivos da dessa
qualidade são estabelecidos para o sistema de gestão.
Foco no cliente
A gestao do topo deve demonstrar liderança e compromisso em relação ao foco no
cliente, assegurando que haja aumento da satisfação do cliente e que seja mantido.
Politica
A política inclui compromisso para melhoria contínua do sistema de gestão da
qualidade.
Estabelecer politicas de qualidade;
Comunicação da politica de qualidade e ;
Funções, responsabilidades e autoridades organizacionais
Planeamento
Planear o sistema de gestão de qualidade é uma tarefa imensurável da organização no
que respeita a gestão dos requisitos e os riscos inerentes, isto é, dar a garantir de que o
sistema de gestão da qualidade pode atingir os resultados pretendidos assim como
prevenir e reduzir efeitos indesejáveis e obter as melhorias.
A organização planea acções para prever riscos e oportunidades, que devem ser
proporcionais ao impacto potencial na conformidade dos produtos e serviços, e
estabelece objectivos da qualidade para funções, niveis e processos relevantes
necessarios para o sistema de gestão de qualidade.
Suporte
A organização deve determinar os recursos (pessosa, infraestrutura, ambiente para
operacionalização dos processos) necessarios para o estabelecimento , implementação,
manutenção e melhoria continua do sistema de gestao de qualidade tendo em conta os
recursos internos e externos.
Conhecimento organizacional
A organização deve determinar o conhecimento necessário para a operacionalização dos
seus processos e para obter a conformidade dos produtos e serviços.
Este conhecimento deve ser mantido e disponibilizado na medida do necessário, ao
enfrentar novas necessidade e tendências.
Determinar competencias e consciencializar as pessoas que trabalham sob controlo da
organização, determinar as necessidades de comunicação interna e externa relevantes
para o sistema, assim como garantir o controlo da documentação.
Avaliação do desempenho
Monitorização, medição, análise e avaliação.
Os métodos de monitorização, medição, análise e avaliação são necessários para
assegurar os resultados validos e determinar quando deve proceder à avaliação e
medição, análise desse tais métodos.
Monitorizar a percepção do cliente quanto à medida em que as suas necessidades e
expectativas foram satisfeitas. Determinar o metodo para obter, monitorizar e rever a
informação.
Analise e avaliação
A organização deve avaliar dados e informações adequadas que resultem da
monitorização e da medição.
Auditoria interna
A organização deve conduzir o processo de autoria interna em intervalos planeados para
proporcionar informações sobre o sistema de gestão da qualidade em conformidade com
os próprios requisitos da organização para o seu sistema de gestão de qualidade, isto é,
planear, estabelecer, manter um programa de auditoria que inclua frequência, métodos,
responsabilidade, requisitos de planeamento e reporte, a qual deve ter em consideração a
importância dos processos envolvidos, alterações que tenha impacto na organização e os
resultados de auditoria anteriores, e definir os criterios da auditoria.
Melhorias
A organização deve determinar e seleccionar oportunidades de melhoria e
implementação de acções para satisfazer os requisitos dos clientes e aumentar a
satisfação do cliente.
Em casos de nao conformidade tomar medidas para controlar e corrigir e lidar com as
consequências. Procurar eliminar as causas da nao conformidade para evitar repetição
do mesmo.
Procurar por melhoria contínua.
2. RESUMO DOS REQUISITOS GERAIS DE COMPETÊNCIA PARA
LABORATÓRIOS DE ENSAIO E CALIBRAÇÃO (ISO/IEC 17025:2017)

Objectivo e campo de aplicação


O objectivo da presente norma é de promover a confiança no funcionamento dos
laboratórios. Dita os requisitos para laboratórios que lhes permitem demonstrar que
operam com competência e são capazes de gerar resultados válidos. Os laboratórios que
estejam em conformidade com esta ISO funcionam também, em geral, em
conformidade com os princípios da ISO 9001.
É aplicável a todas as organizações que realizam atividades laboratoriais,
independentemente do número de pessoas. É utilizado para confirmar ou reconhecer a
competência dos laboratórios por clientes dos laboratórios, autoridades
regulamentadoras, organizações e esquemas que utilizam avaliação entre pares,
organismos de acreditação e outros.
A norma requer que o laboratório planeie e implemente acções para tratar riscos e
oportunidades. Tratar os riscos e oportunidades estabelece uma base para aumentar a
eficácia do sistema de gestão, alcançar resultados e prevenir efeitos negativos. O
laboratório é responsável por decidir quais são os riscos e as oportunidades que
precisam de ser tratados.

A norma facilitará a cooperação entre laboratórios e outros organismos e ajudará no


intercâmbio de informações e experiências e na harmonização de normas e
procedimentos. A aceitação de resultados entre países é facilitada se os laboratórios
estiverem em conformidade com este Documento.

Imparcialidade
(Presença de objetividade)
 Objetividade significa ausência de conflitos de interesses ou a sua resolução de
modo a não influenciarem de forma adversa as atividades do laboratório.
 Outros termos que são úteis para expressar os elementos da imparcialidade
incluem: “ausência de conflitos de interesse”, “sem erro de medição
sistemático”, “não discriminação”, “neutralidade”, “justiça”, “abertura de
espírito”,“equidade”, “desprendimento”, “equilíbrio”.
 [ISO/IEC 17021-1:2015, 3.2, modificado - As palavras “o organismo de
certificação” foram substituídas por “o laboratório” na NOTA 1 à secção e a
palavra “independência” foi eliminada da lista na NOTA 2 à secção.
Requisitos gerais
Um relacionamento que ameaça a imparcialidade do laboratório pode resultar da
propriedade, da gestão, da administração, do pessoal, dos recursos partilhados, das
finanças, dos contratos, do marketing (incluindo branding) e do pagamento de comissão
de vendas ou de outros incentivos para atração de novos cliente
Imparcialidade
 As atividades do laboratório devem ser realizadas com imparcialidade e devem
ser geridas e estruturadas de forma a salvaguardar a imparcialidade.
 Gestão do laboratório deve comprometer-se com a imparcialidade.
 O laboratório deve ser responsável pela imparcialidade das suas atividades
laboratoriais e não deve permitir que pressões comerciais, financeiras ou outras
comprometam a imparcialidade.
 O laboratório deve identificar os riscos à sua imparcialidade de uma forma
continuada. Tal deve incluir os riscos que resultam das suas atividades, dos seus
relacionamentos, ou dos relacionamentos do seu pessoal.
 No entanto, tais relacionamentos, não representam necessariamente um risco à
imparcialidade do laboratório.

Confidencialidade
O laboratório deve ser responsável, através de compromissos juridicamente
vinculativos, pela gestão de toda a informação obtida ou gerada durante a realização das
atividades laboratoriais. O laboratório deve informar antecipadamente o cliente, da
informação que pretende divulgar no domínio público. Com exceção da informação que
o cliente torna pública, ou quando acordado entre o laboratório e o cliente (por exemplo,
para responder a reclamações), toda a outra informação é considerada propriedade do
cliente e deve ser tratada como confidencial.
Quando é requerido ao laboratório que disponibilize informação confidencial, por
disposição legal ou contratual, o cliente ou indivíduo em questão deve ser notificado da
informação disponibilizada, a menos que seja proibido por lei.
As informações sobre o cliente provenientes de outras fontes que não o próprio (por
exemplo, reclamante, autoridades reguladoras) devem ser mantidas confidenciais entre
o cliente e o laboratório. O laboratório deve preservar a confidencialidade da fonte
destas informações e a sua identidade não deve ser divulgada ao cliente, a menos que
autorizado pela fonte.

Requisitos
O laboratório deve ser uma entidade com personalidade jurídica própria, ou fazer parte
de uma entidade com personalidade jurídica própria, de modo que possa ser legalmente
responsabilizado pelas suas atividades laboratoriais.
O laboratório deve:
a) Definir a organização e a estrutura de gestão do laboratório, o seu lugar no seio
de qualquer organização-mãe e as relações entre gestão, operações técnicas e
serviços de suporte;
b) Especificar a responsabilidade, a autoridade e as inter-relações de todo o pessoal
que gere, executa ou verifica trabalho que influencie os resultados das atividades
laboratoriais;
c) Documentar os seus procedimentos, na extensão necessária, para assegurar a
aplicação consistente das suas atividades laboratoriais e da validade dos
resultados.

Requisitos dos recurso


O laboratório deve dispor de pessoal, instalações, equipamentos, sistemas e serviços de
suporte necessários à gestão e à execução das atividades do laboratório.
Pessoal
Todo o pessoal do laboratório, seja interno ou externo, que possa influenciar as
actividades do laboratório deve atuar de forma imparcial, ser competente e trabalhar de
acordo com o sistema de gestão do laboratório.
O laboratório deve documentar os requisitos de competência para cada função que
tenham influência nos resultados das atividades do laboratório, incluindo requisitos de
educação, qualificação, formação, conhecimentos técnicos, saber-fazer e experiência.
O laboratório deve assegurar que o pessoal tem competência para executar as atividades
do laboratório pelas quais são responsáveis e para avaliar a importância dos desvios.

O laboratório deve ter procedimento(s) e reter registos relativos a:


a) determinação dos requisitos de competência;
b) seleção do pessoal;
c) formação do pessoal;
d) supervisão do pessoal;
e) autorização do pessoal;
f) monitorização da competência do pessoal.

Equipamento
Existe uma grande variedade de nomes para materiais de referência e materiais de
referência certificados, incluindo padrões de referência, padrões de calibração, materiais
de referência padrão e materiais para o controlo da qualidade. A ISO 17034 contém
informação adicional sobre produtores de materiais de referência (PMR). Os produtores
de materiais de referência, que cumpram os requisitos da ISO 17034, são considerados
competentes. Os materiais de referência dos produtores que satisfaçam os requisitos da
ISO 17034, são fornecidos com uma ficha de informação/certificado de produto que
especifica, entre outras características, a homogeneidade, a estabilidade para
propriedades especificadas e, para materiais de referência certificados, as propriedades
especificadas com valores certificados, a incerteza de medição associada e a
rastreabilidade metrológica.

Rastreabilidade metrológica
O laboratório deve estabelecer e manter a rastreabilidade metrológica dos seus
resultados de medição através de uma cadeia ininterrupta e documentada de calibrações,
cada uma contribuindo para a incerteza de medição, relacionando os resultados a uma
referência apropriada.
Rastreabilidade metrológica é a"propriedade de um resultado de medição pela qual tal
resultado pode ser relacionado a uma referência através duma cadeia ininterrupta e
documentada de calibrações, cada uma contribuindo para a incerteza de medição".

Requisitos dos processos


Análise de consultas, propostas e contratos
O laboratório deve dispor de um procedimento para a análise das consultas, propostas e
contratos. O procedimento deve assegurar que:
a) os requisitos estejam adequadamente definidos, documentados e compreendidos;
b) o laboratório tenha a capacidade e os recursos para satisfazer os requisitos;
c) quando se recorre a fornecedores externos, são aplicáveis os requisitos de 6.6 e o
laboratório informa o cliente das atividades laboratoriais específicas realizadas pelo
fornecedor externo obtendo a aprovação do cliente; As atividades de laboratório
fornecidas externamente podem ocorrer quando: o laboratório dispõe dos recursos e
competência para realizar as atividades mas, por razões imprevistas, é incapaz de as
realizar, em parte ou na totalidade; o laboratório não dispõe dos recursos ou
competência para realizar as atividades.

Amostragem
O laboratório deve ter um plano e método de amostragem quando realiza a amostragem
de substâncias, materiais ou produtos para ensaios ou calibrações subsequentes. O
método de amostragem deve considerar os fatores a serem controlados para assegurar a
validade dos resultados do ensaio ou calibração subsequentes. O plano e o método de
amostragem devem estar disponíveis no local onde a amostragem é realizada. Os planos
de amostragem devem, sempre que razoável, basear-se em métodos estatísticos
apropriados.
O método de amostragem deve descrever:
a) a seleção de amostras ou locais;
b) o plano de amostragem;
c) a preparação e tratamento de amostra(s) de uma substância, material ou produto, para
produzir o item necessário para o ensaio ou calibração subsequente.

Requisitos do sistema de gestão


O laboratório deve estabelecer, documentar, implementar e manter um sistema de
gestão capaz de suportar e demonstrar o cumprimento consistente dos requisitos do
presente Documento, e assegurar a qualidade dos resultados do laboratório. Para além
de cumprir os requisitos, o laboratório deve implementar um sistema de gestão de
acordo com a Opção A ou a Opção B.

Opção A
O sistema de gestão do laboratório deve incluir pelo menos o seguinte: documentação
do sistema de gestão;
 Controlo de documentos do sistema de gestão;
 Controlo de registos;
 Acções para tratar riscos e oportunidades;
 Melhoria;
 Acções corretivas;
 Auditorias internas;
 Revisões pela gestão.

Opção B
Um laboratório que tenha estabelecido e mantenha um sistema de gestão de acordo com
os requisitos da ISO 9001 e que seja capaz de suportar e demonstrar o cumprimento
consistente dos requisitos do presente Documento, também cumpre pelo menos o
propósito dos requisitos do sistema de gestão.

Auditorias internas (Opção A)


O laboratório deve realizar auditorias internas em intervalos planeados para fornecer
informação que permita determinar se o sistema de gestão:
Está conforme em relação aos:
 Requisitos definidos pelo laboratório para o seu sistema de gestão, incluindo as
suas atividades; requisitos deste Documento;
 Está implementado e mantido com eficácia.
O laboratório deve:
a) planear, estabelecer, implementar e manter um programa de auditorias, que inclua a
frequência, os métodos, as responsabilidades, os requisitos para o planeamento e para o
reporte, e que tenha em consideração a importância das actividades de laboratório
envolvidas, alterações que afetem o laboratório, bem como os resultados de auditorias
anteriores;
b) definir os critérios e o âmbito para cada auditoria;
c) assegurar que os resultados das auditorias são comunicados ao pessoal relevante;
d) implementar as correções e ações corretivas apropriadas, sem demora injustificada;
e) reter registos como evidência da implementação do programa e dos resultados das
auditorias.
As entradas para a revisão pela gestão devem ser registadas e incluir informação
relacionada com o seguinte:
a) alterações, das envolventes internas e externas, relevantes para o laboratório;
b) cumprimento dos objetivos;
c) adequação das políticas e procedimentos;
d) estado das ações resultantes de anteriores revisões pela gestão;
e) resultados de auditorias internas recentes;
f) ações corretivas;
g) avaliações realizadas por organismos externos;
h) alterações do volume e tipo de trabalho ou no tipo de atividades do laboratório;
i) retorno de informação dos clientes e do pessoal;
3. RESUMO DA NORMA DE SISTEMAS DE GESTÃO DA SEGURANÇA
ALIMENTAR (ISO 22000:2005)

A segurança alimentar está relacionada com a presença de perigos associados aos


géneros alimentícios no momento do seu consumo (ingestão pelo consumidor). Como a
introdução desses perigos pode ocorrer em qualquer etapa da cadeia alimentar, torna-se
essencial a existência de um controlo adequado ao longo da mesma.
Esta Norma especifica os requisitos para um sistema de gestão da segurança alimentar
combinando elementos chave essenciais, que permitem assegurar a segurança dos
géneros alimentícios ao longo da cadeia alimentar, até ao seu consumo final.

Segurança alimentar
Um género alimentício não causará dano ao consumidor quando preparado e/ou
ingerido de acordo com a utilização prevista, isto é, Segurança alimentar está
relacionada com a ocorrência de perigos para a segurança alimentar e não inclui outros
aspectos da saúde humana relacionados, por exemplo, com a má nutrição.
Cadeia alimentar
Sequência de etapas e operações envolvidas na produção, processamento, distribuição,
armazenagem e manuseamento de um género alimentício e seus ingredientes, desde a
produção primária até ao consumo.
Perigo para a segurança alimentar
Agente biológico, químico ou físico presente no género alimentício, ou na condição de
género alimentício, com potencial para causar um efeito adverso para a saúde.
Política de segurança alimentar
Conjunto de intenções e de orientações de uma organização, relacionadas com a
segurança alimentar, como formalmente expressas pela gestão de topo.
O termo “perigo“ é uma função da probabilidade de um efeito adverso para a saúde e da
gravidade do mesmo quando alguém é exposto a um perigo específico.
Risco é a combinação da probabilidade de ocorrência de um dano e a gravidade do
mesmo.

Objectivo e campo de aplicação


Esta Norma especifica requisitos para um sistema de gestão da segurança alimentar em
que uma organização, que opere na cadeia alimentar, necessita de demonstrar a sua
aptidão para controlar os perigos para a segurança alimentar, de modo a garantir que um
alimento é seguro no momento do consumo humano.

Norma específica requisitos que permitem a uma organização


a) planear, implementar, operar, manter e actualizar um sistema de gestão da segurança
alimentar destinado a fornecer produtos que, de acordo com a utilização prevista, são
seguros para o consumidor;
b) demonstrar a conformidade com os requisitos estatutários e regulamentares aplicáveis
à segurança alimentar;
c) avaliar e apreciar os requisitos do cliente e demonstrar a conformidade com os
requisitos relativos à segurança alimentar acordados mutuamente, de modo a melhorar a
satisfação do cliente;
d) comunicar eficazmente as questões relativas à segurança alimentar, aos seus
fornecedores, aos clientes e às partes mais relevantes interessadas na cadeia alimentar;
e) assegurar que actua em conformidade com a sua política declarada sobre segurança
alimentar;
f) demonstrar esta conformidade junto das partes interessadas mais relevantes; e
g) procurar certificar ou registar o seu sistema de gestão da segurança alimentar, por
uma organização externa, ou fazer uma auto-avaliação ou auto-declaração da
conformidade com esta Norma.
Produto acabado
Produto que não será sujeito a processamento ou transformação posterior por parte da
organização.
Fuxograma
Apresentação esquemática e sistemática da sequência e interacções das etapas.
Medida de controlo
(segurança alimentar) Acção ou actividade que pode ser utilizada para prevenir ou
eliminar um perigo para a segurança alimentar ou reduzi-lo para um nível aceitável.

Requisitos da documentação
A documentação do sistema de gestão da segurança alimentar deve incluir:
a) Declarações documentadas quanto à política da segurança alimentar e aos objectivos
relacionados;
b) Procedimentos documentados e registos requeridos por esta Norma; e
c) Documentos necessários para a organização assegurar o desenvolvimento,
implementação e actualização eficazes do sistema de gestão da segurança alimentar.
Controlo dos documentos
Os controlos devem assegurar que todas as alterações propostas são revistas
previamente à implementação para determinar os seus efeitos na segurança alimentar e
o seu impacto sobre o sistema de gestão da segurança alimentar.

Responsabilidade da gestão
A gestão de topo deve proporcionar evidências do seu comprometimento no
desenvolvimento e implementação do sistema de gestão da segurança alimentar e na
melhoria contínua da sua eficácia:
a) Ao mostrar que a segurança alimentar é suportada pelos objectivos comerciais da
organização;
b) Ao comunicar à organização a importância de se ir ao encontro dos requisitos desta
Norma, dos requisitos estatutários e regulamentares, bem como dos requisitos dos
clientes relacionados com a segurança alimentar;
c) Ao estabelecer a política da segurança alimentar;
d) Ao conduzir as revisões pela gestão; e
e) Ao assegurar a disponibilidade dos recursos.
Acção correctiva
Acção para eliminar a causa de uma não-conformidade detectada ou outra situação
indesejável. Pode existir mais do que uma causa para uma não-conformidade.
Planeamento do sistema de gestão da segurança alimentar
A gestão de topo deve assegurar que:
a) O planeamento do sistema de gestão da segurança alimentar é conduzido de forma a
ir ao encontro quer dos requisitos indicados, quer dos objectivos da organização que
suportam a segurança alimentar; e
b) A integridade do sistema de gestão da segurança alimentar é mantida quando são
planeadas e implementadas alterações ao sistema de gestão da segurança alimentar
Responsável da equipa da segurança alimentar
A gestão de topo deve designar um responsável da equipa da segurança alimentar que,
deve ter responsabilidade e autoridade para:
a) Gerir a equipa da segurança alimentar e organizar o seu trabalho;
b) Assegurar a formação adequada, inicial e contínua, dos elementos da equipa da
segurança alimentar;
c) Assegurar que o sistema de gestão da segurança alimentar é estabelecido,
implementado, mantido e actualizado; e
d) Relatar à gestão de topo da organização a eficácia e a adequação do sistema de gestão
da segurança alimentar.

Comunicação
Comunicação externa

Para assegurar que está disponível ao longo da cadeia alimentar a informação suficiente
sobre questões respeitantes à segurança alimentar, a organização deve estabelecer,
implementar e manter planos eficazes para a comunicação com:

a) Fornecedores e contratados,

b) Clientes ou consumidores, em particular em relação à informação sobre o produto


(incluindo instruções referentes à utilização prevista, requisitos específicos de
armazenagem, e, quando adequado, prazo de validade), inquéritos, contratos ou
tratamento de encomendas, incluindo alterações, e retorno de informação dos
consumidores, incluindo reclamações. Comentário [H1]: copy past, isso é
plágio, não sabe que trabalho é para cita
cadê objectivos do trabalho?
Comunicação interna

A organização deve estabelecer, implementar e manter planos eficazes para comunicar


com o pessoal sobre questões com impacto sobre a segurança alimentar
Preparação e resposta à emergência
A gestão de topo deve estabelecer, implementar e manter procedimentos para gerir
potenciais situações de emergência e acidentes que podem ter impacto na segurança
alimentar com relevância no papel da organização na cadeia alimentar.
Gestão de recursos
Provisão de recursos
A organização deve prover os recursos adequados para o estabelecimento,
implementação, manutenção e actualização do sistema de gestão da segurança
alimentar.
Recursos humanos
A equipa da segurança alimentar e outro pessoal que desempenha actividades com
impacto na segurança alimentar deve ser competente e deve ter escolaridade, formação,
saber fazer e experiência, apropriados.
Quando solicitada a ajuda de peritos externos para o desenvolvimento, implementação,
funcionamento ou avaliação do sistema de gestão da segurança alimentar, devem estar
disponíveis os registos do acordo ou contratos, que definem a responsabilidade e a
autoridade desses peritos externos.
Equipa da segurança alimentar
Deve ser nomeada uma equipa da segurança alimentar.
A equipa da segurança alimentar deve incluir a combinação de conhecimentos e
experiências multidisciplinares no desenvolvimento e implementação do sistema de
gestão da segurança alimentar. Devem ser mantidos registos que demonstram que a
equipa da segurança alimentar tem os conhecimentos e experiência necessários.
Características do produto
Todas as matérias-primas, ingredientes e materiais para contacto com o produto devem
ser descritos, na extensão necessária à condução da análise de perigos incluindo:
a) Características biológicas, químicas e físicas;
b) composição dos ingredientes compostos, incluindo aditivos e auxiliares tecnológicos;
c) Origem;
d) Método de produção;
e) Métodos de embalagem e distribuição;
f) Condições de armazenagem e prazo de validade;
g) Preparação e/ou manuseamento antes da utilização ou do processamento;
h) Critérios de aceitação relacionados com a segurança dos géneros alimentícios ou
especificações dos materiais e dos ingredientes comprados, apropriadas à utilização
prevista.
Fluxogramas, etapas do processo e medidas de controlo
Devem ser elaborados fluxogramas para as categorias de produtos ou de processos
abrangidas pelo sistema de gestão da segurança alimentar. Os fluxogramas devem
fornecer uma base para avaliar a possibilidade de ocorrência, de aumento ou de
introdução de perigos para segurança alimentar, devem ser claros, exactos e
suficientemente detalhados. Incluir:
a) a sequência e interacção de todas as etapas da operação;
b) quaisquer processos externos ou trabalho subcontratado;
c) a entrada das matérias-primas, ingredientes e produtos intermédios no fluxo;
d) a realização de reprocessamento e recirculação;
e) a liberação ou remoção dos produtos acabados, produtos intermédios, subprodutos e
resíduos.

Análise de perigos

A equipa da segurança alimentar deve conduzir a análise de perigos para determinar


quais os perigos que necessitam de ser controlados, o grau de controlo requerido para
garantir a segurança alimentar e qual a combinação necessária de medidas de controlo.

Avaliação do perigo

Deve ser conduzida a avaliação do perigo para determinar, para cada perigo para a
segurança alimentar identificado, se a eliminação ou redução para níveis de aceitação é
essencial para a produção de géneros alimentícios seguros e se é necessário o controlo
para permitir atingir os níveis de aceitação definidos.

Cada perigo para a segurança alimentar deve ser avaliado de acordo com a possível
severidade dos seus efeitos adversos sobre a saúde e a probabilidade da sua ocorrência.
A metodologia utilizada deve ser especificada e os resultados da avaliação do perigo
para a segurança alimentar devem ser registados.
Validação, verificação e melhoria do sistema de gestão da segurança alimentar

A equipa da segurança alimentar deve planear e implementar os processos necessários


para validar as medidas de controlo e/ou as combinações de medidas de controlo e para
verificar e melhorar o sistema de gestão da segurança alimentar.
Controlo da monitorização e medição
A organização deve fornecer a evidência de que os métodos e equipamentos, de
monitorização e de medição, especificados são adequados para assegurar o desempenho
dos procedimentos de monitorização e medição.
O equipamento e os métodos de medição devem ser:
a) Calibrados ou verificados em intervalos especificados ou antes da utilização, face a
padrões de medição rastreáveis a padrões de medição internacionais ou nacionais;
quando não existirem tais padrões, a base utilizada para calibração ou verificação deve
ser registada;
b) Ajustados ou reajustados quando necessário;
c) Identificados para permitir determinar o estado de calibração,
d) salvaguardados de ajustamentos que possam invalidar os resultados de medição; e
e) Protegidos de danos e deterioraçãoalidação, verificação e melhoria do sistema de
gestão da segurança alimentar
Verificação do sistema de gestão da segurança alimentar
Auditoria interna
A organização deve conduzir auditorias internas em intervalos planeados para
determinar se o sistema de gestão da segurança alimentar:
Está conforme com as disposições planeadas, com os requisitos estabelecidos pela
organização para o sistema de gestão da segurança alimentar, e com os requisitos desta
Norma; e está implementado e actualizado com eficácia.
Deve ser planeado um programa de auditorias que tenha em consideração a importância
dos processos e das áreas a serem auditadas, bem como quaisquer acções de
actualização resultantes de auditorias anteriores. Os critérios, o âmbito, a frequência e
os métodos de auditoria devem ser definidos. A selecção dos auditores e a condução das
auditorias devem assegurar objectividade e imparcialidade ao processo de auditoria. Os
auditores não devem auditar o seu próprio trabalho.
As responsabilidades e os requisitos para planear e conduzir auditorias e para reportar
resultados e manter registos devem ser definidos num procedimento documentado.
A gestão responsável pela área auditada deve assegurar que são empreendidas sem
demora acções para eliminar as não conformidades detectadas e as suas causas. As
actividades de seguimento devem incluir a verificação das acções empreendidas e o
reportar dos resultados da verificação.
Sistemas de gestão da segurança alimentar (ISO 22000:2005), Defende que, existem
Sequência de etapas e operações envolvidas na produção, processamento, distribuição,
armazenagem e manuseamento de um género alimentício e seus ingredientes, desde a
produção primária até ao consumo. Comentário [H2]: copy past

4. CODEX ALIMENTAR

RESUMO DIPLOMA MINISTERIAL 137/2007 DE 24 DE OUTUBRO

A Comissão do Codex Alimentarius, órgão das Nações Unidas é o maior forum


internacional que promove a coordenação de todos os trabalhos sobre normas
alimentares desempenhadas por organizações internacionais governamentais e não
governamentais, a fim de proteger a saúde do consumidor e assegurar praticas
equitativas no comércio internacional de alimentos.

Moçambique como membro da Comissão do Codex Alimentariusdesde 1984 e com a


adesão a Organização Mundial do Comercio atraves da Resolução n o 31/94 de 20 de
Setembro, tem a obrigação de participar nos trabalhos da Comissão do Codex
Alimentarius e basear as suas medidas sanitarias e fitossanitarias nas Normas,
directrizes e recomendações do Codex Alimentarius. Comentário [H3]: só copiou e colou

É do interesse do país como produtor,exportador e importador de alimentosdifundir,


analisar, compatibilizar e adequar estudos de projectos de normas do Codex
Alimentarius com os interesses nacionais.

É da responsabilidade do governo Moçambicano promover a coordenação das terefas de


normalização e segurança dos alimentos e velar pela saúde dos consumidores, sem que
as actividades inerentes a implementação dessas mesmas normas constituam barreiras
para o comércio livre.
O Ministério da Saúde , Agricultura, Pesca e Industria e comércio determinam:
Art. 1: é criado o Comité Nacional de Codex Alimentarius
Art. 2: O Ministerio da Saude ë o ponto de contacto do Codex Alimentarius no païs.
Art. 3: O Comité Nacional do Codex Alimentarius é composto por um representante e
um suplente das seguintes instituiões do sector público e privado:
1. Sector Público:
a) O Ministério da Agricultura,
b) O Ministério da Ciência e Tecnologia
c) O Ministério da Industria e Comércio
d) O Ministério da Coordenação para acçao ambiental
e) O Ministério das pescas
f) O Ministério da Saúde
g) O Ministério dos Negocios estrangeiros
h) Instituto de Normalização e Qualidade
i) Universidade Eduardo Mondlane
2. Sector Privado:
a) Associação de Consumidores
b) Associação de Municípios
c) Confederacao das associacoes economicas de Moçambique
d) Instituiçoes de ensino superior
Art. 4: o Comité Nacional do Codex Alimentarius é composto pelos seguintes orgaos:
a) Presidencia;
b) Vice-presidencia
c) Secretariado executivo
Art. 5: competencias do Comité Nacional do Codex Alimentarius:
a) Colaborar com o programa conjunto de normas alimentares da FAO/OMS e
coordenar a execução dos trabalhos do Codex Alimentarius em Moçambique
b) Designar os subcomites tecnicos oara assistir a investigação nas diferentes areas
e estabelecer regras para o seu funconamento e localização;
c) Analisar os documentos do Codex Alimentarius, receber, examinar eemitir
pareceres de toda a informação relativa aos sistemas de tecnologias e de medidas
sanitarias que permitam a aceitação das normas sobre a segurança alimentar;
d) Colaborar e particioar com outras organizações nacionais e internacionaos
relacionadas com a normalização;
e) Participar na tomada de decisao de todos os assuntos relativos a normalização
de alimentos na regiao e mundialmente Comentário [H4]: região

Não tem introdução;


não tem Conclusao?

Como é que nos vossos textos não têm citações? De onde tirou todas
informações?
Não tem bibliografia

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